revista canto

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A revista Canto é uma publicação semestral sobre o Parque do Catalão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Embora a UFRJ mantenha uma reserva de mata atlântica na Ilha da Cidade Universitária, poucos sabem deste fato. Sendo assim, o objetivo da nossa publicação é fazer parte de um conjunto de estratégias de comunicação visual para a di-vulgação deste espaço, constituindo um veículo de apresentação dos diversos projetos que são realizados na Universidade.

A revista é editada em parceria com o Horto Universitário, setor re-sponsável pela administração e manutenção da reserva do Catalão, e busca o reconhecimento e valorização desta área por toda a comuni-dade, assim como pelas empresas implantadas no Campus, e por seus funcionários.

O nome da revista “Canto”, elaborado de modo coletivo pelas tur-mas de projeto de Comunicação Visual, remete à questão territorial do Parque, explora a sonoridade da palavra, que se aproxima de modo sutil ao próprio nome Catalão e, ainda, apresenta a riqueza de fauna e flora presente no local, percebida pelas diversas espécies de pássaros que frequentam o Parque. Sendo assim, Canto representa o silêncio do acolhimento, da tranquilidade deste espaço, e os sons do Catalão. Bem-vindo ao nosso Canto e boa leitura!

Julie Pires

Editorial

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Exp

edie

nte

fotografia Alfredo Heleno Oliveira, Nomes de outros | ilustração Nathalia Moraes, Erica

Huebra | tratamento de imagem Erica Huebra e Ronieri Gomes | revisão Julie Pires |

colaboradores deste número Angela Iaffe, Jofre Silva, Leticia de Luna Freire e outros |

impressão Gráfica Definir | tiragem 1.000 exemplares | contato [email protected]

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Reitor | Carlos Antônio Levi da Con-

ceição Vice-Reitor | Antônio José Ledo Alves da Cunha Decana do Centro de Letras e

Artes | Flora De Paoli Faria Vice-Decana do Centro de Letras e Artes | Cristina Tranjan

Diretor da Escola de Belas Artes | Carlos Gonçalves Terra Vice-Diretora da Escola de

Belas Artes | Helenise Monteiro Guimarães Diretor Adjunto de Graduação | Dalton

Almeida Raphael Diretor Adjunto de Pós-Graduação | Marize Malta Teixeira Diretor

Adjunto de Cultura | Antonio de Souza Pinto Guedes

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Sumário2014.1| 48 págs

Histórico da reserva

Artigo Botânica

Mapa e trilhaProgramação de visitas guiadas

Ensaio Fotográfico

Artes visuaisno Catalão

Importância do Horto

Inventário de espécies

A biodiversidade do Catalão

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O corredor ecológico

Música no Catalão

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Descubra a reserva dentro da Cidade Universitária. Conheça espécies que você nunca

esperava encontrar no Campus.

Saiba mais sobre a Fulana de tal e seu campo de estudo.

Veja como o projeto obtém música da natureza.

Seleção de fotografias feitas na reserva.

Descubra mais espaços preservados.

Descubra onde fica e como chegar ao Catalão.

Saiba mais sobre o Fulano de tal e seu campo de estudo.

Entenda como o Horto é essencial para a reserva.

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O Catalão foi unido a partir de 1953, mas preservado com seu relevo e mata.Fonte: Arquivo da Prefeitura Univer-sitária da UFRJ.

Viagem ao passado

A Cidade Universitária da UFRJ foi formada, no fim dos anos 1940, pela união de 8 ilhas. No processo de construção da Cidade Universitária foram utilizados grandes tratores chamados “bulldoz-ers” que cortavam o relevo e jogavam o material reti-rado entre as ilhas, aterrando e unindo elas. O resultado foi uma grande área plana, porém, na épo-ca, com aparência de um deserto.

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“Em 1944, por sugestão do engenheiro Alberto de Melo Flôres, diretor de Obras do Ministério da Aeronáutica, foi considerada a possibili-dade de locação para a Cidade Universitária em uma área a ser con-stituída pela unificação de seis ilhas pertencentes à União (Bom Jesus, Sapucaia, Pindaí do França, Pindaí do Ferreira, Pinheiro e Fundão, com exceção da sua parte alodial), situadas entre a Ponta do Caju e a Ilha do Governador, em frente a Manguinhos. Havendo necessidade, a área poderia ainda ser expandida com a inclusão das outras três ilhas circunvizinhas (Baiacu, Cabras e Catalão) que compunham o arquipélago.

Existia, até então, a indicação de outras localidades, mas, dentre as propostas apresentadas, surgia, pela primeira vez, a ideia de se criar uma Ilha Universitária. A “felicidade da indicação” (Barbosa, 1945), em comparação às outras áreas cogitadas, foi confirmada pela opin-ião dos diversos especialistas, autoridades, professores, urbanistas, arquitetos e engenheiros consultados pelo ETUB (Escritório Té cnico da Universidade do Brasil), Hildebrando de Araújo Góis, Raul Leitão da Cunha (Reitor da UB), General Eurico Gaspar Dutra (Ministro da Guerra), Gustavo Capanema (Ministro da Educação), Henrique Dod-sworth (Prefeito do Distrito Federal) e Ana Amélia Carneiro de Men-donça (Presidente da Casa do Estudante).Documentos produzidos pelo ETUB sobre a localização da Cidade Universitária expuseram as avaliações feitas segundo “critérios de máximo rigor e imparcialidade”, sugeridos pelo engenheiro Paulo de Assis Ribeiro, examinando fatores como distâncias, acessibilidade, custos de aquisição, despesas de preparo do terreno e de construção, custos financeiros e sociais decorrentes de desapropriações, de-molições de benfeitorias, valorização do patrimônio, etc.

O Catalão foi unido a partir de 1953, mas preservado com seu relevo e mata.Fonte: Arquivo da Prefeitura Universitária da UFRJ.

Surgia, pela primeira vez, a ideia de se criar uma Ilha Universitária

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Após transitar por todas as esferas envolvidas, direta e indiretamente, com a localização da Cidade Universitária, o diretor do DASP, Luiz Simões Lopes, apresentou, na Exposição de Motivos nº 936, de 14/05/45, os fundamentos que iriam embasar a escolha final pelo ar-quipélago. (ETUB, 1954, Barbosa, 1945, Oliveira, 2005):

A proximidade da área ao centro de gravidade da população estudantil, garantindo, ao mesmo tempo, um relativo isolamento;

A construção de um hospital em área vizinha a bairros operários proporcionaria a ocorrência de uma variedade de casos típicos para estudo, devido à vasta clientela que se destinaria aos seus ambulatórios e clínicas;

As condições climáticas da área favoreceriam a prática de esportes;

A existência de pedra, areia e saibro na área e a possibilidade de receber, por via marítima, ferro e cimento, facilitariam as obras do aterro;

A constituição geológica das ilhas de Bom Jesus, Pindaí do França, Pindaí do Ferreira, Fundão, Pinheiro e Sapucaia (exceto uma parte) propiciariam um terreno firme de 3.720.000m²;

Por fim, a possibilidade de expansão do terreno, em caso de necessidade, com a inclusão das ilhas de Baiacu, Cabras e Catalão, resultando em área superior a 5.000.000m².

Assim como as demais localidades analisadas, o arquipélago também apresentava alguns incon-venientes, porém, considerados menos graves: o ruído de aviões decorrente da proximidade da Base Aérea do Galeão e do Aeroclube de Manguinhos, e a proximidade de corporações militares, o que, em situações de rivalidades e conflitos, poderia ampli-ficar os choques entre soldados e praças.Ao apoiarem a proposta, o Ministro da Guerra e o Ministro da Aeronáutica colocaram, respectiva-mente, duas restrições para a construção da Cidade Universitária no local: a conservação do Asilo dos Inválidos da Pátria, na extremidade nordeste da Ilha de Bom Jesus, e o não atraso na construção da ponte que ligaria a Ilha do Fundão ao continente. Restrições que não chegaram a se tornar obstácu-los que invalidassem a proposta, uma vez que não havia interesse imediato de apropriação do prédio do Asilo pela universidade, sendo sua presença in-

clusive desejável do ponto de vista social, cultural e artístico, e que a construção da referida ponte, à época iniciada pelo Ministério da Aeronáutica, já tinha sua ampliação prevista no projeto da Cidade Universitária (Oliveira, 2005).Dessa forma, o presidente Getúlio Vargas respondeu favoravelmente à Exposição de Motivos encamin-hada pelo diretor do DASP, assinando o Decreto-lei nº 7.536, dispondo sobre a localização definitiva da Cidade Universitária da Universidade do Brasil.Apesar da aprovação oficial, logo foram mani-festadas algumas dúvidas, críticas e especulações em diversos jornais da época sobre o projeto, devendo aqui mencionarmos o cuidado de Luiz Hildebrando Horta Barbosa (1946) em examinar e responder a todas elas, com vistas a “formar uma opinião mais justa e exata a respeito desse prob-lema fundamental”. Havia ainda nos jornais a opinião que qualificava

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A criação de um Parque na Ilha do Fundão já ha-via sido cogitada no programa inicial de trabalho de junção das ilhas para a Cidade Universitária, para sua arborização. Em setembro de 1996, foi liberada uma verba especial, pelo Governo Fed-eral, para a realização de obras de melhoria da infra-estrutura da Ilha do Fundão, prevendo-se uma possível realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2004. Desta verba foi destinada uma parte para implantar o Parque no Catalão.O nome oficial de registro desta área é Parque da Mata Atlântica da UFRJ (Boletim da UFRJ portaria Nº 44, de 06 de janeiro de 2000), mas também é chamado Parque Frei Vellozo, em ho-menagem a Frei José Mariano da Conceição Vel-lozo, que foi um importante botânico brasileiro do século XVIII, ou Parque do Catalão.

de “absurda” a construção de uma universidade em ilhas, haja vista o excesso de áreas livres na cidade. A esse respeito, ponder-ava-se que as maiores áreas dis-poníveis situavam-se em bairros como Bangu, Campo Grande e Recreio dos Bandeirantes e que, por esse motivo, não atendiam à exigência imprescindível de que a Cidade Universitária fosse “urbana”, construída em “um grande terreno em zona a mais central possível, de fácil e rápido acesso”.

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Outra crítica referia-se à “inoportunidade do iní-cio de obra de tão grande vulto numa época de inflação e de escassez de materiais de construção, de transporte e de mão de obra”, para a qual Luiz Hildebrando Barbosa sublinhava a importância do empreendimento para a nação, ressaltando os nu-merosos imóveis federais inutilizados que, por lei, seriam vendidos para pagar despesas com as obras e que, devido a sua complexidade, estas se estende-riam por 6 a 8 anos, prazo em que provavelmente a carência de materiais, transporte e mão de obra não se constituiria mais um problema. Além da construção da Avenida Brasil, inaugurada em 1946, consolidando a expansão industrial da ci-dade em direção à zona norte, toda a região da Ilha do Governador estava passando por grandes trans-formações, sobretudo em torno da criação da Base Aérea do Galeão, pelo Ministério da Aeronáutica. Um anúncio de venda de lotes no Jardim Guana-bara, indicava, já no final dos anos 1930, a valo-rização do bairro insular, nos arredores da capital. Lembrando o exemplo de Copacabana, a propa-ganda da Companhia Santa Cruz (1936) previa: “O que hoje custa tão pouco representa uma fortuna no dia de amanhã!”.

CuriosidadeCATALÃO - Corrupção de quâ-atã-ã. De quâ, “ponta”; atã, “têsa, ereta”, a ã, “em cima”. Lit., “ilha que tem ponta ereta, em cima”. Seu ter-reno é montanhoso. Situado na baía da Coroa Grande, próximo às ilhas Cabras e Fundão.

“ “Havia ainda nos jornais a opinião que qualificava de “absurda” a

construção de uma universidade em ilhas, haja vista o excesso de

áreas livres na cidade.

Mapa dos futuros transportes rápidos

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Os critérios formulados pelo ETUB dividiam-se em três grupos:

Fatores de ordem política e social: facilidade para obter a área; acessibilidade; custo da condução; integração ao meio; ambiente universitário.

Fatores de ordem econômica: custo dos terrenos e das obras complementares; custos das construções; custo das utilidades (instalação de redes de água, esgoto, eletricidade, etc.).

Fatores de ordem técnica: circunvizinhança; condições do clima; área, forma e relevo topográfico; condições favoráveis ao ensino científico, artístico, cultural; condições favoráveis à educação física e esportiva.

Tantas eram as condições favoráveis que em 20 de outubro de 1948 - três anos após o decreto-lei que havia definido o arquipélago como local a abrigar a futura Cidade Universitária - foi sancionada a Lei nº 447, dando um ponto final ao longo processo de discussões e questionamentos sobre a sua local-ização e permitindo ao ETUB pleitear a abertura de um crédito especial de Cr$12.860.000,00 pelo Decreto nº 25.995, de dezembro de 1948, para fi-nalmente dar início às obras.Em 1881, o oficial de artilharia Fausto de Souza calculava haver, na Baía da Guanabara mais de oitenta ilhas, com natureza e destinos diversos (Doria, 1922). Para se ter uma visão mais geral so-bre as ilhas existentes no momento em que se ini-ciavam as obras de aterro hidráulico, no final dos anos 1940, Gastão Cruls, no livro Aparência do Rio de Janeiro, descrevia:De todas as ilhas da Guanabara, não só pela vas-tidão, como pelos foros que assumiu de importante subúrbio marítimo, destaca-se a Ilha do Gover-nador, com 28.906.250m² de superfície e mais de 30.000 habitantes. Entre ela e as outras ilhas também integrantes do Distrito Federal (…) há uma grande diferença de tamanho, pois a que se

lhe segue logo abaixo, Paquetá, já não tem mais de 1.093.075m², e vêm depois, sempre em ordem decrescente e apenas relacionadas às maiores, ar-redondando as cifras, Bom Jesus com 753.000, Fundão com 613.000, Sapucaia com 440.000, Boqueirão com 230.000, Catalão com 166.000, Cambembi com 162.000, Cobras com 154.000 e Brocoió com 143.000m². Ao todo, a área total das ilhas está computada em 35km².A breve reconstituição do que eram as nove ilhas localizadas na Enseada de Inhaúma anos antes de serem escolhidas para abrigar a Cidade Universi-tária baseou-se principalmente na série intitulada A Guanabara como natureza, publicada aos domin-gos, entre maio e junho de 1936, no jornal Correio da Manhã, na qual o jornalista Magalhães Corrêa relatava as suas observações e impressões sobre a região a partir das excursões realizadas por sua equipe à bordo do barco Acarioca. Tais excursões compreenderam a zona que ia da Ponta do Caju a Meriti, englobando quatorze ilhas consideradas “rurais”: Bom Jardim, Bom Jesus, Pin-heiro, Pindaí do França, Pindaí do Ferreira, Catalão, Cabras, Baiacu, Fundão, Cambembi, Sapucaia, Rai-mundo, Anel e Saravatá.

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Baía da Guanabara mais de oitenta ilhas, com natureza e destinos diversos (Doria, 1922). Para se ter uma visão mais geral sobre as ilhas existentes no momento em que se iniciavam as obras de aterro hidráu-lico, no final dos anos 1940, Gastão Cruls, no livro Aparência do Rio de Janeiro, descrevia:De todas as ilhas da Guanabara, não só pela vastidão, como pelos foros que assumiu de importante subúrbio marítimo, destaca-se a Ilha do Governador, com 28.906.250m² de superfície e mais de 30.000 habitantes. Entre ela e as outras ilhas também integrantes do Distrito Federal (…) há uma grande diferença de tamanho, pois a que se lhe segue logo abaixo, Paquetá, já não tem mais de 1.093.075m², e vêm depois, sempre em ordem decrescente e apenas relacionadas às maio-res, arredondando as cifras, Bom Jesus com 753.000, Fundão com 613.000, Sapucaia com 440.000, Boqueirão com 230.000, Catalão com 166.000, Cambembi com 162.000, Cobras com 154.000 e Brocoió com 143.000m². Ao todo, a área total das ilhas está com-putada em 35km².A breve reconstituição do que eram as nove ilhas localizadas na Enseada de Inhaúma anos antes de serem escolhidas para abrigar a Cidade Universitária baseou-se principalmente na série intitulada A Guanabara como natureza, publicada aos domingos, entre maio e junho de 1936, no jornal Correio da Manhã, na qual o jornalista Magalhães Corrêa relatava as suas observações e impressões sobre a região a partir das excursões realizadas por sua equipe à bordo do barco Acarioca. Tais excursões compreenderam a zona que ia da Ponta do Caju a Meriti, englobando quatorze ilhas consideradas “rurais”: Bom Jardim, Bom Jesus, Pinheiro, Pindaí do França, Pindaí do Ferreira, Catalão, Cabras, Baiacu, Fundão, Cambembi, Sapucaia, Raimundo, Anel e Saravatá.

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Ao atracar na praia da Ilha do Catalão, a equipe de Magalhães Corrêa avistou cestos especiais para apanhar peixes e lagostas vivas, canoas de pescaria, uma grande plantação de mamoeiros, bananeiras e out-ras árvores frutíferas, além de dois pescadores da colônia Z5, junto a uma velha casa de tijolos. À esquerda, havia um alpendre coberto de zinco, sustentado por colunas de estipes de coqueiros, grandes ár-vores e uma enorme amendoeira. Ao sul da ilha, havia uma lavoura e, na extremidade meridional, uma enseada cuja praia era de fácil atra-cação com qualquer maré, havendo ali próximo um grupo de pedras, formando uma ilhota.Com 166.123m², a ilha era dividida, nos anos 1930, em duas pro-priedadesparticulares por uma linha feita de soqueira de bambu que a atraves-sava de praia a praia.Uma metade da ilha pertencia ao Sr. José Paz e seus irmãos e a outra ao Sr. Cândido de Araújo e irmãos, embora esta também fosse admin-istrada pelo Sr. José Paz. Assim, como as demais ilhas do arquipélago, a Ilha do Catalão pos-suía uma rica flora e fauna nativa. Na propriedade da família Paz, onde outrora havia uma criação de gado, encontrava-se uma diversi-dade de aves (socós, garças, patos, galinhas, etc) e um grande e belo pomar, com mangueiras, pitangueiras, goiabeiras, araçazeiras, sapo-tizeiros, coqueiros, cajazeiros, parreiras, bananeiras, jambeiros, etc.No seu ponto mais alto, um morro ao centro, encontrava-se um ver-dadeiro solar colonial, com uma grande varanda, doze quartos, sala e cozinha, além de várias casas espalhadas. Da fachada deste solar, onde viviam seis irmãos com seus respectivos filhos, descortinava-se um “extraordinário panorama da Baía da Guanabara”.Por ocasião da criação da Cidade Universitária, um Parque da Mata Atlântica foi previsto no Catalão desde os planos iniciais de con-strução, sendo preservado até a atualidade. Foi unido por um “istmo” a partir de 1953, mas preservado com seu relevo e mata. Existia nele um dos 3 hortos com a função de arborizar o restante do Campus.

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Ao atracar na praia da Ilha do Catalão, a equipe de Magalhães Corrêa avistou cestos especiais para apanhar peixes e lagostas vivas, canoas de pescaria, uma grande plantação de mamoeiros, bananeiras e out-ras árvores frutíferas, além de dois pescadores da colônia Z5, junto a uma velha casa de tijolos. À esquerda, havia um alpendre coberto de zinco, sustentado por colunas de estipes de coqueiros, grandes ár-vores e uma enorme amendoeira. Ao sul da ilha, havia uma lavoura e, na extremidade meridional, uma enseada cuja praia era de fácil atra-cação com qualquer maré, havendo ali próximo um grupo de pedras, formando uma ilhota.Com 166.123m², a ilha era dividida, nos anos 1930, em duas pro-priedadesparticulares por uma linha feita de soqueira de bambu que a atraves-sava de praia a praia.Uma metade da ilha pertencia ao Sr. José Paz e seus irmãos e a outra ao Sr. Cândido de Araújo e irmãos, embora esta também fosse admin-istrada pelo Sr. José Paz. Assim, como as demais ilhas do arquipélago, a Ilha do Catalão pos-suía uma rica flora e fauna nativa. Na propriedade da família Paz, onde outrora havia uma criação de gado, encontrava-se uma diversi-dade de aves (socós, garças, patos, galinhas, etc) e um grande e belo pomar, com mangueiras, pitangueiras, goiabeiras, araçazeiras, sapo-tizeiros, coqueiros, cajazeiros, parreiras, bananeiras, jambeiros, etc.No seu ponto mais alto, um morro ao centro, encontrava-se um ver-dadeiro solar colonial, com uma grande varanda, doze quartos, sala e cozinha, além de várias casas espalhadas. Da fachada deste solar, onde viviam seis irmãos com seus respectivos filhos, descortinava-se um “extraordinário panorama da Baía da Guanabara”.Por ocasião da criação da Cidade Universitária, um Parque da Mata Atlântica foi previsto no Catalão desde os planos iniciais de con-strução, sendo preservado até a atualidade. Foi unido por um “istmo” a partir de 1953, mas preservado com seu relevo e mata. Existia nele um dos 3 hortos com a função de arborizar o restante do Campus.

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O Parque Frei Vellozo na Península do Catalão, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, possui 17 ha e apresenta vegetação de restinga e manguezal na faixa litorânea. Em sua implantação, foram introduzidas cerca de 200 espécies típicas de floresta estacional tropical litorânea no seu território e mais de 40.000 mudas foram plantadas, com sucesso, na parte central da ilha.

Inventário

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O Parque Frei Vellozo localiza-se na extremidade norte da Ilha do Fundão, na Baía de Guanabara, dentro do Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A área do Parque corresponde à antiga Ilha do Catalão, que agora está unida à Ilha do Fundão por um istmo for-mado por aterro. O local agora é designado simplesmente por Catalão. O Parque tem uma área de 17 hectares, e é, quase que, totalmente rodeado pelo mar, tendo nas suas margens vegetação de restinga e de mangue. O seu relevo apresenta-se ainda como originalmente, carac-terizado por uma pequena colina. O solo do Parque também é original, não tendo sido desbastado, nem aterrado, a menos do istmo que é con-stituído por um aterro sobre o mar.

O nome do Parque homenageia Frei José Mariano da Conceição Vellozo, que viveu de 1742 a 1811 e foi o autor da Flora Fluminensis, concluída em 1790. Ela contém classificação de 1.640 plantas nativas. Frei Vellozo foi o mais importante botânico brasileiro do século XVIII.A criação de um Parque na Ilha do Fundão já havia sido cogitada no programa inicial de trabalho da Reitoria, pelo Reitor da UFRJ da época, Prof. Paulo Alcantara Gomes e o Vice-Reitor, atualmente Reitor, Prof. José Henrique Vilhena de Paiva. Em setembro de 1996, foi liberada uma verba especial, pelo Governo Federal, para a realização de obras de melhoria da infra-estrutura da Ilha do Fundão, prevendo-se uma possível realiza-ção das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2004. Desta verba foi destinada uma parte para implantar o Parque no Catalão.

de Espécies

Ernani Diaz Renato Moraes de Jesus(Escola de Engenharia, UFRJ)Janie Garcia da Silva (Instituto de Biologia, UFF, Niterói)

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401.640

200

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mil mudasplantadas

hectáresde área

plantas nativas

espécies de floresta estacional tropical litorânea

Pesquisa no Parque Antes do reflorestamento foi realizado um inventário das principais espécies arbóreas e arbustivas existentes no Catalão (Silva, 1999).

As espécies encontradas são:Espécies exóticas: Agave sisalana, Albizia lebbeck., Arto-carpus altilis, Artocarpus heterophyllus, Cocos nucifera, Delonix regia, Diospyros sp., Dracaena fragrans, Hibis-cus tiliaceus, Malvaviscus arboreus, Mangifera indica, Manilkara zapota, Mimusops coriacea, Persea ameri-cana, Sterculia foetida, Syzygium aqueum, Syzygium cumini, Tamarindus indica, Terminalia catappa.

Reflorestamento: implantaçãoPara executar o reflorestamento foi contratada a Com-panhia Vale do Rio Doce, que possui larga experiência em programas de recuperação florestal. As mudas da fase inicial foram oriundas do Viveiro da Reserva Florestal de Linhares (ES). Elas foram transportadas por caminhão e esto-cadas no Horto da Prefeitura da UFRJ. As matrizes destas mu-das são da Reserva Florestal de Linhares (ES), que é constituída por uma vegetação original de Floresta Estacional Tropical de Tabuleiro. Prescreveu-se que as mudas plantadas deveriam ser de espécies da Floresta Estacional Tropical Litorânea da costa do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

A grande maioria das espécies plantadas são da Floresta Es-tacional Tropical Litorânea, com algumas exceções. Nesta fase inicial foram plantadas cerca de 38.000 mudas. Para os replantios foram obtidas mudas de diversas origens: Viveiro da Reserva Florestal de Linhares (ES), Horto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ), Horto do Dep. de Biologia da UFF em Niterói (RJ) e mudas originárias das diversas coletas feitas nos trabalhos de inventário de remanescentes de matas da Ilha do Governador e cultivadas no Horto da Prefeitura da UFRJ.

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s: Espécies nativas plantadas: Acosmium lentiscifolium, Acrocomia aculeata, Anacardium occidentale, Andira fraxinifolia, Andira ni-tida, Andira ormosioides, Apuleia leiocarpa, Ardisia crenata, As-pidosperma aff. subincanum, Aspidosperma cylindrocarpon, As-tronium graveolens, Bauhinia forficata, Bauhinia variegata var. alboflava, Bauhinia variegata var. rubra, Bixa arborea, Bombacop-sis sp. (Paineira barriguda), Bombacopsis stenopetala, Bouganvil-lea sp. (Buganvile maravilha), Bowdichia virgilioides, Caesalpinia echinata, Caesalpinia ferrea, Cariniana legalis, Caryocar edule, Cassia ferruginea, Cedrela odorata, Centrolobium tomentosum, Chorisia glaziouii, Clarisia racemosa, Clusia spiritusanctensis, Coccoloba alnifolia, Copaifera langsdorffii, Cordia trichotoma, Dalbergia nigra, Deguelia longeracemosa, Dimorphandra jorgei, Diospyros sp. (Abricó da mata), Eriotheca macrophylla, Erythrina velutina, Eugenia involucrata, Eugenia sp1 (Praianinha), Eugenia sp2 (Araçá de balaio), Eugenia sp3 (Grumixama amarela), Eugenia sp4 (Grumixama preta), Eugenia sp5 (Jamelão da praia), Eugenia sp6 (Pitanguinha), Eugenia uniflora, Ficus clusiifolia, Gallesia in-tegrifolia, Galphimia glauca, Goniorrhachis marginata, Guazuma crinita, Guettarda viburnoides, Inga laurina, Ixora coccinea, Joan-nesia princeps, Kielmeyera membranacea, Lecythis, pisonis, Lica-nia tomentosa, Lonchocarpus cultratus, Manihot sp. (Bálsamo de horta), Manilkara bella, Melanoxylon brauna, Miconia hypoleu-ca, Miconia sp. (Cabeludinha), Mimusops sp. (Abricó), Myrcia multiflora, Myrciaria jaboticaba, Myrciaria sp. (Araçá vermelho), Nectandra oppositifolia, Ocotea spectabilis, Ormosia arborea, Ormosia nitida, Paratecoma peroba, Parkia pendula, Peltopho-rium dubium, Phyllocarpus riedelii, Plinia strigipes, Poecilanthe falcata, Posoqueria latifolia, Pseudobombax grandiflorum, Psid-

ium aff. macrospermum, Psidium cattleianum, Psid-ium guajava, Psidium sp1 (Araçauna), Psidium sp2. (Goiaba do ipiranga), Pterocarpus rohrii, Pterygota brasiliensis, Rheedia brasiliensis, Rheedia gardneri-

ana, Sapindus saponaria, Schinus terebinthifolius, Chamaecrista ensiformis, Senna multiju-ga, Sophora tomentosa, Sparattosperma leucanthum, Spondias sp. (Cajazão), Spondias venulosa, Sterculia elata, Sy-

agrus romanzoffiana, Syagrus sp. (Côco da pedra), Tabebuia arianeae, Tabebuia chrysotri-

cha, Tabebuia cristata, Tabebuia heptaphylla, Tabebuia riodocensis, Tabebuia roseo-alba, Tabebuia serratifolia, Tapirira guianensis, Terminalia cf. kuhlmann, Thrinax excelsa, Tibouchina stenocarpa, Zeyhera tuberculosa, Zizyphus platyphylla.

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Mudas das seguintes espé-

cies nativas foram introduzidas nestes trabalhos de replantio, nos últi-

mos dois anos:

Espécies nativas, fase nov. 1997, com aprox. 1.000 mudas:

Allophylus puberulus, Bauhinia forficata, Capparis flex-uosa, Cecropia glazioui, Ceiba erianthos, Chorisia sp.,

Cupania paniculata, Cupania sp., Eugenia uniflora, Ficus clusiifolia, Ficus enormis, Ficus tomentella, Guarea guido-nia, Inga sp., Inga laurina, Jacaranda jasminoides, Luehea

divaricata, Moldenhawera cf floribunda, Ocotea sp., Peschiera fuchsiaefolia, Pseudobombax grandiflo-

rum, Pterocarpus rohrii, Rapanea sp., Schinus terebinthifolius, Senna macranthera,

Senna pendula, Tibouchina sp., Xylopia sp.

Algumas espécies de-senvolveram-se muito bem

na área. Entre elas podem ser citadas as seguintes:

Cecropia sp., Cedrela odorata, Ceiba erianthos, Chorisia sp., Deguelia longeracemosa, Erythrina sp., Ficus clusiifolia, Ficus glabra, Gallesia integri-folia, Johannesia princeps, Ormosia sp., Peltoph-orum dubium, Pterocarpus rohrii, Schinus

terebinthifolius, Schizolobium parahyba, Senna macranthera, Tabebuia sp., Zey-

hera tuberculosa etc.

Page 21: Revista Canto

Espécies nativas, fase jun-ho 1998, com

aproximadamente 860 mudas:Acrocomia aculeata, Annona sp., Caesalpinia echinata,

Caesalpinia pluviosa, Cedrela sp., Clusia hilariana, Clusia sp., Cordia sp., Cordia trichotoma, Cupania sp., Cybistax antisyphilitica,

Erythrina verna, Erythroxylon pulchrum, Eugenia uniflora, Ficus arpa-zusa, Ficus clusiifolia, Ficus enormis, Ficus luschnathiana, Ficus maxima,

Ficus tomentella, Genipa americana, Hymenaea courbaril, Lafoensia glyptocarpa, Lecythis pisonis, Luehea sp., Miconia sp., Peltophorum du-bium, Sapindus saponaria., Schinus terebinthifolius, Sophora tomentosa, Swartzia sp., Syagrus romanzoffiana, Tabebuia chrysotricha, Tibouchina

granulosa, Tibouchina sp., Xylopia sp., Zeyera tuberculosa.

Espécies nativas plantadas em diversas ocasiões, com aproximadamente 300 mudas:

Chorisia sp., Clusia fluminensis, Cordia trichotoma, Eugenia copacabanensis, Ficus glabra, Ficus pertusa, Inga sp.,

Lecythis pisonis, Piptadenia gonoacantha, Chloro-leucon tortum, Pterocarpus rohrii, Samanea

tubulosa, Schizolobium parahyba, Tapirira guianensis.

Canto | pág. 20

O Programa de reflorestamento, ainda em desenvolvimento já foi constatada a reocupação de aves na área do Parque. Em pesquisa feita pela UFRJ, foram encontradas 80 espécies diferentes de aves na área do Catalão, mostrando que ela está em franca recuperação ecológica.

Espécies nativas, fase jun-ho 1998, com

aproximadamente 860 mudas:Acrocomia aculeata, Annona sp., Caesalpinia echinata,

Caesalpinia pluviosa, Cedrela sp., Clusia hilariana, Clusia sp., Cordia sp., Cordia trichotoma, Cupania sp., Cybistax antisyphilitica,

Erythrina verna, Erythroxylon pulchrum, Eugenia uniflora, Ficus arpa-zusa, Ficus clusiifolia, Ficus enormis, Ficus luschnathiana, Ficus maxima,

Ficus tomentella, Genipa americana, Hymenaea courbaril, Lafoensia glyptocarpa, Lecythis pisonis, Luehea sp., Miconia sp., Peltophorum du-bium, Sapindus saponaria., Schinus terebinthifolius, Sophora tomentosa, Swartzia sp., Syagrus romanzoffiana, Tabebuia chrysotricha, Tibouchina

granulosa, Tibouchina sp., Xylopia sp., Zeyera tuberculosa.

Espécies nativas plantadas em diversas ocasiões, com aproximadamente 300 mudas:

Chorisia sp., Clusia fluminensis, Cordia trichotoma, Eugenia copacabanensis, Ficus glabra, Ficus pertusa, Inga sp.,

Lecythis pisonis, Piptadenia gonoacantha, Chloro-leucon tortum, Pterocarpus rohrii, Samanea

tubulosa, Schizolobium parahyba, Tapirira guianensis.

O Programa de reflorestamento, ainda em desenvolvimento já foi constatada a reocupação de aves na área do Parque. Em pesquisa feita pela UFRJ, foram encontradas 80 espécies diferentes de aves na área do Catalão, mostrando que ela está em franca recuperação ecológica.

Page 22: Revista Canto

Sapotizeiro

Sapotizeiro é uma árvore da família Sapotaceae que produz o sapoti ou sapota. É originário da América Cen-tral, desenvolvendo-se em regiões de clima subtropical da Ásia, América e Oceania. Na índia existem cerca de vinte variedades.

Mangifera indica

Mangifera indica é uma espécie de planta da família Anacardiaceae. Pode ser encontrada na forma nativa nas florestas do sul e sudeste da Ásia, tendo sido introduzida em várias regiões do Mundo.

Coco-de-espinho

A Acrocomia aculeata é uma palmeira nativa brasileira e uma das duas espécies que são popularmente conhecidas pelo nome de macaúba, macaíba, boicaiuva, macaúva, coco-de-catarro, coco-baboso e coco-de-espinho. A outra é a Acrocomia intumescens.

Coqueiro

O coqueiro, é um membro da família Arecaceae. É a única espécie classificada no gênero Cocos. É uma planta que pode crescer até 30 m de altura, com folhas pinadas de 4–6 m de comprimento, com pinas de 60–90 cm.

Sterculia foetida

O Chichá-fedorento (Sterculia foetida), oliva-de-java ou castanha-da-Índia é uma árvore que chega a medir até 20 metros, da família das esterculiáceas, nativa de regiões tropicais da Índia e Malásia e introduzida no Brasil como planta ornamental.

Algumas espécies

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Mangue-branco

O mangue-branco é uma árvore pioneira nativa e típica do manguezal brasileiro, encontrada no interior do mangue e na transição para a floresta de restinga.

Aroeira-vermelha

Aroeira-vermelha, aroeira-piment-eira ou poivre-rose são nomes popu-lares da espécie Schinus terebinthi-folius, árvore nativa da América do Sul da família das Anacardiaceae.

Sisal

O sisal, família Agavaceae é uma planta utilizada para fins comerciais. O A. sisalana é cultivado em regiões semiáridas.

Artocarpus incisa

A árvore-do-pão ou fruta-pão é uma árvore frutífera, aparentada com a jaca. Planta originária da Indoma-lásia ou da Malásia; seu fruto é base alimentar para povos ilhéus da Polinésia.

Artocarpus heterophyllus

Artocarpus heterophyllus, vulgar-mente conhecida como jaqueira, é uma árvore tropical cujo fruto é conhecido como jaca.

Delonix regia

A Delonix regia, também conhe-cida por flor-do-paraíso, pau-rosa, flamboyant, flamboiaiã, flamboaiã e acácia-rubra, é uma árvore da famí-lia das leguminosas. É nativa da ilha de Madagáscar e da África tropical.

Caesalpinia bonduc

Caesalpinia bonduc é uma espécie de planta pertencente à família Fabaceae com uma distribuição pantropical.

Canto | pág. 22

Mangue-branco

O mangue-branco é uma árvore pioneira nativa e típica do manguezal brasileiro, encontrada no interior do mangue e na transição para a floresta de restinga.

Aroeira-vermelha

Aroeira-vermelha, aroeira-piment-eira ou poivre-rose são nomes popu-lares da espécie Schinus terebinthi-folius, árvore nativa da América do Sul da família das Anacardiaceae.

Sisal

O sisal, família Agavaceae é uma planta utilizada para fins comerciais. O A. sisalana é cultivado em regiões semiáridas.

Artocarpus incisa

A árvore-do-pão ou fruta-pão é uma árvore frutífera, aparentada com a jaca. Planta originária da Indoma-lásia ou da Malásia; seu fruto é base alimentar para povos ilhéus da Polinésia.

Artocarpus heterophyllus

Artocarpus heterophyllus, vulgar-mente conhecida como jaqueira, é uma árvore tropical cujo fruto é conhecido como jaca.

Delonix regia

A Delonix regia, também conhe-cida por flor-do-paraíso, pau-rosa, flamboyant, flamboiaiã, flamboaiã e acácia-rubra, é uma árvore da famí-lia das leguminosas. É nativa da ilha de Madagáscar e da África tropical.

Caesalpinia bonduc

Caesalpinia bonduc é uma espécie de planta pertencente à família Fabaceae com uma distribuição pantropical.

Canto | pág. 22

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