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CONSOLIDAÇÃO DA PAZ NO CENTRO DAS ATENÇÕES OMBUDSMEN AFRICANOS Provedoria de Justiça com novas instalações SME Expulsos cerca de 100 estrangeiros ilegais/semana Provedoria estende-se ao interior do país Nº 0_ Junho, Julho e Agosto de 2013 Coordenador: Manuel da Costa Propriedade: Provedoria de Justiça >> >> >> de Justiça Revista de Informação Geral TJIPILICA Na reunião dos Sábios PROVEDORIA

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CONSOLIDAÇÃO DA PAZ NO CENTRO DAS ATENÇÕES

OMBUDSMEN AFRICANOS

Provedoria de Justiça com novas instalações

SMEExpulsos cerca de 100 estrangeirosilegais/semana

Provedoria estende-se ao interior do país

Nº 0_ Junho, Julho e Agosto de 2013 Coordenador: Manuel da Costa Propriedade: Provedoria de Justiça >> >> >>

de JustiçaR e vis t a de Infor mação Geral

TJIPILICANa reunião dos Sábios

PROVEDORIA

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Provedoria de Justiça

Entrevista

>>

A Provedoria de Justiça de Angola conta, desde Agosto do ano pas-sado, com novas instalações, o

que permitiu o surgimento deste meio de comunicação institucional para in-formar e formar os cidadãos.Trata-se da Revista Provedoria de Jus-tiça - que vai servir de espaço de análise e diálogo importante entre o cidadão e o Provedor, informando as actividades da instituição, bem como violações dos direitos fundamentais e demais relatos pertinentes.Depois da inauguração da sede, à Cida-de Alta, o departamento de comunica-ção confrontou-se com uma proposta para a materialização deste meio de comunicação. Das ideias à prática, assim foi a trajec-tória de cerca de seis meses de trabalho árduo, com a principal tutela, de uma equipa que conseguiu entender quão importante é o surgimento deste pro-jecto que hoje se torna uma inquestio-nável realidade. Sem desconsiderar outros profissio-nais, falo concretamente do Coordena-dor da Revista, o Dr. Manuel da Costa, que granjeou, desde então, um respei-to e notabilidade devido ao tempo que tem disponibilizado para coordenar a revista e variados projectos.Apraz-me também apresentar este veí-culo de comunicação social de tamanha importância para os funcionários da Provedoria de Justiça, em particular, e para o público, em geral, sendo uma instituição bastante importante para o país e o continente.Neste sentido, cabe-me referir, igual-mente, que estamos num ano declarado como o ano do Dinamismo e da Eficácia no atendimento aos que procurarem os

serviços da nossa instituição.Esta instituição de defesa dos direitos do cidadão vai, através do Provedor de Justiça, assegurar a garantia das liber-dades e dos direitos dos cidadãos, de-nunciando os abusos que têm sido alvo.Ciente da responsabilidade do Prove-dor de Justiça, de ir ao encontro do cidadão, salvo em ocasiões delicadas e obedecendo ao estabelecido no Código Genético do Ombudsman, nomeada-mente, acessibilidade, celeridade, in-formalidade e sigilosidade, este perió-dico vai ajudar a interligar o cidadão e o Provedor.Este meio de comunicação estará à dis-posição dos cidadãos para ajudar na promoção e defesa dos seus direitos, li-berdades e outras garantias individuais do cidadão que vê o seu direito lesado pela administração pública e não só.O cidadão poderá informar-se não ape-nas sobre as actividades da instituição, mas também, sobre o andamento da Justiça no país e no continente africa-no.A Cidade Alta, agora tem recebido pes-soas provenientes de todos os pontos de Luanda, apesar de ser uma zona de fraco acesso do cidadão suado das di-ficuldades. A Provjus trouxe uma vira-gem na vida de muitos angolanos e está a facilitar o intercâmbio com os demais países africanos.Portanto, agradecemos à equipa que trabalhou nesta edição, que conside-ramos o alicerce para a construção da comunicação institucional da Provjus, permitindo, concomitantemente, vi-sualizar os próximos desafios...

F.G.

Gené

rico Propriedade:

Provedoria de Justiça de AngolaCoordenação: Gabinetede ImprensaCoordenador:Manuel da CostaEditor: Fernando GuelengueRedação: Maria Campos

Design: Francisco da SilvaEndereço: Distrito das Ingombotas, bairro Saneamento (Cidade Alta), Rua 17 de Setembro, junto ao Ministério da DefesaPaginação: Francisco Narciso da SilvaRevisão: Frederico Batalha

Apoios: Governo da Repúblicade AngolaImpressão: EAL - Edições de AngolaTiragem: 10.000 ExemplaresContactos 925519516, 936 746170, 923672614.E-mail: [email protected] Luanda-Angola

INFORMAR E FORMAR O CIDADÃO

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Provedoria de Justiça

Entrevista

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O Provedor de Justiça (PJ) é um crucial garante da defe-sa e promoção dos direitos,

liberdades, garantias e interesses legítimos dos cidadãos, assegu-rando, através de meios informais, a justiça e a legalidade do exercí-cio dos poderes públicos, gozando de uma total independência no exercício das suas funções.As suas acções se exercem, nomea-damente, no âmbito da actividade dos serviços da administração pública central e local, das Forças Armadas, dos institutos públicos, das empresas públicas ou de capi-tais maioritariamente públicos ou concessionárias de serviços públi-cos ou de exploração de bens do domínio público. A sua actuação pode ainda incidir em relações entre particulares que impliquem uma especial relação de domínio, nas questões relativas à protecção de direitos. Os cidadãos podem apresentar as suas devidas queixas por acções ou omissões dos poderes públicos ao Provedor de Justiça, que as aprecia, sem po-der decisório, dirigindo aos órgãos competentes as recomendações necessárias para prevenir e reparar as injustiças.A sua actividade pode igualmente ser exercida por iniciativa própria e é independente dos meios gra-

ciosos e contenciosos previstos na Constituição e nas leis, sendo eleito por cinco anos, podendo ser igualmente reeleito apenas uma vez, por igual período. Após o ter-mo deste horizonte temporal, por que foi designado, mantém-se em exercício de funções até à posse do seu sucessor. A designação do Provedor deve efectuar-se nos 30 dias anteriores ao termo do quin-quénio.Caso a Assembleia Nacional se en-contrar dissolvida, ou não estiver em sessão, a eleição do Mediador tem lugar dentro dos 15 dias a par-tir da primeira reunião da Assem-bleia eleita ou a partir do início de nova sessão, sem prejuízo de convocação extraordinária para o efeito.O PJ é independente e inamoví-vel, não podendo as suas funções cessar antes do termo do período por que foi designado, salvo nos casos previstos na lei. O Provedor de Justiça não responde civil ou criminalmente pelas recomen-dações, reparos ou opiniões que emita ou pelos actos que pratique no exercício das suas funções, não podendo ser detido ou preso sem autorização da Assembleia Nacio-nal, salvo por crime punível com a pena de prisão superior a três anos e em fl agrante delito.

CONHECENDO O PROVEDOR DE JUSTIÇA

PAULO TJIPILICA Provedor de JustiçaPAULO TJIPILICAProvedor de Justiça

MARIA SANGOProvedora de Justiça AdjuntaMARIA SANGOProvedora de Justiça Adjunta

MAKAYA JOSÉSecretário-Geral

O Provedor de Justiça não responde civil ou criminalmente pelas recomendações, reparos ou opiniões que emita ou pelos actos que pratique no exercício das suas funções

Provedoria de Justiça de Angola

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Provedoria de Justiça

Entrevista

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FUTURO DOS ANGOLANOSNO FUNDO SOBERANOO Fundo Soberano foi criado para garantir o futuro dos ango-lanos e está avaliado em cinco mil milhões de dólares norte americanos.

INAUGURAÇÃO DO EDIFÍCIODA PROVEDORIA DE JUSTIÇAO majestoso edifício da Provedoria de Justiça, inaugurado pela ex-ministra da Justiça, Gui-lhermina Prata, em Agosto do pretérito ano, comprova a dedicação do Executivo e o com-promisso sério para com a Justiça do país e do continente africano.

AOMAPRESIDENTE APELAADESÃO À ASSOCIAÇÃOO Presidente da Associação dos Ombusdsmen, Media-dores ou Provedores de Justiça Africanos (AOMA) rei-terou, em Luanda, o seu apelo aos demais Estados do continente para aderirem à Organização, no sentido de haver maior empenho na defesa da vida humana e das liberdades e garantias dos cidadãos.

A garantia foi dada pelo ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, na vila do Bailundo, Huam-bo, considerando ainda que a imple-mentação das autarquias locais será possível em 2015.

AUTÁRQUICAS SERÃO REALIZADAS EM 2015

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Provedoria de Justiça

Entrevista

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O Presidente em exercício da Assembleia Nacional, João Lourenço disse durante a abertura da reunião do Comité Executivo da Associação dos Ombudsmen, Mediadores ou Provedores de Justiça (AOMA), no Palácio da Justiça, em Luanda, que a figura do Ombudsman, nos países africa-nos, concorre para a boa governação, consolidação da paz e para um Estado Democrático de Direito.

CONSOLIDAÇÃO DA PAZ NO CENTRO DAS ATENÇÕES DOS MEDIADORES DE JUSTIÇA AFRICANOS

Sumário

JUSTIÇA COM NOVO MINISTRO - Rui Mangueira prometeu, recen-temente, direccionar a sua actividade para o seu pelouro se aproximar mais aos cidadãos.

SERVIÇOS LOCAIS NO INTERIOR DO PAÍS - Muitas zonas do país já benefi ciaram da instalação deste serviço, permitindo uma melhor cobertura da actividade do Provedor.

SME REPATRIADOS MAIS DE 500 ESTRANGEIROS ILEGAIS - Pelo menos, quinhentos e sessenta e quatro estrangei-ros, de várias nacionalidades, foram repatriados.

AS CELEBRIDADES COM Q.I DESENVOLVIDO - Seleccionamos dez celebrida-des do cinema mundial que provaram que são superinteligen-tes.

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Capa

Provedoria de Justiça garantedignidade aos angolanos

A Dra. Guilhermina Prata, então Ministra da Jus-tiça, em representação do Presidente da Repú-blica, inaugurou, no dia 28 de Agosto de 2012,

o edifício da Provedoria de Justiça, instituição criada há sete anos e que serve de ligação entre os cidadãos e o poder.A responsável garantiu que o momento é de “grande dignidade” e de “avanços progressistas” dos traba-lhos do Executivo para a necessária tarefa de conferir todas as garantias do exercício do direito legitima-mente conferidos pela lei na óptica da realização ma-terial do acesso à justiça e ao direito. “O majestoso edifício da Provedoria de Justiça, que acabámos de inaugurar, comprova a dedicação do Executivo e o compromisso sério para com a justiça, bem como a criação de um mecanismo de concreti-zação, de busca pelo desenvolvimento social e eco-nómico”, frisou a titular da pasta, escrevendo que “é patente a necessidade de um órgão independente na persecução da justiça por via não judicial e na tutela do interesse dos cidadãos”.A Ministra, salientou, igualmente, que as novas ins-

NOVO EDIFÍCIO

A construção do edifício da Provedoria de Justiça durou cerca de 43 meses, o equivalente a três anos e sete meses, e custou aos cofres do Estado cerca de 26 milhões de dólares.

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talações da Provedoria de Justiça é uma obra de raiz e visa ajudar o cidadão comum a tomar contacto com a instituição de forma mais célere e eficiente; reforça o empenho do Executivo na promoção da paz, justiça e democracia; bem como representa um signo designa-tivo destas conquistas de todos os angolanos.O seu objectivo é conferir maior dignidade ao cida-dão, aproximando o poder às comunidades numa clara demostração do cumprimento do compromisso assumido pelo Executivo para com a justiça e a sua efectivação na defesa dos direitos elementares dos cidadãos.A construção do edifício da Provedoria de Justiça durou cerca de 43 meses, o equivalente a três anos e sete meses, e custou aos cofres do Estado cerca de 26 milhões de dólares. A obra esteve sob a responsabili-dade da empresa de construção civil Mota-Engil, con-forme garantiu o engenheiro Leonel Pinto da Cruz.

FERNANDO GUELENGUE

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Do Miramarà Cidade ALTA

O Provedor de Justiça, Paulo Tjipili-ca, considerou que, com a inau-guração do novo edifício, cessa

a invisibilidade relativa da Provedoria de Justiça, bem como a angústia, a incerteza, a insatisfação dos cidadãos que não sabiam onde se dirigir ao nú-cleo ou polo do Miramar – onde esta-vam instalados a senhora Provedora de Justiça-adjunta, seus colaboradores e os Serviços Técnicos ou se deveriam apresentar-se no edifício da Assembleia Nacional, da Secretaria-Geral e das Co-missões Parlamentares, onde funciona-va o Provedor de Justiça com o seu se-cretariado, num espaço exíguo em que os cidadãos se acotovelavam. Paulo Tjipilica reconheceu ainda que mesmo funcionando em condições di-fíceis, sem sede e sem instalações, o cidadão, destinatário destes serviços, não fi cou sem atendimento, nem tão pouco foram postos em causa os supe-riores desígnios e objectivos das mais altas instâncias do país.

“Foram visitadas, mais de uma vez, todas as províncias de Cabin-

da ao Cunene, quer em sessões de escla-

recimento sobre a importância e a utilidade do serviço do Provedor

de Justiça, quer em

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Capa

O edifícioO edifício da Provedoria de Justiça está situado na

cidade capital, no distrito das Ingombotas, bairro Saneamento, no entroncamento entre as ruas 17

de Setembro e Pinheiro Furtado.Com uma área edificada de 9.800.00 m², as novas instala-ções estão distribuídas por seis pisos, incluindo uma cave.O edifício foi implantado num terreno de topografia pla-na com uma área de 2.340.00m².O projecto estruturou o Programa de espaços de forma que ao nível da cave esteja alocado um parque de esta-cionamento e áreas técnicas com geradores e reservató-rio de água.Ao nível do rés-do-chão inferior e superior situam-se as áreas de atendimento ao público, onde se destaca o an-fiteatro com 120 lugares.Desde o primeiro ao terceiro andar estão instalados ga-binetes e áreas de apoio, de acordo com o programa de necessidades indicado pela Provedoria de Justiça, con-tando igualmente com 300 trabalhadores.A área técnica possui um sistema de geração de energia alternativa, através de três geradores sincronizados de 410 kva/cada; telefone com 300 extensões digitais e 30 analógicas; sistema de climatização artificial por água gelada; sistema automatizado de combate a incêndios através de bombagem e extinção por sprinkers equipado com uma central diesel; um reservatório de água para combate a incêndio; sistema de pressurização de água potável, que acomoda dois reservatórios de água para consumo doméstico; bem como sistema de gestão técni-ca centralizada e dois reservatórios de combustível com capacidade de 10 mil litros/cada.

F.G.

viagens de rotina em serviço pontual, sem descurar a visita aos Estabelecimen-tos Prisionais, como o estipulam as alíneas e) e f), do artigo 18.º, da Lei n.º 4/06, Estatu-to do Provedor de Justiça, bem como a Lei nº 5/06, Orgânica da Provedoria de Justiça, ambas de 28 de Abril, que aguardam a reapreciação e apro-vação pela Assembleia Nacional, adequando--as ao fi gurino da actual Constituição”, explicou, valorando o princípio de que “é o Provedor de Justiça que deve ir ao encontro do ci-dadão e não o contrário”. Deu a conhecer igualmen-te que vão sendo imple-mentados os serviços locais nas províncias, havendo, nes-te momento, cinco representações no Huambo, no Kwanza-Sul, no Cunene, em Cabinda e no Bengo. De referir que ao nível internacional, Angola assume, desde Abril de 2010, a presidência de todos os Provedores de Justiça de África, tendo conseguido na vigência do mandato a acreditação da associação junto da União Afri-cana. Neste âmbito, o Provedor de Justiça angolano é convidado e forçado a estar presente em to-das as reuniões regionais e do Comité Executivo da AOMA, assim como, na qualidade de observador, em quase todos os eventos importantes da União Africana.O continente africano também sai a ganhar por estarem acomodados na nova sede os serviços da AOMA (Associação dos Ombudsmen, Media-dores ou Provedores de Justiça Africanos).

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Notícia

Os Serviços de Migração e Estrangeiros (SME) ex-pulsam semanalmente cerca de 100 cidadãos es-trangeiros com permanência ilegal em Angola.

A informação foi avançada pelo Director Nacional Ad-junto do SME, Eduardo dos Santos, durante uma en-trevista à Rádio Nacional de Angola, referindo que, os encargos relativos ao processo de repatriamento são bastante altos. “Este repatriamento não é feito pelo mesmo canal por onde estes indivíduos entram, uma vez que eles entram a pé e por outras vias menos se-guras, mas o repatriamento é feito, normalmente, via área, e isto é caro”, frisou.Por outro lado, pelo menos quinhentos e sessenta e quatro estrangeiros, de várias nacionalidades, foram repatriados no mês de Outubro de 2012, pelo SME, igualmente por permanência ilegal.O porta-voz dos Serviços de Migração e Estrangeiro, Simão Milagres disse, na ocasião que os cidadãos da República Democrática do Congo constituem o maior

Expulsa semanalmente cerca de 100 cidadãos ilegais

Isto é um trabalho que faz parte do programa do governo para os próximo cinco anos

SME

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Notícia

Expulsa semanalmente cerca de 100 cidadãos ilegais

O Ministro da Justiça e Direitos Humanos prometeu, no pri-meiro de Outubro de 2012, em

Luanda, trabalhar para promover maior aproximação aos cidadãos.Rui Jorge Carneiro Mangueira teceu estas considerações no Palácio Pre-sidencial, momentos depois da ceri-mónia de empossamento do novo go-verno, orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.De acordo com o ministro, a univer-salização do registo de nascimento é um dos aspectos fundamentais que merecerá maior atenção e concorre-rá para que a justiça tenha um papel bastante activo junto dos cidadãos.Sustentou que todo processo de reestruturação e reorganização do sistema judicial permitirá uma maior aproximação ao cidadão.“Isto é um trabalho que faz parte do programa do governo para os próxi-mos cinco anos, e o sector da justi-ça, como é evidente, vai trabalhar e capacitar-se neste sentido” reforçou o governante.

Redacção

Novo Ministro promete maioraproximação aos cidadãos

Justiça

número, num total de 550 infractores. Deu conta ainda que, no referente ao movimento de passageiros estrangeiros, no período de 11 a 17 do mes-mo mês, o SME registou 13.724 entradas, mais 79 em re-lação ao período anterior, e 13.643 saídas (mais 1.705).Relativamente aos actos migratórios para nacionais, os guichet’s da instituição registaram, no espaço tem-poral em análise, a entrada de 5.693 pedidos de pas-saporte, além da emissão de 6.686 outros documentos do género.Já em relação aos actos migratórios para estrangeiros, que versa a obtenção de vistos, foram recebidos 1.989 pedidos, concedidas 1891 permissões, assim como 2.270 passes temporários de travessia.Foram aplicadas e pagas 95 multas, por infracções cometidas por expatriados, sendo que, actualmente, encontram-se sob custódia, no Centro de Detenção de Estrangeiros Ilegais, 388 cidadãos, de distintas nacio-nalidades. F.G

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Notícia

O Provedor de Justiça advogou que, para melhor se fazer a defesa dos direitos e garantias dos ci-dadãos, perante a legislação vigente no territó-

rio nacional, há necessidade de se institucionalizar no país um Tribunal de Execução das Penas.Paulo Tjipilica apresentou esta posição em declara-ções à Angop, no Aeroporto de Luanda, quando rea-gia à ideia de certos círculos políticos angolanos que defendem a criação de um Tribunal Eleitoral em An-gola, para resolver os confl itos e contenciosos resul-tantes de processos eleitorais.“Como Provedor da Justiça, preocupa-me o que está consagrado na Constituição, outro órgão, o Tribu-nal de Execução das Penas, porque realmente faz muita falta para a contagem do tempo dos nossos compatriotas em confl ito com a lei, que depois de cumprirem as penas ainda permanecem nas unida-des penitenciárias, entre outros aspectos”, frisou, acrescentando que é muito importante que se tenha atenção e preocupação para com tudo o que tem a ver com a legalidade.Disse ainda que neste aspecto, “o Tribunal Constitu-cional é sufi ciente, visto que devemos dar atenção às preocupações antes referenciadas, na medida em que “Roma e Pavia não se fi zeram num dia”, e Angola está a marchar muito rapidamente para a construção de um Estado democrático e de direito e, sobretudo, na reconciliação nacional”.

PAÍS carecede tribunal de execução das penas

Com objectivo de se inteirar sobre o nível de orga-nização e funcionamento da Provedoria de Jus-tiça, os estudantes da Faculdade de Direito da

Universidade Agostinho Neto visitaram, no dia 24 de Abril do corrente ano, as instalações sede, na Cidade Alta.Durante a visita, os estudantes receberam informa-ções respeitantes a tramitação dos processos que dão entrada, diariamente à Instituição, bem como, todas as suas fases até a emissão das recomendações pelo Provedor de Justiça. No fi nal, os estudantes foram recebidos pela Digna Provedora de Justiça-Adjunta, Dr.ª Maria Sango, a quem agradeceram pela recepção e acompanhamento.Por sua vez, o Secretário- Geral da Associação dos Es-tudantes da UAN, Matondo Joseph João, manifestou a disponibilidade em cooperar com a Provedoria de

Justiça na prossecução da sua nobre tarefa da defesa dos direitos, liberdades e garan-tias dos cidadãos. Maria Sango agradeceu a visita, tendo proferido algumas palavras de en-corajamento e manifes-tou igualmente o desejo de, com os estudantes colaborar, na divulgação e prossecução dos ob-jectivos da Provedoria de Justiça e dos futuros juristas.

RIVERALDO MABANZA

Justiça na prossecução da sua nobre tarefa da defesa dos direitos, liberdades e garan-

PROVEDORIA DE JUSTIÇA

Estudantes universitários visitam instalações

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Provedoria de Justiça >>

Notícia

O nosso país conta, desde o mês de Outubro do pretérito ano, com um fundo soberano que poderá

investir em projectos com potencial de crescimento na África Subsariana.Angola está a iniciar um fundo com activos no valor de cinco mil milhões de dólares, para diminuir o impacto da volatilidade dos preços das matérias--primas, que levaram o país a pedir um empréstimo ao Fundo Monetário In-ternacional há três anos.Este Fundo será gerido por uma admi-nistração composta por três membros e será liderado por Armando Manuel, conselheiro dos assuntos económicos do Presidente da República, José Eduar-do dos Santos, segundo um comunicado citado pela Bloomberg.Os investimentos do Fundo vão incluir activos fi nanceiros, participações em infra-estruturas e projectos de turismo, e outras indústrias, com forte potencial de crescimento na África subsariana, adiantou o mesmo comunicado.

Foi anunciado pelo ministro da Administração do Território, Borni-to de Sousa, em Outubro do ano passado, na vila do Bailundo, no Huambo, que a implementação das autarquias locais apenas será

possível em 2015, face a um estudo aprofundado realizado pela institui-ção que dirige.O ministro assegurou que está em curso a preparação do processo das

autarquias locais, uma vez que a consulta feita junto do Presidente da República, em 2012, apontava inicialmente o ano de 2014.

O governante adiantou ainda que os estudos, ao nível do seu pelouro, apontam mais para 2015, uma vez

que decorre um conjunto de estudos que serão completados e seguidos de consultas a nível nacional.

Autarquiaslocais só em 2015

Foi anunciado pelo ministro da Administração do Território, Borni-to de Sousa, em Outubro do ano passado, na vila do Bailundo, no Fto de Sousa, em Outubro do ano passado, na vila do Bailundo, no FHuambo, que a implementação das autarquias locais apenas será

possível em 2015, face a um estudo aprofundado realizado pela institui-ção que dirige.O ministro assegurou que está em curso a preparação do processo das

autarquias locais, uma vez que a consulta feita junto do Presidente da República, em 2012, apontava inicialmente o ano de 2014.

O governante adiantou ainda que os estudos, ao nível do seu pelouro, apontam mais para 2015, uma vez

que decorre um conjunto de estudos que serão completados e seguidos de consultas a nível nacional.

locais só em 2015

Os investimentos vão incluir activos fi nanceiros e projectos de turismo

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CINCO MIL MILHÕES DE DÓLARES

Angola já tem Fundo Soberano

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Provedoria de Justiça >>

Destaque

Ombudsmen concorrem para a consolidação da paz em África

J oão Lourenço teceu estas declarações durante a cerimónia de abertura da reunião do Comité Exe-cutivo da Associação dos Ombudsmen, Mediado-

res ou Provedores de Justiça (AOMA), de 18 a 22 de Março último, no Palácio da Justiça, em Luanda.Para o responsável, a imagem do Provedor de Justiça persegue um objectivo comum que é a defesa dos di-reitos, liberdades e garantias dos cidadãos, advogan-do ainda a necessidade de se observar os princípios de acessibilidade, celeridade, gratuitidade, indepen-dência e informalidade, conforme rege o trabalho dos mediadores.Aproveitou também o momento para encorajar os provedores e seus representantes a exercerem com coragem e determinação as suas funções, na defesa da legalidade nos seus respectivos países, tendo em conta que a sua função é extremamente delicada e eivada de enormes dificuldades.Na ocasião, João Lourenço lembrou igualmente que, de acordo com o ordenamento jurídico angolano, a figura do Provedor de Justiça surge na Lei Constitu-cional de 1992, que abraçou o pluripartidarismo e o Estado Democrático de Direito, sendo implementada após o alcance da paz efectiva, em 2002.Por sua vez, a comissária para os Assuntos Políticos da União Africana (UA), Aisha Abdullah, mostrou-se preocupada com a questão dos direitos humanos e da

JOÃO LOURENÇO

O presidente em exercício da Assembleia Nacional sublinhou que a figura do Ombudsma n nos países africanos concorre para a boa governação, a consolidação da paz e para um Estado democrático de direito

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Destaque

A AOMA aceita todas as iniciativas que tenha como objectivo reduzir a pobreza

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corrupção no continente.Aisha Abdullah disse que para se ultrapassarem tais situações, a organização aceita todo o tipo de inicia-tiva que tenha como objectivo reduzir a pobreza, aca-bar com os conflitos e a má governação.Por outro lado, a secretária executiva da AOMA, Thu-lisile Madonsela considerou, no intervalo da reunião, em declarações à imprensa que Angola é um modelo a seguir no que se refere ao pagamento de quotas na associação. “Angola para além de pagar a sua quota tem dado uma contribuição maior para que as acti-vidades da organização prossigam o seu curso nor-mal”, salientou a advogada, para mais adiante referir

Destaque

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Destaque

as Repúblicas da Tunísia e da Líbia, como outros dois países exemplares na quotização.A também Provedora de Justiça da África do Sul ga-rantiu igualmente que têm recebido apoios financei-ros de governos que fazem parte da associação, uma vez que é com este montante que se suportam as des-pesas para investigação, cursos de treinamento aos técnicos com o propósito de elucidar os interessados sobre o funcionamento da instituição.“Recentemente a AOMA recebeu um donativo de dois milhões de dólares para suportar as actividades giza-das para o desenvolvimento da associação”, frisou.

MARIA CAMPOS

O s membros do Comité Executivo participan-tes à reunião apelaram aos países africanos a empenharem-se mais na defesa dos direi-

tos, liberdades e garantias dos cidadãos.O director do gabinete de imprensa da Prove-doria de Justiça de Angola e do protocolo da AOMA, fez a leitura do comunicado final do en-contro bem como das actividades desenvolvidas durante a reuniãoManuel da Costa disse, durante o acto de encer-ramento, que o Comité Executivo decidiu que a Organização deverá se empenhar mais para a mediação dos conflitos, boa governação e no combate à corupção em África. Neste âmbito, ficou aprovado que a AOMA, em

conjunto com a União Afri-cana (UA), por acordo, de-verão empreender diligên-cias para se inteirar sobre o que se passa nos países do Norte designadamente na Tunísia, Mauritânia, Mali, Líbia, Sudão e República Democrática do Congo, no que diz respeito aos direi-tos dos cidadãos.Ficou igualmente decidi-

do, que uma comissão deslocar-se-á ao Quénia, para aferir das condições daquele país que po-derá acolher a IV Assembleia-Geral da AOMA, integrada numa comissão da UA.Esta comissão deverá deslocar-se à República Federativa e Democrática da Etiópia, no senti-do de recolher todos os esclarecimentos no que respeita à realização, naquele país, da IV Assem-bleia-Geral do órgão, sob os auspícios da UA. Por outro lado, deverá ser de coaduná-los ao acor-do de cooperação assinado entre a UA e a AOMA.No decorrer da reunião, os participantes indi-caram ainda a Provedora de Justiça do Burkina Faso, Alima Deborah Traore, para o cargo de Vi-ce-Presidente da AOMA e para a Vice-Presidente, a Provedora de Justiça do Uganda, Irene Mlya-gonja Kakooza. M.C.

AOMA quer mais empenho para defender os direitos dos africanos

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País cresceu nos mais variados aspectos

A s comemorações alusivas ao 11º aniversário do Dia da Paz e da Re-conciliação Nacional, cujo acto central presidido pelo Presidente da República (PR), José Eduardo dos Santos, mereceu destaque no

país enteiro.

Durante o acto central do 11º aniversário do 4 de Abril, no átrio do Mu-seu Nacional de História Militar, antigo Museu das Forças Armadas, em Luanda, o Chefe de Estado inaugurou a bandeira-monumento, de 18 metros de altura e 12 de largura. A homenagem volta-se para os heróis da pátria e todos quantos se em-penharam para o alcance da Independência Nacional, da paz, do pro-gresso e do desenvolvimento de Angola. Milhares de cidadãos assis-tiram a partir da marginal ao içar da bandeira que é visível de toda a avenida e de vários pontos da cidade. Falar da paz significa apontar uma série de realizações, que não foram levadas a cabo desde o período da independência, reflectidas nos pro-gressos alcançados em quase todas esferas da vida da população, com destaque para recuperação das infra-estruturas, organização da econo-mia nacional, o crescimento em todos os aspectos, entre outros. Neste sentido, é notório os benefícios da paz, contrariamente ao pade-cimento da guerra que assolou drasticamente o país, durante longos anos. Tem se registado avanços visíveis e significativos no domínio da edu-cação, saúde, energia e águas, agricultura, reabilitação de estradas e pontes, só para citar esses domínios. Entretanto, a resolução do conflito armado, na base de uma estratégia interna, conferiu, sem sombra de dúvidas, a maior dignidade, respeito e admiração aos angolanos e para Angola, que se tornou um país in-contornável para solução de conflitos que se têm registados no seio da população e de outros países vizinhos.

FERNANDO GUELENGUE

Fórum

PAZ

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Fórum

CÂNDIDO PEREIRA VAN-DÚNEM - MINISTRO DA DEFESA Os benefícios da Paz e Reconciliação Nacional são valores de grande importância” para o desenvolvimento de Angola.

APOLÓNIO GRACIANO - CÓNEGO O país é hoje uma referência da cultura da Paz em África e no mundo. O santo padre exemplificou o facto com os dados sobre a realização, recentemente, em Luanda, do Fó-rum Pan-Africano, sob lema: “África: Fundamentos e Recursos para uma Cultura de Paz”.

ÁLVARO MANUEL DE BOAVIDA NETO - GOVERNADOR DO BIÉHá necessidade de uma maior reflexão, por parte da população desta região, sobre a trajectória percorrida para o alcance da paz em Angola. Todos os obstáculos foram ultrapassados e a nação está a percorrer grandes passos de desenvolvimento e os caminhos a seguir é grande para a materialização dos sonhos e aspirações dos angolanos com base na consolidação da paz, da unidade nacional e do desenvolvimento sustentável.

FERNANDO DA PIEDADE DIAS DOS SANTOS - PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL A bandeira-monumento, ora inaugurada, representa o símbolo vivo da Independência Nacional e do processo de paz. Temos aqui um símbolo vivo, não só da nossa indepen-dência, mas também do nosso processo de paz e do orgulho dos angolanos em querer manter a paz e lutar para o desenvolvimento de Angola e do continente.

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS – PRESIDENTE DA REPÚBLICADesejo a todos os angolanos um feliz Dia da Paz e Reconciliação Nacional e considero a Paz um dos bens mais preciosos para o nosso continente e também aquele que o povo angolano mais preza, procura proteger e conservar a todo o custo.

MANUEL DOMINGOS VICENTE - VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA Angola é na actualidade o mercado ideal, com uma classe média, para ultrapassar a crise económica internacional. Com uma população de cerca de 20,1 milhões de habitantes, é a via mais rápida para a saída dos produtos de exportação dos países vizinhos sem acesso ao mar.

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que têm um Q.I. altoNeste espaço, seleccionamos as dez celebridades do cinema mundial que provaram ser superinteligente. Conheça os detalhes do quociente de inte-ligência (Q.I) de cada uma delas.

Entretenimento

AS CELEBRIDADES

A primeira é a actriz Asia Carrera, que já estre-lou mais de 300 fi lmes

adultos. Além dos atributos físicos, a actriz já provou tam-bém que é superinteligente com um Q.I. de 150. Estudar economia e física quântica são os seus hobbies e ela faz parte da Mensa - uma socie-dade de génios. O actor Dolph Lundgren, que estre-

lou o fi lme Os Mercenários, tem pose de mau, mas é superinte-

ligente. Ele é mestre em engenharia química e tem Q.I. de 160. Ele fala sete idiomas, entre sueco, inglês, alemão, francês, espanhol, japonês e italiano.

A actriz Danica Mckellar, que fi cou famosa quando, ainda criança, actuou na série Anos Incríveis, é autora de diversos livros

de matemática. Em um deles, ela fala sobre o teorema matemático sobre o alinhamento de campos magnéticos. Na foto, ela está autogra-fando um de seus livros.

O actor James Woods, que já concorreu ao Oscar

duas vezes, tem o Q.I. de 180. Ele estudou no MIT e tem trabalhos so-bre a Teoria dos Jogos.

A actriz Natalie Portman também tem formação em psicologia pela Univer-sidade de Harvard e fala seis idi-

omas: inglês, francês, hebraico, alemão, japonês e espanhol. A actriz ganhou o Oscar pelo fi lme Cisne Negro.

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“A CONSOLIDAÇÃO do Estado e das suas instituições apresenta-se, neste contexto, como a garantia da estabilidade política, da paz e das liberdades democráticas. Por essa razão, vamos dar ênfase à con-cretização do programa de reformas para melhorar a organização, gestão e controlo das Finanças

Públicas”, José Eduardo dos Santos, na investidura como Presidente da Republica.

“FOMOS ELEITOS pelo povo para sermos seus representantes. Devemos dar o nosso melhor e cabe-nos, portanto, trabalhar com afinco, honestidade e integridade para que as expectativas do nosso povo não sejam defraudadas e, acima de tudo, para a consolidação da nossa jovem democracia”, Fernando

da Piedade dos Santos, no seu discurso de empossamento como líder do Parlamento.

“A PROVEDORIA DE JUSTIÇA de Angola vai reforçar o seu trabalho para a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, assegurando, deste modo, a justiça e a legalidade”, Paulo Tchipilica, no final da cerimónia da segunda legislatura da Assembleia Nacional.

“JUSTIÇA É CONSCIÊNCIA, não uma consciência pessoal, mas a consciência de toda a humanidade. Aqueles que reconhecem claramente a voz de suas próprias consciências, normalmente, reconhecem também a voz da Justiça”, Alexander Solzhenitsyn, escritor russo.

“A JUSTIÇA PODE CAMINHAR SOZINHA; a injustiça precisa sempre de muletas, de argumentos”, Nicolae Iorga, historiador e crítico literário da Roménia.

“O JUIZ não é nomeado para fazer favores com a Justiça, mas para julgar segundo as Leis”, Platão.

“A JUSTIÇA É A VINGANÇA do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem”, Epicuro, filósofo grego.

“A INJUSTIÇA NUM LUGAR qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar”, Martin Luther King, líder do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

CITAÇÕES E PENSAMENTOS

A actriz Jodie Foster também é superinteligente. O seu Q.I. é de 132.

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Regiões

Com o objectivo de facilitar o cidadão a recorrer em caso de um eventual problema, que lese o seu direito, aliada ao número de queixas rece-

bidas de vários pontos do país, o Provedor de Justiça que tem estado a implantar os serviços locais, uma forma de se expandir no interior do país.No quadro do cumprimento do seu objecto funcional de defesa dos direitos dos cidadãos, Paulo Tjipilica visitou, com a sua equipa técnica, quase todas as províncias do país para ir ao encontro da realidade de vida dos cidadãos, esclarecendo as questões mais im-portantes sobre o Direito. Para além de benefi ciar das instalações central, na Ci-dade Alta, em Luanda, os cidadãos podem encontrar os serviços nas províncias do Cunene, Kwanza Sul, Huambo, Bengo e Cabinda. Estão em perspectiva as Lundas, Kuando Kubango e Benguela. Paulo Tjipilica considerou, numa das entrevistas à imprensa, que “mesmo nas condições difíceis conse-guimos expandir os serviços de instituição no inte-rior do país”.A outra aposta para a Instituição é a instalação nas centralidades que se estão a erguer no país, para confortar os cidadãos, de modo a não se deslocarem, muitas vezes sem meios, até à Cidade Alta, nas In-gombotas.

Províncias do interior ganhamserviçoslocais

PROVJUS

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Regiões

Mesmo nas condições difíceis conseguimos expandir os serviços locais no interior do país

Provedoriaregista maisde 50 reclamações

CUNENE

Pelo menos, cinquenta e quatro recla-mações, sobre decisões de órgãos da administração pública, bem como de

actos de justiça, deram entrada na delega-çãoda Provedoria de Justiça na Província do Cunene, no período de Janeiro a Março do presente ano.O facto foi avançado à im-prensa, pelo Representante do Provedor de Justiça na região, o Dr Dionísio Hifewa, que destacou, entre as reclamações, os casos de conflitos laborais, de posse de terra, de mau atendimento em instituições estatais e de prestação de segurança social.A maioria das reclamações envolvem em-pregadores privados, particularmente, re-lacionados com a falta de pagamento de segurança social e a despedimentos.Dionísio Hifewa disse que mais de 70 por-cento dos expedientes foram já resolvidos, enquanto os restantes carecem de susten-tação, por incumprimento dos lesados aos procedimentos.Face à estatística, considerou satisfatória a actividade desenvolvida, apesar de reco-nhecer existirem processos ainda a decor-rer juntos das entidades implicadas, que tardam em dar resposta.Referiu que o organismo está a conquistar o seu espaço, o que se explica pela tomada, cada vez mais, de consciência dos cidadãos da importância do papel deste órgão.A propósito, disse ainda que a Provedoria de Justiça tem trabalhado em estreita cola-boração com os órgãos da administração de Justiça, promovendo a realização de visitas de constatação às cadeias, no acompanha-mento de alguns processos em julgamento, entre outras iniciativas. F.G

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Especial

2012/2013Provedoriade Justiça

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Especial

Desde a sua inauguração em Agosto de 2012, até à data da reunião do Comité Executivo da AOMA, em Março do corrente ano, o balanço é positivo.

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Provedoria de Justiça >>26 Provedoria de Justiça >>26

I.Ponto de partida

Desde já, agradecer pelo ensejo que nos é dado de emprestar algumas palavras proemiais, nes-te desafio gráfico a que a Provedoria de Justiça se impôs, para debitar ideias e factos sobre a nobre missão que tem sido cumprida, até à exaustão, pelo Senhor Provedor de Justiça, o

Dr. Paulo Tjipilica, sem perdermos de vista a génese e os traços identitários do órgão OMBUDSMAN. Outro tanto, procuraremos, com esta REVISTA, encetar um diálogo com os nossos concidadãos, e com a sociedade em geral, a propósito das actividades e realizações do Provedor de Justiça e da instituição Provedoria de Justiça.

II. Antecedentes históricos do Provedor de Justiça

Antes, somos impelidos a fazer uma curta viagem ao passado deste conceito, Provedor de Justiça, que, um pouco por todo o mundo, vai se afirmando como um dos meios graciosos mais importantes em termos de garantia, de protecção dos cidadãos e não só.A figura do Provedor de Justiça encontra antecedentes históricos na idade média, quando as tribos germânicas começaram a indicar um grupo de pessoas cuja função era a de recolher multas das famílias de réus arrependidos e distribuir o dinheiro obtido pelas famílias das respectivas vítimas; No Egipto antigo, em que os Reis tinham nas suas cortes altos funcionários que recebiam as queixas do povo; Na República de Roma, havia dois (2) censores que examinavam, quer os actos administrativos, como as queixas de alegada má administração; Enfim, na China, durante a Dinastia Han, um alto funcionário, denominado Control Yuan, exercia funções similares.

III.Circunstancialismo Espácio – Temporal do Emergir do Provedor de Justiça

No entanto, foi na Suécia, em sede do consulado do Rei Carlos II, que a figura do Ombudsman (sinónimo de Procurador, Provedor, Mandatário, Representante, Delegado) assumiu os contornos que lhe reconhecemos actualmente. O referido soberano tinha dificuldade em controlar o seu reino e impor a sua autoridade, bem como sofrera uma derrota militar significativa, pelo que, teve, em 1709, de se exilar na Turquia. Foi aí que ele tomou conhecimento da existência de um Gabinete de Justiça Suprema encarregue de supervisionar e garantir que a Lei Islâmica fosse respeitada e seguida por todos os funcionários públicos. Estava naquele Gabinete o elemento inspirador para que o Parlamento sueco concedesse assento constitucional, aos 8 de Junho de 1809, à figura do Ombudsman. Rapidamente a iniciativa dos suecos foi retomada em toda a Península Escandinava e daí repercutiu-se pela Europa fora. A partir dos anos 90, os países da Europa de Leste, da América, Ásia e Africa começaram a institucionalizar o Ombudsman – para os anglófonos; Provedor de Justi-ça – para os lusófonos, em geral; Ouvidor Público – para os brasileiros; Defensor del Pueblo – para os hispânicos; Public Protector – para os sul-africanos e namibianos; e Médiateur de la Republique – para os francófonos. Tanto assim que, hoje, defende-se que não há Estado, que se quer de Direito e Democrático, que desconheça nas suas leis supremas (Constituições) a consagração dessa Figura, fiscalizadora da actividade, activa ou passiva, dos órgãos, serviços e agentes da Administração Pública e outros entes públicos objectos da sua actuação.

IV.O Assomo do Provedor de Justiça na República de AngolaAgora, sim, falemos de nós. O 1º Provedor de Justiça da República de Angola, o Dr. Paulo Tjipilica, eleito a 19/04/2005 e empossado a 09/06/2005, para um mandato de 4 anos, que foi renovado, por igual período, em Junho de 2009, veio imprimir dimensão material a uma injunção constitucio-nal. Visto que a figura do Provedor de Justiça beneficiou, entre nós, de dimensão formal por força da Lei Constitucional de 1992, basta revisitarmos os artigos 142º, 143º e 144º. Sendo certo que os referidos dispositivos foram retomados, in melius, no artigo 192º, pela Constituição de 2010.

Frederico Batalha*

Opinião

O QUE O PROVEDOR DE JUSTIÇA FAZ E O PÚBLICO NÃO SABE

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Provedoria de Justiça >> 27Provedoria de Justiça >> 27

Opinião

É evidente que em se tratando de um Órgão novo, os primeiros anos de actuação do Provedor de Justiça podem ser tidos como sofríveis, a julgar pelos seguintes factos. Ausência, que persistiu até Agosto de 2012, de instalações físicas próprias para albergar o Provedor de Justiça e o seu pessoal; constrangi-mentos orçamentais, muito embora a Lei do Estatuto do Provedor de Justiça (Lei nº 4/06, de 28 de Abril) e a Lei Orgânica da Provedoria de Justiça (Lei nº 5/06, de 28 de Abril) considerem a Provedoria de Justiça como ente dotado de autonomia administrativa e financeira, o seu orçamento é aprovado como uma rubrica no seio do orçamento da Assembleia Nacional; um número bastante reduzido de quadros técnicos, juristas sobretudo; etc., etc. Mas, ainda assim, desde a primeira hora o Provedor de Justiça procurou sempre receber as pessoas em audiência e emitir competentes recomendações às entidades vi-sadas face à demanda, vertiginosamente crescente, de reclamações dos cidadãos. E a actividade laboral do Provedor de Justiça viu-se reforçada com a eleição a 13/12/2006 e tomada de posse a 17/02/2007, de um Provedor de Justiça Adjunto, para o qual foi indicada a Dra. Maria da Conceição de Almeida Sango. A Provedora de Justiça Adjunta que, suficientemente apoiada pelos técnicos do seu Gabinete, ajudou a tornar menos oneroso o peso que impendia sobre os ombros do Provedor de Justiça, viabilizando a sua acção através do mecanismo da delegação de competências. Vai daí que, em acção concertada, foram e vão sendo tratados e encaminhados um número cada vez maior de queixas, cujos resultados podem ser consultados, por quem quer que seja, no edifício, construído a preceito, para instalar a instituição Provedoria de Justiça.

V.Breves Ilustrações de Casos Resolvidos com a Intervenção do Provedor de Justiça

Não precisamos trazer à superfície todos os casos resolvidos pelo Provedor de Justiça, convidamos a so-ciedade para reflectir, apenas, sobre 3 (três) casos abstractos e genéricos, claro está. Primeiro, aquan-do da visita de apreciação das condições humanas de internamento dos reclusos no Estabelecimento Prisional de Viana, que é uma obrigação de lei, levada a cabo pelo Provedor, pela Provedora Adjunta e técnicos da instituição, um indivíduo abordou o Provedor falando do facto de estar a cumprir reclusão por um crime que não cometeu, ao que o Provedor de Justiça desencadeou os meios apropriados e o indivíduo foi posto em liberdade. Segundo, numa visita do género à Cadeia Central de Luanda um outro indivíduo, com meses de permanência para lá do fixado em sentença, queixou-se disso ao Provedor, pelo que a intervenção deste Órgão foi crucial para a libertação do queixoso. Ainda acerca da Cadeia Central de Luanda, na sequência da visita efectuada, no seu relatório às entidades com atinência à questão, o Provedor fez menção à superlotação e outros problemas constatados, que, tempos depois, deram azo a distúrbios tidos lugar naquela unidade carcerária. Terceiro, graças à intervenção do Provedor de Justiça um cidadão que havia realizado um trabalho de projecção de obra a favor de entes públicos, depois de não ser bem-sucedido nos seus clamores pelo pagamento devido, foi finalmente recompensado.

VI. Pinceladas FinaisNote-se que nessas e noutras situações resolvidas, para além das notas que os órgãos visados endere-çam ao Provedor de Justiça, os próprios lesados escrevem à Provedoria para agradecer. O que funciona como um factor de grande motivação e incentivo a todos os funcionários na prossecução da incumbência atribuída à Provedoria de Justiça. Por conseguinte, o Senhor Provedor não se coíbe de proporcionar me-lhores condições de trabalho e experiências internacionais aos quadros, que lhe prestam auxílio, dado os poucos anos de experiência de Provedoria que possuem.Em suma, não é cultura nem política dos funcionários da Provedoria de Justiça, muito menos do Provedor e da Provedora Adjunta fazer alarde e eco dos seus feitos e realizações, preferindo que outras pessoas, que acedendo a informações sobre as citadas realizações, o possam fazer. Porém, como nem todos vêm ao nosso encontro, empreendemos este exercício para, periodicamente, difundir informações relativas ao exercício quotidiano de assistência aos cidadãos e tendência de mitigação das suas inquietações, levado a cabo pelo Provedor de Justiça, secundado pela Provedora de Justiça Adjunta, com a ajuda dos seus técnicos e colaboradores directos. * Jurista afecto ao Gabinete da Sra. Provedora de Justiça Adjunta

O QUE O PROVEDOR DE JUSTIÇA FAZ E O PÚBLICO NÃO SABE

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O Presidente e da Associação dos Ombusdsman, Mediadores ou Provedores de Justiça Africa-

nos (AOMA) reiterou, em Luanda, o seu apelo aos demais Estados do con-tinente para aderirem à instituição, no sentido de haver maior empenho na defesa da vida humana e das li-berdades e garantias dos direitos dos cidadãos. O jurista angolano Paulo Tjipilica fez a exortação no aeroporto de Luanda, após ter representado o país na “Con-ferência sobre o Reforço e Implemen-tação de Instituições Nacionais de Direitos Humanos nos Países de Lín-gua Oficial Portuguesa”, realizada na cidade da Praia, República de Cabo Verde. O responsável garantiu que os paí-ses associados à AOMA, terão maior oportunidade de defender certos problemas, muitas das vezes de fó-rum comum, pelo que, os Estados que ainda não possuam um Provedor devem trabalhar para o efeito. O presidente da associação recordou que Moçambique já tem instituída , materialmente a figura do Provedor da Justiça e foi convidado, na cidade

Internacional

Presidenteapela Estadosafricanosa aderiremà associação

Refira-se que muito dos países africanos ainda enfrentam problemas de direito como consequência da colonização

AOMA

da Praia, a aderir à AOMA, por uma questão da defesa comum dos pro-blemas que afectam os cidadãos.Refira-se que muito dos países afri-canos ainda enfrentam problemas de direito como consequência da colonização.O caso acontece igualmente com Cabo Verde que, desde 2003, tem já criada a lei orgânica para a ins-titucionalização do referido cargo, mas, infelizmente, até agora a pes-soa para o assumir ainda não foi in-dicado para ser eleito e empossado, apesar de haver tal preocupação manifestada nos discursos dos res-ponsáveis locais na sessão de aber-tura, havendo empenho pessoal do Chefe de Estado cabo-verdiano, confirmou o jurista. A Associação dos Ombudsman, Me-diadores ou Provedores de Justiça Africanos (AOMA), com mais de 25 membros, foi acreditada, a 13 de Se-tembro 2011, como membro observa-dor da União Africana (UA), cargo as-sumido pelo Ombudsman do Sudão, o juiz Ahmed Abzeid, com estatuto de embaixador junto daquele orga-nismo continental.

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Provedoria de Justiça >> 29

Internacional

De acordo com a agência Lusa, Paulo Tjipilica fa-lava à margem de um seminário sobre “Reforço e Implementação das Instituições Nacionais de

Direitos Humanos nos Países de Língua Ofi cial Por-tuguesa”, promovido pelo Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas e pelo Governo português na cidade da Praia. Lembrou que, em Áfri-ca, “há uma crise de respeitabilidade pela pessoa hu-mana”.Escusando-se a adiantar pormenores mais concretos, o antigo ministro da Justiça salientou que a instala-ção, em 2005, da provedoria de Justiça em Angola constituiu um ponto de viragem importante para me-lhor defender os cidadãos.Preferindo falar da Justiça em detrimento da “ques-tão política” do sector em Angola, Paulo Tjipilika des-tacou o trabalho importante que a provedoria tem desenvolvido em parceria e complementaridade, não de sobreposição, com outras instituições ligadas aos Direitos Humanos no país. “Temos dado alguns pas-sos bastante concretos, sobretudo na preservação e salvaguarda dos direitos, deveres e garantias funda-mentais dos cidadãos. A fi gura do provedor está cada vez mais a afi rmar-se e a ganhar o seu espaço”, disse, sublinhando receber anualmente uma média de qua-se duas mil queixas.Salientou igualmente que há ainda um caminho longo a percorrer e que Angola só tem paz há cerca de uma dezena de anos e que, ao longo desse tempo, houve progressos. “Na área da Justiça ainda há sifi ciente ca-minho a percorrer. O ideal será sempre um equilíbrio total e completo e devemos persegui-lo sempre em todo o país. Há muitas coisas a limar, muitas arestas, e aí é importante o papel do Provedor de Justiça”, fri-sou, acrescentando que “Angola ainda tem sequelas e assimetrias bastante grandes, sobretudo no âmbito dos direitos económicos e sociais, Mas existe um es-forço para melhorar e a fi gura do Provedor de Justiça

tem permitido seriar as questões relacionadas com os Direitos Humanos”.Segundo Paulo Tjipilica, Angola tem três órgãos de soberania - “o Presidente, órgão singular, a Assem-bleia Nacional e os Tribunais, pois os ministros são «auxiliares» do Presidente” - o que traz “aspectos po-sitivos”, aligeirando processos.No entanto, há outros aspectos, que se escusou de apontar, que necessitarão de “um acerto” para se completar o processo de consolidação do Estado Di-reito, “que terá uma vertente específi ca da reconci-liação nacional”. “Os Direitos Humanos também dizem respeito aos direitos económicos e sociais e é esta vertente que tem de ser aprofundada e salvaguardada em África, para que não haja tantas assimetrias”, referiu, dando como “bom exemplo” a situação de Cabo Verde.

Provedor de Justiça considera haver crise de respeitabilidade da pessoa humana

Os Direitos Humanos também dizem respeito aos dieitos económicos e sociais e é esta vertente que tem de ser aprofundada e salvaguardada em África, para que não haja tantas assimetrias

O Provedor de Justiça angolano afi rmou que Angola tem dado passos bas-tante concretos em relação à promoção e defesa dos Direitos Humanos no país, face aos 10 anos de paz.

CABO VERDE

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Internacional

Paulo Tjipilica na reunião dos sábios africanos

ADDIS ABEBA

Outra presença foi a do comissário para os Assuntos de Paz e Segu-rança da União Africana, Ramtane Lamamra.Os membros da Panwise, designação atribuída ao Painel dos Sá-

bios da União Africana, reunidos durante dois dias na capital etíope, analisam dentre vários assuntos a questão da

paz e segurança no continente, em véspera da ce-lebração do 50ª Aniversário da maior organização de África.

O presidente da AOMA destacou a contribuição que a organização, que dirige, poderá dar para

a paz e a segurança no continente berço. Na sua alocução, Paulo Tjipilica destacou

como factor principal para a pacifi cação no continente o respeito e a valorização do

homem africano, ou seja, os seus direi-tos, liberdades e garantias.

Neste certame, a AOMA mereceu um reconhecimento como o mais recen-

te parceiro da Panwise com vista à troca de experiências, no que diz

respeito à actividade de preven-ção e mediação de confl itos

no continente.Mais de 30 organizações in-ternacionais e continentais participaram no encontro

certame que teve dois dias de acesos debates.

Os presentes avaliaram o modo de contribuição da Panwise para

o reforço da efi cácia e da capaci-dade das acções de paz e segurança, quer a nível

continental, regional e ainda singular.O encontro decorreu sob o lema “Institucionali-zar a Rede dos Sábios e a sua Contribuição para

a Renascença do Panafricanismo” e estiveram presentes o antigo Secretário-Geral das Nações

Unidas, Salim Hammed Salim, docentes uni-versitários e peritos em matéria de paz e se-gurança.

MANUEL DA COSTA

O Provedor de Justiça de Angola, Paulo Tjipilica participou de 10 a 12 de Abril, do ano em curso, na capital da Etiópia, Addis Abeba, na 36ª Reunião Panafricana dos Sábios, na qualidade de Presidente dos Ombudsmen, Mediadores ou Provedores de Justiça de África.

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Lazer & Cultura

A prótese mais antiga do mundo é encon-trada no pé de uma mulher mumifi cada há milénios.

Os arqueólogos britânicos descobriram no meio de Setembro, a prótese mais antiga do mundo – um dedo de pé feito em couro e madeira, cor-respondente ao hálux direito de uma mulher. Com um nome tão bonito, mas convenhamos um tanto pedante, os hálux se popularizaram ao longo da caminhada humana como dedão. Pois então é isso: é de um dedão a primeira pró-tese produzida pelo homem na face da terra e estima-se que a mulher que a portava tenha vivido por volta do ano 1070 a.C. Por algum motivo que os pesquisadores não conseguem precisar, ela teve esse dedo dece-pado e a prótese devolveu-lhe não apenas a capacidade motora de locomoção mas também preencheu-se a vaidade. Explica-se: até o det-alhe da unha foi feito na peça que corrigiu- lhe a defi ciência física.“Em nossas análises, observamos que o dedo postiço tem sinais de desgaste e uso, sug-erindo que ele foi mesmo utilizado por longo tempo”, diz o cientista britânico Jacky Finch, chefe do Centro de Egip-tologia Biomédica da Universidade de Manchester. “Nos surpreendeu a perfeição dos pontos dobráveis, mostrando que essa pró-tese não visava so-mente o aspecto estético de quem perdera o hálux di-reito.” Finch e sua equipe estão prestes a comemorar, assim, o grande passo que deram na história da medicina especializada: da-taram o seu início em pelo menos 700

anos antes do que se imaginava. E a alegria é tanta que até já batizaram a peça de “Dedo do Cairo”, uma vez que a múmia na qual ele foi en-contrado é egípcia.Até agora acreditava-se que a prótese mais antiga era a de uma perna, localizada em uma tumba próxima a Capua, na Itália – mas infe-lizmente destruída durante os bombardeios da Segunda Guerra Mundial. Construída em madeira e reforçada em bronze, couro e ferro, essa perna artifi cial surpreendia pela forma de seu joelho extremamente similar ao nosso e tão funcional como ele. Os cientistas capita-neados por Finch irão agora copiar a prótese localizada no Cairo e implantar as réplicas em voluntários. Se tudo der certo, a experiência poderá abrir novos caminhos para a medicina moderna – e tudo a partir de técnicas da me-dicina de milênios atrás.

“Em nossas análises, observamos que o dedo postiço tem sinais de desgaste e uso, sug-erindo que ele foi mesmo utilizado por longo tempo”, diz o cientista britânico Jacky Finch, chefe do Centro de Egip-tologia Biomédica da Universidade de Manchester. “Nos surpreendeu a perfeição dos pontos dobráveis, mostrando que essa pró-tese não visava so-mente o aspecto

reito.” Finch e sua equipe estão prestes a comemorar, assim, o grande passo que deram na história da medicina especializada: da-taram o seu início em pelo menos 700

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