revista confins da terra - tribo mamaindê

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Revista Transcultural da Missão Novas Tribos do Brasil Ano 44 Nº 141 Abr. - Jun. 2010 Foto Arquivo MNTB Mamaindê CONFINS DA TERRA Fome no meio do Amazonas! A Igreja Yanomami pede socorro.

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Revista que relata o trabalho dos missionários da Missão Novas Tribos do Brasil, realizado neste povo.

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Page 1: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

Revista Transcultural da Missão Novas Tribos do Brasil

Ano 44 Nº 141 Abr. - Jun. 2010

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Page 2: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL

Uma associação missionária de fé, fundamental em sua doutrina e de caráter

indenominacional, formada de crentes dedicados à evangelização dos povos

indígenas.

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Novas Tribos do Brasil”Bradesco S/A, agência 240-2Conta Corrente nº 30.814-5

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opções abaixo, quem está dando a oferta, a quem ela se destina, o valor e a data da

remessa.Telefone: (62) 3318-1234Fax: (62) 3318-2000

Correio: Caixa Postal 195375040-970 - Anápolis, GO

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POLÍTICA FINANCEIRA DA MISSÃOOs obreiros que servem com a Missão Novas Tribos do Brasil não recebem

sustento da Missão, pois a mesma não tem recursos próprios nem é subvencionada por

uma igreja ou denominação. Os missionários são sustentados por suas

igrejas ou por ofertas voluntárias individuais.Fone (62) 3318-1234

E-mail: [email protected].

ANO 41 N

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Viagem pelas tribos do Brasil

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Iniciamos na edição 137 uma sérieque passará pelas tribos onde a MNTB atua. Desafios, informações culturais, curiosidades,experiências e muito mais esperam por você.

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Page 3: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL

DA MISSÃO NOVAS TRIBOS DO

BRASIL

Redação

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Telefone: (62) 3318-1234

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Conselho Editorial

Missª. Diva Cunha

Miss. Jadir Siqueira

Editoração

Missª. Diva Bueno Cunha

Revisão

Miss. Jadir Siqueira e Sara Cambuy

Assinaturas

Jefferson Jean da Silva

[email protected]

Programação Visual

Jefferson Jean da Silva

Capa

Foto em destaque: Ivanildo e

Idélson.

Sr. Manoel e sua filha Jaína.

Impressão

Poligráfica

(62) 3280-2000

Tiragem 2500

Distribuição

Missão Novas Tribos do Brasil

Os artigos assinados são de

responsabilidades exclusivas de seus

autores. É expressamente proibida a

reprodução, total e parcial, do

conteúdo da revista, sem prévia

autorização dos titulares dos

direitos autorais.

CONFINS DA TERRA

Missão Novas Tribos do Brasil Confins da Terra 03

Veja nesta edição...

Palavra do Leitor...................................................04Vida Missionária...................................................06A voz do Índio.......................................................07Notícias dos Campos...........................................08SOS Marari..........................................................11Reflexão...............................................................12Pequeno Leitor.....................................................13

Carta ao Leitor

Prezado Leitor,

A Revista Confins da Terra sabe que é mais uma entre milhares de publicações e periódicos, mas tem a pretensão de continuar sendo uma publicação especializada na questão indígena, com informações interessantes sobre cultura e língua, e sobretudo publicando artigos que relatem a rotina de um trabalho transcultural.

Na edição anterior abordamos o trabalho com o povo Manchineri, relatando o que foi realizado depois de anos de presença missionária junto a esta etnia.

Na presente edição apresentamos um trabalho bem no seu início, com a etnia Mamaindê, no Estado de Rondônia.

O caro leitor terá oportunidade de acrescentar ao seu conhecimento curiosidades sobre este povo, com sua cultura e costumes peculiares. Além disso, será edificado pelos testemunhos e reflexão, municiado de pedidos para os seus momentos de intercessão pelos campos missionários.

Boa leitura! Equipe Editorial

Prezado Leitor,

A Revista Confins da Terra sabe que é mais uma entre milhares de publicações e periódicos, mas tem a pretensão de continuar sendo uma publicação especializada na questão indígena, com informações interessantes sobre cultura e língua, e sobretudo publicando artigos que relatem a rotina de um trabalho transcultural.

Na edição anterior abordamos o trabalho com o povo Manchineri, relatando o que foi realizado depois de anos de presença missionária junto a esta etnia.

Na presente edição apresentamos um trabalho bem no seu início, com a etnia Mamaindê, no Estado de Rondônia.

O caro leitor terá oportunidade de acrescentar ao seu conhecimento curiosidades sobre este povo, com sua cultura e costumes peculiares. Além disso, será edificado pelos testemunhos e reflexão, municiado de pedidos para os seus momentos de intercessão pelos campos missionários.

Boa leitura! Equipe Editorial

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Na edição anterior abordamos o trabalho com o povo Manchineri, relatando o que foi realizado depois de anos de presença missionária junto a esta etnia.

Na presente edição apresentamos um trabalho bem no seu início, com a etnia Mamaindê, no Estado de Rondônia.

O caro leitor terá oportunidade de acrescentar ao seu conhecimento curiosidades sobre este povo, com sua cultura e costumes peculiares. Além disso, será edificado pelos testemunhos e reflexão, municiado de pedidos para os seus momentos de intercessão pelos campos missionários.

Boa leitura! Equipe Editorial

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Na edição anterior abordamos o trabalho com o povo Manchineri, relatando o que foi realizado depois de anos de presença missionária junto a esta etnia.

Na presente edição apresentamos um trabalho bem no seu início, com a etnia Mamaindê, no Estado de Rondônia.

O caro leitor terá oportunidade de acrescentar ao seu conhecimento curiosidades sobre este povo, com sua cultura e costumes peculiares. Além disso, será edificado pelos testemunhos e reflexão, municiado de pedidos para os seus momentos de intercessão pelos campos missionários.

Boa leitura! Equipe Editorial

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A Revista Confins da Terra sabe que é mais uma entre milhares de publicações e periódicos, mas tem a pretensão de continuar sendo uma publicação especializada na questão indígena, com informações interessantes sobre cultura e língua, e sobretudo publicando artigos que relatem a rotina de um trabalho transcultural.

Na edição anterior abordamos o trabalho com o povo Manchineri, relatando o que foi realizado depois de anos de presença missionária junto a esta etnia.

Na presente edição apresentamos um trabalho bem no seu início, com a etnia Mamaindê, no Estado de Rondônia.

O caro leitor terá oportunidade de acrescentar ao seu conhecimento curiosidades sobre este povo, com sua cultura e costumes peculiares. Além disso, será edificado pelos testemunhos e reflexão, municiado de pedidos para os seus momentos de intercessão pelos campos missionários.

Boa leitura! Equipe Editorial

Page 4: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

Confins da Terra04 Missão Novas Tribos do Brasil

Você Sabia???

Você Sabia???

Você Sabia???

Quando fizemos uma enquete com os leitores da revista “Confins da Terra”, vários responderam e, entre eles, um apresentou uma crítica construtiva, que decidimos comentar para esclarecer a todos os leitores. Segue a crítica na íntegra:

“Bem, acho que quando a revista apresenta os trabalhos realizados pelos missionários e os próprios missionários faz isso com muita propriedade. Mas em contrapartida quando apresenta os indígenas parece apresentar outro tipo de pessoa. Particularmente não conheço nenhum índio, mas parece que os índios que dão entrevistas na revista, suas falas e até suas fotos, parecem ser moldadas, nem parece que são eles que estão falando, parece que alguém disse o que eles deveriam dizer, gostaria que se mostrassem as pessoas como elas realmente são.” Jefté Moraes Souza – Muriaé-MG.

Nota da redação: Agradecemos a crítica, pois nos ajuda a observarmos certos detalhes em que podemos melhorar. Esclareço que alguns índios que têm sido entrevistados são pessoas que estudam em faculdades, que o Governo Federal tem dado esta oportunidade para eles, por isso falam o português bem. De outros, recebemos suas respostas na própria língua e, através dos colegas que atuam no local, o texto é traduzido para que os leitores possam compreender o que eles falam. Quanto às fotos procuramos ser fiéis ao original que recebemos.

ATENÇÃO!

Nova oportunidade de participação. A você, que gosta de ler informativos missionários, oferecemos a

a oportunidade de ganhar sua assinatura gratuitamente,se conseguir

que três amigos se tornem assinantes. Lembrando que a assinatura anual custa apenas R$20,00. Caso deseje participar, entre em contato conosco,

, enviando o seu endereço completo, bem como o dos seus amigos. [email protected]

Nossa viagem missionária continua!Já passamos por quatro tribos, Pacaas Novos, Gavião, Manchineri e nesta edição Mamaindê.Ainda faltam muitas e você não pode ficar fora desta viagem.Nossa próxima parada é a tribo Tapirapé. Muita informação e desafio espera por você!

Ritual da Menina Moça Mamaindê

No começo do mundo não havia luz, contam os mais velhos que sem a claridade os índios confinavam os meninos que se encontravam na puberdade para que os deuses permitissem a chegada da luz.Esta ação não gerou efeito, com isso surgiu a idéia de confinar as meninas assim que tivessem sua primeira menstruação. Índios mais velhos contam que quando a primeira menina saiu do confinamento, o sol surgiu trazendo claridade para o mundo começando a partir daí o ritual da menina moça.Tribos vizinhas são convidadas, comidas e bebidas típicas são preparadas. A passagem da menina para fase adulta representa um patrimônio disponível aos pais. Para os Mamaindê "menina moça" é sinal de casamento, fato que resulta em dotes. Acontecendo o casamento, aumenta o número de braços e força extra que pode ajudar nas tarefas diárias da caça e da pesca da família da menina. Não é por acaso que na cultura, o nascimento de mulheres é mais festejado tornando o ritual o mais importante dos eventos.Numa festa não pode faltar a comida, esse, é um dos deveres das mulheres, o cardápio oferece a carne bovina, o beiju, a carne moqueada e a chicha. Texto: Auricélia Jezine

Page 5: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

Confins da Terra 05

Povo MamaindêLocalização e População: Os Mamaindê vivem no Estado do Mato Grosso, próximo à cidade de Vilhena – RO, com uma população estimada em 225 pessoas e fazem parte de um grupo indígena conhecido como Nhambiquara.

Contatos com Missionários:Os Mamaindê não tiveram contatos permanentes com missionários católicos, e sim com missionários protestantes do SIL (Instituto Internacional de Linguística) que, desde a década de 1960, estiveram presentes na aldeia, apesar de modo mais esporádico a partir da década de 1990.

Aldeias: Embora vivam em uma região de floresta, eles estabelecem suas aldeias em áreas mais elevadas que possuem o solo arenoso e a vegetação típica do cerrado. O termo halodu (campo, cerrado ou espaço aberto), usado por eles para designar a aldeia, indica que o campo ou cerrado é considerado o local apropriado para a localização de uma aldeia. Atualmente, os Mamaindê habitam em uma aldeia situada no alto de um planalto que é designada “yu'kotndu” (“pendurada na beira/boca” [da serra]). As roças são cultivadas na parte de baixo da serra, em uma área de floresta densa entre os rios Pardo e Cabixi, onde o solo é mais fértil.De acordo com os dados de David Price, a praça da aldeia é o centro da vida pública, onde os rituais são realizados e também onde os mortos são enterrados. O principal critério que permite definir um local como sendo uma “aldeia” é o fato de lá haver mortos enterrados.

Crenças:O poder xamânico é descrito pelos Mamaindê como a posse de muitos objetos e enfeites corporais dados ao xamã (pajé) pelos espíritos dos mortos e também pelo xamã que o iniciou nas técnicas do xamanismo. Assim, dentre todas as pessoas, o xamã é aquela que possui a maior quantidade de enfeites corporais.

Missão Novas Tribos do Brasil

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06 Confins da Terra Missão Novas Tribos do Brasil

assim aceitou nossa moradia na área, Ajudamos o povo também na Conheça o casal de elaborando um documento relatando área social compartilhando com eles miss ionários Júnior isso. Ainda ficamos na cidade de do que temos para suas necessidades

César e Cíntia Ratier – Vilhena por alguns meses fazendo mais urgentes como: transporte e visitas às aldeias. Depois os líderes alimentação. Às vezes ajudamos na entre os Mamaindê – MTda aldeia nos cederam uma casa que escola substituindo algum professor havia sido desse antigo missionário, que precisou se ausentar.por isso não precisamos construir, Existem também mais três somente reformamos a que aldeias além dessa onde moramos. ganhamos para morar. Em maio de P r o c u r a m o s f a z e r v i a g e n s 2008, nos mudamos para a aldeia p e r i ó d i c a s p a r a m a n t e r o central dos mamaindê que se chama relacionamento com elas também.C a p i t ã o P e d r o e t e m Nos primeiros quatro anos de aproximadamente 150 pessoas. O ministério na aldeia preferimos não povo se mostrou bem amigável ter filhos, para nos dedicarmos mais conosco em nossa chegada, todos ao trabalho, pois é o nosso primeiro vieram nos visitar, alguns fizeram ministério e envolve muitas coisas. algumas perguntas sobre nós e nossa Por enquanto somos somente nós família. dois. Pretendemos ter nosso través do testemunho

primeiro filho no ano que vem.e da divulgação de Moramos na aldeia e uma vez Amissionários da

por mês vamos à cidade mais MNTB pudemos conhecer melhor próxima, para fazermos compras, o trabalho indígena no Brasil. cuidarmos da saúde, manter contato Servir a Deus é o nosso desejo e com familiares, amigos e irmãos que não importa o lugar, pois o campo é nos enviam e-mails e ligam para nós. o mundo e cada vida sem Cristo Também buscamos informações também. Porém, a realidade dos para nos atualizarmos pela TV e povos indígenas nos preocupou um Internet.pouco mais. As barreiras para a

D i a r i a m e n t e f a z e m o s chegada do evangelho com certeza caminhada para cuidar bem da saúde são um pouco maiores, o descaso, a Visto que eles falam sua língua e relaxar a mente.indiferença e a falta de materna e preservam seus costumes

oportunidade nos levou a culturais, os velhos e as crianças não considerar que deveríamos nos falam quase nada de português e os colocar a disposição de Deus para demais falam um pouco mais, por nos unir aos poucos missionários isso estamos no processo de que atuam em áreas indígenas. aprendizado da língua e da cultura

Chegamos à tribo em agosto mamaindê. Temos uma rotina diária de 2007 na cidade de Vilhena/RO, a de estudos e procuramos manter o cidade mais próxima da aldeia relacionamento cada vez mais central. Logo fomos à Casa do índio, próximo com o povo, pois é onde pessoas de várias etnias da fundamental para o próprio região, ficam para tratamento de aprendizado, bem como para a saúde, ali tivemos a oportunidade de aceitação pessoal e futuramente a encontrar alguns mamaindê. Depois aceitação do evangelho. O dia a dia disso fizemos algumas viagens às na aldeia faz com que o povo nos aldeias mamaindê, que eram duas, conheça mais e melhor. Evangelizar mas agora são quatro, e através de “entre” as nações envolve esse tipo um missionário da SIL, que de relacionamento, observar e ser trabalhou com esta etnia, fomos observado e, além disso, a amizade e apresentados ao povo, que o amor crescem a cada dia.posteriormente fez uma reunião, e

VIDA MISSIONÁRIAA

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Page 7: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

07

Mito contado por Jaci Mamaindê.

Origem do povo Mamaindê

O povo mamaindê surgiu de um relâmpago. A primeira pessoa que surgiu do relâmpago foi um homem e a segunda foi uma mulher e isso aconteceu no verão e não estava chovendo. O primeiro filho que tiveram foi um homem e o segundo foi uma mulher, assim que essas crianças cresceram mesmo sendo irmãos se casaram. Tiveram dois filhos e foi a primeira vez que foram chamados de irmãos. O primeiro casal que apareceu teve mais dois filhos que se casaram com os filhos do segundo casal, então vieram os mamaindê.Nós, os mamaindê, pensávamos que os “brancos” surgiram como nós, mas agora sabemos que os “brancos” vieram do outro lado do mapa e chegaram até nós.

História contada por Nilo Mamaindê.

Origem do nome Mamaindê

Tinha muita gente trabalhando na roça, então, chegaram os inimigos, mataram todos, escapando somente três e um desses três correu e se escondeu. E depois foi matando todos os inimigos, quando acabaram todos, ele voltou pelo caminho e viu as abelhas comendo todos os corpos. Então, as pessoas começaram chamar aquele homem de “mamãisiru”, que significa abelha que come gente, por isso este grupo se chama “mamãisiru” e no português mamaindê.

Mito da Criação do Povo Mamaindê

Meu nome é Manoel Mamaindê, sou casado e tenho seis filhos, sou liderança em minha aldeia.Quando amanhece eu acordo e penso, vou pescar, então vou e pesco. Outro dia eu vou

para a roça, trabalho também na escola fazendo a merenda. A comunidade quando fica sabendo que terá alguma reunião, pede para eu ir participar. Eu roço em volta da minha casa e também ajudo os homens quando se ajuntam para roçar a aldeia, ajudo também a comunidade quando precisa de mim para derrubar e fazer roça. Tem dia também que vou ao mato caçar.

A minha mulher vai para a roça pegar banana, batata, tucum (tipo de fio para fazer colar), mas quando ela não vai à roça, fica em casa fazendo artesanato e quando tem muita

roupa suja ela lava. No dia que ela sai, eu fico em casa, faço comida para meus filhos e falo para eles irem à escola. Às vezes minha mulher me acompanha nas pescarias.

Quando os missionários que estão morando aqui na aldeia precisam da minha ajuda para falar na língua ou ouvir histórias do meu povo, eu sempre ajudo.

Os meus filhos falam mais na língua, não entendem quase nada de português, nós falamos mais na língua com eles explicamos o nome de cada bicho na língua, o peixe fala assim, o macaco fala assim, a anta fala assim. Eu também dou conselho para os meus filhos não ficarem bagunçando ou batendo um no outro.Se o Jairo Mamaindê (agente de saneamento da Funasa), não está aqui na aldeia eu ligo o motor que puxa a água do poço.Assim é o meu dia a dia na aldeia.

VOZ DO ÍNDIO

Missão Novas Tribos do Brasil Confins da Terra

Page 8: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

08 Confins da Terra Missão Novas Tribos do Brasil

.Equipe Missionaria: Claudete Pereira, Erich e Marita Pfister e Maria do Carmo Revoredo

Maria do Carmo e Claudete estão retornando de suas férias, mas ainda permanecem em Manaus, onde Maria do Carmo aguarda o início do curso de Microscopia, que será de grande ajuda no trabalho.

TRIBO KANAMARI - AM

TRIBO NYENGATU - AMEquipe Missionária : Alisson e Miriã Borges, Marlon e Rosianni Luz

É com muita alegria e animação que o povo Nyengatu se prepara para inaugurar o novo templo da Igreja em Buya Igarapé.Vários materiais da língua nyengatu precisam ser corrigidos, outros traduzidos. Imaginem só, o sr.Salomão, indígena, ficou super motivado para ajudar na correção após assistir o ensino das lições bíblicas dadas pelo missionário Zenilson, na Comunidade de Ambaúba. Ele ficou muito animado e desafiado para que seu povo tenha o mesmo ensino.Alisson e Miriã, passarão um tempo em Manaus devido aos cuidados que Miriã precisa por causa da sua gestação; ela está na 11ª semana fazendo repouso e tomando uma medicação para evitar um outro aborto.

TRIBO WAIÃPI - APEquipe: Daniel e Marcia Schuring, Francisco e Romilda Carvalho, Henrique e Ruth Santos, Milton e Nereide Viana, Rosilda Souza, Silas e Eldna de Lima

Deus tem ouvido suas orações e agora vamos juntos render graças a Ele. !!!Escutem só !!Silas e Eldna enfrentaram com muita alegria, mais uma viagem missionária entre o povo waiãpi, no Amapá.Evangelismo, discipulado, correção de traduções anteriores e lições bíblicas; seis semanas de intensa atividade num trabalho em equipe!!! Além da equipe mencionada acima, pra nossa alegria, temos o casal Allen e Cheryl Jensen, da Missão SIL, ajudando também, na tradução há mais de 30 anos.Muitos waiãpi desejosos de escutar o que os missionários ensinariam da Palavra de Deus naqueles dias !Não crentes interessados, ouviram da Palavra de Deus e alguns expressaram a fé em Cristo !Novos crentes sendo firmados na salvação !!Crentes vibraram muito com o ensino de João 15. Vários expressaram: “ Agora eu quero ser como uma fruteira com muitos frutos doces, não quero mais produzir frutos amargos ou azedos ”.

TRIBO APINAYÉ - TOEquipe Missionária : Alexandre e Alessandra Conde, Elisabeth Mosti, Emerson e Daniela da Silva, Fátima Andrade, Rita Mateus, Rogério e Isis Inácio

Mesmo em meio as muitas lutas com relação a saúde, os missionários, têm experimentado a graça de Deus nos desafios entre o povo apinayé. Continuam realizando atividades para o desenvolvimento do trabalho.

Page 9: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

Missão Novas Tribos do Brasil Confins da Terra 09

TRIBO TAPEBA - CEEquipe Missionária : Deyse Bernardo, Luiz e Maria do Carmo Nicola, Paulo e Eliane Simões, Silvia Chris Messias

O evangelismo com crianças tem sido um grande desafio entre o povo Tapeba!A equipe tem presenciado crianças crescendo espiritualmente, desejando que Jesus faça parte de suas vidas nas situações do dia a dia.Os estudos bíblicos com o povo, são motivo das nossas orações.

MOÇAMBIQUEEquipe : Clemilda Neves, Rafael e Isabel Mapa, Rubenita Santos

Clemilda nos animou com tão boas notícias !Começou ensinar o livro de I Coríntios para adolescentes, que aliás, estão mostrando muito interesse na leitura dos livros da Bíblia.Rubenita, juntamente com outros missionários, se preparam para alcançar o povo Maindo, próximo a cidade de Quelimane. Já conseguiram alugar uma casa nesta cidade e ficarão ali algum tempo antes de se estabelecerem no Distrito, onde o povo Maindo está localizado.Quanta alegria para todos nós sabermos que Rafael e Isabel Mapa, chegaram bem e já estão experimentando da cultura ali. Eles nos mandaram o seguinte recado: “ Dêem graças a Deus por tudo que vocês têm aí no Brasil. Sabemos que muitos dos nossos irmãos da congregação aqui, muitas vezes, não têm nada pra comer no “ mata bicho” (café da manhã) ”

GUINÉ CONACRYEquipe : Ana Lucia e Regina Bueno

Com o coração apertado, a missionária Regina, que trabalha entre o povo Landuma, na Guiné Conackri, nos reporta a dura perda de Sana.Sua história, contada na Revista de nº 135 (out/nov – 2008), muda de direção. Ele estava tomando os medicamentos, as crises de epilepsia pararam, ganhou peso e estava se alimentando bem, mas... no dia 19 p.p a noite, Sana morreu. Como explicar tal acontecimento !?...Os líderes espirituais do povo, administram seus remédios baseados em demônios. Usam veneno para saber se uma pessoa é demônio ou gente.O povo Landuma carece das nossas orações!! Carecem de Deus !!

Tribo Kanamari – AMCuidado de Deus sobre a vida de Erich e Marita temporariamente sozinhos na aldeia.Pelo relacionamento da equipe com o povo Kanamari; pelo aprendizado da língua e cultura;Suprimento de mais um casal para a equipe.

Tribo Nyengatu – AM Marlon e Rosianni, e o filho César Vinícios, carecem de muita sabedoria e proteção ali na aldeia;Pela gravidez da Miriã e o tempo em Manaus;Preparação dos corações do povo nyengatu para receberem o ensino da Palavra de Deus;Aprendizado da língua e cultura, correção e preparação de materiais da língua nyengatu;Suprimento para Alisson e Miriã quanto a aquisição de uma geladeira 12W e painéis solares.

Tribo Apinayé – TOLouvamos a Deus porque os nódulos da Isis não são malignos, contudo ela ainda precisa de acompanhamento. O filho Calebe, também carece das nossas orações, segundo o neurologista, ele apresenta características de autismo.Pelo crescimento espiritual e firmeza na fé.Sabedoria para Rita Mateus no ensino bíblico para os apinayé e também um grupo de fulniô que vive na região.

Tribo Waiãpi – APPor sabedoria para completar a revisão do Novo Testamento e de escrituras do Velho de maneira fluente.Ampliar e melhorar o ensino. Todos querem ter em mãos as Escrituras. Pelo pajé Kaiko, ele está vibrando com a nova vida em Jesus.

Guiné ConackriPela salvação do povo Landuma ;Pela vida da missionária Regina, para que Deus renove suas forças.

Segurando as Cordas

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CONTINENTE AFRICANO

DEZENAS DE TRIBOS BRASILEIRASEquipe: NINGUÉM

Tradução: NADA

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MOÇAMBIQUEPor Clemilda que tem alergia ao Sol, o que a incomoda muito devido à coceira que causa.Pela salvação do povo em Moçambique, e de maneira especial, as pessoas que Clemilda tem dado o ensino da Palavra de Deus.Pela salvação do povo Maindo; Louvem a Deus, Rubenita e sua equipe, conseguiram alugar uma casa na cidade de Quelimane .Entre o povo Maindo, ainda não havia missionários, vamos suplicar por sabedoria para esta equipe chegando para ensinar a Palavra de Deus ali.Rafael e Isabel Mapa agradecem as intercessões de todos pelo tempo de adaptação.

Marcelo Pedro : ( Missionário entre o povo Kuripaco, AM)Nosso irmão continua seu tratamento para leucemia, em Curitiba.Está aguardando os exames que o HC realiza com os possíveis doadores de medula. Enquanto isso, Marcelo e sua esposa, Rute, ganharam passagens ida e volta para Recife, onde poderão se alegrar com os três filhos por alguns dias.Podem imaginar a grande batalha para esta família?Vamos continuar orando por eles, e para que o transplante ocorra o mais rápido possível. Vasti de Senna ( Promotora de Missões)Vamos continuar orando, a luta desta querida missionária é muito grande!Vasti, tem sofrido com dores no olho esquerdo já operado e também no olho direito apresentando os mesmos sintomas.

Elpídia Pinheiro ( Missionária Jubilada )Quantas provas do amor do Pai sobre esta vida!!Atualmente faz controle para o câncer e recentemente se submeteu a um cateterismo; alguns dias depois, uma angioplastia.Está em recuperação e muito grata a todos que estão acompanhando-a com suas intercessões.

Missão Novas Tribos do BrasilConfins da Terra

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SAÚDE

ela graça e misericórdia minha casa acompanhados.de Deus entrei na aldeia Ainda tenho muito para fazer e PCapitão Pedro para aprender, mas estou caminhando

morar e trabalhar em janeiro de 2008. gozando das bênçãos de Deus. Com o Mesmo com todo o treinamento e coração grato, desafiado, convicto de preparação obtidos há sempre certa que um dia este povo conhecerá e preocupação com o novo. Então, nos seguirá a Cristo.perguntamos: Como será? Será que vão O grupo Mamaindê em sua nos aceitar? maioria é bilíngue, mas principalmente

Mas creio que não entramos os idosos e crianças falam somente na sozinhos, porque Deus vai à frente l í n g u a m a t e r n a , t e n d o p o u c o quebrando todas as barreiras. E hoje já conhecimento do português. Além da posso compartilhar de experiências língua materna preservam aspectos que vividas neste ministério. Uma delas na são importantes e relevantes na cultura. área da alimentação que tememos um Assim sendo, entendemos a grande pouco. importância da aquisição de cultura e

Um dia visitando uma das língua para a propagação do Evangelho aldeias Mamaindê chamada Tukumã, de Cristo.me deparei com um macaco inteiro Tenho uma rotina diária de sendo moqueado, a primeira vista não estudo de pelo menos cinco a seis horas me agradou, mas naquele dia não me por dia, contando com ajuda de um índio ofereceram para comer. Então, que se chama Luis Mamaindê, que vai à participando de uma festa da “menina minha casa de segunda a sexta feira, moça”, alguém me ofereceu um pedaço passando pelo menos uma hora por dia de macaco moqueado, que sempre é ensinando-me dentro de um conteúdo servido nesta festa e também dado como pré- estabelecido. Os eventos culturais presentes para os rapazes que conduzem são coletados através de participação a menina no momento da festa, e para os direta nos eventos, como: ida à roça, cantores. Aproveitando a ocasião festas e por visitas feitas as famílias em experimentei deste animal de sabor tão suas casas ou visitas que me fazem . peculiar. Hoje percebo que quando Também visito todas as famílias participo com eles comendo uma caça, da aldeia mensalmente, quase todos os um beiju ou bebendo chicha, ficam bem dias saio de casa e passo um tempo com alegres e não sentem mais vergonha ao uma família específica procurando oferecer algo que faz parte de sua participar do seu dia a dia e conhecer um alimentação. pouco da realidade que existe dentro de

Deus tem me proporcionado cada casa. Verdadeiramente tem sido grandes oportunidades para relacionar muito bom, um grande aprendizado, e com o povo, principalmente com as tem me ajudado quebrar algumas mulheres, moças e crianças. Elas sempre barreiras. Hoje percebo que já existe visitam a minha casa, e com isso temos entre nós um certo grau de confiança e criado um vínculo de amizade. Como amizade. Que Deus seja louvado em sou solteira as mulheres tem um pouco nossas vidas. mais de liberdade visitando-me Missionária Vaniza Lopesconstantemente. Na cultura observamos q u e e l e s t ê m u m a n o r m a comportamental entre homem e mulher.

Não sofri discriminação direta por ser solteira, mas fui questionada algumas vezes, porque ainda não casei, levando em consideração que eles casam bem cedo. Tenho podido testemunhar de Cristo e uma das evidências tem sido o respeito que principalmente os homens e rapazes demonstram por mim; eles só vão a

TESTEMUNHO MISSÍONARIOSeguindo a direção do Pai

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Missão Novas Tribos do Brasil Confins da Terra 11

Missão Novas Tribos do Brasilhá 57 anos levando esperança

até aos confins da Terra

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Missão Novas Tribos do Brasil Confins da Terra11

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Confins da Terra12 Missão Novas Tribos do Brasil

tualmente é comum ouvir rejeitado pelo mesmo povo que sucesso profissional, em nossos nos noticiários sobre deveria tê-lO recebido como seu projetos pessoais, nos nossos Amães que despejam seus Rei e Senhor. Foi impiedosamente planos para o futuro, enquanto

recém-nascidos em latas de lixo, esmurrado, açoitado e crucificado. almas continuam a perecer no ou colocam-nos em sacos Ele foi pendurado numa cruz, inferno? Por que os filhos de Deus, plásticos e jogam-nos em rios; exausto, sangrando e agonizando. em sua maioria, parecem sem filhos planejando assassinato de Jesus sofreu o castigo completo a vigor espiritual, sem se envolver pais; amigos destruindo a vida de fim de que almas nas trevas na causa do Mestre, sem qualquer outros... A última que ouvimos foi pudessem gozar da vida eterna interesse nos que se perdem sem a do vigilante que tirou a vida de junto ao Pai. Ele foi o nosso maior Cristo? Será que a salvação dos um homem por ele simplesmente exemplo! povos não vale o menor sacrifício ter se recusado fechar a janela de Mas um outro exemplo de de nossa parte? Nossa renúncia e um ônibus. Que motivo fútil! quem também entendeu o valor de abdicação? Será que estamos mais Destas, e de outras formas, uma alma é o do Apóstolo Paulo. envolvidos em negócios desse percebemos como a vida tornou-se Para Ele não havia preço alto mundo do que com os planos de sem valor para o ser humano. E demais, se o preço a pagar fosse Deus para o mundo?além disso, parece que, pouco se em prol de uma alma perdida. Paulo em 2 Cor.5:14 tem pensado sobre isso. E, quanto “Fiz-me escravo de todos para estabelece o amor de Cristo como a nós, a Igreja, os filhos de Deus? ganhar alguns...” I Co. 9:19. Em um fator motivador de seu serviço S e r á q u e t e m o s s i d o outra ocasião ele afirmou que a Ele quando declara: “Porque o d e s s e n s i b i l i z a d o s c o m a desejaria ser anátema, separado de amor de Cristo nos constrange”. frequência dessas ocorrências? E Cristo, por amor de seus irmãos Ou seja, somos amados por Cristo quanto ao destino espiritual destas segundo a carne (Rm 9:3). Em e Ele também ama a humanidade vidas? Isso deveria nos fazer A t o s 2 0 : 2 4 n a s s u a s pela qual deu a própria vida, refletir sobre o valor da alma de palavras:“...mas em nada tenho a portanto é desejo Dele que esta um homem. minha vida por preciosa para mim humanidade seja resgatada. Não

Quando voltamos nossos mesmo...” percebemos como ele devemos pregar somente por pensamentos para a Palavra de entendia a atitude sacrificial hobby, nem por desencargo de Deus, logo vemos como Nosso envolvida, quando estamos consciência, ou por pensar que é Senhor Jesus Cristo foi capaz de verdadeiramente engajados na uma responsabilidade nossa sofrer para trazer alegria, de obra do Mestre. A preocupação perante a sociedade. Mas devido à morrer para dar vida. Nos dele não era a de preservar a experiência única do amor de Deus E v a n g e l h o s e n c o n t r a m o s própria vida. O importante para ele proporcionada a nós através de registrados os fatos do maior era viver na dependência de Deus e Cristo Jesus. Saber que Cristo, por evento de toda a história: Jesus cumprir o que seu Deus queria amor, desceu ao ponto mais baixo Cristo na Cruz pagou o mais alto dele. Ele sabia também que isto da auto-humilhação para o nosso valor para redimir a humanidade! iria implicar numa entrega total a bem deve ter um efeito motivador Ele pagou o preço necessário e Ele, num sacrifício de vida, em na vida dos que creem.satisfatório a Deus para resgatar renúncia, e ele, com alegria, estava Como você tem mostrado vidas! (I Tm 2:6) Nosso Senhor disposto. A vida dele não vinha em que uma alma tem grande valor Jesus Cristo desceu ao ponto mais primeiro lugar. Os seus projetos, para Deus?Alguém já disse: “Se baixo da auto-humilhação porque seus planos pessoais, seus sonhos Jesus Cristo que é Deus morreu considerava uma vida algo de não vinham em primeiro lugar. p o r m i m , e n t ã o n e n h u m grande valor. Ele foi motivado Mas a vontade de Deus para a sua sacrifício é grande demais para pelo amor. Relembremos o que própria vida. que eu não o faça por Ele.”estava por trás desse preço pago: Caro leitor, as Sagradas Vamos pagar o preço pelo Jesus foi separado de Deus, Ele foi Escrituras afirmam que uma alma preço que Cristo pagou por nós!traído por Seu próprio discípulo, vale mais do que ganhar o mundo foi preso e acusado falsamente, inteiro. Por que será então, que Missionário Márcio Pimentelinterrogado sem uma causa justa e usamos tanto tempo em busca do

Quanto Vale uma alma?Quanto Vale uma alma?Quanto Vale uma alma?Quanto Vale uma alma?Quanto Vale uma alma?Quanto Vale uma alma?Quanto Vale uma alma?Quanto Vale uma alma?

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Missão Novas Tribos do Brasil Confins da Terra 13

Esse evento contou com a participação dos índios karajá Marcos Wyra Wyra e

Alice Dijuaki, da aldeia Macaúba, na Ilha do Bananal. Várias escolas do ensino fundamental de Anápolis se fizeram presentes. Registramos

entre crianças e adolescentes 2.247 alunos e 136 professores.

Os índios e missionários visitaram também duas creches e a APAE (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Anápolis), a fim de divulgar a cultura indígena. Foi muito gratificante ver a apreciação dos participantes pelos artesanatos, em experimentar o beiju de tapioca e o geladinho de açaí e cupuaçu. O Pr. Marcos contou como é a vida do seu povo, respondeu a muitas perguntas dos ouvintes e também dançou com algumas crianças. Todos assistiram a um filme com informações sobre as tribos do Brasil.

Infelizmente em todo Brasil persiste uma discriminação contra os índios, principalmente nas comunidades vizinhas, em conseqüência de conflitos de terra. No desejo de mudar o conceito que há a respeito dos primeiros habitantes do País, promovemos aqui na Sede Geral da Missão Novas Tribos do Brasil a SEMANA CULTURAL INDÍGENA, o que aconteceu nos dias 12 a 16 de abril de 2010.

DIA DO ÍNDIOTODO DIA É DIA DE ÍNDIO

PEQUENO LEITORHistória de Mawe – indígena Karajá, TO

Um indiozinho Karajá de nome Mawe, morava numa aldeia na Ilha do Bananal, Estado do Tocantins.Ele gostava muito de pescar com seus coleguinhas.Uns missionários que saíram de suas casas lá na cidade grande, vieram para contar as histórias da Bíblia. Mawe não faltava a essas reuniões. Gostava de cantar corinhos, brincar de advinhar as figuras, gostava de ver os desenhos da história da criação do mundo. Ele até cantava os corinhos quando estava remando sua canoa.Um dia, Mawe estava pescando bem do outro lado do rio. As crianças da aldeia não costumavam ir para lá e sabe por quê? Por medo dos espíritos, das almas dos mortos. Os avós do Mawe contavam para ele, que as almas dos mortos iam pegar as crianças que ficassem andando muito longe.Por isso uma missionária quando o viu pescando naquele lugar lhe disse:- Mawe o que você está fazendo aqui? Você não tem medo?Mawe respondeu confiante: - Não.E a missionária perguntou novamente: - E as almas dos mortos? Você não tem medo delas?- Não. Respondeu Mawé. E sabe por quê? Porque eu sei que quem dá medo para gente é o nosso inimigo, o diabo. Mas, ele só engana a gente. Não há almas que vêm nos pegar. Eu acredito em Deus.Esse indiozinho cresceu e está com dezenove anos, já tem um filhinho e conta para ele as Histórias de Deus.

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TESTEMUNHO MISSIONÁRIOA

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Em primeiro lugar, porque o homem sem Cristo está perdido. Não há salvação sem Cristo.Nenhuma religião pode salvar. Nenhuma religião pode nos reconciliar com Deus. O mundo está saturado de muitas eligiões, enquanto a humanidade perece. Não é verdade que toda religião é boa e que todo caminho leva a Deus. Há caminhos que ao homem parecem direito, mas ao fim são caminhos de morte. A ignorância não é outra porta para o céu. Quem sem lei pecar, sem lei perecerá. A não ser que a igreja anuncie o evangelho a todos os povos não haverá esperança de salvação para eles. Só Cristo é a porta do céu, só ele é o caminho que conduz a Deus. Só ele é o mediador entre Deus e os homens. Em segundo lugar, porque a obra de Cristo já foi consumada. A salvação é uma obra planejada por Deus, consumada por Cristo e aplicada pelo Espírito Santo. Tudo já foi feito. Não resta mais nada por fazer. Cristo já morreu e ressuscitou. Ele já enviou o Espírito Santo para capacitar a igreja e já deu a ela o evangelho e o poder para proclamá-lo. Agora, cabe à igreja irao mundo e anunciar que o banquete da salvação está pronto.Em terceiro lugar, porque não há outro evangelho a ser pregado a não ser o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Fazer missões não é pregar cultura, religião nem doutrinas de homens. Muitos têm pregado um outro evangelho, um evangelho híbrido, sincrético, místico; um falso evangelho, um outro evangelho. Mas, só há um evangelho; ele não pode ser mudado nem adulterado ao nosso bel prazer. Não podemos tirar nada dele nem acrescentar nada a ele. Toda mensagem que tira o foco da cruz de Cristo e da sua obra perfeita e consumada na cruz é um falso evangelho que engana os homens em vez de levá-los à fonte da vida eterna.Em quarto lugar, porque só a igreja de Cristo está credenciada a pregar o evangelho. Só há um evangelho e só há uma agência do reino credenciada a pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo, a igreja de Cristo. Se nós nos calarmos, seremos tidos como culpados. A igreja é o método de Deus para alcançar o mundo. Nenhuma embaixada humana, por mais nobre que seja tem competência para anunciar as boas novas da salvação. Nem mesmo os anjos podem desincumbir-se dessa gloriosa tarefa. Ela é nossa e de mais ninguém.Em quinto lugar, porque o tempo de proclamar o evangelho é agora. Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia, enquanto temos oportunidade, enquanto as portas estão abertas. Só temos essa geração para evangelizar os nossos contemporâneos. Se falharmos nessa empreitada, teremos fracassado em nossa missão.Em sexto lugar, porque a evangelização dos povos é uma ordem imperativa, intransferível e inadiável do Senhor Jesus. O universo inteiro se curva diante da autoridade absoluta do Senhor Jesus. Ousaríamos nós desobedecê-la? Se até os demônios obedecem à sua voz, seríamos nós os únicos a fazer pouco caso dela? Não temos escolha, fazer missões não é opção da igreja, é sua responsabilidade inalienável.Em sétimo lugar, porque a conversão daqueles por quem Cristo morreu traz glória ao nome de Deus. Fazemos missões para que os povos venham e se prostrem aos pés de Jesus e dêem a Deus toda a glória devida ao seu nome. A glória de Deus deve ser a nossa motivação mais elevada para evangelizarmos todas os povos, tribos, línguas e nações!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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POR QUE FAZER MISSÕES É UMA TAREFA TÃO URGENTE?

Louvo ao Senhor porque sei que Ele não faz erros. Em um ano já fiz três cateterismos, duas angioplastias, uma cirurgia de intestino para retirada de um tumor maligno e sete meses de quimioterapia. Deus em tudo tem mostrado o quanto Ele me ama e cada vez Ele fica mais precioso para mim. O tempo que passei muito doente foi um tempo dos mais preciosos da minha vida. Quando se está no campo há 47 anos, pensa que aprendeu tudo o que precisava, mas não é bem assim. Eu não sabia que precisava de mais um câncer para saber que eu sou só um vaso de barro, e que tinha e tenho muito que aprender. Aprendi que por mais profundo que seja o vale o Senhor desce conosco. Foram dias muito difíceis, mas valeu a pena sentir os braços do Senhor me amparando e me dando a certeza que Ele nunca me deixaria só; foi um reencontro que tive com Deus, e sei que a vitória será sempre do Senhor seja na vida ou na morte.

Em um dos momentos mais difíceis da minha vida, durante a segunda angioplastia, eu tive um princípio de enfarto, uma dor horrível no peito e sabia que as coisas não estavam boas pelo movimento entre a equipe médica. Naquele momento senti uma paz muito grande, nem falei com Deus, Ele falou comigo e num momento muito ruim com muita dor e desconforto ouvi um lindo coro entoando o hino:“Se paz a mais doce me deres gozar, se dor a mais forte sofrer. Oh! seja o que for Tu me fazes saber que feliz, com Jesus, sempre sou”. Ouvi as quatro estrofes que foram um conforto ao meu coração. Depois que tudo passou, recebi a visita de outra médica que disse que é muito difícil alguém sair de dois enfartos.

Ainda tenho que fazer o controle a cada dois meses, mas sei que a minha vida está nas mãos sábias e poderosas do Senhor. Sei que quero fazer a vontade de Deus até o último dia da minha vida, sei que Ele é soberano e ELE SABE O MEU CAMINHO. Obrigada pelas orações de todos Deus esta respondendo.

Elpidia Pinheiro

Missão Novas Tribos do BrasilConfins da Terra14

Page 15: Revista Confins da Terra - Tribo Mamaindê

O Instituto Missionário Shekinah, localizado em meio a 110 hectares de mata no município de Nova Alvorada do Sul, MS, existe a mais de 40 anos proporcionando um preparo específico e especializado na formação de obreiros transculturais.

Futuros missionários recebem preparo em um ambiente mesclado pela simplicidade da vida rural com o que de mais atual existe em preparo sócio-cultural, linguístico e plantação de igreja.

O curso de 18 meses visa preparar servos do Senhor para a realidade de vida no campo missionário, equipando-os com noções técnicas, ferramentas de análise cultural e linguística, metodologia de ensino bíblico e plantação de igrejas indígenas (autóctones) bem como conhecimentos práticos para a vida em ambientes isolados da modernidade do século 21.

Instituto Missionário Shekinah

CURRICULO

Além das matérias dadas em sala de aula diversos conhecimentos são passados de forma prática. Há um período de acampamento na mata, onde todos aprendem a viver em condições rústicas e em isolamento, instruções básicas de pilotagem e manutenção de voadeiras, instalação e manutenção de painel solar, princípios de mecânica, etc.

Há também uma viagem monitorada a um trabalho indígena no Paraguai onde os alunos colocam em prática as técnicas de aprendizado de cultura e língua e interagem com missionários experientes e com uma igreja indígena madura.

Com cerca de 147 etnias sem presença missionária, ainda por serem alcançadas no Brasil e outras centenas no mundo todo, o Instituto Missionário Shekinah existe para auxiliar a Igreja brasileira no preparo de missionários transculturais bem equipados com técnicas, metodologias e vida cristã.

Pessoas interessadas em fazer o curso em Shekinah devem ter concluído um curso teológico, ser recomendado por sua igreja e ter convicção de seu chamado missionário.

1º SemestreIntrodução a LinguísticaFonéticaGramática (Morfologia)FonologiaAntropologia MissionáriaACL Aquisição de Língua e Cultura

2º SemestrePlantação de IgrejaEvangelismo TransculturalPrincípios de TraduçãoPrincípios de Vida CristãPRÁTICA: Acampamento na SelvaPilotagem de barco

3º SemestreBásico em EnfermagemConhecimentos GeraislBásico em InformáticaLegislação IndígenaFuncionamento da MNTBEducação Bilíngue

Projetos 1. Uma nova caixa de água e encanamento para as casas dos alunos. 2. Construção de mais uma casa para líderes. 3. Construção de novas casas para alunos.

Pedidos de oração 1. Por novos alunos. 2. Sabedoria para os professores e líderes 3. Direção para os alunos na definição de futuros ministérios.

Quanto à previsão de custos para os alunos é o seguinte: R$200,00 por aluno mensalmente e R$70,00 no início de cada semestre. Cada aluno é responsável por suas despesas pessoais e com a alimentação.

Como é internato o Instituto disponibiliza local para morar.

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A tragédia não é o fim dessa história.

O Naufrágio é um relato marcante mostrando

o agir de Deus em meio à dor de uma

tragédia.

Vidas são transformadas com a força do

amor o bem triunfa sobre o mal, a vida sobre a

morte, a luz sobre as trevas.

Este relato vai ajudar você a refletir sobre o

caráter de Deus que está acima do bem e do mal.

Sentimos desejo de louvá-lO e declarar-lhe sua

fidelidade mesmo que tudo ao nosso redor pareça

dizer: “Desista é impossível!"