revista bicho news

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Empreendimento nas montanhas capixabas oferece lazer e segurança para você e seu bichinho Férias no hotel com seu pet A revista de quem ama bichos! Ano IV - Edição Nº 12 - Junho/Julho de 2012 - ES - Brasil R$ 6,90 Animais de estimação também sofrem com as doenças de inverno As aves: como aquecê-las no inverno? O direito dos donos de animais num condomínio e os limites da convenção

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Bicho News - Edição Nº 12, A revista de pets do Espírito Santo.

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Page 1: Revista Bicho News

Empreendimento nas montanhas capixabas oferece lazer e segurança

para você e seu bichinho

Férias no hotel com

seu pet

A revista de quem ama bichos!

Ano IV - Edição N

º 12 - Junho/Julho de 2012 - ES - BrasilR$ 6,90

Animais de estimação também sofrem com as doençasde inverno

As aves: como aquecê-las no inverno?

O direito dos donos de animais num condomínio e os limites da convenção

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Page 3: Revista Bicho News

FACEBOOK Bichonews BimestralTWITTER @bicho_newsORKUT Revista Bichonews

JORNALISTA Andréia Soares Ramos MTB 2992/[email protected] DE TEXTO Profª Gisléne Ramos LimaIMPRESSÃO Gráfica JEP (27) 3198-1900TIRAGEM5.000 exemplares

DIRETOR GERAL E COMERCIAL Edgard Ramos Lima (27) 9985-4002DIRETORA DE JORNALISMOAline Cesconetto LimaPRODUÇÃO EXECUTIVA LK Comunicação & Marketing (27) 3026-2236DIAGRAMAÇÃO Miquéias da Vitória

ExpEdiEntE

SUMÁRiO

Animais de estimação também sofrem com as doenças de inverno

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As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente, a opinião deste veículo. Proibida a reprodução parcial ou total deste veículo.

[email protected]

Redes Sociais

Assine a Bicho news

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E-mail Geral: [email protected]

dR. RESpOndEpiometra. O que é? Como tratar?

Comissão aprova novas penas para quem maltratar animais

EU E MEU pEt

dicas de viagem com seu pet

Filhotes também trocam dentes

CApAFérias no hotel com seu pet

AdEStRAMEntO GEntiLComo faço para meu cão parar de destruir meus sapatos?

Hamster ou peixe? Qual animal de estimação escolher?

Salão para cachorro, pioneiro no estado, completa 22 anos

O direito dos donos de animais num condomínio e os limites da convenção

Animais sofrem com a ausência dos donos

OnG AUmiguinhos Carentes de São Mateus

AdOtE UM AMiGO

COntOSUma situação indigesta

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Edito

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OS LiMitES dO pRECOnCEitOAté onde o preconceito huma-

no pode chegar? Talvez em lugares que nem mesmo imaginamos. Um caso que está chamando a atenção da mídia mundial é a história do cão Lennox. Esse cão que vivia com seus tutores na Irlanda do Norte, na cida-de de Belfast, por ser de uma raça apontada como “ameaçadora”, foi condenado a eutanásia. Ele está so-frendo no corredor da morte há dois anos, pasmem, por um crime que não cometeu, simplesmente pelo fato de ter nascido. Mesmo nunca tendo apresentado comportamen-to agressivo, ele recebeu essa con-denação pelo fato de ser conside-rado um “perigo público”. O pedido de reconsideração da pena aplicada, feito pela tutora, foi rejeitado pelos. É triste ver uma situação como esta porque se olharmos ao nosso redor, aqui no Brasil, vemos animais sendo maltratados, sofrendo horrores, que até acho que eles mesmos preferi-riam uma condenação à eutanásia a viver nas condições que vivem. Pessoas desalmadas provocam a dor nesses indefesos bichos pelo simples fato de sentirem prazer em ver a agonia deles e não recebem nenhuma condenação por esses inescrupulosos atos. Pessoas matam crianças, famílias inteiras, esquarte-jam e não derramam uma só lágri-ma, por isso não são condenadas. As leis precisam ser mudadas, precisam ser mais severas com essas pessoas.

No caso do Lennox, a injustiça é tão descabida que a própria mulher que o acusou de ser um cão ameaçador, na frente do juiz, tem fotos e vídeos dela sendo lambida carinhosamen-te no rosto pelo “acusado”. Será que essa pessoa não se sensibiliza com isso? Ele está há dois anos em iso-lamento quase que total e com isso o seu comportamento pode mudar, caso ele consiga se livrar da pena de morte. Uma pessoa ligada a Cesar Millian, apresentador do programa O Encantador de Cães, informou o seguinte ao jornal irlandês Northern Ireland Daily Mirror: “César reabilita cães e treina pessoas, e Lennox é o caso típico de cachorro que ele trata. Ele é grande, potencialmente perigoso devido ao seu tamanho, e está sobre um estresse muito gran-de por dois anos. Seus tutores dizem que Lennox nunca teve nenhum tipo de problema antes de ser leva-do pelas autoridades locais. Porém Lennox está em isolamento quase constante por mais de dois anos, e precisará ser reabilitado. O time de Cesar está considerando todos os tipos de ideias, e uma delas é de o apresentador reabilitar Lennox. É uma questão de resolver o que po-derá ser feito, e se as autoridades lhe dariam uma chance.” Enquanto isso, a reputação dos tratadores de Len-nox está manchada, devido às fotos e vídeos que mostram o cão com um comportamento dócil e totalmente

diferente do que foi acusado perante um juiz. Existe uma petição na inter-net onde mais de 150.000 pessoas já assinaram pela libertação de Lennox. É isso. Assunto um pouco pesado, mas que quero que leve você, leitor da BichoNews e amante dos animais à reflexão. O que fazer para mudar? Pense no que o Lennox está passan-do durante esses dois anos, trancafia-do, esperando a morte e sem saber por quê. Será que suas atitudes estão penalizando um animal ou alguém injustamente? Mude o mundo pra melhor!

Boa leitura!

Edgard R. LimaDiretor Geral da Bicho News

Link para assinar a petição:http://www.petitiononline.com/sl190510/petition.html

Cão Lennox condenado a morte

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Dr.

Resp

onde

piOMEtRA dR. RESpOndEA Piometra é uma das enfermida-

des mais comuns que acometem o trato reprodutivo das cadelas e gatas, e está presente na minha rotina do hospital onde recebo fêmeas doen-tes, que apresentam sinais típicos de piometra. Devo decidir com rapidez sobre a melhor forma de tratamento, pois as vidas dos pacientes estão em risco.

O complexo-piometra é um dis-túrbio comum e potencialmente fatal, acometendo cadelas e gatas de meia-idade e não castradas, ge-ralmente no período após o cio, também chamado de diestro, no qual o útero está sofrendo ação da progesterona que leva à estimula-ção das glândulas endometriais e a uma hiperplasia endometrial cística, com acúmulo de líquido no interior do útero e glândulas endometriais. Esta estimulação das glândulas e a hiperplasia, associadas à diminuição da contratilidade do miométrio cau-sada pela ação hormonal, favorecem a invasão de bactérias e consequen-te infecção, que normalmente leva à complicação em vários órgãos.

Geralmente cadelas mais velhas têm maior incidência da doença, que geralmente acomete animais com mais de nove anos, podendo, contudo, ocorrer em fêmeas jovens

e principalmente em cadelas que fazem o uso de hormônios para su-pressão do cio ou acasalamentos er-rôneos.

Os sinais clínicos estão diretamen-te relacionados com a gravidade do quadro. Os sintomas gerais incluem depressão, anorexia, vômitos, diarreia, polidipsia (aumento na ingestão de líquidos) e poliúria (aumento na pro-dução urinária). Variados graus de de-sidratação e depressão são encontra-dos no exame clínico. Estes sintomas não específicos com um histórico de exposição à progesterona são suges-tivos de piometra. O corrimento vagi-nal purulento está presente em 75% das cadelas com Piometra, podendo conter sangue e ser intermitente ou constante, escasso ou copioso, isto é, em grande quantidade. A tempe-ratura retal geralmente está normal. Os animais com septicemia ou endo-toxemia podem estar hipotérmicos. Estes animais geralmente se apresen-tam em decúbito e em choque.

O tratamento consiste no contro-le do processo infeccioso e da hiper-plasia uterina. Normalmente indico a ovariohisterectomia, que é a retirada do útero e do ovário, contudo para animal de proprietários relu-tantes em realizarem

cirurgias, podem ser instituídos trata-mentos com medicamentos que con-trolam o processo momentaneamen-te, mas não impedem que o problema retorne mais tarde.

Como se vê, a piometra é uma do-ença extremamente grave e nenhu-ma cadela inteira está livre desta pa-tologia; por isso, é fundamental que o proprietário, suspeitando qualquer alteração, leve imediatamente seu animal a um veterinário para que ele possa examinar e diagnosticar, se for o caso, o mais rápido possível a pato-logia, pois, em casos avançados, mes-mo com a intervenção do veterinário, o animal poderá vir a óbito.

Mande você também sua pergunta para a Coluna dR. RESpOndE?

[email protected]

Dr. Silvio A. R. Oliveira Médico Veterinário - CRMV ES 392

Resp. Técnico da CLIMEV Hospital Veterinário e CLIMEV Clínicas Veterinárias

[email protected]

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AniMAiS dE EStiMAçãO tAMBéM SOFREM COM AS dOEnçAS dE invERnO

Este início de inverno tem sido bem rigoroso para nós. Imagine para os nossos animais de estimação! A maioria dos nossos amiguinhos dor-me fora de casa, e nem todos ficam em lugares quentinhos, protegidos do frio e da chuva.

Muitas pessoas acham que os ani-mais não sentem frio, que por causa do pelo podem tomar chuva e não ficam doentes. Estão completamente enganados. Nesta época do ano nós, veterinários, atendemos a muitos animais apresentando sinais clínicos de gripe. A maioria dos proprietários relata que os seus bichinhos dormem fora de casa, e muitas vezes não têm proteção adequada contra a chuva. Resultando muitas vezes em gripe e até doença mais grave como a pneu-monia.

A gripe mais comum nos cães é a traqueobronquite infecciosa canina, também conhecida como “tosse dos canis”. Esta é uma infecção respira-tória aguda e altamente contagiosa principalmente em locais com abrigo e muitos animais juntos. Os agentes encontrados normalmente são o ví-rus da parainfluenza e a bactéria Bor-detellabronchiseptica, sendo esta o principal agente etiológico.

A transmissão desta doença acon-tece pelo ar (aerossol /tosse e espir-ros), como pelo contato direto, ou seja, secreção de animais contami-nados. Com o ar seco e temperaturas baixas, fica mais fácil a disseminação da doença.

Entre os sinais clínicos da doença, está a tosse que pode ser alta e fre-quentemente ocorre durante exercí-cio, excitação ou alterações na tem-peratura e umidade do ar respirado.

Esta tosse geralmente é acompa-nhada de engasgo ou movimentos de esforço de vômito que podem ser confundidos pelo proprietá-rio com sufocamento ou vômito. A tosse é facilmente disparada com palpação traqueal ou puxando-se a coleira. Observa-se ocasionalmente uma descarga ocular e nasal serosa suave (como se fosse uma coriza), normalmente o animal continua a alimentar-se, permanece ativo e não fica febril.

Existe uma forma mais severa da doença, que é menos comum geral-mente resulta de infecções mistas em cãezinhos não vacinados. A broncop-neumonia bacteriana complicante para ser determinante de severidade. Pode-se observar uma tosse produti-va, devido à traqueobronquite acres-cida de broncopneumonia, além de anorexia (o animalzinho para de co-mer), depressão, febre, descarga nasal e ocular (rinite e conjuntivite serosas ou mucopurulentas). Esta forma seve-ra pode levar à morte, caso não seja tratada adequadamente.

Como posso evitar essa doença? Primeiramente, para evitar a doen-

ça existem vacinas contra a traqueo-bronquite infecciosa canina. Então, deve-se procurar o veterinário do seu animalzinho e colocar em dia sua va-cinação.

Existem dois tipos de vacinação:

a injetável e a intranasal. Em seguida evitar aglomerações, manter seu ani-mal sempre aquecido, protegido da chuva ou do frio. Caso tenha algum animal com os sinais clínicos citados acima, deixe esse animalzinho isola-do até o final do tratamento da doen-ça e sempre higienizar os locais onde ficam os animais com desinfetantes como o Hipoclorito de sódio (água sanitária) ou clorexidine.

Se o seu animalzinho apresentar algum desses sinais clínicos, procure imediatamente o médico veterinário. Ele é o único que pode informar o tratamento adequado. Nada de fazer medicação por conta própria ok!

Rafaela Dal Piero Rodrigues da Cunha Médica Veterinária - CRMV-SP 27237Especialista em Clínica e Cirurgia de peque-nos animais pelo Instituto Qualittas de [email protected]

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dicas para aquecerseu cão e gato no frio

AvES, COMO AQUECê-LAS nO invERnO?

Apesar de terem um casaquinho natural, seu amigo precisa de uma agasalho extra nos dias mais frios do inverno.

CACHORRORoupinhas são indispensáveisCães magros, velhi-

nhos, de pelo curto ou que sentem dores nessa época mais fria do ano precisam usar roupinhas de inverno. Se o seu bicho arfar de calor, troque por uma roupa de tecido mais leve e verifique se a peça não está apertada. Outra opção é forrar a cama com um cobertor, colocá-la num local quente e seco e cobrir o cão à noite.

Brinque com ele!Cachorros sedentários são mais

friorentos do que os animais que se exercitam regularmente. Por isso, leve o seu bicho de estimação para passe-ar enquanto ainda há sol e faça-o dar

umas corridas atrás da bolinha.Evite choques térmicosApós o banho e o secador, deixe o

bicho em local aquecido por pelo me-nos 20 minutos. E jamais largue-o no carro sozinho por muito tempo: a lataria transforma o veículo numa geladeira!

Ofereça um pouco a mais de ração

No frio, o metabolismo dos animais precisa acelerar para manter a tempe-ratura do corpo. Por isso, é natural que seu bicho de estimação tenha mais apetite nessa época do ano. Resolva o problema oferecendo um pouquinho a mais de ração do que o habitual. Mas nada de exagerar, hein? Senão, assim que chegar a primavera, seu Totó terá de fazer uma dieta!  

GATOSeque o pelo Pelo molhado no frio

baixa a imunidade. Então, mantenha seu gato em casa o máxi-mo possível, especialmente nas noites chuvosas. Se o danadinho for rueiro, seque o pelo com uma toalha toda vez que ele aparecer pingando.

Deixe a cama quenteProvidencie uma casinha ou caixa

de papelão e deixe-a no quintal, de preferência em algum lugar coberto. Forre-a com panos quentes.

Bata no capô do carro antes de sairQuer lugar mais quentinho do que

um carro recém-desligado? Como os gatos adoram tirar uma soneca no capô, antes de dar a partida, dê ba-tidinhas na lataria para afugentar os bichanos. Também é bom pisar várias vezes no acelerador - lembre-se de fa-zer isso com o carro parado! O barulho certamente assustará os gatos e evita-rá que eles se machuquem (ou coisa pior) quando você ligar o motor.

Assim como os mamíferos, as aves também sentem as modificações da temperatura ambiental. No inverno as penas das aves funcionam como um isolante térmico, ou seja, elas mantêm a temperatura corporal do animal. Isso auxilia na manutenção do seu parâ-metro físico para que o animal não perca calor, porém alguns cuidados são necessários para evitar possíveis doenças provenientes do frio!

Algumas aves gostam de tomar ba-nho, além de ser uma prática saudável é também um bom exercício mental para o animal, porém durante o inver-no essa prática pode levar a uma que-da da temperatura corporal do animal, gerando problemas posteriores, por isso, banhos são indicados apenas em dias quentes.

Muitos proprietários deixam suas aves na varanda ou no quintal de casa,

é muito importante tomar cuidado com a localização das gaiolas, para que elas não sejam alvo de correntes de ar, vento e frio excessivo. Durante o inverno, procure um lugar mais quen-tinho para colocar as gaiolas, principal-mente durante a noite.

É fundamental que nas gaiolas te-nham ninhos para que os animais te-nham um ponto de fuga, um refúgio para situações ameaçadoras para eles. Uma “caixa-ninho” é uma ótima opção, pois além de proteger sua ave de pos-síveis “medos” ele também serve como um lugar quentinho para o animal fi-car durante o inverno.

Durante a noite, cubra a gaiola com toalha, lençol ou um pano que isole o ambiente, para deixar o animal mais confortável e protegido do frio.

Os filhotes são mais sensíveis, por isso, é indicado uso de uma fonte

de calor externa para eles, como por exemplo, lâmpadas. Deve-se tomar cuidado com a temperatura, para que esta não aqueça demais e nem queime o animal, lembrando sempre de respeitar o fotoperíodo, já que os animais precisam de um momento de ausência de luz (noite) para exercer seu comportamento normal. A pre-sença de luz 24h por dia vai prejudicar a fisiologia do seu bichinho, por isso, use-a com cautela.

Marina Drago MarchesiMédica Veterinária CRMV - ES 1543 - Mestranda em Ciência Animal na área de Manejo e Conservação de Animais Selvagens Universidade Vila Velha [email protected]

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COMiSSãO ApROvA nOvAS pEnAS pARA QUEM MALtRAtAR AniMAiS

Uma decisão inédita irá garan-tir mais segurança aos animais. No dia 25 de maio, a Comissão Especial de Juristas, encarregada de elabo-rar proposta para um novo Código Penal aprovou a criminalização do abandono de animais, além de tra-tamento mais severo para abusos e maus-tratos. Atualmente, quem abandona animais não é conside-rado criminoso, mas sim um con-traventor, e está sujeito a multa e, no máximo, prisão de até um ano em regime semi-aberto. Mas, com a nova proposta, o abandono poderá ser punido com prisão de um a qua-tro anos.

Abusos ou maus-tratos contra animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos se-rão punidos com a mesma pena. Entretanto, a pena pode ser amplia-da, dependendo da severidade dos resultados dos maus-tratos. No caso de lesão grave ou permanente no animal, o aumento será de um sexto a um terço do tempo de prisão. Se houver morte, o aumento será pela metade, o que poderá significar até seis anos de cadeia.

Pela nova lei, fica tipificado como crime abandonar em qualquer es-paço público ou privado, animal do-méstico, silvestre ou exótico, ou em rota migratória. Responde pelo crime quem tenha a propriedade, posse ou guarda do animal, se estendendo ainda a quem tenha sido atribuído a função de cuidar, vigiar ou que tenha a autoridade sobre ele.

Experiências dolorosas ou cruéis em animal vivo, ainda que para fins didáticos e científicos, na hipótese de existirem recursos alternativos continuam sendo restringidas, de

acordo com as regras atuais. Quem realizar a experiência desconsideran-do alternativa possível que preserve o animal da dor também poderá re-ceber a mesma pena de um a quatro anos para o caso de maus-tratos.

O tráfico de animais, seja impor-tar, exportar, vender, expor à venda e manter em depósito, trazer e guardar o animal sem autorização legal, rece-beu sugestão de pena básica de dois a seis anos de prisão. Hoje, esse tipo de crime é punido com prisão de seis meses a um ano, mais multa. A puni-ção será aplicada mesmo quando a prática for cometida sem intenção de lucro.

Mesmo com ressalvas feitas pelos integrantes da comissão, ao rigor das

punições sugeridas, mas prevaleceu a opinião da maioria, de que os crimes contra os animais exigem tratamento penal mais firme.

prescrição de penas Os prazos de prescrição das penas

também foram discutidos. Como não houve consenso entre os juristas, em votação foi decidida a manutenção do que já está previsto no Código Penal vigente. O relator Luiz Carlos afirmou durante a reunião que não é favorável ao texto atual. Apesar dis-so, defendeu a sua manutenção face à ausência de consenso sobre quais mudanças deveriam ser feitas. A co-missão foi criada pelo presidente do Senado, José Sarney, por sugestão do senador Pedro Taques (PDT-MT).

Fonte: Agência Senado

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Cont

os

EU E MEU pEt nA BiCHOnEWS

Rejane Paixao deixa um recado para sua linda Brisa: Brisa, você foi o melhor e mais valio-

so presente que DEUS poderia me dar. São Paulo - SP

Danielly Salla dando abraço carinhoso no seu Príncipe.

Vila Velha - ES

Nina adora o chamego da sua dona, June Schneider, principalmente

nesse friozinho. Vila Velha - ES

Ektor Almeida é veterinário e se faz de pirata com o papagaio no ombro

e um lacre de vinho no olho.Guarapari - ES

Ganhadorado sorteio de

vestido de coleira oferecido na edição

passada

Envie sua foto com seu animal de estimação para a coluna EU E MEU pEt na Revista.

[email protected]

Eu e

meu

pet

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Page 11: Revista Bicho News

diCAS dE viAGEM COM SEU pEt

As tão esperadas férias de julho estão chegando e você começa a programar uma viagem legal, que vai proporcionar momentos de des-canso, lazer e muita diversão. Então você levanta a cabeça e ali está seu pet olhando pra você, com aquela expressão de quem pergunta: “Para

Se a viagem será feita de carro, deixe o seu bichinho em jejum na noite anterior, dê bastante água e na hora de colocá-lo no veículo prenda-o no banco traseiro com um sistema adaptado aos cintos de segurança. Este produto pode ser en-contrado em lojas especializadas. Se o seu pet não está acostumado a viajar,

transporte

Alimentação

onde vamos nestas férias?” Afinal, dá ou não para viajar e curtir com o ani-malzinho de estimação? Ele também quer ir. Se você já decidiu que vai levar o amiguinho com você, fique atento a estas dicas preciosas para que tudo corra bem e vocês curtam as melhores férias de todas.

dê umas voltinhas de carro com ele, para que ele vá se adaptando.

Caso o transporte escolhido seja um ônibus, a companhia rodoviária deve ser consultada com antece-dência. Cães pequenos e os gatos, com peso até oito quilos, podem via-jar em uma caixa de transporte espe-cífica, desde que atendam a algumas condições, como a apresentação de comprovante de vacinação em dia, principalmente a antirrábica.

Para aqueles que farão a viagem de avião, as regras são mais extensas. Algumas companhias aéreas exigem que se faça a reserva com antecedên-cia e que o animal seja sedado. Filho-tes com menos de três meses só em-barcam com autorização expressa do veterinário. As taxas variam entre R$ 90,00 e R$ 100,00. Em algumas com-panhias o seu pet pode viajar na cabi-ne, desde que o peso do animal mais o container não ultrapassem os 5 kg.

É importante dar a comida para o animalzinho até duas horas antes da viagem. Durante o percurso apro-veite as paradas para dar apenas um pouquinho de água (só pra molhar a boca), apenas para refrescar se esti-ver fazendo calor. Em viagens longas, faça paradas a cada três horas

Para que o bichinho sofra o mí-nimo possível com a mudança de

rotina, introduza petiscos na alimen-tação diária. Não troque a ração, nem dê alimentos que ele não esteja acos-tumado a comer, assim, evitam-se problemas gastrointestinais. Não se esqueça dos cuidados com a saúde do seu amiguinho, levando-o ao ve-terinário para a realização de consul-tas e exames, bem como o receituário de medicamentos para probleminhas típicos da alteração da rotina, que po-dem afetar os animais de estimação.

Aqui estamos falando de cães e gatos, mas se o seu pet é outro bichi-nho, consulte o médico veterinário para obter orientações sobre a via-gem. O importante é nunca deixar seu animal sozinho em casa, mesmo que haja um bom estoque de comi-da e água. Afinal, os pets não querem apenas se alimentar e matar a sede, eles necessitam de atenção, carinho e contato com pessoas. Por isso pense bem antes de adquirir um animalzi-nho de estimação. Se você não está disposto a levá-lo para curtir outros ares com você, programe-se para que ele tenha uma boa hospedagem, e boas férias!

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Page 12: Revista Bicho News

Ter um filhote em casa é tudo de bom. Eles simplesmente chegam e mudam nossas vidas para melhor, sendo natural querermos retribuir este carinho e amor por nós cuidan-do deles da melhor forma. Quando o assunto é saúde, surgem muitas dú-vidas, afinal, queremos que eles man-tenham toda vivacidade e alegria por toda a vida.

Filhotes brincam bastante e gos-tam de explorar tudo cheirando e pegando com a boca. Eles adoram brincar de morder e quando se trata de nossa mão ou braço, nos damos conta que eles têm muitos dentinhos bem afiados. Mas afinal, quantos den-tes eles têm? São dentes de leite? Eles trocam os dentes? Quando? É perfei-tamente natural ter dúvida a respeito deste assunto. Então vamos entender melhor um pouquinho sobre a denti-ção deles e a importância de ficarmos atentos a esta fase da vida em que eles passam por muitas mudanças e de forma bem rápida.

Ao nascerem, os filhotes não têm dentes ainda. Em geral, por volta da terceira e quarta semana de vida, os dentinhos de leite começam a nas-cer. Cachorrinhos têm 28 dentes e

os gatinhos 26 dentes de leite. Estes dentes são pequenos, pontiagudos e têm coloração branco peroliza-da. Estes dentes irão ficar não muito tempo na boca, mas o encaixe per-feito entre eles desempenha um pa-pel importante no desenvolvimento harmônico dos ossos da mandíbula e maxila. Nesta fase, um ou mais den-tes podem estar fora de sua posição normal e machucarem a gengiva ou o céu da boca. Por isso é importan-te que o médico veterinário avalie a oclusão (encaixe dos dentes de leite) quando for fazer o exame do filhote antes da vacinação, podendo indicar um especialista em odontologia ve-terinária se notar alguma alteração. Estes dentes quando fora de posição, na maior parte das vezes devem ser extraídos precocemente, caso con-trário, podem interferir no crescimen-to da mandíbula ou maxila.

Outra alteração bastante comum é a fratura dos dentes de leite, devido ao hábito deles de morderem tudo que encontram pela frente. Atenção especial deve ser dada, pois ao fratu-rar um dente, o filhote sente dor, mas nem sempre conseguimos identificar que ele está sentindo dor. Além disso,

o dente quebrado é uma porta aberta a infecção. Então, o ideal é desenvol-ver o hábito de olhar frequentemente a boca dos filhotes e verificar se tudo está bem. A manipulação constante da boca fará com que ele acostume a deixar mexer na boca e mais tarde ele aceitará melhor a escovação dos dentes definitivos. Ao notar um den-te quebrado, deve-se imediatamente procurar um veterinário especiali-zado em odontologia para que este dente seja extraído não prejudicando assim o dente definitivo que está se formando logo abaixo do dente de leite. Outra estripulia é quando eles pegam fios elétricos para brincar podendo levar choques com graves consequências. Então “pais”, “criança” é assim mesmo, tem que direcionar as brincadeiras e remover do alcance “delas” tudo que ofereça risco. Uma sugestão é dar um brinquedinho de borracha ou até bichinho de pelúcia, tomando o cuidado de verificar cons-tantemente se eles não estão ras-gando e engolindo pedaços destes brinquedos que podem ser prejudi-ciais. Não forneça nesta fase ossinhos, objetos de plástico e outros objetos duros.

FiLHOtES

tAMBéM

tROCAM

OS dEntES?

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Page 13: Revista Bicho News

Boca de um filhote de cão de seis meses de idade com per-sistência do canino de leite superior. O dente permanente nasceu em posição errada não havendo espaço para o canino inferior. Além disso, por os dentes estarem muito próximos, há um maior acúmulo de placa bacteriana que leva a inflamação da gengiva e formação de tártaro.

Boca de um cãozinho de cinco meses onde pode-se notar que os incisivos inferiores já foram trocados. Os caninos de leite ainda estão no lugar e os caninos permanentes estão erupcionando fora de posição, mais para dentro da boca. Recomenda-se a extração imediata dos caninos de leite.

Herbert Lima CorrêaCRMV-SP 7158Especializado em odontologia veteriná[email protected]

A TROCA dOs denTes

Ao redor do 4º mês de vida estes afiados dentinhos começam a ser subs-tituídos pela dentição permanente que deverá permanecer por toda a vida.

Aproximadamente com 6 meses de idade todos os dentes já devem ter sido trocados, tanto nos cães como nos ga-tos, dando lugar a dentes maiores, me-nos pontiagudos e bem brancos. São 42 dentes definitivos ou permanentes nos cães e 30 nos gatos adultos.

O acompanhamento veterinário nesta fase é importante, pois é comum, principalmente nas raças de cães de pe-queno porte o dente de leite não cair e o dente permanente nascer torto pre-judicando o encaixe perfeito entre os dentes. Portanto, se você notar que o dente permanente começou a nascer e o dente de leite ainda não caiu, procure a ajuda de um médico veterinário espe-cializado em odontologia para a extra-ção imediata destes dentes.

Você talvez já pôde ter ouvido e até ter sido orientado a aguardar o filho-te completar um ano de vida pois os dentes de leite acabam caindo. Sim, é verdade, estes dentes caem sozinhos na maior parte das vezes, porém, o dente permanente não volta para o lugar, ficando na posição errada pre-judicando a sua saúde. Por isso que

a recomendação é extrair imediata-mente os dentes de leite que não caírem na época certa, pois dessa forma, mesmo que o dente perma-nente esteja fora de posição, ao ex-trair o dente de leite, é criado um es-paço para que o dente permanente vá para sua posição normal.

Portanto, vale a pena ficar atento aos dentes de seu filhote, pois problemas nesta fase poderão afetar a saúde dele por toda a vida.

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Page 14: Revista Bicho News

Você deve ter observado que fa-lamos sobre as férias, na página 11. Mas, lá, tratamos apenas sobre a via-gem, o traslado. Saber como trans-portar seu pet é muito importante. Mas, e ao chegar ao destino escolhi-do para o descanso, onde seu pet vai ficar? São poucos os hotéis que acei-tam animal de estimação.

O sistema de hospedagem de ani-mais domésticos, conhecido como pet-friendly, já é bastante encon-trado, principalmente em hotéis de luxo, hotéis-fazenda e pousadas das regiões Sudeste e Sul. Seja em cen-tros urbanos, próximos ao mar ou montanhas, os empreendimentos com pet-friendly são cada vez mais comuns. Rio de Janeiro e São Paulo são as capitais que mais oferecem o serviço, seguidas por Curitiba, Araca-jú e Goiânia

Mas, e no Espírito Santo, onde se hospedar com seu bichinho? A Bicho-News foi em busca dos lugares que permitem sua estadia na companhia do seu pet. Um dos poucos hotéis no estado, a oferecer o pet-friendly é o

Hotel Fazenda Parque do China. Quem ama bicho sabe bem o

que é deixá-lo sozinho durante pe-ríodos mais longos, e mesmo com o conforto oferecido pelos hotéis para animais, não é fácil viajar sem ele. A dona de casa, Eleonora Pamplona, já passou por isso. “Antes, quando eu viajava, tinha trabalho em dobro na hora de reservar hotel. Primeiro eu fazia a reserva no hotel para cães, de-pois fazia a minha. É muito doído via-jar e não poder levar seu animal, ele faz parte da família. A preocupação é muito grande”, conta Eleonora.

Há quase sete anos Eleonora leva animais de estimação para o Parque. Boneca, a cadela que acompanha Eleonora pelos passeios no hotel, tem 1 ano e 8 meses, pequeno por-te e é vira-lata, mas é chique, como diz Eleonora. Antes de pegar estrada a bolsa é preparada com tudo que é necessário, e até um pouco mais. Tem remédio, comida, cartão de vacina-ção, roupas, focinheira, produtos de beleza e até cobertores e brinquedo.

Valdeir Nunes, proprietário do

Parque do China, diz que o número de pessoas que se hospedam com animais vem crescendo a cada ano. “Aqui no hotel já temos patos e ou-tras aves. Estamos em uma região pri-vilegiada, cercados pelo verde, nada

FéRiAS nO HOtEL COM SEU pEt

Vânia com seu pet passeando no Parque do China.

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mais natural que aceitar bichinhos de estimação,” cita Valdeir. Ele explica que o procedimento para a hospeda-gem é simples. O hotel aceita animais de pequeno porte e só cobra taxa de clientes que vão se hospedar. Quem vai passar o dia no Parque e leva o seu pet não paga. Mas, fique atento, pois não é permitida entrada em restauran-tes, lanchonetes ou áreas da piscina,

bem como usar roupas de cama do hotel para aquecer o animal. Em com-pensação, atrações como o teleférico e o trenzinho podem ser curtidas com seu pet sem problemas. Se você tem mais de um bichinho, não se preocu-pe, pode levar todos, desde que se-jam de pequeno porte. Bom mesmo é saber que você e seu pet passarão as férias juntos. Aproveite!

Eleonora Pamplona e sua cadela Boneca no Parque do China Eleonora e Boneca passeando de teleférico no Parque.

Hotel Fazenda Parque do ChinaAs reservas podem ser feitas através do telefone.Local: BR 262, Km 72, Vitor Hugo,Domingos Martins, ES(Próximo a Pedra Azul)Telefones: (27) 3288-41413288 -4126 / 9983-6336Site: www.parquedochina.com.br

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AdEStRAMEntO GEntiLComo faço para meu cão parar de destruir meus sapatos?

porque meu cachorro se esfrega em animal morto?

Envie sua pergunta [email protected] participe!

Esse é um problema muito comum, principalmente com filhotes na fase de hiperatividade, esse ritmo acelerado só começa a reduzir ao final do primei-ro ano, mas na maioria dos casos só termina no final do segundo ano de vida. É comum as pessoas deixarem esse problema persistir achando que o cão vai parar sozinho, mas geralmente o dono precisar ficar escondendo os calçados para o resto da vida caso não corrija o problema. O ideal é fazer o tra-balho preventivo, deixando os objetos pessoais como sapato, por exemplo, junto com os brinquedos do cão na hora da brincadeira com o dono para mostrar que ele só pode pegar os brin-quedos.

Caso o cão já esteja destruindo, an-tes de tudo, é preciso saber que o

cão precisa de atividades físicas e mentais suficientes na rotina

diária. A necessidade mí-nima é de dois passeios

diários de 30 a 40 minutos, mesmo

morando em casa com quin-tal grande. Brin-

quedos com petisco dentro, ossinhos de couro (cuidado com a quantidade,

pois apesar dos fabricantes não infor-marem eles são muito calóricos), gar-rafa pet com grãos de ração e outros brinquedos fáceis de destruir também devem estar a disposição. Outra dica é oferecer sempre a comi-da dentro de algum brinque-do para o cão se distrair en-quanto se alimenta. Quanto às brincadeiras é necessário usar a criatividade, como brincar de cabo de guerra, jogar bolinha e esconder brinquedos ou petiscos.

A companhia humana não substi-tui a de outro cão, eles lambem a boca do outro, mordem e pulam no outro o tempo todo, além de gastar muita energia mutua e neste caso é extre-mamente eficiente para diminuir os ví-cios de comportamento gerados pela ociosidade.

Porém, na maioria das vezes tam-bém será necessário corrigir o com-portamento do animal, então ao invés de esconder os sapatos deve-se deixar ao alcance e corrigir sempre que ele pegar. A maneira mais fácil e pratica é pegar o máximo de pele da nuca do cão e chacoalhar bem firme. Mas se o cão já tiver destruído os sapatos an-teriormente é possível que continue

com o vício longe da sua presença. Para evitar isso é preciso despersonali-zar a correção. Uma forma é jogar algo no cão sem que ele perceba que foi você, usando uma bola de papel ou qualquer outra coisa leve e que não vá machucá-lo. Por último podemos ain-da fazer armadilhas, é só amarar uma linha fina no sapato com a outra ponta em uma latinha vazia (ou com água) de forma que caia sobre ele quando mexer no sapato. Seja qual fora a téc-nica, é preciso corrigir todas as vezes que ele pegar o objeto até que ele pare totalmente, porém o comportamento só pode ser corrigido no ato, pois do contrário ele não vai aprender e ainda ficará muito medroso e com dificulda-de no desenvolvimento psicológico.

Pelo mesmo motivo que nós hu-manos passamos perfume que nos agrada, ou seja, simplesmente por-que ele gostou muito do cheiro e se sentiu atraído por ele. Existem mui-tos mitos sobre esse comportamen-to como, por exemplo; esconder o cheiro da caça para outro animal não encontrar, esconder o próprio cheiro para se esconder de outro predador e ainda para chamar outro individuo da matilha para caçar. Mesmo que esse comportamento servisse para um

desses três itens, ele o faria por instin-to e não de forma planejada para o futuro próximo, pois o cão não possui essa capacidade, ele vive o presente e tudo que ele faz de forma conscien-te é para o que está acontecendo no momento e todo o resto é feito por instinto, por exemplo, enterrar um osso. Outro motivo que pode fazer o cão se esfregar no chão é se você pas-sar perfume nele, neste caso é para se livrar do “mal” cheiro.

Leonardo Tschaen 27 9949-1515

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HAMStER OU pEixE?Qual animal de estimação escolher?

Quando se pensa em animal de estimação os bichinhos que logo vêm à cabeça são o cão e o gato. Eles são peludinhos, fofos, carinhosos, brinca-lhões, e possuem mais uma série de outras qualidades que fazem desses animaizinhos as melhores compa-nhias. Mas, está crescendo o número de pessoas que optam por bichos menos comuns, uma ótima opção pra quem não tem muito tempo ou

espaço, ou mora em lugares onde não são permitidos cães ou gatos.

Tartaruga, lagarto, coelho, cobra, aranha, animais exóticos que atraem cada vez mais pessoas em busca de uma companhia especial. Nessa lista também estão o peixe e o hamster. Eles não são tão exóticos assim, mas chamam a atenção, principalmente pela independência, silêncio e lim-peza. Algumas pessoas podem dizer

que esses animais não atendem as expectativas do dono, por não pro-porcionarem contato direto, como acontece com um cachorrinho, por exemplo. Mas, se você já sabe de to-das essas particularidades e ainda as-sim que ter um pet mais “livre”, vamos ajudar você a se decidir na hora da compra do seu pet. Então, peixe ou hamster?

Membro da ordem dos mamíferos, eles são macios, ativos, curiosos e com grande variedade de tamanhos e cores. O trato com esse bichinho é fácil e de baixo custo. Os hamsters são extrema-mente limpos e geralmente sabem se cuidar sozinhos, portanto não é neces-sário dar banho, mas caso ele se suje, você pode usar uma toalha macia e úmi-da. Evite talco ou outras substâncias, pois podem causar alergia ou intoxicação.

HamsterA higiene do hamster é simples, o

mais importante é trocar a água com frequência. Limpar os potinhos de comi-da sempre que for reabastecer e a gaiola pelo menos uma vez a cada duas sema-nas. A alimentação é à base de ração pe-letizada, mas eles precisam sempre estar roendo, já que seus dentes crescem muito rápido. Por isso compre produtos que ele possa roer a qualquer hora.

peixetambém, condicionadores de água que eliminam impurezas, evitam doenças e aumentam o tempo de manutenção.

Agora vamos saber algumas dicas interessantes sobre o peixinho de esti-mação. Você sabia que muitos peixes reconhecem o dono quando chegam em frente ao aquário? Pois é. Eles ficam agitados, se abrem e dão piruetas. Esse é o contato entre o peixe e seu dono. Para assegurar que o seu pet viva bas-tante tempo, basta ter cuidados com manutenção e servir sempre alimentos de qualidade. As doenças com peixes ornamentais você mesmo pode resol-

ver com medicamentos oferecidos nas lojas de aquariofilia. Vale dizer que um peixe de estimação proporciona momentos de relaxamento em frente ao aquário. Além disso, um peixinho não precisa de exercícios, não suja a casa e é muito silencioso.

Não importa a sua escolha, im-portante mesmo é que você cuide bem do seu pet, mesmo sendo ele tão independente, limpo e silencioso. No lugar dos passeios pelo calçadão, empenhe-se em manter seu bichi-nho bem alimentado e com a saúde em dia. Boa sorte na escolha!

Em primeiro lugar é preciso deixar claro que, se você quer ter um peixe, é necessário comprar um aquário. Há

pessoas que insistem em manter peixi-nhos em qualquer

recipiente com água, sem qualquer cuidado com

a água, oxigênio e medi-cação. O aquário possui

um sistema especial de filtragem para que a água se man-tenha limpa por um bom tempo. Existem

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Em 1990, quando terminou a fa-culdade de Ciências Sociais, Janete Zucatelli tinha certeza de uma coisa, queria tocar o próprio negócio. Já ti-nha trabalhado nas áreas de saúde e decoração, mas a paixão por pets fez nascer a primeira loja especializada em banho e tosa do Espírito Santo, a Pet Dog.

Depois de vários cursos em São Paulo, a empresária passou a atender sozinha, todos os bichinhos que pre-cisavam de cuidados com a beleza. Pouco tempo depois a equipe foi au-mentando. Hoje são 10 profissionais distribuídos nos diversos setores da loja, desde a recepção até o banho e a tosa, passando, também pelo aten-dimento veterinário.

Janete conta que o primeiro aten-dimento marcou a história da Pet Dog, já que ela teve como cliente nada menos que um Sheepdog, cão de médio a grande porte e de pelo longo. Passada a experiência, a em-presária diz que sua equipe está pre-parada para atender cerca de mil cãe-zinhos por mês, só para banho e tosa. “Meus colaboradores estão comigo há muitos anos. Eles entenderam a proposta da Pet Dog e por isso o

serviço funciona, resultando na fide-lização de clientes, como alguns que vêm à loja assiduamente, toda sema-na, desde o início”, comenta Janete.

Mesmo com o crescimento do mercado de salões para cachorro, Ja-nete afirma que só tem alegrias com a Pet Dog e que faria tudo de novo. Mas, a loja tem outros atrativos. É o caso do Sauí, gato cinza de olhos amarelos, que passeia tranquilamen-te pelos corredores do salão, sem se

importar com o assédio. A Pet Dog oferece, ainda, o servi-

ço de táxi dog para aqueles clientes que estão sem tempo de levar o cão-zinho para o banho ou consulta. A loja funciona, também aos sábados, inclusive com os serviços de tosa e táxi. Então, se você, leitor, procura um salão de beleza especial para o seu cãozinho, seu lugar é na Pet Dog, afinal, são 22 anos de qualidade com amor.

Janete Zucatelli e seu gato Sauí

SALãO pARA CACHORRO, piOnEiRO nO EStAdO, COMpLEtA 22 AnOS

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O diREitO dOS dOnOS dEAniMAiS nUM COndOMÍniO E OS LiMitES dA COnvEnçãO

A criação de animais em condomí-nios, que tem crescido dia a dia, é um assunto polêmico e foco de grandes conflitos nos edifícios. Um dos fato-res que influencia esse aumento é o número de pessoas solteiras ou sepa-radas, que optam em morar sozinhas

O proprietário tem plena liberdade de utilizar o espaço inter-no do seu apartamento da maneira que bem lhe convier, conforme es-tipula o art. 1.228 do Código Civil (CC): “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou

Entretanto, há limites quanto ao uso das áreas e bens co-muns, como os corredores, áreas de lazer, elevadores, escadas, portarias e jardins pertencentes a todos, sen-do impossível alguém utilizar essas áreas de forma exclusiva ou de for-ma a gerar transtornos aos demais usuários.

O artigo 1.277 do CC, conjuga-do com outros dispositivos legais, pode ser invocado contra animais que realmente tragam riscos à segurança, sossego ou à saúde. Portanto, a lei possibilita que até mesmo um condomínio, um pro-prietário ou inquilino postule ação

e, muitas vezes, “adota” um animal de estimação como companhia.

Geralmente, as convenções con-têm cláusulas proibindo a presença de animais nos apartamentos, espe-cialmente quando se trata de cães de maior porte ou barulhentos, como o

detenha”. A incompreensão de pes-soas que não entendem a impor-tância desses animais atualmente na vida dos seres humanos, traz confli-tos e angústias para aqueles que já se acostumaram com a companhia de seu “bicho de estimação”.

Para se ter uma ideia da impor-tância dos animais para as pessoas,

contra o dono de uma casa situada a dezenas de metros de distância, para impedir que este faça mau uso da propriedade, impedindo-o de causar incômodos sonoros ou ambientais.

Caso o vizinho infrator não cumpra a determinação legal, o juiz poderá estipular uma pesada multa diária, exigível até que o in-frator cumpra a ordem judicial. Sen-do assim, num condomínio, o CC prevê punição para quem utiliza a propriedade de maneira irregular: art. 1.336- “São deveres do condô-mino: (...) IV – dar às suas partes a mesma destinação que tem a

papagaio e araras. Contudo, a maio-ria dos Tribunais já se manifestou no sentido de que, inexistindo provas de que o animal provoque transtornos à segurança e ao sossego dos morado-res, não há porque exigir sua expul-são do Condomínio.

em outubro de 2004, em uma Con-ferência Internacional organiza-da em Glasgow, na Grã-Bretanha, pesquisadores demonstraram que aqueles que têm um animal de es-timação gozam de melhor saúde e, consequentemente, vão menos ao médico do que as que vivem sozi-nhas.

edificação, e não utilizar maneira prejudicial ao sossego, salubrida-de e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes. (...) § 2º O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabele-cidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no ato constitutivo ou na convenção...”.

Portanto, uma Convenção pode até proibir permanência dos ani-mais nas áreas comuns, mas remo-vê-los dos apartamentos ou aplicar multas, somente quando o animal ferir o “Direito de Vizinhança”, em prejuízo à higiene, saúde, sossego e segurança dos moradores.

Lei favorece donos de animais e evita abusos

Limites de uso

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Não existe nenhuma lei que proíba ou puna os moradores que desejam manter animais em suas unidades. Entretanto, antigamente a maioria das Convenções e Regimen-tos Internos proibia a permanência de animais, por mero preconceito, que atualmente, não tem mais lugar. Por isso, o Poder Judiciário tem in-terpretado a norma da Convenção que proíbe animais da maneira mais flexível e tolerante. Somente quando há provas robustas de que o comportamento do animal realmen-te fere o direito de vizinhança, o Juiz, de forma sábia e criteriosa determina

Outra situação estranha consiste no condomínio aproveitar a rerratificação da convenção, que deve ser atualizada diante das inova-ções do CC que entrou em vigor em 2003, para restringir o direito já con-sagrado de alguns proprietários que possuem animais no apartamento há anos.

O simples fato de inserir na con-venção que será proibido possuir um cão ou gato ou determinar que cada apartamento poderá ter apenas um

A situação não poderá ser analisada de forma generalizada. Caso um edifício possua 30 aparta-mentos e 08 tenham animais, e se por acaso somente um animal cau-sar transtornos, o proprietário deste não poderá alegar perseguição, se administração promover uma ação para retirada do animal. Ao propor a ação somente contra do proprie-tário do animal problemático não poderá este invocar o principio da

a sua retirada, pois não se deixa levar por meras alegações ou até mesmo por motivos inconfessáveis, como por exemplo, a perseguição do sín-dico contra um vizinho que um dia votou contra a sua eleição.

O simples fato de a convenção proibir ou limitar o número e a per-manência de animais num edifício, não autoriza o síndico impedir que um inquilino ou novo proprietário mude com seu cão para o aparta-mento, pois essa imposição prévia não tem respaldo legal, já que a convenção consiste num contrato hierarquicamente inferior ao Código

animal, não retira o direito já adquiri-do ou consagrado dos proprietários que tenham animais em desacordo com a nova regra. A convenção ou a sua rerratificação é aprovada por 2/3 dos condôminos, sendo obriga-tória seu cumprimento pela coleti-vidade, até por quem votou contra. Entretanto, se determinada cláusula fere o direito adquirido ou o direito de propriedade, ela não terá eficácia, podendo ser anulada com uma Ação Declaratória, pois o Direito no Brasil

isonomia e alegar que a ação deveria abranger todos os proprietários que tem animais, pois o que visa a ação é restabelecer a harmonia e sossego no Condomínio que será alcançada somente após a retirada do animal.

Logicamente, que ninguém defen-de uma postura antissocial, de um pro-prietário de animal que age de maneira a colocar em risco a saúde das pessoas, ao levar seu cão para a calçada e não recolher os seus dejetos, criando uma

Civil (CC), art. 1.228. A convenção, apesar de ter força normativa, e não pode ferir direitos e dispositivos su-periores, uma vez que a Constituição e o Código Civil consagram o direito de propriedade e a liberdade do mo-rador ter seu animal de estimação. Somente, após o animal perturbar ou ameaçar a segurança dos vizinhos, de maneira comprovada, poderá ser imposta a restrição. Logicamente, é impossível apurar essa situação antes que ocorra a ocupação e permanên-cia do animal no condomínio, que não pode ser julgado culpado pre-viamente.

tem como regra que nenhuma nor-ma ou lei nova retroage. A exceção existe apenas no Direito Penal, onde a lei retroage se a norma beneficiar o réu ou no Direito Processual que a nova tem aplicação imediata nos atos ainda a serem praticados no processo.

A Lei visa proteger o sossego e a saúde, sendo que a convenção não pode sobrepor ao interesse individu-al de ter um “animalzinho” quando não há prejuízo comprovado.

situação vergonhosa para nossa cida-de, especialmente, na zona sul, já que a cada passo podemos pisar numa “sur-presa”. Há ainda aqueles que deixam seu cão danificar os jardins e plan-tas por onde passa, sendo que seria viável multar quem tem esse com-portamento. Mas por causa dessas exceções não podemos penalizar a grande maioria dos proprietários de animais que tem educação e respeito com o próximo.

Convenção bem elaborada reduz polêmica

Lei não retroage

Generalizar é um equivoco

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Para entender melhor a limi-tação da convenção e da abusivi-dade de um síndico, por exemplo, impedir uma família de mudar para o prédio com seu animal, imaginemos a seguinte situação: Suponhamos que exista na cláu-sula da convenção do condomínio de apartamentos ou de casas, de-nominado condomínio fechado, que estabeleça: “É permitido o proprietário, inquilino ou mora-dores possuírem e manterem em sua moradia qualquer animal, de qualquer porte ou espécie”.

Diante disso, um proprietário compra três Pit Bulls que, ao ve-rem uma pessoa, avançam e ge-ram grande temor, já que o dono adora assustar os vizinhos, pois se sente poderoso, e por isso, passeia com os mesmos sem coleira e nem focinheira. Logicamente, essa situ-ação afronta o direito das pessoas terem sossego e segurança, ten-do em vista o risco à saúde, dian-te da probabilidade de sofrer um ataque do animal que pertence a uma pessoa desequilibrada. A ex-periência comprova “que o cão é

o retrato do dono”. Esse cenário, impróprio à convi-

vência harmoniosa, autoriza a ad-ministração, o síndico ou qualquer vizinho, a postular um processo judicial para retirar esses animais, pois a convenção não tem o poder de permitir o desrespeito ao direi-to de vizinhança, sendo que neste caso prevalecerá o inciso IV do art. 1.336 do CC. O que a lei protege é o direito de moradia saudável e sem riscos. Justamente por isso a norma que proíbe o animal num condomínio só tem justificativa para ser imposta, caso ocorra a efetiva afronta ao inciso IV do art. 1.336 do CC, consistindo um abu-so e excesso de mandato o síndi-co assumir a posição de xerife, ou seja, prejulgar que o animal do novo morador é problemático.

O bom senso deve imperar, pois o que não se admite é que o proprietário adestre, para ser violento, um cachorro de grande porte como um “Pit Bull” ou “Rot-tweiler” e queira que seus vizinhos os vejam como “maravilhosos ou isentos de risco”. Afinal, não é justo

o vizinho ter que ficar em pânico toda vez que trafegar no elevador ou corredores com cães potencial-mente agressivos.

Da mesma forma é condenável que o animal seja deixado sozi-nho o dia todo, sem espaço para seu desenvolvimento, o que pode evidenciar maus tratos ao animal. A declaração dos direitos dos ani-mais reza no art. 3º que “todo ani-mal tem direito aos cuidados, a proteção e a atenção do homem”. Determina ainda que “os direitos dos animais serão definidos por lei, como os dos Direitos do Ho-mem”. Apesar de não possuir ne-nhum animal de estimação, nada mais justo em relação a esses seres, que a própria psicologia já demonstrou que são úteis no tratamento de conflitos humanos e na reconquista do equilíbrio de muitas pessoas.

Desta forma, a tolerância e o bom senso são os parâmetros para dirimir conflitos existentes entre moradores devido aos animais de estimação, mantendo-se, assim, um convívio harmonioso.

Lei tem que ser interpretada com bom senso – síndico não é xerife

Kênio de Souza PereiraPresidente da Comissão de Direito Imobiliário da [email protected]

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O que temos visto no dia a dia da Clínica Veterinária é que tem aumentado consideravelmente os problemas com-portamentais principalmente em cães, e vemos que eles sofrem com a ausência e/ou abandono dos donos. A saudade não é um sentimento exclusivo dos humanos, os animais também sofrem com ela. Os bichos, em especial os cães sofrem com a ausência do dono e até de outro animal com o qual estavam acostumados a con-viver. O filme “Sempre ao seu lado” conta a história de Hachiko, um cão da raça akita que acompanhava seu dono de casa para a estação, de manhã, e da estação para casa, no fim da tarde, continuou a esperá--lo no lugar de costume, depois da morte dele, durante dez anos e por isso ganhou uma estátua na estação de trem de Shi-buya, no Japão, por sua lealdade e seu amor. Casos como esse levantam a ques-tão de que os animais sofrem e sentem saudade dos seus donos, o sofrimento se manifesta não só em casos de morte, mas também quando o dono ou o outro bicho fica muito tempo longe. Mas é preciso ter cuidado para não confundir a tristeza com ansiedade de separação, um mal comum entre animais que passam muito tempo sozinhos.

O melhor que alguém pode fazer por um bicho triste ou ansioso é oferecer atividades físicas, como passeios e ades-tramento, além de brinquedos interativos quando perceber tristeza em seu bichinho. Para identificar os sintomas da ansiedade de separação é muito fácil, você vai ob-servar que o animal se lambe em excesso, costuma roer as unhas e pode até morder as próprias patas, causando ferimentos. Os latidos constantes assim que o dono sai de casa, destruição de objetos e presença de fezes no meio da sala também são indí-cios desse distúrbio. No caso da morte do

dono, o ideal é que o animal fique com alguém que goste dele e com quem já tenha laços. Te-

rapias alternativas como o uso de florais de bach, homeopatia, medicamentos específicos para tratar a ansiedade e com-portamento canino, como por exemplo Fluoxetina na dose de 0,5 – 1 mg/kg cada 24 horas, Buspirona na dose de 1 mg/kg de 12/12 ou de 8/8 horas, adestradores especializados, psicólogo canino e até cas-tração, tudo sob a supervisão de um vete-rinário, podem ajudar a resolver o proble-ma. Nos casos em que o animal perde o apetite, pode-se misturar frango desfiado à ração ou oferecer outro alimento preferi-do do bichinho. Os animais são diferentes entre si, mas de modo geral têm grande capacidade de adaptação e se recuperam relativamente rápido. O processo de hu-manização que se tem com os animais de estimação é muito benéfico para os ho-mens, mas nem tanto para os cães. Muitos dos problemas de comportamento que vemos todos os dias aumentar em nú-mero e gravidade, em nossos consultórios veterinários vem de uma má relação Ho-mem – Animal. Quanto mais próximo os animais estiverem da sua própria natureza, ou seja, passeios, socialização, alimentação natural, menos problemas relacionados ao comportamento eles irão apresentar.

Os cães são animais de companhia, mas às vezes precisamos deixá-los sozi-nhos em casa. Não há nada de errado nis-so, eles são capazes de ficar em paz. Mas devemos ensiná-los, acostumá-los a ficar da melhor maneira possível. Eles têm pou-co a fazer, principalmente na nossa ausên-cia (nós somos o entretenimento deles). Alguns aproveitam para tirar uma soneca, outros sofrem de tédio, estresse ou ansie-dade de separação. Como vamos saber se o cão fica bem quando todo mundo sai de casa? Alguns animais roem móveis, reviram o lixo, roubam papéis e objetos,

vomitam, fazem fezes e urina pela casa, outros se lambem, mordem para aliviar a tensão e outros demonstram sua insatis-fação latindo, uivando. Se o seu cão fica entediado, ansioso, deprimido, você deve promover atividades para ele, como brin-quedos recheados com petiscos, passeios, deixar a TV ou o rádio ligados, deixar uma peça de roupa sua perto do local onde o animal dorme, mas o importante é ensinar o animal a ser independente, acostume-o a ficar sozinho. Quem tem cão sabe que eles percebem até quando estamos fa-zendo as malas para viajar. Se ainda assim seu animal demonstrar desespero quando ficar só procure ajuda de um veterinário. O problema comportamental em cães está aumentando tanto, que nos Estados Uni-dos foi criado o primeiro canal exclusivo para cães com o objetivo de atenuar a solidão e a ansiedade dos animais, é uma iniciativa bonita, mas ainda duvidosa.

A Dog TV apresenta conteúdos es-pecialmente concebidos para cães que ficam sozinhos em casa e sofrem com a ausência dos seus donos. O canal funciona 24 horas e apresenta vários truques para entretenimento dos animais. O problema de comportamento do animal está rela-cionado como o proprietário lida com seu animal, muitas pessoas cometem o erro de pensar em seus cães como seres hu-manos, os cães tem necessidades e dese-jos diferentes dos nossos. Eles interpretam o mundo de maneira diferente, é preciso entender essas diferenças e tratar seu ca-chorro como um cachorro.

AniMAiS SOFREM COM A AUSênCiA dOS dOnOS

Rogério Figueirêdo CoutinhoCRMV – ES 0178 - Médico Veterinário especialista em Aves e Animais Silvestres [email protected]

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OnG AUMiGUinHOS CAREntES dE SãO MAtEUS

Você já se perguntou como aque-le animalzinho na rua, foi parar ali? Será que ele já teve um dono? Ou nasceu na rua? Independente das cir-cunstâncias, o que precisamos saber é que existem pessoas que se dis-põem a não apenas se compadecer, mas também providenciar condições de abrigo e adoção para os bichinhos.

Em São Mateus, a Organização Não-Governamental (ONG) AUmigui-nhos Carentes tem o papel de divul-gar informações sobre animais aban-donados. Segundo Luciana Cristina, fundadora da ONG, a ideia de criar a AUmiguinhos Carentes surgiu depois que ela teve acesso a uma matéria que trazia o número de animais nas ruas da cidade. Em um bate papo com a criadora da ONG, descobrimos uma história que é exemplo de vida. Acompanhe.

Bicho News: Como surgiu a ideia do projeto para São Mateus?Luciana: A ideia surgiu quando me mu-dei para São Mateus. Como eu já era voluntária em Vitória, procurei alguém que desenvolvesse algo parecido aqui na cidade. Vi uma matéria no jornal fa-lando da quantidade de animais de rua que São Mateus tem: estamos em 3º lugar no ranking, isso não é nada legal. Então, comentei com meu marido que eu iria montar um projeto aqui. Conhe-ci a Mahelly, outra apaixonada por ani-mais - acho que se ela pudesse, pegava todos para ela; convidei-a para ir a mi-nha casa e conversamos sobre abrir a ONG. Ela me contou sobre os próprios resgates e descobrimos uma afinidade enorme. Foi então que juntamos as ideias e formamos os AUmiguinhos

Carentes. Depois buscamos mais pes-soas para o projeto.Bicho News: Desde quando o pro-jeto funciona?Luciana: O projeto aqui em São Ma-teus funciona desde fevereiro deste ano, quando nos reunimos para aprovar o estatuto da ONG, mas há alguns anos estamos cuidando de animais abando-nados individualmente.Bicho News: O projeto AUmigui-nhos já existe em outros lugares? (você havia comentado que traba-lhava como voluntária em Vitória.) Luciana: Sim, várias cidades do Espírito Santo já têm um grupo como o nosso e contam com o apoio das prefeituras; foi justamente por isso que a nossa ONG foi criada. Eu vim de Vitória para mo-rar em São Mateus há quatro meses e vi que aqui não havia nenhum projeto ou até mesmo um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para os animais de rua. Fui voluntária dos Patinhas Caren-tes como Lar Provisório e adotei gatos do grupo de Adoção de Gatos da UFES.

Bicho News: Como funciona o pro-jeto? Vocês pegam os animais nas ruas? Cuidam deles de que forma?Luciana: Por enquanto não recolhemos os animais, pois não temos um trans-porte adequado, mas os recebemos em nossas casas. Somos procurados ficar-mos com animais rejeitados por vários motivos, entre eles estão os animais achados nas ruas, ou os que seus do-nos não têm mais condições de cuidar. Achamos que é melhor nos procurar do que abandonar, e é bom lembrar que abandono de animal é crime. Quando eles chegam a nossas casas, levamos a um veterinário para avaliação e de-pois os levamos para o Lar Provisório, tiramos fotos e registramos o animal. A partir daí começa o processo de pro-cura por uma família para a adoção, pela internet mesmo. Todo o processo é registrado e existem formulários com termo de responsabilidade pelo animal.

Luciana Cristina - Fundadora da ONG AUmiguinhos Carentes de São Mateus

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Nenhum animal é posto para adoção sem vacinação e vermifugação. Nosso objetivo maior é a castração de todos os animais de rua, pois cada animal castrado significa menos 250 animais na rua por ano.Bicho News: De quais animais vocês cuidam?Luciana: Na casa da Mahelly existem oito filhotes, a mãezinha e mais dois ca-chorros. Na minha casa tenho uma gati-nha (Mikaela) de 45 dias já vermifugada aguardando uma família. O Zequinha (cachorro), nosso primeiro resgate aqui em São Mateus, já foi adotado. Infeliz-mente tivemos uma perda, nossa pri-meira, a Megan (gata). Nós a resgata-mos, mas ela estava muito debilitada. Levada para o hospital veterinário, ela recebeu medicamento e no final do dia não resistiu, vindo a óbito. Temos ain-da um cachorro que foi doado ontem; ele foi atropelado e está em tratamen-to. Não posso me esquecer das minhas duas cachorrinhas. Bicho News: O objetivo principal da ONG é conseguir um novo lar (no-vos donos) para os animais?Luciana: O Objetivo maior é a castração de todos os animais de rua junto com a adoção, fazendo o número de animais de rua diminuir e aumentar o controle de doenças.Bicho News: Se alguém estiver inte-ressado em algum animal, como é o processo de “adoção”? É preciso pagar algo?Luciana: Não é necessário pagar nada. A pessoa deve ser maior de 18 anos, tra-zer comprovante de residência, CPF e RG, pois fazemos um cadastro dos adotan-tes com um termo de responsabilidade. Bicho News: Onde os bichinhos fi-cam atualmente, já que a AUmigui-nhos Carentes ainda não tem sede?Luciana: Eles estão em nossas casas, que funcionam como um Lar Provisório. Bicho News: Atualmente, quantos animais vocês atendem?Luciana: No total são 18 animais.Bicho News: Vocês contam com al-gum tipo de apoio? Luciana: Contamos e precisamos de mais apoio. O CCAA é o nosso primeiro apoiador. Temos também a Eliane, da

Intimithus, que além de nos apoiar tam-bém é uma protetora - com ela existem 20 animais. Também contamos com a ajuda de voluntários. Bicho News: Como o projeto é uma ONG, vocês devem precisar de aju-da, que tipo de ajuda? Quem esti-ver lendo a matéria e quiser contri-buir de alguma forma, como pode ajudar? Luciana: A AUmiguinhos Carentes de São Mateus está crescendo. Somos uma Orga-nização Não-Governamental (ONG), mas ainda não temos uma sede própria. Man-temos dois espaços onde cães e gatos, que foram retirados das ruas, são abrigados. O trabalho é intenso para manter a saúde e a alimentação desses animais. Não con-tamos com nenhuma ajuda oficial e pre-cisamos muito de voluntários. Cada um contribui de acordo com as suas possibili-dades, mas cada compromisso assumido deve ser cumprido. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas pou-cas horas por semana. Nossas principais necessidades são:• Ração para cão e gato;• Medicamentos (antibióticos, anti-in-flamatórios, carrapaticidas, vermífugos, etc.);• Realização de bazares;• Materiais a serem vendidos no bazar (roupas, acessórios, brinquedos, etc);• Pagamento de cirurgias e outras despe-sas veterinárias;• Jornais;• Fazer transportes de animais do abrigo para a clínica e vice-versa;• Abrigar ou resgatar um animal;

• Apadrinhar um animal;• Divulgar o trabalho, buscar patrocínio;• Ajudar nas feiras de adoção (antes, du-rante e depois);• Auxiliar no acompanhamento dos ani-mais adotados (ligar, visitar);• Auxiliar nos cuidados dos animais dos abrigos.Estas são algumas entre outras muitas tarefas e necessidades do grupo! Se você quer e pode ajudar, independente de ser pessoa física ou jurídica, entre em contato pelo email :[email protected] News: Fale sobre a equipe da AUmiguinhos. Há mais pessoas en-volvidas?Luciana: AUmiguinhos Carentes de São Mateus é uma associação civil, de direito privado, de caráter sócio-ambientalista, sem fins lucrativos, que tem por princípios estimular o amor e o respeito à vida, o con-trole de natalidade de animais, a adoção de animais carentes, o equilíbrio ambien-tal e combater o abandono de animais em São Mateus. Hoje a equipe está formada por Luciana Cristina, Mahelly Santos, An-dréMahelly Santos, André Luiz Fuzaro, Le-onardo Martins, Monica Mayorga Martins, Flayna Zotelle, Marlom Souza, Luciana C. R. de Souza, Vinicius Oliveira de Souza

ONG AUMIGUINHOS CARENTES DE SÃO MATEUSE-mail: [email protected] ou [email protected]: facebook.com/AMIGUINHOS-CARENTES Telefones: (27)9929-1802 - Luciana(27) 9894-9141 - Mahelly (27) 9917-7193 -Brenda

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AdOtE UM AMiGOAdote um

amigo

Confira quais animais estão disponíveis para adoção. Os animais fo-ram abandonados e encontrados em diferentes pontos do estado. Adote e faça um bichinho feliz!

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DOS ANIMAIS DO ESPÍRITO SANTO - [email protected]

ABRIGO ANIMAIS CARENTES ESfacebook.com/[email protected]

BELINHA - Fêmea, filhote, 04 meses Situação: vermifugada, 100% saudável, aguardando ida-de para castração.

MANUELA - Mestiça poodle, +- 01 ano e meioSituação: vermifugada, castrada,100% saudável.

MARLEy - Macho, mestiço, aproximadamente 01 ano e meio. Situação: castrado,vermifugado, Saúde 100%

PRETINHA BELGA - Mestiça Belga, +- 03 anosSituação: vermifugada, castrada, 100% saudável.Linda Pelagem.Pretinha não foi abandonada.

CORALINA - Fêmea- mestiça ,aproximadamente 1,3 anos. Situação: Vermifugada,vacinada,castrada.

JONE - Macho, aproximadamente oito mesesSituação: na foto está um pouco machucado, mas já recebeu atendimento veterinário e está bem.

NINA - Fêmea, mestiça, +- 01 ano e meioSituação: vermifugada,em fase de castração,100% saudável.

BIMBO - Macho, BassetSituação: precisa de veterinário oftalmologista para cui-dar de um problema na glândula da terceira pálpebrapara em seguida ser adotado.

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Nada é mais constrangedor do que alguém se livrar de gases, ou seja, soltar puns em público. É uma conduta detestável. Agora, pergunto - E quando o responsá-vel pela emissão desses agentes poluentes é um animal? Complica, não é mesmo?

Mamã, que Deus a tenha, já fez a passagem, assim como sua pastora alemã, Catarina. Como era impo-nente! (a pastora, bem-entendido).

Catarina, infelizmente, não vi-veu o bastante, diferente de mamã.

Adorava jogar bola e repetia a operação quantas vezes um Cris-to a jogasse, normalmente, eu. Por quê? Simplesmente porque ela sabia mais do que ninguém como me conquistar. Desgraçadamente, nenhum companheiro no decor-rer da minha existência conseguiu imitá-la.

Uma noite, ao me deitar, perce-bi que havia algo muito duro sob o meu travesseiro – Ué? O que tem aqui? Uma pedra de baixo do meu travesseiro!

Mas essa cadela tinha um sério problema digestivo – eliminava gases com frequência. Assim sen-do, não podia comer qualquer coi-sa, principalmente fígado. E quem convencia a minha mãe? Ela adora-va dar petiscos e a Catarina, ingeri--los. E a indisposição estomacal se transformava em gases horrorosos.

Imaginem o que me aconte-ceu – tive que trazê-la para São Paulo para consultar um gastro-enterologista, lógico. Pegávamos o elevador todo dia para ela fazer as necessidades tão desejadas por mim. Numa dessas saídas, a dana-da soltou semelhante pum que os presentes suspeitaram de um va-zamento de gás ou produto tóxico

– o resultado era o mesmo. Que situação mais vexató-ria! Sabem quando você evita olhar para o lado com medo de que o vizinho ache que foi você? E todos fazem aquela cara de paisagem.

O fato é que esse distúr-bio da nossa pastora gerou algumas situações indigestas, quando, por exemplo, o meu sobrinho peque-no, foi passear conosco. Novamen-te, aqueles olhares já conhecidos. O meu sobrinho mais do que depressa disse – Não fui eu, juro! O vizinho mais depressa ainda – eu também não fui. Então, fui eu, suponho! E de maneira pouco gentil falei - O senhor por acaso está sugerindo que fui eu? O meu olhar foi mais assustador que o pum da Catarina.

A coisa era tão problemática que, numa tarde, dormindo comigo, ela emitiu um pum tão barulhento que se assustou e se levantou apavorada. Imagine eu!

Depois dessas passagens incon-venientes, falei para a minha mãe – Tem que parar com esse negócio dos petiscos, não está dando certo – Não sinto cheiro algum! Você cis-ma com tudo que é natural – bradou com a candura costumeira. Gente, de natural, não tinha nada.

Levando em conta que Mamãe morava numa casa num terreno de 1000 m2, à beira-mar, em plena mata atlântica, que poderia sentir? Detalhe - o meu apartamento tem 85 m2 – dá para notar a diferença de concentração de odores? Eles não se dissipam! Mas Mamãe tinha absolu-ta certeza que tamanho não é docu-mento, embora vivesse com a brisa do mar ao pé do ouvido. Onde moro, nem brisa tem. E de inodoro, o pum da Catarina não tinha nada.

E tem mais – trabalhei numa transportadora de produtos quí-micos e ganhava 30% de adicional por periculosidade. Sério! Quando a gente trabalha em área de risco, tem uma compensação financeira. Transportei a Catarina diversas vezes no meu carro, fiquei à mercê de uma situação insalubre, e nunca ganhei um tostão. Lamentável.

Quando o meu pai era vivo (outro que já se foi), ficou com uma indis-posição gástrica e muita flatulência. Tivemos que chamar o médico. Pre-vendo o tipo de situação que pode-ria acontecer, disse: Mãe, é melhor você sair do quarto com a Catarina – fui educada, compreendem? – Mas por quê? – Era a resposta que temia. Mamãe não tinha a menor sensibili-dade, também neste sentido. Vocês não imaginam o que passei.

De repente, PUM! A cara do dou-tor lembrava a de um filme de terror - arqueou as sobrancelhas, prendeu a respiração, graças a Deus, e ten-tou disfarçar o indisfarçável. Silêncio total. O médico pensou – “O sujeito está podre”. E o coitado do meu pai sem entender nada – era completa-mente surdo e o nariz já não respon-dia muito bem. Resultado - Quando o doutor perguntou o que ele havia comido, adivinhem – FÍGADO! - dis-se a santa. Só podia ser!

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