revista do guará 17

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Como o mais antigo clube de futebol do DF está sucumbindo aos interesses políticos e pessoais Outubro de 2013 - n o 17 - Distribuição Gratuita A DECADÊNCIA DO C. R. GUARÁ Entrevista com o quadrinista Nestablo Ramos Brazilian Blues Band: 20 anos de estrada Academia leva lutadores para disputa no Japão

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Outubro de 2013

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Como o mais antigo clube de futebol do DF está sucumbindo aos interesses políticos e pessoais

Outubro de 2013 - no 17 - Distribuição Gratuita

A DECADÊNCIA DO C. R. GUARÁ

Entrevista com o quadrinista Nestablo Ramos

Brazilian Blues Band: 20 anos de estrada

Academia leva lutadores para disputa no Japão

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Revista do Guará4 outubro de 2013

Valores guaraenses

PALAVRA FRANCA

A riqueza de uma cidade não pode ser medida por sua estrutura e capacidade de produção, nem pela renda dos seus cidadãos ou pelo valor de seus terrenos. A riqueza de uma cidade está nos aspec-tos que a tornam única, nas particulari-dades que a definem. No Guará, nossos valores estão na cabeça das pessoas que fazem do lugar o que ele é.

O Guará, por sua proximidade com o Plano Piloto e outras cidades, tem características diferentes. A maioria das pessoas vive aqui, mas exerce sua profis-são em outras cidades, e isso influencia em todo o funcionamento do Guará (essa questão é assunto de da urbanista Hilma Amaral, a nova colunista da nossa revista). Portanto, nossos valores estão em eterno trânsito.

A capa desta edição ilustra duas histó-rias antagônicas: a decadência do Clube Regatas Guará, patrimônio imaterial da cidade, e a ascensão de um grande talento, o ilustrador e roteirista Nestablo Ramos Neto (é dele a bela ilustração da capa). Nas próximas páginas teremos também exemplos de guaraenses que com seu trabalho envaidecem a todos nós, como a Brazilian Blues Band e os caratecas da academia do mestre Cícero Syrih.

Enaltecer a cidade do Guará e mostrar suas potencialidades é a missão da Revista do Guará. Precisamos de quem conhece cada cantinho desta região para poder divulgá-la cada vez mais. Escreva para a Revista e para a Jornal do Guará, nos ajude a mostrar porque amamos viver aqui.

Boa leitura!

Alcir de Souza

Fiquei surpresa com a qualidade gráfica e de conteúdo da Revista do Guará. É um complemento ao Jornal do Guará, tão bem editado por vocês.

O visual está interessante, as matérias e colunas informativas e muito bem impressa.

Parabéns!Célia Coutinho Rosa

Já apreciava o Jornal do Guará e fiquei encantado com a Revis-ta do Guará. As duas edições a que tive contato estão excelentes. Muito elucidativa a matéria com a Ouvidora do GDF, a guara-ense Vera Lúcia Medeiros, como também a da Abrace. Gostei também do depoimento do Padre Aleixo, com certeza um ícone da nossa cidade. As colunas estão muito interessantes - apreciei principalmente a de vinho.

Além de divulgar fatos importantes da cidade, a revista valoriza as pessoas que fazem o Guará importante.

Júlio César Ribeiro

Sou morador do Núcleo Bandeirante e confesso que fiquei com inveja (boa) da Revista do Guará. Gostaria que em nosso Banban tivesse uma parecida, mas não tem é de jeito nenhum. Saboreei a revista como se fosse morador do Guará. Vocês estão de parabéns.

Marcílio Roque Moreira

Gostaria de parabenizá-los pela excelente reportagem sobre a Abrace. Sou uma colabora daquela instituição, cujo trabalho merece ser melhor divulgado, para que mais gente colabore.

É uma trabalho magnífico, liderado pela Ilda Peliz. A reporta-gem está bem escrita e os depoimentos das mães são tocantes.

Gostei muito.Feliciana Dardollo

Muito feliz a escolha os personagens da coluna Gente que Faz, particularmente da missionária Diane Galdino e da diretora da Regional de Saúde do Guará, Marôa Santiago. São duas abne-gadas que só fazem bem ao próximo. Elas prestam um serviço quase anônimo, mas precisam ser reconhecidas de vez em quando pelo que fazem. E você fizeram isso.

Damaris Alves Feitosa

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5 outubro de 2013 Revista do Guará

Edição Alcir de Souza (DRT 767/DF)

Reportagem: Rafael Souza (DRT 10260/DF)

Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei, salas 113/114 - Guará II

Fone: 3381.4181

Fax: 3381.1614

E-mail:[email protected]

Site: jornaldoguara.com

Facebook:facebook.com/jornaldoguara

Tiragem: 8 mil exemplares

Impressão: Gráfica Ideal

Circulação: Bancas de revistas, comércio,

órgãos públicos, consultórios médicos e odontológicos, restau-rantes, portarias de edifícios comerciais, lideranças comu-nitárias e empresariais, autori-dades que moram ou interessam ao Guará, Câmara Legislativa, bancada do DF no Congresso Na-cional e na Região Administrati-va do Guará.

NESTA EDIÇÃO

22

Entrevista com o ilustrador e roteirista Nestablo Ramos Neto

Pequenos quadros

Brazilian Blues Band rompe barreiras com seu blues brasiliense

Blues feito aqui

20O ex-administrador do Guará celebra a vida entre amigos

Divino Alves

36 João Batista e sua esposa ajudaram a construir o Guará

Pioneiro

19

Academia guaraense de caratê vai a Okinawa em busca da perfeição

Rumo ao Japão

As causas da decadência do time de futebol mais antigo do DF

Time caído

25

10

um produto

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Revista do Guará6 outubro de 2013

POUCAS&BOAS Alcir de Souza

MachadoQuem é das décadas de

70 e 80 até as últimas duas décadas e par-ticipava dos famosos bailes e festas do Guará lembra-se certamente de José Machado, da dupla Machado e Marcelo.

Vítima de infarto seguido de AVC, Macha-do morreu no final de setembro.

Pastor Inácio Morreu aos 82 anos o

pastor Antônio Inácio de Freitas, líder da igreja Assembleia de Deus do Campo do Guará. O pastor foi um dos principais líderes do segmento evangélico na cidade e era muito respeitado em todo o Distrito Federal.

Será substituído pelo filho Adalino.

Guaraenses condecorados

Os guaraenses José Neife de Alcântara, presidente da Federação dos Conselhos Comunitários do Distrito Federal (Feconsegs), Antonio Sena, presidente do Conseg, e o administrador regional Carlinhos Nogueira (na foto com sua Meire) foram agraciados com a medalha “Ação pela Vida” pelo Governo do Distrito Federal por relevantes serviços prestados na área de segurança pública do DF.

Asfalto no IAPIA Novacap está construindo o restante do asfalto da via principal

entre o condomínio IAPI e a Cidade do Servidor até a EPNB. Depois, a outra rua do condomínio vai receber recapeamento. A iluminação pública também será reforçada, com a troca das lâmpadas antigas de 70w por novas, brancas, de 250w.

Essas obras foram intermediadas pelo deputado distrital Alírio Neto a pedido dos moradores do condomínio.

CAPS na Casa da CulturaO Centro de Atenção Psicosossial Álcool e Drogas (CAPS-AD) vai

funcionar provisoriamente no antigo prédio da Casa da Cultura até a reforma do prédio do Centro de Saúde II. O CAPS cuida da recupe-ração de dependentes químicos em tratamento na rede pública de saúde.

Fim dos congestionamentosO intermináveis congestionamentos entre o Guará e

o Núcleo Bandeirante nas horas de pico estão final-mente com os dias contados. Está pronto o projeto de duplicação da via, incluindo a construção de dois viadutos - uma via contorno entre a QE 32, a QE 38 e o Polo de Moda, e outro no Núcleo Bandeirante.

A obra custará cerca de R$ 32 milhões com recur-sos do Banco do Brasil. A previsão é que a obra seja iniciada até dezembro próximo e deve ficar pronta no segundo semestre de 2014.

A Administração Regional deu uma tacada de mestre no episó-dio do fechamento das boates do Pontão do Cave. Fechadas pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis) porque estão irregula-res há mais de dez anos, as botes conseguiram reabrir através de liminar concedida pela Justiça.

A alegação dos empresários é que foi o governo que não tomou a iniciativa de regularizar os quiosques, por isso, não foi gera-

da cobrança de taxa de ocupação e nem cumprida outras exigên-cias.

Como as boates são origi-nalmente enquadradas como quiosques, elas podem funcionar apenas até às 23h. Um das casas abria as portas após a meia noite e funcionava até às 5h. Com a nova medida ela praticamente se inviabilizou. Como a Justiça não pode contrariar a Lei dos Quiosques...

Pontão do Cave

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7 outubro de 2013 Revista do Guará

Sede da 4a DPEstá em processo de licitação a obra da nova sede da 4a Delegacia de

Polícia do Guará na entrada do Polo de Moda, ao lado do Hospital do Corpo de Bombeiros.

O trem e o Guará

Está em fase final o processo de seleção da empresa que conduzirá os estudos para a implantação do trem de passageiros entre Brasília e Goiânia. O da outra ligação, entre o DF e Luziânia, já está pronto.

O trem entre Brasília e Goiânia não será mais o trem bala, que o ex-go-vernador Roriz queria fazer, e sim de velocidade média. Já o de Luziânia deverá ser um veículo leve sobre pneus (VLP), igual ao que está sendo construído entre Santa Maria/Gama e a Rodoviária Interestadual.

Os dois trens farão intersecção com o metrô no Guará.

TrapalhadaQuase dois anos depois,

descobriram que uma servi-dora graduada, substituta do Diretor de Serviços Públicos da Administração do Guará, tinha dois empregos - o outro era no Governo de Goiás, onde também recebia salário.

Como os gestores que contro-lam as contratações no GDF perceberam que a servidora não tinha o dom da onipresença, resolveram demiti-la. Como os cargos em todos os órgãos do Governo Agnelo foram ratea-dos entre os parlamentares ou partidos da bancada governista, a indicação era do PT.

Prometida para o início do ano passado, a Escola Técnica do Guará ainda não saiu do papel um ano e meio depois. E ninguém justifica o atraso.

A Escola Técnica será construida ao lado do Centrão, entre as QEs 17 e 19, e vai oferecer cursos inicialmente nas áreas de Informática, Hotelaria e Turismo.

A banda feminina de percussão Batalá deixou definitivamente a cidade, depois de ficar aqui um tempo e até cogitar construir aqui sua sede no Cave. Faltou apoio do governo.

Foi uma grande perda, porque a banda era uma atração, não só pela beleza de suas integranges mas pela qualidade da música e da coreografia que apresentam.

E a Escola Técnica?

Batalá deixa o Guará

Polo de ModaImpressionante o que está

acontecendo com o Polo de Moda. Cada dia surgens cons-truções irregulares, sem que a Agência de Fiscalização tome providências. E não pode alegar que não viu, porque são irregularidades muito ostensivas.

Alguma coisa tá muito erra-da. Por que a Agefis não age?

EstranhoA ocupação irregular de alguns

lotes no Setor de Oficinas (Área Especial 2A), ao lado da linha do trem, parece estranha. Em um dos lotes ocupados surgiu uma grande construção em poucos dias. A pressa é, no mínimo, estranha.

QuiosquesParece que estão surgindo mais

quiosques na cidade. Pode ser apenas impressão causada pelo surgimento de ambulantes, que vendem comida e bebidas alcóoli-cas nas praças e estacionamentos do Guará. Mas, pode não ser...

AlagamentosEsse ano nenhuma rua do Guará alagou até agora.

Mesmo com as fortes chuvas dos últimos dias a água escoou bem, principalmente na avenida contorno, próximo ao Setor de Oficinas, um dos lugares mais críticos no passado recente. O investi-mento na rede de águas pluviais tem compensado a constante impermeabilização solo guaraense por grandes obras residenciais.

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Revista do Guará8 outubro de 2013

Bagunça continua no Pontão do Cave

No dia 29 de agosto, uma ação conjunta da Agência de Fiscalização do GDF com apoio da Polícia Militar e da Administração do Guará interditou as casas noturnas do Pontão do Cave. Os estabelecimentos são cadastrados como quios-ques, mas nem de longe lembram os pequenos comércios de no máximo 60 metros quadrados. São casas noturnas com atrações musicais ao vivo e shows de dança que ocupam áreas de cerca de 300 metros quadrados.

Sem permissão para ocupar a área pública, licença de funcionamento e sem re-colher as taxas devidas ao poder público, a situação era agravada pelos constan-tes casos de violência e tráfico de drogas nas suas proximidades. Os órgãos de segurança pública do Guará chegaram a classificar a área como “zona vermelha” em referência a probabilidade da ocorrência de crimes na região.

A interdição durou apenas um final de semana. Duas casas noturnas voltaram a funcionar normalmente, com música ao vivo. A reabertura foi autorizada atra-vés de Liminar em Mandato de Segurança concedido aos proprietários pelo juiz Jansen Fialho de Almeida.

Os proprietários alegam que pediram junto à Administração a regularização da área há quatro anos e que a interdição foi realizada sem serem previamente notificados.

Doação de coleta seletivaCerca de mil frascos de vidro foram recolhidos no bloco T da QI 06, no Guará

I, durante um ano de coleta seletiva. Os frascos ficaram expostos nos pilotis do prédio e foram doados para comercialização de produtos culinários no estande Morangolândia, na Festa do Morango em agosto, em Brazlândia.

A doação serviu para envasar os produtos das oficinas profissionalizantes da obra social Associação Fraterna Irmã Regina, localizada na área rural do Rode-ador.

A síndica do condomínio, Magda Santos, iniciou a coleta seletiva em julho do ano passado, mas o vidro tornou-se um grande problema, até que surgiu a pos-sibilidade de reutilização pela oficina de culinária.

O contato entre o condomínio e a obra social foi concretizado por outra asso-ciação, a Saia da Toca, que nasce com a proposta de integrar pessoas e institui-ções em seus objetivos, necessidades e disponibilidades.

Novos delegadosRodrigo Larizzati, 41 anos, ex-titular

da 3ª Delegacia do Cruzeiro, é o novo delegado titular do Guará, no lugar de Jeferson Lisboa, que assumiu a Coor-denação de Repressão às Fraudes da Polícia Civil. Rodrigo é paulista e está há 20 anos na Polícia Civil - seis anos como investigador em São Paulo e 14 anos como delegado em Brasília. An-tes de assumir a delegacia do Cruzei-ro, onde ficou apenas cinco meses, foi assessor da Direção Geral da Polícia Civil.

Lazziratti foi deslocado para o Guará com a orientação, segundo ele, de in-tensificar o combate às drogas.

Já o novo delegado adjunto, Mário Henrique (foto abaixo), 41 anos, co-nhece melhor o Guará, onde também foi adjunto da delegacia de 2001 a 2004.

PANORAMA

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9 outubro de 2013 Revista do Guará

Guará é campeão de rato

Mesmo tendo uma das melhores rendas percapitas do Distrito Federal, a Região do Guará detem um índice inversamente proporcional à sua boa qualidade de vida: é que tem a maior quantidade de focos confirmados de ratos. De acordo com levantamento da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Sival), dos 1.636 focos dos roedores no Distrito Federal, 481, o equivalente a 34%, foram detectados na cidade.

Os cálculos são baseados em estatís-ticas que consideram os animais nota-dos pelos moradores e os mortos com controle químico. A constatação seria surpreendente para uma cidade com uma população de bom nível cultural e poder aquisitivo e com praticamente 100% de rede de água e esgoto. Mas a explicação está na quantidade de lixo e entulho depositados nas áreas de transbordo autorizadas pela Adminis-tração Regional.

O principal risco da proliferação de ratos é o contágio pela urina desses animais, o que provoca a leptospirose que pode levar à morte. Somente em 2013, foram registrados 22 casos no Distrito Federal, com quatro mortes, mesma quantidade de 2012. O perío-do de maior risco da Leptospirose é o período chuvoso.

Está começando o período chuvoso e com ele vem a preocupação com o combate ao mosquito transmissor da dengue. Mesmo com as campanhas de conscientização, os moradores conti-nuam ignorando os cuidados que de-vem ser tomados e com isso os índices da doença continuam aumentando. O Distrito Federal registrou 6.338 casos de dengue de janeiro a setembro de 2013, enquanto no mesmo período do ano passado, foram registrados 510 casos. Neste ano o número é mais de 12 vezes superior ao de 2012. Segun-do a Secretaria de Saúde, 10 pessoas morreram com a doença no DF em 2013. Desses, quatro foram contami-nados no entorno do DF.

De acordo com José Aparecido Mi-randa, chefe da Vigilância Ambiental do Guará, o índice de focos da cidade é 1,5 numa escala de 1 a 10. “Se consi-derarmos o nível socioeconômico dos

guaraenses, é uma escala ainda alta. O problema é que ela não diminui”, explica. Ele reclama que as visitas domiciliares não tem surtido efeito. A Secretaria de Saúde do Distrito Fede-ral vai contratar 460 agentes para tra-balhar no plano de prevenção. A Di-retoria de Vigilância Ambiental tem, atualmente, 441 agentes de campo, 26 servidores na equipe especial, 61 que atuam internamente como apoio administrativo e 28 profissionais em laboratório.

A diretora de Vigilância Ambiental, Kênia Cristina Oliveira, explica que a situação se agravou com o déficit de profissionais no combate aos mosqui-to transmissor. “Precisaríamos de ter em torno de mil agentes para conse-guir um controle maior, até mesmo porque esses servidores lidam com outras doenças, como leishmaniose e leptospirose. Não é só dengue.”

Recuperação de 70 jovens infratoresCom capacidade para atender até 70 jovens, foi instalada uma Unidade de

Atendimento ao Meio Aberto (Uama) no Guará, nas instalações do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), antigo CDS, entre as QEs 15 e 26 e ao lado da 4ª Delegacia de Polícia do Guará. A unidade atende adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço à Comunidade, encaminhados pela Justiça.

Os adolescentes prestam serviços no Jardim Zoológico, na horta da Abrace no Guará, e no Centro Olímpico da Estrutural, onde também participam de ati-vidades esportivas e de curso de informática. A secretária da Criança, Rejane Pitanga, diz que a secretaria busca novos parceiros, para ajudar na ressocializa-ção desses adolescentes. “Estamos abertos inclusive à iniciativa privada. Quem quiser oferecer emprego como menor aprendiz basta nos procurar”, afirma a secretária.

Guaraense não liga para a dengue

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Revista do Guará10 outubro de 2013

A lenta morte do

Escolhida como uma das três se-des de centros de treinamentos para a Copa de 2014 no Distrito

Federal, o que inclui a reforma com-pleta do Estádio do Cave, a cidade corre o risco de não ter um time de fu-tebol para aproveitar o presente. Seu clube mais tradicional agoniza e corre sério risco de desaparecer. Re-baixado para a segunda divisão desde 2007, o Clube de Regatas Guará, campeão brasiliense de 1996 e vice duas vezes de 1990 a 1995, o lobo da colina virou clube de aluguel e apenas par-ticipa do campeonato local para não perder o direito à vaga. O apaixonado torcedor que lotava o Estádio do Cave nos áureos tempos não tem motivos para voltar, porque os times monta-dos nos últimos anos fizeram campanhas ridículas. O clube se mantem na segunda divisão porque a Federação Brasiliense de Futebol acabou com a tercei-ra divisão, onde o Guará estava, há três anos.

A decadência do clube amarelo, preto e branco, que teve seu unifor-

me vestido por Ailton Lira (ex-São, Paulo, Santos e seleção Brasileira), Dema (ex-Santos e seleção), Mauro (ex-Corinthians e seleção), Ataliba (ex-Corinthians), Beijoca (ex-Bahia e Flamengo), Renaldo (ex-Atlético MG, Corinthianas e seleção), Lela (ex-Fluminense e seleção), Josimar

(ex-Botafogo e seleção), Nunes (ex-Flamengo e seleção), Eder Aleixo (ex-Atlético, Cruzeiro e seleção), entre outros, começou em 1998, quando

foi assumido por um grupo ligado ao PMDB local. Todos os presidentes de lá para cá eram ligados ao partido, en-tre eles Fábio Simão, que usou o clube apenas para ter direito a concorrer à presidência da Federação Brasiliense de Futebo e depois o abandonou, a ex-administradora do Guará Márcia

Fernandez, e Márcio Antonio da Silva, o Marcinho, ligado ao vice-governador Tadeu Filippelli, que continua controlando o clube até hoje.

A trajetória da queda é um misto de incompetência e descaso com o clube. Depois do patrimônio dila-pidado - vendeu o terreno de 219 mil metros quadrados ao lado do Núcleo Bandeirante em 1994 e de-pois o outro lote de 20 mil metros quadrados na quadra 5 do Park Way em 1998 - o Guará sobrevive apenas do nome, que foi alugado em 2010 ao empresário Roberto Buani, ex-presidente do Brasília, e este ano ao presidente do Clube da

Saúde, Helvécio Ferreira da Silva, que colocou um time de juniores para dis-putar o campeonato brasiliense, mais uma vez, com uma campanha pífia.

O mais antigo clube de futebol do DF, campeão de 96, vive apenas do passado. Política e incompetência são as causas

Seu Adelino, símbolo do Guará, deve estar se remoendo no túmulo com a situação do clube, preso na 2a divisão candanga há cinco anos

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11 outubro de 2013 Revista do Guará

Sem patrimônio e com dívidas trabalhistas que ul-trapassam os R$ 2 milhões, o Clube de Regatas Guará ficou inviável. Com todos os recursos penhorados pela Justiça para o pagamento de credores, o clube também não pode receber as verbas de patrocínio destinadas pelo Governo do Distrito Fe-deral porque não consegue obter as certidões negativas exigidas para recebimento de recursos públicos. Sem torcida, também não conse-gue apoio de patrocinadores que gostariam de ligar sua marca a um clube vencedor.

O mais contraditório nessa história toda é que o clube foi se acabando depois que o GDF passou a patrocinar o Campeonato Brasiliense, dis-tribuindo recursos para que os clubes pudessem montar times pelo menos razoáveis. Quando não havia patrocínio oficial, o Guará foi campeão brasiliense em 96 e vice duas vezes em apenas cinco anos. E se não disputasse o título, chegava próximo. Era um dos grandes de Brasília.

Vergonha da torcidaDesgostosa com as suces-

sivas campanhas pífias, a torcida abandonou o clube. O estádio do Cave, lotado nas manhãs de domingo

Poster com o elenco campeão em 1996. No segundo jogo da final, com o estádio do Cave lotado, o Guará venceu o Gama por 3 x 1.

Moura, Jânio, Ailton Lira, Dema, Beoca, Josimar, Nunes, Éder Aleixo, Eder Antunes, Roberto, Ed Carlos, Luís Fábio, Luis Fernando, Geraldo Galvão, Barão, Maurão, Ataliba, Zé Maria, Ivonildo - são alguns dos craques que vestiram a camisa do Guará nos bons tempos do Lobo da Colina, que durante dez anos foi um dos três grandes clubes do futebol brasiliense.

Passado de muitos craques

no período entre 88 e 96, é apenas uma doce recorda-ção dos saudosistas, aqueles que vestiam amarelo, bran-co e preto, improvisavam uma bandeira para abrir o peito e gritar “Looooobo!” com orgulho. Hoje, quem ainda sente pulsar o coração guaraense deixou de ir ao estádio para não sofrer ou prefere não revelar a prefe-rência para evitar gozação.

São os saudosistas que lembram de timaços como o vice campeão de 1983 ao perder o título para o Bra-sília no Pelezão, ou o time que empolgava até 1980, cuja base era formada por Bocaiúva, Edvaldo, Carli-nhos, Luis Fernando e Ge-raldo Galvão; Barão, Nilton e Jânio; Ivonildo, Éder e Dionísio. Ou ainda o time vice campeão de 1990, que tinha o zagueiro Mauro, ex-Corinthians, o meia Dema e o armador Ailton Lira, ex-Santos, o ponta Ataliba, ex-Corinthians, e o centro-avante Beijoca, ex-Bahia e Flamengo.

Ou ainda o time de 1993, com Josimar, que tinha sido a sensação da Copa do México em 1988, e o centro-avante Nunes, ex-goleador do maior time do Flamengo de todos os tempos, treina-dos pelo bicampeão mun- dial Brito Ruas. Sempre in-

vestindo em quem poderia levar o torcedor ao estádio, o clube trouxe ainda Lela, ex-ídolo do Fluminense, Ronaldo, ex-Flamengo, e Éder Aleixo em 1996, a es-trela da verdadeira seleção brasiliense formada na ges-tão do presidente Cipriano Siqueira Filho.

Depois de todo esse estra-go, a pergunta que se faz é “qual o futuro do Guará?”. O grupo do PMDB vai con-tinuar na segunda divisão? Quem vai querer assumir um clube sem patrimônio e com tantas dívidas?

Culpa da política Na opinião de maioria dos

ex-dirigentes, ex-compo-nentes de comissões técni-cas do clube e torcedores, o responsável pela queda do Guará é a política. Ou me-lhor, os políticos que usa-ram o Guará nesses últimos 17 anos, sem a preocupação de profissionalizar o clube e segurar pelo menos parte de seu patrimônio.

Nas duas últimas eleições para renovação da dire-toria, a política interferiu diretamente. A primeira foi vencida nas urnas pelo gru-po ligado ao PMDB local,

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Revista do Guará12 outubro de 2013

contra o grupo liderado pelo deputado distrital Izalci Lucas, que na época era filiado ao PFL.

Na segunda eleição, uma manobra impediu que o mesmo grupo de Izal-ci, participasse da eleição. O edital de inscrição de chapas foi publicado no suplemento local do Jornal do Brasil e quando a outra chapa interessada descobriu não havia mais prazo para inscrever-se. A chapa única vencedo-ra elegeu Fábio Simão, que ficou no clube apenas três meses até eleger-se presidente da Federação Brasiliense de Futebol. Em seu lugar assumiu a ex-administradora do Guará, Márcia Fernandez, que abandonou o barco um mês depois alegando interferência externa no seu trabalho. Márcio An-

Até 1984 o time do Guará ostentava um uniforme preto e branco. Um concurso promovido pelo Jornal do Guará sugeria a mudança das cores e do escudo. A partir daí, o lobo da colina passou a usar as cores laranja ou amarelo, branco e preto. O escudo vencedor foi proposto por José Izidório Mascarenhas da Silva, então morador da QI 31, e o uniforme tricolor por Samuel

Leandro de Santa, arquiteto.Os projetos vencedores da

camisa e do brasão receberam Cr$ 100 mil e Cr$ 50 mil. A pre-miação foi entregue em um jogo comemorativo do 15o aniversá-rio da cidade em jogo contra o Olímpia, do Paraguai.

As novas cores acabaram por inspirar a bandeira da cida-de, escolhida em outro concurso anos depois.

Concurso do Jornal do Guará em 84

muda as cores do time

Troféu do único grande título do Clube de Regatas Guará e junto com outros muitos na poeira das

dependências precárias do Estádio do Cave

tonio da Silva, o Marcinho, foi eleito presidente. Nas duas últimas eleições não houve candidato e ninguém sabe quem realmente o preside. A única informação é que existe uma ata, que entretanto não foi registrada em car-tórios do DF conforme presquisa da reportagem, reelegendo Marcinho para a presidência do Conselho Deli-berativo.

Já o presidente Marcinho não foge da culpa, mas divide a responsabilidade com outras pessoas. “Aparece muita gente para criticar, apontar os erros e ninguém para ajudar. Sem ajuda

ninguém faz futebol. Do jeito em que estava ninguém resolveria.”, reclama o “dono” do clube.

Um movimento entre ex-diretores do clube e empresários interessados em administrá-lo chegou a ser ensaiado em agosto deste ano, mas a iniciativa foi arrefecida porque não haveria mais tempo de montar um time para a dis-puta deste ano. Entretanto, o grupo pretende voltar à carga no final do ano, para tentar tomar o controle das mãos de Marcinho e do grupo do PMDB e co-locar o lobo da colina novamente entre os grandes do futebol brasiliense.

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13 outubro de 2013 Revista do Guará

Wander Abdalla Ex-presidente do C.R.Guará

“O Guará começou a cair quando passou a ser propriedade de um grupo político. Eram pessoas que não entendiam nada de futebol mas não queriam largar o osso, com medo de que outros políticos pegassem. Veja o caso do Fábio Simão que usou o clube para chegar à Federação Brasiliense de Futebol. Ficou no cargo apenas três meses e largou tudo para trás. Foi uma morte anunciada”.

Cipriano Siqueira FilhoEx-presidente do Clube

“Misturaram política com futebol. Basta ver quem foram os presidentes depois que saí no final de 96, quando o Guará foi campeão brasiliense. Todos do PMDB. Quem deles enten-dia de futebol a não ser Fábio Simão, que entrou apenas para conseguir o direito de candidatar-se à presidência da Federação? Foram eles também que acabaram com o restante do patrimônio do clube”.

Manoelino RodriguesEx-vice presidente

“Acompanho o Guará de perto desde 1989 e administrei o estádio do Cave por mais de 15 anos. Posso dizer de cadeira que a política foi a principal responsável pela decadência do clube. Desde 1998 o maior interesse das pessoas que comandam o clube é se beneficiar dele na política. Houve também muita incompetência, principal-mente quando na defesa do clube nas ações trabalhistas”.

Desabafo de quem fez história

A história do Clube de Regatas come-çou no dia 9 de janeiro de 1957 por um grupo de servidores do Departamento de Topografia Urbana, responsáveis por medir as áreas da futura capital. O primeiro presidente do clube foi Oswaldo Cruz Vieira, o Oswaldão. Já em 1960, o Guará foi vice-campeão candango, fato que se repetiria outras oito vezes na história do clube, além de ter conseguido ser onze vezes terceiro colocado, antes de ganhar o título de 1996. O time mudou-se o Guará após a fundação da cidade, mesmo antes da construção do estádio do Cave, já que o antigo estádio Pelezão ficava na Re-gião Administrativa do Guará.

Em 1979, o time participou do Cam-peonato Brasileiro e conseguiu a faça-nha de marcar apenas dois pontos em oito jogos. O livro o Pior Futebol de To-dos os Tempos, de Felipe Andreoli, de-

dica um capítulo para o que considera “a pior campanha de um time no Campeonato Brasileiro da história”.

Fato é que até o meio da dé-cada de 90, o estádio do Cave ficava lotado para as parti-das. Mas mui-tos apaixonados abandonaram o time após a mudança da diretoria depois do títu-lo candango. Como explica Firmino Santos, o Lamparina: “não dava para continuar torcendo e sofrendo por um clube dirigido por quem não queria nada com o futebol. Eles só queriam o Guará para fazer política”.

Trajetória conturbada

O Cave lotado, a comemoração do único título can-dango e Firmino Santos, torcedor símbolo de uma época vitoriosa

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Revista do Guará14 outubro de 2013

Mais ciclovias para o Guará

Deslocar-se de bicicleta ficará mais fácil e seguro no Guará. Com as obras em estágio avan-

çado, a ciclovia avança agora sobre o contorno do Guará II - o trecho do Guará I está asfaltado e aguarda sina-lização.

O primeiro trecho da ciclovia do Gua-rá começa ladeando as quadra pares do Guará I, próximo à ferrovia, da QE 8 até a QI 22, chegando à estação do metrô. A nova etapa da obra vai che-gar à Feira do Guará, onde existe outra estação de metrô, até o terminal rodo-viário em frente á QE 21, totalizando

A ciclovia no Guará faz parte do Plano de Mobilidade por Bicicleta do GDF e terá 8 km de extensão

oito quilômetros de extensão. A nova ciclovia vai ocupar o mesmo

percurso da antiga, só que a pista será ampliada para 2,30m de largura e terá sinalização vertical e horizontal, com bordas vermelhas. O piso de asfalto irá receber marcação com linhas amare-las seccionadas e ao longo da ciclovia desenhos de bicicletas serão pintados. A previsão de entrega é até o final des-te ano.

"Melhorar a mobilidade urbana é garantir mais qualidade de vida para o trabalhador, o estudante e para aqueles que usam a ciclovia para lazer

e recreação", afirma o administrador Carlos Nogueira.

O GDF tem um Pla-no de Mobilidade Por Bicicleta que prevê o estímulo ao uso das bi-cicletas como política de Estado por razões ambientais, urbanísti-cas e de saúde pública.

O plano prevê a cons-trução de uma malha de 600 km de ciclovias e ciclofaixas integran-do todo o Distrito Fe-deral.

Além disso, o plano terá programas para o uso da bicicleta para o trans-porte escolar, a criação de faixas de lazer aos fins de semana e de um siste-ma de empréstimo de bicicletas públi-cas, além de ações de educação para o trânsito e respeito ao ciclista.

Calçadão de pedra portuguesaHá os que preferem se exercitar ca-

minhando ou correndo. Para os pe-destres, o calçadão de pedra portugue-sa será substituído por um de asfalto, mais confortável e durável. A obra terá um custo aproximado de 2 milhões de reais, com oito quilômetros de exten-são, ao longo da pista contorno do Guará II. O processo de licitação da obra está em análise na Procuradoria do Distrito Federal e deve ser liberado nas próximas semanas.

As pedras portuguesas retiradas ain-da não têm destino certo. Considera-das por muito moradores patrimônio cultural da cidade, poderão ser apro-veitadas em praças e outras áreas de lazer, ou em prédios públicos, como o novo Fórum do Guará ou no estádio do Cave. A Administração Regional apenas afirma que vai guardar as pe-dras em seu pátio de serviços até en-contrar um destino adequado.

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15 outubro de 2013 Revista do Guará

Está virando rotina. A Thaís Imobiliária ganha pela sexta vez - quinta seguida - o prêmio

Top of Mind, do Jornal de Brasília, como a imobiliária mais lembrada pelo brasiliense. Nos últimos quatro anos, a empresa também levou o prê-mio Colibri, do Conselho Regional de Imóveis (Creci) por destaque em ven-das. E é ainda tricampeã da pesquisa do portal WImóveis, por ter sido a imobiliária mais visitada na Internet em 2011/2012, com mais de 100 mil acessos. Os prêmios confirmam a tra-jetória ascendente da empresa, que é hoje a segunda no DF no mercado de aluguéis, com cerca de 2 mil imóveis

na carteira. Ao completar 36 anos, a Thaís au-

menta não apenas no conceito do cliente mas também no horizonte. Desde 2009 está presente em Águas Claras e em 2012 abriu a filial do Pla-no Piloto e já prepara a abertura de duas novas filiais, no Sudoeste e em Vicente Pires.

E mesmo onde não está presente fisi-camente, a Thaís chega ao locador, lo-catário ou vendedor de imóvel, através da Rede Brasília de Imóveis e da Rede Avançada de Locação, que partilham as ofertas imobiliárias do DF, no caso da Rede Brasília, e do país, no caso da Rede Avançada.

Há 36 anosTudo começou em 1978, quando

Giordano, a irmã Olíbia e o cunhado Danilo, que haviam deixado a peque-na Bambui, interior de Minas Gerais, para abrir um escritório de contabili-dade no Guará, para onde vieram mo-rar com a mãe. Através do escritório de contabilidade descobriram que o ramo imobiliário era mais rentável e havia um nicho no Guará. Alugaram uma sala no edifício Itaipu, na QE 7 para começar o negócio. O nome sur-gia da homenagem póstuma à filha de Olíbia e Danilo, Thaís, que falecera com apenas um ano de idade. Depois, juntaram-se ao grupo os irmãos Lan-doaldo e Júlio.

Em 1985, Júlio foi embora para Belo Horizonte, onde viera a falecer dois anos depois. Aqui, os irmãos continu-aram o negócio, que foi se ampliando na carteira e no espaço físico. Aos poucos, as salas do primeiro andar do edifício Itaipu, na QE 7, foram se in-corporando ao patrimônio da empre-sa, que hoje ocupa uma área de 400 metros quadrados.

Em 2007, Landoaldo, o irmão mais velho, deixou sua função na adminis-tração da Thaís, depois de também aposentar-se como funcionário da Câ-mara dos Deputados. Ficaram Giorda-no, a esposa Liene e os filhos Hugo e Lupércio - a outra filha Carolina é psi-cológa e trabalha num órgão público. Giordano, além de presidente da em-presa, é, desde 2009, também presi-dente da Rede Brasília de Imóveis.

Thais Imobiliária ganha Top of Mind pela 6a vezEmpresa guaraense foi a mais lembrada pelo brasiliense em 2013

Giordano e Leninha com o filho Hugo e a namorada Natália na entrega do prêmio para a Thais Imobiliária

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Revista do Guará16 outubro de 2013

GENTEQUEFAZ

O guaraense ANtONIO GIROttO enveredou-se definitivamente para a culinária e faz sucesso com sua Vila di Girotto (Setor de Indústrias Gráficas). Lá, a veia política ajuda a receber personalida-des em busca de boa comida e bom papo.

A cantora CéLIA PORtO, filha e moradora do Guará, é reconhecidamente uma das vozes mais bonitas do meio musical brasiliense. E é uma das mais requisitas para fes-tas e shows pelo repertório de bom gosto e também pela beleza e simpatia.

Presidente da Junta de Prefei-turas e Associações Comutárias do Guará (Junpag), Antônio CARLOS BARBOSA, tem a difícil missão de mobilizar as lideranças comunitárias da cidade, o que tem conseguido com muito esforço e jogo de cintura.

Chefe de Gabinete da Administração do Guará, GEOVANE DE FREItAS OLI-VEIRA é o“para-raios” do administrador Carlinhos No-gueira. tudo passsa antes na sua mesa e depois é que chegam ao administrador, a maioria resolvidos, com muita habilidade política.

O comandante da Polícia Militar no Guará, ANtONIO CARLOS FREItAS, caiu nas graças do guaraense por desmistificar a figura do policial durão e inacessível. Participa sempre de reuniões e movimentos com os mora-dores. Entretanto, não ama-cia contra os criminosos.

ROBSON MAJUS SOARES é um líder comunitário diferente: procura defender as causas que acredita sem se preocupar com os holofotes ou ganhos pessoais. Ambientalista, é um dos prin-cipais defensores do Parque do Guará, escoteiro e ex-con-selheiro tutelar do Guará.

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17 outubro de 2013 Revista do Guará

Uma noite que já entrou para a história. Uma noite que rece-beu uma avalanche de elogios

nas redes sociais. Uma noite em que uma celebridade acostumada ao assé-dio e às grandes plateias emocionou-se a ponto de confessar que gostaria de ter um evento igual ao de ontem, 1º de outubro, quando for encerrar sua carreira de palestrante. O primeiro dia da Exponegócios, a Feria de Negócios promovida pela Escola de Negócios das Faculdades Projeção, conforme previsto, já entrou para a história aca-dêmica da instituição. No palco, Max Gehringer, o executivo de sucesso que deixou o dia-a-dia corporativo no auge da carreira para ganhar dinheiro contando a vida nas empresas como ela é. Recorde de público, a palestra do comentarista do Fantástico (Rede Globo) e Rádio CBN reuniu 800 alu-nos dos cursos de Negócios das Fa-culdades Projeção, divididos entre o auditório completamente tomado do complexo educacional de Taguatinga e mais duas grandes salas de transmis-são simultânea.

Simples, acessível e simpático, Gehringer já demonstrava que iria es-banjar empatia quando foi recebido, minutos antes de entrar no palco, em sala vip preparada pelas Faculdades Projeção para recebê-lo junto de con-vidados especiais. Palestrante requisi-tado em todo o Brasil, Max nunca ha-via feito, em toda sua coroada carreira, uma palestra para estudantes de nível superior na Capital da República. Dono de uma linguagem prática e até mesmo coloquial, Max mostrou, sem

rodeios, os caminhos que, com sua experiência em mercado de trabalho, considera essenciais como indicações de sucesso. “Não insistam no que vo-cês não fazem bem. Com muito esfor-ço, apenas vão melhorar um pouco seu desempenho em algo que não gostam ou dominam. Prefiram investir no que vocês fazem de melhor”, afirmou, em um dos momentos da palestra. Para Gehringer, o “segredo” está em come-çar a trabalhar cedo, aliando a experi-ência no mercado de trabalho com os estudos. “É essa experiência que vai garantir vantagens competitivas para todos vocês: não basta acumular di-plomas; é preciso entender a dinâmi-ca, a rotina das corporações; é preciso saber, com qualquer diploma, lidar com situações de pressão, frustrações, deslealdade e chefes exigentes”, afir-mou.

RecepçãoA larga experiência com plateias não

evitou que o aguardado palestrante se emocionasse durante a abertura da Exponegócios. Gehringer não espera-va encontrar uma plateia tão grande e atenta. “Geralmente, a cada palesrra, falo para 150 a 200 pessoas de um público formado por empresários, exe-cutivos e gestores. “Falar para alunos é muito entusiasman-te; me sito no lugar deles, quando tinha sua idade, ávido por ouvir alguém que pu-desse oferecer conse-

lhos sobre coisas que me afligiam. Na minha época, não tive esta oportuni-dade”, observou Gehringer. Ao final da palestra, visivelmente emocionado com a acolhida calorosa e entusiasma-da dos alunos, Max confessou: “no dia em que eu for encerrar minha carreira, quero que seja assim, com a emoção de uma noite como a de hoje, aqui no Projeção. Foi fantástico”.

Max Gehringer no ProjeçãoComentarista foi a estrela da Exponegócios promovida pela Faculdade

Antes da palestra, o presidente do Grupo Projeção Oswaldo Saenger conversa com Gehringer

Mais de 800 alunos lotaram o auditório do campus de Taguatinga

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Revista do Guará18 outubro de 2013

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19 outubro de 2013 Revista do Guará

pioneiros

“Quando cheguei a Brasília mora-va no Núcleo Bandeirante e de-pois em Taguatinga e mais tarde

no Guará. Comecei a construir a casa em 1968 e em 1968 já estava morando aqui. Nós temos nossa casa lá até hoje.

Em 1967, no início mutirão, já era funcionário da Prefeitura do Distrito Federal, e construí a casa. Na época ainda não era casado, mas já namora-va. Em 1969 casei. Aqui, criei todos os filhos e onde continuamos morando. Sempre gostei de morar no Guará. O objetivo era ter a casa e viver próximo ao o Plano Piloto. Para minha esposa, como professora, também foi impor-tante porque tinha o trabalho perto de casa. Ela foi professora da Escola Clas-se 01, primeira escola do Guará.

O Guará começou com a criação do Setor Residencial de Indústria e Abas-tecimento, com o objetivo de abrigar os trabalhadores do Setor de Indús-trias. Esse setor seria construído pela SHIS, só que o objetivo da empresa do governo era de atender trabalhadores de baixa renda. O governo então re-servou algumas quadras para os servi-dores do GDF e decidiu, com objetivo social, fazer o sistema de mutirão, por-que teria participação dos servidores.

O governo doou o terreno, financiou o material e a mão-de-obra ficou por conta dos servidores. A SHIS faria a distribuição socialmente, quer dizer, os servidores de baixa renda se ins-creviam e tinha alguns critérios, por exemplo, se era casado, com filhos etc. O sistema de mutirão era para todos os servidores da Prefeitura que neces-sitassem de moradia, independente do nível funcional e socioeconômico. Foram criados os grupos de trabalho para fazer o mutirão. Os primeiros inscritos ajudavam na construção de outras casas e iam contando seus pon-tos. Quando atingiam um número de

pontos, eram sorteados para um grupo. Eram gru-pos de dez pessoas para construir dez casas. Essas casas eram construídas sem que as os participan-tes do mutirão soubessem qual seria sua casa para que não houvesse privi-légios a alguns. Tinha um padrão, todas com porta, rebocadas, mas não tinha acabamento. Geralmente o líder do grupo podia es-colher sua casa e sua pre-ferência geralmente era por uma casa de esquina.

Não existia quase nada no Guará. Paralelamente com o mutirão, a SHIS estava construindo as ou-tras quadras da cidade. Mas a empresa pública terminava to-das as casas para depois liberar para moradia. No mutirão era diferente: a cada dez casas construídas já eram li-beradas para morar.

O mutirão começou em 1967 e foi até 1968. Nesse período nós fizemos cerca de mil casas. O Guará completou dia 5 de maio 44 anos e eu moro aqui há 45 anos. Eu não sou o morador mais antigo, mas fui um dos primeiros. Eu me considero pioneiro.

O mutirão teve sucesso porque nós tivemos o apoio do governo, inclusive com a parte técnica, engenheiros, e por isso a rapidez da construção. Além de ter o aspecto ideológico, o mutirão teve outro aspecto que foi a profissio-nalização de quem participou. Como nós éramos responsáveis pela mão-de-obra, muitos aprenderam a profissão de eletricista, pedreiro, encanador... Muitos eram solteiros, jovens e se pro-fissionalizaram.

Os engenheiros, além de orientar,

tinham paciência de ensinar. As casas não foram construções caras e nem feitas de qualquer jeito. Foram segu-ras, tanto que nunca se ouviu falar que alguma casa tenha caído. Foram feitas com orientação profissional.

Os funcionários que estavam no mu-tirão tiravam férias. Mas os 30 dias não eram suficientes, então eram dados mais 15 dias de licença. Teve essa compreensão da Prefeitura. Nós tínhamos que trabalhar o dia todo. Tudo era feito com segurança, um aju-dando o outro.

Não imaginávamos que o Guará fi-caria assim. Nós pensávamos num núcleo residencial, tipo cidade dormi-tório, próximo do centro, do trabalho. Mas logo se viu que com a criação do Guará II ficaria muito bom. Cada qua-dra com sua escola, comércio local. Hoje nós temos quatro filhos e oito netos. Todos morando aqui no Guará. Fui honrado e administrei a cidade por duas vezes”.

A Revista do Guará publica em cada edição o depoimento de um pioneiro da cidade sobre os primeiros anos do Guará. Os depoimentos são registros informais da nossa história, colhidos pela repórter Janaína Xavier, e que em breve serão reunidos em um único volume. Se você conhece alguém que participou da história do Guará, nos escreva.

João Batista Lopes Correia

João Batista e a esposa Raimunda na casa repleta de lembranças dos primeiros anos da cidade

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Revista do Guará20 outubro de 2013

20 anos de

brazilian blues band

O maior representante do blues brasileiro na capital federal leva a bandeira do Guará. Nas duas décadas a banda gravou apenas dois discos, mas as centenas de apresentações levaram o seu nome aos amantes do blues em todo o país.

Em 94, no Bar do Franguinho, no bloco A da QI 06, tendo como testemunha o agitador cultural

Ricardo Retz, foi idealizada a Brazi-lian Blues Band. Lá bebiam e tocavam blues os parceiros fundadores Luiz Kaffa e Richard. Dos lamentos e ale-grias propostos pelos acordes e vozes, nasceu a ideia de formar uma banda, ou mesmo um bando de amantes do Blues e do Rock n’ Roll. A intenção era mais específica: cantar em português, inspirados pelos ídolos Roberto Carlos (que cantou muitas canções do gêne-ro no início da carreira) e Celso Blues Boy, considerado o precursor do blues em português e um dos seus maiores

representantes, tendo sido parceiro até do lendário rei do blues, B.B. King.

A primeira formação da banda foi totalmente guaraense. Luiz Kaffa, Richard Well, Charles Muniz e Tiago Rabelo começaram tocando covers de Celso Blues Boy, Roberto Carlos e al-guma coisa do Barão Vermelho. Após surgirem as primeiras composições próprias, Tiago deixou a banda. De lá pra cá as formações nunca deixaram de ter representantes do Guará, até mesmo porque o membro fundador, Luiz Kaffa, nunca deixou a banda, nem o Guará.

Com o início dos trabalhos autorais vieram os primeiros momentos de

reconhecimento da qualidade musi-cal da banda e o primeiro indício de profissionalização com a chegada da produtora Jussara de Almeida. Em ju-lho de 1996 , o Jornal do Guará desta-cou em manchete: “Banda Guaraense Classificada em Festival Brasileiro Es-tudantil”, anunciando a classificação da Brazilian Blues Band em certame nacional da época, com a música “Fee-ling”, de Luiz Kaffa e Richard Well. Em 1997, com a canção “Harlem Blues” um poema de Cassiano Nunes, musi-cado por Renato Matos, ganhou vaga na coletânea “Prêmio Renato Russo”, da Fundação Cultural do Distrito Fe-deral, e foi parte da trilha sonora, com

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21 outubro de 2013 Revista do Guará

participação da banda nas filmagens, do premiado curta “Viva Cassiano”, de Bernardo Bernardes. Também em 1997, participou da coletânea “Pra Pirá Brasília” com mais 22 outros ar-tistas nascidos e radicados no Distrito Federal. Em 1998, a banda se classifi-ca na terceira colocação do Skol Rock – Etapa Centro-Oeste, com a música Cachaça, Fumaça e Rock n’ Roll.

A partir de 2001, a banda participou efetivamente do evento de fundação do Clube do Blues de Brasília, quan-do o Autódromo de Brasília recebeu 2 mil pessoas, que doaram quase duas toneladas de alimentos para entidades carentes do DF. Na ocasião, a ban-da cedeu instrumento e palco para o guitarrista alemão Joerg Schmidtke. Do encontro veio o convite para apre-sentações em oito cidades do norte da Alemanha, excursão que ocorreu no final de 2002.

Com a experiência internacional a banda já se sentia preparada para a re-alização do primeiro registro fonográ-fico. As composições foram feitas a to-que de caixa, vindas de letras escritas por Luiz Kaffa desde o início da banda, com arranjos, em sua maioria, feitos pelo baixista Célio de Moraes e pelo guitarrista Leonardo Vilela. O álbum Rapadura com Bourbon foi lançado em 2003, para a sala Martins Penna do Teatro Nacional lotada. O lança-mento nacional teve direito a crítica elogiosa da revista Blues n’ Jazz, única do gênero no Brasil, e a lançamento no Bourbon Street, maior casa de shows de blues e jazz da América Latina, no

Bairro de Moema, na capital paulista.O lançamento do CD Rapadura com

Bourbon deu fôlego à banda e serviu de ferramenta à produtora Jussara de Almeida, que conseguiu colocar o quinteto pra tocar em festivais reno-mados de Blues e Jazz em todo o país. A Brazilian Blues Band tocou nos fes-tivais Bossa n’ Jazz, de Pipa no Rio Grande do Norte, Vijazz, de Viçosa em Minas Gerais, Guaramiranga no Ceará, Festival de Inverno de Pedro II no Piauí, e no maior festival de blues e Jazz da América latina: o Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras, no es-tado do Rio de Janeiro. Sem contar as centenas de apresentações fora do cir-

cuito de festivais em todas as regiões do Brasil. O mais importante deles é o festival organizado pelos compo-nentes da própria banda, através do Clube do Blues de Brasília: o festival internacional República Blues.

Em 2012, depois de um longo inver-no fonográfico devido às intempéries da música independente, foi lançado o álbum 500 Gramas Blues (música vencedora do I Festival de Música do Guará). O disco traz canções autorais com letras mais maduras, voltadas para o contexto político/social, todas de autoria de Luiz Kaffa, com arranjos de toda a banda, que agora conta com o talento do tecladista Marçal Ponce. As músicas podem ser baixadas gra-tuitamente na página da banda do facebook.

O avanço na qualidade do trabalho musical da banda, explicitado pelo novo disco, foi essencial para o con-vite da Guitar Player e para esse mo-mento especial em que a banda vive, com orgulho de representar Brasília e o Guará pelo Brasil afora.

Em 2014 a banda fará 20 anos de estrada e tem planos de lançar um álbum com canções inéditas e DVD ao vivo com material selecionado dos três anteriores. A Brazilian Blues Band é Luiz Kaffa, voz e letras; Leo-nardo Vilela, guitarra e arranjos; Cé-lio de Moraes, baixo, vocais e arran-jos, Marçal Ponce, teclados e arranjos; e Rafael Paez, bateria e arranjos.

A última edição da revista Guitar Player, filial da edição americana e uma das mais respeitadas publicações da área musical brasileira, trouxe como brinde aos assinantes e leitores esporádicos a coletânea “Blues na GP”. Para orgulho do guaraense, o disco tem a participação da Brazilian Blues Band, ao lado de grandes nomes do blues nacional, como Nuno Mindelis e Blues Etílicos. O lançamen-to da coletânea ocorreu no maior evento relacionado à música do Brasil a Expomusic 2013, ocorrida em São Paulo, no mês de setembro, com participação da Brazilian.

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Revista do Guará22 outubro de 2013

A ARTE DE NESTABLO Morador do Guará desde primeiros anos de vida, Nestablo Ramos Neto é um dos mais talen-tosos ilustradores e roteiristas de quadrinhos do país. Com currículo diversificado, o artista passeia entre a direção de arte, a prancheta e os textos com naturalidade. Seu trabalho autoral perpassa do universo mais macabro dos contos de terror a críticas sociais densas e cheias de humor, passando pelo universo infantil e os livros didáticos.

Nestablo foi reconhecido nos últimos anos como um dos melhores roteiris-tas de quadrinhos (indicado ao HQ Mix), melhor autor de série de aven-tura (Prêmio Bigorna) e seu livro Zoo foi escolhido em 2011 para o Progra-ma Nacional Biblioteca da Escola, e passou a ser distribuído entre alunos das escolas públicas do Brasil. Mas, o reconhecimento mais claro é entre os leitores de quadrinhos. Amante do gê-nero literário, Nestablo é também um defensor das histórias em quadrinhos brasileiras. Seja em entrevistas, pela internet, em seus livros ou no seu pro-grama de rádio Enerdizando (Rádio Federal), é fácil identificar em seu dis-curso a defesa dos autores nacionais e das editoras que se arriscam na área.

Vive no Guará com sua esposa e apoia-dora Regina Albuquerque, com ele há sete anos.

De tão variada, sua bibliografia, fica difícil traçar um panorama do traba-lho de Nestablo até hoje. Sua publica-ção de estreia é Lady Dragão, em 1998. Em 2001 publicou os Carcereiros e de 2005 a 2010 trabalhou na série Zona Zen. Em 2009 publicou o álbum Zoo, uma sátira inteligente sobre a socie-dade moderna e sua relação com os animais, neste ano ganha seu terceiro volume. Ano passado lançou o livro Natureza Humana com Gonçalo Jú-nior. Lançou a série P.E.T – Contra a Ameaça Biológica, com mensagem ecologista voltada para o público teen. E no entremeio disso tudo, ilustrou

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23 outubro de 2013 Revista do Guará

dezenas de livros, criou personagens para campanhas publicitárias, parti-cipa de eventos literários e comanda seu programa de rádio. Nessa entre-vista à Revista do Guará, a descontra-ção do ilustrador contrasta com a sua eminente paixão pelo trabalho.

Você nasceu no Rio de Janeiro, mas veio muito cedo para o Guará. Como foi crescer na cidade?

Cheguei aqui com 1 ano de idade, en-tão não senti falta da vida que meus pais deixaram no RJ, tanto que sem-pre digo que sou mais brasiliense que carioca. (risos)

Sempre digo que tive uma ótima infância; tão boa que continuo nela até hoje. O Guará sempre foi muito tranquilo. Quando eu era garoto, essa tranquilidade foi importante para dar início às minhas criações. Acre-dito que o meio influencia muito na criação do artista e o fato do Guará ter sido tão calmo na minha época de criança me ajudou a escolher temas positivos para minhas obras.

Como você vê a cidade hoje? Vivo com minha esposa e meu pai.

Hoje, nossa cidade está diferente de antes. Infelizmente, vejo nosso Guará um pouco mais violento e inseguro. Assaltos me preocupam e tentamos ficar sempre atentos ao que acontece à nossa volta. Escutamos muitas his-tórias de invasões e de pessoas sendo roubadas e feridas, inclusive já acon-teceu conosco. É triste! Mas ainda me sinto mais seguro aqui do que em ou-tras cidades próximas.

Quais são seus principais traba-lhos? Por quais tem apreço especial?

Cada uma de minhas obras repre-senta uma parte de mim. Seria o mes-

“os leitores precisam acreditar nos autores nacionais, dar mais

espaço ao que é produzido no país”.

animais; ambos precisam de toda aju-da possível. Gosto de contribuir com o que sei fazer melhor e acho que co-municar às pessoas a importância de cuidar da Terra e de nossos animais é uma missão de todos.

Como coexistem roteirista e ilustra-

dor? Um dos dois é privilegiado na sua rotina?

Em paz, graças à Deus. (risos).Pode estar chovendo pedras lá fora,

mas a minha cabeça precisa estar em ordem e harmonia, senão, nada acon-tece. Procuro equilibrar ambos, pois um depende do outro. A história não precisa das imagens e vice-versa, uma pode existir sem a outra, mas quando trabalham juntas, o potencial é maior. Particularmente, gosto da boa parce-ria entre elas.

O que você considera suas princi-

pais conquistas? Minha paciência e determinação.

Sem isso eu não chegaria a lugar al-gum na vida. Não é fácil adquiri-las, mas é muito fácil perdê-las, por isso devemos exercitá-las e cultiva-las com amor.

Como é o mercado brasileiro de qua-

drinhos? E Brasília, tem boa posição nesse mercado?

O mercado nacional está melhoran-do. Depois de uma fase longa e ruim, quando ele não era muito respeitado, hoje, podemos dizer que existe um futuro para ele, mas ainda há muito o que melhorar! Para isso acontecer os leitores precisam acreditar nos auto-res nacionais, dar mais espaço ao que é produzido no país.

Como se dá a criação dos seus per-

sonagens e como eles evoluem até a

mo que perguntar a um pai qual seu filho favorito.

Todas têm sua importância, pois elas mostram minha visão sobre diferen-tes temas. Hoje, especialmente, sou muito ligado ao meio ambiente e aos

“Enerdizando é um programa de webrádio com foco no público nerd. Em cada programa recebemos grandes nomes ligados a cultura pop para falarmos sobre desenhos animados, games, séries de tv, cosplay, colecionáveis, cinema, música e o que mais você imaginar, tudo com muito humor e informação.

O objetivo, além de levar esse conteúdo de uma forma mais fácil a todos, é divulgar os artistas que lutam para mostrar o que sabem fazer, mas por falta de incentivo e oportunidade simplesmente desaparecem do mercado. Quere-mos mostrar ao Brasil que temos um mercado muito bom de produtores que merecem ser vistos: ilustradores, animadores, escritores, quadrinistas, todos têm espaço no Enerdizando”.

Enerdizando segundo Nestablo (radiofederal.com.br)

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Revista do Guará24 outubro de 2013

forma final? Às vezes de uma forma na-

tural, como se eles se crias-sem sozinhos. Mas gosto de pensar em amigos ou al-guém que fez ou faz parte de minha vida como referência para auxiliar nas criações. É um processo gostoso, curto muito criar personagens. Como disse antes, são como filhos para mim. Depois de um tempo eles criam vida e não há como interferir em suas personalidades. Eles escrevem as histórias prati-camente sozinhos, eu só as conto.

O que mais deseja realizar

a partir de agora? Existe um trabalho guardado na cabeça, esperando oportu-nidade para ser executado?

Desejo encontrar a cura para os lobisomens! Brinca-deira...

Quero escrever mais livros. Sou um contador de histó-rias, é o que faço e sempre farei com muito orgulho e amor. Tenho muitos proje-tos; quero produzir todos, mas tenho apenas dois bra-ços... Oh, Céus!

Aos poucos estou conse-guindo isso. Mas prefiro manter o mistério sobre eles! (risos).

Onde encontrar as obras de Nestablo

Nas livrarias:

Livraria Cultura CasaPark

Livraria Dom Quixote Gilberto Salomão

Kingdom Comics Setor de Diversões Sul

Livraria com Letras Metrópole Shopping

Águas Claras

Fotografe os códigos com um leitor de QR Code do seu celular ou tablet e vá direto para página da loja de cada livro

Na internet:

Editora Lerwww.lereditora.com.br

Editora HQMlojahqm.com.br

Comix Book Shopwww.comix.com.br

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25 outubro de 2013 Revista do Guará

Em busca de aprimoramento, uma equipe da academia Oki-nawa Karate-do Kyokai do Bra-

sil, sediada no Guará, vai ao templo de Shuri no Japão. A viagem a Okinawa, província mais meridional da nação nipônica, é uma busca pela melhoria da técnica e avanço no estudo das arte das mãos vazias. Os nove atletas vão ficar de 26 de outubro a 10 de novem-bro concentrados nas proximidades do templo histórico, onde participarão de competições mundiais, exames de graduação e apresentações de formas no All Okinawa Karate-do Cham-pionship 2013.

A equipe é liderada pelo shihan, ou mestre, Cícero Syrih, que faz a quinta viagem à ilha. Cícero está adaptado aos costumes japoneses, e agora pre-tende que os faixas pretas treinados por ele aprendam ainda mais na terra do sol nascente.

Cícero começou a treinar muito jo-vem, em um quintal na QE 32 do Gua-rá, estimulado por um amigo. Passou a freqüentar uma academia de luta e seguiu carreira no caratê. Em 1992 foi o terceiro colocado mundial em Oki-nawa, a melhor colocação conquista-da por um brasileiro até hoje. Agora, vai acompanhado de seu filho, Rafael Lobo, também faixa preta. Rafael foi tri-campeão brasiliense consecutivo na modalidade kumite (luta de conta-to) e tetra consecutivo em kata (apre-sentação de formas). Pai e filho trei-nam e ensinam karate juntos em sua

academia, no Estádio do Cave.Para preparar melhor seus atletas

para a viagem, Cícero convidou o ami-go Reginaldo Vital para treinar seus pupilos. O shihan é especialista em shiai kumite (luta de semi-contato) e é detentor de mais de 500 títulos em seus 35 anos de prática. Sua missão é padronizar o estilo das equipes, apri-morando o controle dos atletas sobre o

próprio corpo. A viagem a Okinawa, além das com-

petições e exames, serve para confra-ternizar com outros lutadores de todo o mundo. A troca de experiências tem trazido bons resultados. Brasília, tradi-cionalmente, é a que mais leva atletas de alto nível para a ilha, e a cidade que tem os lutadores mais graduados. Cul-pa da troca de experiências com luta-dores do mundo todo, a mistura de téc-nicas garante uma eficiência maior nas competições. Os atletas confirmados

são os técnicos Cícero Syrih e Reginal-do Vital, Ida de Oliveira, Paulo Fernan-des de Oliveira, Rafael Lobo, Cristiano Cavalcante, Ywre Jardim, José Carlos Amaral, Bruno Portella e Arquimedes Correia.

A viagem foi custeada pelos próprios atletas e com recursos arrecadados em atividades ao longo dos últimos meses. Mensalmente, a academia organizou uma feijoada para arrecadar fundos, com ingredientes doados pelo Grupo Pão de Açúcar. Outra ajuda veia da clínica de odontologia Risofino, pa-trocinadora dos atletas, e da Secreta-ria de Esportes do DF, que custeou as passagens aéreas. O restante da verba veio com a venda de camisetas sobre a história do karateêde Okinawa (veja as camisetas em facebook.com/Okikukai.brasil).

A academiaInstalada no estádio do Cave, a acade-

mia de Cícero tem um objetivo maior que treinar atletas de alto rendimento: o ensino da filosofia do caratê. A acade-mia treina pessoas de todas as idades, não apenas nas técnicas de luta, mas auxilia o crescimento pessoal e a redes-coberta do corpo através das técnicas de controle e disciplina. Existem vagas disponíveis para crianças carentes, matriculadas na rede pública de ensi-no. A única exigência é que a criança freqüente regularmente a escola, o que é conferido pessoalmente pelo shihan Cícero.

De volta ao berçoAcademia Okinawa Karate-do Kyokai do Guará vai ao templo de Shuri no Japão para treinar entre os melhores do mundo

Os treinamentos foram intensificados nos últimos meses em busca de bons resultado no Japão

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Revista do Guará26 outubro de 2013

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27 outubro de 2013 Revista do Guará

pensandoacidade Hilma Amaral

Núcleo urbano criado para aten-der a demanda por moradias de população de menor renda,

o Guará, desde a sua implantação até a década de 1990, transformou-se em cidade consideravelmente adensada, onde muitos dos antigos moradores cederam espaço para uma população de classe média e média alta.

A razão desta mudança é a sua loca-lização geográfica de centralidade em relação a vários núcleos urbanos do trecho centro-sul do Distrito Federal, entre eles o Plano Piloto e Taguatinga.

A proposta urbanística original do Guará previa terrenos de grandes di-mensões, denominados Áreas Espe-ciais, destinados aos usos industrial, comercial e institucional. Essa provi-dência foi de extrema positividade sob o ponto de vista da possibilidade de oferta de postos de trabalho e serviços que reduziriam significativamente a dependência em relação ao Plano Pi-loto. Esta característica foi acentuada pela inclusão, em seu perímetro de abrangência, das áreas do Setor de Ga-ragens e Concessionárias de Veículos (SGCV).

Contudo, a mesma centralidade que promoveu a atração de moradores, re-moveu a perspectiva de sua indepen-dência.

No início da década de 2000, foi criado o Polo de Moda, destinado à implantação de indústrias e comércio complementar. Mas, desde as primei-ras construções ali erguidas, ele foi transformado em local de amontoado de quitinetes, desvio fomentado pela grande demanda por unidades habi-tacionais.

Curiosamente, não foram observa-das, à época, as distorções ocorridas na vizinha QE 40, área anterior ao Polo de Moda, onde projeto semelhan-te de implantação de atividades gera-doras de emprego, renda e serviços re-sultou, identicamente, em numerosas quitinetes irregulares.

A partir de Dezembro de 2006, a le-gislação urbanística do Guará foi subs-

tituída pelo Plano Diretor Local (PDL). Instrumento que deveria representar um avanço na forma de uso e ocupação do solo, visando o bem estar da população, o PDL apresentou-se como um desmotivador de qualquer perspectiva da cidade tornar-se autos-suficiente.

Novamente, a mesma centralidade, aliada à qualidade de vida até então existente e ao esgotamento das pro-jeções destinadas ao uso habitacional coletivo no Plano Piloto, concentrou no Guará o foco da solução para a

carência de unidades habitacionais de média e alta renda.

Os lotes das Áreas Especiais e do SGCV foram, então, destinados ao uso habitacional coletivo. As alturas das edificações e o número de pavimentos foram extraordinariamente acresci-dos, em total desrespeito à horizonta-lidade construtiva preexistente.

Entretanto, um elemento surgiu para impor freios à crescente desfiguração da cidade – A Portaria 68/2012 – IPHAN.

A partir desta legislação, as alturas e o número de pavimentos foram signi-ficativamente reduzidos. No SGCV, a altura máxima não poderá ultrapassar o limite de 12m, com até 4 pavimen-tos. Nas outras áreas, a altura passou a ser de, no máximo, 34m, com 10 pavimentos, e dependente da cota de

altitude do local.A Legislação de Uso e Ocupação do

Solo (LUOS), por sua vez, observou o determinado pela Portaria do IPHAN, reduzindo drasticamente as alturas e o número de pavimentos.

Ao mesmo tempo, a LUOS limitou o remembramento de lotes, exigiu áreas verdes internas a estas unidades e de-terminou afastamentos mínimos obri-gatórios em relação às divisas. Além disso, impôs restrições à construção de mais de uma edificação em mesmo lote. Todos estes aspectos eram, no PDL, ora discutíveis e ora omissos.

Mas, apesar da LUOS, o prejuízo já se instalou. As Áreas Especiais e os lotes do SGCV permanecem como de uso habitacional coletivo. Aliás, a maioria deles encontra-se em processo cons-trutivo ou com obras concluídas.

O adensamento populacional do Guará já se implantou, apesar da in-suficiência do seu sistema viário para a demanda que em pouco tempo será gerada. Muito provavelmente, ha-verá problemas com abastecimento de água e fornecimento de energia, questões que exigirão consideráveis investimentos públicos que poderiam ser utilizados em obras e serviços de melhoria de condições, e não para cor-rigir erros cometidos.

Obviamente, o desenvolvimento das cidades é algo não só obrigatório, mas sobretudo salutar. A estagnação e o engessamento levam à morte qual-quer sistema, inclusive o urbano. Mas desde que as transformações aten-dam, coletivamente, às necessidades e aspirações de seus habitantes.

A mesma centralidade que promoveu a atração de moradores, removeu a

perspectiva de sua independência.

As Transformações Urbanas e os Desvios de Perspectivas

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Revista do Guará28 outubro de 2013

Aos finais de semana, quem pas-sa pela avenida de entrada do Guará II assiste a um pequeno

espetáculo no céu. Dezenas de aviões e helicópteros desfilam na área verde próxima ao Parque do Ezechias Herin-ger. Silenciosos, é preciso estar atento para acompanhar suas manobras e, de longe, se vê uma reunião de pessoas com controles na mão. São os mem-bros da AeroGuará, a associação de aeromodelismo elétrico da cidade.

Os aeromodelos são aeronaves cons-truídas em escala reduzida. São pilo-tadas do solo com controles remotos e são impulsionadas por motores elétri-cos, seguindo o os mesmo princípios de uma aeronave real, sem barulho e sem gases poluentes.

O aeromodelismo foi fundado nos anos 20, nos Estados Unidos, por Paul K. Guillow. No início os aviões eram feitos de papel com hélices propul-sionadas por elásticos tensionados. Aos poucos os pequenos aviões foram evoluindo, passando a serem equipa-dos por motores a combustão, caros e de difícil manutenção. A tecnologia proporcionou a fabricação de baterias cada vez menores, como as usadas em telefones e feitas de Polímero de Lítio, e as aeronaves passaram a receber motores elétricos nas últimas décadas. Com maquinário menor e mais barato, os aeromodelos puderam voltar a ser

fabricados com materiais leves. O aeromodelo elétrico, além de ter

um custo de aquisição e manutenção menor que os modelos a combustão, são mais seguros e protegem o meio ambiente, já que não produzem ne-nhum tipo de gás poluente, não der-ramam óleo, são construídos com ma-terial reciclado e podem ser operados em pistas menores e em áreas verdes.

A AeroGuará conta hoje com quaren-ta praticantes regulares, mais deze-nas de amigos e curiosos que visitam a pista de decolagem improvisada, em frente à QE 19. Diversos tipos de aeromodelos elétricos decolam do lugar, como aviões radiocontrolados, planadores e helicópteros. Os prati-cantes são empresários, funcionários públicos, comerciantes e militares, pais de família que encontraram uma diversão saudável na tecnologia dos pequenos aviões.

O cantor José Marcos Batista Lima, diretor da AeroGuará, conheceu o hobby como a maioria das pessoas: primeiro veio o interesse em aerona-ves reais, com visitas ao aeroporto, às pistas de pouso e pesquisas até a cons-trução do primeiro aeromodelo. “Ao ver aviões sobrevoando o espaço aéreo ficava observando seus movimentos e barulhos emitidos pela turbina. Ao fazer caminhadas pelo Guará II desco-bri uma área isolada ao lado do posto

de saúde. Conheci três pessoas que ali praticavam o hobby que hoje são meus amigos Bruno, Arthur, Edmilton. Pas-samos a nos encontrar todos os finais de semana para a prática do aeromo-delismo”.

Muitos aeromodelos carregam câme-ras para registrar as imagens de cima. Nos monitores, os controladores tem a sensação dos pilotos, como se esti-vessem sentados dentro dos aviões. As belas imagens aéreas do Guará podem ser vistas no Youtube e nas redes so-ciais - basta buscar por “aeroguara”.

Falta estruturaA pista improvisada em uma área ver-

de é ampla, mas não oferece nenhum conforto aos praticantes. A associação luta agora pelo reconhecimento da modalidade pelo poder público e, con-sequentemente, conseguir um espaço próprio. Uma nova pista para um clube de aeromodelismo precisa de um piso liso para pousos e decolagens, uma área para os helimodelos, mesas para monta-gem, configuração e teste e, claro, ener-gia elétrica. O local ideal é o Cave, pois a proximidade com o Parque do Guará deixa livre uma grande área para vôo. E como os aviões não poluem nem fazem barulho, não afetaria o meio ambiente. Os associados defendem que a constru-ção de uma pista atrairia cada vez mais adeptos ao aeromodelismo.

Voando sem sair do chãoO sonho de voar é quase real para os amigos da AeroGuará. Todos os

finais de semana estão reunidos no chão e no céu com seus aeromodelos.

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29 outubro de 2013 Revista do Guará

clubesdeSERVIÇO

A cidade sediou o Seminário da Comis-são Distrital de Gestão Estratégica, no final de setembro. Participaram cerca de 50 rotarianos do Distrito Federal e contou com a presença do covernador do Distrito 4530, Raimundo Fonseca e sua esposa Dina. O seminário teve como coordena-dores os governadores Assistentes Roney Roy Rodrigues, Yumiko Rocha e Maria Leodenice Alves Magalhães e foi realizado na sede do Rotary Clube do Guará, na QE 38.

O Governador Eleito 2014-15, Demetrius Galinos Contonyannis, foi um dos pales-trantes com o tema “Área de Enfoque e Metas para o Ano Rotário 2013-14”.

Na palestram, ele falou sobre a ne-cessidade de fazer doações à Fundação Rotária, “pois é ela a mola propulsora dos

projetos humanitários mundiais e locais. Se cada rotariano contribuir com o equi-valente a US$ 100 dolares no ano à Fun-dação Rotária, seria muito importante. O clube deve fazer parceria com a Fundação como Empresa Cidadã, contribuindo para a ABTRF. Aproveitou e elencou doze itens das Metas para a Fundação Rotária”.

Outra palestrante foi a rotariana Nize de Paula Barbosa, que falou sobre o tema “Planejamento como instrumento de Gestão – O processo de Planejamento Estratégico”.

O Governador Raimundo Fonseca fez o discurso de encerramento pedindo a to-dos para o compromisso +20%, sua meta para o ano rotário, e que até o momento está satisfeito com o cumprimento das metas pelos clubes visitados.

O Rotary Club Guará Águas Claras está construindo uma casa para uma família carente da Estrutural. O casal Aldemir e Maria de Fátima, com seus filhos Danilo (8 anos) e Cássio (4 anos) vão receber uma casa em alvenaria no lugar da antiga de madeirite. A família vivia em condi-ções precárias e sem condições de ter uma casa melhor, porque Aldemir sofre de problemas cardíacos - está aguardando transplante de coração - que o impedem de continuar trabalando.

O clube está buscando mais doações para ajudar na obra. Quem quiser ajudar basta depositar qualquer quantia na

Doação para creche

A Creche Tia Joana, da quadra Lúcio Costa, recebeu nova doação do Rotary Club Guará Águas Claras e da Associação de Senhoras de Rotarianos do Guará. A doação desta vez foi de um tanque de lavar roupas com capacidade de 10 kg. Na entrega do equipamento na Creche estiveram os associados Oscar Luiz, Jucileide e Edgar Garcia (foto).

Seminário de Rotary no Guará

conta corrente do Rotary Club do Guará Águas Claras, Caixa Econômica, agência 0643, operação 003, conta nº 004-4. Em caso de depósito bancário envie uma mensagem para o e-mail: [email protected], informando sobre o depósito.

Mais informações entre em contato com Edgar Lira (61) 8593-9610 ou Oscar Luiz (61) 9655-6847. É o Rotary fazendo o bem no mundo.

Casa para família carente na Estrutural

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Revista do Guará30 outubro de 2013

FILHOTES DO ZOOQuem olhar distraído para a foto-

grafia aqui em cima, pode não perceber o filhotinho agarrado nas costas da tamanduá Marquinhas. Para camuflar o filho do olhar atento dos predadores, a listra escura na barriga da mãe se encaixa direitinho na listra do filhote, fazendo-os parecer um bi-cho só. Esse tamanduazinho nasceu há quatro meses no jardim Zoológico de Brasília e, mesmo tendo idade para andar sozinho, prefere ficar nas costas da mãe.

Outra novidade no Zoo são os três fi-lhotes de Orelha e Uly. Eles são lobos-guará (Chrysocyon Brachyurus) e têm apenas três meses de idade. Tímidos, são o animal símbolo da nossa cidade. Batizaram o córrego, que nasce atrás do setor Lúcio Costa e desemboca no lago Paranoá, com o nome do bicho e

só depois a cidade. Antigamente mui-tos lobos viviam na área onde hoje é o Parque Ecológico do Guará, por isso a grande quantidade de lobeiras por aqui. Essa árvore é muito importan-te para os lobos-guará, pois serve de alimento e remédio para o sistema digestivo desses animais. Orelha, o pai, tem esse nome por causa de sua orelha caída. Ele foi resgatado com dois ferimentos de bala e levado ao Zoológico onde se recuperou. A mãe, Uly, teve dois filhotes há dois anos. Uma delas se chama Carol e vive no Zoológico de Goiânia.

Quem quiser visitar os bichinhos, o Jardim Zoo-lógico funciona de terça a domingo, das 9h às 17h.

O pai Orelha e um de seus filhotes em momento de descanso .

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31 outubro de 2013 Revista do Guará

Rádio Federal

Apesar de ter a sua sede em Águas Claras, a Rádio Federal tem em seus quadro de apresentadores e locutores vários guaraenses, como o quadrinista Nestablo Ramos, o jornalista Cristino Porfírio, o marqueteiro Brenno Voxx e este colunista, que apresenta toda terça-feira, das 20h ás 22h, o programa Papo Firme. Acesse www.radiofederal.com.br e acompanhe a rádio nas redes sociais.

natocadoLOBO Luciano Lima

Virou uma febre o pedal noturno no Guará.

Cerca de 500 ciclistas participam dos diversos grupos que organizam as

pedaladas e os números só crescem. Se você deseja participar, anote aí:

Ciclovia Bikes (QE34/Guará 2), toda terça-feira, às 20h. Chicos Bike (QI 01/Guará I),

toda quarta-feira, às 19h30. Capitão Bikes (QI 04/Guará I),

toda quinta-feira, às 20h.

A bicicleta está se tornando cada vez mais uma

alternativa para quem quer se livrar do caos que se transformou o trânsito no

Distrito Federal. Por isso, é muito impor-tante que a bicicleta seja vista, de fato, como uma solução para os problemas de mobilidade urbana no DF. Investimentos em ciclovias que interliguem as cidades, acompanhamento técnico apropriado nas obras de construção das ciclovias, campanhas educativas e o último vagão exclusivo para os ciclistas são

algumas das propostas que poderiam ajudar a diminuir o número de

carros nas ruas.

Mobilidade Urbana

BicicrossO Guará é a cidade do Distrito Federal

que mais se destaca no bicicross. Aliás, muitos corredores da cidade estão en-tre os melhores do Brasil nas diversas categorias da modalidade. No último dia 22 de setembro foi disputada, na pista do Complexo do Cave, a final do Campeonato Brasiliense e foi muito triste a ausência do público e a desor-ganização da Federação de Bicicross do DF.

Alguns atletas estão se reunindo para dar mais força para a Associação Brasi-liense de Bicicross (ABBX) e fortalecer o esporte que é olímpico.

Ainda há tempo!

Transporte pirata

É impressionante a atuação do transpor-te pirata no Guará. Circulam livremente aproveitando a deficiência do transporte público e a ineficiência dos órgãos de fis-calização do DF. Fiquei em um determi-nado dia da semana, das 16h às 17h, em uma parada de ônibus em frente ao Pólo de Moda do Guará II e pasmem: para cada ônibus legal, paravam cinco ou seis carros oferecendo transporte ilegal.

Complexo Esportivo do CAVE

Já imaginou o complexo esportivo do CAVE sendo referência para a formação de atletas nas mais diversas modalida-des? O complexo tem pista de bicicross, quadras poliesportivas, campos de futebol, estádio de futebol, finásio e um teatro de arena espetacular e mau aproveitado.

Em 2016 vamos sediar uma Olímpia-da!

A tentativa do Governo Federal de aca-bar com as APAEs foi grosseira e desu-mana. Felizmente, o Congresso Nacional já dá sinais claros que a proposta será rejeitada com a apreciação do Novo Plano Nacional de Educaçao. Aliás, o plano e já era para ter sido colocado em prática desde 2011.

Esperamos com muita expectativa que

possa ser instituído o ensino bilingue, de libras e integral em todas as escolas públicas ou pelo menos em boa parte. Esperamos que toda escola pública possa ter bibliotecas, salas de informática, qua-dras poliesportivas cobertas e auditório. É importante reafirmar que educação não se faz somente com decretos ou leis e sim com investimentos.

APAEs sobrevivem

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Revista do Guará32 outubro de 2013

O imenso salão do Palhoça guarda muitas histórias. Palco de centenas

de reuniões de empresas, partidos po-líticos, grandes comemorações e even-tos culturais, o restaurante é o maior e mais antigo do Guará. Sua localização estratégica cria um ambiente de fácil acesso e ao mesmo tempo reservado e a amplitude do seu salão permite que vários eventos aconteçam ao mesmo tempo na casa.

Desde 1978 o Plahoça serve a sua car-ne-de-sol e outros pratos que encantam pela primazia no preparo e no respeito à tradição. O segredo é a mão de Maria Lourdes, que chefia a cozinha desde a sua inauguração. Ela supervisiona desde o corte da carne, o processo de maturação até a checagem do tempero antes de ir à mesa. Esse cuidado não fica apenas na cozinha. Ela e os sócios Jorge Gustavo e Gilvaldo Cunha estão sempre presentes, cuidando do atendi-mento, da administração e da qualida-de do serviço do restaurante.

Os pratos vêm em porções generosas e separadas, para servir até três pesso-as. A carne-de-sol é acompanhada de arroz, feijão de corda, paçoca, mandio-ca, queijo do sertão e manteiga do ser-tão. A Galinha à Cabidela, um guisado

Palhoça O sabor da tradição

O restaurante mais antigo a servir carne-de-sol em Brasília continua a ser referência na cozinha e no salão

de frango enriquecido com o sangue do animal, muito po-pular no interior do Brasil, é também um dos pratos mais populares. No cardápio ainda há a Dourada ao Molho, ser-vida com arroz, feijão e pirão, e outras opções de comidas típicas.

Sem dúvida, o prato que mais encanta os frequen-tadores, pelo cuidado no preparo é a Buchada de Cabrito. C o n h e c i d a por ser uma receita de difícil prepa-ro, exigindo muito habili-dade do cozinheiro ao dosar o tempero, a buchada do Pa-lhoça sempre recebeu elogios e é servida diariamente.

O restaurante é notório por ser local de grandes reuniões, principalmente políticas. Foi palco de anúncios de alian-

Palhoça Carne-de-solSPM Sul Conj. H Lote 3

3301 1295

ças eleitorais, celebrações de vitórias nas urnas, reuniões de partidos e as mais diversas comemorações. O Pa-lhoça reserva mesas e monta cardá-pios especiais para atender eventos no seu salão, localizado no setor de Pos-tos e Motéis, com acesso pela pista ao lado da QE 46, passando pelo antigo clube do Grêmio.

Carne-de-sol, buchada de cabrito e a dourada ao molho, pratos tradicionais conquistam o paladar do guaraense há 35 anos

O amplo salão para 600 pessoas é local favorito de políticos e empresarios para reuniões com seus apoiadores. A agilidade na cozinha e o atendimento diferenciado garante o conforto de grandes grupos, como os reunidos pelo deputado licenciado Alírio Neto.

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33 outubro de 2013 Revista do Guará

falandosobreVINHO Júlio Neves

Primitivo x ZinfandelMesma uva, delicada, de casca fina,

com amadurecimento desigual, doce e com capacidade de gerar vinho com alto teor alcóolico. Na boca, frutas vermelhas maduras, compotas e corpo volumoso.

Na Itália, a Primitivo na região de Puglia é a uva mais famosa, tradicionalmente nas sub-regiões de Gioia del Colle, Man-duria e Salento. Na América do Norte, a Zinfandel é muito bem adaptada na Califórnia.

Apesar de geneticamente serem iguais, a grande diferença entre o Zinfandel e a Primitivo, é basicamente o terroir que é potencializada pelo estilo de vinho, onde os americanos conseguem tirar o máximo da madeira em uma belíssima harmonia e na Puglia prevalece em geral a doçura da uva e aromas originais de fruta.

A Confraria Amigos do Guará teve a oportunidade de degustar 7 exemplares entre americanos e italianos. Foi mar-cante a diferença de estilo entre as duas regiões.

Vinho do Porto 2011 Vintage

Vinhos do mêsCor violeta, com aromas de especiarias

e cereja, corpo médio, com boca de frutas vermelhas maduras, toque herbáceo e pimenta. No Supermercado Dona de Casa, ele está em promoção. Produzido pela vinícola Korta, na qual vem ganhando reputação ao longo dos anos, localizada a 60 km da Cordilheira dos Andes no vale Curicó, apresenta um bom custo benefício.

Marques del Nevado Reserva 2011, Cabernet Sauvignon, Chile - R$ 28,90

Uva emblemática espanhola vem se adaptando em outras regiões do planeta. O vinhedo da região Rivadavia mostra muito bem essa adaptação em micro-clima argentino. O produtor é o maior nome de vinho na Argentina, Catena Zapata. Excepcional relação preço quali-dade encontrado na Adega do Supermer-cado Dona de Casa na QE 30 .

Alamos Tempranilho 2010, Catena Zapata, Mendoza, Argentina - R$ 42,90

A universidade Hebráica de Jerusalém descobriu que ingerir vinho tinto com carne vermelha pode evitar um aumento do colesterol. A carne vermelha possui compostos que se acumulam no sangue e ajudam a formar o colesterol ruim, aumentando os ris-cos de doença cardíaca. É onde entra o vinho tinto que possui características antioxi-dantes, polifenóis, impedindo que o estômago absorva esses compostos, não chegando à corrente sangüínea.

Entusiasmados com a safra 2011 os produtores declararam este extraor-dinário ano como “vintage”. O clima no Douro deu-se com chuvas em pequenas doses e com temperaturas moderadas, um quadro meteoroló-gico ideal para o amadurecimento correto e concentração das uvas. Vintage só é engarrafado em anos selecionados, em média 3 em uma década. Ou seja, um vinho mais valorizado e com caráter de guarda, para durar décadas e ser aberto em momento especial.

O nome vinho verde é derivado das ca-racterísticas climáticas encontradas nesta região demarcada como Vinhos Verdes, noroeste de Portugal, onde o verde da vegetação é muito predominante. As uvas não são colhidas verdes, ao contrário que muitos acham devido à denominação. São colhidas maduras e as principais cas-tas são o Alvarinho, Avesso, Azal, Arinto, Loureito e Trajadura. É um vinho de

característica leve e fresco, de baixo teor alcóolico, frutado, fácil de beber e muito flexível de harmonizar com a comida.

A revista internacional Decanter fez uma matéria com o título “ Vinho Verde, thenexte big thing?”. A verdade é que cada vez mais o Verde Português, vem penetrando no mercado internacional, principalmente Inglaterra e Estados Uni-dos, e é um grande substituto para outros

vinhos brancos como Sauvignon Blanc e Chardonnay, visto que com o tempo a massa do mercado consumidor passa a ficar com o palato estressado e tende a buscar alternativas de sabores e aromas novos. Espero que o Vinho Verde seja re-almente a bola da vez dos vinhos brancos, porque sou apaixonado pelo Vinho Verde e torço por isso!

Vinho Verde, o Vinho da Vez?

Colesterol

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Revista do Guará34 outubro de 2013

Que a Feira do Guará é uma das melhores opções de compra de Brasília todos nós sabemos,

principalmente para quem vive perti-nho dela. São centenas de opções de presentes, roupas, calçados, brinque-dos e muita comida boa, a preços mais convidativos. Ideal para quem prefere a comodidade de fazer todas as com-pras no mesmo lugar, do presente das crianças aos ingredientes da ceia.

Faltando pouco mais de dois meses para o natal e Ano Novo, os feiran-tes da Feira do Guará começam a se mobilizar para dar conta de atender aos milhares de clientes nessa época do ano. O trabalho começa na reno-vação do estoque, é preciso agradar um público cada vez mais exigente e continuar a oferecer preços melhores que as outras lojas. Reforço necessá-rio também na equipe de vendedores. Com o movimento multiplicado, o atendimento de cada banca é o dife-rencial na conquista dos clientes.

Além das mudanças dentro de cada

Pronta para a festa

Feira do Guará se prepara para o movimento de final de ano. Com estoque renovado e mais conforto, os feirantes vão sortear um carro entre os clientes.

banca, a feira também passa por me-lhorias. As áreas comuns são a maior preocupação da Ascofeg, a associação de feirantes que administra a Feira do Guará. Manter os banheiros sempre limpos, os corredores bem conserva-dos e oferecer o máximo de serviços para o conforto dos clientes é priori-dade. Por exemplo, a Feira do Guará é

a única do DF a oferecer a brinquedo-teca para os filhos ficarem enquanto os pais vão às compras, serviço oferecido gratuitamente aos clientes. Os restau-rantes e bares em torno da feira tam-bém são um atrativo, já que é possível passar mais tempo no local e ainda saborear comidas típicas, pescados ou o famoso pastel, além de se refrescar com água de coco ou caldo de cana.

O número de caixas eletrônicos do-brou nos últimos meses. Agora os clientes podem sacar dinheiro em qua-tro instituições diferentes, o que evitas filas no horário de pico e garante a cir-culação de dinheiro na feira. A praça interna da feira receberá uma reforma visando a temporada de compras e a sinalização interna será reforçada.

Prêmios no fim de anoPara atrair cada vez mais clientes, a

Feira do Guará, além da diversidade de produtos e dos preços baixos, vai distribuir prêmios entre os clientes. Ao apresentar notas fiscais de pro-dutos comprados na feira, os clientes poderão concorrer a um carro novo, além de outros prêmios. O carro será sorteado entre quem optar por com-prar seusvpresentes , os ingredientes da ceia de natal ou do almoço em fa-mília, ou até mesmo em quem for à feira apenas para passar um tempo agradável nos restaurantes do local.

Preço e variedade são aos maiores atrativos da Feira do Guará, principal-mente na gastronomia, onde produtos regionais exclusivos atraem pessoas de todo o mundo

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35 outubro de 2013 Revista do Guará

Fátima SouzaGENTE

Edna advogada

Secretária do Jornal do Guará por mais de nove anos, Ednalva Silva é o exemplo de que a perseverança sempre vence. Cursou advocacia na Faculdade Projeção com muito esforço e mesmo antes de colar grau já tinha conseguido passar no exame da OAB. Agora pode ser chamada de “doutora Edna”.

Na foto, com a família: o marido Antonio Aquino Júnior e as filhas Manuela e Thaís.

Despedida de Geraldo e LeniFigura muito querida no Guará, o pioneiro Geraldo Teodoro

deixou a cidade para morar em São Raimundo Nonato no Piauí, para acompanhar a esposa Leni, que volta a morar na sua cidade natal. Antes de ir, Geraldo foi homenageado pelo Rotary Club do Guará, clube que ajudou a fundar há 33 anos e que nunca deixou de frequentar.

Na foto maior, Geraldo com os companheiros do Rotary. Com a família. E a esposa Leni sendo homenageada por Giula Cabral, da Casa da Amizade.

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Revista do Guará36 outubro de 2013

Fátima SouzaGENTE

O ex-administrador do Guará por duas vezes, Divino Alves, abriu sua casa no Park Way para que amigos e parentes fossem co-memorar seu aniversário com um almoço. Tudo muito bem preparado pela ex-primei-ra dama da cidade, Siléia Alves.

O clima foi de muita confraternização e descontração.

Aniversário de Divino

Família completa: Fernando (filho), Divino, Poliane (nora), Beatriz e Camile (netas), Everton, Siléia, Leandro (filho) e Bruna (neta), Renata e Ana Carolina (noras)

Nazaré e Rubens Mello (sentados), Maria Augusta, Fátima e Francisca (irmãs de Divino), Leoclides Rinaldi, Natália (filha de Nazará e Rubens, com o filho João Pedro e o marido Márcio Gonçalves)

Alan, Aldair Félix, Silgésia Alves e

Siléia, Divino, Geraldésio Alves.

Em pé: Carlos Kenendy, Leandro,

Geraldo Neto e Cláudio Oliveira

Siléia, com Getúlio Ribas,

sua esposa Cleonice e a filha Renata ao lado de

Divino

Silvécia, Divino, Aldair Félix, Cris e Sildésia

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37 outubro de 2013 Revista do Guará

Cidinha e Jorge, Divino, Alcir Souza e Fátima, e

Márcia Fernandez

Divino, Geraldo Eudóxio, Hilton Sousa, Francisca e Maria Augusta

Rosana, Divino, Sandra e Paulo Pontes

Marinéia, Divino, Marta Edmeia, Idel-ma e José Azevedo

Carlos Kennedy, Divino e Siléia

Siléia segura a neta Camile, e as netas Ana Caroline e a pequena Bruna

Os sobrinhos Márcio Adryllis e Matheus, o cunhado Aldair Félix (à frente),

o filho Everton (atrás) e sentadas as sobrinhas

Roberta, Givanna, Dayse, Shirlene e Renata.

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Revista do Guará38 outubro de 2013

A Secretaria de Habitação anuncia agora a elaboração do Código de Posturas do Distrito Federal.

Em resumo, pretende reunir toda a le-gislação que trate do comportamento dos cidadãos e discipline o uso de áre-as públicas. Um compêndio de normas escritas que facilitam a convivência.

Reuniões que serão conduzidas em cada cidade e um questionário online tentam entender as principais queixas dos cidadãos (no Guará dia 14 de outu-bro). Seus resultados aliados à legisla-ção existente serão moldados em for-mato de lei e encaminhado à Câmara Legislativa.

Uma boa oportunidade para colocar em pauta os assuntos cotidianos da vida de uma cidade. O Código de Pos-turas vai tratar de assuntos divididos em quatro temas: higiene pública e qualidade ambiental, bem-estar pú-blico, paisagem urbana e patrimônio amterial e imaterial, e por fim, funcio-namento das atividades econômicas. Assim, pretende-se discutir a limpeza da cidade, a convivência pacífica en-tre vizinhos, o uso das áreas comuns, como praças e parques, e a rotina do comércio. O questionário disponível no site da Sedhab pergunta aos cida-dãos até mesmo sobre a possível obri-

gatoriedade de manter as fachadas das casas pintadas e bem conservadas, ze-lando pelo aspecto da cidade.

Ao tentar preencher lacunas na le-gislação, o Governo tenta também preencher lacunas morais no compor-tamento dos cidadãos. As leis servem justamente para regulamentar as prá-ticas sociais, assim garantir os mesmos direitos e deveres a todos. O código discutirá regras que deveriam estar encrustadas em cada um de nós. Valo-res morais e hábitos essenciais à vida em sociedade. Qualquer criança sabe que viver em sociedade demanda res-peitar as liberdades individuais, somos educados (ou deveríamos ser) para isso. Para ser livre é necessário aceitar que todos o são e respeitar o espaço comum. Essas regras não precisariam estar escritas, deveriam ser naturais e as leis apenas as endossariam, como defende a doutrina de Immanuel Kant.

Infelizmente é preciso uma lei, e pos-síveis punições, para impedir um mo-rador de jogar lixo em local indevido, ou avançar o muro de sua casa sobre a área pública, invadir a calçada, con-servar seu quintal limpo, ou mesmo estacionar no lugar certo.

A cidade do Rio de Janeiro iniciou recentemente uma campanha, base-

ada em lei municipal e com punições previstas, para evitar que as pessoas jogassem lixo nas ruas. Após alguns dias de estranhamento, a lei mostra agora os bons resultados. Já no pri-meiro mês, a redução do lixo nas ruas do centro da capital fluminense foi de 50%. Com certeza, o resultado agra-dou os cidadãos cariocas, os mesmo que sujavam as ruas inconscientes do prejuízo em larga escala.

Portanto, o Código de Conduta nasce para exigir que de cada um de nós uma cidade melhor. A mesmo exigência que fazermos aos governantes todos os dias. Exigir uma cidade limpa, or-deira, organizada e pacífica através de atitudes. Se sabemos que não se deve sujar a praça, ou desperdiçar água, ou estacionar em vagas para idosos, por que o fazemos? Por que há lixo nas ruas, placas irregulares, áreas públicas invadidas, escolas destruídas e gover-nantes corruptos eleitos? Isso tudo existe porque nós permitimos. Boa parte dos problemas da cidade seria resolvida se simplesmente seguísse-mos o que aprendemos na escola ou em casa. Agora, vamos discutir uma lei para obrigar o homem a ser civilizado. E, impressionantemente, isso é sim necessário.

NOSSAS LACUNAS MORAIS

Rafael SouzavivernoGUARÁ

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