revista do sindicato dos alimentícios

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Page 1: Revista do Sindicato dos Alimentícios
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Estamos terminando mais um importante ciclo em nosso Sindica-to. Foram quatro anos de intensos desafios, avanços e conquistas. Para consolidarmos tudo isso, estamos entregando essa Revista com um pouco da nossa história e do que fizemos. Claro, seria impossível con-densar nessas páginas de maneira integral nossa caminhada, mas vale não só pela lembrança desse tempo como também para o registro histó-rico da luta dos trabalhadores.

E conhecer a história é dupla-mente importante. Primeiro porque estabelece um lugar no tempo e es-paço onde nós trabalhadores temos acumulados avanços. Na outra pon-

EDITORIAL

Pronto para o futurota, fica registrado para as gerações futuras que o esforço cotidiano é que promove as transformações e as conquistas.

Além de tudo isso, a história tem o papel fundamental de construir o futuro. E é sobre o futuro que está plantado o futuro da nossa catego-ria. Ampliar as conquistas e dimi-nuir as distâncias sociais é mais do que um desafio, é um objetivo que temos perseguido ao longo desses 58 anos. O Brasil mudou. Mas pode mudar mais ainda. E o motor dessa mudança foi a luta da classe traba-lhadora, que resistiu na época da ditadura, que ampliou a democracia e construiu a possibilidade de um go-

verno com mais justiça socialJá entramos na segunda década

do ano 2000. Falta ainda muita coi-sa para conquistarmos. Mas temos a certeza que toda o empenho que fizemos não foi em vão. Gostaria portanto de agradecer a todos os companheiros do setor de alimentos e bebidas pela oportunidade de po-der fazer parte dessa grande família e mais uma vez convidá-los a cons-truir juntos a nossa história.

Um abraço

Edilson CarvalhoPresidente do Sindicato

dos Alimentícios e Bebidasde Jundiaí e Região

índice

expediente

Revista da Gestão 2008 a 2011 do Sindicato dos Alimentícios de Jundiaí e região

Presidente: Edilson CarvalhoJornalista Responsável: André Luiz de Barros Leite - mtb 21.124Projeto e produção gráfica: Laser Press Comunicação - fone: 11. 4587.6499 - www.laserpress.netTiragem: 10.000

Edilson Carvalho:história de vida se mistura ao movimento sindical

3 Aos 58, Sindicato tem história de luta e conquistas

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Sartori, em defesa das causas trabalhistas

11Os diretores

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Momentos quemarcaram uma história

12Convênios

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História de vida se mistura ao movimento sindical

Há quase vinte anos atuando no movimento sindical, o presidente do sin-dicato dos Alimentícios, Edilson Carvalho, que assume seu terceiro mandato, acredita que, mesmo com todas as dificuldades que contemplam seu traba-lho, aprende a cada dia com o trabalhador. “Só tenho a agradecer esse cami-nho trilhado, ao lado de meus companheiros e com a ajuda do trabalhador”.

Edilson CarvalhoPor Mônica Tozetto

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ça, medo de falar a coisa errada. Mas depois, peguei o jeito”, conta. Edilson ressalta que é primordial estar atualizado com relação às leis trabalhistas. “Precisamos nos base-ar seriamente na lei e o Sindicato sempre priorizou esse tipo de atitu-de”, ressalta. O presidente acredita que um trabalhador jamais pode ficar sem retorno ou resposta. E é preciso estar preparado para isso. “Se não conseguimos resolver, pre-cisamos, pelo menos, apontar o ca-minho”.

A administração das greves – juntamente a outros diretores, sin-dicatos, CUT e categorias – foi outro motivo de crescimento no caminho do presidente. “Quando entrei no movimento, havia muitas greves e conflitos. Participar em todos eles me garantiu um enorme crescimen-to. Além da nossa categoria, nos juntávamos aos companheiros da nossa central para ajudar com cami-nhão, na porta de fábricas, enfim, no que precisasse.”

m 1988, Edilson Carvalho era admitido na antiga Paoletti (hoje Parmalat), como Ajudante Opera-

cional. Pouco tempo depois, já re-presentava o Sindicato, dentro da empresa. Em 1991, quando já era mecânico de manutenção, foi con-vidado a participar ativamente da diretoria dos Alimentícios. “Fui para o Sindicato já no primeiro mandato de Gerson Sartori. Nessa fase, hou-ve muitas mudanças”, lembra.

Edilson lembra que sua primeira semana como diretor sindical foi um sufoco. “Fiquei meio perdido. Esta-va acostumado a fazer outro tipo de atividade e aqui dentro o bicho pega”, conta. Sua opção foi apos-tar no conhecimento dos diretores mais experientes. Acompanhava o trabalho deles, via como resolviam os conflitos, observava e aprendia. “A geração mais velha me ajudou muito”, enfatiza. Além disso, mer-gulhou nos livros que falavam sobre as leis trabalhistas, fez cursos, estu-dou. “Minha vida mudou. O tempo até ficou curto pela dedicação dis-pensada ao movimento sindical. Mas, os problemas do dia a dia iam chegando e com eles, na lida para resolvê-los, meu conhecimento aca-bou se ampliando”.

Outra forma de aprendizado foi prática. Afinal, para falar com o tra-balhador, era preciso se dirigir às portas das fábricas. “No início, eu sentia um certo receio, inseguran-

E

Fui para o Sindicato já no

primeiro mandato de Gerson Sartori. Nessa fase, houve muitas mudanças

”A presidência

A experiência em lidar com to-das essas situações foi crucial para ocupar em 2003, pela primeira vez, o cargo de presidente do Sindicato dos Alimentícios. Para Edilson, seu primeiro ano de mandato foi um dos mais difíceis em sua trajetória. As-sim que assumiu, em janeiro, a Par-malat pediu recuperação judicial, o

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Aqui a pessoa vai aprender a se relacionar com o outro, conhecer leis, participar

de cursos. Tudo para ajudar o trabalhador

”Para o presidente, a briga pelo bem da categoria acontece todo dia, não pára. Para aqueles que come-çam no movimento, ele ensina: é a melhor faculdade do mundo. “Aqui a pessoa vai aprender a se relacionar com o outro, conhecer leis, parti-cipar de cursos. Tudo para ajudar o trabalhador”. Afinal, se não existisse trabalhador, também não existiria um sindicato. “Esse é o nosso pa-pel. Solucionar problemas”. Dificul-dades, claro que existem. Mas sem elas, talvez a vida não tivesse graça.

que significava que a falência estava próxima. A empresa existia em mais de 115 países e Jundiaí era a maior fábrica em nível nacional, com 700 trabalhadores. E, além de presiden-te do Sindicato, ele era funcionário da empresa. “A empresa foi lacrada para que os oficiais de justiça docu-mentassem o que havia lá dentro. Havia muita denúncia de fraudes. Minha responsabilidade tinha dobra-do. Tinha que responder por todos, falar com rádio, TV. Os funcionários ligavam para o Sindicato o tempo todo, preocupados com sua situa-ção. Fazíamos assembleias, fomos para São Paulo, Brasília... Naquela transação de recuperação, não sabí-amos com quem falar. O Gerson me ajudou muito nessa época e a CUT também”. O desfecho foi o fecha-mento de várias unidades. Jundiaí ainda mantém a sua, com cerca de 500 funcionários. A Parmalat conti-nua em recuperação judicial.

Resolvido esse entrave – ou con-trolado – ainda no primeiro manda-to Edilson passou pelo fechamento da Kraft, antiga Royal, que estava se mudando para o Paraná. Cerca de 500 trabalhadores ficariam sem emprego. “Foi preciso negociar aposentadorias para quem estava próximo delas, agilizar documentos e realocar o pessoal no mercado de trabalho. Auxiliamos em tudo”.

O segundo mandato encontrou o presidente com mais experiên-cia. Não que tenha sido mais fácil,

mas Edilson foi seguindo seu ca-minho e acabou encontrando as portas abertas. O terceiro começa com sangue novo na diretoria. “Eu aceitei mais essa empreitada pela minha diretoria também, pessoas que confiam no meu trabalho”, sa-lientou. Uma das bandeiras dessa fase é, claro, continuar brigando pelo melhor para o trabalhador. “A CLT garante o mínimo, que foi con-quistado por nós, trabalhadores. Muitos até morreram por isso. Que-remos mais”, pontua. O desafio atu-al é pela redução de jornada de 44 para 40 horas semanais, garantindo a manutenção do salário. Dessa ma-neira, haverá aumento da geração de emprego. Para o trabalhador, maior qualidade de vida, possibili-dade de estudar e passar mais tem-po com a família”.

O Sindicato

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uscando parceiros para ampliar a rede de benefí-cios do Sindicato, o dire-tor Luiz tem conquistado

importantes avanços para catego-ria. Depois de uma análise criteriosa nos convênios estabelecidos, Luiz fez uma triagem para manter ape-nas aqueles que de fato contribuíam para a evolução dos trabalhadores.

“Atualmente estamos apostando muito na relação junto às instituições de ensino. Assim faculdades e cursos profissionalizantes estão entre nos-sas prioridades. O mercado, cada vez mais busca profissionais qualificados e principalmente com conhecimen-to técnico”, acredita Luiz. Segundo ele, o esforço agora é para que as empresas permitam levar para seus funcionários, durante o expediente, as propostas de cursos.

InternetEnquanto atua na frente dos con-

vênios, Luiz também desenvolve ou-tra importante função – é dele a res-ponsabilidade das mídias digitais do

Tebom luta para melhorar saúde do trabalhador

estímulo às CIPAS e uso corretos dos Equipamentos de Proteção. “É preciso ampliar o compromisso das empresas com a saúde do trabalha-dor. No atual ritmo da economia é comum que a pressão para prazos e metas se eleve. Se o trabalhador não for protegido, ele certamente adoe-ce”, concluiu.

Recentemente realizamos uma reunião com os profissionais do

INSS para mostrar a dura realidade que

enfrentamos

Atualmente estamos

apostando muito na

relação junto as instituições de

ensino

m dos sindicalistas mais experientes da região, Marcos Tebom atualmente encampa a luta para me-

lhorar as condições de trabalho. “Te-mos notado aumento na incidência de companheiros afastados por pro-blemas de saúde. Principalmente na área de frigoríficos, onde o ambiente é altamente insalubre”, explica.

Segundo ele é cada vez mais co-mum casos de LER (Lesão por Es-forços Repetitivos). Nem sempre porém, esse tipo de ocorrência é classificada como acidente de traba-lho, colocando assim o funcionário num verdadeiro buraco negro dian-te da Previdência Social.

Para tentar minimizar os proble-mas, Tebom explica que o Sindicato possui um médico do trabalho con-tratado, que após exame e consta-tação de algum problema emite um Comunicado de Acidente de Traba-lho, documento fundamental para conseguir reconhecimento do perito da Previdência. “Recentemente rea-lizamos uma reunião com os profis-sionais do INSS para mostrar a dura realidade que enfrentamos”, diz.

Em outra ponta do problema, Tebom afirma que o Sindicato vem inserindo nos Acordo Coletivos cláu-sulas mais específicas para previnir e qualificar Acidentes de Trabalho,

U

BParcerias marcam trabalho de Luiz

Temos aprimorado o trabalho

financeiro, com os modernos recursos

que hoje temos a diposição

Marcos Tebom

Luiz Carlos Soares

É um trabalho diário que vai da articulação por

campanhas salariais, passando por

posicionamentos políticos e finalmente

a formação dos dirigentes

”José Vitor Machado Lourival Alves

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ua história se confunde com a do próprio Sindica-to. Lourival Alves, o Cha-crinha, é o diretor finan-

ceiro talvez com mais longevidade a frente de uma entidade sindical. Há quase quatro décadas é dele a responsabilidade de gerir o dinheiro do trabalhador sempre com respon-sabilidade e competência. “Temos aprimorado o trabalho financeiro,

tuando na coordenação da sub-sede da CUT de Jundiaí e região, José Vitor Machado responde pela

diretoria de formação do sindicato. Assim, a proposta de deixar os dire-tores aptos para enfrentar todos os avanços da categoria, as novas tec-nologias e outros desafios do dia a dia passam por sua pasta. Na atuação junto a CUT, Vitor lembra a importân-cia da nossa regional e faz menção à própria história do sindicato.

“No Estado de São Paulo ape-nas três sindicatos da Alimentação fizeram a opção pela Central Única dos Trabalhadores (Santos, Mogi e Jundiaí). A CUT, historicamente tem um papel intransigente na defesa dos trabalhadores e por isso é pre-ciso muita seriedade para se filiar e manter-se dentro daquilo que pro-pomos”, lembra.

A S

omo um sindicato que re-presenta trabalhadores, não poderíamos deixar de homenagear os nos-

sos. Odila, Mariene, Fábio e Rose estão na equipe dispensando a

sindicato. O site, que ele reformou há pouco mais de um ano e meio, já conta com melhorias mas deve ain-da sofrer novos implementos. “Esta-mos trabalhando agora para colocar no ar um banco de currículos. Pelo projeto, qualquer pessoa que acessar o site poderá se cadastrar e depois faremos uma gestão junto ao RH das empresas para que eles se utilizem dessas informações”, explicou.

Vitor, empenhado na formação de dirigentes

A sub-sede de Jundiaí, de acor-do com Vitor, é a maior do Estado, congregando quase vinte Sindica-tos. “É um trabalho diário que vai da articulação por campanhas salariais, passando por posicionamentos po-líticos e finalmente a formação dos dirigentes que tem a missão de re-presentar os trabalhadores. Sem o sindicato da Alimentação aqui em Jundiaí essa tarefa seria quase im-possível”, lembrou.

Lourival Alves, o condutor financeiro

Marcelo – para que tudo funcione bem

diretor Marcelo é um da-queles companheiros que muitos não imaginam o papel importante que de-

sempenha. Responsável pela infra-estrutura do Sindicato, é dele a res-ponsabilidade de deixar em ordem várias estruturas que são colocadas em uso sempre que há uma greve ou quando o sindicato participa de ações junto a sociedade civil. “É pre-ciso estar sempre preparado para o imprevisto. Às vezes fica tranquilo, em outras ocasiões é um corre cor-re danado que não há tempo para nada. Por isso tudo deve ficar sem-pre em posição para entrar em uso assim que for preciso”, diz.

Odila, Mariene, Fábio e Rose – a força por traz do Sindicato

O

com os modernos recursos que hoje temos à disposição”, comemora. Chacrinha permanece conduzindo o departamento financeiro, na próxi-ma gestão.

energia necessária para contri-buir com uma entidade tão ativa quanto a nossa. Quem já passou por aqui e precisou utilizar dos serviços desses profissionais, tem uma só palavra – competência.

C

É preciso estar sempre preparado para o imprevisto

Às vezes fica tranquilo, em

outras ocasiões é um corre corre

danado...

“”

Marcelo

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m 1950, o jovem Hildo Pe-reira Paschoa ingressava numa das maiores em-presas de alimentação de

Jundiaí na época, a CICA. Trabalhou como ajudante durante dois anos e em 1952, passou a motorista. Nos primeiros dez anos, dirigia um ca-minhão pequeno. Nos outros dez, o veículo era dos grandes. Paschoa especializou-se no trajeto para São Paulo e sua fama na CICA era a de um excelente condutor.

Em 1953, um grupo de trabalha-dores descontentes com o rumo que tomava o Sindicato da catego-ria, que estava nas mãos dos pa-trões, decidiu virar a mesa. Paschoa

estava entre eles. Nascia a entidade de hoje, que completa 58 anos. Pas-choa era o 1º secretário do Sindicato, formado por pessoas com ideais vol-tados para a conquista de benefícios para os operários.

Paschoa lembra-se que, quan-do estava no Sindicato, surgiu uma vaga, na própria CICA, como moto-rista da residência. O salário era dos mais altos, mas significava ter que servir aos patrões. Mesmo sabendo que poderia ter muito mais do que tem hoje nesse cargo, Paschoa refle-tiu que estava em jogo a avaliação de cerca de 400 funcionários e só-cios do Sindicato. Declinou da oferta e optou pelo Sindicato.

Aos 58, Sindicato tem história de luta e conquistasE

Foi graças a essa unidade que temos a entidade de hoje:

forte e atuante

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Numa época que já era difícil para os homens, Rosinda Faccioli não pensou duas vezes quando foi con-vidada a fazer parte da diretoria do Sindicato, quando da sua fundação, em 1953. Ficou lá por duas gestões. Na primeira, foi conselheira. Na se-gunda, tesoureira. Ela lembra que a experiência foi extenuante, mas mui-to boa. Extenuante porque ninguém sabia ao certo como funcionava um Sindicato. E boa porque reuniu pes-soas corajosas, determinadas a fazer vencer a luta dos trabalhadores. “Foi graças a essa unidade que temos a entidade de hoje: forte e atuante”, afirmou.

Pessoas de coragem

Messias Perez é diretor do Sindi-cato dos Alimentícios desde 1980. Em 1983, quando Lupércio Arruda era o presidente, Perez era seu vice e durante cinco meses, foi interino da entidade. Nesses 23 anos de tra-balho, ele perde as contas de todas as lutas em que esteve presente. “Quando comecei, não existia nem CUT nem PT. Fomos nós que ajuda-

Presente em todas as lutas

mos a fundar”, lembra ele. Partici-pou de greves como CICA, Paoletti, Fleischmann entre outras. Dirigiu assembleias. Quando aconteceu a greve geral no País, em 1984, o Sindi-cato estava sob seu comando. “Des-de o dia em que pisei aqui, sempre estive lutando ao lado de meus com-panheiros”, finaliza.

Primeira greve e sábado livre

Quando começou seu trabalho no Sindicato, em 1976, Adelino Maia conta que a vida dos trabalhadores era muito difícil. Apesar das muitas lu-tas, as conquistas nem sempre eram alcançadas, já que a categoria era proibida de deflagrar greves por per-tencer ao setor de alimentos. “Não podíamos, por lei, fazer greve para os alimentos não estragarem”, con-ta ele. Mas eles não se intimidaram com isso e fizeram a primeira greve na CICA. Depois desta, vieram muitas outras, driblando a intransigência de diretorias que não estavam sensibili-zadas com as questões trabalhistas. Maia, que ficou até 1982, disse que foi em sua diretoria que a categoria conquistou o sábado livre, fruto de muitas lutas e batalhas.

Page 10: Revista do Sindicato dos Alimentícios

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Bebidas revigorou as categorias

Em 1998, o Sindicato das Bebidas se uniu à Alimentação. Na época, Moacir Barbirato, hoje diretor dos Alimentícios, era secretário geral de Bebidas. Ele lembra que a união era um projeto antigo de Gerson Sarto-ri, porque haviam muitas semelhan-ças. “Juntar forças era o ideal para o maior crescimento”, fala. O que travava esse caminho era a pouca atuação do Sindicato das Bebidas. Para se ter uma ideia, toda a direto-ria estava dentro da Dubar. “Quan-do o presidente saiu e fiquei em seu lugar, não demorou nada para nos unirmos”, recorda Moacir.

A união trouxe para Bebidas a representatividade necessária para o crescimento. “Ficamos fortes”, ressalta Moacir. Depois da fusão, os

diretores começaram a panfletar, coisa que nunca haviam feito antes. “Não havia comunicação com os funcionários”, fala. A união com a Alimentação trouxe a categoria para dentro do Sindicato. Muitas filiações aconteceram e o salário melhorou na grande maioria das fábricas. “Os acordos, que eram definidos pela fe-deração, passaram a ser por empre-sa, graças a esse trabalho em con-junto”, explica Moacir.

Moacir se lembra que, logo que aconteceu a fusão dos sindicatos, fizeram a primeira greve, a da Coca-cola, por causa das demissões. Mais tarde, nasceram cargos de diretores também em outras empresas além da Dubar. “Para resumir, nos trans-formamos em um Sindicato de ver-dade”, concluiu ele. Hoje, Moacir deixa claro que o cargo é apenas um nome e independente dele, é preci-so fazer o que tem que ser feito.

“”Moacir Barbirato

Juntar forças era o ideal para o

maior crescimento

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om um currículo repleto de realizações, Gerson Sartori é outro destaque no Sindicato da Alimen-

tação. Suas boas relações, dentro e fora da cidade, foram conquista-da ao longo de mais de 20 anos de atuação irretocável em defesa dos trabalhadores. Atualmente Sarto-ri, que já foi vereador e disputou a

Sartori,em defesa das causas trabalhistas

Prefeitura da cidade, mantém um trabalho levando o nome do sindi-cato para os mais variados eventos e lideranças.

“É importante estabelecermos pontes com outras lideranças, com políticos e representantes da socie-dade civil. Dessa forma a luta pelos direitos dos trabalhadores fica mais potente”, acredita.

C É importante estabelecermos

pontes com outras lideranças,

com políticos e representantes

da sociedade civil. Dessa forma a luta pelos direitos dos trabalhadores fica

mais potente

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administração que se encerra de Edilson Car-valho herdou uma série de atuações marcantes

ao longo da história do Sindica-to. Edilson não só fez questão de preservar essa memória como também os valores contidos em cada ação que o sindicato esteve presente. Acompanhe alguns mo-mentos marcantes

Momentos que mar caram uma históriaA

O sindicato nasceu dentro da CICA e a importân-cia da empresa transcendia a cidade. Por isso, a luta contra seu fatídico fechamento mobilizou o sindicato

O sindicato de Bebidas passa a integrar o da Alimentação

Cica – a marca de uma era

Momento histórico

Sempre alinhado com os mo-vimento sociais, Edilson dis-cursa diante do plenário lota-do na Câmara Municipal

Na década de 80, junto a missão italiana no Brasil – in-tercâmbio internacional trouxe novas experiências

Participação dos trabalhadores – uma prioridade

Page 13: Revista do Sindicato dos Alimentícios

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Momentos que mar caram uma históriaAlém da defesa dos trabalhadores, a participação junto a sociedade civil em vários momentos

pela duplicação

marcha da mulher

pelo emprego

crescimento econômico

passeata

Com o deputado Paim, luta por aposentadoria justa

Na chuva, no sol e também diante da polícia – tudo em nome do trabalhador

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Edilson CarvalhoPresidente do Sindicatodos Alimentíciose Bebidas deJundiaí e Região

Gerson Sartori

Lourival Alves

João Fidélis

Messias Perez

Isaura Paulo Santos

Marcos Tebom

José Osvaldo Bezerra

Moacir Barbirato

Antonio A. de Oliveira

Marcelo Eugênio

José Vitor Machado

Luiz Carlos Soares

Jussara G. Mendes

Amaro da Silva

Aluisio Gomes

José Alex dos S. Silva

José Carlos Ribeiro

Antonio A. de Souza

Braz Ernesto da Silva

Diretores com mandato deJaneiro de 2012 a Dezembro de 2015

58Anos

Sindicato dos Alimentícios

de Jundiaí e Região

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