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4 ABRIL/MAIO 2015 Capital Magazine Ed.85

16 Revista do IPEME: Um bom instrumento de trabalho para as PMEs

O Instituto de Promoo s Pequenas e Mdias Empresas (IPEME) resolveu iniciar o ano da melhor forma possvel. Organizou e implementou um Estudo dedicado s oportunidades e desafios das PMEs moambicanas, juntamente com o programa Speed da USAID e a consultora Baker Tilly Moambique, e lanou a revista PME Moambicana.

30 Mudanas climticas prejudicam economias em frica

O desenvolvimento socioeconmico que o continente africano tem vindo a registar pode estar comprometido, caso os decisores no tomem medidas concretas e eficazes no sentido de minimizar os efeitos negativos gerados pelas mudanas climticas. Todos os anos, as calamidades naturais tm afectado mais de 750 mil pessoas e provocado danos materiais na ordem dos 250 milhes de dlares americanos. Moambique no uma excepo.

42 INSS aposta na imobiliria como fonte de financiamento

O Instituto Nacional de Segurana Social (INSS) recuperou milhes de meticais em dvidas, no ltimo ano. Contudo, ainda existem avultadas somas de capital por recuperar. O PCA do INSS, Francisco Mazoio explica como consegue garantir o financiamento da mesma atravs do alargamento de contribuintes e beneficirios bem como de investimentos diversificados, com destaque para o ramo imobilirio.

56 Angola vai acabar com subsdios aos combustveis

O objectivo da iniciativa passa por incrementar o investimento em reas sociais. Neste momento, o valor aloca-do aos subsdios igual, por exemplo, ao investimento na educao e supera em 42% ao destinado sade. Mais.. O FMI diz que a eliminao dos subsdios aos combustveis resultaria numa poupana oramental de 2% do PIB. Veja como.

Sumrio

Destaques

propriedade e Edio: Mozmedia, Lda., 1 Rua Perpendicular n 15 - Telefone: +258 21 416186 - Fax: +258 21 416187 [email protected] Director Geral: Andr Dauane [email protected] Directora Editorial:HelgaNeida Nunes helga.nunes@mozmedia. Redaco: Belizrio Cumbe - [email protected], Srgio Mabombo [email protected], Gildo Mugabe - [email protected] Secretariado administrativo: Indira Muss [email protected]; Cooperao: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS Colunistas: Antnio Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estvo; Jos V. Claro; Leonardo Jnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mrio Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Loureno; Fotografia: Zein Hassam; Gettyimages.pt, Google.com; ilustraes: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - traduo: Anacleto Machava; paginao: Arlindo Magaia Design e Grafismo: Mozmedia Departamento Comercial: Neusa Simbine [email protected], Ral Kadzomba - [email protected] ; Distribuio:mpia [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. Registo: N. 046/GABINFO-DEC/2007 - tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinio dos autores e no necessariamente da revista. Toda a transcrio ou reproduo, parcial ou total, autorizada desde que citada a fonte.

Dossier

Tema de Fundo

Actual

Mudanas climticas prejudicam economias em frica

INSS aposta na imobiliriacomo fonte de financiamento

Um bom instrumentode trabalho para as PMEs

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16

CapaSegurana Social apostana imobiliria

Editorial

Bem-vindoFoco

Negcio

Estilos de vida

Empresa moambicana candidata compra

da portuguesa OPWAY

Gonalo Mabundaleva arte para Veneza

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EmpreenderDesafios da maior foraeconomicamente activa

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PerspectivaAngola

Angola vai acabar com subs-dios aos combustveis

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81

O que se pode dizer da Segurana Social que temos, quando este organismo se encontra prestes a come-morar as suas Bodas de Prata? O Estado muito tem feito em termos de implementa-o de sistemas de proteco social, contudo, e ape-sar dos esforos, existem cidados que ainda no se

encontram ao abrigo desse nvel de proteco. Como tal, comum vermos que em caso de doena, maternidade, velhi-ce, invalidez ou morte, esses indivduos ficam naturalmente entregues sua sorte.No isso que o Estado pretende. O que se pretende disponibilizar um mecanismo de apoio que seja tanto abran-gente como solidrio face aos seus beneficirios. O que se deseja colocar, em velocidade cruzeiro, um mecanismo de proteco social que se destine tanto a beneficiar os traba-lhadores formais como os indivduos que esto em estado de pobreza absoluta, ou de incapacidade para trabalhar.Perante tamanho desafio de proteger os seus, o Instituto Nacional de Segurana Social desdobra-se no sentido de ar-recadar recursos financeiros. Cobra das organizaes deve-doras; traa estratgias no sentido de alargar a abrangncia dos contribuintes e beneficirios; e aposta em investimentos diversificados, atravs de depsitos a prazo nos bancos, da compra de obrigaes de tesouro e de investimentos no sector empresarial, sobretudo no ramo imobilirio.A palavra de ordem proteger. E, para que isso seja uma realidade para todos, antes preciso capitalizar: aumentar o bolo da proteco social. Eis como usar uma oportunidade de cariz econmico pode ser ptima para potenciar outra de cariz social.A um outro nvel de anlise, Moambique vem sofrendo com o impacto crescente das mudanas climticas. A ocorrncia das cheias, secas ou ciclones tem vindo a prejudicar cente-nas de milhar de pessoas e a abalar uma economia emer-gente e promissora. Mas o fenmeno ainda mais alarmante. As mudanas climticas tm afectado frica de um modo geral. Alis, o desenvolvimento socioeconmico que o con-tinente africano tem vindo a registar pode vir a estar com-prometido caso os decisores no tomem medidas concretas e eficazes, no sentido de minimizar os efeitos negativos ge-rados pelas alteraes climticas. Enquanto sim e no, todos os anos as calamidades naturais prejudicam mais de 750 mil pessoas e provocam danos materiais na ordem dos 250 milhes de dlares. E eis como, uma vez mais, o elo social surge indissocivel do econmico.c

O indissocivel elo social

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Contents

property and Edition: Mozmedia, Lda., 15- 1 Rua Perpendicular-Coop, Telephone: +258 21 416186 | Fax:+258 21 416187 [email protected] Managing Director: Andr Dauane [email protected] Editorial Director: Helga Neida Nunes helga.nunes@mozmedia. Editorial Staff: Belizrio Cumbe - [email protected], Srgio Mabombo [email protected], Gildo Mugabe - [email protected] administrative Secretariat: Indira Muss [email protected]; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS Columnists: Antnio Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estvo; Jos V. Claro; Leonardo Jnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mrio Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Loureno; photography: Celso Zaqueu, Marco P. Nicolau; Gettyimages.pt, Google.com; illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. - translation: Nuno Santos;page make-up: Arlindo Magaia Design and Graphics: Mozmedia Commercial Department: Neusa Simbine [email protected], Ral Kadzomba - [email protected]; Distribution: mpia [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. Registration: N. 046/GABINFO-DEC/2007 - printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors opinion, and not necessarily the magazines opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

Background Theme

Current

Climate change harmseconomies in Africa

INSS bets on real estateas funding source

A good workinstrument for SMEs

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46

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Dossier

On the coverSocial security betson real estate

Highlights

17 IPEME Magazine: A good working tool for SMEs

The Institute for the Promotion of Small and Medium Enterprises (IPEME) decided to start the year in the best possible way. It organized and implemented a study dedicated to the opportunities and challenges of Mozambican SMEs, along with USAIDs Speed programme and the consultant Baker Tilly Mozambique, and it launched the magazine Mozambican SMEs

32 Climate changes affect economies in Africa

The socio-economic development that Africa has been experiencing may be compromised if decision makers do not take concrete and effective measures to minimize the negative effects of climate change. Every year, natural disasters have been affecting more than 750.000 people and causing damages of around 250 million US dollars. Mozambique is no exception

48 The INSS bets on real estate as funding source

The National Social Security Institute (INSS) recovered debts of millions of meticais last year. However, there are still large amounts of capital to be recovered. Francisco Mazoio, the CEO of INSS, explains how he manages to secure the institutes financing by increasing the number of ratepayers and beneficiaries, and through diversified investments, especially in real estate.

58 Angola will end fuel subsidies

The initiative aims at increasing in-vestment in social areas. At present the amount allocated for subsidies equals for example investments in education and exceeds by 42% those in health. Whats more .. the IMF says that the removal of fuel subsidies would result in budgetary savings of 2% of GDP. See how.

Capital Magazine Ed.85 ABRIL/MAIO 2015 9Capital Magazine Maro 2013 9

Editorial

WelcomeFocus

on business

LifeStyles

Mozambican company wants to buy the Portu-guese company OPWAY

Gonalo Mabundatakes art to Venice

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EntrepreneurshipChallenges facedby the most economically active force

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AngolaPerspective

Angola will endfuel subsidies

58

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What can be said the social security we have, when it is about to celebrate its Silver Jubilee?The state has done much in terms of implemen-tation of social protection systems, however, despite all efforts, there are citizens who as yet are not enjoying that level of protection. As such,

it is common to see these people left to fend for themselves in case of sickness, maternity, old age, disability or death.This is not that what the state wants. Its aim is to provide a support mechanism that is both comprehensive and suppor-tive when it comes to its beneficiaries. The idea is to put into place in the medium term a social protection mechanism destined at benefiting both employees from the formal sec-tor as well as people living in absolute poverty, or people unable to work.Faced with such a challenge to protect its ?? (please check original) the National Social Security Institute tends to raise funds in various ways. Recovery of debt from organizations owing money; it outlines strategies to increase the number of ratepayers and beneficiaries; and it bets on diversified investment through time deposits in banks, the buying of treasury bonds and investing in the business sector, espe-cially in real estate.The watchword is protection. And for this to become a reality for all it is necessary to capitalize: increase the social protec-tion cake. It shows how using an economic opportunity can be great to enhance an opportunity that is social in nature.At another level of analysis, Mozambique is suffering from the growing impact of climate change. The occurrence of floods, droughts or cyclones has hurt hundreds of thousan-ds of people and undermined an emerging and promising economy.As a matter of fact the phenomenon is alarming still.Climate change has affected Africa in general. Moreover, the socio-economic development that Africa has been expe-riencing might become compromised if decision makers do not take concrete and effective measures to minimize the negative effects of climate change. In any case, each year natural disasters affect more than 750.000 people and cau-se material damage of around 250 million dollars. And this is how, once again, the social link emerges inextricably from the economic one.c

The inextricable social linkage


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TATA STEEL ARRUMA AS MALAS A minerado-ra indiana Tata Steel vai suspender todos os investimentos no seu activo de carvo de Benga, na provncia de Tete, e pondera ven-der a sua participao de 35% na mina, se-gundo o director-geral da companhia para a ndia e Sudeste Asitico.

ROUBOS CAUSAM PREjUzOS NO PORTO DA BEIRAO Porto da Beira acumulou prejuzos na ordem dos 20 milhes de meticais devido a roubos e ao esquema de facilitao de fuga ao pagamento das taxas no manuseamento da carga de e para a Zmbia, Zimbabwe, Malawi e RD Congo. A fraude envolveu alguns trabalhadores da Cornelder Moambique, empresa gestora do porto e estivadores, e ainda algumas entidades ligadas actividade porturia. O administrador-delegado substituto da Cornelder de Moambique, Isac Noor, confirmou que seis trabalhadores da empresa foram alvo de processo disciplinar.

COISAS QUE SE DIZEM

EM alta

EM BaiXa

Capitoon

PORTO DE NACALA ATINgE NMEROS jAMAIS vISTOS O Porto de Nacala conseguiu o recorde de mais de dois milhes de toneladas de carga manuseada e perto de 100 mil contentores em 2014. A informao foi avanada pelo administrador-delegado dos Portos do Norte, empresa que assumiu a gesto do Porto de Nacala h pouco mais de um ano. Segundo Agostinho Langa, ao manusear mais de dois milhes de toneladas, o Porto de Nacala chegou a um resultado nunca antes alcanado em termos de desempenho, apesar de estar a operar com limitaes impostas pela reabilitao em curso.

EMATUM ENTRA A PERDER Em 2013, o primeiro ano em que a Empresa Moambicana de Atum (EMATUM) entrou em actividade, registou prejuzos avaliados em mais de 323 milhes de meticais. No relatrio e contas, a instituio justifica o resultado negativo pelo arranque da actividade, que implicou grande esforo de investimento em meios materiais e humanos, aliado ao facto de no estarem reunidas as condies para o incio da captura e venda de pescado, e, portanto, no estar ainda a encaixar receitas.

NINgUM EST ACIMA DO PR O Chefe de Estado o mais alto magistrado da Nao, o smbolo da unidade nacional, o garante da Constituio e no pode aparecer, em nenhum momento, alguma instncia acima dele. Seja de que partido for o presidente, o partido e o presidente esto vinculados Constituio. A Constituio diz que os partidos esto subordinados aos princpios e normas constitucionais. Nenhum partido, mesmo ao que perteno, escapa a isso, portanto,no pode haver nenhuma apreciao como j por vezes ouvi a equvocos, leituras que dizem que o presidente se subordina a alguma instncia partidria.

Teodato Hunguana, membro do Comit central da Frelimo, in jornal O pas

INACEITvEL No podemos considerar normal que um pas fique dividido ao meio durante mais de um ms porque uma ponte no permite o trnsito rodovirio. No normal que a regio que neste momento acolhe a maior parte da populao do pas e com uma economia em crescimento fique s escuras cerca de um ms com srias consequncias economia nacional. Vocs tm a obrigao de encontrar solues sustentveis para os problemas do gnero

Tomz Salomo, secretrio-executivo da SADC, in jornal Notcias

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Capitoon

ON tOp

ON tHE BOttOM

THINGS BEING SAID

gOvE IS THE BEST BANk gOvERNOR OF AFRICA The Governor of the Bank of Mozambique, Ernesto Gove, was honoured as the best central bank governor in Africa by The Banker, a magazine based in London and owned by the Financial Times. The distinction acknowledges the success achieved in reducing and controlling inflation and growth and in consolidating the countrys foreign reserves. The above initiative has been a tradition of this magazine and includes all continents

ExPANSION OF FINANCIAL SERvICES IN THE RURAL AREAS

Millennium-BIM signed a protocol with the Support Fund for Economic Rehabilitation (FARE) which intends to expand financial services in various parts of the country. The protocol called FARE Credit Facility was signed within the context of the trade agreements entered into by Millennium-BIM with state institutions and public companies.

WITHOUT A jOB IT IS DIFFICULT TO ERADICATE POvERTy

Development specialists believe that fighting unemployment is the main battle that the country will have to wage in order to start taking visible steps towards poverty eradication. But the problem is that the economy does not have the structure that enables it to absorb large numbers of unemployed. A publication of the Institute of Social and Economic Studies (IESE) compiles the various literature dealing with the subject. Using some examples, the texts show what is missing and, in some cases, suggest solutions to the problem.

SLAUgHTER IN gORONgOSA NATIONAL PARk Between five and six thousand animals are killed each year by poachers in the Gorongosa National Park in Sofala province, according to the director of the countrys main protected area, Mateus Mutemba. Year after year, we note an increase in poaching he says.

THE BANkINg SySTEM IS IMMATURE ... The level of maturity of our (banking) system is not yet what we want it to be. The competition we have at the moment will first lead to lower prices and then, when we are in a situation where there is no room for margins to further diminish, will lead to innovation and the creation of new products. Today we have two things: on the one hand the creation of new products and on the other hand the lowering of prices, but I think that the level of maturity that we have in the market still leaves room for further growth, not only of existing banks but for the entry of new banks as well ... .

Hlder Chambisse, chairman of the Executive Board of ABC, in newspaper O Pas.

PROBLEM WITH WHITE BEARD We want that writers are granted the copyright of their works in school curricula, meaning the enjoyment of personal and property rights. We want musicians to receive decent royalties. We want, for example, to prevent situations where art works are forged, as was the case with master Malangatanas work in Portugal. We want to redouble efforts to combat piracy.

Domi Chirongo, secretary general of the Mozambican Authors Association, in newspaper O Pas.

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aCtual

Um bom instrumentode trabalho para as PMEs

O Instituto de Promoo s Pequenas e Mdias Empresas (IPEME) resolveu iniciar o ano da melhor forma possvel. Organizou e implementou um Estudo dedicado s oportuni-

dades e desafios das PMEs moam-bicanas, juntamente com o programa Speed da USAID e a consultora Baker Tilly Moambique e lanou uma revis-ta chamada PME Moambicana.O estudo recolheu informaes muito interessantes e preciosas sobre o tecido empresarial do pas bem como sobre o comportamento das micro, pequenas e mdias empresas que perfazem uma fatia maioritria do mercado (mais de 90%).Claire Zimba, o director geral do IPE-ME, peremptrio no seu editorial quando refere: Colocamos-lhe nas mos esta edio da revista PME Moambicana no como mais uma tiragem com formato e contedo, mas acima de tudo, por constituir uma fer-ramenta que de forma simples, mas profundamente tcnica, consegue trazer o espectro real de um conjunto de pequenas e mdias empresas na-cionais e moambicanas sustentado por uma anlise econmica que tem respaldo no estudo PME em Moam-bique: Oportunidades e Desafios.De facto, a edio nmero zero da revista com as suas 60 pginas - ser-ve de palco aos resultados do Estudo

em causa, mas aponta uma srie de informaes da actualidade dirigidas aos empreendedores. Uma boa nova para as PMEs que encontraro, nas prximas edies da publicao, um meio de divulgao e de aprendiza-gem.As PMEs desempenham um papel de extrema relevncia na economia, representando 98.6% das empresas registadas em Moambique, e apesar da sua dimenso e do seu volume de negcios reduzido, absorvem mais fora de trabalho do que as grandes empresas. No obstante, aquela ti-pologia de empresas enfrenta srios desafios como a falta de uma conta-bilidade organizada; a dificuldade de acesso ao crdito, apesar das diversas linhas de financiamento existentes; a falta de qualificao dos recursos humanos e de uma clara aposta na capacitao profissional, entre ou-tros obstculos como uma gesto financeira ineficiente; uma limitada capacidade de planeamento e viso estratgica e as barreiras ao comrcio com o Exterior. Toda esta problemtica, entre outras, so abordadas ao longo das pginas da revista do IPEME, que foi conce-bida editorial e graficamente pela empresa Mozmdia (a mesma que edita a Capital). A revista bem como o Estudo j foram alvo de apresenta-es na Beira, Nampula e em Maputo.

A cerimnia em Maputo contou com a presena do vice-ministro da In-dstria e Comrcio, Omar Mith; do director geral do IPEME, Claire Zimba; do bastonrio da Ordem dos Conta-bilistas e Auditores, Mrio Sitoe; do director geral da Baker Tilly Moam-bique, Paulo Lopes; representante da USAID, Nelson Guilaze, e da directora editorial da Mozmdia, Helga Nunes.O IPEME conta, em breve, lanar a prxima edio da revista, sendo que a realizao de novos estudos esto igualmente na calha. Estudos que sero subordinados s temticas da gerao de emprego, empreendedo-rismo, investimento privado, partilha de conhecimento, e qualidade, entre outras. No fundo, o que se pretende que as boas prticas do negcio venham a ser promovidas e divulga-das.c

Revista do IPEME:


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A good workinstrument for SMEs

IPEME Review:

The Small and Medium Enterprises Promotion Institute (IPEME) decided to begin the year in the best possible way. It organized and implemented a study dedicated to the opportunities and challenges of Mozambican SMEs, together with USAIDs Speed program nd the consultancy firm Baker Tilly Moambique and laun-

ched a magazine called PME Moambicana.The study collected very interesting and valuable informa-tion on the business fabric of the country and on the beha-viour of micro, small and medium-sized enterprises, who constitute the majority of the market (more than 90%).Claire Zimba, the general director of IPEME, is peremptory in her editorial when she says: We offer you this issue of the magazine Mozambican SMEs, not as yet another publication with format and content (?), but above all, because it is a tool that in a simple but profoundly technical way, can offer the real spectrum of a set (which set?) of small and medium--sized national and Mozambican companies supported by an economic analysis backed by the study (I do not understand what you want to say here) SME in Mozambique: Opportuni-ties and Challenges.In fact, edition number zero of the magazine - with its 60 pages serves as a platform for the results of the study in question, but points to a range of topical information for entrepreneurs. This is good news for SMEs, for which the magazines next editions are a means of dissemination and learning.

SMEs play an extremely important role in the economy, ac-counting for 98.6% of the companies registered in Mozam-bique, and despite their size and low turnover, absorb more labor than the large companies. However, this type of busi-nesses faces serious challenges, such as the lack of organi-zed accounting, difficult access to credit despite the existen-ce of various credit lines, a lack of skilled human resources and a clear commitment to professional training, inefficient financial management, a limited planning capacity and stra-tegic vision, and barriers to trade with other countries.All these issues, among others, are addressed throughout the pages of the IPEME magazine, whose edition and graphic de-sign is by Mozmdia (the same company editing Capital). The magazine and the study have already been the subject of presentations in Beira, Nampula and Maputo. The ceremony in Maputo was attended by the Deputy Minister of Industry and Trade, Omar Mitha, the General Manager of IPEME, Claire Zimba, the President of the Accountants and Auditors Asso-ciation, Mario Sitoe; the General Manager of Baker Tilly Mo-ambique, Paulo Lopes; the representative of USAID, Nelson Guilaze and the editorial director of Mozmdia, Helga Nunes. The IPEME expects to launch soon the next issue of the magazine, while new studies are already being prepared. Studies which will focus on job creation, entrepreneurship, private investment, knowledge sharing and quality, among other things. Basically, the aim is the promotion and publica-tion of good business practices.c


Briefing MuNDO

Galp investe 366 milhes de euros

A EMPRESA portuguesa Galp Energia, com importantes activos no sector energtico em Moambique, investiu, no quarto trimestre de 2014, o equi-valente a 366 milhes de euros, dos quais 86% foram consumidos pela Explorao e Produo (E&P) de petrleo e gs.Cerca de 80% do valor alocado E&P destinou-se a actividades de desenvolvimento, principalmente no Brasil. Maior destaque, no trimestre em causa, vai para as aces no cam-po Lula/Iracema, nomeadamente a perfurao de poos, a construo de um gasoduto, e no s.O investimento em actividades de explorao e avaliao foi de 63 milhes de euros e foi alocado a actividades em curso na bacia do Amazonas, no Brasil. J o investi-mento nos negcios de Refinao e Distribuio (R&D), Gs e Energia (G&E) totalizou 48 milhes de euros, parte importante dos quais foram alocados manuteno e segurana na refinaria de Sines (em Portugal) e na expanso da rede de distribuio de gs natural.c

Investimento em milhes de euros

Quarto Trimestre

2013 2014 Var. %Var.

166 315 148 89.2 Explorao e Produo

51 63 12 23.6 Actividades de Explorao e Avaliao

115 252 136 s.s Actividades de Desenvolvimento de Produo

57 40 17 30.4 Refinao e Distribuio

11 8 3 29.7 Gas e Power

1 4 3 s.s Outros

236 366 131 55.5 Investimento

Fonte: Galp Energia

Petrolfera vai recorrerde uma multa de 800 mil eurosA gALP Energia vai recorrer da um multa de 800 mil euros aplicada pela

Comisin Nacional de Mercados y Competncia (CNMC) por concertao nos preos de venda de gasolina e gasleo em Espanha. A petrolfera no se rev de forma alguma nas alegadas prticas anti-concorrenciais. A CNMC diz que a deciso tomada no carece de recurso administrativo, mas sim contencioso. E que a petrolfera portuguesa tem um prazo de dois meses a contar do dia seguinte ao da notificao para avanar nes-se sentido, algo que a empresa disse que vai fazer.c

ano internacional da luz

AS TECNOLOgIAS baseadas na luz tm a potencialidade de transformar o sculo XXI como o fez a electrnica no sculo XX, segundo a Organizao das Naes Unidas para a Educao, Cincia e Cultura (UNESCO). Por isso, o ano de 2015 foi designado ano da luz e tecnologias que utilizam a luz, de acordo com um comunicado divul-gado pela UNESCO.O ano arrancou com cerimnias orga-nizadas na sede da UNESCO, entre 19 e 20 de janeiro de 2015. Uma campa-nha mundial, sobre a luz, foi lanada, em Paris (Frana) e decorre sob o lema 101 Invenes e o Mundo de Ibn Al Haythnam.Ibn Al-Haytham, designado pai da ptica moderna, um cientista ra-be e filsofo originrio da cidade de

Basra, situada actualmente no Iraque, que viveu no sculo X.Fez progressos significativos na pti-ca, nas matemticas e na astronomia, e ajudou a estabelecer os fundamen-tos do mtodo cientfico moderno.A UNESCO indicou que as tecnologias que utilizam a luz podero fornecer solues para os desafios mundiais nos domnios da energia, da educa-o, da agricultura e da sade.c

trabalhadores que ganham salrio mnimo mais do que duplicam em portugal

O NMERO de trabalhadores que ganha o salrio mnimo em Portugal mais do que duplicou entre 2005 e 2014, atingindo os 12,9%, alertando


A CHINA encerrou 2014 como o maior credor individual da dvida dos Estados Unidos da Amrica (EUA), revelam dados do Departamen-to norte-americano do Tesouro.Os mesmos nmeros mostram igualmente que o pas asitico reduziu o volume de ttulos detidos de 1,270 trilies de dlares em 2013 para 1,244 trilies em 2014.c

Bruxelas que o impacto do aumento desta remunerao no emprego e na competitividade relativamente pequeno.No relatrio sobre Portugal em que Bruxelas d seguimento ao meca-nismo de alerta (de desequilbrios macroeconmicos) realizado, em Novembro, no mbito do calendrio do Semestre Europeu, o Executivo Comunitrio refere que, apesar do congelamento do salrio mnimo nos ltimos anos, este rendimento aumentou significativamente mais depressa do que a mdia dos salrios em termos nominais desde 2008.Consequentemente, tornou-se mais vinculativo, com a proporo de traba-lhadores abrangidos pelo salrio mni-mo a aumentar dos 5% em 2005 para os 12,9% em 2014, uma proporo que atinge os 21% nos sectores ho-teleiro e dos servios alimentares e noutros sectores de servios, estima Bruxelas.c

Briefing MuNDO/WORlD

China o maior credor dos EUA

DESTAQUE

Fourth quarter of 2014Galp invests 366 million euros

IN the fourth quarter of 2014 the Portuguese company Galp Energia, with major assets in the energy sec-

tor in Mozambique, invested the equivalent of 366 million euros, 86% of which was consumed by Exploration and Production (E&P) of oil and gas.About 80% of the amount allocated to E&P was for developing activities, especially in Brazil. Most emphasis in the quarter in question will be on activities in the Lula/Iracema field, especially the drilling of wells, the construction of a gas pipeline, etce-tera.Investments in exploration and eva-luation activities amounted to 63 million euros and were allocated to ongoing activities in the Amazon ba-sin in Brazil. Investments in Refining & Distribution (R&D) and Gas & Ener-gy (G&E) totaled 48 million euros, an important part of which was alloca-ted to maintenance and security at

the Sines refinery (in Portugal) and to the expansion of the natural gas distribution network.c

Oilcompany will face an 800 thousand euro fine

gALP Energia will appeal the fine of 800 thousand euros

imposed by the Comisin Nacional de Mercados y Competncia (CNMC) for collusion with respect to petrol and diesel selling prices in Spain. The oil company does not consider itself involved at all in the alleged anti-competitive practices. The CNMC says that the decision taken does not require administra-tive appeal, but judicial appeal. And the Portuguese oil company


Briefing WORlD

has a period of two months from the day following notification to

move in this direction, which the company said it will do.c

CHINA ended 2014 as the largest single creditor of United States debt, according to data from the US Treasury Department.The same figures also show that China reduced the volume of securities held from 1,27 trillion dollars in 2013 to 1.244 trillion in 2014.c

Investment in millions of eurosFourth Quarter

2013 2014 Var. %Var.

166 315 148 89.2 Exploration and Production

51 63 12 23.6 Exploration and Evaluation Activities

115 252 136 s.s Production Development Activities

57 40 17 30.4 Refinary and Distribution

11 8 3 29.7 Gas and Energy

1 4 3 s.s Other

236 366 131 55.5 Investment

Source: Galp Energia

LIgHT-BASED technologies have the potential to transform the 21st cen-tury as did electronics in the 20th century, according to the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO). Therefore, the year 2015 was desig-nated the year of light and technolo-gies that use light, according to a statement issued by UNESCO.The year started with ceremonies organized at UNESCO Headquarters from 19 to 20 January 2015. A global campaign on light was launched in Paris (France) under the motto 101

Inventions and the World of Ibn Al Haythnam.Ibn Al-Haytham, called the father of modern optics, was an Arab scien-tist and philosopher from the city of Basra, currently located in Iraq, who lived in the 10th century.He made significant progress in op-tics, mathematics and astronomy, and helped lay the foundations of the modern scientific method.UNESCO indicated that technologies using light can provide solutions to global challenges in the fields of energy, education, agriculture and health.c

International year of light

Number of employees earning the mininum wage more than doubled in portugal

THE The number of workers earning the minimum wage in Portugal more than doubled between 2005 and 2014, reaching 12.9%, alerting Brus-sels that the impact of the increase of this remuneration on employment and competitiveness is relatively small. In the report on Portugal in which Brussels follows the alert mechanism (of macroeconomic imbalances) pu-blished in November under the Euro-pean Semester calendar, the Commu-nity Executive states that despite the freezing of the minimum wage in recent years, this income increased significantly faster than average wages in nominal terms since 2008. Consequently, it has become more binding, with the proportion of workers covered by the minimum wage increasing from 5% in 2005 to 12.9% in 2014, a figure that rises to 21% in hotel and food services sec-tors and in other service areas, esti-mates Brussels.c

China is the largestcreditor of the USA

HIgHLIgHT


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Agricultores apoiados pelo Programa de Aquisio de Alimentos de frica (PAA)

Pas Local do Projecto

Cultivos selecionados

e Apoiados

Nmero de Agricultores

Apoiados

Aumento Mdio de produtividade (%)

Total Produzido

(toneladas)

Comercializao por meio do PAA

(%)

EtipiaEstado

Regional dos PNNS

Feijes vermelhos 2.160 50 590 47

Malawi Regio Sul Milho e Vegetais 1.248 na na na

Moambique Provncia de Tete Milho e Feijo 497 43 262 23

Nger Regio de Maradi Milho e Feijo 61190 milho77 - feijo

250 milho134 feijo 62

Senegal Regio de Kedougou Arroz 1.000 312.5 625 16

Briefing FRICa

Agricultura familiar toma posio em frica

FOI lanado recentemente o Relat-rio de Resultados e Aprendizados Fase I (2012-2013) do Programa de Aquisio de Alimentos de frica (implementado em Moambique, Etipia, Nger, Malawi e Senegal). Neste perodo, segundo a publicao, a produtividade, no sector familiar, cresceu 114.5% e 37% da produo teve acesso ao mercado.Em pases como a Etipia, Nger e Moambique, parcerias locais asse-guraram o fornecimento de insumos

agrcolas, como sementes de melhor qualidade e de fertilizantes, por um lado. Por outro lado, as organizaes no governamentais (ONG), a nvel local, distriburam insumos e garan-tiram apoio dirio aos produtores no Malawi e Senegal.

Urge aumento de capacidadesO relatrio destaca que vital aumen-tar as capacidades dos agricultores na gesto das suas actividades pro-dutivas, assim como garantir a me-

lhoria das condies de vida, facto que pode fortalecer a resilincia das comunidades, a mdio e longo prazos.Como tal, o programa trabalhou com vrios parceiros durante a fase I para oferecer treinamento em gesto da colheita e ps-colheita. A varieda-de de mtodos de ensino apoiou a adopo de prticas agrcolas, capa-zes de alavancar a produtividade es-perada e facilitar a disseminao de experincia entre os agricultores.c

UE financia reabilitaoda barragem Kariba

A COMISSRIO Europeia para a Cooperao Internacional e Desenvolvimento vai financiar as obras da reabilitao da barragem de Kariba, situada no rio Zambeze, para fornecer electricidade Zmbia e ao Zimbabwe.Para a reabilitao desta infraestrutura, a Unio Europeia (UE) concedeu 64 milhes de euros. Mas no projecto participaro outros parceiros, casos do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Banco Mundial (BM) e o governo da Sucia. No termo dos trabalhos, o projecto permitir fornecer electricidade a centenas de milhares de zambianos e zimbabweanos.c


angola prev deficitna conta corrente

O BANCO Nacional de Angola (BNA) antev para 2015 um deficit na Conta Corrente na ordem de 19% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o governador do Banco Central, Jos Pedro de Morais Jnior.Para o governador do BNA, a rubrica que mais contribui para esse deficit a Divisveis Correntes, que tem a ver com as transferncias unilaterais, pagamento de contratos de consultoria e assistncia tcnica. Da que, tendo em conta a observao do crescimento exponencial dessa rubrica, no perodo 2013/2014, se tenha proposto essa contribuio especial que tem basicamente dois objectivos. O primeiro objectivo o de reduzir a presso sobre as reservas internacionais lquidas, enquanto o segundo o de criar receita adicional para o consumo bsico da populao.c

Mulher africana afastada das tecnologias

A MULHER africana praticamente no exerce o uso e desenvolvimento de tecnologias em frica, segundo constata o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).Em Janeiro, o BAD, organizou uma mesa redonda com o tema Mulheres e Tecnologia: Ampliao do Acesso, Uso, Emprego e Liderana, que tinha como objectivo aumentar o nmero de mulheres empresrias no sector tecnolgico, atravs de treinamento e orientao. O evento concluiu que, para a superao destas dificuldades, urge a criao de estgios e bolsas para mulheres no sector, o que poder levar as mulheres a sentirem a necessidade de inovarem nos seus empreendimentos.A questo que as mulheres constituem mais de 60% da populao rural em frica, so

responsveis por aproximadamente 75% do trabalho agrcola e produzem entre 60% a 80% dos alimentos. Da que se tivessem o mesmo acesso que os homens aos recursos produtivos e tecnologia, ento a produo e o respectivo rendimento aumentaria de forma exponencial.c

Farmers supported by the African Food Procurement Programme (PAA)

Country Locality of the ProjectSelected and

Supported Crops

Number of Supported

Farmers

Average productivity increase (%)

Total Production

(tons)

Marketing through PAA (%)

EthiopiaRegional State of PNNS

Red Beans 2.160 50 590 47

Malawi Southern RegionMaize and Vegetables 1.248 na na na

Mozambique Tete Province Maize and Beans 497 43 262 23

Nger Maradi Region Maize and Beans 61190 maize77 - beans

250 maize134 beans 62

Senegal Kedougou Region Rice 1.000 312.5 625 16

Briefing FRICa /aFRICa

Family agriculture positioning itselfin africa

RECENTLy the Report on Results and Lessons Learned Phase I (2012-

2013) of the African Food Procurement Programme (implemented in Mozambique, Ethiopia, Niger, Malawi and Senegal) has been published. According to the report the productivity of the family sector increased 114.5% during the

period in question, while 37% of the production had access to the market.In countries such as Ethiopia, Niger and Mozambique, on the one hand local partnerships ensured the supply of agricultural inputs such as fertilizer and better quality seeds. On


Briefing aFRICa

the other hand, non-governmental organizations (NGOs) at local level distributed inputs and guaranteed daily support for producers in Malawi and Senegal.c

Urges an increase in capacityThe report highlights that it is vital to increase the capacities of farmers in managing their productive activities and to ensure the improvement of living conditions, which may strengthen the resilience of communities in the medium and long term.As such, the programme has worked with several partners during Phase I, providing training in crop and post-harvest management. The variety of teaching methods supported the adoption of agricultural practices able to leverage the expected productivity and facilitate the dissemination of experience among farmers.c

EU funds rehabilitation of the Kariba Dam

THE European Commissioner for International Cooperation and

Development will finance the rehabilitation works of the Kariba Dam located in the Zambezi River with the view to provide electricity to Zambia and Zimbabwe.The European Union (EU) provided EUR 64 million for the rehabilitation of the infrastructure. But other partners will participate in the project, namely the African Development Bank (ADB), the World Bank (WB) and the government of Sweden. Upon completion the project will provide electricity to hundreds of thousands of Zambians and Zimbabweans.c

angola foresees a deficit in current account

ACCORDINg to the governor of the National Bank of Angola (BNA) Jos Pedro de Morais, the central bank predicts a deficit in the current account in the order of 19% of gross domestic product (GDP) for 2015. According to the BNA governor the item that contributed most to this deficit is the Current Divisibles, related to unilateral transfers, the payment of consultancy contracts and technical assistance. Therefore, taking into account the observation that this item has grown exponentially in the period 2013/2014, a special contribution has been proposed, having basically two objectives. The first objective is to reduce the pressure on net international reserves, while the second is the creation of additional revenue for the peoples basic consumption.c

african women excluded from technology

AFRICAN women hardly use and develop technology in Africa, accord-

ing to the African Development Bank (AfDB). In January the AfDB organized a roundtable on the theme Women and Technology: Improving Access, Use, Employment and Leadership, which aimed at increasing the num-ber of women entrepreneurs in the technology sector through training and guidance.The event concluded that in order to overcome these difficulties, it would be necessary to create internships and scholarships for women in the sector, which may lead women to feel the need to innovate within their enterprises.The point is that women constitute more than 60% of the rural popula-tion in Africa, account for approxi-mately 75% of agricultural work and produce 60% to 80% of the food products.Thus, if they would have the same ac-cess as men to productive resources and technology, then production and their income would rise exponen-tially.c


Briefing MOaMBIQuE

anadarko abandona poo no Rovuma

A PESQUISA de hidrocarbonetos no poo Kifaru-1, numa concesso em terra no norte de Moambique, falhou na descoberta de depsitos comercialmente viveis pelo que vai ser abandonada, segundo a Maurel&Prom, empresa que integra o consrcio Anadarko Petroleum. Iniciada em Janeiro, a perfurao atingiu 3.100 metros de profundidade, ainda de acordo com a Maurel&Prom, que detm uma participao de 27,71% no projecto liderado pelo grupo norte-americano Anadarko Petroleum (35,70%).Depois de falhado o objectivo de se encontrar uma reserva de hidrocarbonetos com valor econmico, o poo Kifaru-1 ser selado e abandonado.Segundo o administrador executivo da Wentworth Resouces (outro accionista do consrcio), Geoff Bury, apesar dos resultados no terem cumprido as expectativas, a empresa vai continuar a trabalhar com a Anadarko e os outros parceiros no sentido de avaliar todos os dados recolhidos e determinar os prximos passos na fase de explorao na Bacia do Rovuma.Na concesso de 13.500 quilmetros quadrados que o grupo explora no extremo norte da provncia de Cabo Delgado, foram j perfurados quatro poos, designados de Kifaru-1, Tembo-1, Mocmboa-1 e Mecupa-1.At aos resultados de Kifaru-1, as anteriores pesquisas apresentaram evidncias da presena de hidrocarbonetos, como petrleo e gs no poo de Mocmboa-1, segundo indicou no passado a Wentworth Resources.A esperana dos investidores de que esta concesso possua um potencial

idntico que lhe adjacente (rea 1), no litoral de Cabo Delgado, e onde foram descobertas em guas profundas reservas de entre 50 bilies a 70 bilies de ps cbicos de gs natural.A explorao do gs descoberto nesta concesso est marcada para 2018, segundo as estimativas mais optimistas, e dever passar pela instalao de duas unidades de

liquifao de gs natural na pennsula de Afungi, do distrito fronteirio de Palma.O investimento inicial planeado para o avano do parque industrial ascende a cerca de 30 bilies de dlares, devendo ser realizado conjuntamente com o consrcio empresarial liderado pelo grupo italiano ENI, que detm os direitos de explorao da concesso rea 4, tambm em guas profundas.c

Composio do consrcio do poo Kifaru-1

Anadarko Petroleum

35,70%

Anadarko Petroleum

26,5%Mitsui&Co

20%

ONGC Videsh

20%ENH

15%

Maurel&Prom

27.71%

ENH15%

Wenthworth Resources

11.59%

PTT Exploration and

Production

10%

BRPL Ventures

10%

PTTEP

8.5%

Fonte: Anadarko

Composio do consrcio que explora a rea-1


Briefing MOaMBIQuE /MOZaMBIQuE

Mercado de emprego para estrangeiros liderado por lusos

CIDADOS portugueses e sul-africanos foram os mais contratados em 2014 para trabalharem nos diversos sectores de actividade em Moambique, de acordo com estatsticas do Ministrio do Trabalho.As estatsticas divulgadas indicam que as empresas a operar em Moambique contrataram no ano passado 3.709 cidados portugueses e 2.859 sul-africanos.Os cidados portugueses que, em 2014, rumaram para Moambique com contratos de trabalho representaram 21,4% do total de 17.330 de diversas nacionalidades, representando os da frica do Sul 16,5%.c

A PRODUO da energia elctrica na Hidroelctrica de Cahora Bassa (HCB) cresceu 6.35% em 2014, comparado com o exerccio do ano anterior. No ano passado, a HCB produziu 15.892,23 Gwh de energia, mais 1.008,02 Gwh do que os registados em 2013. Refira-se que, neste momento, a HCB prepara-se para arrancar com a fase preliminar da construo da Central Norte, que se traduzir num reforo da potncia na ordem dos 1.200/1.500 MW potncia actual. Este projecto ir conferir Cahora Bassa o que tem sido at agora: a maior fbrica, localizada num nico stio, de produo de energia, limpa e fivel, na frica Austral.c

21.4%

Portugueses

16.5%

Sul-africanos

11.5%

Indianos

9.8%

Chineses

Ranking de nacionalidades mais procuradas no mercado laboral no Pas

HCB aumenta produo

DESTAQUE

anadarko abandons well in Rovuma

THE search for hydrocarbons in the Kifaru-1 well, a land-based concession in northern Mozambique, did not lead to the discovery of commercially viable deposits, which is why it will be abandoned, according to Maurel&Prom, a company that is part of the Anadarko Petroleum consortium. Initiated in January, drilling reached a depth of 3100 meters, still according to Maurel&Prom, which holds a 27.71% in the project led by US group Anadarko Petroleum (35.70%). After failing to find hydrocarbon reserves of economic value, the Kifaru-1 well will be sealed and

abandoned.According to the executive director of Wentworth Resouces (another consortium shareholder), Geoff Bury, despite the results not having met expectations, the company will continue to work with Anadarko and other partners in order to review all collected data and determine the next steps in the exploration phase in the Rovuma Basin.Four wells, named Kifaru-1, Tembo-1, Mocmboa-1 and Mecupa-1, have been drilled in the 13,500 square kilometer concession explored by the group in the far north of Cabo Delgado province. Until the results of Kifaru-1 became known previous research, as indicated in the past by Wentworth Resources, showed evidence of the presence of hydrocarbons such as oil and gas in the Mocmboa-1 well.

The hope of investors is that this concession has the same potential as the one adjacent to it (Area 1), on the coast of Cabo Delgado, and where reserves of 50 to 70 trillion cubic feet of natural gas have been discovered in deep water.According to the most optimistic estimates the exploitation of discovered gas in this concession is scheduled for 2018, and should be achieved by installing two natural gas liquefaction units on the Afungi peninsula, the district bordering on Palma.The initial investment planned for the advancement of the industrial park amounts to about 30 billion dollars, to be realized jointly with the business consortium led by the Italian group ENI, which owns the rights to the concession of Area 4, also in deep water. c


Briefing MOZaMBIQuE

Composition of the consortium of the Kifaru-1 well

Anadarko Petroleum

35,70%

Anadarko Petroleum

26,5%Mitsui&Co

20%

ONGC Videsh

20%ENH

15%

Maurel&Prom

27.71%

ENH15%

Wenthworth Resources

11.59%

PTT Exploration and

Production

10%

BRPL Ventures

10%

PTTEP

8.5%

Source: Anadarko

Composition of the consortium exploring Area-1

21.4%

Portuguese

16.5%

South African

11.5%

Indian

9.8%

Chinese

Ranking de nacionalidades mais procuradas no mercado laboral no Pas

Employment market for strangers led by lusos

PORTUgUESE and South African citizens were the strangers most contracted in 2014 for work in the various business sectors in Mozambique, according to statistics from the Ministry of Labour. The statistics indicate that companies operating in Mozambique hired 3,709 Portuguese and 2,859 South African citizens last year. Portuguese nationals who in 2014 headed to Mozambique with employment contracts accounted for 21.4% of the total of 17,330 foreign nationals, while South Africans accounted for 16.5%.c

A PRODUO The production of electricity at Cahora Bassa (HCB) has grown 6.35% in 2014, compared with the previous fiscal year. Last year, HCB produced 15,892.23 GWh of energy, 1008.02 GWh more than the quantity registered in 2013. At present HCB prepares to start with the preliminary phase of the construction of the North Plant, which will translate into an additional power output of about 1,200 / 1,500 MW. This project will make Cahora Bassa into what it has been so far: the largest producer of clean and reliable energy, located on one site, in southern Africa.c

HCB increases production

HIgHLIgHT


DOSSIER

Gildo Mugabe (texto)

Numa altura em que o mundo continua mergulhado numa crise econmica, a economia do continente africano em particular cresce rumo sua robustez. De acordo com as

projeces internacionais, a econo-mia africana poder crescer este ano at 6% depois de no ano passado ter chegado ao patamar dos 5,3%. Alis, em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) do tambm conhecido como continente Bero da Humanidade cresceu 6,6%.A demanda de consumo, o preo das commodities, dos produtos e a cres-cente influncia dos investimentos estrangeiros constituem principais impulsionadores de tal desenvolvi-mento. Entretanto, nada garante que este crescimento continuar a verifi-car-se nos prximos 10 ou 20 anos, tendo em conta que as commodities, como o petrleo, os diamantes e o carvo oferecem riscos constantes por dependerem das flutuaes da economia mundial. Face a estas in-certezas, recomenda-se que a econo-mia africana esteja assente ou que se baseie numa agricultura melhorada. Contudo, e apesar das orientaes

Mudanas climticas prejudicam economias em fricaO desenvolvimento socioeconmico que o continente africano tem vindo a registar pode estar comprometido, caso os decisores no tomem medidas concretas e eficazes no sentido de minimizar os efeitos negativos gerados pelas mudanas climticas.

dadas nesse sentido, a prtica agrco-la em frica tambm est ameaada devido ao impacto negativo gerado pelas mudanas climticas.As mudanas climticas caso no sejam mitigadas atravs de aces concretas podero deitar abaixo todo o esforo dos lderes africanos de um dia ver um continente desenvolvido.At 2020, projecta-se que entre 75 e 250 milhes de pessoas estejam expostas a maior escassez de gua, em funo das mudanas das clim-ticas no continente africano.

A produo agrcola, inclusive o aces-so aos alimentos, em muitos pases e regies do continente ficar seria-mente comprometida pela variabili-dade e mudana do clima. Prev-se uma reduo da rea adequada agricultura bem como da durao das pocas de cultivo, o que, por sua vez, acentuar os efeitos adversos na segurana alimentar.Em alguns pases, at 2020, poder haver uma reduo da produo da agricultura irrigada pela chuva at 50%.


Moambique j sofre com mudanas climticas

Moambique debate-se com o im-pacto crescente das mudanas cli-mticas, que se traduz na ocorrncia de cheias, secas ou ciclones numa escala sem precedentes, forando centenas de milhar de pessoas a abandonar as suas residncias. A ttulo de exemplo, no ano 2000 as cheias desalojaram mais de 500.000 pessoas e destruram escolas, hos-pitais, sistemas de abastecimento de gua e energia elctrica, redes rodovirias, linhas frreas e tele-comunicaes. Para fazer face aos danos causados pelas enxurradas de 2000 foram mobilizados cerca de 600 milhes de dlares, um mon-tante superior s receitas anuais das exportaes, perdas de bens ava-liadas em 273 milhes de dlares, diminuio da produo com custos avaliados em 247 milhes de dla-res, diminuio das exportaes em 48 milhes de dlares e o aumento de importaes para consumo em 31 milhes de dlares.De acordo com o Banco Mundial, as cheias provocaram uma descida

abrupta do PIB de 7,5 por cento em 1999 para 1,6 por cento no ano 2000. Por outro lado, a inflao atin-giu os 12,7 por cento em 2000 con-tra os 2,9 por cento de 1999, e a taxa de cmbio sofreu uma brusca depre-ciao a uma taxa anual de 28,2 por cento ao ano.J no ano em curso as cheias cau-saram a morte de pelo menos 117 pessoas, incluindo 93 na provncia da Zambzia.Recorde-se que a coordenadora da ONU em Moambique, Jennifer Top-ping, disse recentemente que esto a ser mobilizados recursos financeiros na ordem dos 30,1 milhes de dla-res para fazer face s recentes enxur-radas que afectaram mais de 160 mil pessoas.Alis, o Fundo Central da ONU de Resposta de Emergncia (CERF) apro-vou uma verba de 3,2 milhes de dlares para assistir as populaes mais afectadas em centros de abrigo na Zambzia. Posto isto, fica claro que as mudanas climticas tm sido um entrave no processo de desenvol-vimento de Moambique.

Conferncia sobre meteorologia junta lderes africanos

Na verdade, em cada ano as calami-dades naturais tm afectado mais de 750 mil pessoas e tm provocado danos materiais orados em 250 milhes de dlares americanos. na busca de solues para este desafio pontual que o Governo de Cabo Ver-de acolheu recentemente a terceira sesso da Conferncia Ministerial Africana sobre Meteorologia (AMCO-MET).Nesta conferncia, os ministros afri-canos discutiram a Estratgia Africa-na Integrada para a Meteorologia que

tem como um dos seus objectivos aumentar o reconhecimento e finan-ciamento dos Servios Nacionais Meteorolgicos e Hidrolgicos. No decorrer da referida conferncia, ficou claro que as recentes inunda-es devastadoras em muitas regies de frica mostraram como os perigos relacionados com o clima debilitam e afectam o desenvolvimento social, poltico e econmico.E mais, reconheceu-se igualmente que a meteorologia e o clima tero um papel crucial no planeamento da agenda para o desenvolvimento africano.De acordo com o Secretrio-geral da Organizao Meteorolgica Mundial (OMM), Michel Jarraud, o conheci-mento, a investigao e a inovao so vitais para a competitividade da economia africana e permitem aos africanos fazer frente aos desafios no mbito do clima, da gua e da energia. Da que os lderes africanos tenham apelado para que se encon-tre uma abordagem colectiva, uma unio de resoluo baseada na viso partilhada para a proteco climtica de frica.c


DOSSIER

Gildo Mugabe (text)

At a time when the world is still immersed in an eco-nomic crisis, the economy of the African continent in par-ticular shows robust growth. According to international

projections, the African economy will grow up to 6% this year, after grow-ing 5.3% last year. As a matter of fact in 2012 Gross Domestic Product (GDP) of the continent also known as

Cradle of Humankind increased by 6.6%.Consumer demand, commodity pric-es and the growing influence of for-eign investment are the key drivers of this development. However, noth-ing guarantees that this growth will continue in the next 10 or 20 years, given that commodities such as oil, diamonds and coal are a constant risk due to their dependence on the

fluctuations of the world economy. Given these uncertainties, it is rec-ommended for the African economy to be based on improved agriculture. However, despite the guidance given in this sense, agriculture in Africa is also under threat due to the negative impact caused by climate change.If climate change is not mitigated through concrete actions it could derail all efforts by African leaders to

Climate change harms economies in AfricaThe socio-economic development that Africa has been experiencing may be under threat if decision makers do not take concrete and effective measures to curb the negative effects of climate change.


It is in searching for solutions to this challenge that the Cape Verde Gov-ernment recently hosted the third session of the African Ministerial Con-ference on Meteorology (AMCOMET).At this conference African ministers discussed the African Integrated Strat-egy for Meteorology, one of whose objectives is to increase the recogni-tion and financing of National Meteo-rological and Hydrological Services.In the course of this conference it be-came clear that the recent devastating floods in many parts of Africa show that dangers related to the climate weaken and affect social, political and economic development.In addition, it was also recognized that weather and climate will play a crucial role in planning the agenda for Afri-can development.According to the Secretary-General of the World Meteorological Organiza-tion (WMO), Michel Jarraud, knowl-edge, research and innovation are vital to the competitiveness of the African economy and allow Africans to meet the challenges related to climate, water and energy. Therefore African leaders have appealed to find-ing a collective approach, a united resolution based on a shared vision with respect to climate protection in Africa.c

one day see a developed continent.Projections are that by 2020 be-tween 75 and 250 million people will be exposed to major water scarcity, depending on the effects of climate change in Africa.Agricultural production, including access to food, in many countries and regions of the continent will be severely compromised by climate variability and change. The area suitable for agriculture as well as the duration of growth seasons are expected to diminish, which, in turn, will exacerbate the adverse effects on food safety.By 2020 some countries may see a reduction in the production of rain-fed agriculture of 50%.

Mozambique already suffers from climate change

Mozambique is facing the growing impact of climate change, which results in the occurrence of floods, droughts or cyclones on an unprec-edented scale, forcing hundreds of thousands of people to flee their homes.For example, in 2000 the floods displaced over 500,000 people and destroyed schools, hospitals, water and electricity supply systems, road networks, railways and telecommu-nications. In order to deal with the damage caused by the 2000 floods about 600 million dollars were mobi-lized, an amount greater than annual export earnings, the loss of property was valued at 273 million dollars, with costs of reduced production be-ing valued at 247 million, those due to diminished exports at 48 million and the increase in imports for con-sumption at 31 million dollars.According to the World Bank, the floods have caused a sharp decline

of 7.5 percent of GDP in 1999 and 1.6 percent in 2000. On the other hand, inflation reached 12.7 percent in 2000 as against the 2.9 percent in 1999, and the exchange rate suffered a sharp depreciation at an annual rate of 28.2 percent.During this year floods have killed at least 117 people, including 93 in Zambzia province.The UN coordinator in Mozambique, Jennifer Topping, recently stated that financial resources are being mobilized to the tune of 30.1 mil-lion dollars in order to deal with the recent floods that affected more than 160,000 people.In fact, the UN Central Emergency Response Fund (CERF) has approved a budget of 3.2 million dollars to assist the most affected populations living in reception centers in Zamb-zia. That said, it is clear that climate change has been an obstacle to Mo-zambiques development process

Conference on meteorology unites African leaders

In fact, each year natural disasters have affected more than 750 thou-sand people and have caused dam-ages estimated at 250 million dollars.


Foco ECONOMIa

Gildo Mugabe (texto)

Pas com baixa capitalizaobolsista na SADC

O mercado de capitais em Moambique surge com a criao da Bolsa de Valores de Moambique (BVM), no ano de 1998. Esta institu-io financeira subordinada

ao Banco de Moambique surge como alternativa para o financia-mento da economia, para optimizar os ganhos decorrentes do mercado de capitais e potenci-los como fonte alternativa de financiamento.

O actual nvel de capitalizao bolsista e participao de empresas est muito aqum da mdia da SADC, no obstante o rpido crescimento observado no mercado de capitais nacionais nos ltimos 15 anos.

Entretanto, volvidos mais de 15 anos da sua criao, a Bolsa de Valores conta apenas com a parti-cipao de 17 empresas que tm um peso de 6% no Produto Interno Bruto (PIB) do Pas. Este nvel de capitalizao est muito aqum do desejvel, sobre-tudo em comparao com o nvel de desenvolvimento dos mercados da frica Austral (onde a mdia de capitalizao bolsista est em 30% do PIB).A limitada disponibilizao de in-formao financeira das empresas graas ao baixo nvel de publicao das suas contas e relatrios, a au-sncia de intermedirios indepen-dentes da Bolsa e o consequente conflito de interesses, constituem um dos motivos para tal facto.Consta ainda a fraca abertura das empresas entrada de outros s-cios e consequente preferncia pelo financiamento bancrio assim como o limitado conhecimento das empresas quanto s vantagens de se financiarem no mercado de capitais.Esta informao foi tornada pblica no Municpio da Matola, na provn-cia de Maputo, durante a realizao do 39 Conselho Consultivo daque-la instituio financeira.Entretanto, e durante a apresenta-o do estudo O Papel do Mercado de Capitais na Dinamizao da Economia Nacional, lvaro Loveiro, quadro snior do Banco de Moam-bique, sugeriu que deveria haver obrigatoriedade de cotao em Bolsa das instituies que operam em reas sensveis da economia, nomeadamente, bancos, algumas sociedades financeiras e empresas de explorao mineira. Uma medida que poderia contribuir, substancial-mente, para o aumento da capitali-zao bolsista de Moambique.c

0

50

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o Euro

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350327% 321%

244%

192%

88%

60%

Mdia Mundial=207%

30%

6%


Country with low market capitalization in SADCThe current level of market capitalization and shares in companies is well below the SADC average, despite the rapid growth observed in the domestic capital market over the last fifteen years.

Focus on ECONOMY

Gildo Mugabe (Text)

The capital market in Mo-zambique came into being with the creation of the Mozambique Stock Exchange (BVM) in 1998. This financial institution, supervised by the

Bank of Mozambique, constitutes an alternative for funding the economy, maximizing gains from the capital market and strengthening these as an alternative source of funding.However, more than 15 years after its inception, a mere 17 companies are listed on the Stock Exchange, representing 6% of the countrys Gross Domestic Product (GDP).This capitalization level leaves much to be desired, especially if compared with the level of development of the Southern African markets where the average market capitalization is 30% of GDP.The limited availability of corporate financial information due to a lack of published accounts and reports, the absence of intermediaries independent from the Stock Exchange and resulting conflicts of interest, are among the reasons accounting for this situation.Also to be mentioned are the lack of openness of companies in terms of accepting new shareholders and the resulting preference for bank funding, and the limited knowledge

of companies about the benefits of financing through the capital markets. The above information was presented by the 39th meeting of the Advisory Board of this financial institution [which one?] in Matola, in the province of Maputo.However, during the presentation of the study The Role of Capital Markets in Boosting the National Economy, Alvaro Loveiro, senior

official of the Bank of Mozambique, suggested that listing at the Stock Exchange should be mandatory for institutions operating in sensitive areas of the economy, including banks, some financial companies and mining companies. This would be a measure that could contribute substantially to an increase in market capitalization in Mozambique.c

DevelopinngCountries 21% Others 6%

EUA andCanada 37%

EuropeanUnion 18%

Japan 7%

AsianTigers11%


C

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CBVMC - Anncio 1 200x267mm.pdf 1 4/8/2015 11:50:53 AM


Foco ECONOMIa

Belizrio Cumbe (texto)

Mercado de capitais: Oferta cresce 40% em frica

A PricewaterhouseCoopers (Pwc), uma das maiores empresas de auditoria e consultoria no mundo, lan-ou, recentemente, o estudo IPO Watch Africa 2014, uma publicao que analisa as movimentaes no mercado de capitais africano (durante o ano pas-sado), principalmente, no que diz respeito s aces

que entraram, pela primeira vez, em diferentes bolsas de valores.De acordo com a publicao, o desempenho do mercado de capitais em frica, em 2014, foi forte, com o volume de ofertas a crescer 40% e o capital obtido a dobrar, em com-parao com o exerccio do ano anterior (2013). importante destacar, porm, que o sector dos recursos naturais exerceu grande influncia para o alcance destes resultados. Mas analistas do PWC afirmam que os dados dis-ponveis sugerem que o mercado de capitais ganhar mais maturidade com a participao de outros sectores, tais como o financeiro, o imobilirio, o consumo, e no s.

Anlise da tendncia regional

Uma anlise s tendncias das ofertas pblicas que entram, pela primeira vez, no mercado (IPO, na sigla inglesa) conclui que a parcela que foi gerada fora da frica do Sul repre-sentou apenas 32% e 44%, do total do capital, em 2013 e 2014, respectivamente. O que no de todo mau, visto que representa uma melhoria em relao aos anos anteriores.Enquanto o IPO cresce, o item referente a outras ofertas (FO, sigla em ingls) continua dominado pela frica do Sul, com 87% do total das aces em 2014.Trata-se de um cenrio que reflecte a profundidade e a esta-bilidade das empresas cotadas na frica do Sul, cujo quadro regulamentar e cambial ficou em primeiro lugar no relatrio do Frum Econmico Mundial sobre Competitividade, 2014-2015.

Exposio internacional

Dez IPOs, entre 2013 e 2014, tiveram um notvel comporta-mento no cenrio internacional. Houve companhias estran-

geiras que adquiriram participaes em frica, e vice-versa. Esta tendncia destaca uma crescente integrao global de empresas em frica e o interesse de investidores internacio-nais no continente negro.No perodo 2010-2014, empresas estrangeiras adquiriram 31 bilies de dlares nas bolsas africanas (excluindo as IPO). No sentido inverso, companhias do continente negro lucra-ram 1.2 bilies de dlares.

Continente africano

A Pwc conclui, referindo que entre os mercados emergentes, frica est pronta para contribuir significativamente para o crescimento da economia mundial a curto prazo. O continente exibe uma taxa mdia de crescimento na or-dem dos 5%, tornando-se uma das regies que mais cresce no mundo.c

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2010

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2013

2014

2014

Dinheiro arrecadado nas ofertas pblicas iniciais (IPOs) em bilies USD

Dinheiro arrecadado nas outras ofertas (FO) em bilies USD

Actividades gerais do mercado de capitais africano 2010-2014

Focus on ECONOMY

Gildo Mugabe (Text)

2.267

7.620

1.101

4.296

0.390

5.295

0.826

4.6451.694

9.263

20102010 20112011 20122012 20132013 20142014

Amounts raised in other offerings (FO), in billions USDAmounts reaised in initial public offerings (IPOs), in billions USD

General activities of the African capital market 2010-2014

PricewaterhouseCoopers (Pwc), one of the largest auditing and consulting companies in the world, has recently launched the study IPO Watch Africa 2014,

a publication that analyzes move-ments in the African capital market (during the last year), mainly related to shares entering for the first time in different stock exchanges.According to the publication, the performance of the capital market in Africa in 2014 was strong, with a 40% growth in the volume on offer and a doubling of the capital raised, compared with the previous fiscal year (2013).It should be noted, however, that the natural resources sector contributed strongly in achieving these results. According to PWC analysts the data available suggest that the capital market will gain more maturity with the participation of other sectors, such as finance, real estate, con-sumption, etcetera.

Analysis of regional trends

An analysis of trends in public offer-ings entering the market for the first time (IPO) concludes that the part generated outside South Africa ac-counted for a mere 32% and 44% of the total capital in 2013 and 2014 respectively. Which is not at all bad, given that it represents an improve-ment over previous years.

Capital market: Supply increases 40% in Africa

While the IPO grows, the item for other offers (FO) is still dominated by South Africa, with 87% of total shares in 2014.This is a scenario that reflects the depth and stability of listed compa-nies in South Africa, whose regulato-ry and exchange framework occupied first place in the World Economic Forum Competitiveness Report, 2014-2015

International Exposure

Ten IPOs between 2013 and 2014 showed remarkable behaviour on the international stage. There were foreign companies that acquired interests in Africa, and vice versa. This trend highlights a growing global

integration of companies in Africa and of the interest of international investors in the black continent.Between 2010 and 2014 foreign companies invested 31 billion dol-lars in African exchanges (excluding IPO). Conversely, companies from the black continent earned 1.2 billion dollars.

African continent

Pwc concludes that among emerging markets, Africa is ready to contribute significantly to the growth of world economy in the short run. The continent shows an average growth rate of about 5%, making it one of the fastest growing regions in the world.c



Foco NEGCIO

A moambicana Nadhari uma das quatro empresas candida-tas compra da Opway, junta-mente com a Prbuild, o fundo Vallis Elevo e o lder do MBO e actual presidente da empresa,

Almerindo Marques, segundo noticiou o jornal portugus Dirio Econmico.O jornal acrescentou que as grandes construtoras, portuguesas, espanholas, brasileiras e angolanas, contactadas pela Esprito Santo Industrial decl-inaram entrar na corrida compra da Opway.Receberam convite para apresentar propostas a Mota-Engil, Teixeira Duarte, Soares da Costa (controlada pelo em-presrio angolano Antnio Mosquito), Somague (cujo principal accionista a construtora espanhola Sacyr), Zagope (do grupo brasileiro Andrade Gutir-rez), Odebrecht Portugal (outro grupo brasileiro), Prbuild, Vallis Elevo (um fundo de recuperao de construtoras), FCC (construtora espanhola liderada por Esther Koplowitz), Ferrovial (outro grupo espanhol) e a Nadhari (uma construtora moambicana), alm da operao de Management Buy Out (MBO), liderada pelo presidente da construtora, Almerindo Marques, e por dois colegas seus da administrao.A venda da Opway, parqueada na Esprito Santo Industrial, est a ser liderada por Caetano Beiro da Veiga, novo presidente do grupo, mas os

Empresa moambicana candidata comprada portuguesa OPWAy

O BANCO Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Moza Banco, participado pelo BES frica, assinaram um acordo no valor de 7,2 milhes de euros para o financiamento de pequenas e mdias empresas moambicanas. O objectivo da iniciativa passa pela capacitao financeira daquele tipo de empresas, que lideram mais de 90% do tecido empresarial moambicano.c

PMEs vo receber 7,2 milhes de euros

OPORTUNIDADE DE NEgCIO

juzes do Luxemburgo, que presidem insolvncia das SGPS do GES, tm a palavra final sobre o processo.A Opway uma empresa nascida em 2008, resultante da fuso entre a OPCA Obras Pblicas e Cimento Armado e a Sopol, adquirida pela primeira empresa ao grupo A. Silva & Silva.

Quem comprar a Opway herda uma dvida financeira de 160 milhes de euros (o banco estatal portugus Caixa Geral de Depsitos o principal cre-dor) e uma carteira de 400 milhes de euros, fortalecida recentemente com a adjudicao de alguns dos acessos ao tnel do Maro (30 milhes de euros).c


Focus on BuSINESS

THE African Development Bank (ADB) and Moza Banco, in which BES Africa has a stake, signed an agreement worth 7.2 million euros for the financing of small and medium-sized Mozambican companies. The initiative aims at improving the financial capacity of this type of companies, who make up more than 90% of all Mozambican businesses..c

SMEs will receive 7,2 million euros

BUSINESS OPPORTUNITy

Mozambican company wants to buy the Portuguese company OPWAy

The Mozambican company Nad-hari is one of four companies bidding for the acquisition of Opway. The others are Prebuild, the Vallis Elevo fund and the leader of a manage-

ment buy out and current president of the company, Almerindo Marques, according to the Portuguese newspa-per Dirio Econmico.The newspaper added that the large Portuguese, Spanish, Brazilian and Angolan construction companies contacted by Esprito Santo Industrial declined to enter the race to buy Opway.Invitations to tender were sent to Mota-Engil, Teixeira Duarte, Soares da Costa (controlled by the Angolan entrepreneur Antnio Mosquito), Somague (whose main shareholder is the Spanish construction company Sacyr), Zagope (of the Brazilian group Andrade Gutierrez), Odebrecht Portu-gal (another Brazilian group), Prebuild, Vallis Elevo (a construction compa-nies recovery fund), FCC (a Spanish construction company led by Esther Koplowitz), Ferrovial (another Spanish group) and Nadhari (a Mozambican construction company), in addition to the Management Buy Out opera-tion (MBO) led by the president of the construction company, Almerindo Marques, and two management col-leagues.The sale of Opway, under guardian-ship of Esprito Santo Industrial, is

being led by Caetano Beiro da Veiga, new president of the group, but the Luxembourg judges governing the insolvency of the SGPS of the GES

[better explain what this is], have the final say on the process.Opway is a company established in 2008 through the merger of OPCA Obras Pblicas e Cimento Armado and Sopol, bought by the former from A. Silva & Silva.The buyer of Opway inherits a debt of 160 million euro (the Portuguese state-owned bank Caixa Geral de Depsitos is the main creditor) and a portfolio of 400 million euros, re-cently strengthened with the award of some of the access roads to the Maro tunnel (30 million euros).c


O Instituto Nacional de Segurana Social (INSS) recuperou, no ltimo ano, cerca de 335 milhes meticais de um montante de 700 milhes, referentes a organizaes devedoras. Apesar do esforo, ainda existem avultadas somas de capital por recuperar e canalizar para o Sistema de Segurana Social. O PCA do INSS, Francisco Mazoio, fez uma anlise global da instituio e refere como consegue garantir o financiamento da mesma atravs do alargamento da abrangncia de contribuintes e beneficirios bem como de investimentos diversificados, com destaque para o ramo imobilirio.



tEMa DE FuNDO

Gildo Mugabe (texto). Zein Hassan (fotos)

sistemas prprios para este efeito e no existia um sistema obrigatrio que cobrisse os trabalhadores na generalidade. Na verdade, eram pou-cas as empresas que tinham alguma poltica de proteco para os seus trabalhadores.Muitos trabalhadores depois de da-rem uma vida ao trabalho ou em-pesa, quando ficassem incapacitados de continuar a trabalhar devido idade, ou por qualquer outro motivo, como a doena, eram abandonados sua sorte. E foi no esprito de se inverter esta situao de falta de proteco social dos trabalhadores que foi institudo o Sistema de Segu-rana Social.

Que tipo de empresas so envol-vidas no Sistema de Segurana Social?Este Sistema de Segurana Social envolve fundamentalmente todas as empresas, quer sejam pblicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, abrangendo um ou mais trabalha-dores.

Que mudanas foram operadas com vista a abranger o maior nmero de instituies?Numa primeira fase, o sistema abar-cou empresas que tivessem pelo menos 10 trabalhadores, mas depois alargou a sua abrangncia, e, hoje, podem fazer parte todas as empre-sas independentemente do nmero de trabalhadores. Com a aprovao da Lei de Proteco Social e do Regulamento da Segurana Social Obrigatria, houve igualmente uma abrangncia das empresas de estiva, empresas pblicas, autarquias locais, partidos polticos, associaes, sindi-catos, etc..

Como funciona essa gesto tripar-tida?

Trata-se de uma gesto onde inter-vm o Governo, os trabalhadores re-presentados pelas Centrais Sindicais, via Organizao dos Trabalhadores Moambicanos (OTM-CS) e a Con-federao Nacional dos Sindicatos Independentes e Livres de Moambi-que (CONSILMO) e os Empregadores representados pela Confederao das Associaes Econmicas (CTA).

A assistncia aos cidados em caso de incapacidade e na velhice um direito fundamental consagrado na Constituio da Repblica. Que tipo de penses ou subsdios o INSS tem atribudo ultimamente?O INSS assegura vrias prestaes, que so concedidas nas situaes de doena (subsdio por doena e por internamento hospitalar), maternidade (subsdio por ma-ternidade), invalidez (penso por invalidez), velhice (penso por ve-lhice) e morte (subsdio de funeral, subsdio por morte e penso de sobrevivncia). Atribui subsdios por maternidade, o que quer dizer que a responsabilidade de pagar salrios a uma trabalhadora aps o parto, e durante dois meses, transferida para o INSS. Quando um trabalhador fica doente e interna-do no hospital, a responsabilidade de pagar salrios nesse perodo em que o trabalhador se encontra hospitalizado transferida para o INSS. Quando um trabalhador fica doente e permanece em casa em estado de convalescena, nesse perodo quem paga o salrio o INSS. Quando ocorre uma situao de morte de um trabalhador, o INSS paga em 24 horas um valor de 5 mil meticais para suportar as despesas fnebres e depois d ao cnjuge o que ns chamamos de penso de sobrevivncia e outras prestaes por motivos de falecimento.


O INSS completa 25 anos da sua criao. Pode falar-nos um pouco do seu percurso?Falar dos 25 anos do Sistema de Se-gurana Social extremamente com-plicado porque um sistema que comeou do nada. Quando foi insti-tudo o Sistema de Segurana Social, apenas algumas empresas tinham


Quais so os tipos de proteco so-cial existentes em Moambique?O Sistema de Proteco Social em Moambique est estruturado em trs nveis, designadamente; Se-gurana Social Bsica, gerida pelo Ministrio que superintende a rea da Aco Social; Segurana Social Obrigatria, gerida pelo INSS e Segu-rana Social Complementar, gerida por entidades de carcter privado ou pblico, cuja constituio e fun-cionamento regulamentada pelo Conselho de Ministros.Importa referir que, como proteco social obrigatria, existe igualmente a Segurana Social dos funcionrios do Estado (Previdncia Social), que gerida pelo Ministrio que superin-tende a rea das Finanas (foi criado recentemente o Instituto Nacional de Previdncia Social para executar essa tarefa), e a Segurana Social dos trabalhadores do Banco Central, que gerida pelo Banco de Moambique.

Quantos trabalhadores ou institui-es so abrangidas pelo Sistema de Segurana Social?Neste momento, temos 58.736 con-tribuintes ou empresas que esto inscritas no Sistema de Segurana Social. Temos 1.291.772 trabalha-dores inscritos. Temos 43.350 pen-sionistas, onde 20.738 pensionistas so por velhice, ou seja, os que se reformaram por idade. Temos 21.336 pensionistas por sobrevivncia, que dada normalmente aos cnjuges dos beneficirios, e 1.336 pensionis-tas por invalidez.

O que acontece aos cidados sem qualquer vnculo com o sector for-mal? Abrimos as portas entrada de trabalhadores por conta prpria. Ou seja, queles indivduos que exercem uma actividade humana

produtiva sem sujeio a um con-trato de trabalho subordinado. No fundo, bastar terem uma actividade de autoemprego, inscreverem-se no INSS e declararem o salrio com o qual pretendem descontar. Porm, a abrangncia destes trabalhadores ser feita de forma gradual e por categorias, tendo em conta a capaci-dade da estrutura administrativa do INSS e a capacidade desses trabalha-dores se vincularem ao regime.

Qual o valor mnimo pago actual-mente a cada pensionista?Foi feita a reviso da penso mnima que passou de 2.030 para 3.000 me-ticais, um aumento de 970 meticais. Na verdade, foi um grande desafio para ns estabelecer esta medida tendo em conta que se tr

revista capital 85 e 86.pdf

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