revista desktop 114

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Ano XIX - Edição 114 Revista Desktop JORNAIS EM UM NOVO CENÁRIO, QUAIS CAMINHOS ESSAS MÍDIAS DEVEM SEGUIR Pensando Grande Nova impressora EFI Vutek QS220 Design Criatividade na confecção de bolsas Opinião Bruno Mortara fala sobre cores especiais Jornais: em um novo cenário, quais caminhos essas mídias devem seguir Photoshop Pro: Criando o pôr-do-sol

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REVISTA DESKTOP 114

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Ano

XIX

- Edi

ção

114

Revi

sta

Desk

top

Jornais Em um novo cEnário, quais caminhos Essas mídias dEvEm sEguir

Pensando GrandeNova impressora EFI Vutek QS220

DesignCriatividade na

confecção de bolsas

opiniãoBruno Mortara fala sobre

cores especiais

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4 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Editorial

Paulo StucchiEditorRevista Desktop

Dois caminhos

Confúcio, pensador oriental, dizia que o melhor caminho era sempre o caminho do

meio. Ou seja, traduzindo isso para um bom português, que se deve ponderar sem-

pre e evitar escolhas radicais.

Trazendo esse pensamento para 2010, e, mais especificamente, para o tema desta

edição da Revista Desktop, o segmento de jornais encontra-se, mais do que nunca,

num momento crucial.

Não quero volta aqui à velha especulação de que os jornais vão sumir e, o papel,

acabar (isso não vai acontecer). Mas o fato é que os jornais terão que se reinventar,

dando sequência a um processo que já vem se arrastando há alguns anos, para en-

frentar a concorrência dos meios eletrônicos.

E como seria essa reinvenção? Em termos gráficos, podemos afirmar que necessaria-

mente a nova vida dos jornais passa tanto pela qualidade de seu conteúdo (matérias

e artigos) como de sua apresentação e produção (cor, diagramação, segmentação,

qualidade, rapidez de impressão etc.).

É justamente sobre isso que trata a matéria de capa desta edição: Quais são, afinal,

as soluções que estão auxiliando as gráficas impressoras de jornais a produzir com

mais qualidade e versatilidade e, assim, atrair novos públicos?

Como vemos, ponderação e bom discernimento são indispensáveis, mesmo para

nossa área gráfica. Afinal, nada na vida é formado por apenas dois caminhos ou

duas escolhas.

Boa leitura!

Paulo Stucchi

Editor - Revista Desktop

Page 5: REVISTA DESKTOP 114

5REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Índice

Desktop Publishing Editorial Ltda.�Rua Madre Maria Basília, 237 - 13300-003 - Itu - SP Tel.: 11 4013-7979 - Fax: 11 4013-7977E-mail [email protected] - www.dtp.com.br

DirETorIsmael Guarnelli - [email protected]

EDiTor CHEFEPaulo Stucchi - MTB 029182 - [email protected]

ConsELHo EDiToriaLAnderson Goes, Bruno Schrappe, Carlos Pinheiro Júnior, Carlos Samila, Claudio Gaeta, Eduardo Pereira, Fernando Maia, Ismar Miranda, Jorge Gasula Mir, Luiz Seman, Márcio Ribeiro, Nazareth Darakdjian, Osvaldo Cristo, Paulo Amaral, Salvador Sindona, Rafael Sanchez, Wilson Vieira.

ProJETo GrÁFiCoZeh.Design

DiaGraMaÇÃo e arTEPatrícia Guarnelli - [email protected]

TraTaMEnTo de iMaGEMFelipe Zacharias - [email protected]

iLUsTraDorGetulino Pacheco - [email protected]

WEbGuilherme Keese - [email protected]

CoLaboraDorEsAndré Lopes, Bruno Cialone, Bruno Mortara, Clovis Castanho, Demósthenes Galvão, Fabiana Go, Fernando Mayer, Fabio Mortara, Flávio de Andrade Costa, Irineu Jr., José Donizete de Melo, Luíz Seman, Marcelo Copetti, Marcelo Lopes, Marcos Araújo, Mario Navarro, Pedro Bueno, Ricardo Minoru, Ricardo Polito, Tonie R. V. Pereira, Rolf Hinrichs, Vitor Vicentini, Wilson Caldana.

inTErnaCionaisJack Davis - USAHelder Generoso - Austrália

DirETor CoMErCiaLIsmael Guarnelli - [email protected] 4022-8534/8535

DirETora FinanCEiraVivian Stipp - [email protected]

CoorDEnaÇÃo de EVEnTosSandra Keese - [email protected]

CUrsos e EVEnTosCláudia Menezes - [email protected]

assinaTUrasMariana Camargo 11 [email protected]

[email protected]

TiraGEM21.000 exemplares

iMPrEssÃo IGIL 11 4024-0900

PErioDiCiDaDE biMEsTraLEdição nº 114, fevereiro/marçoAno XIX - ISSN 1806-6240

iMaGEnsAs imagens utilizadas em tutoriais são de total responsabilidade de seus autores

Fique de Olho 8As notícias do dia a dia do segmento gráfico do Brasil

Gerenciamento de Cores 16• Parte II da série de artigos de Marcelo Copetti sobre normatização ISO

Photoshop ProA primeira revista sobre

Photoshop do Brasil, à disposição dos leitores da Desktop

Criativo 20• Criatividade na criação de bolsas • Certificação Adobe

• Dados Variáveis no InDesign • PitStop Pro 9

No Papel 42• Jornais: os desafios e as soluções tecnológicas

Mercado 12As novidades do mercado gráfico e de tecnologias

Dicas & Truques• Criação de volume e efeito 3D

48

Opinião• Fabio Mortara • Hamilton Terni Costa

• Valdeque Rovieri • Bruno Mortara

52

Edição OnlineO conteúdo da Desktop, também online!

As soluções que estão fazendo a diferença nas gráficas de jornais no Brasil

Pensando Grande 40• Nova EFI Vutek

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6 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Colaboradores

Paulo Stucchi

Mestre em Comunicação Empresarial e Jornalismo Institucional, é o editor da Revista Desktop e Photoshop Pro.

Consultor gráfico há mais de 35 anos e diretor da AN – Agência de Negócios, possui vasta experi-ência acumulada na direção de empresas gráficas. É criador, coordenador técnico e professor de Gestão Estratégica do curso de Pós-Graduação Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Escola Senai Theobaldo De Nigris.

Hamilton Terni Costa

Presidente da Abigraf Regional São Paulo e da PaperExpress, uma das empresas pioneiras em Impressão Digital no Brasil.

Fabio Mortara

Experiente especialista em fluxos de pré-impressão e aplicativos gráficos. Também ministra consultorias sobre ferramentas de prepress e, desde 2007, uniu-se ao time de colaboradores da Revista Desktop.

André Lopes

Reconhecidamente um dos maiores técnicos e conhecedores de processos gráficos do Brasil, Bruno Mortara se une à equipe de colaboradores fixos da revista Desktop. Também é diretor da empresa Prata da Casa.

Bruno Mortara

Consultora da Adobe, certificada em diversos aplicativos de criação da companhia. Ministra cursos e consultorias em todo o Brasil.

Fabiana Go

Getulino Pacheco

Ilustrador que iniciou seu trabalho usando técnicas de pintura tradicionais, Getulino especializou-se em arte vetorial e, hoje, ministra cursos de Illustrator e Photoshop. Também é ilustrador da Revista Desktop.

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7REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Colaboradores

Vitor Vicentini

Consultor e especialista em softwares de pré-impressão. Vitor é autor de livros na área e consultor da Adobe em InDesign. Escreve periodicamente para a Revista Desktop com dicas passo a passo sobre InDesign.

Marcelo Copetti

Diretor da Easycolor e colaborador da Desktop. Especializou-se em fluxos de controle de cores e calibração de dispositivos em ambiente gráfico.

Marcelo Lopes

Designer premiado nacional e internacionalmente, é diretor da empresa Merchan-design e atual diretor de projetos da ADP- Associação dos Designers de Produto. Assina a coluna de Design da revista Desktop.

Vinicius Rodrigues do Amaral

Formado pelo Senai em Artes Gráficas e especialista em Pré-impressão e Sistemas Web.

Valdeque Rovieri

Gerente da Arjowiggins, multinacional fabricante de papeis especiais e papeis de segurança.

Ricardo Minoru

Conhecido especialista em aplicativos gráficos, Minoru realiza consultorias em gráficas e editoras. É autor de diversos livros sobre softwares gráficos.

Irineu De Carli Junior

Consultor, especialista em sistemas Apple e diretor da Crescer Consultoria.

Page 8: REVISTA DESKTOP 114

Fique de Olho

Xerox e on Demand books apresentam o Espresso book MachineA Xerox e a On Demand Books anunciaram mais uma novidade para o mercado de livros sob demanda. Trata-se do sistema Espresso Book Machine,

uma solução integrada para a produção de livros on demand que inclui a Xerox 4112, que produz 300 páginas em menos de quatro minutos. O formato

do livro pode variar de 4.5x5.0” a 8.25x10.5”.

O Espresso Book Machine usa o EspressNet, um software de propriedade e de direitos autorais que integra o sistema a uma rede de mais de 3,3 milhões

de títulos. Inicialmente, o mercado será desenvolvido a partir dos Estados Unidos.

Inf.: www.xerox.com.br

Papirus indústria de Papel obtém a certificação FsCA Papirus, indústria de papel-cartão, anuncia a conquista do selo de certificação do Forest Stewardship Council (FSC), uma organização que estabelece

padrões para gerenciamento responsável das florestas. O selo tem reconhecimento público no mercado nacional e internacional e, para a Papirus, tem

grande importância pois é mais um reconhecimento para a empresa que prima por sua responsabilidade socioambiental.

A certificação atesta que a empresa compra insumos florestais extraídos de forma responsável, gerando benefícios sociais à população local, garantindo

segurança e saúde aos trabalhadores e conservando a biodiversidade. Para certificar uma empresa, o FSC elabora critérios capazes de avaliar se os

empreendimentos florestais realizam um manejo florestal responsável, considerando aspectos ambientais, sociais e econômicos.

Para candidatar-se à certificação, todas as florestas devem atender aos princípios e critérios estabelecidos pela FSC. A Papirus iniciou a implantação

em abril e conquistou a certificação em novembro de 2009. Para conquistar a Certificação FSC, a empresa passou por um longo processo de análise de

sua estrutura e documentação, além do treinamento de pessoal. Todos os departamentos diretamente ligados ao produto passaram pelo treinamento

sobre o FSC e são responsáveis por manter a Certificação. Os profissionais de várias áreas da empresa foram treinados para que a Papirus possa atuar

de maneira condizente com as normas do FSC.

Em 2008 a Papirus consolidou o reposicionamento de sua marca no mercado, e a responsabilidade socioambiental é um dos grandes focos da nova

fase da companhia. Exemplo disso são as 60 mil toneladas de papel que a empresa recicla.

Inf.: www.papirus.com

3º.� PoDi application Forum do brasil será em maio A ANconsulting, gestora na América Latina das ações da PODi, organização internacional fo-

cada no desenvolvimento do mercado de impressão digital, informa que o 3º PODi Application

Forum, evento anual promovido pela entidade, será realizado no próximo mês de maio em

São Paulo. Com palestrantes internacionais e mais um conjunto de cases e apresentações

nacionais, o Application Fórum será mais uma vez o grande evento difusor de novas ideias e

aplicações para o mercado de impressão digital e marketing.

Com temas novos, como o da utilização das redes sociais para a criação de produtos impressos,

aplicativos transpromo na prática, sucessos no uso do web-to-print e forte ênfase na formação de vendas e geração de valor, o evento deste ano deverá

reunir uma audiência composta de profissionais de empresas gráficas, de marketing e usuários finais.

Inf.: 11 5093-0734

8 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 9: REVISTA DESKTOP 114

Fique de Olho

Pitstop Professional 09 Pro: novo livro de ricardo MinoruRicardo Minoru, da agência de consultoria Bytes & Types e colaborador da Revista Desktop anunciou o lançamento de mais

um livro focado na pré-impressão gráfica, que se junta à vasta série de títulos do autor.

Trata-se de PitStop Professional 09 Pro: Análise e edição avançada de PDF, o 35º livro de Minoru e que mostra como tirar o

máximo de proveito dos recursos do aplicativo da Enfocus, largamente utilizado por gráficas e designers de todo o mundo.

A obra é ricamente ilustrada e estruturada de forma pedagógica. Assim, os leitores poderão compreender facilmente quais são

os recursos-chave do PitStop e como usá-los em seus trabalhos de fechamento de arquivos. As sugestões e recomendações de

configurações, ajustes nas opções, comandos e recursos foram meticulosamente estudados para a realidade de quem precisa

obter fotolitos ou chapas de impressão offset, ou mesmo impressos a partir das modernas, e tão exigentes quanto, impressoras

digitais comerciais. Um arquivo PDF com amostras do livro pode ser baixado do web site www.bytestypes.com.br ou solicitado

diretamente ao autor ([email protected]).

Inf.: www.bytestypes.com.br

iP brasil comemora 10 milhões de áreas plantadasA International Paper Brasil comemora o plantio de 10 milhões de mudas de eucalipto, realizado no ano anterior (2009),

em áreas próprias e por meio de fomento florestal. A previsão é que sejam plantadas mais de 13 milhões de mudas eu-

calipto neste ano.

A empresa mantém 102 mil hectares de florestas no interior de São Paulo, sendo 24 mil hectares dedicados à conserva-

ção de biodiversidade e matas nativas e mais 72 mil hectares destinados ao cultivo renovável de eucalipto - estes últimos

retêm cerca de três milhões de toneladas de carbono.

Para realizar o cultivo de florestas 100% sustentáveis e renováveis, a empresa possui um sistema de gestão ambiental

que segue a norma internacional ISO 14.001, certificação obtida e mantida desde o ano 2000, e o Cerflor (Programa

Brasileiro de Certificação Florestal, coordenado pelo INMETRO), ambas certificações são atestadas pelo BVC (Bureau

Veritas Certification). Além disso, ao final de 2007, a IP recebeu, após uma intensa auditoria, o Certificado de Custódia do

Cerflor. Essa certificação confirma o respeito que a companhia tem pelos critérios mundiais de sustentabilidade, além de

ser uma garantia para clientes e consumidores, que recebem produtos fabricados de forma sustentável. Em 2009, a IP

também conquistou da certificação internacional OHSAS 18.001, que garante que a empresa estabelece e segue diretrizes nas áreas de saúde e a se-

gurança, proporcionando um ambiente de trabalho seguro e saudável. Em todo o mundo a International Paper exige que suas unidades, distribuídas em

20 países, utilizem os recursos naturais de maneira sustentável. Tanto suas bases de cultivo florestal como suas fábricas de papel e celulose possuem

controles rigorosos para garantir que suas operações contribuam para a conservação do meio ambiente, incluindo flora e fauna, solo, água e qualidade

do ar, além do bem-estar de seus colaboradores e comunidades onde atua.

Inf.: www.internationalpaper.com.br

Goss anuncia novo modelo para sua linha sundayA Goss International anunciou o lançamento de um novo modelo para sua linha de rotativas Sunday. O novo equipamento está adaptado para o mercado

de embalagens e acomoda larguras que vão de 510 a 1095 milímetros e está posicionada pela empresa como um complemento à conversão.

Inf.: www.gossinternational.com

9REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Page 10: REVISTA DESKTOP 114

Fique de Olho

Epson anuncia stylus Pro WT7900 com nova tinta brancaNovidades para usuários da Stylus Pro WT7900 da Epson. A empresa japonesa acaba de anunciar o lançamento de uma nova tinta branca desenvolvida

especialmente para profissionais do segmento de embalagens.

A UltraChrome HDR White Ink é uma tinta profissional, ideal para impressos de alta resolução, que otimiza a performance de densidade e tons para

aplicação do branco, típica do segmento flexo. Suporta uso em vários substratos transparentes ou metalizados.

A Stylus Pro WT7900 é um equipamento de 24 polegadas de largura disponível em configuração rolo a rolo ou para impressão por folha. É um equi-

pamento posicionado para o segmento de provas profissionais e que, com a nova tinta branca da Epson, pode ser usado para provas também para o

setor flexográfico.

Inf.: www.epson.com.br

Coralis anuncia calendário de eventos em 4 cidades do brasilA Coralis anunciou sua nova programação de cursos de treinamento que inclui qua-

tro cidades do Brasil: Blumenau (25 e 26 de maio), Belo Horizonte (23 a 24 de

agosto), Salvador (25 e 26 de outubro) e Porto Alegre (22 e 23 de novembro). Os

primeiros dias de cada curso serão dedicados ao tema Colorimetria, e, os segundos,

ao Gerenciamento de Cores.

Em 2009, a Coralis realizou seu primeiro treinamento em seu Centro de Tecnologia

fora de São Paulo (na cidade de Curitiba).

Os novos cursos refletem o sucesso dessa iniciativa. Durante os treinamentos serão

utilizadas cabines de luz, impressora de prova, software RIP para prova contratual,

monitor profissional, sistemas de madição como espectrofotômetro 530 e Eye-One,

espectros multi-angulares e esféricos.

Além da programação de cursos pelo Brasil, a Coralis também anuncia três novos

cursos em seu Centro de Tecnologia de São Paulo: Gerenciamento de Cores em Artes Gráficas para Embalagens (10 de março), ISO 12.647 (11 de

março) e Criação de ICC com ProfileMaker - Avançado (29 e 30 de abril).

Inf.: www.coralis.com.br

akad lança scanner Contex formato a1A Akad anunciou o lançamento no Brasil do scanner Contex XD 2490 para formato de página A1, o equi-

valente a 863,60x538,80 mm. Destaque para a tecnologia de captura de cor e escalas de cinza, opções

para salvar arquivos em TIFF, JPG e PDF com até 1200 dpi ópticos, ou através do software opcional Next

Image, 9600 dpi interpolados.

Possui interface de comunicação USB 2.0 e velocidade de digitalização de até 3 polegadas por segundo

no modo 400 dpi turbo RGB Color e 10 polegadas por segundo no modo 400 dpi turbo grayscale ou

monocromático.

O scanner XD2490 tem capacidade para digitalizar até 514 formatos A1 por hora

Inf.: www.akad.com.br

10 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 11: REVISTA DESKTOP 114

Economia e ecologia não precisam andar separadas. Pelo contrário, impressões

ecologicamente corretas trazem bons resultados. Ajudam a reduzir custos e geram uma

imagem positiva da sua empresa para o mercado. Seus clientes fi carão cada vez mais

interessados sobre o assunto. Vamos trabalhar juntos para desenvolver soluções

personalizadas: “Pense econômico, imprima ecológico”. www.br.heidelberg.com

Page 12: REVISTA DESKTOP 114

Mercado

Digigraf recebe Prêmio da HPNo mesmo ano em que completa 25 anos, a Digigraf recebeu da HP, da qual é distribuidora de soluções para impressão em grandes

formatos, impressão e impressão digital, o prêmio de destaque pela venda de plotters inkjet na América Latina.

A premiação aconteceu em Puntarenas, Costa Rica, e reuniu revendedores de todos os países latino-americanos.

Inf.: www.digigraf.com.br

ibep Gráfica investe em speedmaster 8 coresA Ibep Gráfica selou uma importante parceria com a Heidelberg na qual acaba de

instalar em seu parque gráfico uma Speedmaster SM 102 configurada com oito

cores e com reversão, que se junta a outros modelos - Speedmaster SM 102 4P, SM

102 8P e CD 102 4+L - em operação na empresa. Além disso, uma nova Speed-

master oito cores já foi adquirida pela gráfica, porém, ainda não chegou à sua linha

de produção.

Segundo Jorge Yunes, diretor da Ibep Gráfica, a decisão pela compra se deu no

contexto da parceria.

“Quando visitávamos a Drupa 2004, vimos a Speedmaster SM 102 em demonstração. Na época, brinquei que a empresa que me vendesse a primeira

máquina iria me vender para sempre. Acho que a Heidelberg entendeu a brincadeira e, então, selamos essa parceria que dura até hoje”, disse Yunes,

que destacou o atendimento pré e pós-venda da companhia alemã. “Só tenho que elogiar os técnicos da Heidelberg, que são realmente muito bem

preparados, e a equipe de vendas, que mantém uma proximidade importante conosco.”

A Ibep Gráfica é uma empresa relativamente nova (aberta em 2004) que pertence ao Grupo Ibep, tradicionalmente uma editora que trabalha com livros

e impressos didáticos.

Além da Speedmaster SM 102, estão presentes no parque gráfico da empresa as impressoras Goss M600 A, duas M600 C e M500, todas máquinas

rotativas que, na época em que foram adquiridas, eram comercializadas pela Heidelberg.

Segundo Yunes, todos os investimentos que vêm sendo realizados pela Ibep Gráfica tem como foco a qualidade. “Não temos medo de colocar uma

máquina que tem capacidade para rodar 50 mil impressos por hora operando para 30 mil impressos por hora somente para assegurarmos a qualidade.

Normalmente, o que se vê no mercado são máquinas operando acima de sua capacidade. Aqui, temos o privilégio de poder fazer o contrário. Qualidade

é nosso foco”, disse.

Hoje, a produção anual da Ibep Gráfica está em torno de 768 milhões de giros com consumo em cerca de 38 mil toneladas de papel.

Inf.: www.ibepgrafica.com.br

Presstek e Konica Minolta: novo gerenteFernando Pimentel acaba de assumir a gerência dos sistemas Presstek e Konica Minolta. Pimentel é executivo da Guten-

berg Máquinas e Materiais Gráficos e, em sua nova função, será o responsável por gerenciar toda a cadeira de produção

gráfica, desde a pré-impressão, impressão digital e acabamento.

Inf.: www.gutenberg.com.br

12 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 13: REVISTA DESKTOP 114

Mercado

EFi e clientes comemoram resultados com tecnologia UVGrande tendência no segmento de impressos industriais, a tecnologia

de cura UV vem ganhando espaço e, para a EFI, vem sendo motivo

de comemorações.

Três grandes empresas do Brasil estão colhendo bons frutos dos in-

vestimentos realizados na tecnologia EFI Vutek.

São elas a Fusão Impressão Digital, em São Paulo, a Fotosfera, no Rio

de Janeiro, e a Big Banner, em Santiago (Chile).

A paulistana Fusão Impressão Digital é uma empresa de impressão de

imagens que utiliza um vasto portifólio tecnológico, desde impresso-

ras solvente, até um de seus mais recentes investimentos, o modelo

QS3200r da EFI Vutek.

Os trabalhos realizados são destinados a PDV, tais como adesivos,

woobler, displays, testeiras e ponta de gôndolas, tags etc. Realiza também trabalhos na área de decoração como papel de paredes, madeira, vidro,

acrílico, aço inoxidável. Ou seja, qualquer mídia, seja rígida ou flexível, faz parte do seu portifólio.

A Fotosfera foi fundada em 1980 pelo imigrante Tcheco Robert Chorovsky. Inicialmente, atuava na área de laboratório fotográfico. Em 1999, a Fotosfera

introduziu no mercado a impressão digital direta em papel fotográfico.

Em 2001 iniciou-se os trabalhos na área de impressão digital em grandes formatos e, desde então, tem sido feito fortes investimentos nessa tecnologia.

A empresa adquiriu uma impressora QS3200r para impressão de projetos sobre lonas e outros materiais diferenciados, como adesivos e tecidos. Conta,

ainda, com outro modelo EFI Vutek, a QS2000, para impressos em mídias rígidas, como chapas de aço, vidros e espelhos.

De Santiago, Chile, a Big Banner aposta no pioneirismo para se destacar. Fundada em 1997, a empresa sempre teve como ponto-chave para o sucesso

o investimento tecnológico e foi assim que inseriu em seu parque gráfico a EFI Vutek QS3200r, a qual permitiu que a empresa ganhasse versatilidade

na realização de trabalhos como campanhas em vias públicas. Isso significou um novo olhar sobre a forma de se imprimir e trabalhar materiais para

pontos-de-venda e sinalização, além de projetos de gigantografia e produção de banners.

Outro fator que influenciou no investimento feito pela Big Banner foi a característica de suas tintas (UV), menos agressivas ao meio ambiente.

Inf.: www.efi.com

suzano anuncia mudanças na estrutura da Unidade negócios com Celulose Com o objetivo de atender os desafios que surgirão com o novo ciclo de expansão, a Suzano anunciou mudanças em sua gerência responsável pelo

Negócio Celulose.

Desde 1º de fevereiro, Leandro Fariello deixou a Gerência de Planejamento e Marketing para responder pela Gerência Executiva de Planejamento Co-

mercial e Operação Ásia e passou também a ser responsável pela definição do mix de vendas por mercado, visando maximizar o resultado de acordo

com as diretrizes estratégicas da unidade de negócio. Leandro será o ponto focal para dar suporte ao escritório da China na estratégia de crescimento

na Ásia. O executivo é engenheiro civil, formado pela USP e possui especialização em Marketing pela ESPM e MBA em Gestão de Negócios pela FGV.

Começou sua carreira como trainee na Rhodia e, depois disso, trabalhou na Alemanha por três anos como Gerente Técnico de Desenvolvimento de

Novos Negócios. Ingressou na Suzano em junho de 2007 onde ocupou as posições de gerente comercial para Mercado Interno e gerente de Marketing.

Adriana Caruso, gerente executiva de Inteligência Competitiva, assumiu a posição de gerente executiva de Estratégia e Marketing e será responsável

pelo planejamento, desenvolvimento e gerenciamento dos planos anuais de marketing e planejamento estratégico e tático da unidade, gerando orien-

tações e planos estratégicos para o negócio.

Inf.: www.suzano.com.br

13REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Page 14: REVISTA DESKTOP 114

No Papel

Jornais: Mudanças e Desafios

O que define a

tecnologia para jornais

no mercado atual? O

que, afinal, pode fazer

a diferença nesse

mercado que passa por

mudanças aceleradas?

Parte 1

14 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 15: REVISTA DESKTOP 114

Dentro do mosaico que compõe o segmento gráfico, sem dúvidas

foi o de jornais o alvo das mudanças mais significativas, principal-

mente no final do século XX. E essas mudanças se arrastam para

a década atual. O que se nota são empresas correndo contra o

tempo para tornarem suas mídias mais competitivas - sobretudo,

diante da concorrência da informação online ou digital.

Muitos, de visão catastrófica, preveem o fim dos jornais a médio

prazo. Outros, se não, a maioria, enxergam no papel uma vida lon-

ga, contudo, com um posicionamento distinto do atual - no caso,

os jornais tornariam-se um tipo de revista diária, com informações

mais aprofundadas, enquanto que o meio digital permaneceria

como uma espécie de fonte de atualização em tempo real, minuto

a minuto.

nova realidadeDiante da nova realidade enfrentada pelos jornais, itens como

cor, qualidade de impressão e segmentação (através de cadernos

regionalizados) tornou-se uma necessidade. Já há algum tempo

falar sobre tais tópicos tornou-se chover no molhado.

Porém, existem outros itens que não são palpáveis - e tangíveis

- mas que, no entanto, também fazem considerável diferença

quando o assunto é competitividade. No caso, esses itens são tec-

nologias implantadas ou na área de produção (impressão/acaba-

mento) ou na pré-impressão (softwares) e que auxiliam as gráficas

de jornais a ingressarem no novo mundo.

“A queda na circulação de jornais é fato no mundo inteiro e não

acredito que a fórmula para recuperar esse declínio seja simples.

Entretanto, vejo que o bom senso é essencial para manter a pre-

sença no mercado: credibilidade da informação, agilidade na dis-

tribuição e redução de perdas ao máximo, ao mesmo tempo em

que a estrutura administrativa deve-se adaptar aos novos tempos”,

disse José Carlos Barone, diretor da Müller Martini do Brasil.

“Os jornais são um negócio lucrativo e viável, mas cada empresa

tem seu modelo, seu nicho de mercado, modelo de gestão e con-

dições únicas; generalizar pode

nos levar a conclusões erradas.

Há dezenas de casos de suces-

so, e outro tanto de fracassos. Só

uma análise individualizada ex-

plica o que aconteceu com cada

jornal; é o que a história nos en-

sina”, analisa Luiz Carlos Baralle,

diretor da T. Janér.

“Em matéria de equipamentos

e tecnologia, realmente existe

sempre uma grande evolução

para as gráficas que imprimem jornal. A cada dia surgem novas

tecnologias e produtos que auxiliam um jornal a aumentar a qua-

lidade dos produtos impressos, diminuir custos com consumo de

insumos e minimizar os desperdícios do processo. Um aumento

constante das demandas ecológicas por preservação do meio am-

biente, aliada à redução de consumo de insumos, como energia,

papel, químicos, tinta, etc, a fim de impedir o esgotamento dos

recursos do planeta, no futuro próximo, faz com que um Jornal es-

teja sempre em buscas de novos equipamentos e tecnologias para

auxiliá-lo a cumprir as normas vigentes e/ou superá-las. Somente

aqueles que têm visão de futuro e estão sempre atualizados quanto

às melhores soluções técnicas disponíveis no mercado é que irão

conseguir sobreviver à competição cada vez mais acirrada nesse

ramo de atividade”, analisa Fábio Pisa, gerente da Technotrans.

Fórmula?Obviamente, não existe uma fórmula pronta a ser seguida. Assim

como nas gráficas convencionais, o que pode servir para um de-

terminado ambiente de produção não servirá, necessariamente,

para outro. Para os jornais, vale o mesmo.

“Claro que não há uma fórmula de sucesso para atingir a lucrati-

vidade. O primeiro passo está no entendimento de que o mundo

está se transformando, o público leitor tem novo perfil e o mercado

publicitário também está diferente. Consequentemente, os jornais

precisam se adequar às novas condições que se mostram a cada

momento. Aqueles jornais que continuarem usando a velha fór-

mula que fez sucesso desde o início do século passado até 15/20

anos atrás, não sobreviverão”, disse Richard Möller, responsável

pelo setor de jornais dentro da Ferrostaal do Brasil.

Para Julio Coutinho, diretor da Q.I. Press Controls América Latina,

alguns casos de sucesso podem servir de exemplo, mas não há

fórmulas prontas. “Existem diversos casos de sucesso recentes no

meio jornal que acho que podem servir de ponto de partida. Um

dos pontos em comum mais marcantes desses casos de sucesso

é, sem dúvida, a diversificação e

exploração de novos nichos de

mercado, de novos públicos lei-

tores. Foi o que fizeram O Lance,

Super Notícias, Metro etc. Explo-

rar os seguimentos esportivos, fo-

focas, policial, público feminino,

público jovem, classe C, além

de buscar alternativas comer-

ciais, como distribuição gratuita,

brindes, e outros. Esses veículos

colheram ótimos resultados e Luiz Carlos Baralle Richard Möller

15REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Page 16: REVISTA DESKTOP 114

ajudaram o meio jornal a crescer nos últimos anos, apesar da con-

corrência com as novas mídias digitais”, disse Julio.

“Há soluções de tecnologia para cada tipo e para cada porte de

jornal. As impressoras são modulares, crescem e se adaptam ao

crescimento do jornal, seja qual for sua necessidade, seja de am-

pliação de páginas coloridas, seja de velocidade. Todas as solu-

ções disponíveis para as impressoras alimentadas por folhas, para

impressão de alta qualidade com rápido tempo de ajuste e re-

cursos de informática estão disponíveis para todas as rotativas de

jornal, seja de que porte forem. Ao mesmo tempo, as soluções de

pré-impressão ou de sistemas de remessa são simples, acessíveis

e cada dia mais eficientes”, disse Julio.

Karl Klökler, diretor da Kalmaq, que representa no Brasil soluções

para impressão de jornais da Wifag e Solna, confirma que não

existe fórmula para o sucesso de um jornal nos tempos atuais, mas

que, sim, é possível dar algumas dicas que indicam caminhos.

“O fundamental para que um jornal seja lucrativo e viável é for-

necer informações sérias e ver-

dadeiras aos seus leitores, trazer

informações atualizadas tanto

econômicas, políticas e culturais

ao seu público e principalmen-

te conseguir em seu território a

necessária publicidade para sua

sobrevivência. A modernização

dos parques gráficos com a con-

sequente melhora da qualidade

de impressão foi um dos grandes

avanços dos jornais nos últimos

anos. Na atualidade, o leitor não mais aceita produto de baixa qua-

lidade e que não seja impresso a cores. Portanto a grande maioria

dos jornais é hoje em dia apresentada com cores em praticamente

todas as páginas”, disse Karl.

Para Vitor Dragone, diretor da

Goss International Brasil, “os

jornais devem apresentar alter-

nativas de diferentes produtos

impressos aos seus leitores e

clientes, como produtos refilados

e grampeados como se fossem

revistas e ainda investir em pro-

cessos UV, que possuem menor

custo inicial, e/ou heatset com

forno secador a gás. Com isso,

aumenta-se a gama de produtos,

diversificam-se os jornais com suplementos comerciais rentáveis e

criam-se produtos para terceiros, não só na linha jornal ou revista,

mas em encartes comerciais para lojas, supermercados etc., pro-

porcionando à empresa um nova linha de receita”, disse.

MudançasHouve mudanças, sem dúvidas. Hoje, o segmento de jornais não

é o mesmo de poucos anos atrás.

“É preciso entender as mudanças pelas quais passam seus mer-

cados leitores e reinventar seus modelos de negócios em torno

do produto jornal. Há inúmeros casos de sucesso com modelos

de negócio completamente diferentes: jornais populares, diários

gratuitos, especialização em nichos específicos, com vendas pa-

ralelas de outros produtos, com ofertas combinadas com outras

plataformas de mídia etc.”, analisou Richard.

Especificamente sobre produção gráfica, Richard destaca algo

que não se vê, mas se sente: a eficiência. “Eficiência é vital para

a saúde financeira da empresa. Qualquer esforço de marketing e

estratégia de mercado pode ir por água abaixo se os custos da grá-

fica não forem otimizados. Uma rotativa com cut-off inapropriado,

que gere altos desperdícios ou que não gere receita extra para a

empresa, provavelmente será o suficiente para fazer com que essa

empresa não feche seus números no azul”, disse.

“A introdução de novas tecnologias se aplica tanto aos pequenos,

quanto aos médios e grandes jornais. Na última década foram

grandes os avanços tecnológicos na área de jornais, o que por sua

vez trouxe ao público leitor o benefício de receber um produto de

qualidade e não simplesmente um informativo genérico”, afirma

Karl, que complementa: “Assim como a televisão a cores ameaçou

em sua época o mercado de revistas, a Internet tem sido indica-

da como séria ameaça aos jornais. O que se vê na atualidade é

Vitor Dragone

Karl Klökler

O segmento de jornais foi, sem dúvidas, o alvo das mudanças mais significativas, principalmente no final do século XX

16 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 17: REVISTA DESKTOP 114

Transformamos papel.nsformamos papel.Transformamos vidas.

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Page 18: REVISTA DESKTOP 114

impressoras de jornais estão cada vez mais rápidas e produtivas e,

portanto, precisam de um sistema de alimentação automática de

tintas com sensores e válvulas eletro-pneumáticas que monitoram

os níveis de tinta nos tinteiros e fazem o abastecimento automático

da tinta, garantindo que nunca vai faltar tinta durante a impressão.

Sistemas de monitoramento de consumo e do nível de tinta nos

tanques de armazenagem dão total controle sobre os custos com

a tinta, permitindo inclusive que as gráficas possam acompanhar

o consumo de tinta por trabalho, por turno etc., dando maior con-

trole e transparência para a tomada de decisões e para identificar

problemas e deficiências, antes que elas comprometam todo o

processo”, afirma Pisa.

Para Dragone, a Internet, ao invés de ser uma ameaça, é um ve-

ículo que abre oportunidades novas aos jornais. “A Internet gera

oportunidades aos jornais e aos meios impressos também. Cabe

aos empresários se posicionarem se querem ser impressores ou

simplesmente distribuir seus produtos eletronicamente. O que

está acontecendo nos Estados Unidos, por exemplo, é que os

jornais estão transferindo suas plantas impressoras para gráficas

comerciais, e outros estão diversificando seus parques gráficos

ampliando sua gama de produtos impressos e até imprimindo jor-

nais de outras empresas.”

“A segmentação e a persona-

lização exigiram uma grande

base tecnológica para adaptar

o que comodamente chamáva-

mos de veículos de massa. Tanto

a produção quanto a logística e

distribuição vêm sendo aperfei-

çoadas para atender a um leitor

mais exigente e a uma crescente

concorrência digital. Vejo que a

publicidade impulsionou muitas

novidades nesse sentido e des-

pertou o leitor para a possibilidade de ter nas mãos conteúdo mais

adequado ao seu perfil e suas necessidades”, falou Barone.

“Na verdade, o jornal é um pro-

duto lucrativo e viável. Claro que,

não diferente de outras indús-

trias, também passa por mu-

danças, e naturalmente precisa

se adaptar aos novos modelos

de mercado. Se olharmos em

volta, muitas das indústrias que

por anos tiveram seu processo

estável e previsível, também es-

tão passando por um processo

cíclico de renovação. Vejam o

José Carlos Barone

Fernando Campião

uma convivência entre as duas

mídias e certamente pode-se

afirmar que haverá uma convi-

vência harmoniosa entre ambas.

Somos da opinião de que uma

complementa a outra. Certamen-

te os jornais já estão e continu-

arão a necessitar de criatividade

e atualização para que possam

enfrentar a convivência com a

Internet. Praticamente todos os

jornais possuem seus canais de

internet, porém, já existem situações em que empresas atuantes,

especificamente na área de internet, estão migrando também,

hoje em dia, para a mídia impressa.”

Para Julio, depois do offset, sem dúvida nenhuma a grande revo-

lução é a digitalização dos processos. “O Desktop Publishing, os

CtP, o uso da Internet para enviar os arquivos e fotos e a automa-

ção dos processo de impressão (Registro, Corte, Tinteiros) etc., em

muito contribuíram para reduzir custos e aumentar a qualidade.”

Para Baralle, os jornais passaram por duas grandes e significativas

revoluções. A primeira, na década de 70, quando ocorreu a con-

versão para as rotativas offset, trazendo maior velocidade e cores

aos impressos e, a segunda, nos anos 80 e 90, com a informatiza-

ção. “A informática e a Internet deram uma enorme velocidade na

pré-impressão; redes de computadores, tratamento de imagens,

infográficos, gravação de chapas com sistemas CtP, propiciaram

reduções expressivas de custo e fechamento de redações cada

vez mais tarde, de modo a tornar o veículo jornal mais atualizado,

com informações impressas cinco ou seis horas antes de chegar

às mãos do leitor”, afirmou.

Fábio Pisa cita outro exemplo específico de mudança que poten-

cializa a produção em jornais de todo o mundo e que influencia

diretamente nas demandas modernas de produtividade. “O sistema

de alimentação e bombeamento de tintas que antigamente usava

bombas elétricas a engrenagem em um sistema de circulação cons-

tante, foi trocado por sistemas de

bombeamento que utilizam bom-

bas pneumáticas ou hidráulicas

que somente operam no momen-

to em que é necessário abaste-

cer os tinteiros das impressoras,

reduzindo significativamente o

consumo de energia”, disse.

Destaca, ainda, o advento que as

novas tecnologias incorporadas

nos modelos novos de impresso-

ras traz ao mercado. “As novas

Julio Coutinho

Fabio Pisa

18 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 19: REVISTA DESKTOP 114

que tem ocorrido com a automobilística, de energia, de computa-

dores, livreira, e outras. Eu creio que a dificuldade do jornal, hoje,

é planejar o futuro sem ter uma definição clara de por onde essa

informação irá fluir. Se de forma digital, numa tela de computador,

numa tela de iPad, numa tela digital qualquer ou se continuará no

papel jornal. Eu, pessoalmente, creio que haverá espaço por um

bom tempo para a convivência desses meios. E de uma coisa te-

nho certeza: os jornais continuarão a ser o melhor e mais confiável

meio de gerir informação, independente da forma como essa infor-

mação será divulgada”, analisou Fernando Campião, responsável

pela área de jornais na Agfa.

CurvaMudanças, sim. Decadência, não. As tecnologias modernas es-

tão potencializando novos títulos que, por sua vez, destinam-se

a novos públicos. Isso é possível graças a prazos de produção

menores, com a eliminação de várias etapas do processo, e à

digitalização de diversos itens - o filme, sendo substituído pelos

arquivos digitais.

Dessa maneira, os conhecidos dead lines que alvoroçavam as

redações e a produção dos jornais ganharam novos atores. Por

exemplo, pode-se, hoje, inserir mais facilmente anúncios ou mes-

mo gerenciar anúncios diferentes para cadernos distintos.

“A indústria jornalística está em transformação, e não em deca-

dência. Períodos de mudanças trazem novos desafios e novas

oportunidades. Veremos jornais tradicionais fechando as portas,

mas vemos também uma série de novos jornais sendo lançados e

novos modelos de grande sucesso”, disse Richard Möller.

Especificamente quanto à Internet, Baralle mostra-se convicto de

que a mídia digital não acabará com o impresso em papel, mas

que exigirá deste alguns ajustes para atender a um novo perfil de

público. “Ao longo da história as mídias se ajustaram, se não fosse

assim o rádio AM já teria desaparecido. A capacidade de os jornais

se ajustarem e se modernizarem já foi mais do que demonstrada

com ações no dia a dia. Basta acompanhar os produtos; encartes

de revistas com excelente acabamento, sobrecapas com publici-

dade ou com destaque de algum evento, suplementos dirigidos a

segmentos de negócios, jornais populares atraentes ao leitor e de

baixo custo, enfim, não faltam aos bons jornais iniciativas para es-

timular seus leitores”, disse. “O grande desafio é cultivar o hábito

de leitura de jornal no jovem, mas isso não se restringe apenas

aos jornais; vale para qualquer produto impresso, livro, jornal ou

revista. Como isso vai evoluir, o tempo dirá, e os jornais estarão lá

adiante presentes em nossas vidas.”

“Hoje, a eficiência de qualquer empresa está na sua capacidade

de atender da melhor forma o seu cliente. Logo, dependendo do

perfil do jornal, naturalmente diferentes soluções tecnológicas são

necessárias para atender a essa necessidade. Todos os jornais

hoje, independente do porte, precisam manter a credibilidade do

seu conteúdo, qualidade de impressão e eficiência na entrega. O

que basicamente diferencia um jornal grande de um pequeno é a

capacidade de produzir um maior número de cópias ou títulos por

dia, logo, essas diferentes demandas industriais exigem diferentes

soluções”, disse Campião.

Quanto à concorrência enfrentada frente aos veículos eletrônicos,

Campião analisa: “É um tipo de concorrência que, ao mesmo tem-

po, prejudica e não prejudica os jornais impressos. Depende de

como o jornal reage à existência de mais um meio de comunica-

ção. O jornal já sofreu a previsão de destruição e total extermínio

quando o rádio nasceu, quando a televisão nasceu e agora quan-

do a internet nasce. Não diferente dos outros momentos, creio que

o jornal vai manter o seu espaço. Claro que a Internet é uma forma

incrível de trafegar, divulgar e consultar informações, fora outras

inúmeras vantagens. Naturalmente, vivenciamos um momento em

que precisamos ter qualidade de informação, e não só quantida-

de. Assim, quando falamos em qualidade, o jornal, sim, é um dos

meios de maior credibilidade”, disse. “Neste momento, creio que

os jornais deveriam estabelecer uma forma, padronizada, de po-

der receber o valor justo por essa qualidade de conteúdo, pois não

é justo que o leitor pense que isso possa ser gratuito.”

CtPPara muitos, o CtP tornou-se uma commodity. Mas é fato que ain-

da existem muitos jornais, sobretudo os de grande porte, que ini-

ciaram tardiamente a digitalização da etapa de gravação chapas.

Contudo, isso não significa que o mercado não ofereça tecnologias

de vários fabricantes para atender a essa demanda.

A Kodak, herdeira da tecnologia de CtP Creo, por exemplo, dis-

ponibiliza especificamente para o segmento de jornais três linhas

de equipamentos: a GenerationNews, com tecnologia de gravação

térmica e velocidades que vão de 200 a 300 chapas/hora e con-

figuração para até quatro cassetes, o que assegura produtividade

Não existem fórmulas para o

setor de jornais se reinventar.

19REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Page 20: REVISTA DESKTOP 114

para impressos em maior volume; a VioletNews, com tecnologia de

gravação violeta para até 60 chapas/hora e sistema de alimenta-

ção automático; e a consagrada linha TrendsetterNews, disponível

em várias configurações que incluem 80 a 150 chapas/hora para

lineaturas de 1200 a até 2540 dpi.

Já a japonesa Screen, representada no Brasil pela T&C, desta-

ca para o segmento de jornais o CtP PlateRite News 2000S, um

equipamento compacto com uma alta produção, equipado com

64 diodos laser para até 84 chapas/hora e avançado sistema au-

tomático de pinça que utiliza pinças fixas e móveis para fixar as

bordas da chapas no cilindro e garantir confiabilidade e uma alta

precisão de registro.

Ainda dentro do campo dos CtP, porém, referente a chapas, a IBF

disponibiliza a chapa de fabricação nacional Million, um produto

de natureza térmica que não necessita de pré-forno e uso permite

baixo consumo de água, entintamento rápido e economia no pa-

pel, nas máquinas rotativas. A chapa é adequada para todos os

tipos de Platesetters térmicos 830 nm.

A Kodak também possui linhas de chapas voltadas para jornais.

Entre elas, a Thermal News Gold, uma chapa negativa que pode

atingir lineaturas de até 200 lpi; a Violet News, também com o

mesmo padrão de lineatura; e a PF-N, para trabalhos com linea-

turas entre 175 e 200 lpi, e que permite tiragens de 20 mil a 100

mil impressos.

Tinta e papelPor mais que muitos ainda enxerguem o jornal como um tipo de

impresso que não exige um depuro muito grande de qualidade, o

fato é que muitas gráficas e empresas estão apostando na quali-

dade visual para atrair e fidelizar leitores.

Sendo assim, se faz necessária uma importante parceria com a

tecnologia das rotativas existentes nesses parques gráficos para

que essa qualidade se torne viável.

No Brasil, têm-se vários players importantes quando o assunto é

rotativas.

Tradicional fabricante com presença em vários países, a KBA pos-

sui para jornais a linha Compacta em diferentes configurações,

entre elas, as Compacta 215 e Compacta 217, equipamentos que

primam pela automação de processos e pela alto produtividade, o

que é possível graças ao sistema KBA LogoTronic que inclui vários

módulos para controle e automação, como o EasyTronic, para se-

tagem de funções e configurações dos impressos, além de com-

patibilidade com os padrões CIP 3 e 4; o sistema PressWatch para

monitoramento do processo de impressão, como entrada de da-

dos, controle de erros e funcionamento da impressora, resultando

num controle abrangente que minimiza contratempos e melhora a

qualidade geral dos impressos.

Fazem parte, ainda, das tecnologias de automação dos processos

na linha KBA Compacta o PlateTronic para troca automática de

chapas; e o ErgoTronic, que abrange toda a tecnologia de console

de impressão dos sistemas de rotativas da empresa.

Ainda da linha Compacta existe o modelo 318 para formato 24

páginas e que conta com dois consoles para setagem de padrões

de impressão e monitoramento; Compacta 408, para formatos que

vão do 32 a 40 páginas e velocidade de 60 mil impressos/hora; e a

Compacta 418/618/818, um equipamento com cilindro de dupla

circunferência cujo padrão de formato se adapta uso de 32 até

80 páginas, contando com velocidade máxima para até 80 mil

impressos/hora (Compacta 818).

Outro tradicional fabricante com grande presença no mercado

brasileiro é a Goss, que, recentemente, abriu uma filial no país -

antes, as impressoras Goss eram comercializadas pela Heidelberg

na América Latina inteira em virtude de um acordo internacional.

Entre os maiores destaques da empresa está a Goss Community

com forno secador, que já possui instalações em jornais como El

Siglo e La Estrella (Panamá) e no Grupo Sinos (Novo Hamburgo,

20 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 21: REVISTA DESKTOP 114

RS, no Brasil). É um equipamento ideal para trabalhar com tira-

gens médias ou pequenas, mas que possibilita também a produ-

ção de trabalhos semi-comerciais. Ou seja, oferece a tão aclamada

flexibilidade que, muitas vezes, abre novos leques de opções de

trabalhos para as gráficas editoriais.

A T. Janér representa no país a Pressline India, que disponibiliza o

modelo Pressline 20, que possui configuração em torres de duas,

três o quatro unidades e que prima pela simplificação de alguns

recursos por meio de automação, como lubrificação automática,

sistema de clamping simplificado, sistema de blanqueta configu-

rado para oferecer maior segurança no momento da montagem,

e jogo de cilindro/blanquetas com ajuste dinâmico para assegurar

boa performance durante a impressão através de baixa vibração e

menor presença de sujeiras.

Possui sistema de tinteiro e dampening com alimentação contínua

de tinta e ajuste de performance em equilíbrio com a velocidade

do equipamento, o que assegura qualidade visual nos impressos

constante. Possui, ainda, unidade Colour Satellite que permite o

uso de uma cor extra com maior facilidade.

Outros modelos da família são a Pressline 30, a Prima e a Prizer.

Conhecida do setor de acabamento, a Müller Martini não fabri-

ca apenas máquinas para finalização de impressos, mas também

soluções que complementam a produção de impressos para dife-

rentes segmentos, incluindo o de jornais. Destaque para os siste-

mas Alphaliner, SLS e ProLiner.

A Alphaliner é um sistema de inserção de cadernos e encartes

em jornais cujo benefício recai justamente na segmentação des-

ses veículos (uma tendência incontestável em todo o mundo) e

na junção entre os jornais impressos e veiculação de anúncios.

Além de processar uma gama de formatos muito grande, é a única

encartadeira capaz de processar encartes mais largos que a folha

principal. Até 30 produtos podem ser inseridos, com um a capaci-

dade máxima de operação de 18 mil cópias/hora. Também permi-

te endereçamento automático da folha principal de malas-diretas.

Além disso, conta com sistema de impressão inkjet que permite a

etiquetagem em linha de capas de malas-diretas ou folhas princi-

pais, em um ou nos dois lados.

Outro destaque, ainda entre os sistemas de inserção de encartes,

é a ProLiner, configurada para atender demandas individuais de

empresas jornalísticas de todos os portes. Graças à arquitetura de

sistema aberto, o ProLiner pode ser expandido de forma flexível.

Atende às exigências de salas de expedição complexas, tais como

zoneamento, regionalização e o número crescente de seções pré-

impressas ou encartes. O sistema de inserção convence nestas

situações através de qualidade, flexibilidade e segurança. Com o

ProLiner, as empresas jornalísticas contam com uma solução que

leva em consideração, na prática, os requisitos mutáveis e que

também representa investimento seguro.

Também faz parte desse portifólio a SLS3000, que destaca-se pelo

design que, através de seu sistema de bolsas e à alta eficiência e

versatilidade dos alimentadores, produtos leves com apenas pou-

cas páginas podem ser produzidos com a mesma facilidade que

as volumosas edições dominicais com até 1.200 páginas tablóide.

Seu design também permite que o equipamento seja configura-

do com um ou dois rolos, para velocidades de 32 mil ou 64 mil

exemplares/hora.

A SLS3000 utiliza tecnologia de servo-acionamento na qual os ali-

mentadores podem ser desligados e ligados facilmente durante a

21REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Page 22: REVISTA DESKTOP 114

produção e sincronizados com as bolsas de inserção. Os alimenta-

dores permitem regulagens escalonadas, são simples de operar e

podem ser ajustados com a máquina em plena produção.

A Ferrostaal oferece ao mercado diversas soluções sob medi-

da para as várias possíveis características de produtos a serem

impressos. Como exemplos, podem ser citados três modelos de

destaque: a Manugraph Hiline Express (vertical, com sistema en-

tintador comercial), a Cityline Express UV e a ColorMaster BT-5000

(horizontal, heatset) de sua nova representada, a fabricante japo-

nesa TKS.

A Manugraph Cityline Express UV é uma rotativa de impressão

vertical com sistema de cura UV. Essa versão do modelo de grande

sucesso da marca – a Cityline Express – permite uma fantástica

relação qualidade/custo de produção para aplicações semi-co-

merciais em papéis revestidos (como LWC), tais como tablóides

e encartes para o segmento varejista, além de revistas de baixa

complexidade. Já a rotativa comercial ColorMaster BT-5000 possui

16 páginas é um dos destaques da TKS, por sua alta performance

e qualidade de impressão.

Entre usuários que hoje dispõem de sistemas Manugraph em

operação em seus parques de produção estão o Correio da Bahia

(com CItyline Express), Diário do Pará (Manugraph DMG 430 com

cinco torres), Grupo RBS/Zero Hora (com a DGM Advantage II), o

Jornal de Jundiaí (Cityline Express com controle de entintamento e

registro remotos), O Dia (também com a Cityline Express), Tribuna

do Norte (Prime UV e Cityline Express) e O Sul/Rede Pampa (Ma-

nugraph Newsline formato 40 páginas).

Detalhes que fazem a diferençaExistem componentes ou sistemas que, acoplados à linha de pro-

dução de rotativas, permitem que as gráficas de jornais obtenham

não somente impressos de melhor qualidade visual, como tam-

bém atuam diretamente em alguns pontos críticos da impressão,

como controle de consumo de tinta, registro, cor etc.

A Q.I. Press Controls fabrica sistemas de automação de processos

de impressão. Controlamos automaticamente Registro, Corte e ali-

nhamento de banda, Fan-Out e Cor. Um dos principais sistemas

é o Controle automático de Registro mRC+, que elimina o desper-

dício de ajuste de máquina, colocando a rotativa em registro em

até 150 revoluções. O mRC é um sistema de registro de corte e

cores totalmente automático para prensas Rotativas off-set. Uma

câmera digital com um microprocessador integrado garante que

os dados medidos sejam processados em tempo real. A câmera

pode usar tanto a Imagem impressa quanto as micromarcas de

registro como sua referência. Quando opera no modo “sem mar-

cas”, o mRC usa os dados digitais TIFF como referência.

Entre seus recursos principais, destacam-se a possibilidade de se

trabalhar com registro de cores na direção circunferencial de uni-

dade de impressão à unidade de impressão (unidade a unidade) e

com registro de todas as cores em todas as direções, relativa uma

à outra (cor a cor), trabalhar com registro de corte, de seção de

banda usando uma barra transversal, possibilidade de trabalhar

com ou sem marcas e realizar processamento dos dados obtidos

diretamente na unidade da câmera. Inclui ainda uma operação

simples por meio de um monitor TFT touch screen, realização de

correções automáticas, gerenciamento inteligente de qualidade

por meio de emissão de relatórios periódicos, e controle de es-

pelhamento que garante que frente e verso da página impressa

estejam perfeitamente alinhadas.

A Technotrans disponibiliza uma linha de sistemas de preparação

de solução de molha (geladeiras) das linhas gamma.d ou delta.d

que são imprescindíveis nos dias de hoje e que acompanham a

maioria das novas impressoras, dos mais importantes fabricantes

de impressoras para Jornal, como manroland, KBA, Goss, Manu-

graph etc.

Os sistemas de preparação de solução de molha da technotrans

fazem o controle da temperatura da solução de molha e a mantém

22 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 23: REVISTA DESKTOP 114

refrigerada na tem-

peratura ideal para

a impressão e tam-

bém fazem a dosa-

gem de solução de

fonte tudo de forma

automática e muito

precisa, facilitan-

do o trabalho dos

operadores. Os sis-

temas technotrans

controlam o pH e a

condutividade e fa-

zem a dosagem dos químicos na medida exata, reduzindo assim

os custos com os insumos, durante o processo.

Já os sistemas de lavagem automático de blanquetas e cilindros

de impressão da linha contex.mb, foram desenvolvidos especial-

mente para as impressoras de jornais ( coldset). O Contex.mb

utiliza uma pequena escova móvel e fina para realizar a limpeza

de forma econômica e eficaz, para um processo totalmente auto-

mático. O sistema de lavagem utiliza água quente e solvente para

aumentar a eficiência do processo de limpeza, realiza a eliminação

automática do solvente depois de usado, faz a limpeza através de

uma escova móvel e fina e pode ser instalado em impressoras de

largura simples, dupla ou tripla.

Os sistemas de spray.bars para pulverização das solução de mo-

lha são compostos por dois sistemas: o micro.spray e delta.spray,

dispositivos que fazem a transferência da solução de molha por

um sistema de alta pressão e freqüência controlada, permitindo

que a solução de molha seja transferida para os cilindros através

do comando individual de cada bico injetor, conforme a velocida-

de e necessidade de cada trabalho de impressão. Esses sistemas

utilizam o princípio da auto-limpeza dos bicos injetores, uma vez

que trabalham pressurizados sob alta pressão, reduzindo a zero

a possibilidade de entupimento dos injetores. A cada partida da

impressora o sistema de spray.bar realiza um ciclo de lavagem dos

cilindros, fazendo com que a limpeza ocorra muito mais rápido e o

desperdício de papel e tinta a cada partida seja reduzido significa-

tivamente, diminuindo assim os custos de impressão de um jornal.

Quanto mais partidas em um dia, sejam elas a frio ou quente (cold

start ou warm start ) maior será a economia proporcionada pelo

sistema de spray.bar.

Filtragem - Ainda da Technotrans têm-se os sistemas de filtragem

fina da solução de molha que aumenta significativamente a vida

útil da dessa solução e reduz os custos com compra de solução

de fonte e aditivos. Além da redução de custos, os sistemas de

filtragem fina melhoram a qualidade de impressão pois ajudam

a estabilizar o ph e a condutividade da mistura, pois retiram da

solução de molha as impurezas e contaminantes gerados durante

o processo de impressão, como papel, óleo, tinta, resíduos de sol-

vente de lavagem de blanquetas etc.

Com um sistema de filtração fina é possível permanecer por vários

meses com a mesma solução de molha sem a necessidade de tro-

ca ou limpeza dos equipamentos, apenas completando o sistema

com a quantidade consumida no processo.

A solução completa de filtragem da Technotrans inclui o sistema

beta.f, equipamento compacto de filtragem que filtra e limpa conti-

nuamente a solução de molha através de um sistema em by-pass;

hydroflow, sistema de filtragem fina da solução de molha através

de um filtro tipo banda, que oferece mais qualidade na filtração,

maior área de filtragem e proporciona aumento considerável da

qualidade no processo de impressão; spin.clean, ideal para as im-

pressoras rotativas que geram uma grande quantidade de sujeira

e contaminação da solução de molha.

Com o sistema spin.clean as gráficas que imprimem jornal podem

ter acesso a uma solução inovativa e única, que não utiliza filtros

nem consumíveis. Um sistema de centrífuga que gira em alta ro-

tação faz a separação dos contaminantes com óleo, tinta, papel,

detergente de lavagem de blanquetas, etc da solução de molha.

Ao final a solução de molha limpa segue de volta para o sistema

de circulação da solução de molha e a sujeira juntamente com os

contaminantes são enviadas a um tanque de armazenagem para

ser eliminada.

Além disso, existe o sistema delta.f que trabalha especialmente

em conjunto com spray.bars e recupera a solução de molha re-

sultante do reflexo e/ou de retorno. É um equipamento que utiliza

o princípio de filtragem de fluxo transversal altamente eficiente,

com a qual se pode, por exemplo, melhorar significativamente as

condições para o emprego de dispositivos de umedecimento por

pulverização, como o micro.spray e delta.spray.

Blanquetas - Na área de blan-

quetas, a Day Brasil possui em

seu portifólio a Printec 063, que

se destaca pela tecnologia de

compressibilidade, alongamen-

to e resistência, utilizando três

lonas e uma carcaça de grande

estabiliade, camada compressí-

vel modificada e uma cama de

face especialmente calibrada,

permitindo, em seu conjunto,

uma maior transmissão de tinta e capacidade de suportar troca de

formatos de impressão. Conta com espessura de 1.70 milímetro e

alongamento máximo de 2%.

23REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Page 24: REVISTA DESKTOP 114

Dicas & Truques

Criando uma embalagem de bombom

A perfeita integração

entre o Photoshop e

Illustrator permite total

versatilidade tanto na

elaboração, como na

finalização de uma

criação ou projeto. Nesta

versão CS4, em ambos

aplicativos encontramos

o efeito 3D que facilita,

e muito, a elaboração

de ilustrações que

requerem profundidade.

Veja neste tutorial a

utilização de algumas

dessas técnicas

Por Getulino Pacheco

24 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

Page 25: REVISTA DESKTOP 114

Criando uma

embalagem de bombom

Comecei no Illustrator, dese-

nhando as formas gerais do

bombom, mas já imaginan-

do como ele ficaria quando

embrulhado.

Usei, nesta etapa, formas duras

e chapadas. No mesmo arquivo,

criei o papel da embalagem com

uma proporção que envolvesse

toda a forma do bombom dese-

nhada anteriormente. O papel

da embalagem deve ficar no

último layer e todas as demais

formas criadas na elaboração do

bombom devem estar em layers

individuais.

Uma vez tendo todos ele-

mentos em seus respectivos

layers, exportei o arquivo para o

Photoshop.

Ao exportar o arquivo é im-

portante verificar se, no painel

de exportação, a função Write

Layers está ativada.

Em seguida, cliquei sobre o olhinho

do layer do papel para ocultar sua

visualização. Achatei as demais

camadas e salvei uma cópia desse

arquivo. Com o layer do papel ati-

vado, em Filter > Distort, apliquei

a opção Class, criando distorções

sobre uma imagem como se ela

estivesse sendo observada através

de uma lente de vidro. Mas, para

Essa opção é fundamental para

que os layers sejam preservados

ao abrir o arquivo no Photoshop

- e é justamente o que queremos

neste caso.

isso, o filtro precisa ter uma referên-

cia em preto e branco para fazer as

distorções nas áreas certas. A refe-

rência usada para esse caso foi a

cópia do arquivo salva anteriormen-

te. Nas opções do filtro, ativei, em

Texture, a opção Load Texture para

poder inserir a referência da cópia

no filtro.

Abrindo o arquivo no Pho-

toshop, criei uma máscara de

opacidade no layer que conti-

nham os detalhes mais escuros

da forma do bombom. Com um

brush suave carregado com

preto, suavizei um dos lados da

forma. Em seguida, criei outra

máscara no layer dos detalhes

brancos e fiz o mesmo processo.

Passo 1

Passo 3

Passo 2

Passo 4

25REVISTA DESKTOPfEVEREIROmARçO2010

Page 26: REVISTA DESKTOP 114

Em Distortion e Smoothness

fiz os ajustes necessários ob-

servando o preview do painel

e dei Ok.

Obs: Não altere a porcenta-

gem de Scaling para não me-

xer na posição da distorção.

Ativei novamente a visualiza-

ção do layer do topo e apliquei

sobre ele o Blending Vivid

Light.

Isso fez com que as dobras do

papel ganhassem um brilho.

Depois, fiz uma cópia do layer

do bombom e posicionei o

layer do papel entre o layer do

bombom e a cópia.

Desliguei a visualização do layer

do topo. Posicionei o cursor en-

tre o último layer e o layer do pa-

pel e, quando esse cursor mu-

dou a forma, cliquei. A imagem

do papel foi inserida no contor-

no, criando uma máscara.

Pode-se conseguir ainda um

efeito um pouco mais realista

aplicando o Filter Plastic.

Faça uma outra cópia do bom-

bom e coloque-a no topo dos

layers e, em Filter > Artistis,

aplique a opção Plastic. Se

quiser, ainda, aplique no layer

o Blending Overlay e a imagem

irá ganhar uma iluminação

bastante interessante.

Acima, o resultado final.

Passo 5

Passo 7

Passo 6

Passo 8

26 REVISTA DESKTOP fEVEREIROmARçO2010

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