revista atua - setembro 2012

140
1

Upload: associacao-comercial-empresarial

Post on 26-Mar-2016

233 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

A Atua Revista é uma publicação da Associação Comercial de São João da Boa Vista. Sua distribuição é gratuita. Contato pelo telefone (19) 3634-4310 ou ainda pelo email [email protected]

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Atua - Setembro 2012

1

Page 2: Revista Atua - Setembro 2012

2

Page 3: Revista Atua - Setembro 2012

3

Page 4: Revista Atua - Setembro 2012

4

E setembro chegou... Época de renovação, bem-vinda com o início da Prima-vera. Para nós, essa renovação acontece quase que diariamente. Todo dia bus-camos nos reinventar e inovar, para trazer sempre um conteúdo de qualidade para você, leitor. Seja através de matérias, entrevistas e ações.

Falando em inovar, agora toda edição terá um editorial de moda, que dará às novas estações um colorido todo especial. Ainda mais com a novidade: um ensaio é infantil... Maravilhoso, pois criança é símbolo de vida, alegria e pureza.

E dessa vez fomos longe para trazer a você uma entrevista com um dos maiores publicitários do Brasil, João Ciaco, sanjoanense que está à frente do marketing da Fiat em nosso país e na América Latina. João foi um dos escolhidos para representar o Brasil no júri do Festival de Cannes, o maior festival publicitário do mundo. É talento de São João para o mundo.

Preparamos uma matéria especial também sobre os dois anos do Atua na TV, que surgiu como um braço da revista e, hoje, graças à competência e à visão de diversos profissionais, já tem vida própria e está colhendo os frutos do sucesso. Completando a homenagem, nossa capa traz Camila Fernandes, apresentadora desde o início no programa.

E não para por aí. A revista ainda traz dezenas de artigos de colunistas sobre os mais diversos temas, de saúde até história, passando por educação e estilo. Espero que aprecie e curta nossa edição de nº 20, dê sua opinião em nosso site, facebook ou twitter, pois você é nosso principal motivo de existir.

Boa leitura e até nossa próxima edição!

Ângela Loup PessanhaEditora-chefe

’editorial

A Revista Atua (ano 5, número 20, Setembro de 2012) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. 19 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não po-dendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 4 mil exemplares

Editora-chefeÂngela Loup Pessanha | [email protected]

Jornalista responsávelLuiz Gustavo Gasparino - MTb. 47.333 | [email protected]

RevisãoJoão Sérgio Januzelli de Souza | [email protected]

Projeto gráficoMateus Ferrari Ananias | [email protected]

Venda de espaços publicitáriosPatricia Maria Rehder Coelho | [email protected]

PublicidadesAlexandre Pelegrino | [email protected] Ferrari Ananias | [email protected]

Fotos publicitáriasFabiano Barbosa - 35 9134-8176

Fotos sociaisDavis Carvalho - 19 8210-9499

CapaModelo: Camila FernandesCabelo, maquiagem e foto: Fabiano BarbosaVeste: Boutique Navarro - 19 3631-1926Agradecimentos: Raphael Medeiros, Luciany Martins, Luciana Junquei-ra, Farmácia Art’Ervas e TV União

ImpressãoGráfica Ideal (Campinas/SP) - 19 3729-3030

Siga a Revista Atua nas principais redes sociais:

Atua Revista

facebook.com/atuarevista

@atuarevista

Ops... erramos!

Na edição de junho, a matéria de psicolo-gia com o título “Como lidar com as perdas” (página 36 e 37) foi publicado com vários trechos cortados, fazendo com que o tex-to perdesse o sentido em diversas partes. Devido a essa falha, e a pedido da autora, publicaremos novamente o material na íntegra, inclusive com a mudança na ilustração. Pedimos desculpas a psicóloga Ângela Maineri Corvello pela nossa falha.

No texto do making of da edição de Junho, informamos que o modelo da capa, Vinicius Santos Luz, não é sanjoa-nense. Na verdade, ele nasceu na grande São Paulo, em São Bernardo do Campo. Obrigado à Rafaela Perim, que nos passou a correção via Facebook.

Seus arquivos nas nuvens116

Não me planejei, e agora?108

Revolução de 193298

Carga tributária no Brasil94

Particula de quem?90

Aprendendo com os haitianos86

Atua na TV80

A fuga de Hitler122

Cinema128

Literatura130

Cantores da noite134

Turismo78

Perdas... contingências da vida36

Agito28

Humanos e gatos22

Cuidados com as mãos20

Não descuide do rosto18

O pontencial dos acessórios14

Psoríase, o que é?40

Mal de Alzheimer42

Galera44

Entrevista48

São João Decor58

O Crepuscular do Pacífico60

Segurança pública64Moda primavera / verão12

Page 5: Revista Atua - Setembro 2012

5

Page 6: Revista Atua - Setembro 2012

6

’cartas

“Muito legal os editoriais de moda da última edição. As locações onde as fotos foram feitas são muito lin-das! Vocês estão de para-béns pelo belo trabalho!”Juliana Andrade

Dúvida cruel..

O site Ceticismo Aberto foi criado e é mantido por Kentaro Mori. Seu principal objetivo é questionar fenô-menos ditos paranormais, mas ele é aberto às mais diversas opiniões sobre temas do paranormal e da ufo-logia, desde que haja embasamento científico. Embora não passe por atualizações frequentes, o site possui um grande volume de artigos sobre os mais diversos temas.

Olhe lá depois:www.ceticismoaberto.com

Cartas para esta seção

Podem ser enviadas para o [email protected], para o fax 19 3634-4306 ou para a rua São João, 237, Centro, São João da Boa Vista/SP. Por motivo de espaço, as cartas selecionadas para publicação poderão sofrer cortes.

Entrevista

“Achei a escolha de Alencar Burti como entrevista central da edição de Junho da Revista Atua muito boa. Já havia tido a oportunidade de vê-lo em um programa da TV Cultura e o achei um personagem muito interessante, embo-ra não concorde 100% com as opiniões dele. Também gostaria de ressaltar a indicação da Privataria Tucana. Isso mostra a imparcialidade da revista in-dicando um livro que grande parte da mídia finge que não existe. Isso é muito bom para a nossa cidade!”

Igor Alberto

Maçonaria

“A matéria publicada na última edição da Revista Atua, intitulada A história por trás da Ordem, foi uma das melhores que a seção ‘curioso’ da revista já publicou. Temas relacio-nados com a Maçonaria são muito interessantes. Eu acho até que a Atua poderia dedicar uma matéria especial contando um pouco sobre a história da Maçonaria em São João da Boa Vista, uma vez que a história dessa ordem é muito rica e também se funde muitas vezes com a própria história de São João. Abraços!”

Roger de Souza

Semana Assad

“Gostaria de aproveitar esse espaço para parabenizar publicamente os organiza-dores da Semana Assad. São João precisa de eventos como esse, que fomentam a cultura. Mas mais do que isso, precisamos valorizá-los. A Semana Guiomar Novaes, por exemplo, é um evento ímpar, de enorme importância, um dos maiores do esta-do, e nós sanjoanenses não damos a atenção devida a ele. Ou seja, fora a Semana Guiomar Novaes, Semana Assad e a antiga Semana Fernando Furlanetto recebem grandes destaques, e aqui, passam despercebidas. Precisamos mudar isso!”

Manuel de Andrade

Page 7: Revista Atua - Setembro 2012

7

Page 8: Revista Atua - Setembro 2012

8

’radar

Boutique Anna Belly

A Boutique Anna Belly é uma loja que se define atual sem deixar de lado sua delicadeza. Em nossas coleções, assumimos o desafio de surpreender as mulheres que gostam de moda com um toque de romance criativo e inovador. A boutique Anna Belly trabalha hoje com moda causal. O telefone da Boutique Anna Belly é (19) 3631-1353. O perfil no facebook é “annabelly” e o e-mail é [email protected].

Bia Salaar

Beatriz Salaar, ou Bia – como gosta de ser chamada –, inaugura seu espaço em São João da Boa Vista, trazendo para o público feminino de diferentes idades, tamanhos e estilos, a primeira Loja “ponta de estoque multimarca” de moda feminina e calçados. Tem como ponto alto: qualidade, preço e atendimento personalizado. Lá você também encontra produtos de tamanho Plus Size e um preço muito atrativo, o que é a principal característica do sistema de vendas da “ponta de estoque multimarca”. Visite-nos. Bia Salaar está localizada à Praça Roque Fiori, n°.15, no Centro. O telefone é (19) 4129-0293.

Doroti Modas & Acessórios

A Doroti Modas & Acessórios está cheia de novidades. Estamos na época mais florida do ano e as estampas florais são peças chaves da estação. As cores da coleção Primavera/Verão são fortes e vibrantes, mas também se apresentam delicadas e românticas. Aliadas com a leveza dos tecidos e das rendas, deixam a mulher elegante e atraente. Venha nos visitar e conhecer a nova coleção. Os lindos vestidos, moda praia e acessórios que deixarão seu guarda-roupa colo-rido e atual. Doroti Modas & Acessórios está localizada à Rua 14 de julho, 555 – Vila Conrado. Tel: (19) 3623-4343 – em São João da Boa Vista. Novo horário: De segunda à sexta-feira, das 8h40 às 18h, e aos sábados, das 8h40 às 17h30.

Foto: Fabiano Barbosa

Foto: Fabiano Barbosa

Foto: Fabiano Barbosa

Page 9: Revista Atua - Setembro 2012

9

Page 10: Revista Atua - Setembro 2012

10

Page 11: Revista Atua - Setembro 2012

11

A apresentadora do programa Atua na TV, Camila Fernandes, é o destaque nesta edição de setembro. A jovem de apenas 21 anos é a protagonista de um dos maiores sucessos da TV União, que completou dois anos no último dia 19.

Além da capa, você confere na página 80 uma matéria especial sobre os bastidores do programa. Por isso, aproveite aqui os detalhes de um trabalho magnífico, feito pelo fotógrafo Fabiano Barbosa, para deixar Camila Fernandes mais linda do que já é...

Page 12: Revista Atua - Setembro 2012

12

’moda

O mundo da moda está passando por

reformas e sempre surgem grandes

novidades que prometem fazer suces-

so. Agora, o foco principal é a próxima

estação, que é das coleções primave-

ra/verão 2012-2013.

A principal novidade nas tendências

promete agradar as mulheres, pois as

cores mais fortes continuarão fazendo

parte do guarda roupa feminino. Cores

conhecidas como cítricas (laranja, rosas

e verdes nas tonalidades de neon) e as

neutras (nude, tons de cinza, ocre, bege

e off-white – branco mais escurecido)

dificilmente sairão de moda.

Para Arlete Azevedo, proprietária

da loja Coisas do Brasil, as cores do

momento estão vibrantes e cheias de

excessos, principalmente os tons mais

fortes. “Vermelho, azul,verde-limão,

amarelo ácido, laranja e rosa chegam

como aposta, além de conferir um toque

enérgico ao visual”, salienta.

Quanto as cores neutras, Arlete

ainda acrescenta os tons metalizados

(dourado e prateado), que podem ser

usados de dia e à noite, e dá a dica:

“para quem deseja usar de dia, prefira

uma peça com apenas um acabamento

ou detalhe; já, para a noite, aposte em

ousar e brilhar”, destaca.

A moda ainda irá mudar nas mode-

lagens, aparecendo mais amplas, como,

por exemplo: calças tipo alfaiataria retas

e folgadas, e modelos como boca-de-

-sino, boyfriend e pantalona, em vários

tecidos e de diferentes padronagens.

“As calças sequinhas ou pantalonas virão

estampadas. A saia-lápis também será a

queridinha da estação e os vestidos esta-

rão com a cintura marcada e a saia roda-

da, meio com cara de anos 50, mas extre-

mamente feminino”, ressalta Arlete.

Variações – As saias e vestidos não dei-

xarão de compor o look das brasileiras,

mas os modelos ganharão um pouco

mais de comprimento, continuando

ainda acima do joelho. Alguns mode-

los no meio da panturrilha e outros po-

dem chegar ao tornozelo. As estampas

florais e o cetim também farão parte

dos vestidos, e modelos com um pou-

co de transparência e em tons nude

farão sucesso entre as mulheres.

“As estampas também são apostas,

com diferentes padronagens e carrega-

das de cores quentes. Florais, geométri-

cas ou mesmos em listras, o cetim virá

sempre super colorido”, garante Arlete.

Já a transparência, na opinião de

Arlete, será a protagonista da esta-

ção. “Ela virá também nas camisas

amplas e coloridas. Além da elegân-

cia, dará um toque de frescor ao vi-

sual feminino”, afirma.

Muda ou não muda? – Muita coisa

no inverno ainda permanecerá no

verão, como os tons pastéis e a

moda color block, que estão su-

per em alta. Porém, na primavera/verão

essas tendências aparecem repaginadas.

Arlete Azevedo acredita que, neste

final de ano, haverá uma grande mistu-

ra de tendências. O segredo para apos-

tar em cada uma delas é, em sua opi-

nião, equilibrar. “Procure manter sempre a

harmonia de cores e a coordenação de es-

tampas, pois assim você estará sempre na

moda e extremamente elegante”, finaliza.

O melhor da moda é que você

pode criar a sua própria e inventar uma

mistura de tendências e estilos na hora

de compor seu visual. O que vale mes-

mo é a sua criatividade de reinventar

e criar novas tendências. Não seja es-

cravo da moda, faça a sua. Ouse, crie,

invente e use a sua criatividade.

Saias e vestidos para o verãoTendência trazem cores vivas e estampas carregadas de cores quentes e suaves

Cores - Vermelho, azul, verde-limão, amarelo

ácido, laranja e rosa chegam como grande

aposta da estação, aliados ao fato de conferir um

toque enérgico ao visual.

Foto: Divulgação Checklist

A

Page 13: Revista Atua - Setembro 2012

13 www.havaianas.com.br

af_SJoaoBoaVista_20x27,5cm.indd 1 18/05/12 10:38

Page 14: Revista Atua - Setembro 2012

14

O potencial dos acessóriosSaiba quais modelos estão em alta, quando e como utilizá-los no dia-a-dia

’moda

por Mafê Murad

Os acessórios são os melhores amigos

de uma mulher quando o assunto

é visual. São capazes de enriquecer

looks básicos, indicar estilos e ser ver-

sáteis. Deixam a mulher atualizada e

reforçam a sua personalidade, além de

desempenhar um papel muito impor-

tante na comunicação visual.

As mulheres inteligentes e antena-

das sabem o valor e a importância de

um bom acessório e como utilizá-lo a

seu favor, destacando suas qualidades

e imprimindo seu estilo pessoal. São

ótimos investimentos, pois mesmo

com a mulher engordando ou emagre-

cendo, ainda servirão perfeitamente.

Existem os acessórios que nunca

caem de moda, atemporais e clássicos,

e aqueles que roubam toda a atenção

e seguem sempre as tendências mais

atuais. Portanto, não subestime a im-

portância dos acessórios e não saia de

casa sem pelo menos um deles.

E, na escolha de um, tenha em

mente sua personalidade e seu gosto

pessoal. Mais importante do que se-

guir a moda é sentir-se bem e bonita.

Como dizia Coco Chanel, “a moda pas-

sa e o estilo fica”.

A vez dos “máxis” – Os maxis colares

já foram eternizados desde o verão

passado, mantiveram-se no inverno

e ainda continuam com tudo. Para

combiná-los é fácil: podem ser usa-

dos tanto de dia quanto à noite. O

importante é combinar a roupa com

a mesma cartela de cores do colar ou,

para as mais abusadas, usar cores to-

talmente opostas para dar um ar de

collor blocking (bloco de cores), que

também está super em alta.

Para o verão, também vale a pena

apostar nos maxis brincos, utiliza-

dos com cabelo preso para destacar

o rosto; os anéis ocupando o dedo

todo, como os anéis triplos, de falan-

ge (os que se usa no meio do dedo)

e os anéis articulados; os cintos com

pedras ou couros coloridos; e muitas

tachas, spikes e mistura de materiais.

As cores para os acessórios, sejam

eles colares, brincos, anéis, cintos, bolsas

ou sapatos, vão dos 8 aos 80, mas o mo-

mento são das cores neon e fosfores-

Máxi colar - Usados desde o ano passado

com toda a força, os maxis colares podem

ser utilizados tanto de dia como a noite. O

importante é combinar a roupa com a mesma

cartela do colar, ou ainda para as mais “abusa-

das”, usar cores totalmente opostas - para dar

um ar de color blocking - e que também está

em alta. Na foto ao lado, o modelo Cleópatra,

criado e desenvolvido pela designer de joias

Mafê Murad. Outros modelos podem ser vistos

em seu site, que é o www.mafemurad.com.br.

Foto: www.mafemurad.com.br

>

Page 15: Revista Atua - Setembro 2012

15

Page 16: Revista Atua - Setembro 2012

16

cente, além dos tons pastel e cítrico. O

brilho se expande aos tecidos metálicos.

Como tivemos um inverno colori-

do, os acessórios da estação do frio se-

guem para o verão e a tendência maxi

permanece convicta. Porém, existem

acessórios que podem ser usados

apenas no inverno, como as botas, as

boinas e gorros.

Claro que não há regras rígidas,

pois cada um faz sua própria moda e

veste o que se sentir bem.

Exagero? – A palavra “exagerada” para

os acessórios pode ser relativa. Atual-

mente, a moda está colorida, grandiosa

e divertida, sendo atribuídas a ela pe-

ças autênticas e de personalidade forte.

Para compor seu visual, é preciso

ter atenção aos acessórios para que

eles não ‘briguem’, como, por exem-

plo, usar um maxi colar junto a um

A bolsa é essencial em um look. Difícil ver uma mulher sair de

casa sem ela. Pode ser grande, média, pequena ou até a clutch

(bolsa de mão), e usada da maneira que quiser. Só não vale sair

de mãos abanando sem ela.

Já o chapéu é um acessório difícil para as brasileiras, que ainda

não têm o costume de usá-lo. Ele pode fazer a diferença em um

look, podendo transmitir personalidade, senso de humor, sofis-

ticação e elegância, ou ainda pode destruir a roupa se usado de

uma maneira inadequada. O segredo é ter cautela.

Como é um acessório para proteger a pessoa do vento e do sol,

deve ser usado até às 18 horas. Mas para utilizá-lo, é necessário

ter estilo, ser criativo e se sentir bem.

Chapéus e bolsas

maxi brinco. Não se deve vestir todas

as tendências em um look só.

Hoje em dia, o que pode ser consi-

derado exagero é combinar bolsa, cin-

to e sapato, o que antes era conside-

rado essencial. Vale a pena abusar das

texturas dos couros e das cores, sem

se prender a combinações.

Page 17: Revista Atua - Setembro 2012

17

Page 18: Revista Atua - Setembro 2012

18

Não descuide da pele do rostoParte do corpo necessita de cuidados diários para se manter bem tratada e sempre bela

’beleza

Para você que gosta de manter a pele do

rosto impecável e – o mais importante

de tudo – saudável, é preciso sempre fa-

zer uma limpeza para remover as células

mortas. Independente se ela for realizada

em casa ou em uma clínica de estética,

você pode conseguir resultados profis-

sionais, se for feita adequadamente.

A pele do rosto necessita de cuida-

dos diários para se manter bem trata-

da. Algumas dicas, como utilizar sem-

pre produtos específicos para o seu

tipo de pele, remover a maquiagem

antes de dormir e evitar espremer

cravos e espinhas, são essenciais para

quem quer ficar sempre bonita.

Claudete Nascimento Peres, esteti-

cista sanjoanense formada no Centro

Técnico Edna Baldo, em Campinas, des-

taca os benefícios de uma esfoliação

bem feita. “A renovação das células evita

pelos encravados e previne os indesejá-

veis cravos e espinhas. Além de facilitar a

entrada de princípios ativos colocados na

pele após a esfoliação”, diz Claudete.

E para uma esfoliação em casa, ela

passa algumas coordenadas. “Com um

sabonete específico para cada tipo de pele,

você faz uma esfoliação em movimentos

circulares, o que faz remover as células

mortas. Usar um tônico também é impor-

tante, porque normalmente a pele fica um

pouco vermelha e o produto equilibra o pH

da pele. Faça uma máscara e deixe por uns

10 minutos. Ao retirar, use um bom creme

ou gel creme”, explica Claudete.

Com clientes dos 11 aos 85 anos,

homens e mulheres procuram, hoje

em dia, os cuidados estéticos, princi-

palmente pela vaidade. Porém, Clau-

dete ressalta que é importante cons-

cientizar, desde a infância, o cuidado

diário com a pele.

E dicas comuns são importantes.

“Evite passar mão suja na pele; não

cutuque cravos ou espinhas para não

marcar, pois quanto mais manipular-

mos, mais glândulas sebáceas serão

produzidas; tomar muita água, banhos

rápidos e mornos, e, durante o dia, lavar

o rosto com água fria”.

Filtro solar – O uso diário de um bom

filtro solar, pelo menos três vezes ao dia,

é extremamente importante, na opinião

da esteticista. “Mas sempre lave o rosto ao

reaplicá-lo e nunca passe o filtro por cima

do que já está na pele”, afirma.

O mercado da estética oferece,

atualmente, produtos de altíssima

qualidade. Mas, de acordo com Clau-

dete, não passe, por exemplo, creme

de pernas no rosto. “Existem inúmeros

filtros, inclusive para cada tom de pele,

além de cremes para todas as áreas do

corpo. A mulher sai de casa linda, ma-

quiada e cuidada”, ressalta.

Lembre-se – Nada de fazer uma lim-

peza de pele no dia daquele encontro

especial, pois a pele pode ficar mar-

cada e avermelhada. Também não é

indicado fazer limpezas sempre, pois

mexer demais nos cravinhos pode

estimular a atividade das glândulas

sebáceas, ou seja, quanto mais você

tirar, mais irão aparecer. A

Foto: Reprodução Internet

Page 19: Revista Atua - Setembro 2012

19

Page 20: Revista Atua - Setembro 2012

20

Cuidados com suas mãosProdutos específicos evitam aparecimento de manchas e envelhecimento precoce

’beleza

Além de cuidar da aparência do corpo

e do rosto, uma atenção especial às

mãos também é de extrema importân-

cia. Se não tratadas com cuidado, po-

dem surgir nelas manchas e denunciar

a idade que, principalmente as mulhe-

res, batalham tanto para esconder.

Vítimas de mudanças bruscas de

temperatura e de agentes agresso-

res que podem afetar a maciez, elas

não podem contar com uma cirurgia

plástica para reparar a ação do tem-

po. Mas alguns tratamentos agem de

maneira certeira para minimizar man-

chas, rugas e flacidez.

“O principal fator do envelheci-

mento e da melanose solar nas mãos

é a exposição ao sol”, relata a der-

matologista Sonia Maria Manfredi

Cossi. O sol é o principal respon-

sável pela destruição das fibras de

colágeno, tornando a pele flácida e

sensível. Quanto mais clara a pele,

mais suscetível a pessoa está de

apresentar alterações.

“A melhor maneira de prevenir as

manchas é utilizar filtro e bloqueador

solar sempre, além de luvas, dependen-

do da intensidade da exposição”, res-

salta Sonia. Emagrecimento intenso

e alimentação pobre em nutrientes

também podem ser associados ao en-

velhecimento das mãos.

Envelhecimento e manchas – Quan-

do o assunto é flacidez, as mãos con-

tam com o avanço da cosmetologia.

Temos cremes hidratantes ativos

que formam uma película protetora,

além de ácidos e despigmentantes

associados a fotoprotetores, todos

altamente absorvidos pela pele.

Procedimentos como preenchi-

mentos, volumizadores, rádio-fre-

quência, CO2 fracionado, pixel, luz

pulsada, peelings químicos, peelin-

gs de cristal ou diamante e hidrata-

ções também ajudam.

Contra as manchas, a médica des-

taca as duas principais fórmulas para

minimizar ou acabar de vez com elas.

“Existem cremes clareadores que dimi-

nuem o excesso das manchas, ou elas

podem ser retiradas através de proces-

sos que utilizam o laser”, afirma Sonia.

Quando se preocupar – A partir dos

25 anos já é possível ver os sinais do

tempo (e do sol) em profissionais que

se expõe mais ao sol, como surfistas,

carteiros ou trabalhadores rurais.

E não há estágios das manchas,

segundo a dermatologista. “A pessoa

pode ter muitas ou poucas manchas.

Tudo isso depende da exposição solar de

cada um”, garante Sonia.

Além de ficarem expostas a ação

dos raios ultravioletas, as mãos são

lavadas várias vezes ao dia com pro-

dutos muitas vezes agressivos. Por

isso, hidratar o corpo também signi-

fica usar cremes nas mãos. Nunca se

esqueça deles, pois, juntamente com

os pés, são as partes consideradas as

mais secas do corpo humano. A

Foto: Reprodução Internet

Page 21: Revista Atua - Setembro 2012

21

AR

EZ

ZO

.CO

M.B

RS

IGA

-NO

S

AV, DONA GERTRUDES, 38 • CENTRO • 19 3623 3503

Page 22: Revista Atua - Setembro 2012

22

A relação entreseres humanos e gatosAo contrário do que se pensa, o gato não é um ser anti-social

’seu pet

O gato doméstico é considerado por muitos um ser

anti-social, capaz de não se apegar a pessoas, mas

somente ao território. Porém, várias pessoas que pos-

suem o felino em casa não concordam com essa ideia.

Pesquisadores da Universidade de Viena descobri-

ram, há alguns anos, que o tipo de relacionamento

mantido entre homens e gatos pode estar mais próxi-

mo da relação inter-humana do que se pensava.

Segundo o estudo, a ligação desses animais com seus

donos depende diretamente da personalidade, sexo e

idade de ambos, dos sentimentos pontuais e do tem-

po de convivência entre os dois – características essas

verificadas nos relacionamentos entre seres humanos.

A verdade é que a junção entre gatos e donos é ba-

seada em um verdadeiro jogo de interesses. São rela-

ções complexas, em que há contribuições emocionais

de ambos os lados. Constatou-se também que o hu-

mor e a personalidade dos donos afetam a forma como

o gato reage, recolhendo-se ou aproximando-se.

Outros resultados mostraram que, curiosamente, gatos

parecem se dar melhor com mulheres,

independente do sexo do animal.

Idade e personalidade do animal

também influenciam a relação.

Com as informações obtidas, os pesquisadores estão

seguros de que a relação entre dono e gato envolve cer-

tos tipos de interação que fazem um, de fato, entender

o que o outro está sentindo, como antes só tinha sido

verificado entre humanos.

Mudança – O que ocorre entre a segunda e a sétima

semana de vida do gato – período de sociabilização

primária – influi profundamente no comportamento

dele por toda a vida.

É nessa fase que o gato deve aprender a conviver

com o ser humano e com os animais com que terá

contato a vida toda. Gatos podem desenvolver um

bom convívio até com ratos. Após esse período, o gato

apresentará uma grande dificuldade para interagir so-

cialmente com qualquer outro animal a cuja convivên-

cia não tenha sido exposto.

Já se quisermos que o gato seja sociável com estra-

nhos, devemos habituá-lo a diversas pessoas, e não so-

mente a seus proprietários. Felinos que conviveram com

apenas uma pessoa tendem a ser tolerantes com aquela

pessoa específica, enquanto que gatos expostos à convi-

vência com quatro ou mais pessoas tendem a aceitar e

interagir com qualquer estranho.

Sociabilidade - Se o gato

doméstico fosse um animal estrita-

mente anti-social, era de se esperar

que, sem a influência humana, ele

fosse completamente solitário. Mas

não é o que se observa.

A

Foto: Reprodução Internet

Page 23: Revista Atua - Setembro 2012

23

Page 24: Revista Atua - Setembro 2012

24

’tendênciasSandália Anabela

nude - La ÚnicaBrinco e anel ágata de fogo

com madeira e olho de tigre Tuca Semi Joias

Vestido Chopper - Rainha Store

Sandália meia-pata brancacom spykes - La Única

Colar em tons de rosa - Pink Biju

Short Chopper - Rainha Store

SapatilhadouradaLuz da Lua - Scarpe

Camisa Bobstore - Chiquita

Calça Le Lis Blanc - Chiquita

Page 25: Revista Atua - Setembro 2012

25

Page 26: Revista Atua - Setembro 2012

26

’tendências

T-Shirt Le Lis Blanc - Chiquita

Bracelete colorido - Pink Biju

Esmaltes em cores cítricas - Pink Biju

Clout laranja Luz da Lua - Scarpe

Sandália azul Colcci - Scarpe

Sandália trisse multi Colcci - Scarpe

Jaqueta Chopper - Rainha StoreBrinco ágata azul - Tuca Semi Joias

Bolsa pink Luz da Lua - Scarpe

Sandália colorblocking Schutz - La Única

Sapatilha lima com ca-veira Schutz - La Única

Brinco Raolita pink - Tuca Semi Joias

Shorts Le Lis Blanc - Chiquita

Page 27: Revista Atua - Setembro 2012

27

Page 28: Revista Atua - Setembro 2012

28

’agito

Page 29: Revista Atua - Setembro 2012

29

Page 30: Revista Atua - Setembro 2012

30

Será que vale apena se reconciliar?É essencial viver esse momento como uma verdadeira separação

’relação

por Rosemeire Zago

Após uma separação conjugal, é comum lembrarmos

mais dos momentos bons e esquecermos as causas que

fizeram o relacionamento não mais existir. Dificilmente al-

guém decide se separar de maneira impulsiva, sem pen-

sar muito. Por isso, dificilmente há o arrependimento.

Mas depois de analisar alguns fatos, obter algumas

respostas, várias pessoas podem chegar à conclusão

de que é melhor voltar a um passado infeliz, mas se-

guro, do que enfrentar um futuro incerto, apesar de,

quase sempre, muito melhor.

Essa voz que lhe diz para ligar, procurar, passar

por cima de suas mágoas e sentimentos, fazendo-o

olhar esse passado com lágrimas nos olhos pode es-

tar apenas representando seu medo de acreditar em si

mesmo e ser capaz de superar essa dor. Negar o que

está acontecendo ou sentindo, com medo de sofrer

demais, não ajudará em nada.

Separar-se não significa não haver mais nenhuma

possibilidade de voltar atrás e reconciliar-se. Significa sim-

plesmente que, por enquanto, a relação acabou e esta é

a única certeza que possui. Algumas vezes acontece que,

depois de uma separação, o casal volte a unir-se, superan- >

Foto: Reprodução Internet

Page 31: Revista Atua - Setembro 2012

31

Page 32: Revista Atua - Setembro 2012

32

do as dificuldades e acima de tudo

aprendendo com cada uma delas.

Porém, muitas vezes, por carên-

cia, solidão, algumas pessoas pen-

sam numa reconciliação, esque-

cendo-se dos motivos reais que as

levaram a tomar tal atitude. Viver na

esperança e na expectativa de que

isso aconteça pode ser muito des-

trutivo. Por isso, é preciso tomar cui-

dado com esses momentos de re-

caída, pois se voltar sem deixar que

o tempo lhe traga a certeza de sua

atitude, poderá, em curto espaço de

tempo, estar sofrendo tudo de novo.

É essencial viver esse momento

como uma verdadeira separação,

a fim de que todo o sofrimento te-

nha algum sentido de ter existido e

tenha deixado algum aprendizado,

para que assim, algumas mudanças

possam ocorrer.

Sentimentos – A culpa também é

outro sentimento que pode nos fazer

querer voltar para refazer o que não

fizemos. Algumas pessoas tendem a

assumir toda a carga da responsabi-

lidade para si devido ao sentimento

de inferioridade ou baixa autoestima,

sentindo que não foi capaz de manter

a relação; outras tendem agir ao con-

trário, não se responsabilizando por

nada do que ocorreu.

Nem sempre a busca por culpados

é o melhor caminho. O certo é enten-

der o que aconteceu, evitando apon-

tar o dedo para quem quer que seja.

Foram precisos duas pessoas para co-

meçar a relação e também para termi-

ná-la, por mais que um dos dois não

quisesse que isso ocorresse. Mas não

se deixe esmagar por condenações e

culpas, com a certeza de que cada um

naquele momento fez o melhor que

conseguiu fazer.

Ter uma visão clara do que ocorreu

não é uma conquista imediata, e para

que as primeiras reações emocionais

possam ser compreendidas, levará al-

gum tempo. Não é possível determi-

nar quanto tempo, pois cada pessoa

reage de maneira diferente, principal-

mente devido ao seu histórico de vida.

Dê a si mesmo carinho, atenção,

e ouça cada um de seus sentimen-

tos, sem desprezá-los ou ignorá-los,

para que aos poucos comece a ela-

borar esses sentimentos que deseja

nunca mais sentir, obtendo assim

condições internas para reconstruir

tudo que foi destruído.

Comece a fazer coisas que não

fazia mais. Coma tudo aquilo que

deixou de comer porque o outro

não gostava, reveja amigos que não

vê há anos, vá a lugares que deixou

de ir, procure fazer tudo diferente do

que fazia quando acompanhado, ou

ainda, respeite seu luto, sua dor, e

fique por um tempo só para cuidar

apenas de si mesmo.

Pense em quantas coisas dei-

xou de fazer, pense como pode ser

positivo ter sua liberdade de volta,

quanta coisa poderá realizar e que,

de alguma forma, havia desistido. E

nos momentos de tristeza profunda,

se quiser, escreva tudo que sentir

para que possa colocar para fora,

chore tudo que quiser chorar, mas

tenha certeza de que toda essa dor

irá passar, ainda que fique uma cica-

triz, ela é necessária para lembrar-se

do quanto foi capaz de superar e

aprender. E somente depois de es-

tar de bem consigo mesmo, irá sen-

tir aquela vontade imensa de viver,

mas com alguém que lhe valorize

por tudo que você é.

Com certeza, amor não é sinôni-

mo de sofrimento, lágrimas, tristeza,

solidão, egoísmo. Amor é, acima de

tudo, transparência, troca, crescimen-

to. E se não foi isso que acontecia,

pode ser que aquilo que você cha-

mava de amor só tinha esse nome

porque você não sabia o que era ser

amado de verdade, mas você poderá

descobrir quando encontrar alguém

que, em vez de lhe fazer chorar e so-

frer, lhe faça sorrir e ser simplesmente

feliz. Alguém que em vez de fazer ter

vontade de morrer, lhe faça viver!

Foto: Reprodução Internet

Page 33: Revista Atua - Setembro 2012

33

Page 34: Revista Atua - Setembro 2012

34

’psicologia

por Maryá Rehder Ambroso

O ciúme infantil é um tema comumen-

te apontado pelos pais e inevitável na

maioria das famílias. Privilégios e pre-

cedências, em geral, geram inimizade

entre os irmãos. O nascimento de um

ente mais novo, o número de filhos e

a posição na ordem dos nascimentos

são outros geradores de rivalidade.

O ciúme infantil convenciona-se

principalmente no desejo da criança

em ter o amor e a atenção dos pais,

visto que, inconscientemente, os pais

evidenciam o favoritismo e suas prefe-

rências por um dos filhos, o que pode

gerar o sentimento de ciúme, inveja,

rivalidade, hostilidade e competição

entre os irmãos.

Mas como lidar com esse conflito?

O primeiro passo é saber identificar as

manifestações de condutas ciumen-

tas demonstradas pela criança. É cer-

to que existem diferentes modos de

como a criança manifesta e exterioriza

o ciúme, pois cada uma é um ser hu-

mano único provido de suas singula-

ridades, mas tem o comportamento

regressivo como forma mais comum

de manifestação.

Ele se caracteriza pela retoma de

comportamentos que já tinham sido

abandonados pela criança, como por

exemplo, a regressão da linguagem,

chupar o dedo ou a chupeta, fazer

uso de mamadeira, voltar a fazer xixi

na cama, ter medo de dormir sozinha,

entre outros.

Nestes casos, é importante que os

pais reprimam essas ações para que os

filhos não abandonem conquistas que

já haviam sido adquiridas no decorrer

do crescimento. É importante cons-

cientizar a criança de que ela não pre-

cisa voltar a ser um bebê para garantir

atenção, amor e carinho dos pais.

Motivos – Outros aspectos que cono-

tam o ciúme são demonstrações de ir-

ritabilidade, agressividade, nervosismo

e sentimentos ambivalentes, onde, em

algumas vezes, a criança age de uma

maneira dissimulada, em uma combi-

nação de amor e ódio para com o irmão.

A própria desvalorização também

atua como mecanismo passivo do ciú-

me. É onde a criança se anula e pode vir

apresentar reações depressivas e auto-

destrutivas. Frente à manifestação des-

sas condutas, cabe aos pais colocar em

evidência os progressos de cada criança

e as suas qualidades em diferentes áre-

as, sobretudo nas atividades que cons-

tituem as suas especializações, sempre

tomando a própria criança como refe-

rência. Pretende-se, com isto, valorizar

o seu progresso em determinada situa-

ção, aumentando a sua autoestima.

O ciúme passa por várias etapas

do desenvolvimento infantil. O filho

primogênito, o do meio, o caçula, os

gêmeos, o adotado, cada um possui

seus motivos para sentir ciúme e os

desentendimentos entre irmãos fa-

zem parte do crescimento. Trata-se de

uma fase difícil e dolorosa para alguns

pais, mas para as crianças é uma forma

de encarar desafios e vencê-los.

E para que esses conflitos não se

transformem em estágios patológicos, é

essencial que os pais e familiares cum-

pram seus papéis de maneira imparcial,

respeitando as individualidades e valori-

zando cada criança como um ser único

e essencial. Demonstrando a ela que

não há diferenciações entre os filhos, e

Foto: Reprodução Internet

Ciúme entre irmãosSaiba os motivos que levam crianças e adolescentes a ter esse sentimento em casa

Page 35: Revista Atua - Setembro 2012

35

sim amor suficiente para cada um deles.

Caso contrário, pode gerar-se um ciclo

vicioso e traumatizante para a criança.

Portanto, o equilíbrio de elogios e

estímulos é uma excelente alavanca

para fortalecer e ajudar os irmãos a

suportarem suas diferenças. Nesse mo-

mento, é importante deixar de lado as

comparações, utilizar de palavras amo-

rosas, demonstrar afeto, carinho, aten-

ção, enumerar pontos positivos, elogiar

cada um de seus filhos e elaborar ati-

vidades e brincadeiras entre os irmãos,

para que assim, haja cada vez mais har-

monia e amizade entre eles.

Por conseguinte, é fundamental

que os pais ensinem os filhos a transfor-

marem suas vivências de rivalidade em

uma aprendizagem de vida em grupo,

tornando assim a relação familiar solidá-

ria ao bem comum. Porque irmãos são os

melhores amigos que alguém pode ter.

Page 36: Revista Atua - Setembro 2012

36

Perdas... contingências da vidaMais ou menos dolorosas, é necessário enfrentá-las. Como?

’psicologia

por Ângela Maineri CorvelloPsicóloga e Psicoterapeuta

Quando falamos em perda, a primeira

coisa que nos vem à mente é a morte

das pessoas que amamos e o medo

que temos de que isto aconteça. Mas

o assunto é muito mais vasto. Você já

parou para pensar com quantas per-

das lidamos todos os dias, desde que

acordamos até a hora que vamos dor-

mir, e mesmo enquanto dormimos?

Ao longo da vida, passamos por

muitas perdas, algumas tão dolorosas

que não entendemos como consegui-

mos não sucumbir a elas; outras nem

tanto; outras ainda quase nada; ou-

tras nada mesmo. Tudo depende da

importância que tem para nós o que

estamos perdendo. Perdemos por

abandonar e por sermos abando-

nados; por mudar e deixar as coisas

para trás para seguir nosso caminho;

perdemos sonhos, expectativas de

realização; ilusões de liberdade, po-

der e segurança; nosso corpo jovem

que pretendemos imune às rugas...

Em qualquer idade enfrentamos

perdas e elas são sempre difíceis e do-

lorosas. Não se trata de fazer apologia

ao sofrimento, pois ninguém é capaz

de eliminá-lo. E esta é a questão: “isto

não é possível”. O mundo em que vive-

mos implica nesta dialética constante

prazer/desprazer, ganhos/perdas, ale-

gria/tristeza, bom/mau, vida/morte...

Vale também lembrar que estes

pólos não se confundem, não se anu-

lam e nem se compensam. Eles coe-

xistem numa sucessão infindável que

se faz necessária à renovação; ao nos-

so crescimento; desenvolvimento de

força e competência.

O que fazer então? - Muitos tentam

driblar o sofrimento lançando mão de

tentativas mambembes de controle

de si, do outro e das circunstâncias,

num delírio de poder e onipotência,

elegendo fugas como comer, comer,

comer; beber, beber, beber; comprar,

comprar, comprar; jogo, sexo, uso e

abuso de drogas e medicamentos;

cirurgias plásticas, distanciamento

afetivo, individualismo, fumo, redes

sociais (a lista é enorme); tudo numa

busca compulsiva de solução para a

aflição, e de prazer intenso e imediato.

O resultado? Sofrimento, talvez outro,

mas ainda assim sofrimento, pois em

algum lugar em nós aquilo de que

tentamos fugir persiste, sobrevive, ain-

da que aparentemente silencioso.

Algumas das coisas citadas como

fuga, e outras ainda, são também re-

cursos importantes em nossa vida e

fontes de prazer e alegria. A questão

pode não estar na coisa em si, mas

no uso que fazemos dela, pois como

disse Paracelsus, “a diferença entre

o remédio e o veneno é a dose”. Te-

mer a morte e o sofrimento não só

é normal como também nos ajuda a

preservar a vida.

Outra possibilidade diante do >

Foto: Reprodução Internet

Page 37: Revista Atua - Setembro 2012

37

Page 38: Revista Atua - Setembro 2012

38

sofrimento é enfrentá-lo.

Nesses anos de vida e ofício, ve-

nho aprendendo por teoria, técnica

e experiência que só enfrentando

também nossas perdas podemos nos

tornar seres humanos plenamente de-

senvolvidos. Aprendi ainda que nossos

ganhos estão também diretamente

ligados à maneira como enfrentamos

estas perdas, e que muitas vezes ten-

tando não perder, diminuímos ou per-

demos a chance de ganhar.

Viver plenamente implica risco e

isto exige coragem, que aliás não é au-

sência de medo como pensam muitos,

e sim capacidade de enfrentá-lo. Do

mesmo modo penso que força e com-

petência não estão na capacidade de

evitar o sofrimento, e sim em conseguir

enfrentá-lo, suportá-lo e atravessá-lo

sem sucumbir. “Isto é possível”.

Sempre saímos de uma experi-

ência como esta mais fortalecidos. A

condição para esta travessia difere de

pessoa para pessoa, já que resulta de

fatores individuais que residem tam-

bém em nossa história de vida.

Para as que encontram mais difi-

culdade, há a possibilidade de bus-

car ajuda de profissionais habilitados

para se fortalecer. Para todos nós, uma

dose de autoconhecimento é muito

importante. Saber da própria história,

dos nossos desejos, clamores internos,

paixões; nossa força e fragilidade; en-

fim, do ser que somos, é fundamental.

Essa consciência nos permite en-

frentar as perdas relativas ao confron-

to com as limitaçoes do nosso poder

e encarar as necessárias renúncias

aos sonhos ideais em favor da nossa

realidade humana e de todo o nosso

potencial criativo. Assim, não ficamos

presos e congelados no passado.

Por isso, amplie na sua vida o espa-

ço para o prazer e para a alegria. Cuide

de sua saúde, faça uma atividade físi-

ca, pois ela ajuda o organismo a pro-

duzir os hormônios reguladores do

humor; tenha uma ocupação que lhe

traga realização e gratificação; curta os

amigos, sorria, cante, ame...

Enfim, volte sua atenção para as

oportunidades de felicidade, pois

elas estão sempre ali, esperando

que você as note, mesmo quando

tudo parece escuro. Siga com a vida,

porque ela segue apesar de você.

Finalizo citando Carlos Drummond

de Andrade: “A cada dia que vivo, mais

me convenço de que o desperdício da

vida está no amor que não damos, nas

forças que não usamos, na prudência

egoísta que nada arrisca, e que, esqui-

vando-nos do sofrimento, perdemos

também a felicidade. A dor é inevitá-

vel, o sofrimento é opcional”.

Obrigada Drummond, e a você,

leitora ou leitor.

Page 39: Revista Atua - Setembro 2012

39

Page 40: Revista Atua - Setembro 2012

40

Preocupe-se com a psoríaseDoença não tem suas causas conhecidas; fatores genéticos e psicológicos influenciam

’saúde

por Lígia Nasser Rezende

A Psoríase é uma doença inflamatória da pele, crônica, não

contagiosa e de causas ainda não totalmente esclarecidas.

Sabe-se que fatores genéticos, psicológicos, estresse,

uso de alguns medicamentos, exposição ao frio, resseca-

mento da pele e ingestão de bebida alcoólica podem in-

fluenciar na causa e evolução da doença.

Casos leves ou graves – Os tratamentos variam de acordo

com o tipo clínico. Para casos mais leves e localizados, cre-

mes e pomadas podem ser indicados pelo médico, além

de hidratação da pele e exposição controlada à luz ultra-

violeta, natural ou em cabines próprias para tratamento.

Já em casos mais graves, o tratamento é sistêmico, com

medicamentos de uso oral ou injetável. Geralmente, apresen-

tam efeitos colaterais indesejáveis e, por isso, o uso é restrito.

Para manter a pele sempre hidratada, evite banhos

quentes e prolongados. Além disso, use hidratantes de-

pois de cada banho, pela vida toda. O ressecamento da

pele pode desencadear o aparecimento de novas lesões.

Entre outras dicas, estão: exposição moderada e con-

trolada ao sol (com orientação do dermatologista); se hou-

ver desgaste emocional, procure a ajuda que considerar

necessária para se sentir melhor; e não evite o contato

com outras pessoas, pois a Psoríase não é contagiosa e o

convívio com outras pessoas pode fazer muito bem.

Tipos – Existem diversos tipos de psoríase, cada uma com sua

identificação. Todas podem ser acompanhadas de coceira.

Entre as principais, citamos a “vulgar”, que apresenta

lesões avermelhadas com descamação espessa e esbran-

quiçada; a “gutata” destaca lesões menores, que geral-

mente aparecem após infecções; a eritrodérmica ressalta

lesões mais finas, acometendo quase todo o corpo.

Na “artropática”, lesões podem estar presentes, junto com

inflamação de articulações; a “pustulosa” apresente lesões

com bolhas e vesículas, que não são causadas por infecções.

Page 41: Revista Atua - Setembro 2012

41

Page 42: Revista Atua - Setembro 2012

42

Mal de Alzheimer atinge6% dos idosos brasileirosApoio da família e da sociedade é fundamental para a melhora do paciente

’saúde

por Adriano Teixeira de Oliveira

O Mal de Alzheimer é uma doença

neurodegenerativa, que acomete o

córtex cerebral (ocorrendo a mor-

te das células cerebrais, ou seja, os

neurônios), com piora progressiva e

contínua com o passar dos anos. Os

sintomas são muito variáveis e diver-

sificados, mas todos caracterizam o

quadro clínico que denominamos

“Demência”. A doença acomete pesso-

as acima dos 60 anos e, infelizmente,

ainda não tem cura definida.

Não é todo idoso com queixa de

dificuldade de memória que apresen-

ta um quadro da doença. Entre as di-

versas causas e formas de demências,

o Alzheimer é a mais comum, mais

estudada e mais conhecida. No Brasil,

são estimados cerca de 1,5 milhão de

pessoas acometidas do problema.

São três estágios distintos em re-

lação à perda de memória: envelhe-

cimento normal do cérebro (idoso

capaz de se autoadministrar); declínio

cognitivo leve (vive com certas difi-

culdades e tem sua vida pessoal inde-

pendente prejudicada); e demência

(necessita de ajuda de outras pessoas

para suas atividades de vida diárias).

Para se chegar a um diagnóstico, é

necessária uma história clínica adequada

feita pelo médico especialista, além de

testes simples feitos em consultório mé-

dico e o exame neurológico de rotina.

Na dúvida diagnóstica, devem ser feitos

testes neuropsicológicos mais aprimora-

dos, além de exames de imagem (como

tomografia de crânio) e outros subsidi-

ários. Há necessidade ainda de se fazer

um diagnóstico o mais breve possível,

para que se possa iniciar o tratamento

medicamentoso precocemente.

Imprecisões – Existem muitas dúvidas

a respeito da Doença de Alzheimer

ainda não elucidadas pela ciência. Não

se conhece exatamente qual a causa,

mas existem várias teorias, sendo que

as mais importantes são a alteração

no metabolismo da Proteína TAU e o >

Page 43: Revista Atua - Setembro 2012

43

Page 44: Revista Atua - Setembro 2012

44

depósito de proteína Beta-Amilóide.

O que se conhece bem é que há

um problema em um neurotransmis-

sor cerebral chamado Acetilcolina e,

na doença de Alzheimer, começa a

haver sua redução, visto que a morte

dos neurônios ocorre em células que

a produzem naturalmente. O Alzhei-

mer é mais suscetível em pessoas com

vida sedentária, com baixo nível de es-

colaridade, com casos da doença na fa-

mília, com predisposição genética e pes-

soas que tenham a Síndrome de Down.

A maior parte dos casos é da forma cha-

mada Esporádica (95%), e os casos gené-

ticos ou hereditários são minoria (5%).

Como cuidar – O tratamento da do-

ença de Alzheimer compreende a

assistência médica, onde é possível

prescrever medicamentos que têm

utilidade para reduzir a velocidade de

progressão da doença, promovendo o

aumento da Acetilcolina, além de ou-

tros para controlar sintomas de agita-

ção, agressividade e insônia.

Compreende também todos os

cuidados inerentes à equipe multidisci-

plinar que deve acompanhar em con-

junto ao doente, como Enfermagem,

Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição,

Terapia Ocupacional, Assistente Social,

Dentista, Educador Físico e Psicóloga.

A dica básica para lidar bem com

o paciente é nunca contrariá-lo, para

evitar atritos e discussões, pois ele

não tem consciência do que está

fazendo. Contorne a situação despis-

tando o assunto ou mudando o foco

da conversa, tentando novamente

em alguns minutos.

Alzheimer é uma doença que pre-

judica não só o paciente, mas toda a

família tem que se mobilizar para cui-

dar de seu familiar. Há uma mudança,

tanto de trabalho como de desgaste

emocional, na rotina dos familiares en-

volvidos, que se tornam “cuidadores”.

Mutação dá nova pista contra mal de Alzheimer

Segundo a Folha de S. Paulo, a descoberta de uma mu-

tação genética (alteração no DNA) que tem o efeito

de proteger contra o Mal de Alzheimer pode ajudar

cientistas na busca de uma droga contra a doença. A

pesquisa foi liderada pela empresa deCODE, da Islân-

dia, que estudou as informações genéticas por meio de

sequeciamento de DNA de 1.795 nativos do país-ilha.

Eles viram que a incidência de Alzheimer era muito

menor entre os portadores de uma mutação específica

que funciona como uma proteção dos neurônios.

A alteração rara foi encontrada nesse gene (batizado

pelos pesquisadores de APP), que contém a receita

para a produção de uma proteína de função ainda mal

conhecida. No estudo da “Nature”, os autores descre-

vem como diferentes alterações nesse gene originam

versões distintas de moléculas amiloides, umas mais

nocivas que outras. Aquelas envolvidas no mal de Al-

zheimer são as beta-amiloides.

Essas moléculas, quando se unem em grandes quantida-

des, formam fibras que sobrecarregam e matam os neurônios

de diferentes áreas do cérebro, ocasionando a perda das capa-

cidades de memória características do paciente de Alzheimer.

Page 45: Revista Atua - Setembro 2012

45

Page 46: Revista Atua - Setembro 2012

46

’galera

Como você se define: Uma pessoa bem humorada, amiga e extrovertida.O que mais gosta de fazer: Compras (risos).Perfume: Floratta in Gold.Música: Sertanejo universitário.

Filme: Uma prova de amor.Comida: Mineira.Livro: Nada é por acaso.Medo: Perder as pessoas que amo.Viagem dos sonhos: Conhecer nosso lindo Brasil.Hobby: Ler.Ídolo: Deus.Não vive sem: Minha família.O que precisa para lhe conquistar:Ser verdadeiro, carismático e humilde. Um sonho: Ser feliz.Como pensa estar daqui a 10 anos?Alcançar todos meus objetivos, tanto pessoais quanto profissionais.

Daniela Stremel18 anos - estudante

Como você se define? Apaixonada.O que mais gosta de fazer? Viajar, estar com quem amo e viver.Perfume: Floratta – O Boticário.Música: Better Together - Jack Johnson.Filme: Diário de uma Paixão.

Livro: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.Comida: Massas e japonesa.Medo: Perder quem eu amo.Viagem dos sonhos: Seychelles e Dubai.Hobby: Fotografar.Ídolo: Meus pais.Não vive sem: Minha família, meus amigos, meu namorado e maquiagem (risos).O que precisa para lhe conquistar?Ter caráter, ser sincero e determinado.Um sonho: Conhecer o mundo.Como pensa estar daqui a 10 anos?Com saúde, realizada profissional e pessoalmente.

Ana Paula Moreira 21 anos - estudante

Como você se define: Uma pessoa sonhadora, que busca os seus objetivos. O que mais gosta de fazer? Comer.Perfume: Acordes - O Boticário.Música: Pagode.

Filme: O livro de Eli.Livro: A Crônica da Casa Assassinada.Comida: Conchiglione (italiana).Medo: Filme de terror.Viagem dos Sonhos: Caribe.Hobby: Musculação.Ídolo: Minha própria pessoa.Não vive sem: Minha família e meus amigos.O que precisa para lhe conquistar: Carisma, educação e caráter.Um sonho: Ter três filhos.Como pensa estar daqui a 10 anos?Estabilizada profissional e financeiramente.

Franciely Costa Borba19 anos - estudante

Como você se define? Geniosa.O que mais gosta de fazer? Assistir a filme, ir ao shopping, fazer churrasco e estar com a família, namorado e amigos.Perfume: 212 Sexy.Música: Cowboy Take me Away – Dixie Chicks e Sertanejo.Filme: Comédia, romance, ação e desenho.

Livro: Nunca desista de seus sonhos; O Monge e o Executivo; A Chave do segredo; Pai Rico Pai Pobre.Comida: As que mais engordam, tipo massa. (risos)Medo: Perder as pessoas que amo.Viagem dos sonhos: Europa (Veneza, Londres, Paris, Barcelona, Berlin, Lisboa, Milão, Roma e Amsterdã).Hobby: Caminhar e assistir a filmes.Ídolo: Meus pais e o Padre Fabio de Mello.Não vive sem: Família.O que precisa para lhe conquistar: Sinceridade, companheirismo e romantismo.Um sonho: Me realizar profissional e pessoalmente.Como pensa estar daqui a 10 anos?Realizada, com saúde, bom emprego, casada e com filhos.

Marcela Zazini Cambaúva26 anos - assistente contábil

Page 47: Revista Atua - Setembro 2012

47

Como você se define? Um cara tranquilo, com alguns picos de estresse. Tudo bem... com muitos picos de estresse.O que mais gosta de fazer? Jogar futebol, tocar violão e ser, por alguns minutos, o barman da festa.Perfume: Ladro (L’acqua di Fiori) e Malbec (O Boticário).Música: Gotta be Somebody (Nickelback).Filme: A Rede Social.

André Luís Santos29 anos - analista de e-marketing

Livro: Pés no Chão e Cabeça nas Estrelas (Dr. Lair Ribeiro).Comida: Massas.Medo: Altura.Viagem dos sonhos: Circuito europeu.Hobby: Violão.Ídolo: Jesus Cristo.Não vive sem: Minha família.O que precisa para lhe conquistar: Cumplicidade.Um sonho: Prosperar e muito no meu ramo de atividade.Como pensa estar daqui a 10 anos? Casado com Aliny Plácido, com alguns “pequenos” para cuidar e traçando novas metas de vida, na certeza de já estar superadas as atuais.

Como você se define? Uma pessoa boa, mas com os pés no chão.O que mais gosta de fazer? Sair com a galera.Perfume: Absolut.Música: Um pouco de todas.Filme: 60 Segundos.Livro: Não gosto.

Bruno Mejiolário Secco23 anos - autônomo

Comida: Lasanha e batata frita.Medo: Fracasso.Viagem dos sonhos: Alemanha.Hobby: Carros.Ídolo: Ayrton Senna.Não vive sem: Sôssego.O que precisa para lhe conquistar: Sinceridade.Um sonho: De não perder as pessoas que sempre me fizeram bem.Como pensa estar daqui a 10 anos? Fazendo o que gosto e sempre trabalhando.

Como você se define? Extrovertido, companheiro, agitado e de bem com a vida.O que mais gosta de fazer? Reunir a galera para um churrasco.Perfume: Malbec.Música: Sertanejo e de tudo um pouco.Filme: O curioso caso de Benjamin Button.Livro: O Segredo.Comida: Da minha mãe (risos).

Raphael Lima23 anos - estagiário de RH Medo: Perder minha família e amigos.

Viagem dos sonhos: Cancun.Hobby: Curtir a vida.Ídolo: Deus.Não vive sem: Companhia dos amigos e família.O que precisa para lhe conquistar: Ser sincera, companheira e de bem com a vida.Um sonho: Ficar rico (risos).Como pensa estar daqui a 10 anos?Bem sucedido na profissão, com uma boa estabilidade financeira e curtindo a vida com a família.

Como você se define? Feliz e vitorioso. Na maioria das vezes sou da maneira que agrada aos outros, pois senão acabo sendo excluído de qualquer grupo social.O que mais gosta de fazer? Estar entre amigos e familiares.Perfume: Ferrari Black.Música: Charlie Brown Jr. - Pontes Indestrutíveis; Rosa de Saron – Chance.

Willian Silva23 anos - estudante

Filme: Piratas do Caribe.Livro: A Minha missão é montar - Adriano Moraes.Comida: Bife à Parmegiana.Medo: Perde pessoas amadas.Viagem dos sonhos: Conhecer mais belezas do Brasil.Hobby: Música.Ídolo: Jesus Cristo.Não vive sem: Pessoas amadas.O que precisa para lhe conquistar: sinceridade, ser fiel, amiga e querer sempre estar ao meu lado.Um sonho: Construir uma família.Como pensa estar daqui a 10 anos? Realizado profissional e pessoalmente e ser um grande médico veterinário.

Page 48: Revista Atua - Setembro 2012

48

’entrevista

“Publicidade brasileira está entre as melhores do mundo”É o que afirma João Ciaco, um dos maiores publicitários do Brasil

por Luiz Gustavo Gasparino e Mateus Ferrari Ananias

Precisaremos de algumas linhas a mais para dizer quem

é e o que faz o sanjoanense João Batista Simon Ciaco:

diretor de marketing da Fiat para o Brasil e Améri-

ca Latina, sendo responsável pelo planejamento es-

tratégico e branding da marca; desenvolvimento e

implantação das estratégias de internet e interativi-

dade em redes sociais; ações de marketing de rela-

cionamento; e implantação, no Brasil, do projeto CRM

(Customer Relationship Management), bem como as

estratégias e iniciativas de comunicação publicitária

e mercadológica da companhia.

João Ciaco é graduado em engenharia e adminis-

tração de empresas, com pós-graduação em marketing

pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS),

mestre em administração de empresas pela Fundação

Getúlio Vargas (EAESP-SP) e doutor em comunicação e

semiótica pela PUC São Paulo. Além disso, é presidente

da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Atuou

nos departamentos de marketing e vendas da Unilever

por oito anos. Na sequência, ocupou por cinco anos a

diretoria de marketing da Kodak, de onde saiu em 2001

para ingressar na Fiat. Não é pouco.

Em pesquisa feita pela reportagem em vários tex-

tos e entrevistas, João Ciaco faz questão de citar São

João da Boa Vista por ser, segundo ele, sua referência.

“Hoje tenho a chance de conviver com pessoas de mui-

tas nacionalidades, liderar grupos multiculturais, viajar

por muitos países, falar outras línguas, estar em tantos

lugares. Mas nesta multiplicidade toda é necessário e

fundamental ter sempre uma referência, um ponto de

partida que me relembre sempre quem eu sou. E esta

minha referência é São João”.

Qual a sua ligação com São João da Boa Vista? São João é minha cidade

natal, onde moram meus pais, irmãos,

minha família, onde ainda encontro

bons e antigos amigos, e minha refe-

rência de infância e adolescência. Eu,

que morei em tantos lugares e que

viajo sem parar, quando me pergun-

tam qual é a minha cidade, São João é

sempre a minha resposta.

Quais os principais momentos do seu passado em nossa cidade? Vou

sempre que posso a São João, muito

menos do que gostaria, mas sempre

apareço para rever familiares e amigos.

São muitos os momentos bons da in-

fância e adolescência na cidade, desde

os tempos de colégio no “Ginasinho” e

no Joaquim José, os festivais de músi-

ca, a Semana Guiomar Novais, os car-

navais, as cachoeiras na serra, a fazenda

Cachoeira, o pôr do sol, a Mantiqueira...

Como você analisa o atual momen-to da publicidade e propaganda no Brasil? A publicidade brasileira é cer-

tamente uma das melhores do mun-

do. Podemos constatar isso durante os

festivais de comunicação, nos quais as

agências, os anunciantes e as campa-

nhas do Brasil estão sempre em desta-

que. Basta ver os 79 leões que o Brasil

trouxe este ano de Cannes, número

recorde para a publicidade brasileira.

Vivemos um bom momento, com um

sólido pensamento e boa execução

dos trabalhos de marca, um fortale-

cimento da comunicação do varejo,

maturidade da publicidade online e

estabilidade do modelo brasileiro de

comunicação, com o fortalecimento

da autorregulamentação do setor, ca-

pitaneada pelo Conar (Conselho Na-

cional de Autorregulamentação) e a

hegemonia da liberdade de expressão

comercial que nosso mercado sempre

objetiva. Na perspectiva mais técnica,

acho que o momento é de pensarmos

na integração da comunicação para

usarmos todos os meios de forma

eficaz, gerando soluções de comuni-

cação que atendam a esse mercado

consumidor em constante mudança. >

Page 49: Revista Atua - Setembro 2012

49

“ Os cursos que formam

profissionais de publicida-

de e propaganda precisam

se atualizar. A verdade é

que, hoje, eles aprendem

esse dinamismo apenas no

dia-a-dia do mercado ”

Foto: Divulgação

Page 50: Revista Atua - Setembro 2012

50

>

Quais os maiores desafios em criações para as grandes marcas, no mercado atual? A criação não é um trabalho inde-

pendente; ela, para ser eficaz e relevante,

precisa partir de um bom trabalho de

planejamento e ser finalizada com a ade-

quada estratégia de mídia. Assim, inde-

pendentemente do tamanho da empre-

sa e da força da marca, a criação deve

ser sempre realizada em cima de es-

tudos sobre o público-alvo e com ob-

jetivos bem definidos, o que vai per-

mitir o estabelecimento de processos

eficientes de mensuração dos resul-

tados conseguidos pelo movimento

criativo. A inovação é um pilar muito

importante para uma marca atingir

destaque em suas criações. Vivemos

em um mercado de competição acir-

rada em que a inovação e criatividade

são fundamentais para conquistar o

consumidor. O filosofo francês Gilles

Lipovetsky diz que, no mundo atu-

al, “tudo o que é novo apraz”, o que

acredito totalmente. Nosso desafio

em marketing é justamente construir

o novo, a inovação e a novidade nas

nossas rotinas de comunicação. E não

é por acaso que minha tese de douto-

rado busca compreender exatamente

como se constrói esse novo na comu-

nicação contemporânea.

Como foi ser jurado no Festival de Criatividade de Cannes, um dos mais importantes eventos no mundo da publicidade? Participo do Festival de

Cannes há 10 anos como delegado

brasileiro, sendo que no ano passado

também tive a experiência de ser pales-

trante no seminário do evento, mostran-

do ao mundo publicitário o nosso case

brasileiro do Fiat Mio, carro conceito

desenvolvido colaborativamente e em

inovador processo de crowdsourcing.

Esse ano foi a primeira vez que estive

como jurado da competição, em Creati-

ve Effectiveness, uma categoria nova no

Festival. No júri, avaliamos o quanto uma

iniciativa criativa trouxe de resultado

para a marca, produto ou serviço anun-

ciante. A qualidade criativa da comuni-

cação já foi atestada, uma vez que para

participar da categoria é necessário que

esta comunicação já tenha conquistado

Leão ou tenha ficado no shortlist do Fes-

tival no ano anterior. Nosso olhar foi para

as criações que geraram resultados po-

sitivos. Participar deste júri me permitiu

conhecer diferentes trabalhos, vindos

do mundo inteiro, e pude fazer um pa-

ralelo entre o que temos visto no Brasil,

identificando pontos positivos e aque-

les em que ainda precisamos evoluir.

O que você trouxe de aprendizado desse festival para seus futuros pro-jetos? Todo festival é sempre muito

importante para agregar aprendizados.

Como disse anteriormente, pude ver

exemplos de cases que se destacaram

no seu planejamento. O Grand Prix da

categoria, “Axe Excite”, realizado pela

BBH Londres para o desodorante da

Unilever, é um bom exemplo de ação

que gerou bons resultados. A campa-

nha foi veiculada em mais de 100 paí-

ses, desenhando a mulher dos sonhos

como uma mulher angelical. Acredito

que o maior aprendizado é trazer um

olhar novo para a questão da mensura-

ção de resultados não apenas do pon-

to de vista da comunicação, mas para o

negócio efetivamente. Este é um desa-

fio para o marketing brasileiro hoje.

Como você analisa as ações de comu-

Mio - Nas fotos, um dos maiores feitos

da montadora, o Fiat Mio. O veículo

conceito foi concebido a partir das ideias

enviadas pessoas comuns, que eram

analisadas e estudadas por engenheiros

da Fiat. “Vamos criar um novo modo

de se pensar o futuro dos carros”.

Fotos: Divulgação Fiat

Page 51: Revista Atua - Setembro 2012

51

Page 52: Revista Atua - Setembro 2012

52

>

nicação das empresas brasileiras em sites de redes sociais? As redes sociais

ganharam muito espaço e consequen-

temente muita importância para todas

as marcas. Muitas empresas já estão uti-

lizando essa ferramenta para estreitar o

relacionamento com os consumidores.

Ainda há muito a se fazer, algumas em-

presas já conseguem resultados positi-

vos com essa interação, mas é preciso

melhorar esse relacionamento e criar

uma estratégia para conversar com

o seu consumidor. As empresas têm

todos os seus processos de intera-

ção com o consumidor desenhados

para a esfera privada, em relações

individualizadas (o que eu gosto de

chamar de “um monólogo a dois”);

com as redes sociais as empresas

estão sendo obrigadas a repensar

todas as suas rotinas, já que a intera-

ção social se processa no âmbito pú-

blico, em relações plurais e coletivas.

Qual trabalho a FIAT tem desenvol-vido para reforçar sua marca nestes sites? A Fiat possui canais no Twitter, Fa-

cebook e YouTube para estreitar o rela-

cionamento com o nosso consumidor.

Nós sabemos da importância dessas

ferramentas e por isso temos uma equi-

pe especializada para cuidar de toda a

estratégia da marca, avaliando o con-

teúdo que vai para essas redes. Nossa

grande preocupação é fazer com que o

consumidor veja as redes sociais como

um canal transparente de comunicação

e relacionamento com a empresa.

Como foi para você fazer parte de um projeto tão audacioso e inovador como o Fiat Mio? Esse projeto é o re-

sultado de um trabalho de integração

e inovação que estamos trabalhando

na Fiat desde 2001. Fomos a primeira

montadora no mundo a convidar a

comunidade virtual para participar da

concepção de um carro conceito, man-

dando sugestões para que compusés-

semos aquilo que seria um protótipo

do carro do futuro. O aprendizado que

tivemos com o Fiat Mio fez com que

esse modelo de interação com consu-

midores permeie atualmente todas as

nossas conversas. Participar desse pro-

jeto foi muito importante e me trouxe

muitos aprendizados. Essa iniciativa foi

um grande passo para a companhia e

para o mercado como um todo.

Qual o retorno que este projeto trou-xe para a Fiat? Foram enviadas 11 mil

ideias, mais de 17 mil participantes em

mais de 160 países. Por congregar opini-

ões tão diversas e gerais, e para permitir

a correta utilização de uma criação co-

letiva, fomos buscar a homologação do

Creative Commons, que permite que

qualquer pessoa, marca ou empresa

venha a utilizar as ideias coletivas origi-

nadas no Fiat Mio.Na edição de 2011 do

Festival de Cannes, apresentamos o case

brasileiro ao mundo, reconhecido pelo

seu sucesso e grande repercussão. Os re-

sultados obtidos com o Fiat Mio aproxi-

maram ainda mais as áreas da Fiat como,

por exemplo, o Centro Estilo e a área de

marketing. O projeto foi fundamental

para pensarmos novas ações inovado-

ras da marca, de uma forma transversal,

e para entendermos que hoje o consu-

midor tem essa vontade de falar com

as marcas, de opinar na concepção de

produtos que um dia eles possam vir a

comprar. Aprendemos que nada se faz

dentro da fábrica sem entender a fundo

os anseios do consumidor.

Os 35 anos de Brasil da Fiat gerou uma

Foto: Divulgação

Page 53: Revista Atua - Setembro 2012

53

Page 54: Revista Atua - Setembro 2012

54

grande repercussão entre os consumi-dores. Você considera que essa campa-nha está entre os principais projetos de sua carreira? A comemoração dos

35 anos da Fiat no Brasil foi um marco

na história da companhia. Por meio da

campanha, conseguimos passar o que

está por trás da história de uma empresa

que conquistou seu espaço e hoje é uma

referência para os brasileiros. A confiança

do consumidor foi fundamental para

traçarmos nossa trajetória de inovação

e pioneirismo. Quando falamos que so-

mos movidos por brasileiros, reforçamos

que buscamos entender as peculiarida-

des do nosso país para oferecer produ-

tos adequados. A liderança de mercado,

conquistada por 10 anos, mostra que

temos nos aperfeiçoado nisso.

Como é ser premiado em eventos tão importantes na área da publicidade e propaganda, como o Caboré, em 2010, e o Grand Prix de Comunicação Inte-grada do Prêmio About, em 2005? Con-

quistar prêmios é resultado de um traba-

lho muito sólido de toda uma equipe, em

parceria com as agências. Conseguimos

fortalecer, cada vez mais, a presença da

Fiat no mercado por meio da nossa co-

municação, e conquistar esses prêmios é

um reconhecimento do mercado.

Quando cheguei à Fiat, em 2001, tinha

uma missão muita clara: estruturar nos-

sa área de internet e definir um planeja-

mento estratégico da marca no Brasil de

forma a reescrevê-la, reposicioná-la no

novo cenário digital e dentro da expec-

tativa do novo consumidor automotivo

que se desenhava. O reconhecimento

do mercado me dá a sensação de es-

tarmos no caminho certo, porém ainda

com muitos desafios pela frente.

Como presidente da ABA – Associa-ção Brasileira de Anunciantes –, como você define o atual momento da pu-blicidade no Brasil? Vivemos um bom

momento da publicidade brasileira, um

momento de consolidação e amadu-

recimento, com estruturas fortes, um

modelo de negócios coerente e com re-

sultados mundialmente reconhecidos.

Hoje não temos tantas disparidades em

relação ao que vemos sendo feito na

Europa, nos EUA e no Brasil. É claro que

o momento de cada país, seja econômi-

co ou mesmo as características de sua

sociedade, faz com que o mercado pu-

blicitário apresente algumas diferenças.

Mas nada que coloque o Brasil em outro

patamar no que diz respeito ao desen-

volvimento do mercado publicitário.

Quando falamos em internet, por exem-

plo, acho que o Brasil é uma referência.

O nosso público consumidor tem uma

facilidade muito grande em aderir às

novas ferramentas que aparecem, e o

mercado apropria-se disso. O que preci-

samos buscar ainda é o aperfeiçoamen-

to das ferramentas de mensuração para

mostrarmos a efetividade da comunica-

ção para o negócio. Acredito que este

seja um primeiro passo para alcançar-

mos outro objetivo do marketing hoje,

que é o de reconquistar seu papel de

prestígio dentro das organizações.

Por que o brasileiro é tão criativo? O profissional da nossa área precisa

antecipar tendências, decodificar a rea-

lidade com precisão e entender as rela-

ções que se constroem entre pessoas e

marcas – e o brasileiro sabe bem fazer

isso. A criatividade está em nosso DNA

e um bom exemplo disso é o número

de publicitários brasileiros que atuam

em agências em diferentes países.

Em sua opinião, os cursos de publici-dade e propaganda formam profis-sionais aptos para o mercado atual, dinâmico e multi meios, ou ainda for- >

O Festival de Publicidade de Cannes (ou Cannes Lions International Advertising Festival) foi criado pela

SAWA (Screen Advertising Worlds Agencies), e é realizado anualmente na França. Desde sua primeira edição,

em 1953, se tornou o mais importante prêmio da publicidade mundial. Os prêmios são divididos em

Grand Prix, Leão de Ouro, Leão de Prata e Leão de

Bronze. Cada categoria tem um chefe de júri, com-

posto por publicitários de vários países escolhidos,

sendo estes os que têm maior participação em

inscrição de peças no festival. Em 2005, foi criado o

Titanium Lions, categoria criada para premiar as ideias

mais inovadoras e audaciosas em comunicação.

Festival de Publicidade de Cannes

Page 55: Revista Atua - Setembro 2012

55

“ A antecipação de tendências e principal-

mente a velocidade da tomada de decisão

definem o contorno dos homens e mulheres

de marketing e comunicação do século XXI.”

Foto: Divulgação

Page 56: Revista Atua - Setembro 2012

56

mam publicitários focados nas mídias tradicionais? A

maioria dos cursos ainda é

tradicional, mas essa é uma

realidade que vem mudando.

Nos últimos anos, vimos uma

evolução das universidades

para acompanhar o mercado,

mas ainda é preciso uma mu-

dança muito maior. Os cursos

que formam profissionais de

publicidade e propaganda

precisam se atualizar. A verda-

de é que hoje eles aprendem

esse dinamismo apenas no

dia-a-dia do mercado.

Quais as grandes compe-tências você considera que um publicitário deve possuir hoje? O publicitário, além de

criativo, precisa estar conecta-

do a todas as mídias. O grande

diferencial hoje é enxergar tendências.

O mercado está em constante mudan-

ça, pois enquanto estamos criando uma

ação que parece super inovadora, novas

mídias estão sendo estudadas. Por isso

é preciso que o publicitário faça cons-

tantes reciclagens no seu aprendizado.

Conhecer o consumidor também é fun-

damental. Um bom publicitário não fica

entre quatro paredes criando. Precisa

ir às ruas para entender o dia-a-dia do

público com quem ele quer falar. An-

tes bastava conhecer as relações que

os consumidores desenvolviam com as

marcas; hoje, é preciso ir além e enten-

der as relações que se desenham entre

os consumidores, entre as pessoas, in-

dependentemente das marcas.

Se eu puder dar um conselho a um

publicitário que quiser voltar à univer-

sidade para uma pós-graduação, reco-

mendaria que ele estudasse Sociolo-

gia, Psicologia, Filosofia ou Semiótica

para conhecer mais profundamente

como se desenham as relações, as lin-

guagens e os pensamentos na socie-

dade contemporânea.

No ano passado, a Fiat completou seu décimo ano como líder do merca-do automobilístico brasileiro. A que você atribui essa liderança e cresci-mento? Em 2011, a Fiat completou 10

anos de liderança no mercado com

754 mil automóveis e comerciais leves

emplacados. E esse reconhecimento

é um resultado decorrente de lança-

mentos importantes e campanhas

que deram o tom a este momento

único que o Brasil está passando. Em

2011, além do aniversário de 35 anos,

que reforçou a identificação dos bra-

sileiros com a marca, tivemos ações

envolvendo o Novo Fiat Cinquecen-

to, Freemont e Novo Palio. Neste ano

de 2012, estamos buscando nosso

11° ano de liderança do mercado

brasileiro – e esperamos chegar lá.

Antes de transferir-se para a FIAT, você teve uma passa-gem pela Kodak. A concor-data da empresa, em sua opi-nião, talvez tivesse a ver com a “miopia estratégica” em relação ao mercado digital?

Recebi a notícia da concordata

da Kodak com muita tristeza.

A revolução digital modificou

muito o mercado fotográfico.

A crise econômica mundial

foi um fator que contribuiu

para que a empresa chegasse

a esse ponto, mas o fato é que

a Kodak não acompanhou a

evolução do mercado, que

passou por grandes mudan-

ças nos últimos 15 anos. Nos

anos de 1990, a empresa foi

pioneira em projetos de digi-

talização e compartilhamento

de fotos, percebendo uma

mudança no relacionamento do consu-

midor com o produto, mas não foi adian-

te. O mercado estava muito dinâmico e

a Kodak precisava ter tido coragem de ir

além, olhar, conversar e acompanhar as

necessidades do consumidor, mas infe-

lizmente não conseguiu. Não me parece

que seja um caso de miopia, já que a em-

presa sabia claramente o que precisava

ser feito. Mas a mudança do químico

para o digital era praticamente construir

uma nova empresa, baseada em outros

valores e modelos de negócio e de lu-

cratividade totalmente diferentes, o que

eles não conseguiram fazer em tempo.

Vai-se um dos grandes ícones do marke-

ting do século XX e fica a certeza de que

a compreensão clara do consumidor e

das suas relações sociais, a definição de

sólidos modelos de negócio, a antecipa-

ção de tendências e principalmente a ve-

locidade da tomada de decisão definem

o contorno dos homens e mulheres de

marketing e comunicação do século XXI. A

Foto: Divulgação

Page 57: Revista Atua - Setembro 2012

57

Page 58: Revista Atua - Setembro 2012

58

’decoração

Estão a todo vapor as obras da 3ª edição

da São João Decor – Mostra de Arqui-

tetura, Decoração e Paisagismo de São

João da Boa Vista e região – que neste

ano terá início no próximo dia 26 de ou-

tubro, com término em 25 de novembro.

Para quem aguardava ansioso o

evento, que já está marcado no ca-

lendário oficial da cidade, em breve

poderá conferir mais de 40 ambientes

criados pelos melhores profissionais

sanjoanenses, do Leste Paulista e Sul

de Minas Gerais, entre outros.

Ao final da 2ª edição, em 2011, che-

gou a ser cogitada a possibilidade do

evento se transferir para Poços de Cal-

das/MG, intercalando o evento às duas

cidades, em anos alternados. Porém, o

grande número de pedidos para que

o evento continuasse na “terrinha” fi-

zeram com que a artista plástica Vânia

Palomo, organizadora da Mostra, mu-

dasse de ideia.

“Chegamos a visitar várias casas em

Poços, mas aqui apareceram três óti-

mas opções. Além disso, profissionais e

pessoas ligadas ao evento destacaram

a importância da Decor continuar na

cidade, principalmente pelo ótimo mo-

mento econômico e o crescimento que

São João atravessa”, destaca Vânia.

E a mansão escolhida para 2012

está localizada em um dos bairros mais

nobres do município: Avenida Durval

Nicolau, no Parque Colinas da Man-

tiqueira, pouco à frente do clube de

mesmo nome. “Quem olha a casa de

fora, não imagina o quão imensa que ela

é por dentro”, ressalta a organizadora.

Com um partido arquitetônico

bem resolvido e agradável, a casa da

Decor 2012 consegue traduzir o que

chamamos de humanização com

muito bom gosto. Segundo Ricardo

Ciacco, arquiteto responsável pelo

evento, a residência tem como princi-

pal característica a valorização do con-

vívio familiar. “É uma casa totalmente

integrada, onde todos os ambientes se

voltam para a área de lazer, que é um

dos destaques”, afirma Ciacco.

Contando com uma privilegiada vis-

ta da Serra da Mantiqueira, Ciacco acre-

dita que todas as tendências da arquite-

tura, design de interiores e paisagismo

estarão reunidas em um só lugar. “A casa

sintetiza de maneira inteligente todas as

Arte dentro e fora de casaTerceira edição da São João Decor vai de 26 de outubro a 25 de novembro, em São João

Foto: Fritz Nagib / Fritz Foto

Page 59: Revista Atua - Setembro 2012

59

qualidades da real arquitetura contem-

porânea brasileira, características poucas

vezes reunidas em um só lugar”.

O evento – A São João Decor já se tor-

nou um evento de destaque em São

João da Boa Vista, com o objetivo de

reunir bom-gosto, profissionalismo e

as novidades que o mercado oferece.

“Trata-se de um acontecimento or-

ganizado para oferecer aos profissionais

da área uma oportunidade de mostrar

ao público seus trabalhos, alinhados à

criatividade, conforto e às últimas ten-

dências de cada segmento”, relata Vânia.

Nas duas primeiras edições do

evento, mais de seis mil pessoas de

São João da Boa Vista, região e diver-

sas cidades do Estado de São Paulo

e Minas Gerais visitaram as casas: em

2010, no Recanto do Lago (Rua João

Arten) e em 2011, no Centro (rua Ge-

túlio Vargas, na famosa Casa Vittória).

Além dos profissionais, o evento

reúne parcerias com empresas e presta-

dores de serviços nos mais diversos seg-

mentos, proporcionando uma grande

oportunidade de destacar seus produ-

tos e marcas, somando-se ao trabalho

dos expositores e profissionais do setor.

E, finalmente para o público, a São

João Decor é mais do que uma Mos-

tra, e sim uma experiência, de acordo

com Vânia. “É um momento único para

admirar os detalhes e a criatividade

dos ambientes, de conhecer as empre-

sas e os profissionais que estão por trás

de cada projeto e ainda proporcionar

muita inspiração para renovar-se a

cada dia”, conclui Vânia.

Foto: Fritz Nagib / Fritz Foto

A

Page 60: Revista Atua - Setembro 2012

60

O crepuscular do PacíficoO sanjoanense que ajudou a escrever a história da aviação militar brasileira

’opinião

por Lauro Augusto Bittencourt Borges

Com um sobrenome desse ele poderia

só flanar pelos elegantes salões da cida-

de. Mas ele queria mais. Queria mais al-

tura que as montanhas da Mantiqueira.

No escritório da confortável re-

sidência, localizada no centro da ci-

dade, junto com a simpática esposa

Tereza Ribeiro de Oliveira – Dona Tê –,

Christiano Osório de Oliveira Netto – o

Tiano –, um crepuscular de família tra-

dicionalíssima, me recebe para contar

histórias de um decantado passado.

Ainda molecote, pelas mãos do

instrutor do aeroclube local, Sebastião

Carvalho – que fora motorista da sua tia,

Dona Beloca –, Tiano voou pela primeira

vez nos ares da região. Os passeios aé-

reos com o espirituoso aviador fizeram

que o flerte com os céus virasse paixão.

No início dos anos 40 do século

passado, engajado na Aeronáutica

e servindo no paulistano Campo de

Marte, ele começava a realizar o deva-

neio adolescente. Já no primeiro ano

do preparatório de piloto, Tiano pôde

conduzir solando o pequenino Ster-

man, uma aeronave para calouros. O

sanjoanense conta uma peculiaridade

da sua admissão: “O médico da Base só

aprovou o meu ingresso na carreira mili-

tar depois que operei de uma hérnia”.

Da Paulicéia desvairada para o pam-

pa gaúcho. Com indisfarçável orgulho,

ele me mostra a espada recebida às

margens do Guaíba, que lhe conferiu o

posto de aspirante a oficial e a formatu-

ra como piloto de caça da Força Aérea

Brasileira. Da solenidade marcante em

Porto Alegre, Tiano deixa escapar uma

ponta de mágoa: “Fui o único formando

que não teve ninguém da família presen-

te. Nem minha namorada foi”.

Dona Tê, atenta ao papo, justifica:

“Naquele tempo eu morava em Catanduva

e nós namorávamos por correspondência.

Era uma época em que moça nenhuma

viajava sozinha”. Ela conclui, resignada:

“Ninguém da família quis me levar”.

Nos exercícios de guerra no firma-

Foto: Reprodução Internet

Page 61: Revista Atua - Setembro 2012

61

mento do Rio Grande do Sul, o jovem

militar já “brincava” com o avião que foi

um bombardeiro clássico na 2ª Guerra

Mundial: o N.A. – cognome de North-

-American. Seguro no manche, ele ma-

nobrava dando rasantes no litoral: “Era

pra fazer barulho e assustar submarinos”.

Em 1945, baseado na unidade de

Santa Cruz no Rio de Janeiro, casou-se

com a amada, numa cerimônia quase

secreta em Aparecida. O comando

aeronáutico não via com bons olhos

o casamento de integrantes de esqua-

drilhas de caça. Dona Tê lembra que

não só os superiores do quartel repro-

vavam as núpcias: “Os parentes não de-

sejavam uma viúva na família, falavam

para esperar o fim da guerra. Jovens e

apaixonados, não ouvimos ninguém.

Sabe o que é gostar, né?”

Sei, Dona Tê, e como sei! No perío-

do fluminense, ajudou a escrever um

capítulo antológico da aviação militar

brasileira. Tiano e mais 32 pilotos do

chamado 2° Grupo de Caça, bem pre-

parados, corajosos e com o natural

êxtase da juventude, ofereceram-se

para uma missão no Pacífico, onde

combateriam as forças japonesas.

Salgado Filho, então ministro da Ae-

ronáutica, ficou sensibilizado com o

gesto de galhardia do grupo dos 33.

E prometeu: “Se o presidente decidir

enviar a FAB para combater no Pacífi-

co, vocês serão os primeiros”.

O destemor do grupo, que voava

nos intrépidos P-40 Warhawk, entrou

para a memória do país depois de re-

tratado na célebre revista O Cruzeiro,

em reportagem assinada pelos consa-

grados jornalistas Jean Manzon e Da-

vid Nasser. O Brasil conheceu a história

na edição de 7 de julho de 1945, na

matéria intitulada Os ‘33’ do Pacífico.

O fim do conflito mundial, meses

depois, frustrou a ida dos “33” para o

teatro de operações no Pacífico, mas

Tiano não demonstra tristeza: “Fica-

mos felizes com o término da guerra”.

No ano seguinte, 1946, o tenente-

-aviador Christiano pediu baixa da ca-

serna e foi para Pirassununga tocar a

propriedade agrícola da família. Tem-

pos depois, brincadeira do destino, o

governo desapropriou uma área vizi-

nha às suas terras para construir a hoje

conhecida Base Aérea daquela cidade.

Entre fotografias, recortes de jor-

nais e relatos orgulhosos das proezas

dos netos e bisnetos, Tiano, 86 bem

vividos, relembra uma recente visita

à Base de Pirassununga. Depois de

questionado pelo Brigadeiro de plan-

tão se teria algum objeto para doar ao

memorial da FAB, ele sapecou com es-

pírito de galhofa: “Tem eu!”

Page 62: Revista Atua - Setembro 2012

62

’agito

Page 63: Revista Atua - Setembro 2012

63

Page 64: Revista Atua - Setembro 2012

64

A vez da segurança públicaConseg sanjoanense é a melhor forma da população protestar , não só contra a violência

’direito

por Nelson de Barros O’Reilly Filho

A Constituição Federal, no Capítulo

da “Segurança Pública”, especifica-

mente no art. 144, dispõe o seguin-

te: a segurança pública, dever do Es-

tado, direito e responsabilidade de

todos, é exercida para a preservação

da ordem pública e da incolumi-

dade das pessoas e do patrimônio,

através dos seguintes órgãos: I – po-

lícia federal; II- polícia rodoviária fe-

deral; III – polícia ferroviária federal;

IV – polícias civis; V – polícias milita-

res e corpos de bombeiros militares

(os grifos são nossos).

Ora, é o único caso em que um

dever do Estado é também direito e

responsabilidade de todos! Isto signifi-

ca que o tema “Segurança Pública” não

deve ficar apenas sob o encargo dos

órgãos tradicionalmente conhecidos

no trato da questão, ou seja, Polícia

Civil, Polícia Militar, Promotoria de Jus-

tiça e Poder Judiciário.

Cabem às demais instituições pú-

blicas, às instituições privadas e ao

próprio cidadão responsabilizarem-se

pela “Segurança Pública”.

E como? Ainda que muito relu-

tante, o Poder Público Municipal se

evidencia como uma das entidades

com maior incumbência disso, e

não seria pela Guarda Municipal (às

vezes tão “sonhada”, mas que não

faz parte daqueles cinco incisos e

não pode ser reconhecida como

órgão de “Segurança Pública”, além

do que fica à mercê de uma Pre-

feitura, nada afeta à matéria), mas

pela atuação correta e eficiente de

se inserir nos locais problemáticos,

não deixando que lazer, saúde e as-

sistência social fiquem à cargo da

criminalidade; numa urbanização

adequada, com transporte públi-

co pontual e seguro; numa ilumi-

nação decente; na interação com

os órgãos próprios de “Segurança

Pública”; traçando metas, dando e

recebendo apoio; na expedição de

atos normativos e leis que contri-

buam para o controle preventivo

da violência (como, por exemplo.,

fixar horário e local para comércio

de bebidas alcoólicas, normatizar

o exercício de mototáxi e motoboy

etc.) e fazendo cumprir a lei, me-

diante fiscalização e punição.

As instituições privadas podem (e

devem) também trazer ideias e parti-

cipar dos processos de prevenção e

de trato dos problemas oriundos da

violência e criminalidade, o que acon-

tece até mesmo com as entidades be-

neficentes de acolhimento de crian-

ças, drogaditos, alcoólatras etc.

Enfim, o cidadão pode (e deve)

cuidar da “Segurança Pública”, não

só tomando as cautelas próprias

para não ser vítima de crime (não

deixando portas abertas, carros

destrancados, valores à mostra, que

constituem a prevenção primária),

como também ajudando outrem a

não ser vítima de algum ato ilícito

e, principalmente, participando das

ações e políticas de prevenção.

Aliás, uma das melhores formas de

participação, e que em São João tem

ganhado muito corpo, é se inserir

no CONSEG, que significa ‘Conselho

Comunitário de Segurança’, que não

é municipal, mas órgão do Estado e

diretamente ligado à Secretaria de

Segurança Pública.

Referido Conselho é composto

pelo seu presidente, um cidadão de

escolha dos ‘conseguianos’, direto-

ria escolhida nos mesmos moldes e

pelos membros natos, que são da Po-

lícia Civil (Delegado de Polícia) e da

Polícia Militar (oficial ou graduado).

A Promotoria de Justiça participa de

forma voluntariosa.

Durante as sessões, os presentes

podem se dirigir diretamente à mesa

(composta pelo presidente, pelas po-

lícias e pela promotoria), levando seus

problemas, reivindicações e suges-

tões, que ficam registrados em ata.

Por meio dessa participação po-

pular e de também de outras insti-

tuições (de ensino, religiosas etc.),

chega-se a uma melhor coleta de

dados e consecução de projetos,

isto sim democraticamente, porque

se lida muito mais com prevenção,

deixando para última hipótese o ser-

viço de repressão policial.

Espera-se que a próxima admi-

nistração municipal acorde e se sen-

sibilize com a questão, participando

efetivamente do CONSEG (as reuni-

ões realizam-se à segunda terça-feira

dos meses, no auditório da ACE, e são

abertas ao público em geral).

Page 65: Revista Atua - Setembro 2012

65

Page 66: Revista Atua - Setembro 2012

66

Toda criança do mundo deve ser protegida.Contra os rigores do tempo, contra os rigores da vida.

Criança tem que ter um nome, criança tem que ter lar, ter saúde e não ter fome, ter segurança e estudar.

Não é questão de querer, nem questão de concordar, os direitos das crianças todos têm de respeitar. Tem direito a atenção, direito a não ter medos, direito a livros e a pão, direito de ter brinquedos. Mas criança também tem o direito de

sorrir, correr na beira do mar, ter lápis de colorir...

Ver uma estrela cadente, filme que tenha robô, ganhar um lindo presente, ouvir histórias do avô. Descer do escorregador, fazer bolha de sabão; sorvete se faz

calor, brincar de adivinhação. Morango com chantilly, ver mágico de cartola, o canto do bem-te-vi, bola, bola, bola, bola!

Lamber fundo de panela, ser tratada com afeição, ser alegre e tagarela.Poder também dizer não! Carrinhos, jogos, bonecas, montar um jogo de armar,

amarelinha, petecas e uma corda de pular. Um passeio de canoa, pão lambuzado de mel, ficar um pouquinho à toa... Contar estrelas no céu...

Ter tempo pra fazer nada, ter quem penteio os cabelos, ficar um tempo calada... Falar pelos cotovelos. E quando a noite chegar, um bom banho, bem quentinho, sen-sação de bem estar... De preferência, um colinho. Uma caminha macia, uma canção

de ninar, uma história bem bonita, então dormir e sonhar...

Embora eu não seja rei, decreto, neste país, que toda Criançatem direito a ser feliz!

Os direitos da criança

Page 67: Revista Atua - Setembro 2012

67

Page 68: Revista Atua - Setembro 2012

68

Camisa xadrez e bermuda – Piccola SocietáMochila Adidas e tenis Puma - Cia do Esporte Kids

Page 69: Revista Atua - Setembro 2012

69

Vestido fustão liso e vestido estampado – Piccola SocietáSapatilha Hobby e sandália Pampili - Cada Passinho

Page 70: Revista Atua - Setembro 2012

70

Pijamas e camisolas – Piccola SocietáSandálias Nike - Cia do Esporte Kids

Moda infantil: Piccola Societá - (19) 3631-6873

Calçados infantis: Cada Passinho - (19) 3631-2755

Cia do Esporte Kids - (19) 3635-2036

Modelos: Gustavinho, Bruno, Lara e MarianaFotos: Falcão Foto & Arte - (19) 3641-1392

Page 71: Revista Atua - Setembro 2012

71

Page 72: Revista Atua - Setembro 2012

72

por Francisco José Gallego (Restaurante Barracão)’culinária

Bobó de peixe com camarãoIngredientes• ½ kg. de filé de merluza;• ½ kg. de camarão médio descascado e limpo;• 06 tomates bem vermelhos;• 02 cebolas médias;• 01 vidro de leite de coco;• 01 kg de mandioca amarela;• 01 dente de alho;• 02 folhas de louro;• ½ xícara de chá de óleo de soja;• 01 colher de sobremesa de colorífico;• Sal a gosto;• Suco de 01 limão;• Pimenta do reino a gosto;• ½ xícara de chá de cheiro verde picado;• 02 copos de leite integral de vaca.

Modo de preparoPicar o peixe em pedaços de, mais ou menos, cinco centí-metros. Junte-os com os camarões, tempere com sal, limão

e pimenta do reino, e reserve. Picar os tomates e a cebola em cubinhos.Em outra panela, aqueça o óleo e frite o dente de alho fatiado. Em seguida, adicione o colorífico, o tomate e a ce-bola picados, e aguarde até começar a formar líquido. Em seguida, coloque o cheiro verde e o louro, e, na sequência, adicione o peixe e o camarão.Cozinhe a mandioca, tire a fibra do meio e bata no liqui-dificador com o leite integral e o leite de coco, até ficar um creme. Quando estiver com 15 minutos de cozimento, adicione o creme e mexa durante cinco minutos. Adicione mais cheiro verde e sirva com arroz branco e batata palha. Rende 4 porções.

Um pouco de história...A origem do prato é africana, sendo típico da Bahia, o es-tado mais africano do Brasil. Um prato tão baiano quanto o som de um berimbau. Ele pode ser servido quente, morno ou frio, como prato principal ou como acompanhamento. O atual bobó de camarão, prato de renome, também tem, entre seus ingredientes, mandioca e leite de coco.

Foto: Fabiano Barbosa

Page 73: Revista Atua - Setembro 2012

73

Page 74: Revista Atua - Setembro 2012

74

por Milene Mafra (cake designer)’culinária

Cupcake de chocolate, comcobertura de Nutella e Kit-katIngredientes

Massa:• 125 gr. de manteiga;• 125 gr. de farinha;• 125 gr. de açúcar;• 02 ovos;• 01 colherzinha pequena de fermento em pó;• 1/2 xícara de leite;• 01 xícara de chocolate.

Cobertura:• 02 potes grandes de Nutella;• 04 pacotes de chocolate Kit-kat.

Modo de preparoBata a manteiga com o açúcar até formar uma pastinha branca. Coloque os ovos, um a um, e bata bem. O segredo para ter um cupcake fofinho é batê-lo super bem nessa fase. Depois, coloque os outros ingredientes alternados. Forre a assadeira com as forminhas próprias para cupcake e distri-bua a massa até a metade. Rende 12 cupcakes grandes ou 15 mini cupcakes.

Fique de olho!Graças ao destaque que recebe em cenas de filmes hollywoodianos, como O Diabo Veste Prada e Sex and the City, o cupcake virou febre e está ganhando espaço nas fes-tas infantis, chás de bebê e casamentos.

Foto: Fabiano Barbosa

Page 75: Revista Atua - Setembro 2012

75

Page 76: Revista Atua - Setembro 2012

76

’agito

Page 77: Revista Atua - Setembro 2012

77

Page 78: Revista Atua - Setembro 2012

78

Joias quase desconhecidasÁguas da Prata - aqui ao lado - oferece dezenas de cenários e belezas naturais

’turismo

por Rafael Eduardo Gomes

O Turismo Sustentável pode ser compreendido como um seg-

mento do Turismo que tem apresentado altos índices de cresci-

mento, sendo uma tendência atual em Águas da Prata e região.

Isso implica em uma demanda crescente de turistas para áreas

naturais, em busca de um maior contato com a natureza.

Ecoturismo é a forma de fazer turismo na qual as pessoas

preferem visitar áreas naturais, relativamente intocadas, com-

partilhando com as populações locais seus valores e tradições.

Em 1994, o Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR –,

em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, produziu

a primeira conceituação de Ecoturismo oficial no pais: “Seg-

mento da atividade que utiliza, de forma sustentável, o patrimô-

nio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca forma-

ção de uma consciência ambientalista através de interpretação

do ambiente, promovendo o bem estar das populações”.

Buscas – Águas da Prata, São João da Boa Vista e região ofe-

recem cenários e belezas naturais para esta prática de ativi-

dade e aventura, valorizando seu patrimônio natural, históri-

co e cultural. A semente foi plantada e cresce cada vez mais.

As comunidades acreditam no potencial turístico; os

empresários investem nos segmentos, hotéis, pousadas,

restaurantes e comércio; e o poder público se interessa

mais pelo potencial do turismo sustentável, gerando outra

economia, principalmente para Águas da Prata.

Na região – Criada por guias locais em 2004, a Prata Expe-

dições Ecoaventura é a primeira operadora de ecoturismo

e turismo de aventura estabelecida em Águas da Prata e

São João da Boa Vista. Ela trabalha com base nos conceitos

do ecoturismo sustentável, que promovem a conservação

do patrimônio natural e cultural, proporcionando o bem-

-estar das populações envolvidas.

Oferece aos participantes a oportunidade de praticarem

atividades de aventura como: Trekking (caminhadas), Esca-

lada (subida de paredes rochosas), Rapel (descida por cor-

das), Cascading (rapel em cachoeira), Voo Livre (parapente)

e Tirolesa (travessia por cordas), em cenários de rara beleza.

Page 79: Revista Atua - Setembro 2012

79

Page 80: Revista Atua - Setembro 2012

80

’especial

Os bastidores do Atua na TVA evolução e os novos desafios do programa, em seus dois anos de história e sucesso

No mês em que completa 2 anos, co-

memorado no dia 19 de setembro, o

programa Atua na TV, uma parceria

entre Associação Comercial e Empre-

sarial de São João da Boa Vista e TV

União, exalta sua evolução em mais

de 90 programas inéditos já transmi-

tidos, com assuntos dos mais variados

temas e entrevistas de excelente nível.

E claro que a Revista Atua não

poderia ficar de fora desta festa.

Além de uma entrevista com a apre-

sentadora Camila Fernandes, a re-

portagem visitou os bastidores de

gravação do programa e acompa-

nhou todo o trabalho de uma equi-

pe unida para apenas um propósito:

deixar o programa ‘redondinho’ e de

qualidade para o público em casa.

A cada dois meses, representantes

da ACE e da TV União realizam reunião

de pauta para definir futuros temas e

assuntos para o programa. A semana

de trabalhos começa na sexta-feira,

onde Camila e sua produtora, Carla

Galli, se reúnem para debater os te-

mas e fazer um pré-contato com os

entrevistados. Na segunda-feira, são

feitas as pesquisas e a produção do

material que será utilizado nas grava-

ções, além da confirmação de presen-

ça dos participantes e a escolha das

roupas e acessórios, com os parceiros

Rainha Store, Scarpe e Pink Biju.

Terças e quartas-feiras são os dias

utilizados para gravações, começando

pela manhã, com a maquiagem e o

penteado, no salão JM. Após a finaliza-

ção da produção visual, começam as

gravações em estúdios, com entrevis-

tas e chamadas do que acontecerá no

programa. Após alinhar com a agenda

da TV, Camila, Carla e um cinegrafista

saem para gravar as matérias externas.

Na quinta-feira, o material bru-

to vai para a edição, com a própria

apresentadora auxiliando o editor

na produção. Sexta-feira são che-

cados os últimos detalhes para

finalizá-lo. O programa inédito vai

ao ar todos os sábados, a partir das

13h30, com reprises em diversos

dias e horários da semana.

Crescimento – Para a apresentado-

ra Camila Fernandes, os 2 anos do

programa mostram uma amadure-

cimento conquistado com muito

esforço e trabalho, não só dela, mas

de toda a equipe. E a percepção

Preparação - Enquanto o cinegrafista

Danilo Freitas (de costas) e David Ribeiro (à

esquerda, que também é apresentador da TV

União) preparam os últimos detalhes para a

gravação, Camila Fernandes discute o tema

que será abordado no programa. Neste dia,

esteve presente no estúdio a professora de An-

tropologia do Unifae, Rosa Helena Carvalho

Serrano, que falou sobre Folclore.

>

Foto: Luiz Gustavo Gasparino

Page 81: Revista Atua - Setembro 2012

81

Page 82: Revista Atua - Setembro 2012

82

disso está na procura das empresas

sanjoanenses em querer participar

das gravações, com reportagens ou

como patrocinadores.

“No início, tínhamos que oferecer

matérias para que os comerciantes e

empresários pudessem acreditar no

programa. Hoje, eles investem mais,

pois veem que isso dá certo e o retorno

é muito bom”, garante Camila.

A apresentadora cita que essa

conquista começa com a força do

nome “Atua”. “Todo mundo vê a revista

e comenta. Já são 5 anos de sucesso”,

lembra. Outro fator positivo, segun-

do ela, é a rotatividade do progra-

ma, por ser semanal. “É muito raro

repetirmos os assuntos, isso faz com

que tragamos sempre coisas novas

para o telespectador e faz com que a

empresa acredite no nosso produto”.

Para Camila, as pessoas voltaram

a ter o hábito de assistir à TV regional,

o que faz com que mais empresários

invistam em propaganda, não só no

Atua na TV. “Os programas são muito

bons e a grade está repleta. Sabemos

o que está acontecendo em São João

e na região, quem está na mídia, e o

povo gosta muito disso. E o empresário

precisa apostar na divulgação, para ser

conhecido e lembrado sempre”.

Evolução – Que o Atua na TV evoluiu

em 2 anos todo mundo já sabe. Mas

e a apresentadora? Camila conta que

nunca teve problemas em falar em

público ou com câmeras, mas a jovem

de apenas 21 anos sofreu e muito para

gravar seus primeiros programas.

“O começo é sempre um desafio.

Tudo me deixava muito nervosa, suava

as mãos e ficava sempre presa no que

ia perguntar para o entrevistado. Nada

era natural. Quando assisto ao primeiro

programa hoje digo: ‘meu Deus, que coi-

sa horrorosa’ (risos)”, brinca Camila.

Apesar do ‘sofrimento’, Camila ga-

rante que, atualmente, tudo é mais

rápido. “Gravamos em uma hora o que

antigamente fazíamos em um dia in-

teiro, além das matérias externas, que

também demoravam”, ressalta.

Mas as manias e os macetes que

se adquirem com o tempo surgiram

com o fruto do trabalho diário, mas

também com o apoio de pessoas que

Camila nunca irá se cansar de agra-

decer. “A Carla Galli [produtora da TV

União] me ajudou muito e sempre este-

ve do meu lado. Em tudo o que precisa-

va, ela me ajudava, pois são 8 anos de

experiência em TV que ela tem. No co-

meço, batíamos muito de frente, porque

ela falava uma coisa e eu, teimosa, fazia

o contrário. Hoje, conseguimos alinhar

tudo certinho e o programa sai redondo.

Muito do que conquistei devo à Carla”,

destaca a apresentadora.

Nos dias atuais, o programa é gra-

vado sem correria e stress, como res-

saltou Camila e a reportagem da Atua

pôde conferir na visita aos bastidores

da gravação. “Tudo é muito mais natu-

ral e não fico mais presa às perguntas

dos convidados. A evolução veio, mas

ainda queremos mais”, garante.

O que vem pela frente – “Sei que te-

mos que melhorar sempre”. Nas pala-

vras de Camila Fernandes, o desafio

do futuro é a inovação. “Temos que

ter a preocupação em buscar o que

realmente é interessante e importante

para o programa e para o público que

o assiste. E para acrescentar ainda mais

para o Atua na TV, o desafio é buscar

coisas novas e diferentes, principal-

A hora da gravação - Toda uma equipe de edito-

res, produtores, técnicos e cinegrafistas da TV União são

deslocados para as gravações do programa Atua na TV.

A produtora Carla Galli (de costas, à direita) comanda os

trabalhos de orientação aos envolvidos.

>

Foto: Luiz Gustavo Gasparino

Page 83: Revista Atua - Setembro 2012

83

Page 84: Revista Atua - Setembro 2012

84

mente em dar visibilidade a todos os empresários que investem e par-

ticipam do programa”, finaliza.

Luciana Junqueira é vice-presidente da ACE São João e é quem

sempre esteve a frente do programa nesse período. Ela conta que este

“projeto ambicioso” só foi possível graças a parceria entre a ACE, que

apostou na ideia, e TV União que detém know how técnico. “O pro-

grama foi criado para ser atuante e moderno, trazendo sempre novidades

para nossos telespectadores. E sem estas duas

forças trabalhando juntas, não alcançaríamos

tão rápido os resultados que o programa vem co-

lhendo em dois anos”, salienta Luciana.

Para a diretora do programa, a equipe do

Atua na TV sempre esteve disposta a inovar.

“A TV União dá todo o respaldo para a evolução

do programa; a diretoria da ACE apostou em um

projeto inovador, que fez aumentar a grade de

serviços da associação. Assim, atingimos mais

uma vez o papel da instituição, que é dar pos-

sibilidades aos associados estarem sempre se

atualizando e crescendo junto com a cidade”,

conclui Luciana.

Parceiros - E para um programa ter sucesso, é

necessário ter – e manter – parceiros de quali-

dade. Desde o início do programa, em setem-

bro de 2010, várias empresas acompanharam

o trabalho e o crescimento do Atua na TV, in-

vestindo em um produto que sempre trouxe o

retorno esperado. Às vezes até mais.

Foto: Luiz Gustavo Gasparino

Page 85: Revista Atua - Setembro 2012

85

E a reportagem da Atua foi atrás

das empresas que estão desde o início

do programa, anunciando e apoiando

essa evolução. Lembrando que os par-

ceiros podem permanecer por seis

meses, para que também haja uma

rotatividade com as roupas, sapatos

e acessórios utilizados nas gravações.

Vanessa Mantelli Nogueira, pro-

prietária da loja La única, sempre

realizou desfiles de seus sapatos no

programa e garante que o retorno

conquistado é melhor do que qual-

quer outra mídia. “O programa é des-

contraído, mostramos nosso produto

de uma maneira natural e isso cativa

o público que o assiste, fazendo com

que o retorno seja positivo. Sempre

que tem coleção nova, procuramos o

Atua na TV para divulgar”, ressalta.

Já Gabriela de Carvalho Santos Do-

mingues, farmacêutica e proprietária

da Art’Ervas (primeira empresa anun-

ciante do programa, e que continua

até hoje), garante que o retorno para

sua empresa não é só comercial. “Mui-

ta gente liga aqui na farmácia dizendo

que assistiu ao programa, contando

das dicas e pedindo mais explicações.

Isso é ótimo para nós, pois mostra que

a informação que levamos está sendo

útil ao telespectador”, explica.

Para o dono da empresa Zero%,

Alisson Rogério Marques, a mostra de

seus produtos naturais no Atua na

TV tem trazido resultados positivos.

“A propaganda só acrescentou para

minha loja. As pessoas comentam e le-

vam em conta as informações, que são

sempre relevantes e confiantes. Até an-

tigos programas são lembrados, o que

mostra que a população realmente as-

siste ao programa”, destaca.

De acordo com João Luis, cabe-

leireiro na empresa JM, o trabalho

feito em todos os programas nas

“madeixas” da apresentadora tem

trazido um reconhecimento profis-

sional não esperado por ele. “Chega

a ser engraçado, pois muitas mulheres

pedem para montar o cabelo do jeito

que a Camila usa no programa (risos),

além dos elogios que a gente recebe.

Para o profissional, esse retorno faz a

diferença”, ressalta João.

E concluindo, Davis Simões Mes-

quita, sócio-proprietário das empre-

sas Regina Presentes e Cada Passinho,

conta que o formato do Atua na TV é

bem legal, pois “deixa claro” o que se

quer transmitir ao pessoal que está

em casa. “O programa é bem dinâmi-

co e há uma troca de informações bem

interessante. O pessoal das lojas gosta

muito do programa e nosso retorno tem

sido bem bacana”, cita Mesquita. A

Page 86: Revista Atua - Setembro 2012

86

Aprendendo com os haitianos’opinião

Sejamos como eles ao lidar com desafios no trabalho; usemos mais a capacidade natural

por João Sérgio Januzelli de Souza

Lendo sobre a chegada de haitianos em Sampa, penso.

E logo escrevo. Antes, para eles, o Brasil do que Cuba ou

Libéria! Não me preocupam mais clientes para as news

Crackolândias. Ou centros de vodu.

Yes! Temos boas políticas antidrogas, não temos? – e

macumba demais. Foco na capacidade desses haitia-

nos – Novos Baianos revisitados? – de enfrentar as tra-

gédias, como o terremoto de 2010, e sem perderem a

motivação e a alegria.

Motivou-me a fala de um professor do Haiti e falan-

te de três idiomas. Aqui, ele trabalhará na instalação de

cabos elétricos. Sua crença em dias melhores me fez

pensar em “Resiliência”, conceito usado pela psicologia

do trabalho, que veio importado da Física.

Fisicamente, diz o Aurélio: resiliência é a proprieda-

de pela qual a energia armazenada em um corpo de-

formado é devolvida quando cessa a tensão causadora

duma deformação elástica. Lembra-se dos restos do

mal explicado, ou talvez imaginário, disco-voador do

The Roswell UFO Incident, nos EUA? Amassados volta-

riam ao normal!

Da Física e para a Psicologia, father dos burros in-

glês explica: habilidade de voltar rapidamente para o

seu usual estado de saúde ou de espírito depois de

passar por doenças, dificuldades etc.: resiliência de ca-

ráter”. Eis os hatianos!

Então, faça o que escrevo, e faça o que eu procuro

fazer a cada dia e também aconselho. Dica de Coah:

sejamos mais haitiano ao lidar com os desafios no tra-

balho. Usemos mais a capacidade natural – que pode

ser adquirida também, de lidar com os problemas do

dia a dia. Ops? Que tal variáveis?

De acordo com Paulo Sabbag, professor e pesquisa-

dor da Escola de Administração da FGV, resiliência é a

Exemplo - Na foto, um haitiano toca

guitarra em meio aos escombros da

catedral de Port au Prince. A capacidade

de superação dos haitianos e invejável:

após terremoto, um surto de cólera e um

furacão, a populaçao local ainda encontra

bom humor para seguir adiante, em um

dos países mais pobres do mundo.

>

Foto: Reprodução Internet

Page 87: Revista Atua - Setembro 2012

87

Page 88: Revista Atua - Setembro 2012

88

habilidade mais importante para se

enfrentar os desafios empresariais e

pessoais e fazer sucesso na carreira

profissional na metade do século

XXI. Ele afirma que ela pode ser ad-

quirida em qualquer momento.

Segundo Deepak Chopra, guru

indiano que curou o câncer no seio

de Olívia Newton-Jonh, em sua obra

As sete leis do Espírito: “até o apa-

rente caos do trânsito é resultado da

criação da consciência cósmica”. É

criação nossa, ok? Então, no trânsi-

to caótico da empresa, ao invés de

buzinaço, palavrão, confrontos des-

necessários, perda de bons colabo-

radores, demissão... resiliência!

Na literatura organizacional, au-

tores tratam o fato como a tomada

de decisão. É comum se ver diante

de cenário contraditório – ou pes-

soas contraditórias? – onde a tensão

do ambiente e desejo de vencer im-

peram. E tal fato deve sim propiciar

energia à pessoa para enfrentar a

adversidade. É somatória de fatores

que oferecem meios para se enfren-

tar e superar as variáveis.

Para isso, existem dicas válidas.

Uma estratégia que eu gosto e pra-

tico nas profissões desafiadoras e

divinas de professor universitário e

Personal & Professional Coach – e

é socrática – é questionar, antes da

explosão, além de contar até mil.

Então, resiliência, pergunte: Se eu

agir sem ser resiliente, o que eu per-

co? E se eu agir com resiliência, o

que ganho?

Realidade ainda nas empresas

brasileiras é a falta de liderança e

sobra de gerentões Magnun 44. “Eu

te mando embora, pro inferno”. E para

você não ser morto em duelo desle-

al, fica dica de livro que ainda não

li, mas pesquisei: Resiliência: como

superar pressões e adversidades no

trabalho, de Ricardo Piovesan, con-

sultor e palestrante. É melhor que

o abuso da regra três, “onde menos

vale mais”, como diria Toquinho,

músico e cantor brasileiro.

E, assim, super amigo(a) leitor(a),

em tempo de cenário caótico nas

organizações, devido a tantas inova-

ções tecnológicas e comportamen-

tais, entre outras, lembre-se de sua

Gestão de Conhecimento. E a inte-

ligência emocional é uma de suas

ferramentas. E resiliência, também!

E, então, sejamos mais, na boa,

haitianos e talvez menos vikings!

E com licença para a paráfrase Gil-

bertiana Gil, porque “o Haiti pode ser

aqui”, não pode? E resiliência e su-

cesso sempre!

Page 89: Revista Atua - Setembro 2012

89

Page 90: Revista Atua - Setembro 2012

90

Partícula de quem?Conheça a razão pela qual há quem insista em trocar Higgs por Deus

’ciência

por Dulcidio Braz Jr.

Desde que começou a operar, em setembro de 2008, o

LHC – Large Hadron Collider, que pertence ao CERN (Orga-

nização Europeia para a Pesquisa Nuclear), com sede em

Genebra (Suíça), vem chamando a atenção da mídia espe-

cializada ou não em Ciência.

E é fácil entender a razão desta enorme popularidade:

este acelerador/colisor de prótons e íons, o maior e mais

complexo experimento científico já construído pelo ho-

mem, prometia choques com energia recorde, nunca an-

tes alcançada, e capaz de nos revelar alguns segredos ínti-

mos da matéria. Aceleradores são como microscópios que

espiam as profundezas do átomo. Eles não veem, mas de-

tectam partículas usando diversas técnicas. E, quanto mais

energia, mais “fundo” nas entranhas da matéria podem ir.

A mais esperada tarefa do LHC, dentre muitas ou-

tras, era a de comprovar a existência do Bóson de Hi-

ggs, a partícula subatômica que muita gente ainda

insiste em chamar de “Partícula de Deus”.

Não gosto deste termo e só o reproduzo aqui para ex-

plicar a sua origem equivocada. Leon M. Lederman, laureado

em 1988 com o Nobel de Física, publicou em 1993 um livro

(ainda sem tradução para o português) cujo título original era

The Goddamn Particle (A Partícula Maldita), que contava a his-

tória da Física de Partículas para leigos com ênfase na partícula

de Higgs. O editor achou que o nome não era bom e, pen-

sando em turbinar a venda da obra, sugeriu que o título fosse

trocado por The God Particle (A Partícula de Deus). E assim foi

Foto: Alan Walker / Universidade de Edimburgo

Importância - O Bóson de Higgs é peça fundamental para explicar

a razão pela qual todas as outras partículas subatômicas têm massa.

Em outras palavras, ele nos revela o segredo de onde vem a massa do

Universo onde vivemos. É a última partícula a ser confirmada de um

total de 61previstas no quebra-cabeças do Modelo Padrão de Partículas

Elementares que explica como as partículas interagem para formar

a matéria. Na foto, Peter Higgs no túnel do LHC - Grande Colisor de

Hadrons, no CERN em Genebra, Suíça.

Page 91: Revista Atua - Setembro 2012

91

feito. Estava armada a confusão e uma

avalanche de desinformação.

A coisa vai tão longe que já me

perguntaram se os cientistas do LHC

estão tentando provar a existência

de Deus! Nada a ver!

A Ciência se baseia em experimen-

tos rigorosos e universais. A Religião

está ancorada na fé ou, no máximo,

em experiências pessoais, que não

podem ser compartilhadas de forma

universal. Ciência e Religião são coisas

diferentes, com propósitos diferentes.

Uma não invalida e nem confirma a

outra. Coexistem e têm, cada qual, a

sua importância para as pessoas.

No entanto, o uso da palavra Deus

soou desrespeitoso para alguns religio-

sos que não gostaram nem um pouco.

Enquanto isso, a mídia sensacionalista,

que não quer informar e só pretende

vender mais em cima de polêmicas

baratas, aproveitou-se para criar man-

chetes dúbias. Lamentável sob todos

os aspectos e uma perda tanto para a

Ciência quanto para a Religião.

Por que Bóson de Higgs? – Peter Hi-

ggs, físico britânico ainda vivo, sugeriu

em 1964 uma partícula, um bóson,

que posteriormente levou o seu nome.

Falando de uma forma simples, sem

muito requinte teórico, esta partícula

estaria ligada a um campo universal e

onipresente que, ao interagir com as

outras diversas partículas subatômi-

cas, poderia lhes conferir massa. Assim,

uma partícula com interação nula com

o campo de Higgs não teria massa

enquanto outra partícula com forte

interação com este campo teria massa

significativamente maior. Esse meca-

nismo consegue justificar a enorme e

estranha discrepância entre as massas

das subpartículas atômicas já detecta-

das e cientificamente confirmadas.

Achou abstrato? Também acho.

Afinal, como não vivemos neste mun-

do subatômico, nada disso nos é fa-

miliar. Mas todos temos uma massa

macroscopicamente mensurável atra-

vés de balanças, pois somos feitos de

átomos que por sua vez são constitu-

ídos de subpartículas que “ganharam”

massa por este mecanismo peculiar.

A ideia de Higgs foi bem aceita pela

comunidade científica e passou a fazer

parte do modelo teórico conhecido

como “Modelo Padrão das Partículas

Elementares” (ou Standard Model). A

partir de então, físicos experimentais

de partículas buscam por esta peça

fundamental no contexto do modelo.

Praticamente comprovado – No últi-

mo dia 4 de julho de 2012, cientistas >

Page 92: Revista Atua - Setembro 2012

92

do CERN divulgaram resultados que

confirmaram a descoberta de um

novo bóson que tem características

compatíveis com o que se esperava

da partícula de Higgs. O resultado tem

certeza estatística de mais de 99,9%.

Como a Ciência não se baseia na fé,

mas em experimentos universais muito

bem controlados, por excesso de zelo,

os cientistas do CERN ainda não confir-

mam que acharam o Bóson de Higgs.

Mas tudo indica que a caçada de quase

cinco décadas terminou. Tanto que Pe-

ter Higgs, que mora na Escócia, estava

presente em Genebra (Suíça), no pro-

nunciamento oficial do CERN, e se emo-

cionou com o resultado divulgado.

Se confirmado este novo bóson,

Peter Higgs será, certamente, laure-

ado com o Nobel de Física. Vamos

aguardar o que já é quase certo.

Flavia de Almeida Dias é sanjoanense e, atualmente, faz doutorado

pelo IFT – Instituto de Física Teórica da UNESP e é pesquisadora do

SPRACE – Centro de Pesquisa e Análise de São Paulo.

Ela participou em agosto de 2012 do 69th Scottish Universities

Summer School in Physics, na Escócia, onde apresentou um tra-

balho de pesquisa original, que foi julgado por uma comissão de

especialistas muito importantes na área de Física de Partículas, den-

tre eles Peter Higgs, do qual a jovem recebeu, no último dia 22 de

agosto, um prêmio pela qualidade dos estudos e da apresentação.

“Fiquei muito honrada em ter sido escolhida para o prêmio de melhor

trabalho em física experimental apresentado na escola, devido à ótima

qualidade de todos os trabalhos expostos”, disse Flávia, que com-

pletou. “O reconhecimento mostra que a qualidade da pesquisa que

fazemos no SPRACE é competitiva com instituições cuja excelência é

reconhecida internacionalmente”.

Sanjoanense recebe prêmio de Higgs

Page 93: Revista Atua - Setembro 2012

93

Page 94: Revista Atua - Setembro 2012

94

A evolução da cargatributária no BrasilEm um aumento contínuo, cada vez mais a sociedade transfere recursos para o setor público

’economia

por Gilberto Brandão Marcon

O assunto é novamente a carga tributária, que pode ser

entendida como o percentual total que o governo trans-

fere da sociedade para os seus cofres. Trata-se da soma-

tória da tributação incidente sobre a renda do trabalho,

tais como salários e honorários, em torno dos quais recai

o IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) e o INSS, asso-

ciado à previdência e saúde, assim como as contribuições

sindicais; trata-se de recolhimentos diretos sobre a renda.

Entretanto, não é só isso; além do cidadão já ter par-

te de sua renda destinada a este fim, irá, no momento

que for consumi-la novamente, pagar sobre o consumo

através dos denominados impostos indiretos, ou seja,

quando o consumidor paga por um produto ou servi-

ço, no seu preço estarão incluídas parcelas referentes a

vários recolhimentos. São os denominados impostos in-

diretos, identificados por siglas tais como: PIS, COFINS,

Contribuição Social, IRPJ, IPI, ICMS e ISSQN.

Mas ainda não sendo suficientes para o governo, após

deixar um tanto no ganho da renda, outro tanto no consu-

mo e conseguir poupar o suficiente ou tomar um financia-

mento para constituir seu patrimônio, o cidadão também

continuará a pagar tributos sobre ele: tem imóvel urbano,

o IPTU; tem imóvel rural, o ITR; tem automóvel, paga o

IPVA. Além disso, acresçam-se o ITCMD e o ITBI.

Também paga taxas inerentes às eventuais transferên-

cias patrimoniais. Isto não sendo suficiente, paga, confor-

me o lugar, algumas taxas extras, tais como a de coleta

de lixo, taxa para a limpeza pública, taxa para emitir do-

cumentos, taxa para manter aberta qualquer tipo de ati-

vidade – o tal alvará – e somem-se a isto, eventualmente,

contribuições para iluminação pública.

Ou seja, de modo conclusivo, podemos dizer que a

carga tributária será um percentual onde o total de recur-

sos transferidos para o governo é dividido pelo total de

riquezas produzidas no país no mesmo período identifi-

cado pelo PIB (Produto Interno Bruto); o resultante de tal

divisão será o percentual da carga tributária.

Escalada - O que ocorre é que a tal carga tributária vem

apresentando, ao longo das últimas décadas, um aumen-

Page 95: Revista Atua - Setembro 2012

95

to contínuo, ou seja, cada vez mais

a sociedade transfere recursos para

o setor público.

Para se ter ideia, a partir de in-

formações fornecidas pelo IBPT

(Instituto Brasileiro de Planejamen-

to Tributário), ao longo do governo

José Sarney a carga flutuou de 20%

até 22,66%, o que transposto para os

dias do ano, tomando o ano de 365

dias, significaria que se trabalhou de

73 a 82 dias no período para arcar

com a transferência de recursos ao

governo, ou seja, algo entre 2,5 me-

ses a aproximadamente pouco me-

nos de 3 meses. Dito de outra forma:

concentrando o pagamento, até o

mês março se trabalharia meramen-

te para arcar com a carga tributária.

A partir do Governo Collor-Ita-

mar, temos um aumento da carga

que flutua entre o mínimo de >

Page 96: Revista Atua - Setembro 2012

96

24,66% até o máximo de 29,86% , ou

seja, mínimo de 90 dias e máximo de

109. Agora o mínimo é de três meses,

e já avançam meados de abril os dias

trabalhados para sustentar o Estado.

No primeiro governo FHC, a carga

praticamente se estabiliza no pico do

período anterior, o mínimo é 27,40%

e o máximo de 29,04%, ou seja, entre

100 a 107 dias; porém, em seu segun-

do mandato, vai estabelecer um cres-

cimento progressivo, iniciando com

31,51% em 1999 e terminando em

36,44% em 2002, quantificados em

dias de 115 dias para 133, ou seja, do

final de abril para abocanhar recursos

inerentes até meados de maio.

Trabalhistas no poder - Iniciado o go-

verno Lula, a expansão desacelerou-

-se, mas continuou a acontecer. Assim,

a partir em 2003 é de 135 dias, com

36,99%, e terminou seu primeiro man-

dato com 39,73%, portanto 145 dias,

ou seja, de meados de maio para últi-

ma semana desse mês.

Já em seu segundo mandato, a

partir de 2007, inicia-se com um pe-

queno crescimento e parece se es-

tabilizar em torno 40 a 40,5%, o que

implica dizer que aproximadamente

cinco meses de carga tributária. Eleita

Dilma em 2011, parece agora manter-

-se constante num patamar, bastante

alto, porém, com uma tendência ain-

da de pequeno aumento.

Panorama - De modo geral, o que

vemos foi que se considerarmos os

anos 1970 que, segundo o IBPT, ti-

veram uma média de 76 dias corres-

pondendo à carga, que ainda apre-

sentou valores aproximados nos

anos 1980. Foi um profundo acrés-

cimo, já que hoje nos aproximamos

dos 150 dias, e por muito pouco, não

podemos dizer que a carga tributá-

ria dobrou, ou dito de outra forma

que antes pagávamos em torno de

2,5 meses de carga, mas passamos a

recolher praticamente 5 meses.

A pergunta que se faz é a se-

guinte: já que aumentou o seu cus-

to, como tem sido a retribuição do

Estado, através do governo, em be-

nefícios tais como educação, saúde,

transportes e segurança? Algo é cer-

to, a qualidade destes não melhorou,

o que dirá ter dobrado. Seja lá como

for, tivesse se mantido a mesma qua-

lidade, se poderia dizer que dobrou

de preço, se piorou, a situação é mais

dramática, subiu mais do que o dobro.

Page 97: Revista Atua - Setembro 2012

97

Page 98: Revista Atua - Setembro 2012

98

’opinião

A Revolução de 1932A vida se renova; e a história se completa...

por Clineida Jacomini

Sobre esse importante movimento de teimosos, cívicos e

idealistas brasileiros de São Paulo ouvi na rádio local, dia 9

de julho p.p.: “Perdemos a guerra, mas ganhamos um fe-

riado!” Esse tom jocoso, ainda que verdadeiro, não condiz

com todo o triste episódio que marcou a nossa região.

Escrevi há tempos (e saiu num jornal chamado Re-

volução 1932, editado pelo também idealista Francisco

Varanda) essa crônica que, por ser histórica e verdadeira,

tomo a liberdade de transcrevê-la nessa revista.

Tenho que escrever sobre a Revolução de 1932, tema

predileto de Francisco Varanda. Porque minha mãe vi-

veu essa epopéia e quer que eu a retrate; pelo que co-

nheço de ouvir falar; especialmente por esse feriado tão

atípico, porquanto é só nosso, dos paulistas.

Nasci em 1945, mas sempre ouvia histórias, pitorescas

umas; tristes outras, sobre a insurreição dos paulistas que

queriam porque queriam uma Constituição, por verem

desrespeitados seus direitos de cidadãos livres.

Em maio, dia 23, morreram na Praça da República,

em São Paulo, quatro jovens: Martins, Miragaia, Dráuzio

e Camargo, MMDC, que reivindicaram isso. Deflagrada

a Revolução, a Fazenda Bela Vista, de minha avó, ficou

bem no meio do fogo cruzado entre paulistas e minei-

ros. Com medo, justificado, minha avó largou tudo para

trás e foi se refugiar em sua outra propriedade, Fazenda

Santa Teresa, na hoje famosa Serra da Paulista (minha

eterna dúvida: tem esse “da” ou não?).

Ela sofreu muito com medo dos soldados que ti-

nham fama de arruaceiros, baixos e ruins. Então, olhan-

do uma cruz que ali havia, coberta pelas flores roxas de

São Miguel, lembrou-se de Cristo, foi se acalmando, mas

no começo não saia do quarto de tanto pavor.

Foto: Reprodução Internet

Page 99: Revista Atua - Setembro 2012

99

Quando voltou para a Prata, passado

o conflito, não achou uma coberta, das

centenas que tinha, feitas no tear, com

lã pura. Meu pai ficou sem uma troca

de roupa. Teve que comprar às pressas

tudo de novo. Galinhas, porcos, jóias, en-

feites, louças, talheres... tudo foi levado.

Meu pai contava – rindo muito

– que os mineiros, gente simples da

roça, dos fundões das Gerais, nunca

tinham visto privada. Ao depararem

com aquela providencial “pia”, com

cordinha para puxar, lavavam o rosto

e até bebiam daquela água limpinha.

Quando eu era menina, logo que

chegava na Bela Vista, ia ver uma bala

que ficara encravada no guarda-co-

mida de minha avó. Agora só ficou o

buraco, mas ele ainda ali está.

Uns soldados ficavam aquartela-

dos no Sertãozinho, (altos da Prata); os

outros, na estaçãozinha aqui em fren-

te de casa, no Tajá. Meu tio Samuel,

que servia o exército à época, contava

que entre Grama e Sapecado, hoje Di-

vinolândia, se travaram diversas bata-

lhas e a artimanha usada pelos paulis-

tas, a pé de munição, tendo somente

ânimo e coragem, era a de usar matra-

cas, dessas que eram usadas na igreja,

uma tabuinha com ferrinhos que, vira-

da, fazia o som de uma metralhadora,

para fingir que tinham esse tipo de

arma. Isso funcionou várias vezes.

Minha outra avó, Elisa, morava em

Cascavel, hoje Aguaí. Não quis sair

dali, mas, zelosa, mandou suas filhas

moças para o sítio dos Nazários. Di-

zia sempre que tinha sido muito bem

tratada pelos soldados que lhe de-

ram bolachas, doces etc.

Sua filha mais velha, já casada,

minha esperta e eficiente tia Augus-

ta, morando na fazenda São João de

Cima, entre Grama e Poços, também

se viu envolvida entre as duas forças.

Destemida e obstinada em não perder

o que tinha sido tão difícil de ganhar,

guardou tudo, mas tudo mesmo, de-

baixo do assoalho. Retirou as tábuas

e foi pondo roupas, louças, calçados,

mantimentos, cobertores... Os porcos,

aves, vacas, bezerros... amoitou-os to-

dos, no fundo do mangueiro, num lu-

gar de difícil acesso.

Ela mesma, seu marido Neca, filhos,

parentes e vizinhos, por lá se esconde-

ram também, até que o pior passasse.

Quando os soldados chegaram, não

encontraram nada e, por isso, também

não levaram nada do que era dela.

Por que escrevo isso? Para contar

às novas gerações o que foi passado,

mesmo que eu não tenho vivido nes-

sa época; para mostrar que há atitudes

e atitudes; que uma ação gera uma re-

ação; que os pontos de vista diferem

uns dos outros e que tudo é válido

para se tirar lições de vida para a vida.

Page 100: Revista Atua - Setembro 2012

100

Page 101: Revista Atua - Setembro 2012

101

Moda infantil: Maria Pititica - (19) 3633-5963

Calçados infantis: Cada Passinho - (19) 3631-2755

Cia do Esporte Kids - (19) 3635-2036

Modelos:Miguel Quebradas Santos PereiraFelipe Mazetto Pella PeresMaria Luiza A. Mafra de AndradeLorena Zanetti Figueiredo CostaValentina Zanetti Figueiredo Costa

Produção de moda: Fabiano Barbosa e Patricia RehderCabelo e maquiagem: Fabiano BarbosaFotos: Fabiano BarbosaLocação: Condomínio Lago do Prata

Agradecimentos:Bruna Zanetti

Eu bem sei que te chamam Pititica linda criança que encanta ao seu jeito de ser...

Page 102: Revista Atua - Setembro 2012

102

Valentina veste vestido de algodão rosa. Maria Luisa veste jardineira de algodão estampado. Lorena veste vestido de algodão azul – Maria PititicaSapatilha rosa Toke, sapatilha nude Pampili e sandália Pampili - Cada Passinho

Page 103: Revista Atua - Setembro 2012

103

Miguel veste short peixe de algodão e camiseta de aplicação peixe. Felipe veste short listrado e

camiseta de aplicação balão – Maria PititicaAll Star branco e tenis Nike - Cia do Esporte Kids

Page 104: Revista Atua - Setembro 2012

104

Macacões com aplicação – Maria PititicaSapatilha rosa Pampili, sapatilha Pampili e sandália branca Pampili - Cada Passinho

Page 105: Revista Atua - Setembro 2012

105

Maria Luiza veste maiô em algodão estampado. Lorena veste biquini estampado. Valentina veste maiô em algodão listrado – Maria Pititica

Page 106: Revista Atua - Setembro 2012

106

agito

Page 107: Revista Atua - Setembro 2012

107

Page 108: Revista Atua - Setembro 2012

108

Parece estranho dizer isso, mas muita

gente que está com o “nome sujo na

praça” não o fez de propósito. Embora

exista um mito de que quando falamos

de inadimplência estamos falando de

consumidores mal intencionados, isso

não corresponde à verdade.

Segundo o temido SCPC – Serviço

Central de Proteção ao Crédito, mais da

metade das pessoas que foram inclusas

no sistema só deixaram de pagar suas

contas devido à perda do emprego ou

problemas graves de saúde na família.

“Existe uma mistificação de que todo

o devedor é mau pagador. Claro que são

casos e casos, mas é sempre importante

lembrar que por trás de uma dívida que

não foi paga pode existir um problema

familiar maior, que levou o consumidor

’seu bolso

Não me planejei, e agora?Fique atento: a inadimplência pode ser uma dor de cabeça para você

à inadimplência”, explica Anselmo Mo-

reira, gerente da Associação Comer-

cial de São João da Boa Vista.

Ele explica ainda que, além do

desemprego e de gastos imprevistos,

muitos deixam de pagar suas contas

por causa de coisas simples, como a

falta de organização de gastos e o não

planejamento do orçamento familiar.

Restrições - O consumidor inadim-

plente passa por uma série de proble-

mas, isso porque as informações sobre

devedores são reunidas em diversos

cadastros. O maior deles é o SCPC, que

possui informações sobre mais de 350

milhões de consumidores.

As informações desses bancos de

dados sobre o crédito incluem dívidas

não pagas, títulos protestados e che-

ques sem fundos. Esses dados são pú-

blicos e usados constantemente por

todo o mercado na hora de conces-

são de algum financiamento. Dessa

maneira, as empresas que acessam os

bancos de dados se protegem dos de-

vedores que não pagaram as dívidas

no prazo combinado.

Dicas - Como você percebeu o fato de

estar com o nome incluído no cadas-

tro pode trazer dificuldades e barreiras.

Pensando nisso, a Revista Atua preparou

um guia básico para orientar você so-

bre como evitar ou contornar a inadim-

plência. Nas próximas páginas, conheça

dicas simples, que podem ajudar a en-

contrar a saida dessa situação.

Só tem um jeito de retirar o seu nome do banco de dados ou lista de devedores:

pagando a dívida. Por isso, a primeira providência é procurar o credor – empresa,

loja, banco, supermercado – para pagar ou negociar a dívida em outras condições.

Você também pode procurar a Associação Comercial e através do Serviço de Reabi-

litação de Crédito negociar sua dívida, eliminando juros e combinando prazos para

baixar a prestação, tudo com o objetivo de facilitar o pagamento. Esse é o meio

mais prático e o que gera menos dor de cabeça para ambas as partes.

Portanto, existe nessa etapa uma grande chance de resolver o caso definitivamente

e da forma mais simples. Não deixe escapar essa possibilidade.

Depois de paga ou renegociada a dívida, a empresa irá providenciar a retirada do

nome do inadimplente do SCPC em até sete dias úteis. Se a renegociação for feita

na Associação Comercial, seu nome é limpo automaticamente. Para buscar mais

informações sobre como limpar seu nome, entre em contato com a Associação

Comercial, através do telefone (19) 3634-4300.

Meu nome jáestá sujo

Ilustração: Boa Vista Serviços

Page 109: Revista Atua - Setembro 2012

109

Page 110: Revista Atua - Setembro 2012

110

Entender a movimentação do seu dinheiro é o primeiro cuidado que você preci-

sa tomar para não se endividar. Para saber como organizar o seu orçamento e se

planejar, você precisa anotar o quanto ganha e o quanto gasta.

Existem várias maneiras de fazer isso e o importante é não deixar para depois. Só

assim você consegue prever situações inesperadas, entender para onde está indo

seu dinheiro e, dessa forma, você terá mais controle sobre ele. Imprevistos aconte-

cem, mas o mais importante é estar preparado para eles. A família toda precisa estar

unida para conseguir colocar tudo que entra e tudo que sai no papel.Para evitar

Quando você vê que o mês ficou maior que o salário, seja prático: escolha bem

o que pagar. Comece pelas contas que têm as maiores multas, taxas de juros e/

ou aquelas em que o atraso possa causar transtornos para sua família, como, por

exemplo, a conta de energia elétrica.

Existem dois tipos básicos de despesas: as fixas, como aluguel, mensalidade escolar,

luz; e variáveis, que normalmente referentes a créditos como o cheque especial, carnês

de financiamento e fatura de cartões. Normalmente, essa segunda categoria são as

que possuem maiores taxa de juros e multas em caso de atraso. Por isso, elas devem

estar no topo da prioridade de pagamento. Se não for possível pagar o valor todo,

negocie, evitando a chamada “bola de neve” criada por um atraso atrás do outro.Faltou dinheiro

Entidades se mobilizampara reduzir a inadimplência

Várias instituições financeiras têm realizado ações visando à educação

e orientação do consumidor. Em nossa cidade, a Associação Comercial

realiza um trabalho diferente, buscando negociar as dívidas dos inadim-

plentes, tudo para que ele possa limpar seu nome. A filosofia da entida-

de é mostrar ao consumidor que aquele que cuida do seu nome ganha

muito: é reconhecido como um bom cliente nas lojas e pode ter acesso

a melhores parcelamentos e empréstimos, realiza seus sonhos e vive

mais tranquilo. E esse trabalho já esta colhendo resultados positivos: em

menos de cinco meses dessa ação, já foram recuperados mais de R$ 60

mil em dívidas no comércio local.Ilustração: Reprodução Boa Vista Serviços

Ilustrações: Boa Vista Serviços

Page 111: Revista Atua - Setembro 2012

111

Page 112: Revista Atua - Setembro 2012

112

Maria Eduarda veste Le Lis Petit para Boutique ChiquitaSapatilha Pampili - Cada Passinho

Debaixo dos

Page 113: Revista Atua - Setembro 2012

113

Moda infantil: Chiquita - (19) 3623-3535

Calçados infantis: Cada Passinho - (19) 3631-2755

Modelo:Maria Eduarda Mourão Galvani

Produção de moda: Fabiano Barbosa e Patricia RehderCabelo e maquiagem: Fabiano BarbosaFotos: Fabiano BarbosaLocação: Estação Ferroviária de São João da Boa VistaAgradecimentos: Raphael de P. Medeiros e Departamento de Culturacaracóis

Page 114: Revista Atua - Setembro 2012

114

Page 115: Revista Atua - Setembro 2012

115Maria Eduarda veste Le Lis Petit para Boutique Chiquita

Tênis Pampili - Cada Passinho

Page 116: Revista Atua - Setembro 2012

116

Maria Eduarda veste saia John John Kids e Le Lis Petit para Boutique ChiquitaTiara - Cada Passinho

Page 117: Revista Atua - Setembro 2012

117Maria Eduarda veste Le Lis Petit para Boutique ChiquitaRasteira Ortopé - Cada Passinho

Page 118: Revista Atua - Setembro 2012

118

Seus arquivos nas nuvensHoje, é possível acessar arquivos e executar tarefas pela internet, em qualquer lugar

por Alexandre Pelegrino

Para se entender melhor o que é esta

tecnologia em uma linguagem que

todos possam compreender, o arma-

zenamento de arquivos em nuvens é

como se fosse um HD virtual que fun-

ciona através da internet, mas não é

necessária instalação de nenhum pro-

grama para acessá-lo.

O termo “computação nas nuvens”

é a possibilidade de acessar arquivos

e executar distintas tarefas pela in-

ternet. Quer dizer, você não precisa

instalar aplicativos no seu computa-

dor para tudo, pois pode acessar di-

ferentes serviços online para fazer o

que precisa, já que os dados não se

encontram em um computador par-

ticular, mas sim em uma rede.

Quando conectado ao serviço on-

line, é possível curtir suas ferramentas

e salvar todo o trabalho que for feito

e acessá-lo depois de qualquer lugar.

E é justamente por isso que seu com-

putador estará nas nuvens, pois você

poderá acessar seus dados a partir

de qualquer computador que tenha

acesso à internet.

Por isso, saber quais serviços são

gratuitos e quais apresentam maior es-

paço disponível é essencial, sobretudo,

porque nem sempre é fácil encontrar

bons serviços e aplicativos estáveis.

Disponibilizamos alguns aplica-

tivos para sua escolha e qual deles

pode suprir suas necessidades: Dro-

pobox, Google Drive, Cloud Drive,

GMail Drive, Ubuntu One, Cloud Expe-

rience, 4Shared, ADrive, Windows Live

SkyDrive, SugarSync, MP3Tunes, Gladi-

net Cloud Desktop, DivShare, Cubby

beta, SteekR, Mozy Remote Backup

FlipDrive, MediaFire e Box.

Vantagens e desvantagens – A suges-

tão de HD virtual evoluiu para uma CPU

virtual. Além de apresentar um ambien-

te para armazenar os arquivos, é pos-

sível abrir diversos formatos, editar os

documentos mesmo sem os softwares

que os criaram, compartilhar o arquivo

entre computadores, tablets e smar-

tphones e mandar o link do arquivo por

e-mail em vez de enviar um anexo.

Como pode perceber, as vanta-

gens que são proporcionadas pela

computação em nuvens são variadas.

Uma delas, talvez a mais importante

para a maior parte das pessoas, é a

não necessidade de ter uma máquina

potente, uma vez que tudo é executa-

do em servidores remotos.

Outro benefício é a possibilidade

de acessar dados, arquivos e aplica-

tivos a partir de qualquer lugar. Basta

uma conexão com a internet.

No entanto, tudo tem seus con-

tras. O armazenamento nas nuvens

ainda gera muitos receios, principal-

mente no que se refere à segurança,

pois muitas pessoas não se sentem à

vontade para armazenar dados com

algum grau de sigilo e relevância. A

proposta é manter informações im-

portantes em um ambiente virtual e

que não há dúvidas de que a com-

putação em nuvens é uma realidade

cada vez mais sólida.

’tecnologia

Foto: Reprodução Internet

Page 119: Revista Atua - Setembro 2012

119

Page 120: Revista Atua - Setembro 2012

120

Num período em que ocorreram bons lançamentos, nossas dicas procuram ser bem variadas e diversificadas, visando sempre agradar o maior número de leitores da Revista Atua. Todas as dicas de DVDs também podem ser encontradas em CDs. E-mails com sugestões e críticas serão sempre bem vindos a esta coluna.

por Hélinho Fonseca’dicas

A Soma e o Resto - Um Olhar Sobre a Vida aos 80 Anos é uma oportunidade para o leitor conhecer a visão de Fernando Henrique Cardoso sobre as incríveis mudanças pelas quais passam o Brasil e o mundo.

A soma e o resto

FERNANDO HENRIQUE CARDOSOCivilização Brasileira - 196 Págs.

Diogo Nogueira Ao Vivo em Cuba

Filme / Música - DVD

A. A. A. - ArnaldoAntunes Acústico

Erasmo Carlos - 50 Anos de Estrada

Um olhar sobre a vida

O blog da sanjoanense Stefani Costa reune um acervo de textos escritos por essa jovem escritora. Segundo a definição dela, “os meus textos são vozes de memórias vividas na realidade ou dentro da minha própria ilusão. A intenção não é criticar, e sim apenas observar o que está ao redor de mim”.

Dê uma lida com calma:www.asmaosdojoalheiro.wordpress.com

Marisa Monte - O que você quer saber de verdade

Música - CD

Rita Lee - Reza

Zezé di Camargo e Luciano 20 Anos de Sucesso

Tony Bennett - Duets II

A trama de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada parte de um acontecimento perfeitamente

documentado no fim do século XIX. Um padre no sul da França

descobre nas fundações de uma igreja documentos contendo as

revelações sobre a figura de Cristo.

Cristianismo na mira

BAIGNET, LEIGH e H. LINCOLNEd. Nova Fronteira - 410 Págs.

Page 121: Revista Atua - Setembro 2012

121

Page 122: Revista Atua - Setembro 2012

122

A fuga de Adolf HitlerNão há evidências sólidas de sua morte, o que pode apontar para uma possível fuga

’curioso

A Segunda Guerra Mundial foi o maior

conflito militar que o mundo já pre-

senciou. A guerra, que começou com

a invasão da Polônia pela Alemanha

nazista, se espalhou e envolveu quase

100 países e cerca de 30 milhões de sol-

dados, que lutaram desde os desertos

africanos às frias costas da Noruega; das

praias francesas, até as densas florestas

tropicais do Oceano Pacífico.

Seu saldo foi amargo: quase 50 mi-

lhões de pessoas morreram, em pou-

co mais de seis anos de conflito. Em

abril de 1945, com Berlim cercada e

ocupada por tropas russas, um dos

principais líderes do conflito, Adolf Hi-

tler, o então führer (que significa algo

como guia) da Alemanha nazista, co-

meteu suicídio junto com sua aman-

te, Eva Braun, dentro de um bunker

(um abrigo subterrâneo à prova de

bombas) que existia abaixo de um

dos prédios da chancelaria. O corpo

foi então queimado e encontrado

por tropas russas. Dias depois, a Ale-

manha se renderia às nações aliadas.

O que muita gente não sabe sobre essa

versão oficial é que ela é repleta de fu-

ros e inconsistências. O principal deles é

que nunca houve confirmação positiva

do corpo encontrado, sendo - talvez

você fique perplexo ao saber - possível

que o maior criminoso de guerra que

o mundo já viu tenha vivido tranquila-

mente até os 73 anos, nas cercanias de

San Carlos de Bariloche, na Argentina.

Ocultação – Para os escritores britâ-

nicos Gerrard Williams e Simon Duns-

tan, autores do livro Grey Wolf: The

Escape of Adolf Hitler (Lobo Branco: A

Fuga de Adolf Hitler - tradução literal),

a forma que conhecemos a história

está intencionalmente errada.

Após consultar inúmeros documentos

e fontes, os autores afirmam que Hitler

fugiu da Alemanha poucos dias antes

da queda de Berlim, à bordo de um

comboio de submarinos, com destino

à Argentina, que na época era “um en-

clave fascista e pró-nazista”, que abri-

gou também Adolf Eichmann, Erich

Priebke e Joseph Mengele, notórios

criminosos de guerra. Mas existem

argumentos para sustentar as afirma-

ções de que o führer tenha fugido?

Evidências – Menos de 24 horas após

a ocupação de Berlim, o exército russo

vasculhou toda a região do bunker e

analisou os restos humanos encontra-

dos na busca pelo führer e de outros >

Queda - Ao lado, imagem do que

restou da chancelaria do Reich, após a

tomada de Berlim pelas forças russas.

Abaixo, Adolf Hitler e Eva Braun, que

teriam fugido e forjado o suicídio para

fugir da captura por forças aliadas.

Fotos: Reprodução Internet

Page 123: Revista Atua - Setembro 2012

123

Page 124: Revista Atua - Setembro 2012

124

oficiais nazistas que teriam se suici-

dado. Curiosamente eles declara-

ram não terem encontrado nenhum

cadáver do ditador alemão. Horas

mais tarde, Josef Stalin líder da União

Soviética, denunciou ao mundo que

Hitler havia conseguido fugir.

O próprio estado alemão só conside-

rou Hitler como morto quase 11 anos

depois, em 1956, por presunção de

falecimento. Ou seja, legalmente

para a Alemanha Hitler estava vivo

depois de 1945. E não só vivo – não

era um homem condenado pela

Justiça; não havia ordem de captura

emitida, nem processo judicial.

Ao mesmo tempo, os serviços de inte-

ligência britânico e americano forne-

ceram informações sobre ligações da

Argentina com os nazistas. Alguns deles

chegam a mencionar a possibilidade da

fuga de Hitler para aquele país e divulga-

ram fotos com montagens de possíveis

visuais que o führer poderia ter adotado.

Em 1957, o governo russo deu uma

súbita guinada e afirmou que possuía

a única evidência física da morte de

Hitler no abrigo de Berlim. Era um

fragmento de crânio com um bura-

co de bala, que foi exposto no mu-

seu da guerra por mais de 50 anos,

que acabava com as especulações

sobre a suposta fuga.

Neste mesmo ano a CIA – agência ameri-

cana de inteligência – recebeu relatórios

que faziam referência a um encontro re-

alizado na Colômbia entre Phillip Citro-

en e um homem que lembrava muito

Adolf Hitler, que chegou a ser chaman-

do de der führer pelos presentes.

A especulação sobre a possível fuga

de Hitler saiu dos círculos de inteli-

gência e veio a público somente em

2009, quando um grupo de pesquisa-

dores da Universidade de Connecticut

teve acesso ao crânio e realizou testes

de DNA, comprovando que a única

prova da morte era falsa.

Controvérsias – É importante lembrar

que toda a história que conhecemos

sobre a morte de Hitler e Eva Braun se

baseia em um relatório feito com de-

poimentos orais de oficiais alemães, co-

lhidos pelo historiador britânico Hugh

Trevor Roper, que cinco meses depois

publicou o livro Last Days of Hitler a pe-

dido do serviço secreto britânico.

Muitos pesquisadores questionam a

validade desses depoimentos, apon-

tando inconsistências de datas e locais,

com até meses de diferença. As dúvidas

só aumentam quando se soma a fal-

ta de evidências sobre a presença do

führer em Berlim nos últimos dias. Não

há filmes, nem fotos ou registros de sua

voz, não há corpo, não há nada.

O escritor italiano Carlos di Napoli e o

jornalista argentino Juan Salinas consi-

deram essa ausência de provas como

uma evidência circunstancial de que

Hitler talvez não estivesse em Berlim

durante a queda do Reich, mas sim em

Berchtesgaden, nos Alpes da Baviera.

Sunrise – Berchtesgaden é uma pe-

quena cidade no sul da Alemanha

onde Hitler possuía uma casa de cam-

po, apelidada de “o ninho da águia”.

Nessa região também existia um gran-

de complexo de bunkers e fortalezas,

muito bem guardado por tropas da SS.

Segundo di Napoli, de lá Hitler co-

mandava o exército nazista que já se

encontrava em trapos. Paralelamen-

te, acontecia a Operação Sunrise, uma

série de negociações secretas entre

altos membros do partido, oficiais da

inteligência aliada e a Cruz Vermelha,

visando a rendição da Alemanha.

Fuga – Para Di Napoli, Adolf Hitler

então fugiu de Berchtesgaden em di- >

Documentos - O FBI divulgou

dezenas de páginas de relatórios que

fazem referência a rumores sobre

submarinos e a presença de altos

oficiais nazistas na Argentina nos

anos seguintes à II Guerra. Todos

estão disponíveis para consulta no

website vault.fbi.gov/adolf-hitler

Muitos delas estão completamente

pintadas de preto, a fim de ocultar

informações e nomes considerados

- ainda - secretos.

Page 125: Revista Atua - Setembro 2012

125

Page 126: Revista Atua - Setembro 2012

126

reção a uma base de submarinos na

Noruega, e de lá para a Argentina. Essa

versão da fuga encontra respaldo em

diversos fatos. Os principais são me-

morandos da inteligência soviética,

que afirmavam que líderes nazistas

tentariam escapar a bordo de subma-

rinos partido de portos noruegueses.

Essa história se confirma com a deser-

ção do submarino alemão U-977, que

se rendeu na base naval argentina de

Mar Del Plata. Somam-se também os

relatos de habitantes de localidades

no sul da Patagônia, Miramar e Mar

del Sur, que informaram que subma-

rinos aportaram na costa, onde sua

tripulação teria desembarcado e, pos-

teriormente, afundado os barcos.

Nessa fuga, teriam sido torpedeados

por outros submarinos alemães uma

corveta norte-americana e o cruzador

brasileiro Bahia, deixando 336 mortos

e deflagrando a maior tragédia naval

brasileira. No entanto, contra todas as

evidências, ambos os casos foram tra-

tados como acidentes.

No caso do Bahia, a causa do naufrá-

gio é atribuída há uma falha de seus

tripulantes, mas os Estados Unidos

seguem sem reconhecer essa versão,

considerando, inclusive, que os quatro

rádio-operadores americanos abordo

do cruzador foram os últimos norte-

-americanos mortos pelos nazistas.

Conclusão – Embora sua morte seja

plausível e existam muitas provas cir-

cunstanciais que podem apontar para

uma fuga e, até para conivência dos

Estados Unidos e da Inglaterra, nada

se sabe ao certo sobre o destino de

Hitler. Também nada se sabe sobre a

identidade dos dirigentes nazistas de-

sembarcados em costas patagônicas.

Nem o destino das vastas transferências

de dinheiro para a Argentina em forma

de ouro ou ações de empresas criadas

pouco antes da guerra terminar.

Ainda que com as informações dis-

poníveis não pareça sensato acreditar

que Hitler e seus próximos tenham

podido viajar naqueles nos subma-

rinos, ninguém sabe o quê ou quem

desembarcou nas praias de Miramar

ou Mar del Sur.

E são justamente essas dúvidas e as

muitas brechas e erros na história ofi-

cial que mantém vivo o mito da fuga

de Adolf Hitler para a America do Sul.

Rendição - Na foto, U-977 que sob o comando de

Heinz Schaeffere, se rendeu a base naval argentina

de Mar del Plata, em 17 de Agosto de 1945. Atribui-

-se a um submarino semelhante, o U-530, o torpede-

amento em 4 de julho, dois meses após a rendição

alemã, do cruzador brasileiro Bahia. Documentos

dos serviços de inteligência americano fizeram vá-

rias referências a submarinos que teriam aportado

em regiões pouco povoadas da Patagonia.

A

Jornais - A imprensa deu grande repercussão

ao afundamento do Bahia. Declarações informais

colhidas por diversos jornais junto a oficiais da Mari-

nha difundiram a história do torpedeamento, que foi

negada posteriormente de forma oficial.

Foto: Reproduçao /Uboat.net

Page 127: Revista Atua - Setembro 2012

127

Page 128: Revista Atua - Setembro 2012

128

’cinema

Procurando NemoFilme em desenho animado, que encantou crianças e adultos, volta às telonas em 3D

por Franco Junior

De volta à caçada! Essa é a sensação

que os fãs do famoso, pequeno e atra-

palhado peixe-palhaço, Nemo, terão.

Isso porque o filme, que foi sucesso de

bilheterias em 2003, está de volta às te-

lonas no mês de outubro.

O longa teve produção da Pixar

Animation Studios, estúdio famoso

também pelo desenvolvimento de ani-

mações como “Toy Story” (1995, 1999 e

2010), “Carros” (2006 e 2011), “Monstros

S.A.” (2001), “Os Incríveis” (2004), entre

outros. Além disso, a distribuição foi

da Walt Disney Pictures, que o creditou

ainda mais como sucesso.

“Procurando Nemo” encantou

crianças e adultos. Com isso, con-

quistou o Oscar de Melhor Longa

Metragem Animado em 2004, além

de ter sido indicado aos de Trilha Sonora, Edição de

Som e Roteiro Original.

História – A animação conta a jornada de um peixe-palha-

ço, super-protetor, chamado Marlin e seu filho Nemo. Os

dois acabam separados na Grande Barreira de Coral, quan-

do Nemo é inesperadamente levado para longe de sua

casa no oceano e vai parar dentro do aquário do consultó-

rio de um dentista.

Apoiado pela amizade com Dory, uma gentil, mas des-

memoriada peixe blue tang do Pacífico, Marlin embarca em

uma perigosa jornada e se vê como o herói de um épico es-

forço para salvar seu filho, que também arma alguns planos

ousados para retornar a salvo para casa.

Apesar de ser um desenho, o filme tem um elenco de

vozes de primeira. Na versão norte-americana, a dublagem

de Nemo foi do ator-mirim Alexander Gould, que além de

participações em séries de TV como “Supernatural” e “Law &

Order”, foi responsável por emprestar a voz ao veado “Bam-

bi”, na animação “Bambi II” (2006).

Já na brasileira, quem dubla o peixinho-palhaço é Gus-

tavo Pereira, ator que fez participações em diversos filmes

da Xuxa e atualmente atua na novela “Avenida Brasil”.

Saindo do papel – Um segundo “Procurando Nemo” é

estudado pelos produtores da Pixar e, provavelmente,

o projeto deve sair do papel e estrear nas telonas em

2016. O que já gera expectativa aos fãs é que a direção

será de Andrew Stanton, mesmo diretor do anterior.

Com isso, os amantes de “Nemo” podem esperar ansio-

sos pela nova animação.

Enquanto 2016 não chega, o jeito é se deliciar nova-

mente com a primeira aventura do peixe-palhaço, que é

dono da segunda maior arrecadação da Pixar – US$ 867

milhões – e assim como já aconteceu com “O Rei Leão” e “A

Bela e a Fera”, será relançada em 3D.

Foto: Divulgação

Page 129: Revista Atua - Setembro 2012

129

Page 130: Revista Atua - Setembro 2012

130

’cultura

História - Gogol é a primeira grande

figura do realismo russo. Almas Mortas que,

baseando-se num fato real, uma burla que

consiste em comprar servos mortos para os

hipotecar e obter assim um empréstimo. O

livro é uma visão violentamente satírica da

Rússia anterior à abolição da escravatura.

Almas mortas, de GógolAutor desempenhou papel fundamental no desenvolvimento da prosa russa

por Francisco de Assis Martins Bezerra

Nikolai Vassílievitch Gógol (1809-

1852) é considerado um dos pais da

moderna literatura russa. Dentre os

seus contos mais famosos podemos

apontar “O nariz”, “Diário de um lou-

co” e “O capote”.

Gógol desempenhou um papel

fundamental no desenvolvimento

da prosa russa a partir do século XIX

e influenciou uma geração de es-

critores russos, o que levou Dostoi-

évski a dizer a frase que se tornaria

célebre: “Todos nós saímos do Capo-

te de Gógol”. Segundo Tchekhov, ao

ler o conto “A carruagem”, Gogol era

o “maior artista russo”.

A obra-prima de Gógol que ire-

mos analisar é Almas Mortas. Ele não

chegou a concluir esta novela, mas

a mensagem que deixou nela foi tão

completa e profunda que chega até

nós plenamente atualizada.

As grandes catástrofes humanas

que se abateriam sobre a Rússia, o

deslocamento de grandes massas hu-

manas das mais variadas etnias pelas

suas vastas regiões e a miséria huma-

na em que a servidão não conta, mas

apenas serve aos interesses dos buro-

cratas para o seu prestígio e poder, fo-

ram claramente denunciadas por ele.

Pável Ivánovith Tchítchicov, per-

sonagem principal do livro, era um

burocrata ambicioso, que percorria as

aldeias para comprar almas mortas, ou

seja, camponeses e artesãos já faleci-

dos, mas que continuavam constando

nas listas oficiais como vivos.

Na época, quantas mais almas

de servos possuísse um senhor rural,

mais poder e riqueza ele ostentava.

Era sinal de prestígio, mesmo que a

propriedade estivesse em declínio. E

pagava impostos sobre estes servos

mesmo estes estando mortos.

Assim Tchítchicov, profundo co-

nhecedor da alma humana, comprava

dos senhores rurais decadentes estas

almas mortas e ia construindo sua

própria propriedade rural formada de

pessoas que não mais existiam. Mes-

mo ainda sem possuir terras, ele as

compraria mais tarde, pois não tinha

pressa, e, assim, no futuro, tornar-se-ia

também um grande proprietário rural,

um autêntico pomiêchtchiki. Enfim,

um senhor respeitável.

Sempre que viajamos, em cidades

e regiões que visitamos, quantas pes-

soas interessantes conhecemos. Dos

mais variados e imprevisíveis tipos.

Foto: Reprodução Internet

Page 131: Revista Atua - Setembro 2012

131

Todas com aspirações e sonhos, em

busca de realizações que as tornem

felizes ou menos tristes.

Conhecemos imensos talentos

desperdiçados, vivenciamos a prática

cotidiana do descaso e da apatia, da

aniquilação de valores e a supremacia

da aparência e da esperteza. Esta ser-

vidão humana que se impõe às vezes

silenciosamente e que cala vozes e

mata sonhos está tão entre nós que

nem a percebemos. As pessoas são

transformadas em almas mortas, bri-

lhantes, queridas e até saudosas, mas

que aparecem apenas nas estatísticas

oficiais. São apenas números.

Quantas almas vagueiam pelas es-

tepes da vida, massa de manobras dos

pequenos senhores rurais modernos,

dos burocratas, dos políticos corrup-

tos, em que o ser humano não conta.

Tais quais na antiga Rússia, as in-

justiças sociais se abatem sobre nós

com a mesma intensidade e é preciso

um esforço imenso de toda a socieda-

de para combatê-las.

Discursos vazios de responsabi-

lidade social, em sua maioria mais

instrumentos de marketing do que

de ação efetiva de mudanças, não

constroem um novo mundo, social-

mente mais justo e com oportunida-

des para todos.

Abismo - As enormes desigualdades

existentes entre as diversas regiões do

nosso país e a criminosa distribuição

de renda que temos exibem os mais

variados tipos de servidão impostos às

pessoas nos nossos tempos, disfarça-

dos e sutis, e que convivem harmonio-

samente conosco em um estado de

letargia, de indiferença e de insensibi-

lidade gritantes, aniquilam toda sorte

de tentativa de romper os grilhões

que matam sonhos e esperanças. Tais

quais servos russos.

Esta novela de Gógol nos apre-

senta o mesmo cenário, as mesmas

situações, apenas ambientados na

velha Rússia czarista.

Aponta para que devemos con-

tinuar lutando por mudanças estru-

turais em nossa sociedade, dando

a cada um e à sua maneira a valiosa

colaboração, quer seja denuncian-

do injustiças, quer seja contribuindo

decisivamente para a melhoria das

condições em que vivemos em seu

sentido mais amplo.

Não podemos nos transformar

em uma grande massa de almas

mortas. Fazemos parte desta imensa

massa humana e nos compete não

deixar os Tchítchicov da vida andan-

do impunemente por aí.

Page 132: Revista Atua - Setembro 2012

132

Info

rme

Publ

icit

ário

Page 133: Revista Atua - Setembro 2012

133

Page 134: Revista Atua - Setembro 2012

134

Cantores sanjoanenses possuem opiniões diferentes sobre o atual espaço musical

Qualidade ou banalizaçãona música da noite?

’música

Nos últimos anos – e cada vez mais –, bares, lanchonetes,

pizzarias e restaurantes de São João da Boa Vista, e de ou-

tras cidades da região, estão abrindo espaço para artistas

musicais, de todos os estilos, mostrarem seus talentos.

Sertanejo universitário, pop-rock, MPB, internacional... há

ritmos e locais de todos os tipos e para todos os gostos. Por

um lado, é a chance de muita gente boa apresentar a quali-

dade que tem na voz e no som. Contudo, aqueles que can-

tam só por “esporte” desvalorizam o trabalho dos verdadei-

ros profissionais, cobrando cachês a “preço de banana”. Sem

contar a falta de qualidade de muitos que aparecem por aí.

O cantor pratense Marquinhos Mistura considera o tra-

balho de cantar na noite como a de um “vendedor de um

produto qualquer”, mesmo não se pagando os valores que

alguns realmente merecem. “Se seu produto for bom e tiver

qualidade, vai vender mais. Assim, o pouco acaba se tornando

muito, ou pelo menos suficiente. Mas tem que trabalhar pra

melhorar cada dia mais e batalhar na venda”, brinca.

Para Mistura, o crescimento exagerado de músicos e

cantores tem um lado positivo. “A concorrência é que faz

a gente trabalhar mais e ter um produto melhor para poder

vender. Aqueles que param no tempo, que brincam de cantar

ou tocar, logo se autoexcluirão do meio”, relata.

A cantora Marcela Picinato destaca que sua motivação

vem do amor pela música e na alegria que leva às pessoas

que procuram por diversão na noite. “Todos têm a chance

de mostrar seu trabalho, mas quem decide se você é bom ou

não é o público que, muito exigente, reclama quando não

gosta e elogia quando merecemos”.

Já Flávia Jorge, também cantora, ressalta que a arte em si

é o que lhe motiva a estar na noite. “Só quem tem a música cor-

rendo nas veias entende a necessidade de estar se expressando

dessa forma”. Porém, ela é mais crítica. “Sinto uma banalização

da música em São João. Existem os que acham que são músicos

e acabam tirando o lugar de muitos que estão há vários anos ba-

talhando por espaço. O que comanda isso é o leilão de cachê, que

é muito desleal. Muitas vezes o dono do bar não

pensa na qualidade dos que estão no palco, e sim

no quanto terá que dispender para pagar”, afirma.

O mercado – Marquinhos acredita que o

mercado em São João e região está em alta

nos dias de hoje, comparando com um tem-

po não muito distante. “Não havia tantos es-

tabelecimentos com música ao vivo. Como já

Dois pontos - Flavia Jorge (foto ao lado)

diz que muitos que se “acham” cantores tiram

o lugar daqueles que há anos batalham

por espaço; já Marquinhos Mistura (foto da

página ao lado) afirma que a concorrência

é positiva, o que faz o cantor trabalhar mais

para ter um “produto bom para vender”. Foto: Arquivo pessoal

Page 135: Revista Atua - Setembro 2012

135

disse, trabalhando direitinho, sempre

haverá espaço”.

Marcela também diz que não há o

que reclamar. “Querendo, todos podem

trabalhar. São João tem muitos bares e

restaurantes e o pessoal da cidade gosta

de música de qualidade. Tem sido praze-

roso trabalhar aqui e na região”, ressalta.

Flávia já vê o mercado com outros

olhos. “Existe muita gente boa por aí,

mas se os músicos se unissem, seria bem

melhor do que tratar a noite com con-

corrência”, comenta.

O que motiva – Para Marcela, carisma,

alegria e prazer no que faz são adjeti-

vos primordiais neste tipo de trabalho.

“Nossa cidade tem espaço para todos os

estilos e é bom saber que temos tantos

talentos. E quando você trata seu traba-

lho com carinho e dedicação, o retorno

é sempre positivo. É isso que me motiva

ser cada vez melhor”.

Marquinhos Mistura ressalta que

amar sua profissão e fazê-la com ale-

gria e determinação, como qualquer

outro tipo de trabalho, é o ponto para

se dar bem na carreira. “Trabalhando

com amor, com certeza o resultado final

será sempre satisfatório para quem o fez

e para quem o comprou”.

Concluindo, Flávia Jorge salienta

o que precisa ter um cantor da noite,

além de material e saber cantar. “É pre-

ciso paciência, gostar muito do que faz

no palco e ter a música como filosofia de

vida. Se não for assim, o cantor não passa

de um repetidor de canções”, finaliza. A

Foto: Arquivo pessoal

Page 136: Revista Atua - Setembro 2012

136

Sabor perdido na memóriaSão João já teve fábrica e distribuídora de cervejas artesanais, no início do século XX

’história

por Ana Lucia Finazzi

No início da Idade Média, a fabricação de cerveja era ainda

doméstica e ficava a cargo das mulheres, assim como o

pão. Com o domínio da igreja, na época, os monges mo-

nopolizaram o mercado, diversificando os tipos de cerveja.

Mas a cerveja era também produzida em porões de

prefeituras germânicas e, já em fins do período, começa-

ram a surgir as primeiras cervejarias alemãs, com a cerveja

alcançando uma produção em escala industrial.

No Brasil, a história da cerveja começa no início do século

passado, com D. João VI trazendo na bagagem tonéis da be-

bida, que foi importada até 1888, quando surgiu a primeira

fábrica brasileira: a Manufatura de Cerveja Brahma. Dois anos

depois viria a Antártica. Hoje, estas empresas fundiram-se

para formar a AMBEV (Companhia de Bebidas das Américas).

Cerveja em são joão e região – Na década de 1890, um

imigrante alemão, Emílio Weiss, montava em nossa cidade

uma indústria de cerveja alemã.

No começo do século XX, o também alemão Daniel Ri-

ckhem fabricava a cerveja preta, no prédio anexo à sua casa.

Além da cerveja, produzia “gasosa”, que envasilhava em

garrafas inglesas. A casa ainda existe e fica à rua Saldanha

Marinho, nº. 276, tendo sido construída em fins do século

XIX, pelo empreiteiro construtor Nicolau Rehder para José

Jahnel, serralheiro, formado na Alemanha. Posteriormente

foi vendida para Benedito Kull, sogro de Daniel Rickhem.

Segundo consta, o médico Dr. Alípio Noronha recomenda-

va a seus pacientes em convalescença que tomassem a cerveja

preta do “Seo Daniel”, para recuperarem as energias perdidas.

Algum tempo depois, Antônio Rubbo montou uma

cervejaria no local, onde hoje está a casa que dá lugar à

nova agência do banco Itaú, e que servia São João e região.

Muitos anos depois, seu filho, Amadeu Rubbo, trazia

para nossa cidade o chopp fornecido pela Companhia

Paulista, de Ribeirão Preto. Foi o chopp que contribuiu para

que o popular Bar Rubbo ficasse inesquecível para todos

os que viveram esta época.

História - Abaixo, os rótulo da cerveja “Poker”, distribuída

pela Companhia Cervejaria Paulista e da Cervejaria Anto-

nio Rubo. Ao fundo, a casa de Daniel Rickhem, que resiste

ao tempo. Lá era produzida a cerveja preta “gasosa”.

Fotos: Jaime Splettstoser

Page 137: Revista Atua - Setembro 2012

137

Page 138: Revista Atua - Setembro 2012

138

’empresas

Agropesca MarcondesRua Henrique Cabral de Vasconcelos, 1.520 Fone 19 3633 5093

Água VivaAv. João Osório, 543 – Jd. Bela VistaAv. 13 de Maio, 125 – Jd. Santa Edwirges Fone/fax 19 3631 1329 / 19 3631 0474Site www.piscinasaguaviva.com.br

Alkimia ModasRua Saldanha Marinho, 505 – CentroFone 19 3635 1919

ArezzoAv. Dona Gertrudes, 38 – CentroFone 19 3623 3503Site www.arezzo.com.br

Artesanatos DonniPraça Cel. José Pires, 28 – CentroFone 19 3623 3109

Auto BetiRod. SP-342 – S. João / A. da Prata, km 229Fone 19 3622 3811Site www.autobeti.com.br

Bar do RussoRua Quatorze de Julho, 741Vila ConradoFone 19 3623 2107

Beatriz SalazarRua 14 de Julho, 328 – Vl. ConradoFone 19 3056 3810

Boutique Anna BellyAv. Dona Gertrudes, 167 – CentroFone 19 3631 1353

Buffet CristalRua João Pessoa, 222 – Vila OrientalFone 19 3631 5534

Cada PassinhoRua Benedito Araujo, 155 – CentroFone 19 3631 2755

Casa das MeiasRua Gabriel Ferreira, 27 – CentroFone 19 3623 3893

Casa DecoreAv. Dr. Oscar Pirajá Martins, 1286 – Jd. Sto. AndréFone 19 3635 2350

Caulim PorcelanasRua Oscar Jason, 138 – CentroFone 19 3633 2143

Center LuzAv. Durval Nicolau, 523 – Jd. N. São JoãoFone 19 3633 7978

ChiquitaAv. Dona Gertrudes, 72 – CentroFone 19 3623 3535

Cia do EsporteAv. Dona Gertrudes, 66 – CentroFone 19 3623 4238Rua Saldanha Marinho, 465 – CentroFone 19 3633 1660

Cia do Esporte KidsAv. Dona Gertrudes, 114 – CentroFone 19 3635 2036

Coca-Colawww.cocacola.com.br

Comercial São JoãoRua Julio Michelazzo, 15 – N. Sra. De FátimaFone 19 3622 3489

Dent SystemRua Carolina Malheiros, 385Vila ConradoFone 19 3633 1826Site www.dentsystem.com.br

Depósito VanzelaRua Henrique Martarello, 761 – Vila BrasilFone 19 3633 3022Site www.depositovanzela.com.br

Doroti Modas e AcessóriosRua 14 de Julho, 555 – V. ConradoFone 19 3623 4343

Dr. Douglas MorettiRua Conselheiro Antonio Prado,632Fone 19 3623 2466

Dr. Flávio MorattiAv. Dr. Oscar Pirajá Martins, 121 – São LázaroFone 19 3623 2273

Dr. Luiz Ramos JuniorRua Dr. Teófilo R. de Andrade, 308 – Sala 44Fone 19 3623 5021

Dr. Rovilson Ferreira dos SantosRua Dr. Octavio da Silva Bastos, 3458 – Ri-viera de S. JoãoFone 19 3631 8211

Espaço Básico KidsAv. Dona Gertrudes, 247 – CentroFone 19 3652 1340

Fortes Estética & BelezaRua Carlos Chagas, 110 – V. LoyolaFone 19 3633 3563

Farmácia Art´ErvasRua Cel. Ernesto de Oliveira, 99 – CentroFone 19 3623 4112Site www.artervas.com.br

Luis Fernando Misa AriasRua Benedito Araujo, 411 – CentroFone 19 3631 7550 | 9652-5848

Fattore FiatAv. 13 de Maio, 555 – Jd. CanadáFone 19 3634 6655

Fino ConceitoAv. Dr. Durval Nicolau, 676 – Jd. CanadáFone 19 3623 4241

ForguaçuAv. Sen. Marcos Freire, 730 – Vila BrasilFone 19 3633 1848

Germinari SegurosRua Pereira Machado, 337 – CentroFone 19 3623 5432

HavaianasAv. Dona Gertrudes, 327 – CentroFone 19 3623 1985

Junqueira ConsultoriaAv. Durval Nicolau, 765 – Jd. N. São JoãoFone 19 3631 0052

Kids BuffetRua Mato Grosso, 440 – V. FlemingFone 19 3633 4480

Lojas VeneirRua Santa Maria, 684 – DERFone 19 3633 5153Av. Brasilia, 1057 – Jd. LeonorFone 19 3633 3775

Love BrandsRua Getúlio Vargas, 199 – CentroFone 19 3635 1559

Maria PititicaRua Ademar de Barros, 528 – CentroFone 19 3633 5963

Marilene MartinsRua Getúlio Vargas, 738 – CentroFone 19 3631 8836

Milene Mafra Cake DesignerAv. Rubens Grespan, 120 – Pq. das NaçõesFone 19 3056 1886

NucaiSite www.nucai.com.br

Odontologia EspecializadaRua Napoleão Laureano, 602 – Jd. Sto. AndréFone 19 3623 3482

Óticas CarolRua Ademar de Barros, 87 – CentroFone 19 3631 8441

Ótica TolookAv. Dona Gertrudes, 109 – CentroFone 19 3631 4667

Oxigeniu´sCel. Ernesto de Oliveira, 49 – CentroFone 19 3633 3018

PakaloloRua Maria Esther C. de Alvarenga, 1320 – B. AlegreFone 19 3631 3618

PatydúRua Cel. Ernesto de Oliveira, 153 – BarrinhaÁguas da Prata – SPFone 19 3642 2157

Peres MotosAv. João Osório, 431 – CentroFone 19 3634 1400Site www.peresmoto.com.br

Pet Empório da SerraAv. Durval Nicolau, 956 – Jd SantarémFone 19 3631 5515

Piccola SocietáAv. Dona Gertrudes, 182 – CentroFone 19 3631 6873

Ponto AltoRua Henrique C. de Vasconcellos, 270 – DERFone 19 3623 1961Site www.pontoaltoacabamentos.com.br

Pousada do BosqueEstrada S.J. da B. Vista/Sto. Ant .do Jardim, Km 4Fone 19 3623 4963Site www.pousadadobosque.net

Rede PadovanAv. Dona Gertrudes, 166 – CentroFone 19 3623 3303Rua Ademar de Barros, 48 – CentroFone 19 3622 2633Site www.redepadovan.com.br

Regina PresentesPraça Governador Armando S. Oliveira, 65Fone 19 3623 3631

Salão Mania de BelezaRua João Pessoa, 642 – V. LoyolaFone 19 3100 0090

Saúde dos PésRua Cap. Vitor Dias, 64 – CentroFone 19 3633 6372

SenacRua São João, 204 – CentroFone 19 3366 1100Site www.sp.senac.br/saojoaodaboavista

Sequóia EmpreendimentosImobiliáriosAv. João Batista Bernardes, 1150 – Jd. Boa VistaFone 19 3633 3197Site www.sequoia.imb.br

Serralheria EbenezerDr. Oswaldo Oliveira Silveira, 710 - D. Indus-trialFone 19 3056 3180

Shirley PresentesRua Henrique Cabral de Vasconcelos, 1646 – Jd. São NicolauFone 19 3633 3869

Silvia Mello CalçadosRua 14 de Julho, 647 – Vila ConradoFone 19 3623 5419

Skill IdiomasRua Benedito Araujo, 155 – CentroFone 19 3622 3510

Sleep CenterAv. Rodrigues Alves, 416 – RosárioFone 19 3631 0552

Slice TennisRua Gabriel Ferreira, 35 – CentroFone 19 3631 5987

Studio Books Foto & FilmagemRua Henrique C de Vasconcellos, 2220 – DERFone 19 3631 6939

UnifeobRua Gal. Osório, 433 – São LázaroAv. Dr. Octávio Bastos, s/nº - Jd. Nova São JoãoFone 19 3634 3300 / 19 3634 3200Site www.unifeob.edu.br

UniodontoRua General Osório, 132, Sala 2 – CentroFone 19 3631 8751

UnivaciAv. Oscar Pirajá Martins, 951 – Santo AndréFone 19 3633 1122

Para facilitar mais sua vida, reunimos aqui a lista das empresas que anunciaram nesta edição, com endereço e telefone, email e website. Com isso, essa página serve como um guia rápido para consulta, para facilitar sua vida!

Page 139: Revista Atua - Setembro 2012

139

Page 140: Revista Atua - Setembro 2012

140