revista bag 5

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A BAG é uma revista feita por um grupo de mentes criativas que procuram um formato diferente de informação e interação com as manifestações urbanas.

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edição 5>>ano 2>> www.inq.art.br>> R$10

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f a b q . c o m . b r

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lucassi lveira .com

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lucassi lveira .com

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Descobrir. Redescobrir. Desorganizar. Organizar. Fazer. Refazer.

Começar. Recomeçar.

Amar. Amar outras vezes.

O amor pode ser mais importante que todo dinheiro do mundo. Pode ser a emoção mais bela entre tudo que há na Terra. Todos, todos e a vida ao redor, precisamos dele – o amor que acontece incessante. Para todos, e sem restrição – amor nas respirações. Amor aos que sabem, não sabem, que acreditam, que mergulham profundo e também aos aman-tes que nadam em outras superfícies.

Amores.

Amor nasce de novo, renasce. Em mãos, a primeira edição da bag: páginas para alimen-tar palavras atuais, traçar cores em profusão de alegria e reforçar o amor. O amor...

Ame com a força de amar, de amor. E o caminho de delícias é agora.

Nosso coração? Dono de ternuras e pedras preciosas, ele é o ponto básico de cada dia, o centro de nossas afeições transparentes.

Coração é sentimento. Escute só a batida dele agora!

Para que serve o coração? Um instrumento do corpo para o corpo inteiro – e para o cor-po do outro. Amar o próprio coração. Amar o coração do outro. Coração para ser gente, coração para ser belo, coração para ser gentil, coração de respeito, coração de coração, e coração para expor a vida.

Ele existe para nos fazer viver. Amar de coração.

Falar, escrever, ler, tocar, dizer, olhar, sentir, ouvir com amor.

A voz transmite sentimentos. Gesto e gestos espalham o amor ou o contrário dele. Há sentimentos fortes na voz. Fale belezas, palavras saradas e amáveis. Por um dia, agora ou tudo.

Acreditar faz bem ao coração, e praticar a vida do amor é plantar o bem querer.

Bem querer hoje, amanhã e muito mais.

A bag bem-te-quer.

Ou

Com amor,

Bag.

editorial

Re-Começar

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sumário

expedientePublisherLucas [email protected]

Produção ExecutivaMaicon Mello

Jornalista ResponsávelMayara Inácio

RevisãoGabriel MotaPedro Ascar

PublicidadeLucas Silveira

Marca BagAllecastro

DiagramaçãoRhafael Teixeira

14 A menina e a linha26 Amor: almas gêmeas28 Editorial: Eu me sinto vivo44 Cuidador óbvio de si mesmo ou atenção acolhedora mundo48 Editorial: Eu amo ser brasileira56 Um amor (digamos) não muito romântico62 Editorial: Gender Less72 São vozes e danças de um amor vagabundo que deixou meu peito mudo76 Amar não acaba80 Animal é a mãe

A revista Bag é uma publicação trimestral sem fins lucrativos, da marca Lucas-Silveira sob o registro 11.680.083/0001-23.

Fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia do conteúdo editorial.

Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refle-tem a opinião da revista.

CapaFoto | Rafael MansonStyling | Plie Design Beleza | Sheila SilveiraModelos | Otavio Cipriano, Milene Couto e Renato Freitas (Voga Model)

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Por: Plie Designpliedesign.blogspot.com

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Falar sobre nós mesmos nem sempre é tarefa fácil. Em nosso trabalho, a consul-toria de imagem, percebemos claramente que mais do que ajudar as pessoas a

se vestir de forma adequada, contribuímos para que elas se auto-conheçam, qua-se uma terapia. Afinal, muito mais importante que saber compor looks é saber quem você é. De nada adianta se esconder atrás de roupas que não falam sobre sua história ou sua maneira de encarar a vida, não é mesmo?

Quando sua aparência é trabalhada coerente à sua essência, a percepção das pes-soas sobre você se torna verossímil. Parece simples, mas nem sempre as pessoas têm a firmeza de se assumir. Afinal de contas, temos uma necessidade enorme de agradar ao outro e nessa hora, bate aquela insegurança. A grosso modo, por que não lembrar de quando você vai se vestir para ir à balada? Você liga para todas suas amigas e pergunta como elas estarão vestidas, ou seja, quer de alguma ma-neira estar como elas. E é aqui onde mora o perigo, surgem pseudo-periguetes, pseudo-hippies e por aí vai. Ninguém quer estar diferente, é mais fácil usar uma fórmula pronta para agradar, pois já imaginou se “aquele gatinho estiver lá”? Ele não vai se interessar por uma “esquisita”.

Mas há quem faça o caminho inverso e declare: “Sou assim”. É o caso da autora do blog Man Repeller, que de maneira ultra bem-humorada, posta seus looks re-pletos de cor, sobreposições e materiais que ela julga não agradar aos homens, mas que agrada a ela mesma. O resultado de tanta auto-confiança? Seguidores do mundo inteiro para o blog, que se identificam e se inspiram. Então, por que não encurtar o caminho para as pessoas se identificarem com você? Deixe o “pareço ser” de lado e “conte” a verdade! Quando você altera sua aparência, a percep-ção do mundo sobre você automaticamente se transforma. O resultado é muito maior na auto-estima do que na imagem, pois não há ninguém melhor para falar sobre você do que você mesmo. Mas se precisar, estamos aqui para te auxiliar a entender seu gosto, suas proporções físicas e principalmente para traduzir seu discurso no modo de vestir.

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Foto: Rafael MansonStyling: Plie Design

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Evento: Flash Studio – Shopping BougainvilleModelos: Otavio Cipriani / Milene Couto / Renato Freitas (Voga Model)Assistente de fotografia: Rodrigo GomesBeleza: Sheila Silveira

Agradecimentos: 4you / Anunciação

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É cuidado demais sentir-se amado em sentido visto, carne, osso e consideração íntima? Sentir-se em plena estação de setembro,

refrescar saberes, reverter coisinhas em doces arquiteturas teci-das. Inverno é terno, e os cobertores são de flores ardentes. Cena e ângulo de corpo inteiro de confiança concluída: o bel-prazer, uma espécie de autorização?

Amor, coisa bruta-fruta comestível de lados múltiplos. Próprio, coisa palavra-espelho indivisível de faces ostras? Robustas pétalas diárias de macias folhas – verdes nossos que refrescam naturezas. Amor que é próprio é compartilhado? Querer a vida e colocá-la adiante, entre luas diversas: freqüência imediata, aveludada de músculos candentes.

Amor-próprio nem é silêncio nem barulho nem cisco no olho do vento. Nosso por ser – e do outro para existir. Sucessivamente, o próximo do próximo rio de trajetórias fluídas: a vida, uma história de amizade benfeitora. Nossa e dos distintos sem fronteiras. Amar a si mesmo há uma parecença com amor-próprio?

Imagináveis retratos sobre amor-próprio

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Em traçados vários, espaciais, o brilho da sombra ri com a luz: cruzas de luz alimentam amores. Cruzas de sombras se alimentam. O que seria da sombra sem o amor-próprio das luminosidades? Ser a fatia de diferentes formas de ser, e não afetar os desdo-bramentos dos sentidos. O amor do outro é o amor do espelho? Umas expressões, outros diálogos: a truculência automática constrói menos seres-cruéis que o orgulho? Ternura de dentro é orgasmo. Gastu-ras de fora é coito? Entre belezas para abrir os olhos, um chá de camomila, um bom-bocado de nós. Mas, para refletir virtudes, o mais ameaçador dos nossos guias é a autoestima?

Acreditar que o mundo é de passados inacreditá-veis; e há na feitura do agora uma rosa fina em pé, em mão, em corpo. Somos plenitudes abarrotadas de glórias subjetivas. Não há delícia maior que vi-rar-se para as naturalidades em composição. Sim, amar coletivos. Mas, para amar coletivo, amar-te primeiramente. E para amar-te, um céu de cores mais que produtivas, terrenas, físicas, misteriosas e acidentais. Fórmulas para fazer durar o humor-de-existir são completas traduções do dia-ido. Diante do destino incerto, o que assegura é, presentemente, essa coisa: essa metade-física e essa metade-fluída. Amando – como se o tempo lhe desse as sensações precisas de vivência.

Somos miúdos de um corpo só, de um corpo grande além das nossas coisas pensadas: então é viver de absurdas-belas intimidades viscerais. Ser individual é uma experiência, e não um estado plantado? Outra pergunta que, revirada, esparrama um significado-leque – quase um efeito de cor. Quase um espectro-gostosura enfiado nas íris, nas ventas, nas escutas,

molhada palavra de águas birutas, ares de ar, de ar de ar, ar de ar...

Adiar a ternura é o próprio cálice-coração falhando aos poucos. A falha de um quebra-cabeça é um de-finitivo hiato de haver? O que é o do outro, assim como o sol, é a vida diversa e seguida de rastros. Onde está o seu rastro? Por onde nós passamos: o amor-próprio é combustível como o pensamento? Onde estamos nesse tempo açucarado e de formigas motorizadas? Somos minúsculos diante da gentile-za. Viveres começados, corações acorrentados? Não. Corações e conexões. Olhares de lá, ultrapassagens de cá: segredos azuis dizem sobre a liberdade-céu. Brilhos-olhados são vidas acontecidas; luz de lá, fixamente vista de cá. Disparadas questões a favor do pensar-viver. Não somos ostras, não somos nem refugiados de guerra em temporada total. Ou somos o amor. Ou somos o próprio. Ou nada disso porque nada é tão bio-singular que os dois juntos. Tem con-jugação? Amor apropriado?

O néctar é certo. A delícia-hora é sábia. Aqui, aqui, enquanto as águas passam acordadas de mel, entre essas suaves experiências de nós – de nós próprios e com os outros iguais – muitas delícias ainda atraves-sam a existência. Esse acaso de cada um apresenta-se ao mundo em vivacidade composta; e tudo pode ser mais acabado. Sentimentos acontecidos ganham o ar, em profunda abertura para livres-minutos de grandeza-útil e forças necessárias à pele. Amor-próprio é grito rebelde contra o nada da vida? Ou descentralizar para descobrir? Luminosidades que cheiram a formosura de essências acontecem sem cessar.

Max Miranda [email protected]

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Foto: Fabrício CardosoStyling: Ronan Gonçalves

Lei

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Modelo | Isadora Dias (Voga Model)Evento | Flash Studio Shopping BougainvilleAgradecimentos | Rosa Pedra, Cantão, Cavalera, ROGO e Patachou.

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São vozes e danças de umamor vagabundoQue deixou meu peito mudo

Por Rodolfo Capuzzo

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Por Ronan Gonçalvez

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Tenho pouquíssimas lembranças da minha época de infância, mas há uma muito nítida em minha

memória. Com cinco anos de idade, pedi à minha mãe um urso panda. Com o terror estampado em seu rosto, ela indagou: “Mas meu bem, ninguém pode ter um bicho desses em casa”. Fiquei frustra-díssima, pois nada poderia substituir o vazio de não se ter um urso panda só para mim. Aos sete, quis ter uma iguana. Mamãe retrucou novamente: “Aonde você vai encontrar um treco desses?” Aos 11, pedi uma cobra. Nem é preciso dizer a resposta que re-cebi. Como nenhuma das minhas vontades juvenis pôde ser satisfeita, me contentei com cachorros, ga-tos, pássaros, roedores e peixes.

Ocorre que, desde muito pequena, carrego uma paixão avassaladora por animais. Sou jornalista de formação, por realmente gostar de brincar com as palavras. Mas se pudesse escolher uma segunda profissão, essa seria a de médica veterinária. Ex-plico: não existem seres mais amáveis e confiáveis que os animais – me refiro aos domésticos, não ouse exigir lealdade de um elefante, por exemplo. Vamos

fazer uma breve comparação: em um belo dia você arranja uma briga homérica com seu melhor amigo porque ele faz algo de errado. Acabam se ofenden-do, saem nos tapas e nunca mais falam um com o outro. Noutro belo dia seu cachorro come o seu sa-pato favorito. Você briga com ele, faz um escândalo porque o calçado foi caro e ele continua te amando, te obedecendo, sendo fiel e te considerando o me-lhor dono do mundo até o fim de sua curta vida. Isso é amizade. Vinícius de Moraes estava errado quan-do disse que o whisky é o melhor amigo do homem. Hoje tenho dois cachorros, uma chowchow adulta e um schnauzer filhote. São as razões da minha vida, cuido deles com o mesmo amor que uma mãe cui-daria de seus filhos. Muitos diriam que é muito fácil se relacionar com um cachorro, porque na hierar-quia humana ele está fadado a ser sempre inferior ao seu dono. Eu sou a prova viva (e mordida) de que isso não é verdade. É claro que um canino não pode falar e se expressar claramente, mas ele é completa-mente capaz de demonstrar, por meio de um olhar ou de um simples afago, o sentimento mais lindo do mundo: o amor.

é a mãe

Larissa [email protected]

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