revista cnt transporte atual - julho/2005

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OS DONOS C NT TRANSPORTE ATUAL APÓS CRISE, AVIAÇÃO SE RECUPERA COM AVANÇOS TECNOLÓGICOS E SUPERJATOS, QUE TAMBÉM ATERRISSAM NO BRASIL EDIÇÃO INFORMATIVA DO SEST/SENAT ANO XI NÚMERO 119 R$ 7,90 DO CEU UM PROBLEMA DE R$ 20 MI DISPUTA CHEGA À EUROPA DISPUTA CHEGA À EUROPA UM PROBLEMA DE R$ 20 MI VANDALISMO GUERRA DOS PNEUS DO CEU ´ ´

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O crescimento do país está focado no comércio internacional e não no potencial reprimido do crescimento da demanda interna.

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Page 1: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

OS DONOS

CNTT R A N S P O R T E A T U A L

APÓS CRISE, AVIAÇÃO SE RECUPERA COM AVANÇOS TECNOLÓGICOS E SUPERJATOS,

QUE TAMBÉM ATERRISSAM NO BRASIL

EDIÇÃO INFORMATIVADO SEST/SENAT

ANO XI NÚMERO 119R$ 7,90

DO CEU

UM PROBLEMADE R$ 20 MI

DISPUTA CHEGA ÀEUROPA

DISPUTA CHEGA ÀEUROPA

UM PROBLEMADE R$ 20 MI

VANDALISMO

GUERRA DOS PNEUS

DO CEU´́

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 1194

FONTE DE PESQUISA

Tenho a satisfação de participara existência, em nossa SãoLuis (MA), da Associação dosquaviários do Estado doMaranhão (AQUAMAR), que contacom um Centro de EstudosAquaviários (CEAMA), o qualdispõe da biblioteca marítima“Coelho Neto”, cujo acervo delivros, revistas e outraspublicações sobre o mar eas atividades pertinentes.Satifaz-me, também, participar,como presidente da entidade,que, consultando a Revista CNTTransporte Atual, verificamoso quanto seu conteúdo podecontribuir para os propósitosdo CEAMA, e para as pesquisase consultas dos nossos visitantese estudantes do nível fundamentalao universitário. Deste modo,prezados companheiros, venhosolicitar que verifiquem apossibilidade de recebermosregularmente, por cortesia,exemplares dessa renomadarevista, a qual, sem dúvidas,muito enriquecerá o acervoda nossa biblioteca. Contandocom o vosso apoio eaquiescência, aguardamosesperançosos. Saudaçõesaquaviárias e portuárias.

Carlos Alberto Santos RamosSão Luis (MA)

A REVISTA CNT

TRANSPORTE

ATUAL CONTRIBUI

PARA AS PESQUISAS

E CONSULTAS DOS

NOSSOS VISITANTES

E ESTUDANTES DO

NÍVEL FUNDAMENTAL

AO UNIVERSITÁRIO

TECNOLOGIA

Parabenizo a todos quefazem a Revista CNTTransporte Atual pelaqualidade das reportagensapresentadas em suasedições. Na revista do mêsde junho (número 118), mechamou a atenção o enfoquedado à utilização de produ-tos naturais – além dosreciclados e dos recicláveis –na composição de algumaspartes de um automóvel, nareportagem “Roupa Nova”.É sem dúvida uma boanotícia saber que asmontadoras estãoiniciando um processoque contribui para a

melhoria do meio ambiente.Fiquei também impressiona-do com a nova tecnologiaque já está sendo testada eque tem chances de substi-tuir em breve o código debarras, emfocada nareportagem “OperaçãoSegurança”. Uma medidaque, se oscustos permitirem, serárealmente de grande valiano sentido de proporcionarmaior segurança notransporte de cargas.Parabéns ao repórter pelaqualidade das informações.

Cândido de Souza LimaPorto Alegre (RS)

INFRA-ESTRUTURA

Com este ofício comunico àVossa Senhoria o recebimentoda Revista CNT TransporteAtual, na qual sãoapresentados artigossobre infra-estrutura nasestradas, aumento do leasinge investimento da China noBrasil. Agradeço o envio e naoportunidade renovo à VossaSenhoria votos de estimae consideração.

José Eduardo Machadode Almeida.Fortaleza (CE)

DUPLICAÇÃO

Escrevo para falar sobre aBR-116, no trecho do km 337ao km 367, conhecida comoSerra dos Noventa. Nestelocal, a rodovia tem que serduplicada urgentemente, nãoadianta colocar controladorde velocidade, pois há muitomovimento de veículospesados, médios e grandes.Privatizar e colocar trêspedágios de São Paulo àdivisa com Paraná semduplicar a Serra dos Noventaé um desatino sem tamanho.E a desculpa do Ibama nãovale, pois na mesma MataAtlântica, bem pertinho dali,o órgão liberou para des-matamento grandes trechospara a nova Imigrantes eAnchieta, de Santos a SãoPaulo. A CNT pode mudareste quadro caótico emque se encontra a pobreSerra dos Noventa.

Luís Antônio doNascimentoSantos (SP)

DOS [email protected]

Escreva para CNT TRANSPORTE ATUALAs cartas devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes

CARTAS PARA ESTA SEÇÃO

Rua Martim de Carvalho, 66130190-090 - Belo Horizonte (MG)Fax (31) 3291-1288E-mail: [email protected]

Por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 5

EDITORIAL CLÉSIO ANDRADE

que se pode di zer de um país comas di men sões ter ri to riais do nos so,com um mer ca do po ten cial de mi -lhões de pes soas ávi das por con su -mir, po rém, com uma bai xa ren da

per ca pi ta que li mi ta sua ca pa ci da dede con su mo bá si co, além das pou casopor tu ni da des ofe re ci das no mer ca dode tra ba lho?

Se gun do o IBGE, a taxa de cres ci men -to nes te pri mei ro tri mes tre fi cou em10,8% – ou seja, o maior ín di ce de cres ci -men to des de 2001. Real men te, pa re ceum in di ca dor fan tás ti co. Será?

Cabe res sal tar que o cres ci men to dopaís está fo ca do no co mér cio in ter na cio -nal e não no po ten cial re pri mi do do cres -ci men to da de man da in ter na, que, no fi nalde 2004, deu ape nas uma li gei ra ele va ção,às cus tas da re du ção da pou pan ça.

Os da dos do IBGE dão uma boa idéiada si tua ção: o con su mo das fa mí lias foide R$ 252,5 bi lhões, os in ves ti men tos nopaís so ma ram R$ 87, 466 bi lhões e as ex -por ta ções de bens e ser vi ços fo ram daor dem de R$ 75,613 bi lhões. Os nú me rosfa lam por si: atra vés de les, aca dê mi cos,es tu dio sos, especialistas em economia eo povo bra si lei ro po dem che gar às suas

pró prias con clu sões.Como em pre sá rio e lí der de um se tor

vi tal para a eco no mia, não po de ría mosomi tir ou tra ques tão ex tre ma men te re -le van te, de gran de im pac to e ini bi do rada ação pro du ti va: a ex traor di ná ria car -ga tri bu tá ria em nos so país, que jogatoda sua fú ria so bre os em pre ga do res esa lá rios.

A car ga tri bu tá ria é in com pa tí vel como cres ci men to que de se ja mos, ini be age ra ção de em pre gos e a ren da que opovo ne ces si ta para des fru tar de umavida dig na e tran qüi la e in via bi li za a pro -du ção para o mer ca do in ter no.

No fi nal de ju nho, um re la tó rio do Ins -ti tu to Bra si lei ro de Pla ne ja men to Tri bu -tá rio (IBPT) in for mou que a car ga tri bu -tá ria re pre sen ta 41,6% do va lor do PIB,com a Co fins e o PIS apon ta dos como osprin ci pais ali men ta do res des se bru talcres ci men to.

Esta é a nos sa dura rea li da de. Tal vezpor isso é que se ja mos co nhe ci dos comote tra cam peões – da so bre vi vên cia, dacria ti vi da de, do bom hu mor e da es pe -ran ça no fu tu ro.

Afi nal, não é a es pe ran ça a úl ti ma quemor re?

"O crescimento do país está focado no comércio internacional enão no potencial reprimido do crescimento da demanda interna"

E a economia, como vai?

O

Page 6: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

ENTREVISTA OTTOMAR PINTO

No vos con fli tos po de -rão ocor rer em Ro -rai ma com o des -con ten ta men to, es -pe cial men te en tre

in dí ge nas e pro du to res ru rais,com a ho mo lo ga ção da Re ser vaRa po sa Ser ra do Sol, as si na dapelo pre si den te Luiz Inácio Lulada Silva em 15 de abril. O go ver nofe de ral já teve que en fren tar o se -qües tro de qua tro po li ciais fe de -rais pe los ín dios ma cu xi e o fe cha -men to da BR-174, que liga Boa Vis -ta a Ma naus e ao res tan te do Bra -sil, em ação rea li za da por ar ro zei -ros, pro du to res de car ne e soja.

O ob je ti vo era o mes mo. Pro -tes tar con tra a de mar ca ção deuma área de 1,7 mi lhão de hec ta -res que, en tre ou tras con se -qüên cias, re ti ra do lo cal os fa -zen dei ros que ocu pa ram a áreae hoje são res pon sá veis pelapro du ção de 70% de todo o ar -roz pro du zi do e in dus tria li za doem Ro rai ma, o que re pre sen ta ria

cer ca de 10% do PIB es ta dual. Para o go ver na dor de Ro rai ma,

Ot to mar Pin to (PTB), a área re pre -sen ta fon te de em pre go e ren dapara 6.000 pes soas e fa tu ra men toanual de R$ 200 mi lhões. O go ver -na dor se re vol tou com a con tra -par ti da ofe re ci da pelo go ver no fe -de ral, de “dis po ni bi li zar, comoprê mio de con so la ção, uma áreadez ve zes me nor – de 150 mil hec -ta res –, para im plan ta ção de Pó losde De sen vol vi men to Agro pe cuá -rio¨. Além de con si de rar o ta ma -nho “in sig ni fi can te”, o gover-nador diz, em en tre vis ta à CNTTrans por te Atual, que a pro pos taé in jus ta. “En quan to se en tre ga a10 mil ín dios 1,7 mi lhão de hec ta -res, pro põe o go ver no fe de ral,para os 420 mil não-ín dios que ha -bi tam Ro rai ma uma área dez ve -zes me nor, em cima da qual po de -rá o povo ro rai men se eri gir o seude sen vol vi men to eco nô mi co “.

Leia a seguir a entrevista como governador de Roraima.

CNT Transporte Atual - Que pre -juí zos traz para o Es ta do de Ro -rai ma a de mar ca ção da re ser vain dí ge na Ra po sa Ser ra do Sol?

Ot to mar Pin to - Re duz aárea agrí co la do Es ta do de Ro -rai ma, onde se en con tra umele va do es to que de ter ras fér -teis; dei xa o Es ta do pri va do deáreas mi ne rais va lio sas, ondepre do mi na a mi ne ra ção de dia -man te e de ouro; pre ju di ca otu ris mo do Es ta do, por não po -der dis por da be le za cê ni ca dare gião, com fi na li da des tu rís ti -cas; com pro me te a se gu ran çado Es ta do e do país, haja vis taque a de mar ca ção, ao im pe dira hu ma ni za ção da fron tei ra,trans for ma-a numa área vul ne -rá vel às in cur sões cri mi no sasde tra fi can tes, con tra ban dis tase ou tros agen tes do cri me.

Quais as con se qüên ciaseco nô mi cas e so ciais para o

Es ta do com a re ti ra da dos ar -ro zei ros da re ser va?

O po lí go no dos ar ro zais é umpólo eco nô mi co sig ni fi ca ti vo parao Es ta do, por re pre sen tar fon tede em pre go e ren da para 6.000pes soas, fa tu ra men to anual de R$200 mi lhões, e a sua eli mi na çãocom pro me te o es trei ta men to dore la cio na men to e co la bo ra çãocres cen tes, que vi nha acon te cen -do en tre os ín dios e os não-ín diosda re gião.

Por que o de cre to fe de ral dei -xou in sa tis fei tos tam bém os ín -dios que vi vem na re ser va? E porque há co mu ni da des in dí ge nasno Es ta do fa vo rá veis à me di da?

O de cre to dei xou in sa tis fei -tos os ín dios reu ni dos na So diur(So cie da de dos Índios Uni dos deRo rai ma) e ou tras as so cia çõesque con si de ram um re tro ces soa me di da e a ca rac te ri zam como

A RESERVA DA DISPOR AMERICO VENTURA

GOVERNADOR DE RORAIMA, OTTOMAR PINTO, EXPLICA OS MOTIVOSESTADO COM A DEMARCAÇÃO PELO GOVERNO FEDERAL DA RESERVA

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 1196

Page 7: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

im plan ta ção de um apar theid.Tam bém: os ín dios da et nia in -ga ri có, no ex tre mo nor te da re -ser va, ma ni fes tam-se in sa tis fei -tos por que plei teiam uma áreaex clu si va, não se en vol ven docom as de mais et nias de Ra po saSer ra do Sol (ma cu xi, tau re pang,pa ta mo na e wa pi xa na). Os ín -dios fa vo rá veis ao de cre to sãoaque les que fa zem par te do CIR(Con se lho In dí ge na de Ro rai ma),sob orien ta ção da Igre ja Ca tó li -ca. Con vém sa lien tar que os ín -dios fa vo rá veis à de mar ca çãoda for ma como ocor reu cons ti -tuem mi no ria, o que tam bémcon tri bui para a exa cer ba çãodos âni mos.

Os plan ta do res de ar roz efa zen dei ros a se rem re mo vi dosda ter ra in dí ge na re ce be rão dogo ver no fe de ral uma área de150 mil hec ta res, nos quais se -rão im plan ta dos Pó los de De -sen vol vi men to Agro pe cuá rio.

Já exis te área de fi ni da? O ta -ma nho é o ideal?

Per de a eco no mia do Es ta do1,7 mi lhão de hec ta res de ter ras epre ten de o go ver no fe de ral dis -po ni bi li zar, como prê mio de con -so la ção, uma área dez ve zes me -nor – de 150 mil hec ta res –, paraim plan ta ção de Pó los de De sen -vol vi men to Agro pe cuá rio. Cla roque o ta ma nho é in sig ni fi can te.Cla ro tam bém que a pro pos ta éin jus ta, pois en quan to se en tre gaa 10 mil ín dios 1,7 mi lhão de hec ta -res, pro põe o go ver no fe de ral,para os 420 mil não-ín dios queha bi tam Ro rai ma uma área dezve zes me nor, em cima da qual,tam bém en ten de o go ver no fe de -ral, po de rá o povo ro rai men se eri -gir o seu de sen vol vi men to eco nô -mi co e a sua pros pe ri da de.

O pra zo de um ano es ta be -le ci do no de cre to para a re ti -ra da da po pu la ção não-in dí -

ge na da área é su fi cien te? Hápe ri go de no vos con fli tos du -ran te este pe río do?

O pra zo não é su fi cien te. Pro -va vel men te, ha ve rá con fli to.

O go ver no já apre sen touo cus to to tal das in de ni za -ções e a fon te de re cur sospara pa gar os agro pe cua ris -tas e mo ra do res que de ve -rão dei xar a área?

Não. O go ver no fe de raltam bém não apor tou, atéago ra, os pro me ti dos re cur -sos para re cu pe ra ção de es -tra das, ma nu ten ção da saú -de, edu ca ção, agri cul tu raetc, em Ra po sa Ser ra do Sol.

Qual a po pu la ção dastrês ci da des na área da re -ser va e que se rão de sa ti -va das? Qual o pla no para are mo ção das fa mí lias? Elas

ocu pa rão áreas do Es ta doou da União?

As vi las Mu tum, Socó e ÁguaFria, no mu ni cí pio de Ui ra mu tã,têm em tor no de 3.500 ha bi tan -tes. O go ver no es ta dual des co -nhe ce qual quer pla no do go ver -no fe de ral para re mo ção das fa -mí lias, como tam bém a de fi ni -ção das áreas ocu pa das – se doEs ta do de Ro rai ma ou da União.

A trans fe rên cia das fa mí liasdas re ser vas in dí ge nas já co -me çou? Elas se rão alo ca dasnos Pó los de De sen vol vi men toou em as sen ta men tos?

Não. Po de rão ser alo ca das emas sen ta men tos.

O go ver no es ta dual tempar ti ci pa do da re mo ção dapo pu la ção não-in dí ge na dare ser va? Ain da acre di taque seja pos sí vel al te rar

CÓRDIA

DE TANTA RESISTÊNCIA NORAPOSA SERRA DO SOL

WILSON DIAS/ABR

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 7

Page 8: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

de al gu ma for ma o de cre tofe de ral?

O go ver no es ta dual, sem dú vi -da, de ve rá par ti ci par da re mo çãoda po pu la ção não-in dí ge na, seisso vier real men te a acon te cer.O go ver no de Ro rai ma acre di taain da na pos si bi li da de de al te ra -ção da for ma do de cre to fe de ralque pos sa en se jar a per ma nên ciana área das vi las e tam bém pre -ser ve o po lí go no dos ar ro zais.

O se nhor considerou a pos -si bi li da de de li de rar um mo vi -men to se pa ra tis ta em Ro rai macom a as si na tu ra do de cre tode de mar ca ção da re ser va Ra -po sa Ser ra do Sol? Ain da pen -sa nes sa pos si bi li da de? Emque ter mos isso se da ria?

Nun ca pas sou por mi nha ca be -ça a idéia ab sur da de li de rar mo vi -men to se pa ra tis ta em Ro rai ma.Sou mi li tar de ori gem e de pro fis -são e, aci ma de tudo, um pa trio ta.Amo a mi nha Pá tria. E é por amorao Bra sil que me opo nho fir me -men te con tra o de cre to de cria çãoda área in dí ge na, por que ela tor navul ne rá vel a fron tei ra.

O de cre to fe de ral es ta be le -cia o mês de maio para o iní cioda re mo ção da co mu ni da denão-in dí ge na da re ser va? Issojá está acon te cen do? O efe ti vodo Exér ci to e os po li ciais es tãoso fren do re sis tên cias?

Não acon te ceu e não se sabequan do irá acon te cer. Efe ti vo doExér ci to... Su po nho que a cons -ciên cia crí ti ca do Exér ci to não seali nha com as in ten ções do de -cre to que cria a área in dí ge naem ques tão.

Que tipo de obri ga ções es -tão em mãos do Es ta do e quede ve rão pas sar para a Uniãocom a de mar ca ção da re ser vain dí ge na Ra po sa Ser ra do Sol?

Den tre ou tras obri ga ções, opro vi men to da edu ca ção, da saú -de, da ener gia elé tri ca, a con ser -va ção das es tra das, o apoio àagri cul tu ra, à pis ci cul tu ra e a se -gu ran ça pú bli ca.

Exis te real men te na áreade mar ca da a maior ja zi da deouro do mun do, e ou tros mi -ne rais como dia man tes, cas -si te ri ta, nió bio, tân ta lo e ti -tâ nio? O que im pe de que aárea seja ex plo ra da?

Exis tem di ver sos ja zi men -tos mi ne rais na área que fo -ram de tec ta dos pelo DNPM(Departamento Nacional deProdução Mineral) e pela CPRM(Companhia de Pesquisa deRecursos Minerais), tais comodia man te, ouro etc. Pro va vel -men te, a su pe ra bun dân cia dere cur sos mi ne rais seja um dosmo ti vos da co bi ça da área porgru pos es tran gei ros.

O des ma ta men to ile gal naAma zô nia anda a pas sos lar -gos e já pro vo cou di ver soscon fli tos na re gião, es pe cial -men te no Mato Gros so, Ron -dô nia e Pará. O que o paíspre ci sa fa zer para aca barcom esse cri me?

Para evi tar o des ma ta men toile gal da Ama zô nia é ne ces sá -rio o mo ni to ra men to, por sa té -li te, dos in cên dios e que sepro ces se uma po lí ti ca flo res talade qua da aos di ver sos in te res -ses em jogo. No caso es pe cí fi -co do des ma ta men to de vi do àagri cul tu ra, so bre tu do a agri -cul tu ra fa mi liar, a so lu ção po -de rá ad vir do for ne ci men to detra to res, ara dos, meios me câ -ni cos que pos sam os po de respú bli cos es ta dual e mu ni ci paluti li zar em be ne fí cio dos pro -du to res ru rais, pon do fim àagri cul tu ra iti ne ran te, que temnas quei ma das a sua prin ci palfer ra men ta de ação.

A mi nis tra do MeioAm bien te, Ma ri na Sil va,dis se que o com ba te aodes ma ta men to ile gal éprio ri da de do Iba ma.Esse com ba te exis te?

O com ba te exis te de for maepi só di ca. Os re la tó rios dossa té li tes que mo ni to ram aAma zô nia re ve lam o des ma ta -men to da hi léia.

A cor rup ção é um dosgran des em pe ci lhos paracom ba ter o des ma ta men to.Como o po der pú bli co deveen fren tar essa prá ti ca?

Ro ta ti vi da de dos car gos deche fia do Iba ma, su per vi sãomais in ten sa e uma po lí ti caade qua da ao se tor.

Qual a si tua ção do des ma ta -men to ile gal em Ro rai ma hoje?

São 40 mil km2 de sa va nas,vo ca cio na das para a agri cul tu raca pi ta lis ta. Se o go ver no fe de ralre tor nar ao Es ta do de Ro rai ma aster ras que cons ti tu cio nal men telhe per ten cem, po de rá o Es ta dopla ne jar e im ple men tar o seu de -sen vol vi men to agrí co la e pe cuá -rio. Um dos gra ves pro ble mascom que se de fron ta o Es ta do é aau sên cia de ti tu la ri da de das ter -ras. O pos sei ro, via de re gra, é umpre da dor. Ele sabe que tem o do -mí nio da que la ter ra e isso é umca mi nho para os gri lei ros e todasor te de aven tu rei ros. Nas mãosdo Es ta do, es sas ter ras se rão ob -je to de pla ne ja men to e dis tri bui -ção, pe los meios le gais, às cen te -nas de pro du to res agrí co las.Além dis so, o Es ta do pro mo ve ráno vos as sen ta men tos para aagri cul tu ra fa mi liar. A con ju ga -ção des sas duas for ças en se ja ráa di nâ mi ca do de sen vol vi men tode que tan to pre ci sa a so cie da dero rai men se. l

“É POR AMOR AO BRASIL QUE ME OPONHO CONTRA A CRIAÇÃO DAÁREA INDÍGENA, PORQUE ELA TORNA VULNERÁVEL A FRONTEIRA”

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 1198

Page 9: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005
Page 10: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL JULHO 200510 CNT TRANSPORTE ATUAL MAIO 200510CNTCONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE

PRESIDENTE DA CNTClésio Andrade

PRESIDENTE DE HONRA DA CNTThiers Fattori Costa

VICE-PRESIDENTES DA CNTTRANSPORTE DE CARGAS

Newton Jerônimo Gibson Duarte RodriguesTRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Meton Soares JúniorTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Benedicto Dario FerrazTRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José Fioravanti

PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃOTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Otávio Vieira da Cunha Filho Ilso Pedro Menta TRANSPORTE DE CARGAS

Flávio BenattiAntônio Pereira de SiqueiraTRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da Fonseca Lopes Mariano Costa TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Glen Gordon FindlayClaudio Roberto Fernandes DecourtTRANSPORTE FERROVIÁRIO

Bernardo José Gonçalves de FigueiredoClóvis MunizTRANSPORTE AÉREO

Wolner José Pereira de Aguiar (vice no exercício da presidência)

CONSELHO FISCAL (TITULARES)Waldemar AraújoDavid Lopes de OliveiraLuiz Maldonado Marthos Éder Dal’lago

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)René Adão Alves PintoGetúlio Vargas de Moura BraatzRobert Cyrill Higgins

DIRETORIATRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

Denisar de Almeida ArneiroEduardo Ferreira RebuzziFrancisco PelúcioIrani Bertolini

Jésu Ignácio de AraújoJorge Marques TrilhaOswaldo Dias de CastroRomeu Natal PazanRomeu Nerci LuftTânia DrumondAugusto Dalçóquio NetoValmor WeissPaulo Vicente CaleffiJosé Hélio Fernandes

TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Luiz Wagner ChieppeAlfredo José Bezerra LeiteNarciso Gonçalves dos SantosJosé Augusto PinheiroMarcus Vinícius GravinaOscar ConteTarcísio Schettino RibeiroMarco Antônio GulinEudo Laranjeiras CostaAntônio Carlos Melgaço KnitellAbrão Abdo IzaccJoão de Campos PalmaFrancisco Saldanha BezerraJerson Antonio Picoli

TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

Edgar Ferreira de SousaJosé Alexandrino Ferreira NetoJosé Percides RodriguesLuiz Maldonado MarthosSandoval Geraldino dos SantosJosé VeronezWaldemar StimamilioAndré Luiz CostaArmando BroccoHeraldo Gomes Andrade Claudinei Natal PelegriniGetúlio Vargas de Moura BraatzCelso Fernandes NetoNeirman Moreira da Silva

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Glen Gordon FindlayLuiz Rebelo NetoMoacyr BonelliAlcy Hagge Cavalcante Carlos Affonso CerveiraMarcelino José Lobato NascimentoMaurício Möckel PaschoalMilton Ferreira TitoSilvio Vasco Campos JorgeCláudio Martins MaroteJorge Leônidas Melo PinhoRonaldo Mattos de Oliveira LimaBruno Bastos Lima Rocha

CONSELHO EDITORIALAlmerindo Camilo Aristides França NetoBernardino Rios Pim Etevaldo Dias Hélcio Zolini Maria Tereza Pantoja

REDAÇÃOAC&S MídiaEDITOR RESPONSÁVEL

Almerindo Camilo [[email protected]]EDITORES-EXECUTIVOS

Ricardo Ballarine [[email protected]]Antonio Seara [[email protected]]

FALE COM A REDAÇÃO(31) 3291-1288 • [email protected] Rua Martim de Carvalho, 661 S. Agostinho • CEP 30190-090 • Belo Horizonte (MG)ASSINATURAS 0800-782891 ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO [email protected]

PUBLICIDADERemar (11) 3086-3828 REPRESENTANTES

Celso Marino (11) 9141-2938 Fabio Dantas (11) 9222-9247

Publicação do Sest/Senat, registrada no Cartório do 1º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob o número 053. Editada sob responsabilidade da AC&S Assessoria em Comunicação e Serviços Ltda.Tiragem 40 mil exemplares

Os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual

PÁGINA

44ALVOS DO VANDALISMOPlacas nas rodovias são usadas até como prática de tiro ao alvo

GUERRA DOS PNEUSCongresso Nacional egoverno compram abriga contra europeus

PÁGINA 18

INFRA-ESTRUTURABahia investe em logísticade transporte parasustentar crescimento

PÁGINA 51

Page 11: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

Cartas 4Editorial 5Artigo 12Mais Transporte 14Alexandre Garcia 17Sest/Senat 41Congresso ABTC 48Debate 62Rede Transporte 64Humor 66

CAPA AIRBUS/DIVULGAÇÃO

MARÇO 2005 CNT REVISTA 11JANEIRO 2005 CNT REVISTA 11OUTUBRO 2004 CNT REVISTA 11AGOSTO 2004 CNT REVISTA 11CNTANO XI | NÚMERO 119

T R A N S P O R T E A T U A L

REPORTAGEM DE CAPAA aviação comercial dá novos passospara superar de vez a crise com novosjatos. No Brasil, a TAM renova frota com o que há de mais moderno no mundo

PÁGINA

26

PÁGINA

54

PERIGO NOSTRILHOSAcidentes nas ferroviastêm quedaacentuada de46% desde1997, com o chegada da iniciativa privada, masíndice ainda é alto

ENTREVISTAGovernador de Roraima,Ottomar Pinto, fala dareserva Serra do Sol

PÁGINA 6

CONCESSÕESTCU deve emitir parecer este mês sobre novos trechos para licitação

PÁGINA 34

E MAIS

Page 12: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

MARCOS VINICIOS VILAÇA

“HAVERIA QUE SE TER UMA PROPORÇÃO RESPONSÁ

a apre cia ção, por im pe ra ti vo cons ti tu cio -nal, das con tas do go ver no, re la ti vas aoexer cí cio de 2004, em ses são es pe cial doTCU, fe li ci tei o re la tor mi nis tro Ben ja minZymler – e não o fiz por mera for ma li da de,

mas por im pe ra ti vo de jus ti ça – pelo com pe ten tetra ba lho que nos apre sen tou. Ve ri fi quei que éaná li se mar ca da pela ra zoa bi li da de, cons cien teda su pre ma re le vân cia de uma ges tão ad mi nis -tra ti va cen tra da no equi lí brio das fi nan ças pú bli -cas, mas que não dei xe de ser cons tru ti va.

Acres cen tei co men tá rios ao tó pi co do re la -tó rio que tra ta do uso dos re cur sos da Cide(Con tri bui ção de In ter ven ção no Do mí nio Eco -nô mi co).

Ao des cre ver a evo lu ção dos in ves ti men -tos em in fra-es tru tu ra, o re la tó rio nos mos -trou que 2004 foi pior do que os cin co anosan te rio res em ter mos de re cur sos apli ca dosno se tor. En quan to isso, per to de R$ 10 bi -lhões con cer nen tes à ar re ca da ção da Cide so -bra ram no cai xa do Te sou ro Na cio nal, semapro vei ta men to nas fi na li da des apro pria das,en tre elas o seg men to de trans por tes.

Com preen do que a uti li za ção dos re cur sosda Cide para a com po si ção do su pe rá vit pri -má rio, em de tri men to da sua vo ca ção cons ti -tu cio nal de me lho ria dos trans por tes, nãocons ti tui uma prá ti ca lou vá vel. Quan do a Cidefoi cria da, em 2001, o país já tra ba lha va comme tas de su pe rá vit pri má rio.

As sim, teo ri ca men te, as des pe sas cus tea dascom a Cide não de ve riam afe tar o re sul ta do pri -má rio, con si de ran do que fa ziam con tra par ti da

com uma nova fon te de re cei tas, de ri va da do sa -cri fí cio da po pu la ção.

Na rea li da de, o su pe rá vit pri má rio tem sidoal can ça do, em boa me di da, gra ças à ele va ção dacar ga tri bu tá ria e ao cor te dos in ves ti men tos so -ciais e es tru tu rais.

Te nho para mim que se deva pro cu rar umequi lí brio en tre a di mi nui ção do en di vi da men topú bli co e o de sen vol vi men to eco nô mi co. Con -cen trar todo o es for ço no su pe rá vit pri má rio,com o in ten to de bai xar em rit mo ace le ra do a re -la ção da dí vi da so bre o PIB, mas ze ran do os in -ves ti men tos, pa re ce não ser um bom ca mi nho.Afi nal, além de ajus te fis cal, o cres ci men to sus -ten tá vel de pen de tam bém da pre pa ra ção es tru -tu ral do país. Lem brem-se dos pre juí zos cau sa -dos pela fal ta de ex pan são do se tor ener gé ti co,que cul mi nou no co lap so do sis te ma em 2001.

Em 2004, tal vez te nha ha vi do de ma sia da aus -te ri da de na rea li za ção do su pe rá vit pri má rio,que re fle tiu de for ma bas tan te ne ga ti va nos in -ves ti men tos em in fra-es tru tu ra. Lem bro que ameta de su pe rá vit fis cal fi xa da na LDO para oano foi ul tra pas sa da em R$ 5,6 bi lhões.

As re cei tas pro ve nien tes da Cide são vin -cu la das a de ter mi na dos in ves ti men tos. Comonão po dem ser em pre ga das no pa ga men to deen car gos da dí vi da, a su pres são dos in ves ti -men tos acar re ta a ma nu ten ção dos re cur sosem cai xa, como vem acon te cen do. Es tão as -sim ser vin do tão-so men te para com por o re -sul ta do do su pe rá vit pri má rio.

Creio que o mais im por tan te, no ajus te fis -cal, é a ob ten ção con tí nua de su pe rá vit pri -

Contas do governo,Cide e Neruda

N

CARTA ABERTA

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VEL ENTRE O ENXUGAMENTO DA DÍVIDA E O NÍVEL DE INVESTIMENTOS”

má rio, sem que isso im por te ne ces sa ria men -te a eli mi na ção de in ves ti men tos. Com re du -ção pau la ti na do en di vi da men to, fei ta demodo pla ne ja do e se gu ro, o país po de rá per -fei ta men te ob ter e man ter pe ran te o mer ca -do ex ter no a cre di bi li da de quan to à sua ca pa -ci da de de pa ga men to da dí vi da, pos si bi li tan -do a ala van ca gem dos re cur sos es tran gei roses sen ciais para o aque ci men to da eco no mia.

Ha ve ria que se ter, digo no va men te, umapro por ção res pon sá vel en tre o en xu ga men toda dí vi da e o ní vel de in ves ti men tos. Nem es -ban ja men to, nem pe nú ria. Algo ur gen te nes sesen ti do deve ser fei to, con si de ran do as ne ces -si da des de in fra-es tru tu ra, a exis tên cia de dis -po ni bi li da des para in ves ti men tos e a pos sí velmo de ra ção das me tas atuais de su pe rá vit pri -

má rio sem com pro me ti men to da pro gres si vadi mi nui ção do en di vi da men to.

Em todo caso, quan to à ques tão da pro cu rade al ter na ti vas para o fi nan cia men to da in fra-es -tru tu ra, com de so ne ra ção do or ça men to daUnião, devo lou var os avan ços con quis ta dos comre la ção ao pro gra ma de Par ce rias Pú bli co-Pri va -das, que in di cam ser uma for ma in te li gen te econ tro la da de de sen vol vi men to.

Ao fi nal de tudo ain da nos res ta re pe tir Ne ru -da: “Dai-me toda a dor do mun do/ vou trans for -má-la em es pe ran ça”.

MARCOS VINICIOS VILAÇAMinistro do Tribunal de Contas da UniãoAr ti go originalmente pu bli ca do no

“Jor nal do Comércio”, Recife (PE), em 19/6/2005

DUKE

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MAIS TRANSPORTE

A Induscar, encarroçadorade ônibus da marca Caio,fechou a venda de mais 110 carrocerias para o sistemade transporte Transantiago, do Chile, além das 530 carrocerias articuladas que jáserão fornecidas à Subus Chile,vendidas pela Volvo do Brasil.As 110 carrocerias não serãoarticuladas como as anteriores,terão piso baixo, com rampa de acesso e espaço acadeirantes, encarroçadassobre chassi B7R LE.

INDUSCAR

A Volkswagen Caminhões e Ônibusvem mantendo excelente desem-penho em países sul-americanos.Em abril, chegou à vice-liderançano mercado argentino, com 20%de participação. Já no Peru, consolidou a liderança no primeirotrimestre, com 22,5% das vendasda indústria.

VOLKSWAGEN

Um equipamento capaz de recon-hecer as placas dos veículos paraflagrar, entre outras coisas, roubode carros e cargas e falta de paga-mento de IPVA está em implan-tação em São Paulo. Somente noteste que a CET promoveu empoucos dias, foram reconhecidosmais de 20 carros roubados.

TECNOLOGIA

Estatísticas da PolíciaRodoviária apontam que,após quase cinco meses da entrega da duplicação,a rodovia Mogi-Dutra (SP-88) apresenta considerávelredução de acidentes notrecho entre o bairroJardim Aracy e o entronca-

mento com a rodoviaAyrton Senna. Desdejaneiro até o mês de maiohouve uma queda de 54%nas ocorrências, se comparado ao mesmoperíodo do ano anterior,quando foi registrado omaior índice de acidentes.

CAEM ACIDENTES NA MOGI-DUTRA

POR JOÃO SAMPAIO | [email protected]

RÁPIDAS

• Chama-se “Setcesp: Transportando oBrasil Estradeiro, Coração Batuqueiro,Coração Brasileiro” o enredo que aescola de samba Unidos de Vila Marialevará à passarela do samba noCarnaval 2006 de São Paulo.

• Acontece em Curitiba (PR), de 24 a26 de agosto, a 36ª Reunião Anual daPavimentação (RAPv), promovida pelaAssociação Brasileira da Pavimentação(ABPv). Para maiores informações,mande e-mail para [email protected].

• O governo de São Paulo pretendeanular as multas de trânsito aplicadasnas rodovias estaduais até o ano de2002 e que ainda não tenham sido jul-gadas. São aproximadamente 147 milmultas sujeitas ao cancelamento

• Foi publicada no “Diário Oficialda União” de 28 de junho a lei quegarante o direito aos portadoresde deficiência visual de entrar epermanecer em locais e meios detransporte público com cão-guia.

SCÂNIA/DIVULGAÇÃO

NO MAR Lancha de patrulha blindada da Polícia Federal, equipada com motor Scania DI 12 57M, quevai integrar o novo Sistema Nacional de Polícia Marítima do Rio e Santos (SP). As embarcações fazemparte de investimentos de R$ 31 milhões, que incluem mais 10 lanchas, botes e outros equipamentos

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É PRECISO APOIAR SEM PUDORES A EMPRESA NACIONAL, PARA QUENÃO FIQUEMOS ETERNAMENTE REFÉNS DO CAPITAL MULTINACIONAL

A Ecovias, concessionáriaadministradora da rodoviados Imigrantes, anunciouque até 2010 a rodovia terámais uma faixa de trânsito,ficando com cinco faixas emcada lado, no trecho entre okm 40 e São Paulo. Deverãoser investidos R$ 45 milhões.Até o fim das obras de conservação do sistemaAnchieta-Imigrantes, em2010, a Ecovias diz que a pre-visão é de que sejam gastosR$ 663,7 milhões.

IMIGRANTES SINDICATOS DE QUÊ?

FRASES

“Há a crítica sobre a capacidade doMinistério dos Transportes, que, mesmocom um orçamento maior, não conseguegastar toda a verba que tem”

Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional, em audiência naComissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, afirmandoque apenas 0,23% do montante orçamentário previsto foi aplicadopelos ministérios até maio. No “Jornal do Brasil” de 21 de junho.

“As rodovias federais que cortam oEstado de Goiás estão parecendo o sololunar: repletos de crateras”

Demóstenes Torres, senador pelo PFL-GO, em discurso noplenário do Senado. Na “Gazeta Mercantil” de 21 de junho.

“Sinto que o Brasil estáredescobrindo a ferrovia”

Júlio Fontana, presidente da MRS Logística.Em “O Estado de S. Paulo” de 12 de junho.

“Houve uma estabilização momentânea naBolívia, que dá um certo conforto. Mas algunsdanos da crise são irreversíveis, como aconfiabilidade do fornecimento de gás”

Wagner Victer, secretário de Energia, Indústria Naval ePetróleo do Rio de Janeiro, a respeito da crise política naBolívia, principal exportadora de gás natural para o Brasil.No “Valor econômico” de 22 de junho.

“Cansei de amargar prejuízos com oconserto e a depreciação do meu carro e a eterna dificuldade de escoar a produção”

Gilberto Goulart Pessoa, fazendeiro, que vendeu suasterras em Bocaiúva (MG), depois de sofrer por 32 anos com asmás condições da BR-135, principal ligação do Norte de Minascom Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília. No “Hoje em Dia”de 22 de junho.

Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em artigo na “Folha de S. Paulo” de 14 de junho

Deu no “CorreioBraziliense” de 20 dejunho: “Falta de controlee regras ultrapassadassão terreno fértil para acriação de entidadesque não representamninguém e têm comoúnico objetivo receber oimposto sindical, quedeve chegar a R$ 700milhões este ano. A listade espera no Ministériodo Trabalho é extensa enão pára de crescer. Há

quem solicite autorização para fundar o SindicatoNacional da Cerveja. O Sindicato das Famíliasde Belo Horizonte também espera sinalverde. O Sindicato dosJogadores de Sinucafecha a relação de pedidos inusitados. Em 2003, foram contabilizadas 1.161 solicitações para a criação de sindicatos.

Mais de 250 empresários, lideranças efornecedores do setor de transporterodoviário de cargas (TRC) de todo oBrasil se reuniram em Contagem (MG),nos dias 16 e 17 de junho, para o 10ºEncontro Mineiro do TRC. Os participantesdiscutiram as dificuldadesenfrentadas pelo setor e ações emergenciais neste campo. O foco do encontro foi o roubo de cargas, que resulta em um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão para o país. O presidente da CNT, Clésio Andrade,afirmou, no encontro, que “situaçõescomo a concentração de grandes atacadistas e rotas de fugas para SãoPaulo são fatores que impulsionam as ocorrências de roubo”, referindo-seespecialmente às regiões mineiras do

Triângulo e Sul. Clésio Andrade disse ainda que “a deterioração dasrodovias do país contribui não só para o aumento do roubo de cargas,mas também para as perdas humanas.No momento em que o caminhoneirotem de reduzir muito a velocidade por causa dos buracos, acaba ficandobem mais vulnerável”. O presidente da Federação das Empresas deTransporte de Carga do Estado deMinas Gerais (Fetcemg), Jésu Ignáciode Araújo, abriu o encontro falandoque os problemas do setor são osmesmos há alguns anos. “Falta regulamentação, as condições dasestradas e das rodovias são péssimase as soluções, lentas para coibir oroubo de carga no país”, disse.

ENCONTRO DE TRC PRESTIGIADO EM MINAS

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MAIS TRANSPORTE

viaturas participaram damobilização para garantir asegurança do evento. A queimafoi iniciada pelo ministro daJustiça, Márcio Thomaz Bastos,que, do alto de um forno, a 60metros do chão, lançou osprimeiros pacotes de cocaínaao fogo. Foram incineradosmaconha, cocaína, crack ehaxixe. Os pacotes, empilhados,atingiram três metros de alturapor 18 metros de extensão.Este ano, está prevista adestruição de mais de 140toneladas de drogas. "A queimadas drogas tem um sentidopedagógico. Mostra que ocombate ao tráfico é levadoa sério pelo governo", disse o

A Secretaria dos Transportes deCampinas (SP) divulgou um rank-ing dos motoristas infratores em2004. O campeão em número demultas é o motorista de umKadett cinza, ano 1994, que rece-beu 447 notificações. As multasdo Kadett, que teve sua placa e onome de seu proprietário preser-vados, somam R$ 136 mil e equiv-alem a 2.590 pontos na carteira,que poderia ser cassada 129vezes. Em 444 das 447 multas, oKadett foi flagrado acima do lim-ite de velocidade.

CAMPEÃO

A Agência Internacional de Energia (AIE), em Paris, publicou recentemente umrelatório estimando que até2020 o biocombustível devefornecer 30% do combustívelusado globalmente pelosmeios de transporte, comparado aos 2% atuais. A agência aponta o Brasilcomo um dos países maiscompetitivos no mundo naprodução de biocombustíveiscomo etanol e diesel a partir de vegetais.

BIOCOMBUSTÍVELO setor aéreo ganhou nofinal de junho duas novasempresas regulares: a Webjete a Team Transportes Aéreos,ambas do Rio de Janeiro. AWebjet pretende iniciar já emjulho vôos com aviões Boeingpara São Paulo (Guarulhos),Rio de Janeiro (Galeão),Brasília e Porto Alegre e iráutilizar apenas sistemas devenda direta ao cliente(Internet, telefone ou lojanos aeroportos). Já a TeamTransportes Aéreos opera

desde 2001 com vôos fretados no litoral fluminense, atendendo principalmente empresas daárea de petróleo, em parceriacom a Gol, em vôos deconexão para Angra, Parati,Búzios e Macaé. O plano daempresa, que opera com trêsbimotores de 19 lugares, élançar dois novos vôos a partir de agosto: Macaé-Vitória e Rio-São José dosCampos, ambos com quatrofreqüências diárias.

NOVAS EMPRESAS DE AVIAÇÃO

Uma sofisticada operaçãologística foi montada emtrês Estados do país para darcondições à Polícia Federal derealizar, na manhã do dia 24de junho, a incineração de 99toneladas de drogas nos altosfornos da fábrica de cimentosSanta Rita, do grupoVotorantim, em Salto doPirapora, no interior paulista.As drogas, apreendidas nosEstados do Mato Grosso do Sul,Paraná e São Paulo, foramtransportadas até a fábricade Salto do Pirapora em setecarretas, mas a operaçãomobilizou muito mais. No total,300 agentes federais, doishelicópteros e dezenas de

LOGÍSTICA ESPECIAL PARAA INCINERAÇÃO DE DROGAS

Estado de São Paulo.A solenidade teve hino nacionale discursos num palanqueimprovisado no interior dafábrica. Estavam presentes,além do ministro MárcioThomaz Bastos, o diretor geralda PF, Paulo Lacerda, o diretordo Departamento de Combateao Crime Organizado, GetúlioBezerra, e superintendentesregionais da PF.

ministro. A incineração ocorreucomo parte das programaçõesda Semana NacionalAntidrogas. Das 99 toneladasde drogas incineradas, 70toneladas foram apreendidaspela Polícia Federal e pelaPolícia Rodoviária Federal noEstado do Mato Grosso do Sul.Outras 15 toneladas foramapreendidas no Paraná e orestante foi apreendido no

LUIZ CARLOS GOMES/FUTURA PRESS

PF AGINDO A pilha de drogas mediu 18 metros de extensão

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ALEXANDRE GARCIA

ra sí lia (Alô) – Ro ber to Jef fer son, ao per -ce ber que seu bar co es ta va fa zen doágua, afun dou ati ran do. Um tor pe doatin giu a li nha d’água do pro je to de ree -lei ção de Lula. E ago ra, para sal var a ree -

lei ção, se ria crí vel que Lula se ban deas separa o po pu lis mo “à la Chá vez”, de nun cian docom plô das eli tes, e, de ma go gi ca men te, man -das se Pa loc ci abrir os co fres para agra dar asruas em de tri men to das es tra das?

A res pos ta é não, para os mais preo cu pa -dos. Não te nho bola de cris tal, mas es tou con -vic to de que o pre si den te sabe: o que está dan -do cer to no seu go ver no é o que pode sal var-lhe, tal vez não a ree lei ção, mas a bio gra fia. Opaís re pe tir o cres ci men to do ano pas sa do ecriar em pre gos, ti ran do im pos tos e bu ro cra cia,esse é o nome da tá bua de sal va ção de Lula.Abrir os co fres vai sig ni fi car in fla ção, que é oim pos to co bra do dos mais po bres e o lu cro dosque têm so bras para apli ca ção fi nan cei ra. Aí,sai da fri gi dei ra para o fogo.

Quem de vo cês não ti nha ou vi do fa lar queo “me ter a mão” an da va ge ne ra li za do? Tal -vez, como eu, mui tos de vo cês re cha ças semes ses ru mo res, atri buin do-os a fo fo quei rosde plan tão, pre con cei tuo sos frus tra dos porte rem sido der ro ta dos pelo ope rá rio. De re -pen te, o mun do cai. Para onde quer que seolhe, cor rup ção, da As sem bléia de Ron dô nia àCâ ma ra Fe de ral, dos Cor reios à Schin ca riol,da ven da de sen ten ças à ven da de vo tos, dapro pa gan da de sen frea da à ven da de des ma -ta men to. E aí a gen te fica en ten den do por quefal ta di nhei ro para es tra da, para por to, paraes co la, para se gu ran ça, para hos pi tal. Não dói

ape nas no bol so que pa gou os im pos tos, dóina pró pria alma.

De pois que apa re ceu a gra va ção dos Cor -reios que des tran cou a boca de Ro ber to Jef fer -son, o go ver no ten tou blo quear a CPI dos Cor -reios, ani ma do com o êxi to do ar qui va men to daCPI de Wal do mi ro. Não deu cer to em ne nhu madas duas. En tão, sob o co man do de Dir ceu, co -me çou a iden ti fi car um com plô das eli tes, umgol pis mo cres cen te. Não deu cer to. O PT fezuma reu nião em São Pau lo “em de fe sa do PT eda de mo cra cia” e “ti rou” um do cu men to cha -ma do de “Em de fe sa do PT, da éti ca e da de mo -cra cia” – nes sa or dem. A éti ca está em pe ri go.A de mo cra cia, não. Já pas sa mos no ves ti bu lar.Foi quan do nós, uma re pú bli ca sul-ame ri ca na,ti ra mos um pre si den te com 32 mi lhões de vo tosain da fres cos, sem que ne nhum cara-pin ta da ti -ves se que bra do uma vi tri na, sem que ne nhumge ne ral ti ves se pas sa do bom bril na es pa da. Ti -ra mos na lei e na or dem. En tão, não te ma mos,ho mens de pou ca fé na de mo cra cia.

Po de ría mos ad mi tir, sim, que as ins ti tui çõesper dem a cre di bi li da de quan do o povo per ce beque o di nhei ro com pra sen ten ças no Ju di ciá rio,vo tos no Le gis la ti vo e des ma ta men to no Exe -cu ti vo. Mas, en fim, se qui ser mos apren der a li -ção, é a chan ce de mu dar mos es sas ins ti tui -ções re cém-mu da das na Cons ti tui ção de logoali, em 1988. Cla ro que mu dar ins ti tui ções nãomuda o ca rá ter das pes soas. Fa zer re for masnão con ver te o es per ta lhão em ci da dão. Essamu dan ça a gen te tem que fa zer no voto. Im -pos sí vel que pi ca re tas te nham o dom de noscon ven cer a ele gê-los de novo. Para a As sem -bléia de Ron dô nia ou para a Câ ma ra Fe de ral.

“O que está dando certo no governo de Lula é o quepode salvar-lhe, talvez não a reeleição, mas a biografia”

A chance de mudar

B

0PINIÃO

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CONFLITO COMERCIAL

PAUL

O FO

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EM MEIO AO CONFLITO DAS INDÚSTRIASDE PNEUS, PAÍS PREPARA DEFESA PARA ENFRENTAR DISPUTA SOBRE A IMPORTAÇÃO DE COMPOSTOS USADOS

BRASIL,LIXÃO DAEUROPA?

BRASIL,LIXÃO DAEUROPA?EM MEIO AO CONFLITO DAS INDÚSTRIASDE PNEUS, PAÍS PREPARA DEFESA PARA ENFRENTAR DISPUTA SOBRE A IMPORTAÇÃO DE COMPOSTOS USADOS

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POR ALINE RESKALLA

Em guer ra co mer cial há pelo me nos15 anos, a in dús tria de pneus en fren -ta ago ra uma ba ta lha po lí ti ca. OCon gres so Na cio nal e o Pla nal to de -

ci di ram en trar na bri ga que, se não che ga apro me ter san gue, tam bém não tem pers pec -ti va de paz. En quan to 100 mi lhões de pneusque não ser vem mais aguar dam um des ti noeco lo gi ca men te cor re to, para o bem do meioam bien te, o go ver no bra si lei ro se arma paraen fren tar a ofen si va eu ro péia na OMC (Or ga -ni za ção Mun dial do Co mér cio).

Os fa bri can tes eu ro peus pre ci sam se li vrarde seus pneus usa dos por que a par tir de 2006se rão proi bi dos de dis pen sá-los em ater ros sa -ni tá rios. A Amé ri ca La ti na, es pe cial men te o Bra -sil, pelo ta ma nho do seu mer ca do, tor na ria-seen tão de pó si to per fei to para o lixo am bien taldos pai ses de sen vol vi dos – vale lem brar que ospneus de mo ram em tor no de 400 anos para sede com po rem. Por isso a União Eu ro péia abriu,no fi nal de ju nho, um pai nel – es pé cie de pro ces -so em for ma de um co mi tê de ar bi tra gem – naOMC con tra a proi bi ção bra si lei ra à im por ta çãode pneus usa dos, que, se gun do o blo co, fere o li -vro co mér cio e pre ju di ca a in dús tria lo cal.

Para o Bra sil, no en tan to, esse é um pro ble -ma am bien tal e como tal será tra ta do, diz o se -cre tá rio-exe cu ti vo do Mi nis té rio do Meio Am -bien te, Cláu dio Lan go ne. O MMA cal cu la que opo ten cial de en tra da de pneus usa dos pro ve -nien tes da UE pode che gar a 90 mi lhões por anoa par tir de 2006 se nada for fei to. “O Bra sil vaiusar na OMC ar gu men tos am bien tais e de saú -de, já que os pneus usa dos são um dos prin ci -pais fo cos de doen ças como a den gue. Se ga -nhar mos, to dos os paí ses em de sen vol vi men tode vem ser be ne fi cia dos.”

Os eu ro peus, por ou tro lado, de vem ba -sear sua es tra té gia nas pre mis sas do li vre

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co mér cio e na li be ra ção, pelo go -ver no bra si lei ro, da com pra depneus re for ma dos do Mer co sul.O tri bu nal ar bi tral do blo co sul-ame ri ca no de ter mi nou em 2001que o Bra sil li be ras se a com prades ses pneus dos paí ses-mem -bros, a pe di do do Uru guai. Se -gun do Lan go ne, o Bra sil estáten tan do um acor do para que ames ma quan ti da de de pneus re -cau chu ta dos e re mol da dos queche gar ao Bra sil re tor ne ao paísvi zi nho em for ma de usa dos parare for ma, para não au men tar ain -da mais o “pas si vo am bien tal”exis ten te. O go ver no bra si lei roain da pre ten de se aliar aos ar -gen ti nos nes sa dis pu ta, já que os

uru guaios fo ram ao tri bu naltam bém con tra os por te nhos.

IM POR TA ÇÃO VIA LI MI NAR

Coin ci dên cia ou con tra-ata que,no mes mo dia em que a UE pro to -co lou quei xa na OMC, o go ver nobra si lei ro anun ciou que vai proi birde fi ni ti va men te a im por ta ção depneus usa dos, atra vés de um pro -je to de lei ou me di da pro vi só ria.Atual men te, a com pra des ses pro -du tos no ex te rior é bar ra da por re -so lu ções. Com a fal ta de uma le gis -la ção es pe cí fi ca, a in dús tria de re -for ma, es pe cial men te o seg men toda re mol da gem, con se gue im por -tar car ca ças por li mi na res. Em

2004, o Bra sil im por tou 7,5 mi lhõesde pneus usa dos por de ci são ju di -cial. E nos cin co pri mei ros me sesdes te ano, 11 mi lhões de pneus usa -dos en tra ram no país, 46% maisque em todo o ano pas sa do

A de ci são de proi bir a en tra daagra da em cheio os fa bri can tesde pneus no vos, que têm per di domer ca do para os pneus re for ma -dos. A in dús tria de re mol da dos,por exem plo, co me mo ra um cres -ci men to de 65% en tre 2000 e2004, se gun do a Abip (As so cia -ção Bra si lei ra da In dús tria dePneus Re mol da dos), e já do mi na10% do mer ca do de re po si ção na -cio nal. O mer ca do de no vos tam -bém cres ceu, mas em um rit mobem me nor: 7,5% em 2004, quan -do ven deu 55 mi lhões de pneus.No pri mei ro tri mes tre des te ano,a ex pan são foi de 3,5%.

O di re tor da Anip (As so cia çãoNa cio nal da In dús tria de Pneu má ti -cos), Vi lien Soa res, re cla ma doavan ço dos re mol da dos no mer ca -do na cio nal. “É uma con cor rên ciades leal por que o pneu usa do che -ga da Eu ro pa a um cus to pra ti ca -men te zero no país, já que eles (ospaí ses eu ro peus) que rem se li vrardes se pro ble ma. Não po de mosacei tar isso.” A car ca ça usa da im -por ta da cus ta em tor no de US$

ESTIMA-SE EM

MILHÕES AQUANTIDADE

DE PNEUS QUEVIRIAM DA

EUROPA PORANO A PARTIR

DE 2006

CARGA A recauchutagem é a técnica utilizada para troca em caminhões e ônibus

“SE O BRASIL GANHAR NA OMC, TODOS OS PAÍSES EM DE

90

PAULO FONSECA

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 21

Empresas remoldadoras recorrem ao Inmetro e à ONUCERTIFICAÇÃO

0,70 e os pneus re mol da dos che -gam ao mer ca do com va lo res en -tre 30% a 40% mais ba ra tos queos no vos. No Bra sil, exis tem cer cade 1,3 mi lhão de usuá rios dos re -mol da dos no país.

O pre si den te da Abip, Fran cis coSi meão, que tam bém é pre si den teda fa bri can te BS Col way, afir maque os pneus usa dos na cio nais“não pres tam para a re for ma porcau sa tan to dos bu ra cos das es tra -das como da fal ta de ren da do bra -si lei ro”, que, se gun do ele, pro lon gaa vida útil do pneu por não ter di -nhei ro para tro cá-lo. “Na Eu ro pa,ocor re o con trá rio, o mo to ris ta tro -ca en quan to o pneu ain da pode ro -dar, sem di zer que as es tra das são

ex ce len tes. Por tan to, são car ca çasex cep cio nais.” Para Si meão, não hácon cor rên cia des leal, mas com pe -ti ti vi da de que “in co mo da os fa bri -can tes de (pneus) no vos acos tu ma -dos a pra ti car pre ços abu si vos”.

O di re tor de tec no lo gia do In -me tro (Ins ti tu to Na cio nal de Me -tro lo gia, Nor ma li za ção e Qua li da deIn dus trial), Al fre do Lobo, dis cor dada con de na ção das car ca ças na -cio nais. “Esse ar gu men to não éver da dei ro. Há car ca ças boas eruins tan to no mer ca do in ter nocomo no ex ter no. E a car ca ça na -cio nal que não pres ta será des car -ta da, e esse é um lixo nos so. Nãopo de mos é dei xar en trar (lixo) deou tros paí ses en quan to já te mos

di fi cul da des de li dar com o nos so”,diz Lobo, lem bran do que até mes -mo pneus para neve já fo ram en -con tra dos no Bra sil. Cláu dio Lan -go ne, do Mi nis té rio do Meio Am -bien te, acres cen ta que o go ver nonão con si de ra pneu usa do comoma té ria-pri ma, mas, sim, re sí duo aser eli mi na do. E o pre si den te daAnip emen da di zen do há pelo me -nos 10 mi lhões de pneus usa dos noBra sil ap tos para a re for ma.

Soa res diz ain da que exis te umex ces so de im por ta ções, já que asem pre sas de re mol da dos es ta riamusan do 2,5 mi lhões de pneus usa -dos por ano, en quan to as im por ta -ções já te riam ul tra pas sa do as 10mi lhões de uni da des. Além dis so,

en tre 30% e 40% dos pneus usa -dos im por ta dos se riam in ser ví veis,não po de riam ser re mol da dos.“Mui tos são ven di dos usa dos,como pneu meia-vida, o que ofe re -ce ris cos.” Si meão, da Abip, ar gu -men ta que as em pre sas es tão for -man do es to ques te men do que ocer co se fe che ain da mais. A BSCol way, por exem plo, tem 1 mi lhãode pneus usa dos es to ca dos.

O pre si den te da ABR (As so -cia ção Bra si lei ra de Re for ma dePneus), Ger man do Badi, de fen dea im por ta ção com des ti no ex clu -si vo para re for ma. “So mos con -tra o (pneu) meia-vida”, diz Badi.No en tan to, cer ca de 30% dospneus usa dos que en tram no

De 30% a 40% mais ba ra tosque os no vos, os pneus re mol -da dos são ao mes mo tem poalvo de ata ques da in dús triatra di cio nal e ban dei ra am bien -tal dos seus fa bri can tes. O pro -ces so de fa bri ca ção con sis teem re mo ver das car ca ças abor ra cha ori gi nal, de ta lão a ta -lão, para que o pneu seja to tal -men te re cons truí do e vul ca ni -za do, da mes ma ma nei ra quese pro duz o pneu tra di cio nal.

O pro ble ma, se gun do aAnip, en ti da de das fa bri can -tes de com pos tos no vos, éque, além de usar car ca çasim por ta das, au men tan do opas si vo am bien tal do país, osre mol da dos per dem to das as

in for ma ções de sé rie ori gi -nais, o que com pro me te ria ase gu ran ça do pneu.

A as so cia ção dos fa bri can -tes de re mol da dos, a Abip, re -ba te usan do como ar gu men toa ONU, o In me tro e os bu ra cosdas es tra das bra si lei ras, mo ti -vo se gun do o qual as car ca çasna cio nais são pre te ri das emre la ção às im por ta das.

O pre si den te da Abip,Fran cis co Si meão, diz que are for ma pou pa re cur sos na -tu rais não-re no vá veis. Se -gun do ele, cada pneu re mol -da do de au to mó vel pro du zi -do, em subs ti tui ção a umpneu novo, pro mo ve a eco no -mia de 20 li tros de pe tró leo e

de 40 li tros para o caso deum pneu de ca mi nho ne te.

Se gun do a Abip, essa tec no -lo gia foi apro va da pela ONUatra vés do Re gu la men to 108 daCo mu ni da de Eu ro péia, de 23 deju nho de 1998, que exi ge rí gi -dos pa drões de se gu ran ça ede sem pe nho dos pneus, sub -me ti dos a tes tes de uso em se -ve ras con di ções. So bre as crí ti -cas de que o pneu re mol da donão é se gu ro, a as so cia ção es -cla re ce que a qua li da de do pro -du to é tes ta da pelo In me tro.

O di re tor de tec no lo gia doIn me tro, Al fre do Lobo, con fir -ma que o pneu re mol da do daBS Col way pas sou nos tes tes,mas lem bra que ape nas 1%

dos re for ma do res já cer ti fi ca -ram seu pro du to. Por de man -dar in ves ti men tos em equi pa -men tos, o pra zo para que asre mol da do ras ade quem seupar que in dus trial às exi gên -cias do In me tro foi pror ro ga -do, se gun do Lobo, para ju lhode 2006. “Como a maio ria dasem pre sas são pe que nas e fa -mi lia res, o adia men to foi ne -ces sá rio para se evi tar um pro -ble ma so cial.” Lobo ex pli caque, para cer ti fi car um pneure for ma do, o In me tro vis to riades de a car ca ça, seu es ta do decon ser va ção, di men sões até opro ces so de re for ma. No pro -du to fi nal, são fei tos tes tes dede sem pe nho e du ra bi li da de.

SENVOLVIMENTO DEVEM SER BENEFICIADOS”

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11922

NO TRIBUNAL

O Bra sil tem co le cio na dovi tó rias na OMC, boa par tede las con tra os sub sí diosdos paí ses de sen vol vi dosaos pro du to res ru rais. Nabus ca por equi lí brio no co -mér cio mun dial, o país en -fren tou no ano pas sa do aUnião Eu ro péia e os EUA ebus cou a eli mi na ção desub sí dios à agri cul tu ra queatra pa lham a com pe ti ti vi -da de de pro du tos na cio naisno mer ca do mun dial. Ago ra,está no ban co dos réus aoproi bir a im por ta ção depneus usa dos por con si de -rá-los um gra ve pro ble maam bien tal.

Cha mou a aten ção nosúl ti mos me ses a der ro tados Es ta dos Uni dos no casoda pro du ção de al go dão,cu jos in cen ti vos fo ram con -si de ra dos ile gais pela OMC.Tam bém foi des ta que a vi -tó ria bra si lei ra con tra UE,

que fere as re gras do li vreco mér cio ao con ce der in -cen ti vos eco nô mi cos para areex por ta ção do açú carpro du zi do em suas ex-co lô -nias. Cál cu los de as so cia -ções de pro du to res es ti -mam que a eco no mia bra si -lei ra pos sa lu crar cer ca deUS$ 1 bi lhão ao ano com aeli mi na ção dos sub sí diosaos dois pro du tos. No fi nalde ju nho, a UE apre sen tousua pro pos ta de mu dan çados sub sí dios ao açú car.Ape sar de Bru xe las anun -ciar a re for ma como pro fun -da, pro vo can do a ira dospro du to res eu ro peus, a me -di da pode não evi tar umnovo con ten cio so na OMC. OBra sil não con cor dou com ocro no gra ma de mu dan ças enão ex clui re cor rer aos ár -bi tros in ter na cio nais paraque de ci dam como a re for -ma deva ocor rer.

ALTA Indústria de novos cresceu 3,5% no primeiro trimestre

va men te a im por ta ção de pneususa dos. O de pu ta do fe de ral Flá vioArns (PT-PR), mes mo Es ta do ondeestá lo ca li za da a BS Col way, é au -tor de um pro je to de lei que au to -ri za a com pra do pro du to usa do noex te rior. O tex to exi ge “con tra par -ti da am bien tal pela co lo ca ção depneus no mer ca do in ter no, im por -ta dos ou fa bri ca dos no Bra sil”,mas tam bém abre as por ta do paíspara pneus usa dos, de qual quer

ou tra na ção. Para o go ver no,esse pro je to pode se trans for -mar em um pre ce den te pe ri go sopara a in dús tria na cio nal. A po -lê mi ca le vou a Co mis são deCiên cia e Tec no lo gia da Câ ma raa rea li zar uma au diên cia pú bli capara ten tar en con trar uma so lu -ção para o pro ble ma em ju nho.Se gun do Lan go ne, foi cria do umgru po de tra ba lho para dis cu tiros ru mos des sa po lê mi ca, en vol -ven do to das as par tes, e a dis -cus são deve con ti nuar.

Além dos pneus im por ta dosusa dos, o Bra sil tem o de sa fio de

sil). Em fe ve rei ro, o con se lho man -dou a Anip re ti rar do ar fil me pu bli -ci tá rio cria do pela agên ciaMcCann-Erick son, a pe di do da ABR.Sob o pre tex to de es cla re cer aoscon su mi do res a di fe ren ça en trepneus no vos e re for ma dos, a peçauti li za va a ima gem de um ra pazque es con de com uma más ca ra ofato de ser uma mú mia, para su ge -rir que os pneus re for ma dos nãotêm qua li da de.

Dois me ses de pois, em maio,foi a vez de o Co nar sus pen deranún cio da BS Col way, ago ra ape di do da Anip. Em sua pro pa -gan da, a BS Col way não di zia queuti li za va car ca ças de pneus usa -dos im por ta dos da Eu ro pa. De -pois de al gu mas mo di fi ca ções, ofil me da em pre sa vol tou ao ar.

PO LÊ MI CA PO LÍ TI CA

Além da pres são da in dús triare for ma do ra, o go ver no bra si lei roain da vai en fren tar ou tras ba ta -lhas até con se guir bar rar de fi ni ti -

Bra sil são ven di dos como meia-vida, o que é um pon to con tra oque si to se gu ran ça.

Badi con cor da que a im por ta -ção está sem con tro le. Se gun doele, os pneus meia-vida che gamao con su mi dor por lo jas que nãosão es pe cia li za das. Para o pre si -den te da ABR, o fun do de toda adis cus são é co mer cial. “Essa bri -ga não tem uti li da de para nin -guém. É uma guer ra pu bli ci tá riaque não agre ga nada.”

Pu bli ci da de que pre ci sou de in -ter ven ção do Co nar (ór gão que re -gu la men ta a pro pa gan da no Bra -

PIRE

LLI/D

IVUL

GAÇÃ

O

FÁBRICA DEREMOLDADOS

CRESCEU

NOS ÚLTIMOS4 ANOS

65%

Brasil tem bom retrospecto na OMC

Page 23: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

A POLÊMICA DO RECOLHIMENTO

1999 . Conama lança Resolução 258/1999, que obriga o recolhimento dos pneus usados

2002 . Fabricantes e importadores obrigados a dardestinação final adequada a 25% dos pneus que colocam no mercado no ano

2003 . A proporção sobe para 50%2004 . A proporção passa para 1 por 1. No caso dos

reformados importados, para 4 pneus asempresas deveriam eliminar 5 inservíveis

2005 . Para cada 4 pneus novos, as empresasdevem recolher 5 inservíveis. Para os reformados importados, a cada 3 que entram no país, as importadorasdevem recolher 4 inservíveis. Em entrevista a Transporte Atual, a Anip diz que não cumpriu a meta de 2004 e que não conseguiráatingir a meta de 2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 23

dar des ti no am bien tal ade qua do acer ca de 100 mi lhões de pneususa dos. Cer ca de 40 mi lhões decar ca ças são des car ta das a cadaano, en quan to ou tras 45 mi lhõesde uni da des no vas são fa bri ca das.A Re so lu ção 258/1999 do Co na ma(Con se lho Na cio nal do Meio Am -bien te), que pre vê o re co lhi men toe a des ti na ção gra da ti va de pneususa dos a pro je tos eco lo gi ca men tecor re tos, como a fa bri ca ção de ci -men to, as fal to e até mes mo solade sa pa to, não che gou a ser cum -pri da no país – a re so lu ção en trouem vi gor em 2002.

No ano pas sa do, por exem plo,a in dús tria na cio nal te ria que re -co lher, para cada pneu novo nomer ca do, im por ta do ou na cio nal,um in ser ví vel. No caso dos re for -ma dos im por ta dos, para cadaqua tro pneus as em pre sas de ve -riam dar des ti na ção fi nal a cin copneus in ser ví veis. No en tan to,ape nas 49% da meta foi cum pri -da. As in dús trias ale gam di fi cul -da des de en con trar os pneus epe dem re du ção das co tas a se -rem re co lhi das. Lan go ne, do Mi -nis té rio do Meio Am bien te, dizque o go ver no es tu da me di daspara fa ci li tar o re co lhi men to depneus usa dos. Uma das pos sí veisme di das é obri gar o mo to ris ta aen tre gar o pneu no mo men to datro ca. “E ele po de rá ter um des -

CONTEXTO1 . Dar destino para os pneus usados é um dos maiores problemas ambientais do país.

A proibição de importação de compostos usados, estabelecida pela Resolução 23/96 do Conama, vigora desde 1996, mas liminares permitem a compra

2 . A proibição da importação de usados acirrou a disputa a entre a indústria reformadora a de pneus novos, que tem perdido mercado com o avanço dos remoldados

3 . Contra a importação de usados, estão os ambientalistas, a indústria de pneus novos e o próprio governo. A favor, estão fabricantes de países desenvolvidos, que querem se livrar do seu lixo ambiental, importadores e a indústria de reaproveitamento

ENTENDA A GUERRA DOS PNEUS

CRONOLOGIA

1995 . Empresas iniciam a importação de pneus remoldados em substituição aos “meia-vida”1997 . Começa a se consolidar um novo segmento de pneus, os remoldados importados. Fabricantes de

novos pedem ao Conama sua inclusão na restrição de importação aos usados, a Resolução nº 23/961998 . A Abip, que reúne os remoldadores e importadores, passa a atacar judicialmente a Resolução 23/96,

sob o argumento de ausência de lei formal que classificasse pneus usados como resíduos perigosos.O Conama publica a Resolução 235/98, dispondo sobre tal classificação

2000 . Secretaria de Comércio Exterior edita a Portaria 08/2000. Finalidade: proibir a importação dos pneus usados, como matéria-prima, assim como a importação dos pneus remoldados

2001 . Abip ajuíza ação civil pública contra o governo e o Ibama, acusando-os de defender os interesses da indústria de pneus novos

2002 . O Inmetro entra na guerra. Publica nota técnica afirmando não ser possível classificar pneu remoldado como usado. Depois, publica a Portaria 133 e indica que o pneu remoldado não passa depneu usado. A Abip acusa a indústria de pneus novos de pressionar o governo contra o remoldado

2003 . Publicada no Diário Oficial a Resolução 301 do Conama, que tenta barrar a concessão de liminares,que autorizam importação de usados. Exceção: a pedido do Uruguai, o Tribunal Arbitral do Mercosul obrigou o Brasil a autorizar em 2001 a importação de pneus remoldados

NOVAS BATALHAS• A União Européia, atendendo a pedidos dos fabricantes de pneus do continente, anuncia

intenção de recorrer à OMC contra a barreira brasileira aos pneus usados• Brasil reitera sua posição contra a entrada dos pneus usados por considerar que já tem um

passivo ambiental enorme com os pneus fabricados no país• Conar suspende propaganda dos fabricantes de pneus novos a pedido dos reformadores,

que lançam campanha de resposta também barrada• Projeto de 2003 do deputado Flávio Arns (PT-PR), que autoriza a importação de pneus usados

destinados à indústria de remoldagem, leva a realização de audiência pública no Congresso, onde foi formado em junho um grupo de trabalho envolvendo todas as partes, para se tentar consenso

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11924

No iní cio de ju nho, o Iba mamul tou fa bri can tes e im por ta -do ras de pneus no vos nos Es ta -dos de São Pau lo, Rio de Ja nei -ro e Rio Gran de do Sul, por des -cum pri rem a Re so lu ção 258 doCo na ma. As mul tas che gam a R$6,5 mi lhões. Para de ter mi nar ova lor das mul tas, um gru po detra ba lho com pos to por téc ni cosdo Iba ma le vou em con si de ra -ção a gra vi da de do even to da -no so ao meio am bien te e aquan ti da de de pneus que dei xa -ram de ser re co lhi dos e des ti na -

con to no pre ço”, diz o se cre tá rio.Para au xi liar na so lu ção do pas -

si vo de pneus usa dos, o Iba ma(Ins ti tu to Bra si lei ro do Meio Am -bien te) pro põe o re co lhi men to e ouso das car ca ças na cio nais parare mol da gem, a am plia ção da ins -pe ção vei cu lar e a cria ção de umsis te ma de co le ta nos pos tos detro ca de pneus. “Isso aca ba ria coma guer ra co mer cial de pneus usa -dos e aju da ria a re du zir os aci den -tes de trân si to”, diz o di re tor dequa li da de am bien tal do Iba ma,Már cio de Frei tas.

Brecha na lei permitiu importação

BRIGA JUDICIAL

Des de ja nei ro de 2002, as em pre sas fa bri can tes e asim por ta do ras de pneu má ti cos são obri ga das a co le tar edar des ti na ção fi nal am bien tal men te ade qua da aos pneusin ser ví veis exis ten tes no ter ri tó rio na cio nal. A de ter mi na -ção cons ta da Re so lu ção 258/99 do Co na ma.

Ao mes mo tem po em que avan çou ao tra tar pela pri -mei ra vez do des ti no a ser dado ao lixo am bien tal, a re so -lu ção abriu uma bre cha ju rí di ca para que os pneus usa doscon ti nuas sem a ser im por ta dos, atra vés de li mi na res.

O tex to con ti nha uma fa lha ao não ex pli car que as re -gras va liam para fa bri can tes e im por ta do res de pneus no -vos ou re for ma dos, e que a im por ta ção de pneus usa doscon ti nua va proi bi da. Por esse mo ti vo, uma nova re so lu çãofoi pu bli ca da pelo Co na ma em 2003, man ten do o cro no -gra ma que obri ga fa bri can tes ou im por ta do res a da remdes ti na ção fi nal ade qua da aos pneus in ser ví veis, e in cluines tas re gras tam bém os pneus usa dos, de qual quer na tu -re za, que in gres sem no país por for ça de de ci são ju di cial.Nes se caso, es tão os pneus re cau chu ta dos oriun dos doMer co sul, que o Tri bu nal Ar bi tral do blo co obri gou o Bra sila au to ri zar a im por ta ção a pe di do do Uru guai.

Em 2002, para cada qua tro pneus no vos fa bri ca dos nopaís ou im por ta dos, in clu si ve aque les que acom pa nhamos veí cu los im por ta dos, as em pre sas fa bri can tes e as im -por ta do ras te riam que dar des ti na ção fi nal a um pneu in -ser ví vel.

No ano se guin te, para cada dois pneus ven di dos, o fa -bri can te ou im por ta dor era obri ga do a re co lher um. Apar tir de ja nei ro de 2004, para cada pneu novo no mer -ca do, seja im por ta do ou de fa bri ca ção na cio nal, de ve riaser dada des ti na ção fi nal a um in ser ví vel. No caso dosre for ma dos im por ta dos, para cada qua tro pneus, as em -pre sas de ve riam dar des ti na ção fi nal a cin co pneus in -ser ví veis.

Nes te ano, as re gras se tor na ram ain da mais ri go ro sas:para cada qua tro pneus no vos fa bri ca dos no país ou no -vos im por ta dos, as em pre sas de vem dar des ti na ção fi nala cin co pneus in ser ví veis. Para os re for ma dos im por ta dos,a cada três que en tra rem no país, as im por ta do ras teráque dar des ti na ção fi nal a qua tro in ser ví veis. O pro ble maé que as li mi na res con ti nua ram e as in dús trias não con se -gui ram cum prir as me tas.

FOCO Campanha da BS Colway é questionada pela Anip

PAULO FONSECA

Page 25: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 25

“A COMPETITIVIDADE INCOMODA OS FABRICANTES DE PNEUSNOVOS ACOSTUMADOS A PRATICAR PREÇOS ABUSIVOS”

dos pe las em pre sas, da doscom pro va da men te de mons tra -dos pelo Ca das tro Téc ni co Fe de -ral e pe las de cla ra ções de des ti -na ção de pneu má ti cos in ser ví -veis en via das por elas ao Iba -ma. A Abip já ti nha ajui za douma re pre sen ta ção cri mi nal noMi nis té rio Pú bli co res pon sa bi li -

zan do por cri me am bien tal ospre si den tes da Brid ges to ne/Fi -res to ne, da Good year e da Pi rel -li e do Iba ma Se gun do a en ti da -de, as três em pre sas es tão de -ven do cer ca de 100 mi lhões depneus re fe ren tes a 2004 e 2005.A Anip ar gu men ta que, quan doa Re so lu ção 258 do Co na ma foi

cria da, em 1999, es ti mou-se umpas si vo de 100 mi lhões de pneususa dos. Mas um es tu do rea li za -do pelo IPT (Ins ti tu to de Pes qui -sas Tec no ló gi cas) em 2004 nãoen con trou essa quan ti da de nomer ca do, mas 22 mi lhões, o quele vou a en ti da de a pe dir a re vi -são das me tas. l

FORAMVENDIDOS

DE PNEUSNOVOS

EM 2004

55 mi

Page 26: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

REPORTAGEM DE CAPA

Page 27: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

SEGUROSE PODEROSOS

POR ALINE RESKALLA

SEGUROSE PODEROSOS

DUKE

AVIAÇÃO SE RECUPERA DA CRISE E MOSTRA EMBATE TECNOLÓGICO; BRASIL ACOMPANHA ALTA E TRAZ NOVIDADES

Page 28: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

Qua tro anos de pois domaior aten ta do ter ro ris -ta da his tó ria, que ge roupâ ni co mun dial e uma

cri se sem pre ce den tes nas em -pre sas de trans por te aé reo, osbons ne gó cios vol ta ram ao se tore com eles os in ves ti men tos emae ro na ves de úl ti ma ge ra ção. Ospar ques in dus triais das gi gan tesBoeing e Air bus es tão a ple na car -ga, em meio a uma dis pu ta tec no -ló gi ca e con cei tual acir ra da pelapre fe rên cia das com pa nhias aé -reas do mun do in tei ro.

Rea li za da em ju nho, a fei ra Pa -ris Air Show é uma das maio res vi -tri nes da in dús tria ae ro náu ti ca in -ter na cio nal. E foi lá, no cam po aé -reo de Le Bour get, nos ar re do resda ca pi tal fran ce sa, que a Air bus

apre sen tou sua nova es tre la, oA380, o maior avião de pas sa gei -ros do mun do que se tor nou tam -bém a ve de te da fei ra. O “Su per -jum bo”, como já foi ape li da do, rou -bou a cena e co lo cou a em pre sa nocen tro das aten ções do mer ca do.

Com 80 me tros de en ver ga du ra(dis tân cia en tre a pon ta de umaasa até a pon ta da ou tra), 73 me -tros de com pri men to, 24 me tros deal tu ra, 560 to ne la das de peso e au -to no mia de 14.800 km de vôo, onovo avião foi pro je ta do paratrans por tar 555 pas sa gei ros, mas,com mu dan ças em seu in te rior,pode re ce ber mais de 800. O A380con su miu mais de dez anos e cer -ca de 12 bi lhões de eu ros (R$ 35,1bi lhões) em in ves ti men tos, masain da não che gou ao mer ca do. O

avião é a base da es tra té gia da Air -bus (da qual o gru po ae roes pa cialEADS tem 80%) para se man ter nacom pe ti ção com a ri val.

A Boeing já anun ciou que pre -ten de re cu pe rar a li de ran ça domer ca do – a Air bus vem ba ten doem ven das a nor te-ame ri ca na des -de 2001. Am bas tam bém tra vamuma dis pu ta na OMC (Or ga ni za çãoMun dial do Co mér cio) para quedei xem de re ce ber sub sí dios.

Pe las con tas da As so cia çãoIn ter na cio nal de Trans por te Aé -reo (Iata), a de man da por pas sa -gei ros caiu 20% em 2002, umano de pois dos aten ta dos, cau -san do pre juí zos es ti ma dos emUS$ 11 bi lhões. A cri se foi agra va -da no ano se guin te com a Guer rado Ira que e a epi de mia da Sars

“JATOS DA BOEING SÃO ALTERNATIVA QUE UNE TECNOLOGIADE PONTA E CUSTO DE AQUISIÇÃO COMPETITIVO”

EM PARIS,UM NEGÓCIO

DE QUASE

ANUNCIADOPELA TAM

US$ 5 bi

Page 29: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

Momento é propício para reforçar a frota e aumentar fatia no mercadoMERCADO NACIONAL

A des pei to do pou so for ça doda Vasp e da cri se fi nan cei ra daVa rig, que tem uma dí vi da es -bar ran do nos R$ 10 bi lhões, asduas prin ci pais com pa nhias aé -reas em ope ra ção no país es tãoin ves tin do pe sa do na re no va -ção e am plia ção de suas fro tas– a TAM ao con ti nuar a tro ca doFok ker 100 pelo A320 e a Gol aoen co men dar mais 30 aviões até2010. Na ou tra pon ta des se mer -ca do, a Vasp vê a cada dia maisdis tan te o so nho de vol tar avoar, en quan to a Va rig apro vei -tou a nova Lei de Fa lên cias parape dir re cu pe ra ção ju di cial e ga -nhar tem po jun to aos cre do res.

Ou seja, a em pre sa terá umpra zo para apre sen tar um pla -no de re cu pe ra ção ju di cial, es -pé cie de con cor da ta que vai im -pe dir ou pelo me nos adiar quea em pre sa de vol va 11 aviões àIn ter na tio nal Lea se Fi nan ceCor po ra tion por atra so nos pa -ga men tos. O pro ble ma é que afro ta da em pre sa, an co ra da noBoeing 737-800 e no 277, estául tra pas sa da, se gun do o con -sul tor da Bain Com pany, An dréCas tel li ni. “O foco da em pre saago ra é o pro ces so de re cu pe -ra ção. Não há pers pec ti vas decom pra de ae ro na ves pela em -pre sa”, diz Cas tel li ni.

No caso da TAM e da Gol, dizo con sul tor, a ex ce len te ge ra -ção de cai xa mos tra da nos úl ti -mos ba lan ços e a boa clas si fi -ca ção de cré di to in ter na cio nalper mi tem to car pla nos ou sa dosde in ves ti men to, for te men tean co ra dos no bom mo men to vi -vi do pelo mer ca do da avia çãoco mer cial no país. “Es sas duasem pre sas es tão com fro tas mo -der nas, em li nha com os paí sesde sen vol vi dos.”

Vale lem brar que nos pri -mei ros cin co me ses de 2005 oflu xo aé reo apre sen tou cres ci -men to de 14% no país, um re -sul ta do que dá mais fô le go

para os in ves ti men tos das com -pa nhias. Só a TAM au men tousua par ti ci pa ção no mer ca doem dez pon tos per cen tuais, fe -chan do maio na li de ran ça iso la -da, com 42,7%. A Gol tam bémcres ceu, de 22,2% em maio de2004 para 25,7% em maio des -te ano. A Va rig per deu um pon -to per cen tual no pe río do, e en -cer rou o quin to mês de 2005com uma par ti ci pa ção de29,3%. Sem voar, a Vasp foi aprin ci pal res pon sá vel pelo de -sem pe nho das con cor ren tes,dis tri buin do en tre elas um mer -ca do de 12,5% que a em pre sati nha em 2004.

(gri pe asiá ti ca). Só no ano pas sa -do a avia ção ci vil mos trou os pri -mei ros si nais de re cu pe ra ção.

Para os pró xi mos anos, as pro -je ções são oti mis tas. Boeing eAir bus, por exem plo, pla ne jampara este ano cres ci men to de10% nas en co men das e um flu xode pas sa gei ros 4,5% maior queem 2004. E os úl ti mos da dos doano da Iata con fir mam o oti mis -mo mos tra do pe los fa bri can tesde ae ro na ves. O vo lu me de pas -sa gei ros trans por ta dos no pri -mei ro tri mes tre cres ceu 9,4%,com uma taxa de ocu pa ção mé -dia de 73,7%. As re giões que maisse des ta ca ram fo ram a Amé ri caLa ti na, com ex pan são de 14,9%no tri mes tre, Amé ri ca do Nor te,com 14,1%, e África, com 12,8%.

Mas a Iata aler ta que 2005ain da se apre sen ta como ummais um ano di fí cil para as com -pa nhias aé reas, que de vem darcon ti nui da de ao pro ces so de re -du ção de cus tos e o me lhor apro -vei ta men to das ae ro na ves. Oprin ci pal mo ti vo é a dis pa ra da doEM CASA Hangar da TAM em São Carlos recebe o 320

TAM/DIVULGAÇÃO

Page 30: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

TAM vai à Bolsa comprar aviõesMERCADO FINANCEIRO

Me mo ran do de En ten di men to as si -na do com a Air bus que atraiu asaten ções dos bra si lei ros.

A TAM será a pri mei ra com pa -nhia da Amé ri ca La ti na a voar como A350-900, o novo jato da Air bus,com pran do oito uni da des commais sete op ções. “Nós es ta mosor gu lho sos de ser o for ne ce dor deae ro na ves pre fe ren cial da TAM.Esse novo pe di do é a pro va docres ci men to rá pi do da com pa nhiano mer ca do do més ti co e sul-ame -ri ca no”, diz Noel For geard, pre si -den te da Air bus. E acres cen ta: “Es -ta mos con fian tes de que o A350vai ga ran tir os me lho res ní veis deeco no mia, tec no lo gia e con for toque o pas sa gei ro da TAM exi ge.”

O pre si den te da em pre sa bra -si lei ra, Mar co An tô nio Bo log na,diz que a es co lha se ba seia naalta efi ciên cia da fa mí lia A320,que per mi te à em pre sa cres cer eabrir no vas ro tas. “Nós tam bémes ta mos pro cu ran do no novoA350, que pa re ce mui to pro mis -sor para a in dús tria, re no varnos sa fro ta de A330”, diz Bo log -na, oti mis ta com o cres ci men to

pe tró leo, que já ul tra pas sou abar rei ra dos US$ 60 o bar ril.

A mo vi men ta ção não pára. En -quan to o pre si den te fran cês Jac -ques Chi rac ain da vi si ta va o sa lãobie nal de Le Bour get, a Ca tar Air -ways to mou as aten ções ao anun -ciar a com pra de até 60 uni da desdo novo mo de lo A350 da Air bus e20 do Boeing 777, em dois ne gó -cios que po dem al can çar a ci frade US$ 15,2 bi lhões.

A tran sa ção ilus tra bem o mo -men to aque ci do da avia ção in ter -na cio nal, do qual o Bra sil não ficade fora. Mes mo per den do maisuma com pa nhia aé rea, a Vasp, ecom a Va rig em re cu pe ra ção ju di -cial por cau sa de dí vi da de qua seR$ 10 bi lhões, o mer ca do bra si lei ro,pro ta go ni za do pela TAM e Gol, aju -da a en gor dar o cai xa das fa bri -can tes. Foi na mes ma Le Bour getda Pa ris Air Show que a TAM anun -ciou um ne gó cio ou sa do que podeche gar a US$ 5 bi lhões. Em bo ra acom pa nhia te nha con fir ma do acom pra de 20 Air bus A320 e a op -ção de le var mais 20 ae ro na ves dafa mí lia (A320, A319 e A321), foi o

Lis ta da na Bol sa de Va lo res de São Pau lo des de 1997, aTAM re tor nou à Bo ves pa em ju nho para fi nan ciar par te deseu pla no de re no va ção da fro ta. A com pa nhia o pro mo veuuma ofer ta pú bli ca de 21,12 mi lhões de ações PN (que ga ran -tem res ga te e dis tri bui ção de di vi den do) e 9,05 mi lhões emofer ta se cun dá ria, ao pre ço de R$ 18. A ope ra ção ren deu aosco fres da em pre sa R$ 543,2 mi lhões.

No pri mei ro dia do pre gão, as ações da com pa nhia fe cha -ram no piso, em meio a um ce ná rio de ins ta bi li da de pro vo ca -do pela cri se po lí ti ca que toma con ta do país. Para o di re torde re la ções com in ves ti do res da em pre sa, Lí ba no Mi ran daBar ro so, a ope ra ção foi equi li bra da en tre os in ves ti do res bra -si lei ros, eu ro peus e nor te-ame ri ca nos. “Não pos so ci tar nú -me ros, mas hou ve um gran de in te res se e foi uma dis pu taequi li bra da.” O di re tor con si de rou o va lor jus to e es pe ra umamaior va lo ri za ção dos pa péis ao lon go do tem po.

Dois dias após o iní cio da ofer ta pú bli ca de ações, aTAM con fir mou os ru mo res que cir cu la vam no mer ca doao anun ciar um con tra to para com pra de 20 Air bus A320com mais 20 op ções para a mes ma fa mí lia de ae ro na ves(in clui A319 e A321). A com pa nhia aé rea tam bém as si nouum Me mo ran do de En ten di men to para ad qui rir oito A350-900, com mais sete op ções.

As en tre gas das ae ro na ves A320 es tão pro gra ma daspara o pe río do en tre 2007 e 2010. Es ses aviões se rão equi -pa dos com clas se úni ca para in te grar a fro ta des ti na da àsro tas do més ti cas. Já os no vos A350 co me ça rão a ser en -tre gues no fi nal de 2012. Es sas ae ro na ves te rão con fi gu ra -ção de três clas ses e fa rão ro tas de lon go cur so, para omer ca do in ter na cio nal. Os A350 subs ti tui rão os aviõesA330-200 que, atual men te, ope ram as li nhas para Mia mi ePa ris. Além dos con tra tos anun cia dos, a TAM já pos sui umaor dem para en tre ga de dez A320: um em agos to pró xi mo,qua tro em 2006, três em 2007 e dois em 2008.

SEGURANÇA Interior da cabine do A320

AIRB

US/D

IVUL

GAÇÃ

O

A FROTA DA TAMMODELO ASSENTOS EM OPERAÇÃO

A330* 225/228 6

A320 168 33

A319 138 13

FOKER 100** 108 21

TOTAL – 73

* MAIS 3 EM SUBARRENDAMENTO** MAIS 2 AERONAVES EM SUBARRENDAMENTO E 7 EM DEVOLUÇÃO

Page 31: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

do trá fe go aé reo, na re gu la çãodi nâ mi ca da ofer ta e na eco no -mia bra si lei ra.

Se gun do o con sul tor de avia -ção Fá bio di Pau la, a fa mí lia A350se be ne fi cia dos avan ços tec no ló -gi cos de sen vol vi dos para o A380.Se gun do ele, o A350 é mais levepor as sen to e, por isso, mais eco -nô mi co. O mo ti vo: 60% de sua es -tru tu ra é fei ta em ma te riais avan -ça dos e mais le ves, na for ma defi bras car bô ni cas nas asas e fu se -la gem em alu mí nio lí tio. Esse pro -je to, com a ma nu ten ção cen tra li -za da e re vi sões com maio res in -ter va los, aju da a ofe re cer bai xoscus tos de ma nu ten ção e de ope -ra ção. A fa mí lia A350 é for ma dapelo A350-800 para 253 pas sa gei -ros em três clas ses de vôos deaté 16.300 km, e o A350-900, para300 pas sa gei ros em três clas ses auma dis tân cia de 13.900 km.

DI VI SOR DE ÁGUAS

Po rém, en quan to o A350 nãoche ga – a en tre ga está pre vis tapara 2012 –, a atual ve de te da fro ta

da TAM é a fa mí lia A320, con si de ra -da um di vi sor de águas na tec no lo -gia da in dús tria ae ro náu ti ca. DiPau la ex pli ca que essa ge ra ção éca rac te ri za da por ca bi nes de pas -sa gei ros e pol tro nas mais lar gas,ba ga gei ros de teto maio res, cor re -do res mais lar gos e tec no lo giaavan ça da, re pre sen ta da em es pe -cial pe los co man dos de vôo ele trô -ni cos (fly-by-wire). As ae ro na vessão as mais eco nô mi cas da ca te -go ria, com com ple ta pa dro ni za çãoope ra cio nal e de ma nu ten ção. Opre ço de ta be la do A320 é US$ 60mi lhões, en quan to o A350 fica en -tre US$ 160 mi lhões e US$ 170 mi -lhões.

Para o con sul tor, as duas con -cor ren tes equi pa ram-se na pro -du ção de aviões de cor re dor úni -co, em pre ga dos pre fe ren cial men -te em tre chos cur tos. Mas nas ae -ro na ves para tra je tos lon gos, aAir bus é su pe rior gra ças aos mo -der nos equi pa men tos a bor dodos A330 e A340. Fá bio di Pau ladiz que o 777 da Boeing é um pro -du to mo der no no seg men to, maso 767 e o 747 são ul tra pas sa dos.

Tam bém apre sen ta do na Fran çaem ju nho, o Boeing 777-200LR é oavião co mer cial com o maior al -can ce do mun do, ca paz de co nec -tar pra ti ca men te qual quer par deci da des no mun do sem es ca las. Éo quin to mo de lo 777. Pode aco mo -dar 301 pas sa gei ros e ba ga genspor até 17.445 qui lô me tros. A pri -mei ra ae ro na ve a en trar em ser vi -ço, em 2008, terá um al can ce no -mi nal de 6.600 mi lhas náu ti cas(12.223 km) e uma ca pa ci da depara 200 pas sa gei ros.

No Bra sil, a Gol e a BRA, queestá ini cian do ope ra ções re gu -la res, são adep tas dos aviões dacom pa nhia ame ri ca na. O di re -tor-téc ni co da BRA, co ro nel JairPin to Eva ris to, diz que a op çãope las ae ro na ves da Boeing nãosig ni fi ca que a em pre sa as con -si de ra su pe rior aos ja tos da Air -bus, mas que “são uma al ter na -ti va que une tec no lo gia de pon -ta e cus to de aqui si ção com pe ti -ti vo”. Para a nova em prei ta da, aBRA vai au men tar a fro ta em50% ain da este ano. A em pre saestá ne go cian do a com pra de

A FAMÍLIA A320 É CONSIDERADA UM DIVISOR DEÁGUAS NA TECNOLOGIA DA INDÚSTRIA AERONÁUTICA

O A380CONSUMIUCERCA DE

DE EUROS EMINVESTIMENTO

NEGÓCIO FECHADO Executivos da TAM e da Airbus celebram o acordo de compra de novos jatos

AIRBUS/DIVULGAÇÃO

12 bi

Page 32: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

cin co aviões: qua tro Boeing 737-300 e 737-400 para vôos na cio -nais e um 767 para vôos in ter na -cio nais. “Pre ci sa mos des sas ae -ro na ves até o fi nal do ano.”

A Gol tam bém anun ciou acom pra de mais dois no vosBoeing 737-800, por meio doexer cí cio de duas op ções decom pra para a fa bri can te nor teame ri ca na. A en tre ga das ae ro -na ves está pre vis ta para ju lho de2006. Se gun do a em pre sa, atran sa ção faz par te de um acor -do fir ma do em maio des te ano,oca sião em que a Gol anun ciou aaqui si ção de 43 ae ro na ves 737-800 Next Ge ne ra tion, sen do que15 de las eram pe di dos fir mes eas de mais 28 fa ziam par te deuma op ção de com pra. O novoacor do vai pos si bi li tar que acom pa nhia au men te o pe di do fir -me para 17 ae ro na ves, que se rãoen tre gues en tre os anos de 2006e 2009. O va lor da ope ra ção é deapro xi ma da men te R$ 3,1 bi lhões.

A fa mí lia 737 da Boeing nas -ceu da ne ces si da de de uma ae -ro na ve ideal para cur tas dis tân -cias e de bai xa ca pa ci da de (100a 120 pas sa gei ros), cria da na dé -ca da de 60. Mais de 30 anos de -pois, a fa bri can te lan ça ria anova ge ra ção do 737, na qual sein cluem os aviões da Gol.

Após o se ques tro dos qua troaviões que der ru ba ram as tor resgê meas do World Tra de Cen ter, em2001, a avia ção foi obri ga da a darum sal to tec no ló gi co mo ti va da porfa to res de se gu ran ça. Essa preo cu -pa ção se tor nou ver da dei ra pa ra -nóia nos EUA des de os aten ta dos,e aca bou in fluen cian do o mun doin tei ro – in clu si ve o Bra sil, em me -nor pro por ção. O di re tor do Sin di -ca to Na cio nal dos Ae ro viá rios(SNA), Eve ral do de Mo raes, diz queas ae ro na ves uti li za das no paísnada têm a de ver ao que há demais mo der no em ope ra ção nomun do. Ele lem bra que hou ve evo -lu ção tam bém no con tro le de pas -sa gei ros e fun cio ná rios nos ae ro -por tos, com sis te mas de iden ti fi ca -ção mais rí gi dos. “O Bra sil não so -fre com o pro ble ma de ter ro ris mo,mas a fis ca li za ção está mais ri go -ro sa e isso é bom.”

Para o con sul tor da TL Avia ção,Fer nan do Fan to ni, as no vas aqui si -ções das com pa nhias aé reas bra si -lei ras mos tram que o se tor pas sapor uma re no va ção, a exem plo dospaí ses de sen vol vi dos. “As em pre -sas de vôos re gu la res são as quemais in ves tem em no vas tec no lo -gias. Mas a for ma ção de uma cul -tu ra de se gu ran ça no país só devese con so li dar mes mo no lon gopra zo, den tro de uns dez anos.” l

SEGURANÇA NOS EUA

Por tas blin da das nas ca bi -nes dos pi lo tos, con tro les drás -ti cos nos ae ro por tos, ca chor -ros fa re ja do res de ex plo si vos eaté agen tes de se gu ran ça àpai sa na. As mu dan ças nosaviões e ae ro por tos nor te-ame ri ca nos e eu ro peus fo rampro vo ca das pelo aten ta do ter -ro ris ta de 11 de se tem bro de2001. E, se não fo ram im por ta -das em sua to ta li da de para oBra sil, pelo me nos aju dou a re -for çar a preo cu pa ção com se -gu ran ça nos ae ro por tos, naaná li se de es pe cia lis tas.

Em todo o mun do, a avia çãoci vil não foi mais a mes ma.Para pro te ger me lhor a ca bi nede co man do, os aviões co mer -ciais de mais de 60 pas sa gei -ros pre ci sam ter por tas blin da -das des de 1º de no vem bro de2003, se gun do uma de ci são daOr ga ni za ção da Avia ção Ci vilIn ter na cio nal (OACI).

Para os aviões me no res,prin ci pal men te os ja tos re gio -nais, a ins ta la ção de por ta blin -da da é ape nas uma re co men -da ção des sa ins tân cia dasONU, cu jas de ci sões de vem serexe cu ta das pe los 187 Es ta dosmem bros, in clu si ve o Bra sil.

A por ta da ca bi ne de ve ráper ma ne cer fe cha da du ran teo vôo e ape nas os pi lo tos po -de rão abri-la, pelo lado deden tro. Tam bém pre ci sam deequi pa men to de ví deo, queper mi te aos tri pu lan tes ver

em um mo ni tor quem pedepara en trar na ca bi ne, e aces -so a um co man do de aber tu -ra a dis tân cia. Atual men te, aspor tas que se pa ram a ca bi nedos pi lo tos dos pas sa gei rosem um avião co mer cial ge ral -men te são de plás ti co e fi -cam fe cha das com tra vasque se rom pem ape nas comum em pur rão.

Des de os aten ta dos, osEUA gas ta ram mais de US$ 9bi lhões para me lho rar a se gu -ran ça do trans por te aé reo. Osis te ma CAPPS 2 (sis te ma decon tro le pré vio de pas sa gei -ros com aju da de com pu ta -dor), por exem plo, iden ti fi caal guns via jan tes como sus pei -tos so bre a base de ações ba -sea das em há bi tos de ter ro -ris tas: por exem plo, o pas sa -gei ro que com pra bi lhe te deida, mas não de vol ta, e pa ga -men to com di nhei ro, ao in vésde car tão de cré di to.

O CAPPS 2 for ne ce rá a iden -ti fi ca ção de cada pas sa gei rocom os re gis tros de ati vi da descri mi no sas e as lis tas de sus -pei tos ob ti das pe las agên ciasde es pio na gem e in te li gên cia,e atri bui rá a cada via jan te umacor: ver de, ama re lo ou ver me -lho. Par te des ta clas si fi ca çãode cor es ta rá re la cio na da coma ci da de de par ti da de cadavia jan te, seu des ti no, os acom -pa nhan tes na via gem e a datade com pra da pas sa gem.

“O BRASIL NÃO SOFRE COMO TERRORISMO, MAS HÁ MAISRIGOR NA FISCALIZAÇÃO”

PRESSA Boeing tem encomedas da BRA e Gol

Bilhete só de ida é ato suspeito

BRA/

DIVU

LGAÇ

ÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11934

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 35

Em mea dos de ju lho, o Tri bu nalde Con tas da União (TCU)deve se pro nun ciar so bre anova eta pa de con ces sões ro -

do viá rias do go ver no fe de ral. O es tu dode via bi li da de dos oito lo tes que com -põem esta se gun da fase do pro gra mafe de ral já foi apro va do pelo Con se lhoNa cio nal de De ses ta ti za ção e se es pe -ra que os edi tais de li ci ta ção (na mo -da li da de lei lão) se jam pu bli ca dos logoapós o pro nun cia men to do TCU.

Des de de zem bro do ano pas sa do,com a rea li za ção da au diên cia pú bli capelo Mi nis té rio dos Trans por tes, com oob je ti vo de de ba ter o pro je to, a ex pec -

ta ti va no se tor pri va do é gran de. Mes -mo por que tam bém es tão sen do for -ma ta dos ou tros pro gra mas de con ces -são em ní vel es ta dual, es pe cial men tepe los go ver nos de São Pau lo, RioGran de do Sul e San ta Ca ta ri na. Alémdis so, re cen te men te a União di vul gouque tam bém deve abrir li ci ta ção paraa con ces são da BR-163, nos Es ta dos doMato Gros so e Pará.

O pro gra ma fe de ral abran ge oitotre chos (veja qua dro) nos Es ta dos deSão Pau lo, Rio de Ja nei ro, Mi nas Ge -rais, Es pí ri to San to, San ta Ca ta ri na ePa ra ná. No to tal, de vem ser con ce di -dos 3.038,7 km de ro do vias à ini cia ti -

“A RETOMADA DO PROGRAMA DE CONCESSÕES SERÁ DEFUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA O CRESCIMENTO”

PRONTOSPARA INVESTIREMPRESÁRIOS AGUARDAM PARA ESTE MÊS PARECERDO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SOBRE OS OITOLOTES RODOVIÁRIOS QUE SERÃO LICITADOS

POR EULENE HEMÉTRIO

CONCESSÕES

PAULO FONSECA

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11936

va pri va da so men te nes ta eta -pa. A pre vi são é que os con tra -tos te nham vi gên cia de 25anos, ca ben do às con ces sio ná -rias a ex plo ra ção do pe dá gioem pra ças pre via men te es ti pu -la das nos edi tais.

De acor do com o Mi nis té riodos Trans por tes, o pro gra mavai ge rar no vas re cei tas tri bu -tá rias, re du zir os cus tos detrans por te e criar cer ca de 35mil no vos em pre gos di re tos ein di re tos. Como na pri mei raeta pa, as no vas con ces sio ná -rias te rão como obri ga ção in -ves tir na am plia ção e na mo -der ni za ção da ma lha ro do viá -ria e na pres ta ção de ser vi çosde as sis tên cia aos usuá rios,

me lho ran do a flui dez e a se gu -ran ça no trá fe go de veí cu los.

O pro je to da BR-163 não estáin cluí do no pro gra ma. Po rém, jáfoi di vul ga do pela União que estápre vis ta a con ces são de mais de1.500 km de ro do via, sen do que amaio ria do tre cho ain da nem épa vi men ta do. A con ces são des tetre cho visa in te grar as re giõesNor te, Cen tro-Oes te e Su des te,pro mo ven do o de sen vol vi men toso cial e eco nô mi co da sua áreade abran gên cia.

RO DO VIAS ES TA DUAIS

Em São Pau lo, a ini cia ti va decon ce der par te da ma lha ro do -viá ria foi di vul ga da em mar ço

Europa “abusa” da tecnologia

ALTERNATIVAS

As li mi ta ções or ça men tá -rias do po der pú bli co tor namas con ces sões al ter na ti vasviá veis, in clu si ve, em paí sesde Pri mei ro Mun do. Na Eu ro pa,vá rios mo de los fo ram ado ta -dos no in tui to de ga ran tir umain fra-es tru tu ra ade qua da àde man da. Na Suí ça, por exem -plo, o pe dá gio é co bra do pelouso de toda a ma lha viá ria dopaís, e não ape nas de auto-es -tra das, como é o caso da Ale -ma nha e da Áustria.

O mo de lo suí ço é ba sea donuma com bi na ção de tec no -lo gia via sa té li te e im pul sosta co mé tri cos. Um apa re lhocha ma do Tri pon é ins ta la dona ca bi ne do ca mi nhão e re -gis tra os qui lô me tros ro da -dos a par tir de im pul sos dove lo cí me tro. O va lor a ser co -bra do con si de ra, tam bém, opeso trans por ta do e as emis -sões de po luen tes do veí cu -lo. Os da dos são ar ma ze na -dos num chip, que deve seren via do pe los cor reios (oupela In ter net) ao cen tro decon ta bi li da de do pe dá gio,

sen do que exis te um sis te made lo ca li za ção via sa té li tepara fis ca li za ção.

Na Áustria, foi im plan ta do,em 2004, um sis te ma de pe dá -gio para ca mi nhões e ôni busque fun cio na com tec no lo giade mi croon das. A co bran ça sefaz por meio das cha ma das“Go-Box”, ins ta la das em cadaveí cu lo. Ao lon go dos 2.000km de auto-es tra das aus tría -cas, os apa re lhos en viam si -nais para os 422 pon tos decon tro le. O va lor do pe dá giode pen de do nú me ro de ei xosdo veí cu lo (re gis tra do ma -nual men te na Go-Box) e dadis tân cia per cor ri da.

Es pa nha, Grã-Bre ta nha eHo lan da tam bém usam sis te -mas de pe dá gio à base demi croon das. Já Fran ça e Itá -lia têm mo de los si mi la res,com es ta ções fi xas de co -bran ça nas auto-es tra das. Aoen trar numa ro do via, o mo -to ris ta tira um tí que te quedeve ser apre sen ta do na saí -da. O cál cu lo é fei to con for -me a dis tân cia.

“PARA OS TRANSPORTADORES DE CARGAS, RODOVIACONCEDIDA É SINÔNIMO DE MAIOR PRODUTIVIDADE”

“O PEDÁGIO ÉREVERTIDO EMSEGURANÇA PARA OUSUÁRIO,RAPIDEZ EECONOMIA”

PRIMEIRO MUNDO

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 37

pelo go ver na dor Ge ral do Alck -min, que as si nou de cre to queau to ri za a im ple men ta ção doPro je to de De ses ta ti za ção doCor re dor de Ex por ta ção Cam pi -nas-Vale do Pa raí ba-Li to ral Nor -te. O ob je ti vo é criar uma rota dees coa men to mais efi cien te paraas em pre sas ins ta la das nas re -giões de Cam pi nas e do Vale doPa raí ba, que pro du zem pro du tosde alto va lor agre ga do, comoveí cu los e ele troe le trô ni cos,apro vei tan do a in fra-es tru tu rajá exis ten te para li gar es tas re -giões pro du ti vas ao por to deSão Se bas tião.

O pro je to, apro va do pelo PED(Pro gra ma Es ta dual de De ses ta -ti za ção), en vol ve a con ces são

para a ini cia ti va pri va da das ro -do vias D. Pe dro 1º (SP-65), Ayr -ton Sen na/Car va lho Pin to (SP-70) e Ta moios (SP-99), que serádu pli ca da. Tam bém ha ve rá acon ces são do por to de São Se -bas tião.

O in ves ti men to to tal pre vis toaté 2008 é de R$ 1,03 bi lhão, sen -do R$ 205 mi lhões do Es ta do, R$450 mi lhões pe las em pre sascon ces sio ná rias e ou tros R$ 375mi lhões ob ti dos com a con ces -são das ro do vias SP-65 e SP-70.A meta do go ver no do Es ta do,anun cia da em mar ço, é con cluira con cor rên cia pú bli ca ain daeste ano.

Em San ta Ca ta ri na e no RioGran de do Sul já fo ram for ma -

dos gru pos de tra ba lho para es -tu dar a via bi li da de de con ces -sões ro do viá rias nos Es ta dos.Al gu mas pos si bi li da des já po -dem ser no ta das em San ta Ca ta -ri na, que são as ro do vias SC-280, SC-270 e SC-282. No RioGran de do Sul, en tre tan to, ain danão fo ram re ve la das as es tra -das que po dem ser con ce di dasà ini cia ti va pri va da.

Para o pre si den te da ABCR(As so cia ção Bra si lei ra das Con -ces sio ná rias de Ro do vias),Moacyr Ser vi lha Duar te, o in ves -ti men to pri va do é es sen cial parame lho rar a in fra-es tru tu ra ro do -viá ria do país, pos si bi li tan do oes coa men to da pro du ção bra si -lei ra. Na en tre vis ta abai xo, Duar -te faz uma ava lia ção des ta se -gun da fase do pro ces so de con -ces sões do go ver no fe de ral:

CNT Transporte Atual -Como a ABCR está ava lian doesta nova eta pa de con ces -sões do go ver no fe de ral?

Moacyr Ser vi lha Duar te - Émui to im por tan te para o paísque o pro gra ma de con ces são dero do vias es te ja sen do re to ma dopelo go ver no fe de ral. Uma dasmais im por tan tes dis cus sões domo men to são os gar ga los da in -fra-es tru tu ra e a fal ta de re cur -sos do go ver no para in ves tir na

GEVEKO/DIVULGAÇÃO

Países europeus, como a Espanha, desenvolveram sistemas tecnológicos para o pedágio e oferecem pistas de alta qualidade

EM 2004,FORAM

ALOCADOS

R$ 1 biNOS TRECHOS

LICITADOS

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re cu pe ra ção, ope ra ção, ma nu -ten ção, me lho ria e am plia çãodas ro do vias. Dian te dis so, o in -ves ti men to pri va do tor na-se ne -ces sá rio e es sen cial para me lho -rar a in fra-es tru tu ra ro do viá riado país para que as ex por ta çõese a pro du ção bra si lei ra pos samcon ti nuar a cres cer sem en tra -ves lo gís ti cos. Ao con ce der paraa ini cia ti va pri va da os tre chosro do viá rios mais im por tan tes dopaís, o go ver no mos tra que estápreo cu pa do com o as sun to equer re sol ver de for ma efi cien te

o pro ble ma da de fi ciên cia de in -fra-es tru tu ra ro do viá ria. O se torde con ces são de ro do vias en ten -de que a re to ma da do pro gra mafe de ral de con ces sões será defun da men tal im por tân cia para ocres ci men to do país.

Quais os er ros da pri mei raeta pa que de vem ser evi ta dosnes te novo pro ces so?

A ex pe riên cia da pri mei rafase do pro gra ma fe de ral mos -trou al guns pon tos que po de rão

ser re vis tos. Um pon to im por -tan te é a ques tão da base de pa -gan tes. De vi do à lo ca li za ção daspra ças de pe dá gio, mui tos mo to -ris tas uti li zam o tre cho con ce di -do sem pas sar por ne nhu mapra ça e, con se qüen te men te,sem pa gar pelo uso da ro do via.Não é que o mo to ris ta uti li zerota de fuga para não pa gar. Ofato é que a lo ca li za ção das pra -ças per mi te que al guns não pa -guem pelo uso da ro do via. NaVia Du tra, por exem plo, a basede pa gan tes é de cer ca de 10%

do flu xo to tal da ro do via. O novopro gra ma deve in cor po rar al gu -mas re gras que per mi tam mi ni -mi zar este pro ble ma. Des ta for -ma, mais usuá rios pa ga rão e,por con se qüên cia, a ta ri fa de ve -rá ser me nor.

Quais as van ta gens da con -ces são para o país?

Para cres cer, o país pre ci sa deboas ro do vias para es coar suapro du ção. En tre tan to, é fato queas de man das so ciais são cada

“PARA OS CARROS DE PASSEIO, AS VANTAGENS

Equipes iniciam novo trabalhoPESQUISA RODOVIÁRIA CNT

Du ran te todo o mês de ju -lho, 15 equi pes da CNT es ta -rão per cor ren do cer ca de 80mil km de ro do vias – 5.000km a mais que em 2004 –para a 10ª edi ção da Pes qui -sa Ro do viá ria, principal estu-do do setor. Este ano, alémde abran ger 100% da ma lhafe de ral pa vi men ta da, nas 27uni da des da Fe de ra ção eDisitrito Federal, fo ram in -cluí das no tra ba lho no vas ro -do vias es ta duais con si de ra -das im por tan tes para o tu -ris mo e para o es coa men toda pro du ção bra si lei ra.

A Pes qui sa Ro do viá ria2005 tam bém vai abran gerto das as ro do vias con ce di -das à ini cia ti va pri va da, oque será uma re fe rên cia im -

por tan te so bre a ad mi nis tra -ção das con ces sio ná rias.

Com veí cu los de pas seiotra fe gan do em bai xa ve lo ci -da de (cer ca de 50 km/h), ospes qui sa do res avaliam o ní -vel de con ser va ção da via, ase gu ran ça e o con for to parao usuá rio. Além dis so, sãopesquisados os im pac tospro du zi dos pelo es ta do dasro do vias so bre a ati vi da dede trans por te de car gas epas sa gei ros.

O mo ni to ra men to é fei toatra vés de um for mu lá riode co le ta de da dos, com oau xí lio de equi pa men toscomo má qui na fo to grá fi cae GPS. A pre vi são é que apes qui sa es te ja pron ta nofi nal de se tem bro.

EFICIÊNCIA A BR-116 é uma das rodovias que fazem parte da segunda etapa

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mi lhões para pa ga men tos ao po -der con ce den te.

O que deve ser fri sa do nacons cien ti za ção da po pu la çãoquan do da ins ta la ção de pe dá -gios, uma vez que a con ser va -ção das es tra das é uma res -pon sa bi li da de do go ver no?Quais os be ne fí cios do pe dá -gio para o usuá rio?

A par ti ci pa ção da ini cia ti vapri va da em pro je tos de in fra-es -tru tu ra é uma ten dên cia mun -

pro ble mas que o ca mi nhão ve -nha a apre sen tar na ro do via.Para o usuá rio com car ro de pas -seio, as van ta gens são as mes -mas: se gu ran ça, via gens mais rá -pi das, apoio de ser vi ços du ran tetodo o tra je to, eco no mia de com -bus tí vel e di mi nui ção do des gas -te do veí cu lo. E, por úl ti mo, há aar re ca da ção de tri bu tos in ci den -tes so bre a ati vi da de das con ces -sio ná rias. Em 2004, por exem plo,as con ces sio ná rias re co lhe ramR$ 569,9 mi lhões em tri bu tos eain da de sem bol sa ram R$ 324,5

vez maio res e o país so fre comum bai xo in ves ti men to para con -ser va ção e am plia ção das es tra -das. Ao trans fe rir uma ro do viapara a ini cia ti va pri va da, o go ver -no fica li be ra do de in ves tir na -que le de ter mi na do tre cho e podecon cen trar es for ços em ou trosin ves ti men tos ne ces sá rios para opaís, in cluin do as ro do vias de im -por tân cia lo cal, como as vi ci nais.Para os trans por ta do res de car -gas, as ro do vias con ce di das sãosi nô ni mo de maior pro du ti vi da -de. O pe dá gio é re ver ti do em se -

gu ran ça para o usuá rio, ra pi dezno trans por te, eco no mia de com -bus tí vel e me lhor apro vei ta men -to da fro ta. Ao usar uma es tra daem boas con di ções, um ca mi -nhão ten de a fa zer via gens maisrá pi das e a fro ta pode ser me lhorapro vei ta da pelo trans por ta dor.Ade mais, o des gas te do ca mi -nhão é me nor e o trans por ta dorgas ta me nos com a ma nu ten çãoda fro ta. Há tam bém todo o apoiode ser vi ços das con ces sio ná riasque ten de a di mi nuir os gas tosdo trans por ta dor com even tuais

SÃO SEGURANÇA, VIAGENS MAIS RÁPIDAS E APOIO DE SERVIÇOS NO TRAJETO”

Programas têm metas distintasCONCESSÃO X PPP

A nova eta pa de con -ces sões do go ver no fe de -ral le van ta a dú vi da senão se ria me lhor que asro do vias fos sem re cu pe -ra das atra vés de Par ce riasPú bli co Pri va das (PPPs).Há uma ca rac te rís ti ca fun -da men tal nes sas ro do vias,en tre tan to, que di fe ren ciaos dois pro ces sos e apon -ta o me lhor ca mi nho a sertra ça do.

Se gun do o pre si den teda ABCR (As so cia ção Bra -si lei ra das Con ces sio ná -rias de Ro do vias), MoacyrSer vi lha Duar te, há três ti -pos de ro do vias. Ele ex pli -ca que as que pos suemgran de flu xo de veí cu lostêm con di ções de se remman ti das so men te atra vésda co bran ça de pe dá gio, oque tor na apli cá vel a con -

ces são co mum. “Há um se gun do tipo de

ro do vias que apre sen tamum flu xo con si de rá vel deveí cu los, mas que não é su -fi cien te para ga ran tir ofun cio na men to da con ces -são co mum por que o va lordo pe dá gio se ria mais altodo que os pra ti ca dos atual -men te. Nes tes ca sos, podeser fei ta uma par cei ra en -tre o se tor pú bli co e o pri -va do. O go ver no sub si diapar te do pro je to e a ini cia -ti va pri va da in ves te a ou trapar te”, afir ma.

De acor do com ele,exis tem, ain da, ro do viasde in te res se lo cal, fun da -men tais para o de sen vol -vi men to re gio nal, combai xo flu xo, que de vemser man ti das ape nas pelogo ver no.

de concessões do governo federal e que aguarda parecer do Tribunal de Contas da Uião

IVONALDO ALEXANDRE/GAZETA DO POVO/FFUTURA PRESS

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dial. É im por tan te que a po pu la -ção sai ba da ne ces si da de dos in -ves ti men tos em in fra-es tru tu rapara o cres ci men to do país eque sai ba tam bém que o go ver -no não tem con di ções de rea li -zar tudo o que deve ser fei tones ta área. Por isso, o in ves ti -men to pri va do é ne ces sá rio e irácon tri buir com o de sen vol vi -men to do país. Ou tro pon to aser le va do em con si de ra ção éque não há ro do vias gra tui tas.Mes mo as não-pe da gia das cus -tam para o usuá rio e, nes secaso, tam bém para os não usuá -rios, que pa gam como con tri -buin tes. A ques tão é que o di -nhei ro ar re ca da do não é su fi -cien te para aten der a to das asprio ri da des, es pe cial men te naárea so cial, e ad mi nis trar e man -ter toda a ma lha ro do viá ria bra -

si lei ra em con di ções para ga ran -tir o cres ci men to do país. O in -ves ti men to da ini cia ti va pri va doé ne ces sá rio e é bem-vin do paraaju dar o país.

Quan to foi in ves ti do pe lascon ces sio ná rias na se gu ran çae ma nu ten ção das ro do vias,nos úl ti mos anos?

Des de o iní cio das con ces -sões, as em pre sas já in ves ti rammais de R$ 10 bi lhões nos tre -chos con ce di dos. Em 2004, o in -ves ti men to foi de R$ 1,034 bi -lhão. Além dis so, fo ram des pen -di dos re cur sos vul tuo sos naope ra ção e ma nu ten ção das ro -do vias, o que está re fle ti do naex ce len te ava lia ção dos fa to res“si na li za ção” e “pa vi men ta ção”,na Pes qui sa Ro do viá ria CNT. l

AS CONCESSIONÁRIAS RECOLHERAM EM TRIBUTOS NO PAÍS DURANTE O ANO PASSADO

BR-153/SP (321,7 km)

• Duplicação de 50 km• Duplicação Variante de Ourinhos,

de 3 km• Terceira faixa em 70 km• 7 entroncamentos em desnível• 2 passagens inferiores• 4 passarelas para pedestres

BR-116/PR/SC (406,5 km)

• Duplicação de 25 km• Terceira faixa em 45 km• 10 km de marginais em áreas

urbanas• 2 entroncamentos em desnível• 4 passagens inferiores• 7 passarelas para pedestres

BR-393/RJ (200,5 km)

• Duplicação de 30 km• Variante da Madalena, de 6 km• Correção de traçado em 8 km• Terceira faixa em 18 km• 2 km de marginais em áreas

urbanas• 4 entroncamentos em desnível• 6 passarelas para pedestres

BR-101/RJ (320,8 km)

• Duplicação de 60 km• Contorno de Campos, de 6 km• Avenida do Contorno, de 4 km• Correção de traçado em 17 km• Terceira faixa em 100 km• 4 km de marginais em áreas

urbanas• 5 entroncamentos em desnível• 2 passagens inferiores• 11 passarelas para pedestres• Barreiras de concreto em 25 km

BR-381/MG/SP (561,5 km)

• Conclusão do contorno de Betim,de 7 km

• 10 km de marginais em áreasurbanas

• 2 entroncamentos em desnível• 18 passarelas para pedestres

BR-116/SP/PR (401,7 km)• Duplicação de 30 km (Serra do

Cafezal)• Contorno Norte de Curitiba, de 12 km• 32 km de marginais em áreas

urbanas• 5 entroncamentos em desnível• 3 passagens inferiores• 29 passarelas para pedestres

BR-116/PR – BR-376/PR – BR-101/SC (367,6 km)• Duplicação de 4 km• Contorno de Florianópolis, de 35 km• 24 km de marginais em áreas

urbanas• 6 entroncamentos em desnível• 22 passagens inferiores• 28 passarelas para pedestres

BR-101/ES (458,4 km)• Duplicação de 108 km• Terceira faixa em 70 km• 8 km de marginais em áreas

urbanas• 7 entroncamentos em desnível• 6 passarelas para pedestres• Barreiras de concreto em 30 km

ENCARGOS GERAIS:• Trabalhos iniciais (limpeza e

remoção de entulhos, capina dasmargens e canteiros, sinalização,reparos localizados, recuperaçãode guarda corpos de pontes eviadutos, recuperação emergen-cial de encostas e estruturas decontenção, substituição de lâm-padas e reparos nos sistemas deiluminação, etc.)

• Restauração de pavimentos, bar-reiras, cercas, pontes, viadutos, etc.

• Manutenção periódica• Conservação rotineira • Operação (atendimento ao

usuário, pesagem de veículos,inspeção do tráfego, sistemas decomunicação, etc.)

• Monitoração• Meio Ambiente (prevenir, mitigar,

remediar e monitorar osimpactos ambientais)

PERFIL DAS CONCESSÕESPROGRAMA DE CONCESSÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS (2ª ETAPA)

Obras de Melhorias Físicas e Operacionais e de Ampliação da Capacidade:

R$ 569,9 MI

INFRA-ESTRUTURA Moacyr Duarte: crescimento depende de boas rodovias

ABCR/DIVULGAÇÃO

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CIDADANIA

APOIO À INFÂNCIAO

ito mil e quatrocen-tas crian ças bra si -lei ras es tão par ti ci -pan do, des de o mês

de mar ço des te ano, do pro -gra ma Se gun do Tem po dogo ver no fe de ral atra vés doSest/Se nat. A par ce ria estápos si bi li tan do a in ser ção so -cial des sas crian ças atra vésde mo da li da des es por ti vas,ati vi da des cul tu rais e re -crea ti vas em 42 uni da des doSest/Se nat du ran te três diasda se ma na em dois tur nos. Oob je ti vo da pro pos ta é pro -mo ver um de sen vol vi men tosau dá vel e a for ma ção de va -

Se gun do Jo nes de Oli vei ra,o re tor no dado pe los pais ealu nos é bem sa tis fa tó rio.“Te mos mui to con ta to com ospais que vem tra zer e bus caras crian ças. Eles co men tamdas ne ces si da des da re gião eo bem que está fa zen do paraos fi lhos”, afir ma o coor de na -dor. Ele diz ain da que os alu -nos vão sa tis fei tos para a uni -da de e mui tos che gam até an -tes do ho rá rio para fa zer asati vi da des. A re gião onde estáa uni da de do Sest/Se nat emPor to Ale gre, se gun do Oli vei -ra, é bas tan te ca ren te des setipo de ati vi da de e por um

lo res des de a in fân cia. O pro mo tor de la zer e es -

por tes e atual coor de na dordo pro gra ma Se gun do Tem poda uni da de do Sest/Se nat emPor to Ale gre (RS), Jo nes Fer -nan do de Oli vei ra, diz que noiní cio a ade são dos alu nosnão foi tão gran de. “Co me ça -mos com a pro pos ta em fe ve -rei ro para ini ciar o pro gra majá em mar ço. Ti ve mos umacer ta di fi cul da de por que ases co las es ta vam de fé rias naépo ca”, afir ma. O nú me ro ini -cial de 40 a 50 alu nos emmar ço su biu para cer ca de 140em ape nas três me ses. “Fi ze -

mos con ta tos com as so cia -ções de mo ra do res, es co laspú bli cas e as pró prias crian -ças aju da ram a di vul gar”,afir ma Oli vei ra.

As uni da des do Sest/Se nates tão dis po ni bi li zan do toda ain fra-es tru tu ra para o de sen -vol vi men to do pro je to. As cri-an ças têm à dis po si ção pis ci -nas, qua dras po lies por ti vas,cam po de fu te bol, ves tiá rio,sala para es tu do e lo cal paralan ches. Em to das as uni da -des, o tra ba lho é fei to emdois tur nos, ma nhã e tar de,com du ra ção de qua tro ho rascada um.

POR PATRÍCIA GIUDICE

FORMAÇÃO Crianças participam do Programa Terceiro Tempo no Sest/Senat

SEST/SENATPARTICIPA DEPROGRAMAQUE PROMOVE AINCLUSÃOSOCIAL DECRIANÇAS

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FOTOS PAULO FONSECA

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ATIVIDADES PROMOVEM O DESENVOLVIMENTO SAUDÁVEL

pro gra ma des se por te. Lá sãoaten di das crian ças en tre ossete e 12 anos.

Para par ti ci par, as crian çaspas sam por uma tria gem. Oscri té rios são: fai xa etá ria, vul -ne ra bi li da de so cial e ser es tu -dan te de es co la pú bli ca. Jo -nes de Oli vei ra diz que, emmui tos ca sos, os alu nos sãoen ca mi nha dos pe las pró priases co las onde es tu dam. So breo que é de sen vol vi do den trodo pro je to em Por to Ale gre, ocoor de na dor ex pli ca: “De sen -vol ve mos fu te bol, vo lei bol ehan de bol, sem pre com no -ções de re gras, fun da men to epar te prá ti ca. Den tro das ati -vi da des es por ti vas tra ba lha -mos com prá ti cas ma nuais,pin tu ras, do bra du ras.” No mêspas sa do, es ta vam apro vei tan -

do o pe río do de fes tas ju ni nase fa zen do ban dei ri nhas.

Como fo men to à cul tu ra, auni da de tem uma pe cu lia ri da -de. “Uma vez por mês fa ze -mos pro je ções de fil mes paraos alu nos, o que é mui to bompor que eles não têm aces so aci ne ma. O fil me vira o tema dase ma na e rea li za mos vá riostra ba lhos ba sean do no con -teú do mos tra do”, diz o coor -de na dor. Para este ano, a uni -da de pre ten de pro por cio naràs crian ças um pas seio cul tu -ral, tal vez a um mu seu.

Cada uni da de tem au to no -mia para de sen vol ver e ofe re -cer as ati vi da des que a es tru -tu ra de cada uma su por tar.Se gun do a coor de na ção dopro gra ma, os par ti ci pan tessão pes soas da so cie da de e

não ape nas fi lhos de tra ba -lha do res em trans por te, comida de en tre sete e 17 anos. Umdos be ne fí cios do pro je to, se -gun do o Sest/Se nat, está nare du ção do tem po ocio so dascrian ças que es tão ex pos tas àsi tua ção de ris co so cial, vio -lên cia e tra ba lho in fan til.

O Se gun do Tem po foi cria -do em abril de 2003, pro mo vi -do pelo Mi nis té rio dos Es por -tes em par ce ria com os mi nis -té rios da Edu ca ção e do De -sen vol vi men to So cial. Estápre sen te em mais de 800 mu -ni cí pios bra si lei ros e aten de a1 mi lhão de crian ças, e contacom mais de cem par cei ros,en tre go ver nos es ta duais emu ni ci pais, ONGs, uni ver si da -des, For ças Ar ma das e en ti da -des de clas se.

O PROJETOPROCURA

REDUZIR OTEMPO OCIOSODAS CRIANÇAS

EXPOSTAS ÀSITUAÇÃO DE

RISCO SOCIALE VIOLÊNCIA

ALEGRIA Atividades de lazer, culturais e esportivas fazem parte do dia-a-dia das crianças em idade escolar nas unidades do Sest/Senat

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Unidades oferecem atendimento gratuito MISSÃO SOCIAL

Aten di men to mé di co eodon to ló gi co de qua li -da de, se gu ro e com ple -to sem pre foi uma mar -

ca dos ser vi ços do Sest/Se nat,que, em dez anos, rea li zou cer -ca de 6,5 mi lhões de con sul tas.Gra tui tos des de abril des te anoa to dos os tra ba lha do res emtrans por te e seus fa mi lia res, osser vi ços con tri buem com amis são so cial do Sest/Senat deme lho rar a qua li da de de vidados 800 mil tra ba lha do res quepas sam pe las suas uni da deses pa lha das pelo país.

Quem já esteve em umadas uni da des Sest/Se nat àpro cu ra de al gum ser vi ço mé -di co ou odon to ló gi co nãopôde dei xar de ob ser var ocon tras te que exis te com area li da de do aten di men to desaú de pú bli ca no país. Nasuni da des do Sest/Senat, nãoexis tem fi las, o aten di men to éga ran ti do e as con sul tas sãose gu ras, o que apon ta que noBra sil é pos sí vel fa zer um tra -ba lho so cial de qua li da demes mo em lar ga es ca la.

Para os mé di cos e den tis -

tas que aten dem nas uni da -des Sest/Se nat, a es tru tu ramon ta da per mi te que se façaum bom aten di men to aos pa -cien tes, o que re sul ta na não-in ter rup ção dos tra ta men tos,pois os usuá rios sem pre re -tor nam às con sul tas sa tis fei -tos. O ser vi ço gra tui to tam -bém con tri bui para a pre ven -ção de doen ças e me lho ra ra -di cal men te a qua li da de devida das pes soas.

Es tão dis po ni bi li za dos nasuni da des aten di men tos mé di cosnas es pe cia li da des de clí ni ca

ge ral, of tal mo lo gia, gi ne co lo gia,pe dia tria, me di ci na do tra ba lhoe car dio lo gia. Já os aten di men -tos odon to ló gi cos abran gemdiag nós ti co, pre ven ção, pe rio -don tia, ra dio lo gia, odon to pe dia -tria, en do don tia e ci rur gias. Po -dem uti li zar o ser vi ço o trans -por ta dor, seu côn ju ge e fi lhosme no res de 21 anos, pais eavós (veja quadro abaixo). Mo -ra do res das co mu ni da des pró -xi mas às uni da des do Sest/Se -nat tam bém po dem uti li zar osser vi ços, me dian te pa ga men tode ta xas vi gen tes. l

Desde quando a gratuidade está disponível?

A gratuidade foi instituída em 6 de abril de 2005

O que a gratuidade abrange?

1 - As consultas médicas nas especialidades

de clínica geral, oftalmologia, ginecologia,

pediatria, medicina do trabalho e cardiologia

2 - Os atendimentos odontológicos básicos que

abrangem o diagnóstico, prevenção, periodon-

tia, radiologia, odontopediatria, endodontia,

dentística e cirurgias

3 - Acesso às áreas de lazer em todas as

unidades do Sest/Senat

4 - Os cursos presenciais e a certificação dos

cursos a distância

Quem pode utilizar o serviço gratuito?

Os empregados das empresas de transporte

rodoviário, transporte de valores, locação de

veículos e empresa de distribuição de petróleo

(para envolvidos diretamente na atividade de

transporte) beneficiam-se da gratuidade citados

nos itens 1, 2 e 3 acima. Já os caminhoneiros e

taxistas beneficiam-se da gratuidade citados em

todos os itens

Como ter acesso à gratuidade? Para os empregados do setor de transporte, é necessário apresentar a Carteira de Trabalho e Previdência Social, comprovando o vínculo empregatício com a empresa do setor. Para os transportadores autônomos, é necessário a apresentação da carta-frete ou Recibo de Pagamento de Autônomo, evidenciando aretenção da contribuição para o Sest/Senat correspondente ao período de atendimento, ou oboleto de pagamento da contribuição trimestralemitido pelo Sest/Senat e disponível nas unidadesde atendimento Quem se enquadra como transportadorautônomo? Conforme a IN INSS/DC nº 100/2003, artigo 12,incisos 29 e 30, considera-se transportadorautônomo o condutor autônomo de veículorodoviário, assim considerado o que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício,quando proprietário, co-proprietário ou promitente comprador de um só veículo (caminhoneiro e taxista) e os auxiliares de veículos rodoviário, no máximo de dois, con-

forme previsto no art. 1º da lei 6.094/74, queexercem atividades profissionais em automóvelcedido em regime de colaboração. Os motoboysprestadores de serviços de coleta e entrega depapéis, documentos e de pequenas encomendas,sem vínculo empregatício, são considerados transportadores autônomos conforme IS-DEX/Sest/Senat nº 058/00 Quem são considerados dependentes com acesso aos serviços gratuitos? O cônjuge, filhos menores de 21 anos ou maiores– se declarados e comprovada a incapacidade física e mental –, pais, avós (que vivam sob adependência econômica do trabalhador em transporte, desde que devidamente comprovadaessa relacão), menores sob tutela e guarda judicial do trabalhador em transporte e transportadores autônomosEu moro próximo a um posto do Sest/Senat,mas não trabalho em transporte. Possoutilizar o serviço médico?

Sim. Qualquer pessoa da comunidade pode ser atendida mediante pagamento das taxas vigentes

SAIBA MAIS SOBRE A GRATUIDADE

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Não bas tas se a pre ca rie da de na si na li -za ção das ro do vias bra si lei ras, os mo -to ris tas têm ain da ou tros dois ini mi -gos no dia-a-dia: os des trui do res e la -

drões de pla cas. Pes soas que des troem sim ples -men te por pra zer, por adre na li na, que usa pla caspara trei nar tiro ao alvo, ou aque les que fur tampara ven der, às ve zes sem sa ber que aque le atopode es tar au men tan do o ris co de aci den te parami lha res de pes soas. O pior de tudo, se gun do in -for ma ções do De par ta men to Na cio nal de In fra-Es tru tu ra em Trans por tes (Dnit), é que as pla casdes truí das e rou ba das em ro do vias fe de rais di fi -cil men te são re pos tas.

De acor do com a Coor der na ção de Se gu ran -ça Ro do viá ria do ór gão, caso re pu ses se as pla -cas van da li za das e rou ba das, o Dnit gas ta ria emmé dia R$ 20 mi lhões por ano com a re co lo ca çãode cer ca de 100 mil uni da des nos apro xi ma da -men te 50 mil km de ro do vias fe de rais que cor -tam o país. Cada nova pla ca cus ta para o ór gão

cer ca de R$ 200. “O Dnit não dis põe de re cur sosor ça men tá rios para esse fim”, afir ma o coor de -na dor de Se gu ran ça, Mar ce li no Rosa.

Rosa in for ma que o fur to, as de pre da ções e ovan da lis mo ocor rem com mais fre qüên cia naspro xi mi da des de áreas ur ba nas. Ou tras si tua -ções, tais como ti ros e aci den tes ocor rem maisem zo nas ru rais. O coor de na dor diz que o Dnitnão tem uma es tra té gia os ten si va para ini bir aação dos ban di dos. “A res pon sa bi li da de é da Po -lí cia Ro do viá ria Fe de ral, que deve fa zer com queseja pre ser va do o pa tri mô nio da União.”

No en tan to, o Dnit tem uma ação que visaaca bar com esse tipo de cri me ou pelo me nos di -mi nuir os pre juí zos cau sa dos por es ses atos. Oór gão vem subs ti tuin do aos pou cos as pla cas dealu mí nio por ou tras de fi bra de vi dro, que nãotêm va lor co mer cial, apesar de serem até 20%mais caras. As pla cas, tan to as de fi bra de vi droquan to as de alu mí nio, não são fa bri ca das peloDnit e, sim, por em pre sas ter cei ri za das, con tra -

VANDALISMO

CONDENADAS AO ABANDONO

POR SANDRA CARVALHO

SUBSTITUIÇÃO DE PLACAS DESTRUÍDAS NASRODOVIAS FEDERAIS EXIGEM R$ 20 MILHÕES AO ANO

A SINALIZAÇÃO ESTÁ SENDO TROCADA PORPEÇAS DE FIBRA DE VIDRO, QUE NÃO TÊMVALOR COMERCIAL, MAS SÃO MAIS CARAS

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 45

PAULO FONSECA

TERRA DE NINGUÉM Placa que indica velocidade máxima em rodovia federal vira alvo de tiro e da ferrugem

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ta das para a ma nu ten ção e si -na li za ção nas ro do vias.

FOGO

A ação de vân da los se di fe renas re giões do país. Em Mi nasGe rais, por exem plo, se gun do oins pe tor Aris ti des Jú nior, che fede Co mu ni ca ção So cial da Po lí -cia Ro do viá ria Fe de ral no Es ta -do, as pla cas, nes ta épo ca doano, so frem com a ação in con -se qüen te dos con du to res. “Mo -to ris tas que jo gam to cos de ci -gar ro nas ma tas às mar gensdas ro do vias aca bam pro vo can -do quei ma das, que po dem cau -sar aci den tes por cau sa da fu -ma ça e que des troem as pla cas,

cuja re po si ção é bas tan te de -mo ra da”, afir ma.

Ele ale ga, en tre tan to, que,em Mi nas, a uti li za ção de pla -cas como alvo de ti ros está setor nan do uma ra ri da de. “Acre -di to que seja em fun ção dacam pa nha na cio nal de de sar -ma men to.”

Em Goiás, se gun do o ins pe -tor Isaac New ton Mo rais de Sou -za, che fe de Co mu ni ca ção So -cial da PRF no Es ta do, as pla cassão re ti ra das das ro do vias comuma fi na li da de bas tan te inu si -ta da. “Ge ral men te são le va daspor ca pa ta zes de fa zen da, cum -prin do or dens de al guns fa zen -dei ros da re gião. Elas são uti li -za das como co ber tu ra de co -

chos para va cas, como re ves ti -men tos de for nos e até comoco ber tu ra de ga li nhei ro.” Se -gun do Sou za, a pi cha ção e a uti -li za ção de pla cas como tiro aoalvo acon te cem, mas são ra rosem Goiás. Já o pro ble ma dasquei ma das é co mum.

Em São Pau lo, con for me oche fe de Co mu ni ca ção So cial,ins pe tor Rei nal do Mar ce li no, orou bo de pla ca ocor re prin ci pal -men te pelo va lor co mer cial doob je to. Mas tam bém há re gis trosde van da lis mo. “A uti li za ção daspla cas como alvo ocor re em lo -cais fora da Gran de São Pau lo,onde há um flu xo me nor de veí -cu los”, diz. Mas o rou bo de pla casre fle te pro ble mas so ciais do paísem São Pau lo. Se gun do Mar ce li -no, a PRF já re gis trou ocor rên ciasde pes soas que rou ba ram pla caspara cons truir pa re des de ca sasem bai xo de via du tos.

TÚ NEL

No tú nel da BR-381, pró xi mo àci da de de Mai ri po rã, em São Pau -lo, há uma pla ca co lo ca da peloDnit in for man do aos mo to ris tasque o lo cal está sem ilu mi na çãode vi do à ação dos vân da los, quejá fur ta ram por duas ve zes os ca -bos de ilu mi na ção do tú nel. Con -for me a PRF lo cal, nin guém foipre so até hoje pelo cri me.

O ins pe tor Emer son An dreo,che fe da 3ª De le ga cia da PRF

Infrator pode pegar até três anos de cadeiaPUNIÇÃO

Os la drões de pla cas uti li -zam de opor tu nis mo pararou bar a si na li za ção ver ti caldas es tra das. Se gun do o che -fe de Co mu ni ca ção So cial daPo lí cia Ro do viá ria Fe de ralem São Pau lo, o ins pe tor Rei -nal do Mar ce li no, eles apro -vei tam a ca rên cia de pes soalno ór gão, vi giam e agemexa ta men te no mo men to emque os po li ciais são acio na -dos para aci den tes ou ou traocor rên cia. “Não po de mosfi car em de ter mi na do pon toda ro do via vi gian do, isso éim pos sí vel”, afir ma

Mar ce li no diz que os la -drões de pla cas mo ni to ramaté mes mo a tro ca de tur no

dos po li ciais ro do viá rios.“Quem per de é sem pre o mo -to ris ta, que sen te na pele acon se qüên cia do pro ble ma.Quem leva uma pla ca nãosabe que pode es tar ti ran douma vida.”

PENA PESADA

O ar ti go 163 do Có di go Pe -nal Bra si lei ro pre vê pena deum a seis me ses de de ten çãoou mul ta para quem for pegodes truin do, inu ti li zan do oude te rio ran do qual quer coi saalheia. Já os cri mes de van -da lis mo em ro do vias, ouseja, con tra o pa tri mô nio pú -bli co, têm pena maior. Se -

gun do o Có di go, as açõescon tra o pa tri mô nio daUnião, Es ta do ou mu ni cí pio,em pre sa con ces sio ná ria deser vi ços pú bli cos ou so cie -da des de eco no mia mis ta es -tão clas si fi ca dos como danoqua li fi ca do.

Tam bém têm esse tipo declas si fi ca ção os cri mes deda nos co me ti dos com atosde vio lên cia ou amea ça aqual quer pes soa, com o em -pre go de subs tân cia in fla má -vel ou ex plo si va. A pena paraquem co me te es sas ações éde seis me ses a três anos dede ten ção, além de mul ta epena cor res pon den te à vio -lên cia pra ti ca da.

“O DNIT NÃO DISPÕE DE RECURSOS PARA TROCAR AS PLACAS”

TÚNEL DABR-381PRÓXIMO ÀMAIRIPORÃESTÁ ÀSESCURASDEVIDO AOSROUBOS DECABOS DEILUMINAÇÃO

Page 47: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

em Ati baia (SP), in for ma que osrou bos acon te ce ram em ju nhode 2001, quan do as pla cas fo -ram re pos tas pelo Dnit, e, no va -men te, em mar ço do ano pas -sa do. O tú nel ain da está semilu mi na ção. “Quem fur tou sabeque os fios eram de co bre, mui -to va lo ri za do co mer cial men te”,afir ma. “Eles re ti ra ram os ca -bos em um cô mo do cons truí dopara abri gar a cen tral de ilu mi -na ção do tú nel.”

Se gun do in for ma ções doDnit de São Pau lo, o edi tal de li -ci ta ção para a re po si ção dosca bos já está em an da men toem Bra sí lia, mas ain da não sesabe quan do a ilu mi na ção vol -ta rá a esse tre cho da BR-381.

Con for me o ór gão, para evi tarno vas ocor rên cias de rou bos,há um pro je to de co lo ca çãosub ter râ nea dos ca bos.

ECO VIAS

Por cau sa da des trui ção erou bo de pla cas, há mais de cin -co anos, a con ces sio ná ria Eco -vias, que ad mi nis tra o sis te maAn chie ta-Imi gran tes, op tou portro car as tra di cio nais pla cas dealu mí nio por pe ças de fi bra devi dro. Um avi so in for man do queas pla cas não têm va lor co mer -cial foi co lo ca do no ver so dasmes mas. O ob je ti vo da con ces -sio ná ria, se gun do o ge ren te deen ge nha ria An tô nio Mar tins, foi

ini bir prin ci pal men te o rou bo.Nú me ros da em pre sa mos tramque, des de 2002, fo ram tro ca -das cer ca de 2.100 pla cas dealu mí nio por ob je tos de fi branos 3.100 km de res pon sa bi li da -de da con ces sio ná ria.

A ro do via tem um flu xo in ten -so de veí cu los, uma mé dia de 40mil car ros por dia. Há pi cos de até50 mil car ros no mo vi men to nosfi nais de se ma na, quan do os pau -lis tas saem para o li to ral. Ape sarde toda essa mo vi men ta ção naro do via e vi gi lân cia tan to por par -te da con ces sio ná ria quan to porpar te da Po lí cia Ro do viá ria Es ta -dual, Mar tins con ta que os rou bos

não pa ra vam de acon te cer. “Comas tro cas de pla cas por ou tras dema te rial di fe ren te, cons ta ta mosque es sas ocor rên cias caí ramsen si vel men te”, afir ma.

An tes de uti li zar a fi bra de vi -dro, a Eco vias che gou a fa zer tes -tes com pla cas de plás ti co, o quenão deu cer to. “A re gião é li to râ -nea, cho ve de mais. Por cau sa daação do sol e da chu va, as pla casde plás ti co se di la ta vam e que bra -vam com fa ci li da de.” As pla cas defi bra de vi dro, se gun do ele, tam -bém têm maior du ra bi li da de queas de alu mí nio. “As de alu mí nio secor roem com mais fa ci li da de porcau sa da ma re sia.” l

“É IMPOSSÍVEL FICAR EM DETERMINADOS PONTOSDAS RODOVIAS VIGIANDO”

MARCELLO LOBO

AVISO Recado tenta inibir ação dos ladrões de placas

PAULO FONSECA

Page 48: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11948

Aim por tân cia, de fi ciên -cias e pers pec ti vaspara o se tor trans por -ta dor bra si lei ro es ta -

rão sen do dis cu ti dos em Be lém,no Pará, du ran te o 6º Con gres soNa cio nal In ter mo dal dos Trans -por ta do res de Car ga. O even toacon te ce en tre os dias 3 e 5 deagos to na Es ta ção das Do cas epro mo ve o tema “O trans por tecomo ele men to fun da men talpara o cres ci men to do país”.

O con gres so está sen do pro -mo vi do pela As so cia ção Bra si -lei ra de Trans por ta do res de Car -ga (ABTC) e será uma boa opor -tu ni da de para que ques tõescomo a fal ta de re pas se dos re -cur sos da Cide (Con tri bui ção deIn ter ven ção no Do mí nio Eco nô -mi co) se jam de ba ti das. “Atéhoje o go ver no fe de ral não re -pas sou o que é ar re ca da do coma Cide para o se tor de trans por -te. O di nhei ro está no te sou rona cio nal e o se tor sem in fra-es -tru tu ra ade qua da”, afir ma opre si den te da ABTC, New ton Gib -son. Sua ex pec ta ti va é que até ofi nal do ano as trans fe rên ciases te jam nor ma li za das. “É umim pos to que está sen do co bra -

do e pre ci sa ser re pas sa do paraseu fim, que é me lho rar as con -di ções de trá fe go no país.”

A Cide ren de ao go ver no cer -ca de R$ 10 bi lhões anuais e, deacor do com o re sul ta do da Pes -qui sa Ro do viá ria CNT/Sen sus,rea li za da em ou tu bro de 2004,para re cons truir 20 mil km dees tra das e re pa rar ou tros 20mil, se riam ne ces sá rios R$ 8 bi -lhões. New ton Gib son des ta caque, além dos in ves ti men tosque pre ci sam ser fei tos nas ro -do vias fe de rais, todo o se torpre ci sa ter me lho res con di çõesde fun cio na men to. “Os por tosdo país não têm con di ção de re -ce ber um na vio maior, que fi queatra ca do por ali du ran te mui to

TRANSPORTE ENCONTRO EM BELÉM DISCUTIRÁ A IMPORTÂNCIA

CIDE Newton Gibson pede liberação dos recursos

POR PATRÍCIA GIÚDICE

CONGRESSO INTERMODAL

ABTC/DIVULGAÇÃO

PARA

TUR/

DIVU

LGAÇ

ÃO

Page 49: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

tem po, as fer ro vias tam bém es -tão pre cá rias e pre ci sam ser re -vi ta li za das e, cla ro, as es tra dases tão em pés si mas con di ções.”

Ele afir ma que a rei vin di ca -ção não é ex clu si va de um seg -men to, mas de todo o se tor pro -du ti vo. “As in dús trias, o co mér -cio, o agro ne gó cio, to dos es tãorei vin di can do me lho rias ime dia -tas para o trans por te e para aeco no mia. Sem trans por te nãoé pos sí vel mo vi men tar as mer -ca do rias pelo país.”

ROU BO DE CAR GAS

Me re ce rá aten ção es pe cialno con gres so a apre sen ta çãodas ações que es tão sen do

fi, en tre ou tros di ri gen tes dose tor trans por ta dor. No mes -mo dia será a aber tu ra daFei ra Au to mo ti va, even to pa -ra le lo ao con gres so, que reu -ni rá os prin ci pais re pre sen -tan tes do trans por te de car -gas do país. Até o fe cha men -to des ta edi ção, a Sca nia La -tin Amé ri ca, Volks wa gem doBra sil e Ran don S.A. Im ple -men tos, den tre ou tras, já ha -viam con fir ma do pre sen ça.

No se gun do dia do con -gres so co me çam as dis cus -sões so bre vá rios te mas queabran gem to dos os mo dais dotrans por te, en tre eles os pai -néis “Como for mar par ce riasen tre os mo dais de trans por -tes” e “Gar ga los reais da in -fra-es tru tu ra de trans por teno Bra sil”. So bre os pon tosmais im por tan tes do even to,New ton Gib son, pre si den te daABTC, diz que o con gres so vaidis cu tir um em es pe cial, ospro ble mas tra ba lhis tas, com apre sen ça do so ció lo go e pro -fes sor da USP (Uni ver si da dede São Pau lo), José Pas to re.“Va mos dis cu tir o go ver no fe -de ral como uma or ga ni za çãoci vil, ou seja, se acon te ce umaci den te na es tra da, a em pre -

E CRESCIMENTODO SETOR PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO PAÍS

de sen vol vi das con tra o rou bode car gas, que fi ca rá a car godo di re tor da Po lí cia Fe de ral,Ge tú lio Be zer ra. Gib son dizque a par ce ria fei ta en tre a PFe a CNT está di mi nuin do dras -ti ca men te o nú me ro de rou bode car gas nas es tra das bra si -lei ras, mas ain da há mui toque fa zer em re la ção aos di -rei tos dos mo to ris tas. “A le -gis la ção ain da pre ci sa me lho -rar, por que o ca mi nho nei ronão pode ser pu ni do pe losrou bos”, afir ma.

Ele lem bra que está em tra -mi ta ção no Con gres so Na cio -nal um pro je to de lei do de pu -ta do fe de ral Má rio Ne gro mon -te (PPB-BA) que su ge re a cria -

ção de uma Sub co mis são Es -pe cial para “es tu dar e criarso lu ções para a si tua çãoatual do rou bo de car gas eveí cu los no país”, como estáci ta do no re que ri men to fei toà Câ ma ra dos De pu ta dos em2003.

No pri mei ro dia do con -gres so ha ve rá uma so le ni da -de de aber tu ra com a pre sen -ça do pre si den te da ABTC,New ton Gib son, do go ver na -dor do Pará, Si mão Ja te ne,do pre si den te da CNT, Clé sioAn dra de, do mi nis tro dosTrans por tes, Al fre do Nas ci -men to, do pre si den te da Câ -ma ra In te ra me ri ca na deTrans por te (CIT), Pau lo Ca lef -

“INDÚSTRIA,COMÉRCIO E OAGRONEGÓCIOREIVINDICAMMELHORIASIMEDIATAS PARA O SETOR DETRANSPORTE”

Page 50: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

sa é cul pa da, mas o go ver nofe de ral é o res pon sá vel pe lases tra das que es tão em pés si -mas con di ções. Ele tem quear car com isso”, diz Gib son.

JU DI CIÁ RIO

No úl ti mo dia de even to,ha ve rá uma pa les tra pro fe ri dapelo mi nis tro do Su pre mo Tri -bu nal Fe de ral, Nel son Jo bim,so bre a re for ma do ju di ciá rio.E ain da os pai néis “Não po luiro ecos sis te ma é com pro mis sodo TRC”, “Rea de qua ção dama triz de trans por te no Bra sil:aná li se das pers pec ti vas”,“Im pli ca ções nas re for mas:Po lí ti ca, tra ba lhis ta, sin di cal etri bu tá ria no sis te ma do TRC”

e a pa les tra “Com ba te ao cri -me or ga ni za do – Rou bo deCar gas”. No en cer ra men to,será lida a Car ta de Be lém, do6º Con gres so Na cio nal In ter -mo dal de Trans por ta do res deCar gas, que con tem pla rá assu ges tões e pro pos tas co lhi -das nos pai néis.

Nes te mo men to es ta rãopre sen tes o pre si den te da Câ -ma ra dos De pu ta dos, Se ve ri -no Ca val can ti, a se na do raSerys Shles sa ren ko (MT), opre si den te da Con fe de ra çãoNa cio nal da In dús tria (CNI)Ar man do Mon tei ro Neto e ode sem bar ga dor Mil ton Au -gus to de Bri to No bre, pre si -den te do Tri bu nal de Jus ti çado Es ta do do Pará. l

Madeira substitui a borrachaECONOMIA

En tra da para a Ama zô -nia, maior flo res ta na tu raldo mun do, a ci da de de Be -lém foi a es co lhi da parase diar o 6º Con gres so Na -cio nal In ter mo dal deTrans por ta do res de Car gapor una ni mi da de. Commais de 1,2 mi lhão de ha bi -tan tes, a ca pi tal do Paráteve seu ápi ce eco nô mi codu ran te o ci clo da bor ra -cha, no iní cio do sé cu lo 20.Hoje, a ci da de vive da ex -tra ção da ma dei ra, onde sepode en con trar ce dro,mog no, pau ama re lo e vá -rias ou tras es pé cies.

Re gião cor ta da por rios,a ci da de, além de ofe re cerop ções de trans por te paracar gas e pes soas, faz doseu po ten cial hi dro grá fi couma fon te de de sen vol vi -men to. Se gun do o pre si -den te da ABTC, New tonGib son “o po ten cial da re -gião com põe ei xos de de -sen vol vi men to que po demser ob ser va dos no cres ci -men to da in ter mo da li da de,tema fun da men tal doeven to”, diz. O as sis ten teda di re to ria do Sin di car pa(Sin di ca to das Em pre sasde Trans por tes de Car gaspara a Área Me tro po li ta na

de Be lém, Re gião do Bai xoAma zo nas, Ma ra jó, Su -does te e Nor des te do Es ta -do do Pará), Luis Hen ri queFer rei ra, diz que, por suapo si ção es tra té gi ca, vá riasem pre sas de trans por te seins ta lam na ca pi tal, trans -for man do o se tor em umadas prin ci pais ati vi da des.“Te mos gran des em pre sascomo a Co me ta, Ara ça tu -ba, Ber to li ni, Sa na ve,Trans bra si lia na e ou trasque abas te cem e re ce bempro du tos pron tos da ZonaFran ca de Ma naus”, afir ma.

Rica em his tó ria e cul -tu ra, Be lém guar da emsuas ilhas ver da dei ros pa -raí sos eco ló gi cos. A ilha deMa ra jó é uma de las e estáse con sa gran do uma dasme lho res op ções de la zerpara quem vai par ti ci pardo con gres so no mês deagos to. Nela, os bú fa lospas tam adap ta dos ao cli -ma lo cal e são a prin ci palati vi da de eco nô mi ca dailha. Ou tra atra ção é a co -nhe ci da po ro ro ca, en con -tro das águas do Rio Ama -zo nas com as do Ocea noAtlân ti co, for man do umim pres sio nan te fe nô me noda na tu re za.

“A LEGISLAÇÃO PRECISA MELHORAR,POIS O CAMINHONEIRO NÃO PODE SERPUNIDO PELO ROUBO DA CARGA”

6º CONGRESSO NACIONAL INTERMODALDOS TRANSPORTES DE CARGADias 3, 4 e 5 de agosto de 2005 • Estação das Docas, Belém (PA)

PROGRAMAÇÃO

• 3 DE AGOSTO

18h Abertura do Congresso

20h Entrega dos troféus “O Transportador”

20h30 Inauguração da Feira Automotiva

• 4 DE AGOSTO

09h30 Painel “Como formar parcerias entre os modais de transporte”

14h Palestra “Novas regras para o seguro de transporte de cargas no Brasil”

15h Painel “Gargalos reais da infra-estrutura de transporte no Brasil”

17h30 Visita a Feira Automotiva

• 5 DE AGOSTO

9 h Painel “Não poluir o ecossistema é compromisso do TRC”

10h45 Painel “Readequação da matriz de transportes no Brasil: perspectivas”

14h30 Palestra “Combate ao crime organizado – Roubo de cargas”

15h Painel “As implicações nas Reformas: Política,

Trabalhista, Sindical e Tributária no sistema TRC”

17h30 Palestra “A reforma do Judiciário”

18h Encerramento e leitura da Carta do 6º Congresso

18h30 Visita a Feira Automotiva

Como participar

As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site www.abtc.org.br, pelo

fax (61)323-3960 ou pelo telefone (61) 321-7172

Mais informações: www.abtc.org.br

Page 51: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 51

DESENVOLVIMENTO

BOM EXEMPLO

ESTADO DA BAHIA ELABORA PROGRAMA AMBICIOSO DE LOGÍSTICA DETRANSPORTE ATÉ 2020 PARA ATENDER AO CRESCIMENTO ECONÔMICO

Afal ta de uma in fra-es -tru tu ra e de um pla -ne ja men to ade qua doda área de trans por te

pode co lo car por água abai xoto dos os es for ços de um go -ver no para ala van car a sua in -dús tria. Cons cien tes des sarea li da de, a Ba hia está cor ren -do con tra o tem po para ade -quar suas es tru tu ras e re mo -de lar sua lo gís ti ca, uma vezque o Es ta do re gis trou, no anopas sa do, um cres ci men to doPIB (8,5%) su pe rior ao ín di cena cio nal (4,9%).

Re co nhe ci da na cio nal men tepor sua vo ca ção tu rís ti ca, a Ba -hia está ago ra le van tan do tam -bém a ban dei ra da in dus tria li za -ção e, para isso, pre ci sa dar sus -ten ta bi li da de ao seu cres ci men -to eco nô mi co. O go ver no do Es -ta do e o se tor pri va do es tãoani ma dos. Tan to que es tão ela -bo ran do uma sé rie de pro je tosde cur to, mé dio e lon go pra zospara via bi li zar os in ves ti men tosna área de trans por tes.

O Pro gra ma Es ta dual de Lo -gís ti ca de Trans por tes da Ba hia(Pelt ba hia) é um dos pro je tos

POR EULENE HEMÉTRIO

GRUPO TPC/DIVULGAÇÃO

Page 52: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

na área por tuá ria, já es tão emfase fi nal e pro me tem me lho rarmui to o es coa men to da pro du -ção in dus trial baia na. A Ba hiade To dos os San tos, por exem -plo, vai abri gar dois gran desem preen di men tos, sen do um dein ves ti men to 100% pri va do (C.Port) e ou tro, com par ti ci pa çãoes pe cial do go ver no, que en tre -gou à Ford um ter mi nal no vi nhoem fo lha, no mu ni cí pio de Can -deias (Por to de Pon ta da Laje).

C. PORT

O C. Port, lo ca li za do à mar -gem di rei ta do ca nal de Co te gi -pe, faz par te do com ple xo in -dus trial do gru po M. Dias Bran -co (in dús tria do se tor ali men tí -cio) e será de uso pri va ti vomis to – car gas pró prias e deter cei ros. O pri mei ro ber ço,que deve ser inau gu ra do ain dano fi nal de ju lho, é des ti na do,prin ci pal men te, à im por ta çãode tri go. A par tir de 2006, opor to tam bém será uma re fe -rên cia para a ex por ta ção degrãos do oes te baia no.

De acor do com o di re tor doTPC (ope ra dor por tuá rio par cei -

ro do em preen di men to), Sér gioFa ria, o iní cio da ope ra ção de -pen de ape nas da si na li za ção daba cia de evo lu ção, do al fan de -ga men to do por to e do li cen cia -men to da An taq (Agên cia Na cio -nal do Trans por te Aqua viá rio).

Fa ria des ta ca que os pro du -to res de grãos do oes te da Ba -hia não pos suem, atual men te,al ter na ti vas de es coa men to. Asa fra é ex por ta da so men te porIlhéus, que fica a 1.200 km da re -gião pro du to ra. O aces so é pre -cá rio e o por to é li mi ta do a umca la do de 10 me tros, o que one -ra ain da mais a ope ra ção, já quenão per mi te a atra ca ção degran des na vios. “Além dis so, osca mi nhões vol tam ge ral men teva zios, pois não têm car ga dere tor no”, afir ma.

Se gun do o di ri gen te, o C.Port está 400 km mais pró xi moda re gião pro du to ra e vai ofe re -cer a pos si bi li da de de os ca mi -nhões vol ta rem com fer ti li zan -tes, que nor mal men te são de -sem bar ca dos em Ara tu. Ou tragran de van ta gem é que o aces -so fer ro viá rio ao por to de pen deape nas da cons tru ção de um ra -mal à Fer ro via Cen tro Atlân ti ca,

de ape nas seis km – o que deveser via bi li za do a mé dio pra zo.“Nos sa ex pec ta ti va é que da quia três anos esse ra mal já es te jaope ran do”, diz Fa ria.

O ca la do de 14 me tros do C.Port tam bém vai pos si bi li tar are du ção das ta ri fas, uma vez queau men ta rá a pro du ti vi da de dasope ra ções, per mi tin do a atra ca -ção de na vios de até 70 to ne la -das de por te bru to. “Ain da tem avan ta gem de ser mos um ter mi -nal pri va ti vo, com agi li da de e fle -xi bi li da de de ne go cia ção”, de cla -ra o di re tor do TPC.

So men te para abas te cer oGran de Moi nho Ara tu, do gru poM. Dias Bran co, es ti ma-se quese jam mo vi men ta das cer ca de600 mil to ne la das de tri go porano. Atual men te, essa car gache ga pelo por to de Sal va dor.Para aten der à de man da, fo -ram cons truí dos 22 si los de ar -ma ze na gem no por to de Co te -gi pe, com ca pa ci da de es tá ti capara 80 mil to ne la das. Tam bémfo ram cons truí dos dois gal -pões para ar ma ze na gem degrãos, com ca pa ci da de de 60mil to ne la das. A ex pec ta ti va éque se jam trans por ta das cer ca

mais sig ni fi ca ti vos em an da -men to. So zi nho ele agre ga maisde 208 pro pos tas para se remexe cu ta das até 2020. São 71 noPla no Prio ri tá rio, com pra zomá xi mo para 2007, e mais 137 noPort fó lio de In ves ti men tos, comho ri zon te en tre 2008 e 2020.

De acor do com o su pe rin -ten den te de Trans por tes daSe cre ta ria de In fra-Es tru tu rado Es ta do da Ba hia, Os wal doMa ga lhães, o Pelt ba hia é umpla no es tra té gi co do Es ta dona área de lo gís ti ca de trans -por te. “Iden ti fi ca mos os prin -ci pais gar ga los e opor tu ni da -des de in ves ti men tos em to -dos os mo dais.”

O pro gra ma apre sen ta sé riasin ter ven ções no sis te ma detrans por te de car gas e apon taas opor tu ni da des de in ves ti -men tos na in fra-es tru tu ra es ta -dual, que está com ple ta men teade qua do à nova lei das Par ce -rias Pú bli co Pri va das (PPP),apro va da re cen te men te pelaAs sem bléia Le gis la ti va do Es ta -do. A ex pec ta ti va é que se jamin je ta dos cer ca de US$ 3,31 bi -lhões em to das es sas obras.

Al guns pro je tos, em es pe cial

PIB DA BAHIACRESCEU

ANO PASSADOCONTRA OS

DO PAÍS INDUSTRIALIZAÇÃO Vista aérea da fábrica da Ford, um dos empreendmentos na Bahia

8,5%

4,9%FO

RD/D

IVUL

GAÇÃ

O

Page 53: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

de 8 mil to ne la das de grãospor ano, pelo ter mi nal.

Ou tros dois ber ços de vem serinau gu ra dos a mé dio e lon go pra -zos, de acor do com a de man da doC. Port. A área to tal do em preen -di men to é de 240 mil me tros qua -dra dos e a obra vai exi gir, ao todo,in ves ti men tos de apro xi ma da -men te R$ 200 mi lhões.

AU TO MÓ VEIS

Di fe ren te do C. Port, que per -ten ce in te gral men te ao gru poM. Dias Bran co, o ter mi nal dePon ta da Laje é con ce di do à ini -cia ti va pri va da. Cons truí do pelogo ver no do Es ta do na baía deAra tu, na Re gião Me tro po li ta na,ele é des ti na do ex clu si va men teà ex por ta ção de veí cu los fa bri -ca dos pela Ford, em Ca ma ça ri. Oob je ti vo é pos si bi li tar que se -jam ex por ta dos até cem mil veí -cu los ao ano pela em pre sa,atra vés do ter mi nal.

Além de de sa fo gar o por to deSan tos, Pon ta da Laje vai pro por -cio nar um aces so fa ci li ta do àFord atra vés de uma free waypro je ta da para aten der o com -ple xo pe tro quí mi co (área in dus -

trial Les te). O pre si den te da au -tar quia res pon sá vel pela obra –Su dic (Su pe rin ten dên cia de De -sen vol vi men to In dus trial e Co -mer cial da Ba hia) –, Emer son Si -mões, in for ma tam bém que o ca -nal do por to é pro fun do (12 a 15me tros) e não ne ces si ta de gran -des in ves ti men tos. “A ma nu ten -ção é mui to sim ples, por que nãotem ero são no lo cal, o que fa ci li -ta a dra ga gem”, afir ma.

O pá tio do novo por to, de 155mil me tros qua dra dos, tem ca pa -ci da de para o es ta cio na men to deaté 7.000 veí cu los, tam bém po -den do ser usa do para con têi ne -res, caso haja ne ces si da de no fu -tu ro. O píer de Pon ta da Laje pos -sui 193 me tros de com pri men to ea pon te de aces so che ga a me dir60 me tros. Tudo rea li za do comre cur sos do Es ta do, de apro xi ma -da men te R$ 44 mi lhões.

Si mões diz que as obras in fra-es tru tu ran tes têm ca pa ci da de dege rar in ves ti men to. “Quan doatraí mos o com ple xo au to mo ti vode gran de por te, e tra ze mos jun -tos fa bri can tes de pneus, é pre ci -so que se te nha a in fra-es tru tu raade qua da para que não haja gar -ga lo na ex por ta ção.” l

Portos terão Plano DiretorPLANEJAMENTO

A im por tân cia de umain fra-es tru tu ra por tuá riaade qua da fez ne ces sá ria aela bo ra ção de um Pla no Di -re tor dos Por tos da Ba hia,do qual vá rias en ti da deses tão au xi lian do a for ma -tar. O pla no é uma ini cia ti -va con jun ta do go ver no es -ta dual, da Fieb (Fe de ra çãodas In dús trias do Es ta doda Ba hia) e da Co de ba(Com pa nhia Do cas do Es ta -do da Ba hia).

Se gun do o coor de na dorda Co mis são de Co mér cioEx te rior da Fieb, Rei nal doSam paio, o pla no tem umaver são ino va do ra e dis tin -ta. “Es ta mos ajus tan do osde ta lhes ain da, mas noscabe ela bo rar um pla no dere fe rên cia, que in de pen dada tran si to rie da de po lí ti ca.Te mos que ter uma vi sãode lon go pra zo, pois a so -cie da de e o em pre sa ria donão são tran si tó rios.”

Sam paio afir ma que asen ti da des es tão tra ba lhan docom uma pro je ção eco nô mi -ca para 25 anos, con si de ran -do o de sen vol vi men to do Es -ta do. O ob je ti vo é iden ti fi car

áreas es tra té gi cas para darsus ten ta ção ao cres ci men tobaia no. “O Pla no Di re tor vaicon tem plar ações de cur to,mé dio e lon go pra zos. Tam -bém va mos in se rir fer ra men -tas de ges tão para que pos -sa mos ins tru men ta li zar e darcon ti nui da de ao pro ces so aolon go dos anos.”

De acor do com ele, pe -que nos pro du to res, comoos de ca cha ça e mel, porexem plo, es tão emer gin dono Es ta do, com vis tas à ex -por ta ção. Se to res como ode cal ça dos, ce lu lo se e ro -chas or na men tais tam bémes tão dan do um sal to depro du ção.

“O mo vi men to de car gasna Ba hia cres ceu e as es tru -tu ras ain da não ti ve ramtem po de se ade quar. O por -to de Ara tu, por exem plo,apre sen ta um ní vel preo cu -pan te de es pe ra de na vios,por fal ta de es pa ço. A con ti -nui da de do cres ci men toapon ta para uma im pos si bi -li da de de flu xos ade qua dossem que haja in ves ti men toscon cre tos no trans por te”,diz Sam paio.

“IDENTIFICAMOS OS PRINCIPAISGARGALOS E OPORTUNIDADES

DE INVESTIMENTOSEM TODOS OS MODAIS”

DA BAHIA PARA O MUNDOVEJA A EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES NOS ÚLTIMOS 5 ANOS:

ANO EXPORTAÇÕES (US$) PESO LÍQUIDO (KG)2004 4.062.916.260 7.669.908.1202003 3.258.772.411 7.192.759.0692002 2.410.037.152 6.392.268.3832001 2.119.651.088 7.099.656.3722000 1.942.967.898 4.774.847.661

PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2004:• AUTOMÓVEIS • FIOS DE COBRE• GASOLINA • SOJA• DERIVADOS DE CACAU • RESÍDUOS SÓLIDOS• CAFÉ • PAPEL • OURO • ALGODÃO • ESTOFADOS • COURO• FRUTAS (UVA E MANGA) • PRODUTOS QUÍMICOS

FONTE: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

Page 54: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

Ima gi ne uma vila aon de, aoin vés de uma rua en tre asca sas, exis te uma fer ro via.As crian ças cor rem de um

lado para o ou tro, sem per cep -ção do pe ri go. De re pen te, o api -to do trem... É hora de ba ter emre ti ra da, ti rar as bo ne cas da li -nha, des viar a bi ci cle ta, re co -lher os exér ci tos, ati rar pe dras,fa zer a fes ta. Sim, essa é umacena que se re pe te to dos osdias em San tos (SP) e em ou tros823 fo cos de in va sões nas fai xasde do mí nio das ma lhas fer ro viá -rias con ce di das no Bra sil.

A es ta tís ti ca não per doa:so men te em 2004 fo ram re gis -tra dos 2.158 aci den tes nas li -nhas fér reas na cio nais de vi do,prin ci pal men te, a pro ble mascomo in va sões e a Pas sa gensem Ní vel (PNs) ir re gu la res. Onú me ro, ape sar de as sus ta dorà pri mei ra vis ta, re pre sen tauma re du ção de 46% se com -pa ra do a 1997, pri mei ro ano emque as fer ro vias es ti ve ram efe -ti va men te sob a tu te la da ini -cia ti va pri va da.

De acor do com a as ses so ratéc ni ca da ANTF (As so cia çãoNa cio nal dos Trans por ta do resFer ro viá rios), El len Mar tins, a re -du ção no nú me ro e no ín di ce de

EXISTEM HOJE

RISCO Pedestres desconsideam o perigo e cortam caminho pelos trilhos

PAUL

O FO

NSEC

A

Page 55: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 55

FERROVIAS

PARE, OLHEE ESCUTE

MANUTENÇÃO, NOVAS TECNOLOGIAS, AÇÕESEDUCATIVAS E PREVENTIVAS REDUZEM EM46% OS ACIDENTES FERROVIÁRIOS

POR EULENE HEMÉTRIO

aci den tes das em pre sas fer ro -viá rias tem sido um dos re sul ta -dos mais vi sí veis do pro ces sode de ses ta ti za ção do se tor.“Mes mo com o au men to no trá -fe go, o nú me ro ab so lu to de aci -den tes re du ziu de 3.957 para2.158 ocor rên cias, en tre 1997 e2004, en quan to o ín di ce de aci -den tes por mi lhão de trem.kmbai xou de 78,7 para 31,0 no mes -mo pe río do.”

El len afir ma que os aci den -tes di mi nuí ram de vi do aos in -ves ti men tos apli ca dos pela ini -cia ti va pri va da – con ces sio ná -rias e suas par ce rias – na ma nu -

ten ção da via e do ma te rial ro -dan te, na in tro du ção de no vastec no lo gias de con tro le de trá -fe go e sis te mas, e nas ações so -ciais com cam pa nhas edu ca ti -vas, pre ven ti vas e de cons cien -ti za ção das co mu ni da des li mí -tro fes das fer ro vias. Ela res sal -ta, no en tan to, que isto só acon -te ce den tro das ope ra ções fer -ro viá rias, pois as con ces sio ná -rias não pos suem con tro le dotrá fe go ro do viá rio e do com por -ta men to dos pe des tres. “As em -pre sas fer ro viá rias não têmcomo com pa ti bi li zar o aden sa -men to das ci da des e o nú me ro

de veí cu los au to mo to res comuma quan ti da de cada vez maiorde trens”, diz.

Se gun do a as ses so ra, parame lho rar as con di ções de se gu -ran ça nas áreas ur ba nas li mí -tro fes das fer ro vias, o go ver nofe de ral pre ci sa im ple men tar ospla nos e pro gra mas exis ten tespara obras e si na li za ções nasPas sa gens em Ní vel. Além dis so,pre ci sa via bi li zar re cur sos paraa eli mi na ção das in va sões e dosgar ga los ope ra cio nais, prio ri -zan do as ações em mu ni cí piosonde a si tua ção é mais crí ti ca.

Atual men te, o Dnit (De par ta -

men to Na cio nal de In fra-Es tru -tu ra de Trans por tes) está bus -can do re to mar o Pro nurb (Pro -gra ma de Se gu ran ça Fer ro viá riaem Áreas Ur ba nas), que rea li za -rá novo le van ta men to das PNs edas fai xas de do mí nio in va di das.Os re cur sos para a im plan ta çãodo pro gra ma, no en tan to, ain danão es tão de fi ni dos.

O coor de na dor fer ro viá rio doDnit, Luiz Fer nan do de Pá duaFon se ca, in for mou, re cen te men -te, que o pro gra ma de man da re -cur sos de mais de R$ 1,3 mi lhãopara a rea li za ção de con tor nosfer ro viá rios nos cen tros ur ba -nos, via du tos, pas sa re las, si na li -za ções au to má ti cas (can ce las),lu mi no sas e acús ti cas. De acor -do com ele, tam bém são ne ces -sá rios re cur sos para o reas sen -ta men to de fa mí lias e a re mo -ção de in va sões da fai xa de do -mí nio em lo cais de ris co.

A as ses so ra téc ni ca daANTF, El len Mar tins, afir ma queas con ces sio ná rias es tão ten -tan do es ta be le cer con vê nioscom as pre fei tu ras para me -lho rar a se gu ran ça das co mu -ni da des e das ope ra ções fer ro -viá rias. É o caso, por exem plo,da ALL em Cu ri ti ba (PR), daBra sil Fer ro vias em São José

FOCOS DE INVASÕES NAS FAIXAS DE DOMÍNIO823

Page 56: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11956

do Rio Pre to (SP) e da MRS Lo -gís ti ca em Bar ra Man sa (RJ).

No caso das PNs, a so lu çãova ria con for me o ris co, po den doir da si na li za ção pas si va e dacan ce la até a ve da ção da fai xa ea cons tru ção de via du tos, semne ces sa ria men te se rem one ro -sas. “O pro ble ma dos aci den tesnas Pas sa gens em Ní vel, comotem acon te ci do fre qüen te men teno meio fer ro viá rio, é en con traro res pon sá vel”, diz El len.

For mal men te, o res pon sá -vel pela exe cu ção da via maisre cen te é quem deve as su mirto dos os en car gos de cor ren -tes da cons tru ção e da ma nu -ten ção das obras e ins ta la -ções ne ces sá rias ao cru za -men to, bem como pela se gu -ran ça da cir cu la ção no lo cal(De cre to nº 1.832/96, do Re gu -la men to dos Trans por tes Fer -ro viá rios – RTF). Como namaior par te dos ca sos a fer ro -via exis te an tes da im plan ta -

PNs geram impactos ambientais

GARGALOS

As Pas sa gens em Ní vel(PNs) re pre sen tam um dosmaio res gar ga los da se gu -ran ça fer ro viá ria. São qua se11 mil re gis tros em todo opaís, sen do que 8,36% sãocon si de ra dos crí ti cos (lo ca -li za ção ina de qua da, clan -des ti na e/ou com si na li za -ção de fi cien te). Além dosaci den tes com veí cu los epe des tres, es sas in ter ven -ções ge ral men te pro vo camim pac tos am bien tais e so -ciais, como a sus pen sãocons tan te do trá fe go. AsPNs sur gem com o cres ci -men to das ci da des, de vi do àne ces si da de de in ter li ga çãoen tre as co mu ni da des. Porlei, é proi bi do abrir PNs semo acor do da fer ro via. No en -tan to, o mu ni cí pio não podefi car di vi di do pela li nha.

Con for me a ANTT, exis -tem hoje 920 PNs crí ti cas

em todo o país, sen do 304na ex ten são da Fer ro viaCen tro-Atlân ti ca (FCA), 253na Com pa nhia Fer ro viá riado Nor des te (CFN), 148 naNo voes te (Bra sil Fer ro vias),108 na Fer ro ban (Bra sil Fer -ro vias), 54 na MRS Lo gís ti ca,27 na Amé ri ca La ti na Lo gís -ti ca (ALL) e 26 na Fer ro viaTe re za Cris ti na (FTC).

A ALL re gis trou 56 aci -den tes em 2004 den tro desuas 3.850 PNs ati vas. Aprin ci pal cau sa é a im pru -dên cia de mo to ris tas, se gui -da pelo ex ces so de ve lo ci -da de, bai xa vi si bi li da de, mási na li za ção e, por fim, porfa lhas ope ra cio nais . Se -gun do a ANTF, é co mum ains ta la ção de pra ças eáreas de la zer nas fai xas dedo mí nios, o que au men ta apro ba bi li da de de aci den tese atra sa as ope ra ções.

PAZ NA LINHA Esudantes são orientados sobre segurança

GUIA DE SEGURANÇA

DICAS PARA EVITAR ACIDENTES NAS FERROVIAS

• Antes de cruzar a linha férrea, pare, olhe e escute. Respeite as placas de sinalização

• Não cruze a frente de um trem. Além de perigoso, isso écaracterizado como infração gravíssima

• Nunca pare sobre os trilhos

• Nunca ande sobre os trilhos

• Estacione o veículo com, no mínimo, 6,5 metros de afastamentoda linha férrea

• Não deixe crianças brincarem próximas aos trilhos

Fonte: Ferrovia Tereza Cristina

PAZ NA LINHA/DIVULGAÇÃO

EM 2004FORAM

REGISTRADOS

ACIDENTESFERROVIÁRIOS

NO BRASIL

2.158

Page 57: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

ção dos cru za men tos, a se gu ran -ça teo ri ca men te fi ca ria a car godo Dnit, no caso de uma ro do viafe de ral; do DER, no caso de es ta -dual, ou do mu ni cí pio, se for umavia ur ba na.

Se gun do o ge ren te de Via Per -ma nen te da ALL, Plí nio Toc chet to,po rém, a con ces sio ná ria vem rea li -zan do vá rias ações para re du zir oín di ce de aci den tes na fer ro via,como blitz nas PNs de maior mo vi -men to, cam pa nhas nas es co las, pa -les tras em ôni bus, co lo ca ção decar ta zes em pon tos crí ti cos, di vul -ga ção na mí dia, fe cha men to de PNsclan des ti nas etc. A ex pec ta ti va éque em 2005 o nú me ro de aci den -tes caia cer ca de 20%.

CAM PA NHAS

Ou tros pro gra mas edu ca ti vostam bém es tão bus can do a cons -cien ti za ção da po pu la ção para apre ven ção de aci den tes fer ro viá -rios. A Com pa nhia Vale do Rio Doce(CRVD) e a Fer ro via Te re za Cris ti na(FTC), por exem plo, im plan ta ram ospro gra mas “Olha o Trem” (EFC),“Edu ca ção nos Tri lhos” (EFVM) e“Paz na Li nha”.

O Paz na Li nha é de sen vol vi dopor co la bo ra do res vo lun tá riosda FTC, com o ob je ti vo de orien -tar a co mu ni da de so bre os cui da -dos a se rem to ma dos pró xi moaos tri lhos. Em cada es co la vi si -

ta da, a com pa nhia lan ça con cur -sos de re da ção para alu nos de 5ªa 8ª sé rie e con cur sos de de se -nho para os alu nos até a 4ª sé riedo en si no fun da men tal, com otema vol ta do para a se gu ran çana li nha fér rea. O ob je ti vo, se -gun do o téc ni co de se gu ran ça dafer ro via, Mar ce lo Ba tis ta Cruz, éfa zer com que cada um se sin tares pon sá vel pela se gu ran ça daco mu ni da de.

Pa ra le la men te ao tra ba lho nases co las, a FTC de sen vol ve a cons -cien ti za ção dos mo to ris tas nosprin ci pais cru za men tos ro do fer ro -viá rios de abran gên cia da em pre sa,dis se mi nan do in for ma ções bá si caspara a pre ven ção de aci den tes nali nha fér rea. De acor do com o Ar ti -go 121 do Có di go de Trân si to Bra si -lei ro, dei xar de pa rar o veí cu lo an -tes de trans por a li nha fér rea tam -bém é con si de ra do in fra ção gra vís -si ma, su jei ta à multa e per da desete pon tos na Car tei ra Na cio nal deHa bi li ta ção (CNH). l

Tecnologia melhora produção

INVESTIMENTO

Ape sar das in va sões dafai xa de do mí nio e do sur -gi men to de Pas sa gens emNí vel (PNs) ir re gu la res se -rem os prin ci pais pro ble -mas de se gu ran ça nas fer -ro vias, exis tem ou tros fa -to res que de ter mi nam o ín -di ce de aci den tes nos tri -lhos. A ma nu ten ção da viae a con ser va ção do ma te -rial ro dan te (lo co mo ti vas eva gões) tam bém são in -ves ti men tos im por tan tespara a re du ção das es ta tís -ti cas de des car ri lha men toe ou tros in ci den tes.

A in tro du ção gra dualde no vas tec no lo gias decon tro le de trá fe go esis te mas tam bém pro -por cio na ram a di mi nui -ção dos ris cos, au men -tan do, con se qüen te -men te, a pro du ti vi da de

das ope ra ções fer ro viá -rias. Se gun do a As so cia -ção Na cio nal dos Trans -por ta do res Fer ro viá rios(ANTF), as con ces sio ná -rias es tão pre ven do in -ves ti men tos de R$ 2,1 bi -lhões para 2005.

Os pro je tos prio ri tá riosapon ta dos pe las con ces -sio ná rias para a eli mi na -ção dos gar ga los fí si cos eope ra cio nais da ma lhabra si lei ra, po rém, cus tamcer ca de R$ 3,3 bi lhões.Den tre eles, des ta cam-se acons tru ção do Fer roa nelde São Pau lo (Tra mo Nor -te), o con tor no fer ro viá riode Vila Ve lha (ES), Cu ri ti ba(PR) e São Fé lix – Ca choei -ra (BA), o aces so ao Por tode San tos (SP), a tra ves siade Bar ra Man sa (RJ) e Ara -ra qua ra (SP), en tre ou tros.

ACIDENTES FERROVIÁRIOS

ÍNDICE DE OCORRÊNCIAS NO PAÍS(Número de acidentes por percurso durante o ano)

1997 78,7

1998 65,5

1999 75,8

2000 59,3

2001 44,8

2002 42,5

2003 35,4

2004 30,1

Fonte: ANTF

“O PROBLEMA DOS ACIDENTES NASPASSAGENS EM NÍVEL, COMO TEM OCORRIDO, É ACHAR O RESPONSÁVEL”

CONVIVÊNCIA Comunidades constroem próximo às ferroviasPA

ULO

FONS

ECA

Page 58: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11958

Itá lia, 2.000 anos atrás. Oini mi go cri ti ca um ho mempor seu mau há li to. Este,en tão, per gun ta à sua mu-lher ao che gar em casa:

“Por que não me fa lou so bre opro ble ma?” Ela, em sua sim pli -ci da de, diz: “Pen sei que to dosos ho mens chei ras sem as sim.”Em meio ao cal dei rão po lí ti codo Im pé rio Ro ma no no iní cio daera cris tã, o fi ló so fo gre go Plu-tar co usou essa pa rá bo la paradar uma dica sim ples, mas quese ria lem bra da mi lha res de anosde pois: às ve zes, é pre ci so o ini-migo para di zer o que a pes soaama da não foi ca paz de di zer.

Por re fle tir com al gu ma sa-be do ria, pelo me nos, so bre con -fli tos que afe tam qual quer serhu ma no – seja um cam po nês, umho mem de gran des ne gó cios ou

um go ver nan te –, pen sa do res atra-ves sam os sé cu los atra vés demen sa gens que po dem orien -tar, hoje, a con du ção da em pre -sa, do Es ta do e das re la ções hu -ma nas. Fi ló so fo gre go que vi veupor 25 anos na Itá lia, por vol tade 80 a.C, Plu tar co se tor nouum clás si co na de fe sa da idéiade que, na im pos si bi li da de dese evi tar ini mi gos, é me lhor ti -rar de les o má xi mo pro vei to.

2005 d.C. Os en si na men tosde Plu tar co se mos tram bas tan-te atuais. Di zia o fi ló so fo que, seos ini mi gos são con cor ren tes, ozelo deve ser re do bra do. E porisso é pre ci so se aper fei çoarcon ti nua men te. Qual quer re fe -rên cia à com pe ti ção acir ra daen tre em pre sas e tra ba lha do resna era da in for ma ção não émera coin ci dên cia, mas sa be do -

ria mi le nar. Para o di re tor-exe -cu ti vo da Câ ma ra Bra si lei ra doLi vro (CBL), Ar man do An tu gi ni,li vros clás si cos de au to rescomo Plu tar co (“Como ti rar pro -vei to do seu ini mi go”), Platão(“A Re pú bli ca”), Aris tó te les (“APo lí ti ca”) e Ma quia vel (“O Prín -ci pe”) per ma ne cem atuais por -que tra zem men sa gens pere -nes, não se per dem com o tem -po. “São li vros que têm algo aacres cen tar e por isso vão con ti -nuar ven den do sem pre”, diz.

A exe cu ti va An dréa Cola, di -re to ra-co mer cial da Via ção Ita -pe me rim, é lei to ra fiel dos clás -si cos. Para ela, eles “têm mui too que acres cen tar ao dia-a-diade tra ba lho”. “Já li pra ti ca men -te to dos, de Aris tó te les a Ma -quia vel. Acho que es ses livrosnos aju dam a me lho rar a per -

cep ção do ne gó cio, a questãoda es tra té gia.”

Ma quia vel pa re ce ser mes-mo o prín ci pe da es tra té gia,ain da que sus ci te con tro vér siasem idías cé le bres como “os finsjus ti fi cam os meios”. Há quemdiga que o es cri tor ita lia no, nas-cido em 1469, em Flo ren ça, deuse quên cia, mui tos sé cu los de -pois, ao pen sa men to de Plutar -co – este, po rém, bem mais mo -ra lis ta, pre gan do a con du ta ili -ba da como for ma de ca lar osini mi gos sem pre à es prei ta.

A teo ria de Ma quia vel sur giuem meio à efer ve cên cia da Re-for ma Pro tes tan te e da revolu -ção cien tí fi ca pro ta go ni za dapor Ga li leu, Ke pler e Co pér ni co.Ele ten tou var rer para lon ge asfor mas de pen sar a po lí ti ca ever os fa tos como real men te são.

CULTURA

SABEDORIASECULAR

POR ALINE RESKALLA

“Visto que é impossível não ter inimigos, é preciso saber tirar proveito dessa situação” “COMO TIRAR PROVEITO DE SEUS INIMIGOS”, DE PLUTARCO

Page 59: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 59

Como es cre veu em “O Prín ci pe”,de 1513: “Já que mi nha in ten çãoé di zer algo que será de usoprá ti co para o in te res sa do, acheiapro pria do re pre sen tar as coi-sas como são na ver da de, emvez de como são ima gi na das”.

A cien tis ta po lí ti ca In grid deSou za diz que, até en tão, osteóri cos da po lí ti ca es cre viamsobre as con du tas ideais deum go ver nan te, por exem plo,mas não so bre a prá ti ca dodia-a-dia, que na maio ria dasve zes pas sa va mui to ao lar goda rea li dade idea li za da. Emcon tras te, Maquia vel pro pôs-sea nar rá-las como são. Ain dahoje, seus pen sa men tos cho -cam as pes soas, daí a acep çãope jo ra ti va do ad je tivo ma quia -vé li co – que vai de oportu nis ta eamo ral a ma ni pu la dor.

AUTORESCLÁSSICOSINSPIRAM ESTRATÉGIA E GESTÃO DOS NEGÓCIOS

Conhecimento milenar para os negócios e o futebol

ARTE DA GUERRA

Um dos maio res tra ta -dos de es tra té gia, “AArte da Guer ra” ven-ceu 2.500 anos para

tra zer ao mun do cos mo po li tado sé cu lo 21 um pou co da sa -be do ria que o ser hu ma no per -deu com as re vo lu ções in dus -triais e tec no ló gi cas.

Na Chi na an ti ga, o mon ge-guer rei ro Sun Tzu foi con tra ta -do pelo se nhor do Es ta do deWu (sé cu los 5 e 6 a.C) para co -man dar seu exér ci to num con -fron to con tra o ini mi go Chu – enão per deu uma ba ta lha se -quer. Ele apre sen ta no li vro ases tra té gias vi to rio sas, in fluen -cia das por con cep ções bu dis -tas, que ca bem como uma luvaem uma em pre sa do sé cu lo 21.Di zia Sun Tzu que, se você éum guer rei ro há bil no ma ne joda es pa da (cor te), é tam bémum há bil ne go cian te (lu cro).“Um ver da dei ro pe ri to na arteda guer ra pre ci sa ad mi nis traras ne ces si da des de seu exér ci -to com a mes ma maes tria comque ad mi nis tra um ne gó cio ouo seu lar”, ex pli ca o pro fes sorde his tó ria da arte e tea tró lo -go Emí lio Guer ra, que tam bémé pro fes sor de kung fu. Guer rapro mo ve pa les tras para exe cu -ti vos so bre as apli ca ções do li -vro mi le nar de Sun Tzu nomun do dos ne gó cios.

Para o pro fes sor, pra ti ca -men te to dos os en si na men -tos de Tzu ca bem nos dias dehoje, mas é es pe cial men teatual a de fe sa que faz do pa -pel do gran de lí der em umaba ta lha. Com a for ça que ga -nhou o tra ba lho de equi penas or ga ni za ções, mui tosche gam a afir mar que o lí dernão é mais neces sá rio, o que,se gun do o pro fes sor, é umerro. “De que adian ta teruma equi pe de pro fis sio naisafia dos se não têm rumo. “AArte da Guer ra” res ga ta a fi -gu ra do lí der clás si co, e comsim pli ci da de”, diz. Na tri lhada vi tó ria, Sun Tzu tam bémde fen de a dis ci pli na comvee mên cia. Não he si tou se-quer em man dar de ca pi tarduas das mu lhe res do se -nhor de Es ta do que o de so -be de ceram.

As idéias de au to res clás si -cos so bre vi ve ram atra vés demi lê nios, se gun do Guer ra, por -que fo ram pro du zi das por “sá -bios, ho mens que ti nham tran -qüi li da de para pen sar”. Hoje, asa be do ria “de sa pa re ceu emmeio à pa tu léia de in for ma -ções”. “As pes soas não têmtem po para re fle tir. Por isso osclás si cos são tão im por tan -tes.” Guer ra, que tam bém ées cri tor, afir ma que de nada

adian ta ape nas ler, sem sa bernada so bre o pe río do en fo ca -do pela obra, o con tex to e acul tu ra em que foi pro du zi da.Aler ta tam bém que elas nãode vem ser en ca ra das como re -cei tas de su ces so, mas como“fa róis, es to pins que pro vo -cam in sights”.

Como os que ins pi ra ram ase le ção bra si lei ra que con quis -tou a Copa do Mun do de 2002.O téc ni co Luiz Fe li pe Sco la riado tou como “ma nual de ba ta -lha” o li vro de Tzu, e expu nhatre chos da obra du ran te aspre le ções, em bi lhe tes para osjo ga do res e em con ver sas comos lí de res da equi pe. Re sul ta -do: a se le ção de fu te bol saiuin vic ta e pen ta cam peã de umaCopa em que co me çou de sa -cre di ta da e cri ti ca da.

“É melhor ser ousado do que prudente, pois a oportunidade é mulher e, para conservá-la submissa, é necessário contrariá-la” “O PRÍNCIPE”, DE MAQUIAVEL

SUN TZU

Page 60: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11960

FAL CÕES E OS MEIOS

A Dou tri na Bush, lan ça daapós o ata que ter ro ris ta de 11 dese tem bro, co lo cou em prá ti canos Es ta dos Uni dos as idéiasdos “fal cões” (gru po li ga do aopre si den te) que ti nham sido en -ga ve ta das em go ver nos an te -rio res. O ob je ti vo: im por a sobe-ra nia nor te ame ri ca na sem le-var em con si de ra ção as con se -qüên cias so ciais, cul tu rais, eco-nô mi cas e a ins ta bi li da de mun-dial que de sen ca dea riam. Comodi ria Ma quia vel, “os fins jus ti fi -cam os meios”.

Para a pro fes so ra He le naBea triz Cybiis, do La bo ra tó rio deSis te mas de Trans por tes da Uni-ver si da de do Rio Gran de do Sul,os clás si cos “con tri buem maispara o pro fis sio nal que já estáno mer ca do do que para os es -tu dan tes”, que, se gun do ela,têm uma vi são de mun do “mui-to li mi ta da”. A par tir do mo-men to em que se for mam e as-su mem po si ções no mer ca do detra ba lho, a lei tu ra dos clás sicospode con tri buir bas tan te. “No ca-so do en ge nhei ro, por exem plo,ele aca ba as su min do fun ção ge-ren cial. Nes se con tex to, os gran-des pen sa do res clás si cos po demaju dá-los a en ten der as rela-ções en tre as pes soas.”

PARA LER UM CLÁSSICOAS OBRAS MAIS PROCURADAS NAS PRATELEIRAS

A ARTE DA GUERRASUN TZU

Escrita na China há mais de 2.000anos, é a primeira tentativa de quese tem notícia de formular a baseracional de planejamento e condutade operações militares. Os ensaiosjamais foram superados em precisãoe profundidade de entendimento eexpressam os fundamentos de umaciência de conduta em épocas deguerra. A edição da Martins Fontestraz ainda “Métodos Militares”, deSun Pin, bisneto de Tzu.Edições standard: Record (R$ 27,90) e Martins Fontes (R$ 41,50)Edições de bolso: Paz e Terra (R$ 9), L&PM (R$ 9), Martin Claret (R$ 10,50)

O LIVRO DOS CINCO ANÉISO clássico guia de estratégiaMIYAMOTO MUSASHI

O famoso samurai japonês unia aarte da espada e a estratégia aoespírito zen oriental. Seu livro guiatambém o homem moderno no caminho do espírito, da sabedoria e do auto-controleMadras (R$ 17,90) e Ediouro (R$ 19,90)

A POLÍTICAARISTÓTELES

Aristóteles foi o primeiro pesqui-sadorcientífico no sentido atual do termo. Étambém considerado o primeiro filósofoa distinguir a ética da política, centrada aprimeira na ação voluntária e moral doindivíduo enquanto tal, e a segunda, nasvinculações deste com a comunidade.Edição standard: Martins Fontes (R$ 46) Edição de bolso: Martin Claret(R$ 10,50)

ALEXANDRE, O GRANDEPLUTARCO

Com várias ilustrações, a obra conta à história de um rei que lutavaimpiedosamente nas primeirasfileiras de seu exército e, vitorioso,era capaz de gestos magnânimospara com seus inimigos, e aindamaiores para com seus amigos.Ediouro (R$ 24,90)

A REPÚBLICAPLATÃO

O filósofo expõe idéias políticas,filosóficas, estéticas e jurídicas. Aquise encontra a “Alegoria da Caverna”,uma das mais belas passagens detoda a obra de Platão. O filósofoimaginou um Estado ideal, sustenta-do no conceito de justiçaEdição standard: Rideel (R$ 29,90)Edição de bolso: Martin Claret (R$ 10,50)

COMO TIRAR PROVEITO DE SEUS INIMIGOSPLUTARCO

Em uma época em que coabitama política e a disparidade social, seria desejável que o pensamen-to de Plutarco, desafiando o anacronismo, pudesse servir deapoio aos cortesãos, aospríncipes e as rivalidades dosambiciososMartins Fontes (R$ 26,50)

O PRÍNCIPEMAQUIAVELUm dos mais célebres livros de todosos tempos, aborda o conceito da formação e conservação dos princi-pados a qualquer custo e realizauma revisão completa do períododas revoluções políticas dos séculos15 e 16, contexto da transformaçãorenascentista.Edições standard: Martins Fontes(R$ 21,50), Campus (R$ 33), Ediouro(R$ 35, ilustrado)Edições de bolso: L&PM (R$ 11), Paz e Terra (R$ 9), Martin Claret (R$ 10,50)

“O hábil guardião de uma coisa é também o hábil ladrão dessa mesma coisa”

SÓCRATES EM “A REPÚBLICA”, DE PLATÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 61

Mes mo con si de ran do a lei -tu ra de li vros clás si cos im por -tan tes, o con sul tor do Ins ti tu -to de De sen vol vi men to Ge ren -cial (IDG), Wel le son Ca va lie ri,afir ma que os lei to res de vemfil trar as in for ma ções con ti -das nas obras. “Ma quia vel éfan tás ti co. Sua teo ria é bas -tan te atual tam bém para em -pre sas, onde o jogo de po derestá cada vez mais pre sen te.Mas não se pode le var tudoao pé da le tra.” E para al can -çar essa ca pa ci da de crí ti ca,ape nas len do cada vez mais.“O exe cu ti vo que não lê ficamío pe”, diz Ca va lie ri.

Afi nal, “todo lei tor é, quan doestá len do, um lei tor de si mes -mo”, já di zia Mar cel Proust(1871-1922), um dos maio res es -cri to res fran ce ses, au tor daobra-pri ma “Em Bus ca do Tem -po Per di do”.

A fal ta de lei tu ra “é real men -te um pro ble ma no Bra sil”, diz odi re tor-exe cu ti vo da CBL, Ar -man do An tu gi ni. En quan to paí -ses como Fran ça e EUA, têm amé dia de lei tu ra por ha bi tan teem tor no de 7 e 5,1 li vros porano, res pec ti va men te, a do bra -si lei ro não che ga a 2.

Além da au sên cia do há bi tode lei tu ra, já que só um ter çodos al fa be ti za dos gos ta de ler,

se gun do pes qui sa da CBL, oaces so aos li vros ain da é con -cen tra do em uma mi no ria. Ape -nas 16% dos bra si lei ros de têm73% dos li vros. E o pior, de poisde al can çar o pa ta mar his tó ri code 500 mi lhões de uni da despro du zi das em 1986, ano doauge do Pla no Cru za do, a pro -du ção caiu para 350 mi lhões deli vros por ano atual men te.

A boa no tí cia é que mui tasedi to ras es tão in ves tin do cadavez mais em edi ções de bol so,ain da vis tas com re sis tên cia noBra sil, mas bem mais aces sí veispara um país que so fre com afal ta crô ni ca de ren da.

En quan to a mé dia de um li -vro em ver são ori gi nal fica en -tre R$ 30 e R$ 50, as edi ções debol so cus tam em mé dia R$ 10.

NA PRÁ TI CA

En quan to o há bi to de lei tu raain da en ga ti nha no país, o con -sul tor de em pre sas Ale xan dreCos ta so fre para con ven cerseus clien tes a ler “A gran demaio ria gos ta ape nas de jor nal.En ca rar um li vro clás si co ain daé di fí cil.”

Que o diga o em pre sá rio cu -ri ti ba no Mar cos Au ré lio Maia,pro prie tá rio da Maia Trans por-tes. “Pre fi ro as re vis tas de ne-

gó cios. Não pre ci so de li vro pa-ra me lho rar meu ne gó cio”, dizele, que di ri ge uma fro ta de oitovans e afir ma que apren deutudo o que sabe na prá ti ca.

Para mu dar um pou co essamen ta li da de, é pre ci so co me çara tra ba lhar a lei tu ra cedo. Se -gun do o di re tor-exe cu ti vo daCBL, di fi cil men te al guém de sen -vol ve o há bi to de ler de pois dos12 anos de ida de.

Geor ge S. Cla son, que es-cre veu “O Ho mem mais Rico daBa bi lô nia” (1926), cer ta men teten ta ria con ven cer Maia deque ele está er ra do. Clás si coque ins pi rou mi lhões de pes -soas e vá rios au to res de ou -tros li vros, como “Pai Rico, PaiPo bre” e “A Ener gia do Di nhei -ro”, o li vro con ta a his tó ria deAr kad, o ho mem mais rico daBa bi lô nia, e seus se gre dos.

No li vro, são re ve la das as“sete so lu ções para a fal ta dedi nhei ro”. Nele, o au tor, no pa-pel do ho mem mais rico daBa bi lô nia, es cre ve: “O ouro es-capa ao ho mem que o for ça aga nhos im pos sí veis ou que dáou vi dos aos con se lhos en ga -nosos de tra pa cei ros e frau -da dores. Ou que con fia emsua própria inex pe riên cia ede se jos român ti cos na horade in ves ti-lo.” l

DA GUERRACARL VON CLAUSEWITZ

Apresentação do tratado de arte militar feito pelo general prussiano,publicado somente após sua morte,na primeira metade do século 19.Inspirou o pensamento estratégico,com a linha mestra de que a “guerra é a continuação da políticapor outros meios”Edição standard: Martins Fontes(R$ 80)

• O quadro lista apenas obras origi-nais. É possível encontrar os títulosadaptados para certas áreas do conhecimento, como administração,gestão e economia, em que apenastrechos do texto original são repro-duzidos ao lado de interpretações do conteúdo destacado.

O HOMEM MAIS RICO DA BABILÔNIAGEORGE CLASON

O livro conta a história e os segre-dos de Arkad, o homem mais ricoda Babilônia. O autor revela suas“cinco leis do ouro” e “setesoluções para a falta de dinheiro”.Escrito em 1926, o livro se tornouclássico, inspirou milhões de pes-soas e vários autores de livros con-temporâneos como “Pai Rico, PaiPobre” e “A Energia do Dinheiro”Edição standard: Ediouro (R$ 24,90)

ONDE ENCONTRARwww.livrariacultura.com.brEm boas livrarias e revistarias

“Quando destituído de qualidades morais, o homem é o mais impiedoso e selvagem dos animais”

“A POLÍTICA”, DE ARISTÓTELES

Page 62: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

Mais uma vez, es ta -mos ven do a ga nân -cia fis cal por par tedos go ver nos in via -

bi li zar a pro du ção de bio die selno Bra sil. En quan to no res to domun do os go ver nos in cen ti vame dão sub sí dios para quem in -ves te na pro du ção de bio die -sel, no Bra sil, pela atual le gis la -ção tri bu tá ria, co bra-se cer cade R$ 0,60 por li tro so men teem im pos tos fe de rais e es ta -duais (con tri bui ção ru ral, PIS,Co fins e ICMS).

O go ver no erra tam bémmais uma vez na es tra té gia.Co lo ca como ob je ti vo a pro -du ção de mi lhões de li tros deóleo por mês, mas prio ri za oin cen ti vo à pe que na pro prie -da de ru ral. Não so mos con traesse in cen ti vo, mas so men teessa me di da di fi cil men teper mi ti rá que o ob je ti vo sejaal can ça do.

O Bra sil tem, do Cen tro-Oes te ao Rio Gran de do Sul,no pe río do de abril a se tem -bro, se gu ra men te mais de dezmi lhões de hec ta res.de la vou -ra sem ne nhu ma uti li za ção.

UNIVALDO VEDANA

Quan do se en con tra al gu maplan ta ção, é so men te para co -ber tu ra de in ver no, sem finsco mer ciais. E são ter ras ap taspara se plan tar olea gi no sasde in ver no, tais como nabofor ra gei ro, col za, ca no la e, emde ter mi na das re giões, o gi -ras sol, en tre ou tras.

E por que não se plan tanada nes se mun do de ter ras?

Pen so que aí de ve ria en -trar um pro gra ma de go ver -no de fo men to à pro du çãodes sas olea gi no sas para finsener gé ti cos, com o fi nan cia -men to de pe que nas usi nasde bio die sel de até 10 mil li -tros/dia – se riam pe que nascoo pe ra ti vas ou de as so cia -ção de pro du to res. E tam -bém de ve riam ser des ti na -dos re cur sos para em pre sase gran des pro du to res ru rais,que pro du zi riam a ma té ria-pri ma e se riam os con su mi -do res do bio die sel e da tor tapara ra ção ani mal. Não ha ve -ria gas tos ex ces si vos comfre tes e, além dis so, es ta -riam agre gan do va lor à suapro du ção.

Em Bue nos Ai res, já estáfun cio na do uma usi na debio die sel cuja ma té ria-pri maé o óleo de co zi nha usa do. Eno Bra sil, até o mo men to,tudo o que vi mos até hojesão es tu dos de uni ver si da -des so bre o as sun to.

En quan to não se toma me -di das con cre tas, con ti nua mosa co lo car o óleo usa do na co zi -nha no es go to sa ni tá rio, po -luin do e de gra dan do nos so jáso fri do pla ne ta. O Bra sil ne ces -si ta ur gen te men te, atra vésdos go ver nos, agên cias am -bien tais, ou de ONGs que de -fen dem a eco lo gia, ado tar me -di das de co le ta se le ti va deóleos usa dos, prin ci pal men tenas gran des ci da des, mon tan -do nas pe ri fe rias pe que nasusi nas de bio die sel. Em al gu -mas ci da des, já se faz co le tase le ti va de lixo, or gâ ni co e re -ci clá vel. Não se ria tão di fí cilim plan tar mais esse tipo de co -le ta se le ti va. O com bus tí vel po -de ria ser usa do pelo pró prio ór -gão en car re ga do pelo re co lhi -men to do lixo, di mi nuin do comisso a po lui ção da ci da de.

DEBATE O BRASIL DEVE CRIAR INCENTIVOS PARA O BIODISEL?

UNIVALDO VEDANAResponsável pela implantação daprimeira usina de biodiesel noBrasil, em 2003, em Chapadão doCéu (GO), que trabalha no sistemade troca com os produtores

Governo erra ao priorizarapenas o pequeno produtor

“EM BUENOS AIRES, JÁ ESTÁ FUNCIONADO UMA USINA DEBIODIESEL CUJA MATÉRIA-PRIMA É O ÓLEO DE COZINHA USADO”

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11962

Page 63: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

Obio die sel é um as sun tobas tan te an ti go. Datada dé ca da de 40,quan do as co lô nias

afri ca nas da Fran ça e da Bél gi cajá eram es ti mu la das a plan tarden dê com fi na li da des ener gé ti -cas. Em 1940, ro dou o pri mei roôni bus mo vi do a bio die sel emBru xe las, na Bél gi ca. A par tir dali,tan to o bio die sel como o ál coolfo ram pra ti ca men te ex tin tos emfun ção de in te res ses geo po lí ti cose eco nô mi cos, par ti cu lar men tepor que o pe tró leo cus ta va maisba ra to. Na dé ca da de 70, após acri se do pe tró leo, a idéia de uti li -zar com bus tí veis ve ge tais re nas -ceu no mun do e no Bra sil.

A par tir da dé ca da de 90, noBra sil, co me ça-se a es tu dar apos si bi li da de de uti li za ção doál cool de cana como subs ti tu todo me ta nol, ou seja, o ál cool decana como uma ma té ria-pri maque, as so cia do a qual quer óleove ge tal, da ria ori gem ao bio die -sel. Em 2000, isso é le va do aogo ver no fe de ral, co me ça a serdis cu ti do, a idéia se alas tra evá rios gru pos co me çam a par ti -ci par. A USP (Uni ver si da de de

MIGUEL DABDOUB

São Pau lo) em Ri bei rão Pre to,atra vés do La de tel (La bo ra tó riode De sen vol vi men to de Tec no -lo gias Lim pas), com a tec no lo -gia de pro du ção já do mi na da,con ta ta em pre sas do ramo au -to mo bi lís ti co, de pro du ção deóleo ve ge tal, de ál cool de canae o go ver no e es ta be le ce par ce -rias. Hoje, sa be mos fa zer o bio -die sel que a Eu ro pa faz e tam -bém o bio die sel que a Eu ro panão sabe fa zer, o que é 100%re no vá vel, 100% ver de: aque leque uti li za, além dos óleos ve -ge tais, o ál cool de cana.

O Bra sil é lí der na subs ti tui -ção de ener gia fós sil por re no -vá vel. Nos sa ga so li na tem um ín -di ce de 25% de ál cool in cor po ra -do. Com cer te za, esta li de ran çacon ti nua rá com a in tro du ção dobio die sel, des de que as con di -ções tri bu tá rias e eco nô mi casper mi tam. Ain da pre ci sa mos dein cen ti vo fis cal e in cen ti vo aoin ves ti men to para que o pro gra -ma real men te des lan che.

Se con si de rar mos o mapa tri -bu tá rio de se nha do pelo go ver no,na maior par te das si tua ções obio die sel se ria in viá vel. O bio die -

sel só é viá vel quan do ana li sa -mos o uso de ma té rias-pri mases pe cí fi cas e de bai xo cus to. Pre -ci sa mos de uma de so ne ra ção fis -cal e um pro gra ma de in cen ti vopara to das as re giões e para to -dos os grãos que pos sam ser uti -li za dos no bio die sel. Só as sim po -de re mos ter um pro gra ma ex ten -si vo a todo o país e de su ces so.

O pre si den te Lula co nhe ceu obio die sel já du ran te o seu go ver -no, de pois de ter ven ci do as elei -ções. É um gran de en tu sias ta etem uma vi são do Bra sil comouma gran de po tên cia dos bio -com bus tí veis. O pro gra ma de se -nha do pelo go ver no fe de ral é in -te res san te, po rém, visa so men tea in clu são so cial e o de sen vol vi -men to de al gu mas re giões. Acre -di to que po de mos adi cio nar aopro gra ma go ver na men tal umpou co mais de vi são de fu tu ro. Éisso que está fal tan do. Que sejaex ten si vo a to dos os bra si lei ros,a to das as re giões do Bra sil e ato dos os grãos. Sem dis cri mi na -ções ao pro du tor pelo seu ta ma -nho, nem de grão, nem de se -men te, nem do ál cool e mui tome nos das re giões.

MIGUEL DABDOUBCoordenador do projetoBiodiesel Brasil, do Laboratóriode Desenvolvimento deTecnologias Limpas, da USP de Ribeirão Preto

Falta visão de futuro aoprograma governamental

“AINDA PRECISAMOS DE INCENTIVO FISCAL E INCENTIVO AOINVESTIMENTO PARA QUE O BIODIESEL REALMENTE DESLANCHE”

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 63

Page 64: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

PROGRAMAÇÃO JULHO 2005

TELECURSO 2000ENSINO FUNDAMENTALSegunda a Sexta – 7h30 às 8h e 17h45 às 18h45

Dias1 e 4 aulas 63 e 645 e 6 aulas 65 e 667 e 8 aulas 67 e 68 11 e 12 aulas 69 e 7013 e 14 aulas 71 e 7215 e 18 aulas 73 e 74 19 e 20 aulas 75 e 7621 e 22 aulas 77 e 7825 e 26 aulas 79 e 8027 e 28 ex. 1 e 229 ex. 3 e 4

* Matemática

TELECURSO 2000ENSINO MÉDIOSegunda a Sexta – 8h às 8h30 e 18h45 às 19h45

1 e 4 aulas 31 e 325 e 6 aulas 33 e 347 e 8 aulas 35 e 3611 e 12 aulas 37 e 3813 e 14 aulas 39 e 4015 e 18 aulas 41 e 4219 e 20 aulas 43 e 4421 e 22 aulas 45 e 4625 e 26 aulas 47 e 4827 e 28 aulas 49 e 5029 ex. 1 e 2

* Química

IDAQSegunda a Sexta – 8h30 às 10h

1 Melhoria na Produtividade de

Veículos no Transporte Rodoviário 4 Controle da Demanda x Oferta no

Transporte Rodoviário • aulas 1 a 3 Introdução de NovasTecnologias no Transporte Urbano• aulas 1 a 4

5 Controle da Demanda x Oferta noTransporte Rodoviário • aulas 4 a 6Introdução de Novas Tecnologiasno Transporte Urbano • aulas 5 a 8

6 Sistemas de TransporteRodoviário Recursos Humanos:Ferramenta para Aumento deProdutividade

7 Planejamento EstratégicoRoteirizadores Automáticos eEletrônica Embarcada

8 Melhoria na Produtividade deVeículos no Transporte Urbano• aulas 1 a 3 Gestão de Custos ePreços de Fretes • aulas 1 a 4

11 Melhoria na Produtividade deVeículos no Transporte Urbano• aulas 4 a 6Gestão de Custos e Preços deFretes • aulas 5 a 8

12 Introdução de Novas Tecnologiasno Transporte Rodoviário

13 Sistemas de Transporte UrbanoEmpresa de Carga Rodoviária:Fazendo Negócios no Mercosul

14 Sistema GPS: qual, como e por quê?15 Mecanização da Carga e Descarga18 Melhoria na Produtividade de

Veículos no Transporte Rodoviário19 Financiamento, Renovação e

Gerenciamento da Frota noTransporte UrbanoCódigo de Barras, EDI e Internetno Transporte Rodoviário de Carga • aulas 1 e 2

20 Manutenção e Garagem no

Transporte Urbano

Código de Barras, EDI e Internet

no Transporte Rodoviário de Carga

• aulas 3 e 4

21 Just in Time

Roteirizadores Automáticos e

Eletrônica Embarcada

22 Gestão de Recursos Humanos e

Seguros Definição e Negociação

Tarifária no Transporte Urbano

• aulas 1 a 4

25 Armazéns: Localização,

Dimensionamento e Estoques

Definição e Negociação Tarifária

no Transporte Urbano aulas 5 a 8

26 Mecanização da Carga e Descarga

27 Marketing e Planejamento

Estratégico para Empresas de

Transporte Urbano de Passageiros

• aulas 1 a 7

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11964

Page 65: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

28 Marketing e PlanejamentoEstratégico para Empresas deTransporte Urbano de Passageiros• aulas 8 a 14

29 O Uso de Contêineres noTransporte Rodoviário deCarga Informática

PEAD SEST/SENAT

Segunda a Sexta – 11h às 12h

1 Motorista de Caminhão Urbano –

Empresa • aulas 1 a 5

4 Motorista de Caminhão Urbano –

Empresa • aulas 6 a 10

5 Motorista de Caminhão Urbano –

Empresa • aulas 11 a 13

Orientador de Ensino 1 e 2

6 Orientador de Ensino aulas 3 e 7

7 Chefia de Expedição • aulas 1 a 5

8 Chefia de Expedição • aula 6

Embalador • aulas 1 a 4

11 Embalador • aulas 5 e 6

Motorista de Ônibus Rodoviário

• aulas 1 a 3

12 Motorista de Ônibus Rodoviário

• aulas 4 a 8

13 Motorista de Ônibus Rodoviário

• aulas 9 a 13

14 SIG/SAD • aulas 1 a 4Motorista de Ônibus Turismo• aula 1

15 Motorista de Ônibus Turismo• aulas 2 a 6

18 Motorista de Ônibus Turismo• aulas 7 a 11

19 Motorista de Ônibus Turismo• aulas 12 a 16

20 Motorista de Carreta/ CavaloMecânico – Empresa • aulas 1 a 5

21 Motorista de Carreta/ CavaloMecânico – Empresa • aulas 6 a 10

22 Motorista de Carreta/ CavaloMecânico – Empresa • aulas 11 e 12Facilitador • aulas 1 a 3

25 Facilitador • aulas 4 a 7Direitos e Deveres do Cidadão noTransporte Rodoviário dePassageiros • aula 1

26 Condução Econômica • aulas 1 a 527 Condução Econômica • aulas 6 a 10

28 Meio Ambiente e Cidadania no

Transporte • aulas 1 a 5

29 Meio Ambiente e Cidadania no

Transporte • aulas 6 a 10

CANAL SAÚDE SEGUNDA A SEXTA – 12h ÀS 13h – 21h45 ÀS 22h45

AUTO GIROTerça e Quinta - 10h às 10h30 - 15h às 15h30

O CANAL DE COMUNICAÇÃO DO TRANSPORTADOR

AS SIS TA TAM BÉM

CNT RESPONDECNT E O CONGRESSOTerça e Quinta - 10h30 às 11h e 15h30 às 16h

CANAL SAÚDE SEGUNDA A SEXTA – 12h ÀS 13h – 21h45 ÀS 22h45

VIVA VIDASegunda, Quarta e Sexta – 10 às 10h30 - 15h às 15h30

Motor e CiaSegunda, Quarta e Sexta – 10h30 às 11h - 15h30 às 16h

Jogo de IdéiasSegunda a Sexta – 13h às 14h

GLOBO ECOLOGIASegunda a Sexta: 14h às 14h30 - 19h45 às 20h15

GLOBO CIÊNCIASegunda a Sexta – 14h30 às 15h - 20h15 às 20h45

BALAIO BRASILSegunda a Sexta: 16h às 17h - 20h45 às 21h45

FILHOSSegunda, Quarta e Sexta: 17h às 17h30

ESTAÇÃO SAÚDETerça, Quinta – 17h às 17h30

TRANSITANDOSegunda a Sexta: 17h30 às 17h45

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 119 65

Page 66: Revista CNT Transporte Atual - Julho/2005

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 11966

HUMORDUKE

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