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Revista Domingo 20 de dezembro de 2009

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2 Jornal de Fato Domingo, 20 de dezembro de 2009

• EdiçãoC&S Assessoria de Comunicação

• Editor-geralWilliam Robson

• Editor/RedatorHigo Lima

• DiagramaçãoRick waekmann

• Projeto GráficoAugusto Paiva• ImpressãoGráfica De Fato• RevisãoStella Samia e Gilcileno Amorim• FotosFred Veras, Carlos Costa e Marcos Garcia• InfográficosNeto Silva

Redação, publicidade e correspondência

Av. Rio Branco, 2203 – Mossoró (RN)Fones: (0xx84) 3315-2307/2308Site: www.defato.com/domingoE-mail: [email protected]

DOMINGO é uma publicação semanal do Jornal de Fato. Não pode ser vendida separadamente.

AO L E I TO R

De energia e Natal

Arte Neto Silva

A semana foi de grande vitória para o RN,que conseguiu vencer o leilão que aprovou 23projetos de instalação de parques eólicos noEstado. Isso significa que, até 2012, o RN vai gerarenergia suficiente para todos os potiguares,incluindo também a possibilidade de exportação.O leilão, realizado no Rio de Janeiro (RJ), foidisputadíssimo. O Ceará, com toda a suacompetência em energia eólica, também buscavaampliar sua área de produção. Mas, o RNrealmente surpreendeu a todos.

O secretário estadual de Energia e AssuntosInternacional, Jean Paul Prates, foi um dos grandesresponsáveis pelo avanço do RN no quesitoenergia. Ele concedeu entrevista ao JORNALDE FATO, por telefone do Rio de Janeiro, poucodepois da realização do leilão. E aproveitou paraexplicar à jornalista Izaíra Thalita o que essa vitóriavai significar para o progresso do Estado. Todaessa energia vem se somar com outros projetosde produção de energia, como a Termoaçu.

Mas, a edição deste DOMINGO destaca o coralde crianças que abrilhantou a Praça Rodolfo

Fernandes no início do mês. Marcou a aberturada Festa de Santa Luzia, mas também fez que osmossoroenses entrassem de vez no clima do Natal.Bem, Mossoró não entrou no clima. São poucosos locais onde se podem ver enfeites, ornamentosque lembram o período em que se celebra onascimento de Cristo. Mas, o coral deixou a suamarca. E ganhou a capa desta edição.

O grupo é formado por 55 crianças de 9 a 12anos, que receberam o apoio dos pais para quefosse possível a realização em praça pública. Porfalar nisso, as crianças expuseram toda a suasensibilidade neste período natalino. Com ogrupo que esteve visitando os órgãos de imprensa,meninos da Casa de Apoio à Criança com Câncer.Um momento de alegria, de confraternização quefaz a vida valer a pena. Que o seu espírito natalinoseja tão sincero quanto o amor e o coração dessascrianças.

Um abraço,William RobsonEditor-chefe

3 CONTOJosé Nicodemos

4 ENTREVISTA Com o secretário estadual de Energia e Assuntos Internacionais Jean-Paul-Prates

7 ESPECIAL DE NATAL Exercite sua solidariedade e ajude uma instituição

8MÚSICAAs crianças que integram corais relembram a data

10 À MESA Veja as dicas dos colaboradoresde uma ceia de Natal gostosa

15 CULINÁRIA Pratos para abrir o apetite na reunião familiar

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Empregado no armazém de seuDomício, como lavador de garrafas,algumas vezes ir ao correio postar al-guma coisa, Jaime era um rapazinhoapessoado. Estudava na quinta sé-rie do grupo escolar, na mesmaclasse de Eunice, filha do patrão.Inteligente, e querendo sobressairaos olhos de Eunice, tirava sempreas melhores notas, com elogiosda professora.

Nas festas cívicas em que for-mava o grupo escolar, era esco-lhido orador, em nome do aluna-do, e sempre saí-se bem, aplausosdo público e parabéns das autori-dades, principalmente. Esse meni-no promete ser um grande ho-mem, vaticinava o juiz de Direito,considerado pela cidade um grandeorador, não tem o que tirar Rui Bar-bosa, dizia dele a diretora do grupoescolar.

Apaixonado por Eunice, mas sen-timento só da parte dele, tanto quetinha ela namorado, rapaz da socie-dade, que cursava faculdade em For-

O LAVADOR DE GARRAFAS

taleza, Jaime tinha vergonha do seutrabalho quando sucedia Eunice ir aoarmazém, quase sempre pelo fim datarde, dinheiro para alguma compra.Jaime enganava o serviço, com algumpretexto para sair mais cedo. Às ve-zes, porém, não dava certo, ela sen-tava-se ao lado dele, um problemade aritmética. Regra de três, raiz qua-

drada, números complexos. Que Jai-me tirava de letra.

Pensava em Eunice o dia inteiro,o coração ansioso, e não dormia à noi-te sem que a tivesse, em sonho, ao la-do dele, lugares lindos. Mas sabia, me-nos por timidez e mais por bom sen-so, estabelecer a devida prudência àpaixão que o devorava por dentro,

comparando mal, uma doença semcura. Pobre, e lavador de garrafas, nãoera rapaz para uma moça de famíliabem situada na sociedade, ainda maismuito bonita. Era um zeninguém nomundo.

Nas tardes de domingo. Vestia amelhor roupa, o cabelo bem pentea-do com brilhantina Glostora, que

era o fino, sabia Eunice à janela,e passava de frente, dissimulado.Ela respondia ao boa-tarde, ner-voso, com um sorriso que lhe pa-recia, a Jaime, envolver algo maisdo que simples cortesia, ou ou-tro nome. Ou isso ou era apenasum ref lexo feliz dos seus senti-mentos, afinal Eunice tinha na-morado, rapaz de família igual,estudante universitário, tinha fu-turo, que não ele, Jaime, um la-vador de garrafas.

Era procurar esquecê-la, impos-sível ver um dia realizado o anseio im-prudente do seu coração. Que tal ar-ranjar emprego noutro canto? Poupa-ria sua condição humilde aos olhos bo-nitos de Eunice. Mas, afinal de con-tas, por que era que Eunice, todas asvezes, o fitava com olhos tão docemen-te insinuantes, num sorriso tão pes-soal? Batia-lhe, indeciso, o coração.

!Esse menino promete ser um grande homem,vaticinava o juiz deDireito, considerado pelacidade um grande orador,não tem o que tirar RuiBarbosa, dizia dele adiretora do grupo escolar.

C O N T O / J O S É N I C O D E M O S

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DOMINGO - O Rio Grande do Nor-te conseguiu aprovar 23 projetos e se tor-nou o Estado líder no leilão exclusivo deenergia eólica. Surpreendeu o fato de o RNser o líder na competição, passando até oCeará, que já tem ampla experiência comenergia eólica?

JEAN PAUL PRATES - Não surpreen-deu porque a gente fez o trabalho de casadireitinho. Apesar de o Estado do Ceará tergrandes méritos e ter saído na frente hámuitos anos - o primeiro projeto de eólicado Ceará é da década de 90, no Mucuripe,muito conhecido, e que as pessoas quandovão a Fortaleza veem logo. Mas é normal queo Rio Grande do Norte se iguale ao Ceará,uma vez que os potenciais dos Estados sãomuito semelhantes. Nós temos uma costa al-tamente abundante em ventos e algumas

regiões do interior bem favorecidas.

A EXPERIÊNCIA do Ceará é bemmaior do que a do Rio Grande do Nortequando se fala em parque eólico. Que as-pectos foram fortes para esse resultado?

ANTES, tínhamos uma certa insegu-rança porque quando o Ceará começou, oGoverno Federal, à época, acenou com oProinfo, e eles entraram no programa comforça. O Rio Grande do Norte também, decerta forma, acabou participando com cer-ta qualidade, apesar de que na época os nos-sos projetos tinham um maior índice deempresas internacionais e sofreu com a cri-se, em 2002 e 2003. Muitos dos nossos pro-jetos acabaram não saindo. Saíram esses deAlegria I e II, o da Iberdrola que está cons-truído em Rio do Fogo e os demais ficaram

de fora. Agora, não! Dessa vez nós nos pre-paramos e organizamos principalmente comações antes mesmo de o leilão ser marcado,quando a governadora foi duas vezes a Bra-sília (DF) solicitar ao ministro das Minas eEnergia e pressioná-lo para que houvesse oleilão ainda neste ano. Esse leilão já haviasido marcado e adiado três vezes e essesadiamentos sempre foram contestados pornós porque a gente queria muito que fossefeito em 2009. Consideramos importante si-nalizar para o mercado que em 2009 ainda,nem que fosse no último dia do ano, mega-watts eólicos novos no Brasil, colocadospor uma política do Governo Federal e queseria decepcionante se não fosse realizadoneste ano. Sabíamos que haveria uma con-ferência sobre o clima no final do ano, quenão poderíamos perder este ano em funçãoda mobilização que a gente fez desde o fi-nal do ano passado, quando lançamos o ca-dastro nacional de projetos eólicos, quan-do cadastramos projetos e demos conta quehaveria mais de três mil megawatts de pro-jetos no RN querendo se desenvolver, comtoda a qualidade, um cadastro detalhadopara empresas escolhidas sob vários crité-rios, com informações completas sobre da-dos financeiros, de onde vem o dinheiro,quem são os operadores, se há experiênciaeólica, os tipos de equipamentos. Enfim,temos esses cadastros desde dezembro de2008 e esperamos o leilão.

A QUESTÃO da realização do leilãofoi a maior dificuldade nesse processo?

DIGO que foram duas grandes dificul-dades. A realização do leilão foi uma por-que o leilão estava marcado primeiro paraabril, depois foi adiado para julho, depoispara outubro e finalmente para dezembro.Essa foi uma das brigas: conseguir o leilão.A outra foi organizar internamente no Es-tado uma série de coisas, e não é que não ti-vemos oportunidade de fazer antes porque

E N T R E V I S T A / J E A N P A U L P R A T E S

‘O RN será autossuficiente emcapacidade de gerar energia’

O secretário estadual de Energia e Assuntos Internacionais, Jean Paul Prates, comemorou um resulta-do que trará vários benefícios ao Rio Grande do Norte. No leilão realizado pela Câmara de Comerciali-zação de Energia Elétrica (CCEE), o RN aprovou 23 projetos para a instalação de parques de energiaeólica, apesar da pouca experiência, se comparado a Estados como o Ceará. Com isso, o RN poderágerar em 2012 noventa por cento da energia consumida, gerar empregos e capacitar mão-de-obra pa-ra atuar nos parques eólicos. Sobre a importância desse passo, Prates detalha melhor nesta entrevistaconcedida por telefone, ainda quando se encontrava no Rio de Janeiro, após o leilão público.

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não dependia de nós. Por exemplo: a inse-gurança fundiária é maior que o normal. Énatural que, diante do marco regulatóriofederal, que é um pouco incipiente sobre aquestão da relação com o proprietário de ter-ras. No caso da eólica é diferente do petró-leo, que é algo certo, e posso afirmar por-que ajudamos a fazer a legislação em 1997,contratos, e no petróleo isso é tratado de ma-neira precisa, pois não tem conflitos de ter-ras com proprietários de terra com petróleo.A Petrobras entra, opera, coloca o poço epaga os royalties ao proprietário de terras oupara quem provar que é o dono de onde es-tá a cabeça de poço produtora e pronto.No caso da eólica ainda há muita insegu-rança; há muita negociação caso a caso por-que não há uma lei federal que dê guaridamaior, e por isso, ainda se tem muito con-flito e principalmente muita especulação.Tem gente que tem terras com grande po-tencial eólico e que vende duas, três vezes omesmo direito. Tem também gente que fal-sifica documentos, dizendo que é proprie-tário e não é. Tem quem invade a terra dooutro. Tem quem toma posse aqui no RN.Isso é muito comum. Então, o posseiro pas-sa a ter o mesmo direito que o proprietárioe este aparece anos depois, e mesmo que an-tes não quisesse a terra, passa a querer porcausa da eólica. Então, nós combatemos is-so. A Secretaria de Energia tem esse papelde mobilizar, proteger, apoiar o empreen-dedor e também para que ele não cometaabusos. Assim, nós fomos ao desembarga-dor Rafael Godeiro, presidente do Tribu-nal de Justiça, pedir reforço em algumascomarcas importantes para a área de ener-gia, principalmente em função da refinariae dos parques eólicos, de maneira mais es-pecial na comarca de Macau, e pedimos tam-bém que ficassem mais vigilantes quanto aoscartórios para se evitar esse tipo de fraudee duplicidade de documentação que preju-dica muito os projetos. Na hora que o pes-soal vai se cadastrar para um leilão ou mes-mo na hora de construir o parque apare-cem outros proprietários, embarga-se a o-bra, e isso é um problema. Então, nós com-batemos isso, e foi uma questão que no Cea-rá acabou surgindo muito, nós trabalha-mos no esclarecimento de várias questões,fizemos um fórum eólico em Natal divul-gando a capital do Estado como a capitaldos ventos no Brasil, reunindo autoridadesdo país e do mundo inteiro para Natal pa-ra esclarecer o que é a energia eólica, convi-damos Ministério Público, várias pessoasque de alguma forma poderiam participardesse processo para conhecer e combateros mitos que eventualmente surgem e quefalam da energia eólica. Então, nós tivemosmuito menos resistência de aceitação des-ses projetos, mostramos os benefícios des-sa energia, as empresas mostraram seus pro-jetos de forma transparente. Com o Idemanós também preparamos uma equipe de

elite lá do Idema e juntamente com eles mon-tamos uma espécie de "força-tarefa" internapara atender os licenciamentos que tinhamuma certa urgência e tinham prazo, que erao do leilão, e que tinham discussões, pro-bleminhas, tira-daqui-bota-ali, fasta mais da-qui, e etc. A interação com o órgão ambien-tal na parte técnica foi muito grande e vá-rias vezes a equipe "varou a noite" traba-lhando com o pessoal das eólicas, explican-do o que poderia ser feito quando não pu-desse liberar, que alternativas se tinha, levan-do um pouco mais para trás, tirando deuma área protegida, e etc. E o cara ia lá, me-dia a área, planejava outro tipo de equipa-mento, para gerar mais energia em lugarmenor. Então, foi um trabalho intenso e oEstado participou ativamente disso até nahora do leilão. Fiz questão de ir lá visitarcada licitante que estava na hora do leilão,vim ao Rio de Janeiro, fui lá para Furnas,fui a Petrobras e houve até mesmo tentati-va de desabilitar alguns projetos do Rio Gran-de do Norte, e eu entrei com cartas na ETEpedindo para recuperar, e fizemos um tra-balho de proteção dos nossos "ovinhos",ali, protegendo. Finalmente, além do nos-so potencial eólico muito bom que obvia-mente é indissociável disso tudo, acho queessas atitudes contribuíram para que o pes-soal sentisse um ambiente favorável de in-vestimentos no Rio Grande do Norte. Ago-ra, a gente tem de manter isso, ou seja,partir para outras conquistas, um pós-leilão, que é tão importante quanto oleilão. Esse resultado nos tirou de umasituação de desconhecimento para anotoriedade máxima no Brasil emenergia eólica em relação aos Esta-dos. Agora, a gente tem uma respon-sabilidade grande, porque seremosolhados como líderes do leilão e, numfuturo próximo, como líderes em pro-dução de energia eólica.

EM QUAIS cidadesdo RN serão montadosos parques eólicos e, emtermos de consumo deenergia, quanto essaprodução estadual po-derá cobrir?

NÓS já temos fun-cionando um parqueem Touros da Iber-drola, em Macau daPetrobras, Alegria I eII em fase de constru-ção, que são em Gua-maré, e esses parques sãoo que existe hoje. No total,elas produzem, somadas,203 megawatts - 51,2 emoperação e 151,8 em cons-trução. Agora, com esses 23projetos somam com a ca-pacidade instalada mais

657 megawatts que entram em operação até2012. Serão seis projetos em Guamaré, seisem João Câmara, sete projetos em Parazi-nho, dois em Areia Branca e dois em Gali-nhos. Com isso, vamos atingir em 2012 acondição de abastecer o Estado todo, todaa demanda, com essa energia. É claro quenão é assim, porque o sistema elétrico fazque se compre energia de vários lugares di-ferentes, essa energia eólica vai para o siste-ma e acaba indo para outros Estados. Mas,numa abstração teórica em número de me-gawatts em 2012, nós seremos capazes desuprir 90% de sua demanda suprida em ener-gia eólica. O que as pessoas podem pensaré que essa energia abastecerá o Estado, enão é assim. O sistema integrado brasileironão diz de onde vem a energia que a pessoaconsome na casa dela. Ela pode vir de vá-rias origens, a Cosern compra e ela admi-nistra a compra da energia dela e distribuipara todos. Não há uma etiqueta que digaque está vindo da eólica, de Tucuruí, daChesf. Agora, evidentemente, quando se es-tá gerando energia na costa, na ponta da li-nha, a maior parte da energia que a Coserndeverá receber será essa. Com os parqueseólicos novos e esses que estão operandojogarem energia na rede, em tese a primei-

ra a pegar deve-rá ser a Co-

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sern, mas pode não ser assim. Quando agente fala em capacidade de abastecimento,é para ter uma ideia genérica de que a gen-te é capaz, ou seja, de se suprir eolicamen-te. Mas, é claro que não iremos para a Ter-moaçu ou de comprar a energia da Chesfporque não faz sentido. O projeto de ener-gia gera para o Brasil e não para um Esta-do, mas é claro que enfaticamente ele acabagerando mais para o Rio Grande do Norte.O bom disso é que nós nos tornamos au-tossuficientes em capacidade de geração deenergia em 2010 somente com o que a gen-te já tem de 2003 para cá, sem contar comesses projetos do leilão.

QUAIS são as condições que o Estadotem que cumprir ou qual o planejamen-to para que até 2012 tudo isso se tornerealidade?

ALGUNS Estados não estão nem aí, ouseja, dizem que esse é um processo federal,que depois do leilão feito a empresa vai, pro-duz a sua energia, se vira e acabou. Tem Es-tados que podem até tratar isso assim. Digoo seguinte: independente de o Estado atuarou não, os projetos têm que acontecer por-que se esse pessoal não colocar esses par-ques, serão multados com valores altos, poissão contratos de compra e venda de energiasubsidiados que foram para o leilão por de-terminada ordem. Se ele não cumprir o queestá ali, tomou a vaga de um outro e o Go-verno multa. Eles não podem deixar de fa-zer os parques. Agora, o Estado pode fazerque esse processo seja muito mais competi-tivo, ajudar a um ambiente favorável de ne-gócios se não criar dificuldades artificiais e,ao mesmo tempo, apoiá-lo para que ele te-nha sucesso em seu empreendimento. Se oEstado não atuar ou não cooperar, ele podedificultar e até inviabilizar o projeto eólico.Por outro lado, atuando bem, ele pode tor-nar um projeto altamente interessante, com-petitivo, de forma que ele sobreviva váriosanos e gere muita riqueza, com obras queocorram com muita fluidez. Diante disso,qual o nosso papel? Eu te digo que agora élidar com alguns gargalos que temos e emque devemos trabalhar agora no pós-leilão.A primeira coisa, já em janeiro, é a renova-ção do convênio ICMS 101/97, que diz res-peito à isenção para equipamentos eólicos.Esse convênio é importantíssimo porqueele existe desde 1997 como o próprio núme-ro do convênio já diz, vem sendo renovadotodos os anos sem que houvesse uma maiorexploração eólica no Brasil. Desde 97 é re-novado, e agora que tem parques eólicos enós precisamos usar o convênio, ele é mui-to importante. Até porque quem foi para oleilão fazendo preço considerou essa isenção.Um comentário geral sobre o leilão foi deque o preço foi baixo, o Governo espremeuos projetos, foi muito competitivo e cruelcom os projetos. Fez que o pessoal desse ta-

rifas muito baixas e está todo mundo aper-tadinho ali no lucro e na competitividadedos projetos. Se for mexida uma alíquota des-sas que é zero e pode passar a ser dezoitopor cento na compra de equipamentos e queé mais da metade do lucro de um projetodesses, a maioria desses projetos aprovadosserão inviáveis. Então, nós vamos trabalharcom os secretários de Fazenda tanto daquido RN quanto do Ceará, que são nossos co-legas, parceiros e não como rivais, o da Ba-hia, para convencer e colocar esse assuntocom o grau de importância que merece em31 de janeiro e renovar esse convênio que éimportante para a energia eólica.

RENOVANDO-SE esse convênio, elesó terá validade por um ano?

NORMALMENTE é de um ano, masagora que a gente está entrando de verdadecom energia eólica e no setor de vez, esta-mos pedindo que eles tenham a considera-ção de fazer por dois ou três anos, que seriao tempo de os projetos se consolidarem. Mas,se for por um ano tudo bem, porque noano seguinte se renovaria novamente.

OS MUNICÍPIOS vão receber algumvalor pela instalação dos parques eólicos?

OS MUNICÍPIOS vão receber os tribu-tos municipais, os ativos das terras onde seincidem impostos territoriais e também aquestão dos empregos locais. Não existe ain-da uma legislação que remunere como nopetróleo, tipo royalties. Eu tenho preconi-zado pessoalmente e tenho feito um traba-lho de pesquisa legislativa, feito uma certapesquisa de opinião com pessoas para ver areação no sentido de inserir na Lei Federalde Recursos Renováveis alguns dispositivosnesse aspecto, em que os municípios estabe-leceram. Mas, isso teria de vir em detrimen-to de outras receitas governamentais em quese trabalhasse para diminuir. Do contrário,se oneram os projetos, eles se tornam inviá-veis de novo. Temos de lembrar que eólicanão é petróleo, não era uma coisa viável e ago-ra é, por uma série de equipamentos. Se fo-rem em cima dela com muita sede, todo mun-do quiser morder os parques eólicos em di-nheiro, eles voltam a ser inviáveis de novo,e a gente fez um grande esforço para trazerisso para um ambiente de viabilidade, por-que muita gente dizia que isso era coisa demaluco, negócios com cata-ventos... A gen-te tem de dar um tempinho de as pessoasrespirar, montar seus parques, para depoisse repensar o processo regulatório, de for-ma que a gente distribua receita para as ci-dades. É claro que isso não está excluído.Temos conversado com o deputado RochaNunes, presidente da Comissão Especial noCongresso para Energias Renováveis, temosconversado também com o deputado Ber-nardo Ariston, presidente da Comissão deMinas e Energia da Câmara, enfim, temos

falado muito a toda hora sobre essa lei paraenergias renováveis que está tramitando noCongresso e tenho falado sempre que preci-samos dar mais segurança para esse negóciodas terras, que pode vir com uma predefini-ção de áreas, onde tivesse uma abertura pa-ra fazer parques eólicos e já fosse definidoum tipo de royalty ou coisa desse tipo. Noentanto, é algo preliminar ainda e temos detomar cuidado para não atrapalhar os pro-jetos, com um monte de impostos e com is-so torná-los inviável de novo.

POR ser uma coisa muito nova, não háainda uma mão-de-obra pronta para atu-ar nesses parques. Como será capacitadaa mão-de-obra eólica?

ESSA foi uma das medidas que o Estadose antecipou e já fez. Neste ano, tivemos a vi-sita da diretora da Petrobras Graça Foster emNatal, para a assinatura de quatro termos decompromisso, e um deles na área de gás eenergias renováveis. Uma das iniciativas con-juntas da parceria do Estado com a Petro-bras, Senai e Fiern, firmado nesse convênio,é o aprimoramento, ampliação do Ctgás, queé o centro de excelência nacional sobre o gásnatural para o Brasil todo - em centro de tec-nologia de gás e energias renováveis, ou seja,mudou até de nome e agora é CTGÁS-ER.Esse Ctgás será, portanto, o centro de tecno-logia e capacitação de pessoas para energiasrenováveis do Brasil inteiro. Isso está capita-lizado para Natal, para o RN. Natal é a sededo maior, principal e até agora único centrode excelência e capacitação para energias re-nováveis do país. Isso inclui eólica, solar eoutras energias. Estive novamente com a dra.Graça nesses dias, e ela nos informou queagora em março de 2010 já vamos inaugurarum laboratório de mapas eólicos e solares, quepermitirá realização das medições de eólicase solares e que pedirá um investimento de al-tíssimo nível, cerca de R$ 2 milhões e meio,para dar base à formação de profissionais numprimeiro momento para medições. Estamostrabalhando nesse nível superior com esse cen-tro de excelência. No nível básico teremos umacapacitação de engenharia civil, construçãocivil para a construção dos parques - terrapla-nagem, aterramento de dutos, fiações elétri-cas -, praticamente a mesma formação que agente dá para quem trabalha na indústria dopetróleo, por exemplo, com as diferenças es-pecíficas, claro. A gente consegue arregimen-tar hoje a maior parte da mão-de-obra compequenos treinamentos, pontuais e fazê-lostrabalhar nas obras dos parques. Nós não acre-ditamos que teremos muito distanciamentoentre o que uma pessoa da construção civilfaz e a de um parque eólico. Na parte de es-pecialistas é que poderia preocupar, mas jáestamos com o Ctgás-ER para formar pessoas,e como fica aqui no RN, é mais fácil paranós do que para outros Estados a formaçãodesses especialistas.

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Seja solidário até depois do Natal; faça a sua parte,ajudando as entidades que precisam na cidade de Mossoró

Exercite sua solidariedadeo ano todo

Várias instituições emMossoró precisam dedoações para continuarseus projetos em prolde crianças, jovens,idosos e familiares

Instituto Amantino Câmara- Lar de idosos -

Possui mais de 60 idosos. Recebe doaçãode alimentos, cama, mesa, banho e pro-dutos de higiene pessoal.

Endereço: Rua Venceslau Brás, S/N, bairro São José - ao lado da matriz deSão José.Telefone: 3321-4653Responsável pelo recebimento das doações: Chica Boa

Lar da Criança Pobre de Mossoró

Possui nove casas espalhadas por toda acidade de Mossoró que dão assistência a maisde três mil crianças carentes em favelas. A en-tidade católica sobrevive apenas de doações,portanto precisa de alimentos e recebe qual-quer doação de utensílios novos ou usados,sejam roupas, calçados, brinquedos.

Endereço da sede: Rua Maria SalemDuarte, 131, bairro Abolição IITelefone: 3318-4971Responsável pelo recebimento dasdoações: irmãs Ellen, Cristina ouErmelinda.

Comunidades carentes da zona rural

A Gerência de Ação Social, atravésdo Conselho Municipal de Ação So-cial (CMAS), está arrecadando ali-mentos não-perecíveis para ajudaras comunidades carentes da zonarural de Mossoró. Os alimentos po-dem ser entregues na sede do con-selho localizado no Centro Adminis-trativo da Prefeitura Municipal.

Endereço: Avenida Pedro ÁlvaresCabral, S/N, bairro AeroportoTelefone: 3315-4931Responsável pelo recebimentodas doações: José Evandro Xavier

Associação de Apoio ao Portador de Câncer

Atende a mais de 180 pacientes com câncerde Mossoró e região Oeste e presta apoio so-cial e psicológico. Recebe alimentos, roupasusadas ou novas, fraldas descartáveis para cri-anças e adultos e produtos de higiene pessoal.

Endereço: Rua Atirador Miguel da SilvaNeto, 5, bairro AeroportoTelefone: 3317-0747Responsável pelo recebimento dedoações: coordenadora Ana Clébia.

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)

A Apae em Mossoró atende hoje a 252crianças excepcionais e seus familia-res, através da oferta de vários servi-ços educativos, de saúde e tambémna realização de projetos sociais. A en-tidade vive apenas por doações e re-cebe ajuda desde trabalho voluntá-rio à ajuda financeira.

Endereço: Rua Monsenhor Júlio Be-zerra, 94, CEP 59612-160Telefone: 3315-2660As doações em dinheiro podem ser fei-tas para a conta corrente 18218-4, agência 0036-1 do Banco do Brasil.

Biblioteca Comunitária do Jucuri

A localidade do Jucuri (zona rural de Mos-soró) inaugurou na última semana a suabiblioteca comunitária. Está recebendodoações de publicações - livros, revistas,livretos. As doações podem ser feitas indoao local ou ligando para o presidente doconselho comunitário, "Galego do Jucuri".Local: Sede do Grupo de Mulheres Lilith(vizinho à Escola Estadual Maria Emília).

Contato com Galego do Jucuri: 9903-7712.

Mesa Brasil - Sesc

O Mesa Brasil é uma iniciativa do De-partamento Nacional do Sesc, comoconsequência das ações e programascontra a fome e a desnutrição, atravésda arrecadação de alimentos que sãodescartados nos processos conven-cionais de produção e comercializa-ção. Em Mossoró, o Sesc já cadastrou18 empresas que se dispuseram adoar alimentos para o Mesa Brasil etambém já foram cadastradas as in-stituições que serão beneficiadascom essas doações.Para ser um doador do MesaBrasil - Escritório Central do MesaBrasil Sesc RN

Telefone: (0xx84) 3211-5577,ou por E-mail - [email protected]

A chegada do Natal des-perta nas pessoas um senti-mento intenso de aproxi-mação com o outro. É claroque a emoção e a sensibili-dade aumentam nesta épocae é importante que as pessoasse sintam diferentes, mas

que, sobretudo, possam pensar suas ati-tudes ao longo de todo o ano que vem enão somente porque é Natal.

Em Mossoró há muitas instituiçõessérias que realizam seu trabalho em prolde crianças, jovens, idosos e suas famíliase que, muitas vezes, são esquecidas o anotodo e lembradas apenas nesta época.

É válido lembrar que a lembrança nemprecisa ser somente financeira, comdoações em dinheiro. Ela pode ocorrer a-través do trabalho voluntário, repassan-do alguma habilidade em cursos, aulasou mesmo na companhia carinhosa al-gumas horas por semana. Pode ser tam-bém a partir de doações de objetos que nãotenham mais tanta utilidade em casa,roupas, artigos de cama, mesa e banho.

"Estamos o ano todo à disposição daspessoas que queiram conhecer o trabalhoque realizamos na Associação e é impor-tante que a sociedade conheça os trabal-hos que realizamos", afirma a presidenteda APAE, Teresa Cristina.

Além da Apae, há instituições com per-fil de doações semelhante, como a Asso-ciação das Pessoas com Câncer de Mossoróe Região, Instituto Amantino Câmara, Larda Criança Pobre de Mossoró, entre out-ras. Por isso, acate o nosso Guia da soli-dariedade e escolha uma instituição paraajudar de agora em diante:

Especial de Natal

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8 Jornal de Fato Domingo, 20 de dezembro de 2009

M Ú S I C A

Canto dos O sentido do Natal é relembradopor crianças mossoroensesatravés das belas cançõesnatalinas resgatando o melhor desta época

pequeninosNão há muito brilho

na cidade de Mossoró noNatal deste ano. Mas, osentimento e o significa-do da data não foram es-quecidos, pelo menos pe-las crianças. Para elas,qualquer luz, qualquer

gesto tem um significado especial.É justamente a partir das suaves vo-

zes das crianças que o Natal foi lembra-do como uma época especial, indepen-dente de ter ou não decoração. No iní-cio do mês, antecedendo a abertura dosfestejos a Santa Luzia, o coral Louvor dosPequeninos, composto pelas criançasque estudam no Colégio Sagrado Co-

ração de Maria, cantou à sua maneiraas músicas natalinas. E ao longo do mêsse apresentaram outras vezes em públi-co levando a mesma mensagem.

A ideia de formar o coral não é recen-te e foi posta em prática há mais de dezanos, sempre reunindo as crianças na fai-xa etária dos 9 aos 12 anos para a partici-pação dos ensaios que culminam com ocoral que vemos na época do Natal.

"O coral surgiu por acaso, quan-do uma irmã ouviu um grupo de crian-ças cantando músicas de Natal. Des-de então, todo o ano a gente forma ocoral com as crianças do quarto e quin-to ano da escola", explica a irmã Lu-cilene Alves, coordenadora do Coral.

Coral 'Louvor dosPequeninos' há dezanos é formadopor crianças alunas do SagradoCoração de Maria.

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Coral formado pelas crianças da Casa de Apoioà Criança com Câncer: retribuição as doaçõesdos mossoroenses em forma de música.

A coordenadora também explica queneste ano participaram do coral 55 crian-ças na faixa dos 9 aos 12 anos, acompa-nhadas pelo músico Everton Nascimen-to. Além do interesse das crianças pelotema natalino e a vontade de integrar ocoral, os pais consideram a iniciativa edu-cativa e muito importante.

"O coral neste ano teve uma granderepercussão e credito também ao apoioque recebemos dos pais das crianças. Elesapóiam a iniciativa, pois a partir do co-ral também trabalhamos a educação, or-ganização, compromisso e lado religiosodas crianças", completa.

LIÇÃO DE FORÇA E DE VIDANão foi apenas o coral Louvor dos

pequeninos que fez diferença neste Natalem Mossoró. As crianças que são assisti-das pela Casa de Apoio à Criança comCâncer de Mossoró também mostraramque o espírito natalino tem um tom de gra-tidão, um sentimento sem preço.

Em retribuição a empresas que ajuda-ram a divulgar ou que prestaram algumaajuda ao longo do ano, as crianças fize-ram mais de trinta apresentações pela ci-dade com a formação do coral "Alegriade Viver". Para elas, uma alegria celebra-da todos os dias.

Ao todo, o coral é formado por 23 crian-ças e jovens na faixa dos 10 aos 18 anos.Todos são pacientes em tratamento ou cu-rados da doença que, mesmo após teremvivido tantos momentos difíceis e de dor,entoam músicas comum grande sentimen-to de alegria, esta comemorada dia-a-dia.

"O coral existe há dois anos e foi cria-do como uma forma diferente de agrade-cer às pessoas, às empresas que nos ajudamo ano todo. E o mais importante é que ascrianças emocionam aqueles que nunca asviram e, por sua vez, elas também conhe-cem as pessoas que as ajudaram através dasdoações", explica Ana Clébia, diretora ad-ministrativa da Associação de Apoio àsPessoas Portadoras de Câncer de Mossoróe Região, que tem, além da Casa das crian-ças, mais quatro projetos importantes.

O trabalho de formação do coral écoordenado pelos voluntários e profes-sores de música Hilda Monteiro, profes-sora do coral, e Fábio Silva, que ensina atocar violino.

A partir do trabalho constante comas crianças, surgiu há quatro meses tam-bém um grupo de violinistas.

"Elas estão superfelizes com as aulase por isso incluímos eles na apresentaçãoe foi uma surpresa para os que viram, atépara os pais", entusiasma-se.

Os corais Louvor dos Pequenos e Alegrias de Viver são exem-

plos do que há de melhor em ser criança: a doação e a vontade de

transformar o mundo em um lugar mais cheio de generosidade. Atra-

vés do canto dos pequenos é possível fazer uma viagem no tempo

e um resgate ao verdadeiro espírito de Natal, despretensioso e tão

diferente do que é alimentado em nossos dias. Através delas, é pos-

sível sim pensar em dias mais cheios de esperança e paz.

Feliz Natal!

ESPÍRITO NATALINO

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O Natal é momento dereunir a família e os amigospara saborear uma refeiçãoespecial. Nesta época do ano,as frutas secas e o tradicio-nal tender de peru invadema mesa e trazem aquele gos-tinho de fim de ano.

É claro que nem todo mundo podeter uma refeição com todos os elementosde um jantar tradicional de Natal e nemé preciso. Com a combinação certa de in-gredientes, um frango e mesmo um peixepodem ganhar sabor especial de Natal.

A nutricionista Sara Negreiros, quecolabora durante todo o ano dando dicasde como se alimentar bem, sem deixar deexperimentar coisas saborosas, já sabe queneste período a pergunta em torno doque pode ou não se comer na ceia de Na-tal é uma constante entre seus pacientes.

Ela explica que muitos que elaboram aceia natalina pensam que as opções saudá-veis não são gostosas e, por isso, optam sem-pre por receitas calóricas e nada saudáveis.

"Na ceia de Natal devemos apostar nu-ma combinação leve, saborosa e saudávelsem abandonar a tradição natalina. A sim-ples troca de ingredientes faz muita diferen-ça. Se a pessoa opta por uma ceia natalinamais saudável, estará fazendo um bem pa-ra toda a família", explica Sara Negreiros.

Pensando nessa data tão especial, anutricionista lançou dicas para compor amesa do Natal.

CARNESA dica da nutricionista é a de obser-

var uma variedade de opções na hora decompor o cardápio saudável: carnes bran-cas (peru ou frango), carne vermelha ma-gra, peixes magros, lombo, carne vegetal,patês à base de ricota; verduras cruas, ce-reais integrais, frutas frescas e secas. "Ascompotas de frutas facilitam a digestão emantêm a nossa forma física", ressalta.

O grande perigo dos jantares de Natalestá nos molhos. Tão comum quanto o

À M E S A

Ceia gostosa e A composição do cardápioque reúne a família na noitede celebração do Nataldeve ser gostosa esaudável; a nutricionistaSara Negreiros dá suas dicas para montar um jantar especial

nutritivaperu na ceia de Natal é a presença na me-sa dos molhos, seja na salada, nos pratosprincipais e nos aperitivos e, dependen-do dos ingredientes, esses molhos são mui-to calóricos.

Sara Negreiros explica que, em rela-ção aos molhos, deve-se evitar maionesee molhos à base de requeijão, gemas deovos, creme de leite. "Se a proposta é umaceia leve, pode-se fazer uma maionese fal-sa, ou optar por molhos à base de iogur-te desnatado, requeijão light, ricota, quei-jo minas fresco, cottage."

Outra escolha importante é a da bebi-da. Segundo a nutricionista, deve-se evi-tar o consumo exagerado de bebidas al-coólicas e gaseificadas. "Para fazer o brin-de, prefira bebidas alcoólicas leves (cham-panhe, vinho ou refrescos de vinho), aoinvés dos destilados e cerveja", ressalta.

OUTRAS OPÇÕESPara quem não pretende realizar uma

ceia variada pode dar um ar de festa a re-ceitas bem caseiras. Uma dica interessan-te da fábrica Fortaleza enviada a DOMIN-GO é a de elaborar uma lasanha, porémsem aquela cara de massa que se faz tododomingo. A apresentação elegante da re-ceita fará sucesso entre os convidados. Oprato é ideal para a comemoração, pois seurendimento chega a 15 porções. Outra di-ca que agrada é a de um pavê como sobre-mesa. O pavê tão comum pode levar ele-mentos finos, como o licor de chocolatee as nozes, um dos itens mais consumi-dos durante as festas de fim de ano. Con-fira as receitas preparadas e sugeridas es-pecialmente para você, leitor(a) de DO-MINGO, também na página 15, sessão cu-linária, e divirta-se.

A nutricionistaSara Negreirospesquisou opçõesde receitascaprichadas efáceis de fazer.

A nutricionistaSara Negreirospesquisou opçõesde receitascaprichadas efáceis de fazer.

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Editoria de arte: Neto Silva

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A poesia é feita de puro sentimento.A admiração, a paixão, o amor e o ódio,a solidão e a saudade, tão difíceis de ex-plicar, cabem bem nos versos poéticos epodem criar uma relação de cumplici-dade e identificação entre poeta e leitor,característica de quem se aventura naresignação da leitura.

Essa identificação é o que torna ospoetas a expressão dos sentimentos ex-pressos no jogo simples das palavras. Eé essa a aposta feita pelo advogado e po-eta João Pessoa Cavalcante, através do seuoitavo livro - o quinto em versos -, inti-tulado "Veredas ao Luar".

Não há palavras rebuscadas, mas demaneira simples o autor consegue ex-pressar seus sentimentos como homemde fé, de amor, de contemplação e tam-bém de indignação com temas como aviolência, por exemplo.

Segundo João Pessoa, a concretizaçãodo desejo de publicar as poesias surgiu

após a aposentadoria e depois de ter si-do funcionário público e, posterior-mente, ter atuado como advogado. De-scobriu-se tocado pelas letras literárias edesde então não parou. Publicou os livros"Pingos de Poesia", "Meus PoemasPrediletos", "Momentos de Ref lexão","Mensagem de Vida" (reflexões poético-filosóficas), "Reflexões Poéticas" (versos)e "Novas reflexões poéticas" (versos e re-flexões).

Nesse novo trabalho, que tem maisuma vez o prefácio do escritor e con-tista José Nicodemos, João Pessoa pub-lica mais de cento e sessenta poesias. Eé o amigo Nicodemos quem fala mel-hor da simplicidade alia-da à serenidade das re-f lexões que o autor pro-move em seu novo trabal-ho.

"A poesia de João, quese apresenta distanciada dos

meios de expressão poética que marcarama materialidade do verso, em todo tem-po, consegue realizar a sua intencional-idade, que consiste no humano. É umaintencionalidade que não se vê precisa-da as preciosidades literárias. São versossimples, docemente humanos, que, co-mo disse de outras vezes, de certo modoencarnam a personalidade do autor:quem o conhece, há, decerto, de confir-mar", explana Nicodemos.

O livro, que é editado pelo autor deforma independente, tem 166 páginasde poesia para todos os gostos e podeser adquirido nas livrarias da cidade.

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Outros livros de João Pessoa Cavalcante

Título

Pingos de Poesia Versos

Reflexões

Versos

Versos

Auto ajuda

Versos e reflexões

2005

Versos e reflexões

Mensagens de Vida

Título - Veredas ao Luar

Publicação - Independente, 165 páginas

Autoria: João Pessoa Cavalcante

Pensando em Poesia

Meus poemas prediletos

Momentos de Reflexões

Reflexões poéticas

Novas reflexões

Estilo Ano

Sobre a obra

poéticos

L A N Ç A M E N T O

Sentimentos O advogado JoãoPessoa lança o seu oitavo livro, intitulado'Veredas ao Luar', emostra os sentimentosem forma de belas poesias

2006

2007

2007

2008

2008

2009

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Há alguns anos, depois da seleção para in-gresso no Instituto Rio Branco, um dos candi-datos perguntava indignado a dois professoresde História se eles conheciam um historiadorchamado Frei Vicente do Salvador. O candida-to à vaga de diplomata não se conformava queuma questão tão sem importância o tivesse co-locado de fora da disputa e adiasse o sonho deexercer oficialmente a diplomacia. Pois bem,surpreso ficou quando percebeu que a ques-tão não era tão irrelevante assim. Os amigoshistoriadores esclareceram que Vicente Ro-drigues Palha, conhecido como Frei Vicentedo Salvador, foi o primeiro historiador brasi-leiro, e seu livro História do Brasil (1500-1627) foi a primeira obra escrita sobre o Bra-sil por um homem nascido nestas terras. Ou-tros trabalhos de importância já existiam an-tes do seu robusto livro terminado em 20 dedezembro de 1627, como "Histórias da Pro-víncia de Santa Cruz", de 1576, escrito por Pe-ro de Magalhães Gândavo, mas desta diz-se tra-tar de obra de um cronista português, en-quanto daquela é possível dizer: obra de umbrasileiro, portanto, lançando à terra sentimen-tos e olhares distintos.

HISTÓRIA DE UM LIVRO DE HISTÓRIANascido na Bahia e pertencente à ordem dos

franciscanos, Frei Vicente do Salvador andoupor Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro, Por-tugal, mas permaneceu a maior parte do tem-po na Bahia mesmo, tendo sido, inclusive,preso pelos holandeses quando do seu retor-no da metrópole em 1621. Como homem cul-to que era, seu conhecimento abrangia direi-to, teleologia, história, filosofia e literatura edesenvolveu muitos estudos tanto no Brasilquanto em Portugal.

"História do Brasil" está dividido em cincolivros, nos quais o autor relata sobre a desco-berta do Brasil; a natureza e os costumes indí-genas - quando trata da luta dos índios comos portugueses revela uma certa simpatia pe-los nativos -; os empreendimentos coloniais ea divisão do território em capitanias hereditá-rias - contando aqui um mapa -; a instalaçãodos governos gerais; dominação espanhola eas guerras dos portugueses contra franceses eholandeses; e, mesmo sendo uma presençasem tanta expressividade, mas já existente, osnegros na América portuguesa também são

mencionados pelo religioso. Por isso se fazdigno de nota mais do que o volume da obraa abrangência dos assuntos nela abordados, des-de questões internas à colônia até relações coma metrópole e suas concorrentes. De modo ge-ral, o livro traz escrita leve e despretensiosa, nar-rando inclusive episódios pitorescos colhidosnas investigações e observações do cotidianodos brasílicos ou, como costumam escrever oshistoriadores, do "modus vivendi" na colônia.

Apesar de facilmente podermos apontar tan-tas qualidades da obra "História do Brasil", o20 de dezembro de 1627 só comemora o dia emque o autor pôs um ponto final no livro, poissua publicação só ocorreria mais de 250 anosdepois. A obra pioneira da historiografia brasi-

leira esperou até o final do Império para se tor-nar efetivamente um livro. Muitos estudiososdo Brasil durante o século XIX folhearam os es-critos de Frei Vicente guardados na Bibliotecade Lisboa, mas eles permaneceram inéditos até1886, quando Capistrano de Abreu o apresen-tou ao Diário Oficial, e três anos mais tarde,em 1888, organizou sua publicação na íntegrado material encontrado - durante os séculos deanonimato alguns capítulos foram perdidos. Foifeita ainda uma edição no texto pelo próprioCapistrano de Abreu para a publicação de 1918,que traz uma belíssima nota preliminar escritapelo historiador de "Capítulos de História Co-

lonial", em que faz os caminhos que a obra per-correu desde 1627 até o momento em que che-gou em suas mãos e foi encaminhada, enfim, àpublicação. Também nela faz bela propaganda:"Publicada agora em forma acessível, é de espe-rar que o livro do frade baiano, a primeira his-tória do Brasil composta por brasileiro, adqui-ra leitores e amigos."

Talvez seu nacionalismo, ainda que tími-do, e sua atitude franca para com a metrópo-le tenha bastado como motivo para que nãofosse publicada à época, pois é o Frei Vicenteo primeiro a fazer em registro historiográficocrítica direta ao colonizador. Basta lembrar quefoi ele o autor de uma das frases mais citadasa respeito da colonização portuguesa, quando

critica a falta de investidas para o interior dacolônia, afirmando que eles, os portugue-ses, apenas "arranham o litoral feito caran-guejos"; também considera que os portugue-ses só se preocupam em explorar as terrascoloniais, levando o que podem para a me-trópole sem pensar em promover a criaçãode riqueza deste lado do Atlântico.

Outro motivo possível para recusa da pu-blicação da obra pode estar na leveza da for-ma. Capistrano chega a dizer que nosso pio-neiro escreve mais próximo de histórias doBrasil do que História do Brasil, ao que Fran-cisco Iglésias acrescenta, para os nossos tem-po e rigor atuais, seriedade e relevância queo ofício de historiador ganhou, seriam mais"estórias do Brasil". Contudo, os temas quedestacou e a história que registrou ganha-ram significado equivalente ao dos clássicosda historiografia do século XX, para os quaisfoi de grandíssima valia enquanto fonte. E éassim, como obra "superlativa", que Histó-ria do Brasil, de Frei Vicente do Salvador, apro-xima os historiadores do Brasil com os tem-pos aos quais se dedica a estudar, levandopara séculos atrás uma ideia de brasilidade ede cuidado com a terra que se habita. Preo-cupado com a história e entendendo-a comoensinamento, o franciscano deixa de heran-ça para historiadores de todo o mundo e bra-

sileiros de todos os saberes o conhecimentode um Brasil colônia onde não se define o queé público ou privado; o que é seu e o que é dooutro e que, mesmo naquele território de di-mensões bem mais tímidas que as de hoje, ahistória do Brasil é múltipla.

UM DIA NA HISTÓRIA

C O L U N A

20 de dezembro de 1627 Concluído livro História do Brasil,

de Frei Vicente do Salvador

Iza L. Mendes Regis - Prof.ª Depto. História - Campus Central/Uern - [email protected]

Capa da edição de 1918 de História doBrasil, de Frei Vicente do Salvador

ERRATA - Na última edição do dia 13 dedezembro, o autor da coluna saiu como oprof. Francisco Linhares. Na verdade o autorda coluna foi o Prof. Fabiano Mendes. Aosleitores e aos colunistas, nossas desculpas.

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tamente diferentes perante o capita-lismo.

Para muitos, o Natal se tornou umaépoca de consumo exagerado e o co-mércio, dessa forma, se sobrepõe à fécristã. Com isso, a hipocrisia aumen-ta e alimenta o espírito já contamina-do, pois estará sempre voltada para osbens de consumo, de pessoas que, la-mentavelmente, se esqueceram de que

o Natal é uma época para unir as pes-soas em torno de algo maior, e tenhamcerteza: é algo bem maior que um sim-ples peru de Natal.

Rubens Rodrigues de Souza é es-critor e colabora com o site www.gostode-ler.com.br

A interpretação das luzes do Na-tal, dependendo de quem a vê, podeter vários significados. Tudo fica maisbonito e maravilhoso e até desperta sen-timentos humanitários (embora nãose faça nada) quando se passeia pelacidade dentro de um belo carro e secontempla as belas decorações natali-nas. As lojas fervilham e as pessoascorrem como se quisessem levar tudoo que há de melhor somente para si.

A ave símbolo nesta época serviráapenas para encher a barriga de algunspoucos privilegiados e, meu Deus, temgente que recebe o Natal com uma mi-galha, um naco de pão e ainda conce-be o milagre da partilha. Parece que, oCriador coloca sua mão e abençoa oparco alimento e aí não há peru ouqualquer outra iguaria que se iguale aum simples pedaço de pão. A luz quemais interessa é aquela que vem do al-to, lá onde a vaidade humana não con-segue chegar.

Benditos aqueles que, pobres ounão, conseguem ver a verdadeira luzdo Natal e saem de casa em casa lem-brando a todos que um Rei nasceu nu-ma modesta cama de palha e que osanimais o acolheram melhor que nós.

Meu Deus, por que aquele maltra-pilho sob o viaduto sorri e, esquecen-do sua desventura, dobra os joelhos,tira da cabeça um boné surrado e de-dica ao Altíssimo a única coisa queele possui: a fé em forma de oração.Não há uma mesa farta esperando-o,mas, o seu coração está em festa. Con-tudo, existe uma coletânea enorme depoesias hipócritas que pregam a bele-za das palavras feitas e enaltecem avaidade e o poderio econômico de umagama de idiotas e imbecis que não sedão ao trabalho de olhar para baixo,ou para os lados, onde estão pessoasiguais a ele perante Deus, mas infini-

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CRÔNICA/RUBENS SOUZA

A POESIA DO NATAL,SEGUNDO OSEXCLUÍDOS

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Jornal de Fato Domingo, 20 de dezembro de 2009 15

C U L I N Á R I A

INGREDIENTES

Molho branco:10 colheres (sopa) de margarina Puro Sabor10 colheres (sopa) de farinha de trigo tipo 14 litros de leitesal, noz moscada e pimenta-do-reino a gosto

Farofa de biscoito e damasco2 embalagens de biscoito Cracker (400g)2 dentes de alho, picados ervas variadas a gosto, picadas (alecrim, manjericão, salsa, oréganofresco, tomilho, entre outras)2 colheres (sopa) de azeite 150g de damasco, picado

Para a montagem1 embalagem de Lasanha Fortaleza com Ovos (500g)500g de tender em lascas400g de muçarela em fatias

MODO DE PREPARO

Comece preparando o molho branco. Numa panela média, aqueçaa margarina Puro Sabor e doure a farinha de trigo tipo 1. Junte o leite aospoucos, mexendo sempre para não formar grumos. Acerte o sal e tem-pere com a pimenta-do-reino e a noz moscada. Retire do fogo e reserve.

Prepare a farofa de biscoitos com ervas. Coloque no liquidificador o

biscoito Cracker e bata até obter uma farofa. Numa frigideira média, aque-ça o azeite e refogue o alho. Acrescente a farofa de biscoito, as ervas edeixe fritar por 2 minutos. Retire do fogo, misture o damasco e reserve.

Monte a Lasanha Fortaleza com Ovos num refratário grande e fun-do. Divida o molho branco em 5 partes, as tiras de lasanha em 4, aslascas de tender e as fatias de mussarela em 2. Alterne as camadasde molho, massa e recheio da seguinte forma: molho branco, fatiasde mussarela, tiras de lasanha, molho branco, lascas de tender, tirasde lasanha, molho branco, fatias de mussarela, tiras de lasanha, mol-ho branco, lascas de tender, tiras de lasanha, molho branco. Cubracom papel-alumínio e leve ao forno médio (200°C) por 40 minutos.Retire o papel-alumínio, coloque a farofa de biscoito e damasco eleve ao forno por mais 10 minutos. Rendimento: 10 a 15 porções.

DicaPara a lasanha ficar perfeita, coloque as tiras sempre entre os molhose não se esqueça de utilizá-los ainda quentes. Para cada 500g demassa utilize no mínimo 3 ½ litros de molho. Querendo reduzir otempo de preparo, deixe a lasanha montada por 10 minutos antes delevá-la ao forno.

Lasanha Fortaleza detender com farofa debiscoito e damasco

INGREDIENTES

Creme inglês com nozes½ litro de leite5 gemas150g de açúcar1 colher (sopa) de maisena 2 gotas de essência de baunilha400g de nozes, moídas

Calda caramelada1 xícara (chá) de açúcar1 ½ xícara (chá) de leite

Para a montagem½ pacote de Biscoito Maizena (400g)1 xícara (chá) de licor de chocolate1 ½ pacote de Biscoito Recheado Chocolate Amori Richester (140g) nozes picadas para decorar

MODO DE PREPARO

Comece preparando o creme inglês com nozes. Ferva o leite e deixeamornar. Passe as gemas pela peneira e leve-as à batedeira com oaçúcar e bata até ficarem esbranquiçadas. Junte o leite aos poucos,acrescente a maisena e leve ao fogo baixo mexendo sempre atéengrossar. Retire do fogo, acrescente a essência de baunilha, as nozesmoídas e mexa delicadamente. Deixe esfriar.

Prepare a calda. Numa panela pequena, derreta o açúcar até o pontode caramelo. Acrescente o leite e ½ xícara (chá) de água e mexa atédissolver todo o caramelo formado. Retire do fogo e reserve.Leve ao processador o Biscoito Recheado Chocolate Amori Richestere bata até obter uma farofa, reserve.Monte o pavê de nozes num refratário médio da seguinte maneira:Biscoito Maizena Richester umedecidos no licor de chocolate, cremeinglês com nozes, calda caramelada, Biscoito Maizena Richesterumedecidos no licor de chocolate, creme inglês com nozes, caldacaramelada, finalize com a farofa de Biscoito Recheado ChocolateAmori Richester e decore com nozes picadas. Leve à geladeira por2 horas antes de servir. Rendimento: 8 a 10 porções.

Pavê Richester de nozes