revista asbrav n°15

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Revista da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação – Março/Junho 2015 | Ano IV nº15 AUTOMAÇÃO PREDIAL ENTREVISTA NOVOS DESAFIOS PARA O EMPRESARIADO Os desafios de Melvis Barrios Junior, o presidente do CREA-RS Os benefícios econômicos da energia solar fotovoltaica NOVOS DESAFIOS PARA O EMPRESARIADO

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Uffizi Consultoria em Comunicação Publicação de março/junho de 2015

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Page 1: Revista ASBRAV N°15

Revista da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação – Março/Junho 2015 | Ano IV nº15

AUTOMAÇÃO PREDIAL

ENTREVISTA

NOVOS DESAFIOSPARA O EMPRESARIADO

Os desafios deMelvis Barrios Junior, o presidente do CREA-RS

Os benefícios econômicos da energia solar fotovoltaica

NOVOS DESAFIOSPARA O EMPRESARIADO

Page 2: Revista ASBRAV N°15
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ASBRAVASSOCIE-SE À

A ASBRAV desempenha importante papel no fortalecimento do setor e na defesa dos interesses de seus associados , empresas e profissionais dos setores de: refrigeração, ar-condicionado, aquecimento e ventilação, na região sul.

MERCOFRIO - Congresso Internacional de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação. É realizado a cada dois anos, consolidado como importante ferramenta de atualização profissional.

ASSOCIADOBENEFÍCIOS

Cursos de capacitação e atualização nas áreas de projetos, instalação e manutenção de sistemas HVAC-R.

Parcerias e cooperação técnica com entidades de ensino do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Parceria com demais entidades representativas do setor.

Palestras técnicas e de gestão empresarial, para associados, e seminários com assuntos relevantes para o segmento.

Utilização da estrutura física da nossa sede em Porto Alegre, auditório e sala de reuniões.

Revistas:impressaeletrônica

Guias:Climatização de Ambientes Fechados Não Residenciais

Aquisição e Instalação de Condicionadores de Ar

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SEDE PORTO ALEGRE RSRua Arabutan, 324 Bairro NavegantesPorto Alegre/RS CEP 90240-470Fone/Fax (51) 3342-2964 / 3342-9467Celular (51) 9151-4103 / 9151-4104E-mail: [email protected]: www.asbrav.org.br

ESCRITÓRIO REGIONAL DE SANTA CATARINAE-mail: [email protected]ÓRIO REGIONAL DO PARANÁE-mail: [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVA Gestão 2015/2016Presidente: Hani Lori Kleber1º Vice-Presidente: Eduardo Hugo Müller2º Vice-Presidente: Luiz Afonso Dias3º Vice-Presidente: Paulo Fernando PresottoDiretor Secretário: Luiz Alberto HansenDiretor Tesoureiro: Adão Webber LumertzDiretor Adm. Financeiro: Luiz Afonso DiasDiretor de Patrimônio: Adão Webber LumertzDiretor Associativo: João Henrique S. SantosDiretor Relações Institucionais/Congresso Mercofrio:Mário Alexandre Möller FerreiraDiretor de Representação Local SP: Luiz Carlos PetryDiretora da Qualidade, Gestão Empresarial e Inovação: Madeleine ScheinDiretor de Ensino e Treinamento: Paulo Otto BeyerDiretor Técnico: Ricardo Vaz de SouzaDiretora Social: Janaína CostaDiretor Setorial Ar Condicionado: João Carlos AntoniolliDiretor Setorial Refrigeração: Marcelo MarxDiretor Integração Regional: Sérgio HelfenstellerDiretor Regional SC: Arivan Sampaio ZanlucaDiretor Regional PR: Alexandre Fernandes Santos

CONSELHO DELIBERATIVO Gestão 2015/2016Presidente: Gilmar Luiz Pacheco RothSecretário: Telmo Antonio de BritoConselheiros Titulares: Carlos Lima, Carlos Rodrigues, Cesar Augusto Jardim De Santi, Márcio José Pereira Hoffchneider, Marcos Kologeski, Ricardo Albert e Rodolfo Rogerio Testoni Conselheiros Suplentes: Marcela Marzullo Schneider, Mario Antônio Reis de Oliveira e Rodrigo Miranda

CONSELHO EDITORIAL REVISTA ASBRAVAlmir Freitas (editor)Cesar Augusto Jardim De SantiCristiane PaimEliane de Oliveira SilvaGuilherme Chiarelli GonçalvesHani Lori KleberLuiz Afonso DiasMárcio José Pereira HoffchneiderMario Antônio Reis de OliveiraRafael Leal GuimarãesRicardo Vaz de SouzaTelma Rosa

COMITÊ SETORIAL ASBRAV NO PGQPPresidente: Luiz Alberto HansenCoord. Geral: Bruna LazzarottoCoord. de Capacitação: Roberta VieiraCoord. de Avaliação: André HelfenstellerSecretária Executiva: Cristiane Paim Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412)

Edição: Maria Amélia Vargas (MTb/RS 4638/01)Redatores: Ananda Franco Garcia, Manuela de Almeida Ferreira e Airan AlbinoEditoração: Airan AlbinoRevisão: Franciane de FreitasRua Vicente da Fontoura - 2199/302 - Porto Alegre - CEP 90640-003 - Tel +55 51 3330-6636Comercial: [email protected] ASBRAV - ANO 4 - Edição nº 15 - Março/Junho de 2015Impressão: Gráfica e Editora Algo MaisDistribuição: 15 mil endereços eletrônicos cadastrados Tiragem: 1 mil exemplares impressos com remessa dirigidaE-mail de contato: [email protected]

MISSÃOcongregar, representar e apoiar os associados,

proporcionando o desenvolvimento técnico e de gestão, atuando de forma proativa, ética e moral.

VISÃOser reconhecida pela sociedade como entidade

referência dos setores que representa.Os artigos aqui reproduzidos são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da ASBRAV e da Uffizi Consultoria em Comunicação.

Hani Lori KleberPresidente da ASBRAV

Uffizi Consultoria em Comunicação

expediente e editorial

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om a seriedade e a confiabilidade do trabalho re-alizado, conquistamos a cada dia mais associa-dos desempenhando importante papel na defe-sa de seus interesses. Continuamos o trabalho com desafios ainda maiores.

O trabalho que realizamos até aqui deve ser preservado e ampliado, a fim de fortalecermos e solidificarmos ainda mais nossa Associação e suas parcerias com outras entidades. Nosso país passa por um momento de dificuldades econô-

micas e descrença com as instituições, e novamente ajustes estão na ordem do dia e invariavelmente quem paga essa conta é quem produz - os empresários e trabalhadores.

Precisamos nos preparar, conhecer melhor e fidelizar os clien-tes e também atender um item em especial, que muitas empresas não elegem dentre os principais objetivos: o pós-venda. Sabemos, o marketing registrou na cartilha outrora, que o valor investido para conquistar um novo cliente é maior que para mantê-lo, logo num momento de estagnação com viés de recessão não podemos per-der clientes.

Não tenho dúvidas que podemos nos adequar neste período de dificuldades. Utilizando ferramentas de gestão, especialização, qualificação de nossos colaboradores e clareza nos negócios tere-mos muitas oportunidades, oportunidades estas que muitas vezes nascem nas crises, porque nesses momentos somos forçados a re-fletir, criar estratégias e definir objetivos.

Trazemos nesta edição, entre outros artigos, a opinião de espe-cialistas e representantes de atividades econômicas sobre a situa-ção atual do mercado, com suas previsões de crescimento e alter-nativas para a crise. Cito também o artigo técnico sobre o papel da ventilação na vida moderna.

Boa leitura.

ASBRAV 20 anos

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sumário

15matéria de capaEspecialistas projetam que segundo semestre de 2015 deve se manter negativo

automação predialEnergia solar fotovoltaica: um portal de auxílio e um estudo que mostram benefícios dessa fonte

divulgação portal solar/revista asbrav

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8 artigo convidado

9 mercado

10 notas e lançamentos

11 gestão empresarial

12 ar-condicionado

14 gestão sustentável

19 inovação

24 coluna

25 artigo técnico

28 entidade

30 lista de associados

divulgação agv/revista asbrav

6 entrevistaMelvis Barrios Junior fala sobre os novos desafios como presidente do CREA-RS

Edson Compagnolo conta como a FIEP investiu para se tornar exemplo

A francesa Saint-Gobain expande a sua atuação no Brasil

Confira as novidades das empresas associadasà ASBRAV

A dificuldade dos PCDs em garantir um lugar no mercado de trabalho

O setor de Food Service está impulsionando as cozinhas industriais

Conforlab é destaque entre empresas que cresceram com normas ambientais

A empresa gaúcha Techhouse apresenta seu Sistema Construtivo Industrializado

“Tupanciretã”, por Sidney de Oliveira

O papel da ventilação na vida moderna, segundo o engenheiro mecânico Nelson Dias

ASBRAV celebra 20 anos como referência do setor refrigerista

Saiba quem faz parte da ASBRAV

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entrevista

À frente do Conselho Regional de En-genharia e Agronomia do Rio Grande do Sul nos próximos três anos, o en-genheiro civil Melvis Barrios Junior deverá enfrentar debates importantes

no decorrer de sua gestão. Natural de Santana do Livramento e engenheiro civil de formação, o novo presidente do CREA-RS acumula mais de 20 anos de experiência em diversos cargos ocupados no CREA-RS e no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.

Um dos seus maiores desafios será conciliar as demandas de um conselho multiprofissional, composto por 44 inspetorias e 70 mil profissionais de diferentes áreas de engenharia. Entre os assun-tos de maior repercussão dos quais a entidade irá participar estão as demandas em infraestrutura no Estado, como a ampliação do Aeroporto Inter-nacional Salgado Filho e o projeto do metrô de Porto Alegre. O seu objetivo principal, no entanto, é tornar o CREA-RS cada vez mais participativo dos debates vigentes na sociedade.

ASBRAV – Quais são seus planos para a entidade na sua gestão?Barrios – Pretendemos fazer uma ampla reestruturação no CREA-RS, com foco na transparência das ações admi-nistrativas e também na gestão de resultados. Nós que-remos tornar o Conselho protagonista de todas essas grandes discussões de infraestrutura no Estado do Rio Grande do Sul. Hoje, nós temos a questão do metrô de Porto Alegre, a recuperação do Salgado Filho ou criação de um novo aeroporto, além das rodovias. São nossos profissionais que estudam todos esses assuntos de infra-estrutura, desde a sua viabilidade, projeto e execução. Sendo assim, queremos ter uma participação bastante ativa nestes processos para dar consistência a essas dis-cussões e auxiliar o gestor público a tomar decisões em-basadas em informações técnicas.

ASBRAV – Você defende que a entidade se aproxime cada vez mais do governo. Qual é a importância do CREA-RS para a sociedade gaúcha?

Barrios – Sim, nós queremos ter uma aproximação bas-tante intensa com o governo. Existem vários projetos em discussão, e é importante que a sociedade debata sobre as melhores soluções para a cidade. Devemos ter em mente que um erro cometido em uma obra de magnitude irá trazer consequências nos próximos 30, 40 anos ou mais. Quem paga todos os custos disso é o cidadão, por meio dos impostos. Decisões que afetam mais de 10 milhões de gaúchos não podem ser toma-das por meia dúzia de pessoas em uma sala fechada. Nós queremos transparência e que, por meio dos nos-sos profissionais, o nosso Conselho seja ativo na ampla discussão dos aspectos e das variáveis dessas grandes obras de infraestrutura.

ASBRAV – Qual é a sua opinião em relação à ampliação do Aeroporto Internacional Salgado Filho?Barrios – O Conselho não é contrário nem a favor. En-tendemos que há uma série de questões técnicas que não são colocadas no debate. A decisão será política, po-rém, tem de ser tomada com base em dados, variáveis e análises técnicas. Simplesmente prolongar a pista não resolve, porque a atual não tem capacidade de suportar os grandes cargueiros e os grandes jatos de passageiros. Assim, a pista acabaria se deformando e, em um curto prazo, poderia até ser interditada. Outro aspecto que temos de analisar é que hoje temos duas bases aéreas no Estado, uma em Santa Maria e outra em Canoas, o que nos parece desnecessário. São 800 hectares da base aérea e 400 hectares do Salgado Filho. Para teres uma ideia, este espaço acomodaria bairros planejados para 150 mil pessoas e iria gerar em torno de 200 hectares de área verde. Isso significa cinco parques da Redenção. O valor de venda destas áreas, estimado em R$ 10 mi-lhões, financiaria um novo aeroporto. ASBRAV – Nesse caso, qual seria a solução?Barrios – O Estado precisa de um aeroporto de primei-ríssimo nível, que tenha duas pistas, assim como Galeão (Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim), mas o atual Salgado Filho não comporta isso. Uma das grandes preocupações é se fazer um investimento pesado hoje para daqui a 10 anos voltarmos a discutir esse assunto.

Fortalecer o papel da entidade na sociedade é meta do novo presidente

CREA-RS apresenta nova gestão

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ASBRAV – Qual a visão do CREA-RS em relação ao pro-jeto para o metrô de Porto Alegre? Barrios – Este é um assunto que também queremos dis-cutir com bastante transparência e amplitude. Existem três projetos do metrô, com traçados diferentes. Enten-demos que o terceiro traçado, o que está para ser licita-do, não seja o mais adequado. Ele sai do centro e vai até a estação Cairú, uma área já abrangida pela Trensurb, e com um agravante: de um lado tem o rio, não tem po-pulação. Em qualquer lugar do mundo, os metrôs atra-vessam áreas com densidade populacional. Aqui está se pensando diferente. Em vez de se fazer um trajeto mais longo, nós podemos otimizar esse percurso para atender mais a população e talvez estender uma estação do mer-cado central até a avenida Praia de Belas e a todo o setor jurídico ali próximo, que tem uma grande demanda de público. A densidade populacional realmente começa a partir da estação Cristóvão com a Assis Brasil.

ASBRAV – Quais serão os principais desafios da sua gestão no CREA-RS?Barrios – Nós somos um Conselho multiprofissional, que inclui engenheiros civil, eletricista, mecânico, ge-ólogo, agrônomo, meteorologistas. Nós englobamos diversas categorias com seus interesses corporativos, o que é natural. Então, essa é uma dificuldade. Somos

um Conselho com mais de 70 mil profissionais, 12 mil empresas filiadas.

ASBRAV – Em sua campanha para a presidência do CREA, você destacou a importância da valorização da área tec-nológica. Pode falar mais sobre isso?Barrios – Entendo que o governo, naquelas atividades mais técnicas, tem que conciliar nomeação política com consis-tência técnica, que as empresas públicas prestem serviços de eficiência à sociedade, sobretudo nesse momento em que o Rio Grande do Sul passa por uma situação financeira delicada. Para melhorar a eficiência, é preciso gente quali-ficada. Naquilo que for a área de atuação do CREA-RS, nós vamos buscar junto do governo que ele faça nomeações de profissionais com as devidas habilitações.

ASBRAV – O que os profissionais registrados no Con-selho podem aguardar de novidades internas para os próximos anos?Barrios – As melhorias administrativas e operacionais são uma constante. Nós já nos reunimos diversas vezes com a diretoria para tratar de algumas modificações de procedi-mentos internos e operacionais. Já atendemos uma grande demanda dos profissionais de Porto Alegre, que foi abrir o estacionamento do primeiro subsolo do CREA-RS. Isso tem se refletido em um ganho em qualidade e atendimento. 7

divulgação crea-rs/revista asbrav

O engenheiro civil Melvis Barrios Junior assumiu a presidência do CREA-RS em janeiro de 2015

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O Sistema Fiep, dentro de sua missão de for-talecer o setor industrial, busca a constante evolução de sua estrutura de atendimento aos diferentes segmentos. Em 2014, se-guindo essa estratégia, realizamos impor-

tantes investimentos para aprimorar a estrutura do Senai voltada à área de Refrigeração Industrial e Climatização.

No total, R$ 9,6 milhões foram aplicados na unida-de da instituição em Toledo, no Oeste do Paraná, re-gião que concentra grande quantidade de frigoríficos, alguns entre os maiores do país. Com a construção e equipamento de novos laboratórios, ampliamos a es-trutura didático-pedagógica do Senai e a possibilidade de prestar assessoria e consultoria às empresas ligadas ao setor.

Ainda em 2014, o investimento já deu resultado: o número de matrículas em cursos da área de Refrigera-ção Industrial e Climatização em Toledo quase dobrou, chegando a 350, contra as 188 registradas no ano an-terior. Para 2015, a estimativa é que alcancemos 520 matrículas nas várias modalidades de capacitação, que vão desde aprendizagem industrial até pós-graduação, passando por cursos técnicos e de aperfeiçoamento profissional. Com um destaque: o Senai conseguiu tam-bém aprimorar seu atendimento com treinamentos in company, moldados conforme a necessidade e as ins-talações do cliente.

Além disso, a instituição vem ampliando a prestação de serviços de consultoria em questões como eficiência ener-gética, projetos de instalações frigoríficas, manutenção e segurança em sistemas de refrigeração e climatização, en-tre outras. No ano passado, foram mais de 600 horas de serviços prestados. Em 2015, a meta é superar 900 horas.

Não bastasse o foco em capacitação e consultoria, a ampliação da estrutura permitiu também a participação efetiva de seus técnicos em projetos de desenvolvimen-to de tecnologia e inovação na área de refrigeração. É o caso da criação de uma câmara frigorífica movida a ener-gia solar, sendo desenvolvida em parceria com o Senai de Manaus.

Com tudo isso, o Senai no Paraná, por meio de sua unidade em Toledo, consolida-se como referência na área de Refrigeração Industrial e Climatização. A evolu-ção dos números, resultado de um meticuloso plano de investimentos, nos dá a segurança de que estamos, de fato, cumprindo plenamente a missão de nossa entida-de, prestando suporte e contribuindo com a competitivi-dade desse importante segmento industrial.

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artigo convidado

*Presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (FIEP)

Edson Campagnolo*

Investimentos para se tornar referência

divulgação arquivo pessoal/revista asbrav

Edson Campagnolo

A evolução dos números, resultado de um meticuloso plano de investimentos, nos dá a segurança de que estamos, de fato, cumprindo plenamente a missão de nossa entidade, prestando suporte e contribuindo com a competitividade deste importante segmento industrial.

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mercado

Saint-Gobain Euroveder quer ser referência em vidros para refrigeração comercial

Empresa francesa expande atuação no Brasil

Com mais de três séculos de experiência na fabri-cação de vidros, a empresa de origem francesa Saint-Gobain, que possui filial no Brasil desde 1937, encontrou no setor de refrigeração co-mercial uma oportunidade para expandir seus

negócios no país. Desde 1995, a Saint-Gobain Euroveder é a unidade do grupo especializada na fabricação de vidros de segurança para eletrodomésticos, como prateleiras de refrigeradores, tampas para máquinas de lavar, visores para fogões, cooktop, entre outros. A empresa utiliza tecnolo-gias que permitem a produção de vidros planos, curvos, pré-montados e encapsulados, sendo a única no Brasil a fornecer encapsulação plástica em vidros.

Após identificar a necessidade do mercado por novas soluções voltadas para o setor, a empresa iniciou o pro-cesso de entrada no segmento de refrigeração comer-cial brasileiro, setor no qual já atua na Europa por meio da unidade de negócio Saint-Gobain Sovis. Conforme o supervisor comercial da Saint-Gobain Euroveder, Kenny Liotti, há diversas soluções que podem ser trazidas para o mercado nacional. “Entendemos que a refrigeração comercial do Brasil necessita de algo novo, com vidros

de melhor performance e sistemas mais econômicos e sustentáveis. A Saint-Gobain é líder mundial em solu-ções para o hábitat sustentável. O mercado local ainda trabalha com vidros desenvolvidos há mais de 20 anos, por isso queremos atualizar esse cenário”, sustenta.

A empresa aposta em qualificação e desenvolvimento para superar desafios como o atual cenário econômico e a complexidade dos modelos de refrigeradores e sistemas brasileiros. “Reunimos um time de pessoas de renomada experiência para engenharia e desenvolvimento de pro-dutos e contamos com o apoio da divisão Saint-Gobain Sovis de refrigeração e da Cia. Brasileira de Cristal, fabri-cante dos vidros Saint-Gobain”, revela o gestor.

Por fazer parte de um grupo com mais de 350 anos de experiência e expertise em diversos segmentos na in-dústria de vidros, a Euroveder entra no mercado brasileiro com know-how e vantagens competitivas, como a eficiên-cia energética. “Produzimos vidros de baixa emissividade, com alta performance e que proporcionam melhor isola-ção térmica e reduzem diretamente o consumo de ener-gia em até 25%”, informa Liotti. Além disso, alguns mode-los já são fabricados pela empresa em território brasileiro.

Esses avanços e novidades foram conferidos na 31ª edição da Fispal Tecnologia, que ocorreu no mês de ju-nho, em São Paulo.

Em seu estande, localizado no Pavilhão de Exposições do Anhembi, a Saint-Gobain Euroveder apresentou o que há de mais atual no segmento de vidros low-e, de baixa emis-sividade, e itens pré-moldados, como portas e tampas para refrigeradores, e sistemas de Retrofit para supermercados. “Apresentamos produtos exclusivos, como uma solução com vidros insulados Anti-Fog, ou antiembaçantes, sem a neces-sidade de sistema de aquecimento. Essa é uma solução efi-caz para expositores que trabalham em baixa temperatura, como no setor de congelados”, explica o especialista.

Conforme a empresa, o evento foi estratégico para o fechamento de novos negócios. Em 2014, a Saint-Gobain marcou presença na edição Nordeste do evento. “A Fispal Sorvetes recebe milhares de expositores, visitantes e pro-fissionais com foco no setor de refrigeração comercial, o que abrange sorveterias, indústrias, distribuidores e lojis-tas. É um ótimo espaço para a nossa marca se destacar e fazer novos contatos no mercado”, conclui.

divulgação saint-gobain/revista asbrav

Saint-Gobain busca novas soluções voltadas ao setor

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notas e lançamentos

A Epex apresenta ao mercado sua li-nha de aulas explicativas em vídeo sobre o uso e instalação de tubos e mantas em Espuma Elastomérica, além de acessórios como coberturas protetoras contra UV e

suportes para fixação. As três primeiras lições já estão online no YouTube, com o título “Série Vidoflex Wincell”. Os vídeos também podem ser acessados por meio de um link na página principal do site da

empresa www.epexind.com.br. Em breve, novas lições serão lançadas. Mais vídeos sobre produtos diversos da empresa po-dem ser encontrados em seu canal no YouTube, o Epex Plásticos.

Epex lança vídeos sobre Espuma Elastomérica

Durante a FCE Pharma, a Veolia Water Technologies apresentou solu-ções em tratamento de água, como o Serviço Móvel de Água, o SDI Pharma e a linha ELGA (Centra 200, Purelab Flex, Purelab Option Q e Purelab Ultra). A feira internacional de tecnologia para a indústria farmacêutica realizou-se entre os 12 e 14 de maio, no Transa-mérica Expo Center, em São Paulo.

O Serviço Móvel de Água promove o tratamento de qualidade que atenda às necessidades das empresas, tanto em caráter emergencial como em ou-

tras situações, quando medidas rápidas e confiáveis precisam ser tomadas.

O Serviço de Deionização Integral (SDI) pode ser aplicado em diversos setores e dispensa a implantação de equipamentos próprios. O ultrapu-rificador de água Purelab Option-Q pode produzir até 15 litros por hora de água 18,2MΩ-cm, a partir de água potável. O ultrapurificador de água Purelab Flex é um sistema modular flexível que pode ser configurado para fornecer a qualidade da água purificada necessária para diversas

aplicações e constantemente moni-torada até o ponto de distribuição.

Com capacidade de distribuição de 10 a 38 litros de água por minu-to, o Centra 200 tem capacidade para alimentar sistemas de lavagem, siste-mas de purificação de água ultrapu-ra e pontos de utilização a partir de uma única unidade central. O Purelab Ultra é ideal para aplicações críticas, como técnicas de ICP-MS (Espectro-metria de Massa de Plasma Agrupada por Indução) e análises moleculares que exijam a melhor pureza de água.

Veolia expõe na FCE Pharma

Danfoss produz nova geração de válvulas hidráulicas no BrasilA Danfoss deu início no primeiro

trimestre deste ano à produção de vál-vulas hidráulicas proporcionais com-pensadas na fábrica de Caixas do Sul, no Rio Grande do Sul. Anteriormente, essas válvulas eram importadas da América do Norte e da Europa.

Inicialmente é fabricado o modelo PVG 32, e a produção dos demais mo-delos da família PVG deverá ser inicia-da ainda em 2015. As válvulas da linha PVG podem ser utilizadas em aplica-

ções diversas, como máquinas para construção de rodovias, equipamen-tos agrícolas, exploração florestal etc.

Praticamente 100% da produção da fábrica de Caxias do Sul será des-tinada aos mercados das Américas do Sul e Central. “A produção local das válvulas trará diversos benefícios aos nossos clientes, como redução do pra-zo de entrega, flexibilidade de pedidos com melhor fornecimento, serviço e suporte de engenharia e vendas”, afir-

ma Dirnei Antonio Datti, gerente geral da Danfoss Power Solutions na Amé-rica Latina.

Com o investimento de US$ 2 milhões, a fábrica de Caixas do Sul está passando por um processo de reorganização e otimização de espa-ço para que possa absorver a nova demanda de produtos que serão fabricados no Brasil. A Danfoss já in-vestiu em oito anos cerca de US$ 20 milhões na fábrica brasileira.

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Powermatic desenvolve nova Porta de InspeçãoA Powermatic iniciou recentemen-

te a produção de um novo produto. Trata-se da Porta de Inspeção Oval, de-senvolvida pelos profissionais da em-presa. Neste primeiro momento, o ma-terial será produzido em medida única,

com dimensão de 325 x 225mm. Esse é o quarto modelo de portas de inspeção desenvolvido pela empresa que, até o momento, oferece ao mercado três opções de portas retangulares: remo-vível, com dobradiça e especial. Entre

as vantagens do novo produto está a facilidade e a rapidez na instalação, pois não necessita de rebites. A peça é produzida a partir de chapa expandida, com galvanização eletrolítica e espes-sura de 0,9mm (#20).

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gestão empresarial

Segundo o IBGE, apenas 6% dos PCDs estão inseridos no mercado de trabalho

Empresas têm dificuldade de preencher cotas

No Brasil, há mais de 45,6 milhões de pessoas consideradas com deficiência (PCDs), o equivalente a 23,9% da popu-lação nacional, segundo o Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE). A

inclusão de PCDs no meio corporativo e, consequen-temente, o cumprimento das cotas estabelecidas em lei é objetivo cada vez mais perseguido pelas empresas brasileiras. Entretanto, de acordo com as companhias, são inúmeras as dificuldades encontradas para contra-tação desses profissionais. A escassez da mão de obra é o obstáculo mais destacado por aqueles que fazem a gestão de admissões.

O IBGE aponta que apenas 6% do montante de PCDs brasileiros podem atuar em atividades laborais. Além dessa restrição, outros fatores contribuem com a redu-ção da oferta de pessoal, como ausência de profissionais na localidade onde a empresa está situada, não ingresso no mercado de trabalho, dificuldade na locomoção e de acessibilidade e remuneração pouco atrativa, se compa-rada ao valor do benefício recebido pelo INSS.

De acordo com a Superintendência do Trabalho do Rio Grande do Sul, no final de 2013, o Brasil tinha cerca de 357,8 mil pessoas com deficiência trabalhando com carteira assinada, o equivalente a 0,73% dos empregos. No Estado, conforme a Relação Anual de Informações So-ciais (RAIS), 27.876 PCDs estavam empregados na época. Contudo, o levantamento mostra que mais da metade desses profissionais não tem vínculo empregatício.

Roberto Coronel, coordenador da área trabalhista da Pactum Consultoria Empresarial no RS, explica que as empresas com 100 ou mais funcionários são obri-gadas a preencher de 2 a 5% dos seus cargos com pro-fissionais portadores de deficiência ou reabilitados. “É muito importante que os gestores dos departamentos de recursos humanos tenham bem claro que, embora seja firme o entendimento do Poder Judiciário de que as empresas devem cumprir a legislação, recentes jul-gados têm admitido teses de comprovação da impos-sibilidade de recrutamento e admissão desses profis-sionais, ainda que tenham sido envidados esforços no sentido de cumprir às exigências legais sobre o tema” diz o especialista.

Sendo assim, sugere Coronel, as empresas devem fazer uma adequada gestão das exigências contidas na legislação que regula a contratação das PCDs para o preenchimento das vagas de trabalho. “Paralelamente a isso, se necessário, pode-se comprovar por meio de documentos e procedi-mentos a impossibilidade da admissão, evitando o paga-mento de multas decorrentes de demandas judiciais sobre o tema”, acrescenta.

A Egalitê, empresa gaúcha especializada na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, auxilia no processo de cumprimento de cotas. Guilherme Braga, um dos diretores da agência, diz que várias empresas já pre-encheram as cotas e algumas, cujos percentuais são maio-res, estão no caminho. “O que a gente percebe na prática é uma dificuldade de conhecer sobre a deficiência e sobre o processo de inclusão. As empresas acabam, muitas vezes, restringindo tipos de deficiência, quando não há essa ne-cessidade. Focam em deficiências leves, pois tem receio de incluir pessoas com deficiências mais severas”, diz.

Segundo Braga, se todas as empresas cumprissem suas cotas seriam 1,3 milhão de vagas preenchidas no Brasil. “É preciso que as empresas avaliem cada uma de suas vagas e verifiquem como conseguem adaptar essa situação para receber o maior número de pessoas com deficiência possí-vel”, afirma.

divulgação arquivo pessoal/revista asbrav

Guilherme Braga, diretor da empresa Egalitê

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ar-condicionado

Hábito de comer fora de casa impulsiona consumo de Food Service

Cozinhas Industriais crescem junto com o setor terciário

Em 2014, a indústria da alimentação registrou um faturamento de R$ 529,6 bilhões, supe-rando em 9,2% os números de 2013. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), entidade responsável por

cerca de 70% em valor de produção no setor. O índice de faturamento do ano passado comprova a força que o comércio da alimentação, denominado Food Service, tem no setor terciário da economia brasileira.

Com o hábito cada vez mais forte de comer fora do lar, redes de fast-food respondem por 38% dos gastos dos brasileiros com alimentos. Locais de refeições pron-tas – com presença maciça nos centros urbanos – fun-

cionam de maneira semelhante ao de uma linha de montagem de fábrica. Para que tudo transcorra confor-me o planejado, estes estabelecimentos precisam lançar mão da chamada cozinha industrial.

Geralmente de grande porte, a estrutura precisa ser projetada de acordo com a necessidade do local: que dependerá muito do tipo de comida preparada, do nú-mero de pessoas que se quer servir e do espaço físico. Também é fundamental que se siga todas as normas de segurança e promova a manutenção da saúde dos usu-ários, além de cumprir horário rigoroso e buscar maior racionalização para funcionar com eficiência.

Por essa razão, os equipamentos da cozinha indus-

divulgação tramontina/revista asbrav

A Tramontina está há dois anos no setor de cozinhas profissionais é já se tornou referência no mercado

Page 13: Revista ASBRAV N°15

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trial são fundamentais para o bom funcionamento dessa engrenagem, como eletrodomésticos, utensílios de cozi-nha e refrigeração.

Há dois anos trabalhando com linha de equipamen-tos para cozinhas industriais, a Tramontina incrementou o seu portfólio com produtos que se destacam pela quali-dade e pelo bom desempenho em busca de diferenciar-se dos que já existem no mercado nacional. Apesar de estar começando nesse setor, a Tramontina é um nome de peso e encontrou na área de cozinhas profissionais mais uma possibilidade de crescimento. Sua linha de balcões refri-gerados teve grande procura.

Além disso, novos produtos serão lançados na Equi-potel 2015, como um refrigerador para caixas de frutas e legumes e outro em PPS (material plástico) para ambien-tes profissionais. A intenção da empresa é se posicionar no mercado como referência do segmento e ir além do pro-duto, oferecendo um serviço pré e pós-venda diferenciado.

A Instatec Indústria Metalúrgica Ltda projeta e fabri-ca sistemas de exaustão, responsáveis pela renovação de ar. Conforme o diretor comercial, Raimundo Costa, a empresa tem um processo para executar os pedidos. “Atendemos às normas da ABNT, que exige coifas em aço inox 304, com filtros do tipo chicana, tubulação em chapa preta 1,5mm, com portas de inspeção de 1,5m de distância cada, e exaustor centrífugo”, explica. Com uma gama extensa de produtos, a Instatec também presta serviço de manutenção e limpeza de seus equi-pamentos, seguindo a NBR 14518. “Fabricamos quase todo tipo de exaustão para padarias, igrejas, velódro-mos, oficinas, armazéns, fábricas, sanitários, garagens,

casa de bombas e confecção de coifas residenciais do tipo gourmet. Todas sempre executadas em aço inox 304”, explica o diretor.

Escolas de gastronomia também acreditam que op-tar por uma cozinha industrial é um investimento no seu próprio trabalho. Em atividade desde 1996, com palestras e workshops, a Escola de Gastronomia Aires Scavone (Egas) passou a dar cursos profissionalizantes em 2001. O professor de gestão de bares e restauran-tes, Marcelo Scavone, crê nesse princípio. “O inves-timento em uma cozinha industrial de qualidade é o ideal, mesmo que à primeira vista pareça ser a opção econômica menos adequada para determinadas situa-ções. Ocorre que quem compra um equipamento infe-rior ou opta por uma estrutura que subestime sua ca-pacidade de atendimento logo terá que remodelar ou comprar outro equipamento. Como diz o velho ditado: ‘Quem compra mal paga duas vezes’”.

Seguindo a missão da Egas, de promover a formação profissional na área da gastronomia, assegurando um ensino de qualidade, Scavone afirma que a utilização de equipamentos específicos auxilia no aprendizado, além de servir de exemplo para quem está iniciando no mer-cado. “Os equipamentos industriais são mais robustos, mais fáceis de higienizar e limpar, são mais rápidos no preparo dos alimentos e possuem maior vida útil que um equipamento doméstico. Eles são ideais para a didá-tica do aluno, pois no dia a dia os alunos utilizarão estes mesmos equipamentos no seu ambiente de trabalho”, argumenta o professor.

divulgação arquivo pessoal/revista asbrav

Professor da Egas, Marcelo Scavone

SETORES DA COZINHA INDUSTRIAL

RECEPÇÃO: local no qual ocorre o controle – qualitativo e quantitativo – e o armazenamento dos alimentos.

ÁREA DE PREPARO PRÉVIO: onde são realizadas tarefas como descasque, fatiamento, lavagem e desinfecção de legumes, cereais e carnes.

COPA: responde pelos serviços de sobremesa, lanches, café e bebidas.

CONFECÇÃO: responsável pelo preparo finaldas refeições.

HIGIENIZAÇÃO: local em que são compreendidos os serviços de lavagem de vasilhame e utensílios.

DISTRIBUIÇÃO: a área destinada ao atendimentoao público.

VESTIÁRIOS: espaço onde ficam os sanitários e escritório.

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Regulamentações ambientais são uma boa oportunidade para as empresas expandi-rem seus negócios, aumentarem a oferta de produtos e incrementarem serviços. Da-dos da Associação Brasileira de Refrigeração,

Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimentos (ABRAVA) mostram uma alta de 350% na prestação de serviços li-gados à qualidade do ar interno de 2003 a 2013. Após a resolução da Anvisa, o número de ambientes analisados passou de 18,8 mil para 64,4 mil. Em relação à limpeza de dutos, o salto foi de 650%, passando 125.790 mil para 818.177 mil metros lineares.

“Isso reflete crescimento anual no interesse das em-presas com ambientes climatizados em saber como está a qualidade do ar respirado por seus funcionários, colabo-radores e demais usuários”, destaca Leonardo Cozac, di-retor da Conforlab, companhia de engenharia ambiental.

Contudo, o especialista reforça que as empresas pre-cisam ter cuidado na hora de contratar laboratórios para análise ambiental. “É muito importante que essas análi-ses sejam realizadas por laboratórios avalizados pelo In-metro na norma de qualidade NBR ISO/IEC 17025”, frisa. A lista de laboratórios acreditados pode ser consultada no site do Inmetro.

A paulista Conforlab iniciou suas operações em 1990, promovendo tratamento de água e limpeza de dutos. Dez anos depois, passou a trabalhar com avaliação de ambien-tes e análises da qualidade do ar climatizado, com reco-nhecimento do Inmetro. Em 2014, tornou-se a primeira da América Latina a ser aprovada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) para análise da bactéria Legionella, o micro-organismo que pode estar presente em água de edificações, torres de resfriamento, chuveiros e fontes decorativas.

Conforme explica Cozac, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2003, esti-mulou segmento de avaliação ambiental. “Com a Reso-lução 9 de 16 de janeiro de 2003, a análise da qualida-de do ar em ambientes com ar-condicionado se tornou o principal serviço da Conforlab. Já atendemos mais de 20 mil ambientes climatizados em todo o Brasil, me-lhorando a qualidade do ar respirado por milhares de pessoas”, afirma Cozac.

Por meio de análises laboratoriais, medições, limpezas especiais e tratamento de água industrial, a organização consegue trabalhar com uma extensa gama de segmentos empresariais. “É um serviço necessário e cada vez mais valorizado, o que permite atuar em diversos segmentos empresariais, por exemplo, shopping centers, hospitais, hipermercados, agências bancárias, indústrias, platafor-mas de petróleo, hotéis e edifícios diversos”, acrescenta.

Confira os próximos eventos da área:

NACIONAL

INTERNACIONAL

CONGRESSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL DO SUL DO BRASIL. O evento tem como missão renovar e ampliar o conhecimento nacional, além de oportunizar a geração de uma nova rede de contatos para os interessados em assuntos de tecnologia, sustentabilidade e meio ambien-te. É aberto para graduandos, pós-graduandos, docentes, profissionais e demais interessados.Mais informações:www.congressoambientalsul.com.brPeríodo: 12 e 13 de novembro de 2015Local: Centro de Eventos CIEE – Rua Dom Pedro II, 861 – Porto Alegre – RS

gestão sustentável

Oferta de serviços ligados à qualidade do ar interno cresceram 350% em 10 anos

Normas ambientais impulsionam negócios

VI SIMPÓSIO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS. O objetivo do simpósio é promover a discussão e troca de experiências entre universidades, centros de pesquisa e empresas do setor nos diferentes campos que compreendem a gestão de resíduos. Mais informações: www.redisa2015.comPeríodo: 9 e 10 de novembro de 2015Local: Campus Central de Tecnológico de Costa Rica

VIII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA SUSTENTÁVEL E PROTEÇÃO AMBIENTAL. O congresso tem como objetivo promover o conhecimento do que há de novo neste setor. O evento contará com a participação de pesquisadores, estudantes e representantes de dife-rentes setores industriais. Período: de 11 a 14 de agosto de 2015Local: University of the West of Scotland,Paisley Campus, Escócia

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matéria de capa

COMO SUPERAR AS INCERTEZAS ECONÔMICAS

Especialistas projetam que segundo semestre de 2015 deve se manter negativo

A instabilidade da economia brasileira, marcada por fatores como redução de crédito, desaceleração da renda, alta na inflação, nos índices de desem-prego e no endividamento das famílias, faz de 2015 um ano repleto de in-certezas, diminuindo a confiança de investidores e consumidores. Sendo as-sim, o momento traz grandes desafios para empresários do ramo do varejo e da indústria, que são impactados diariamente pela recessão.

COMO SUPERAR AS INCERTEZAS ECONÔMICAS

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Economistas acreditam que a situação deve permanecer negativa no segundo semestre do ano. Na avaliação de Rodrigo Piazzeta, di-retor financeiro da Pactum Consultoria Em-presarial no Rio Grande do Sul, a confiança do

empresário está cada vez mais baixa, o custo financeiro e tributário mais alto e a economia mais arrochada. “Há uma insegurança institucional no Brasil com as frequen-tes crises na Petrobras, que afetam a credibilidade jun-to aos investidores e à comunidade internacional. Além disso, os investimentos públicos anteriores geraram um fluxo na indústria de renovação fabril. Com o aumento do consumo, a maioria das pessoas comprou seu carro, por exemplo, naquela época, então a tendência é que não comprem agora e isso afeta a indústria com a queda nas vendas, a metalurgia, entre outros tantos segmen-tos”, explica o economista.

Pesquisa realizada pela Fecomércio do Paraná aponta que menos da metade dos empresários (39%) acredita em um bom desempenho do primeiro se-mestre deste ano, o menor índice desde a implanta-ção do levantamento, em 2001. Para o presidente da entidade, Darci Piana, as expectativas do comércio de bens, serviços e turismo para 2015 são pouco otimis-tas. A Confederação Nacional do setor (CNC) prospecta um aumento de 0,3% no volume de vendas varejistas neste ano, na comparação com o ano passado. “No Paraná, projetamos um cenário semelhante, de baixo crescimento. O índice de intenção de consumo dos pa-ranaenses caiu 21,92% em abril na comparação com o mesmo mês de 2014”, afirma o dirigente.

Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio de Santa Catarina, também diz que as expectativas para o varejo local estão piores em relação a 2014. “Justamente porque no ano passado, com o período eleitoral, vendeu-se uma ideia de que o Brasil poderia mudar a situação de dete-rioração de seus fundamentos econômicos sem realizar o ajuste. Mas, logo após a eleição, confirmou-se o que já se sabia. Não é possível sair da situação de estagnação econômica sem ajustar as contas públicas. Isso eviden-temente teve um impacto negativo, mas esperamos que passado o ajuste, com uma economia mais estável e uma inflação mais controlada, as expectativas voltem a subir”, comenta Breithaupt.

O cenário de retração também afeta o desempenho industrial. Paulo de Tarso Guilhon, consultor da Presi-dência da Federação das Indústrias do Estado de San-ta Catarina (Fiesc), lembra que nos últimos 10 anos a exportação de produtos industriais catarinenses, que era 70% do valor total exportado, caiu para 54%, já que perderam terreno para as commodities. Segundo ele, os indicadores conhecidos até agora revelam que a produção industrial brasileira recuou 0,8% na pas-16

matéria de capa

divulgação pactum/revista asbrav

Rodrigo Piazzeta, diretor financeiro da Pactum

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sagem de fevereiro para março, conforme a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pelo IBGE. Em rela-ção ao mesmo mês de 2014, houve retração de 3,5% e recuo de 4,7% nos últimos 12 meses.

“De forma geral, há estoques elevados, custos em alta e demanda reduzida. Fatores que impedem o de-senvolvimento industrial e influenciam negativamente a confiança empresarial e dos consumidores. Contudo, é de se esperar que a indústria de Santa Catarina sinta me-nos os reflexos da retração do que a média do desem-penho brasileiro. As razões para se pensar que a indús-tria local, embora enfrentando o cenário desalentador, possa sentir menos os efeitos da crise são decorrentes de pelo menos duas razões: o arrojo do industrial cata-rinense que mesmo na adversidade não desiste de seus sonhos e o desempenho do Estado em comparação com a média brasileira no ano passado”, afirma Guilhon.

Para o presidente da Associação Gaúcha para Desen-volvimento do Varejo (AGV), Vilson Noer, no Rio Gran-de do Sul, 2015 deverá ser marcado pela estagnação dos investimentos. “É um ano que as empresas atuam mais na gestão dos seus negócios, procuram manter sua operação de caixa mais tranquila e buscam mais segu-rança, porque investimento certamente exige a retirada de recursos”, diz. O dirigente estima que ainda não haja uma noção clara de todos os ajustes que o governo está fazendo, o que influencia não apenas na questão dos investimentos como também de crédito e desemprego.

O presidente da Fecomércio SC diz que, pela insta-bilidade econômica, o investimento dos empresários catarinenses tende a ser consideravelmente mais caute-loso. “Em 2015, eles estão optando por estratégias que minimizem os riscos”, afirma Breithaupt. O consultor da presidência da Fiesc, entretanto, diz que a indústria local está em linha com a necessidade de se renovar e investir na formação educacional de seus trabalhadores e mo-dernizar o parque industrial. Assim, analisa Guilhon, o foco dos investimentos para este ano é a modernização tecnológica de produtos e processos como já vem acon-tecendo. De acordo com pesquisas realizadas, espera-se que 63% da indústria catarinense invista em aquisições de equipamentos, 54% em atualização tecnológica e 51% na ampliação da capacidade produtiva.

No que se refere à expectativa do setor de refrigera-ção, ar-condicionado, aquecimento e ventilação, Hani Lori Kleber, presidente da ASBRAV, também considera o ano marcado por dificuldades e afirma que as ne-gociações deverão ser mais árduas, pois tanto o setor quanto o restante da economia estão passando por um momento delicado. “Não acreditamos em crescimen-to, a tendência é que tenhamos um desempenho igual ou pouco abaixo de 2014, como a maioria dos setores. Dependeremos de algumas variáveis importantes, tais como novos empreendimentos, manutenção, cresci-mento do nível de emprego e oferta de crédito a juros atrativos”, diz Hani.

divulgação agv/revista asbrav

Para o Presidente da AGV, Vilson Noer, o ano de 2015 deverá ser marcado pela estagnação de investimentos

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matéria de capa

Por essa razão, a presidente considera importante focar em negócios que auxiliem na redução de custos, modernização e manutenção de instalações existentes e qualidade do ar interior. Hani ressalta também que “o setor tem que estar atento às mudanças do cenário na-cional, implementando ferramentas de gestão e capaci-tação profissional, focando em parcerias que fidelizem os clientes, diminuindo perdas e não desperdiçando as raras oportunidades”.

ALTERNATIVAS PARA A CRISEDiante do cenário econômico, Piazzeta sugere que

os investimentos sejam voltados para o aumento da efi-ciência interna. “No repensar a sua organização interna para tentar ganhar margem no centavo, no pequeno detalhe. É preciso ganhar eficiência na configuração do modelo de negócio, encontrar maneiras de cortar cus-tos, inovar em materiais diferentes”, afirma. Para o dire-tor financeiro da Pactum, o momento é oportuno para se reorganizar e, se tiver dinheiro em caixa, linha de cré-dito disponível com carência alta e oportunidades boas, investir em financiamentos para aprimorar a gestão do estoque, a estrutura de capital do pessoal e aumentar a competitividade. “A Selic, taxa básica de juros, subiu muito nos últimos tempos. Mas a TJLP, que é de longo prazo, sobe mais devagar. Enquanto a Selic teve um au-mento de 70% de março de 2013 a fevereiro de 2015, a TJLP aumentou 10% nesse período, então vale a pena aproveitar”, sugere o economista.

Para o presidente da Fecomércio de Santa Catari-na, o desafio para o ano será manter um nível bom no volume de vendas e na receita. Breithaupt considera fundamental que o empresário busque investir no sen-tido de diversificar e diferenciar seus produtos. “O mo-mento atual não significa que o consumidor não queira consumir, ele simplesmente está percebendo que as condições que lhe são ofertadas não correspondem mais às suas oportunidades de compra. Nesse contex-to, a aposta em promoções é essencial, bem como na diversificação das formas e nos prazos de pagamentos para impulsionar as vendas e dar condições melhores de investimento”, sugere o dirigente.

Outra característica que vem sendo vista como es-tratégica, neste período de estagnação da economia, é a procura pela inovação. “Os empresários percebem que, se conseguirem obter um diferencial no seu pro-duto, seus lucros aumentarão, mesmo em momentos como este. Assim, investimentos em inovação, capa-zes também de elevar a produtividade das empresas, convertem-se no elemento principal para escapar dos tempos de baixo crescimento”, afirma o presidente da Fecomércio SC.

O consultor da Fiesc ressalta que, embora os investi-mentos programados pela indústria catarinense para o

ano de 2015 de R$ 2,1 bilhões sejam inferiores aos R$ 2,3 bilhões realizados em 2014, o volume de recursos é impactante. Além disso, o presidente da AGV já vislum-bra um cenário mais favorável em 2016. “Este é um ano de desconfiança, em que as pessoas não querem com-prar porque estão se precavendo. Acredito que em 2016 pode amenizar essa situação e as pessoas aos poucos devem voltar a consumir mais”, espera Vilson Noer.

O desafio em 2015, portanto, é ter fôlego e buscar alternativas que garantam a competitividade e a renta-bilidade do negócio. Outro diferencial certamente será aproveitar com eficiência as oportunidades que surgem mesmo em momentos de crise.

caio cezar-fecomércio sc/revista asbrav

Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC

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inovação

Techouse fornece painéis de piso, parede, lajes e telhado de forma rápida e eficiente

Soluções para acelerar a construção civil

desaceleração da economia afeta o setor de construção civil, fazendo com que construtoras e incorporadoras enfrentem um cenário difícil no mercado imobiliário. Apesar de o número de moradias no Brasil ter mais do que dobrado

nos últimos dez anos, conforme aponta o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país ainda amarga um déficit habitacional que oscila entre 5,2 milhões e 6,9 milhões de unidades, segundo dados do Insti-tuto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Hoje, o setor enfrenta problemas de baixa produtividade, elevado custo da mão de obra, desperdícios de materiais, além de impre-vistos relativos à obra. Como consequência, entrega unida-des habitacionais caras, de baixa qualidade e grandes atra-sos”, salienta Aleksei Drafta, diretor comercial da Techouse.

Para o publicitário especializado no setor, o mercado atual é incapaz de atender à demanda habitacional no Bra-sil, sobretudo a de baixa renda, sem um sistema de constru-ção industrializado, que melhore a produtividade das cons-truções convencionais.

“A construção civil de residências unifamiliares é alta-mente dependente da mão de obra artesanal, o que resulta em diversos problemas, como falta de qualificação, atraso na obra e desperdício de materiais. Além disso, a produção média de um trabalhador da construção civil no Brasil chega a ser, por exemplo, até sete vezes menor do que a de um norte-americano. Em países desenvolvidos, crescem a cada dia as atividades da construção industrializada, onde os pai-neis pré-moldados em concreto são uma importante etapa do processo construtivo”, salienta Drafta.

Com objetivo de fornecer soluções para esse setor vi-tal na economia, a Techouse, empresa gaúcha fundada há 20 anos, desenvolveu o sistema construtivo industrializado, que consiste em painéis de concreto com placas de isola-mento térmico e acústico, com instalações hidráulicas e elé-tricas já pré-embutidas.

Além da dedicação à pesquisa, o mecanismo se tornou possível graças ao avanço das tecnologias para a construção civil. “O sistema Techouse fornece uma solução simples e viável que atende em média e grande escala à demanda de edificações habitacionais de até quatro pavimentos popula-res e não populares. Isso se tornou viável graças aos aperfei-çoamentos feitos pelas empresas que produzem materiais industrializados com alta tecnologia para a construção civil,

como concreto usinado, telas eletro soldadas, placas de termo plástico expandido e outros, que com grande valor agregado, facilitaram a produção de painéis pré-moldados em grande escala”, explica Emilio Zagorski, engenheiro me-cânico e industrial, diretor técnico da Techouse.

A primeira obra realizada dentro desse padrão, conclu-ída em 2005, foi o Estúdio Mutimeios, localizado no bair-ro Restinga, em Porto Alegre. Em 2011 a empresa aplicou a técnica a uma obra de grande porte, sendo responsável pela construção de 270 unidades habitacionais em um con-domínio de sobrados na cidade de Campinas, em São Paulo.

Conforme a organização, o processo se inicia por meio de um estudo técnico, no qual a empresa verifica a viabili-dade de utilização dos painéis. Caso o empreendimento es-teja apto para utilizar o processo construtivo industrializado, a Techouse garante variados benefícios. “Os resultados são redução de custos, prazos de execução menores, menos des-perdícios e imprevistos, mão de obra especializada, além de oferecer residências mais seguras, duráveis e confortáveis”, destaca o diretor comercial. “Após análises, encontramos nos painéis pré-moldados, confeccionados com materiais convencionais já industrializados, o melhor caminho de um desenvolvimento tecnológico baseado no princípio de que um projeto arquitetônico pode ser dividido em painéis de piso, paredes, lajes e telhados para que, uma vez fabricados e transportados até o local da obra, possam ser rapidamente montados, facilmente acabados e entregues aos seus pro-prietários dentro dos prazos previstos”, completa.

divulgação techouse/revista asbrav

Obra executada com sistema construtivo industrializado

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automação predial

Produção de eficiência fotovoltaica ajuda no corte de gastos com a luz

Energia Solar é opçãopara economizar

Economizar e cuidar do meio ambiente são prio-ridades na sociedade moderna. Em tempos de crise financeira e de desgaste ambiental, utilizar-se de fontes renováveis de energias faz diferença para o bolso e para a natureza.

A partir desses panoramas, a eficiência solar apare-ce como opção, pois, por meio dela, pode-se gerar ener-gia elétrica e abater parte na conta de luz. A geração de energia proveniente do processo chamado de fotovoltai-co, utilizado há mais de 50 anos, é vista como uma tec-nologia de energia limpa e sustentável, que se baseia em matéria-prima amplamente disponível no planeta: o sol.

No Brasil, desde 2012, a Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel) aprovou uma regulamentação que incentiva consumidores a instalarem equipamentos que permitem o uso da energia solar fotovoltaica (Resolução

Normativa ANEEL nº 482/2012 – Micro e Minigeração Dis-tribuída). Com a medida, criou-se um sistema de medição e compensação, por meio do qual, além da possibilidade de produzir parte da energia que a residência consome, o consumidor pode entregar o excedente à concessionária da sua região e obter créditos.

O sistema funciona da seguinte maneira: o consu-midor tem de instalar um gerador fotovoltaico, como os painéis solares (1) – que reagem com a luz do sol e produzem energia elétrica. Os aparelhos são instalados sobre o telhado, conectados uns aos outros e ligados ao inversor solar (2), capaz de converter a energia captada pelo sol em energia elétrica. A carga produzida é distri-buída para residências ou empresas (3 e 4), reduzindo a quantidade de energia que se compra da distribuidora. O excesso de eletricidade volta para a rede elétrica por

divulgação portal solar/revista asbrav

As informações do Portal Solar (www.portalsolar.com.br) ajudam empresas e clientes interessados em energia solar

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meio do relógio de luz bidirecional (5), que mede a ener-gia consumida quando não tem sol e a energia gerada em excesso quando tem. Assim, a rede da distribuidora transforma o excedente em “créditos de energias” utili-zados à noite ou nos próximos meses.

PRÓS E CONTRAS DE SE UTILIZAR O SISTEMAO uso de energia fotovoltaica tem muitas vantagens.

Além de ser totalmente renovável, não polui e requer ma-nutenção mínima. Possui fácil instalação e pode ser usada em áreas remotas onde não existe energia. Conforme es-tudo (páginas 22 e 23) realizado pela aluna Stefanie Bator, sob orientação do professor do Programa de Pós-Gradua-ção em Engenharia Mecânica da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), João Batista Dias, sistemas foto-voltaicos integrados à construção possuem dupla função: “Além de produzir energia elétrica, funcionam como ele-mento arquitetônico na cobertura de telhados, paredes, fachadas ou janelas”, destaca Stefanie.

Por outro lado, a energia solar também tem inconve-nientes. O retorno do investimento é de longo prazo (de 6 a 10 anos), o custo de aquisição é alto devido aos impos-tos, não pode ser usada durante a noite e para armazenar a energia solar é necessário o uso de baterias (o que pode encarecer o custo do sistema fotovoltaico como um todo).

Os preços de instalação variam conforme o tamanho e a funcionalidade desejada do sistema, seja em residên-cias, empresas ou usinas. Uma casa pequena, com até dois moradores, tem um custo entre R$ 12 mil e R$ 18 mil. Já uma casa muito grande, com mais de cinco moradores, pode variar entre R$ 75 mil a R$ 100 mil. Para empresas, o custo pode variar de R$ 650 mil a R$ 3,5 milhões. E em usinas chega aos R$ 20 milhões. Essas informações foram calculadas em março de 2015 por um canal que auxilia interessados em energia solar, o Portal Solar.

Criado em março de 2014, o Portal Solar é um site que fomenta a utilização de energia fotovoltaica e orienta pes-soas interessadas em aderirem a esse sistema. Segundo a analista de comunicação do Portal Solar, Gabriela Cunha,

o portal virou referência durante o ano passado e ajudou tanto clientes quanto empresas. “O site se tornou a maior referência no ramo de fotovoltaica do país rapidamente. Hoje, possui um mapa com mais de 250 empresas cadas-tradas que prestam serviços de instalação de sistemas so-lares e está crescendo a cada dia”, relata Gabriela.

A integrante do canal de auxílio afirma também que empresas iniciantes recebem a oportunidade de expor seu serviço no site. O Portal Solar procura ser imparcial na relação cliente/empresa, tanto que disponibiliza três orçamentos para os interessados. “Centenas de sistemas solares residenciais e comerciais já foram vendidos pelas empresas graças ao nosso sistema de envio de orçamen-tos. Enviamos para até três empresas, e o cliente faz a escolha da empresa que lhe agradou mais. Somos impar-ciais. Não opinamos sobre as empresas com os clientes”, explica a representante. Atualmente, o Portal Solar se consolidou e passou a ser mais exigente com a prestação de serviço, logo empresas que registraram alto índice de reclamações foram excluídas do cadastro.

SAIBA MAIS

O termo “fotovoltaico” vem do grego phos, que signifi-ca “luz”. E “volt”, a unidade de força eletro-motriz, vem do sobrenome do físico italiano Alessandro Volta (1745-1827), o inventor da pilha. O termo “foto-voltaica” tem sido usado em inglês desde 1849.

Atualmente, a energia solar fotovoltaica é a terceira mais importante fonte de energia renovável em termos de ca-pacidade instalada em nível mundial, depois da hidráuli-ca e da eólica.

Mais de 100 países utilizam energia solar fotovoltaica. China, seguida por Japão e Estados Unidos são os mer-cados de energia fotovoltaica que mais crescem, en-quanto a Alemanha continua sendo a maior produtora do mundo, contribuindo com quase 6% da sua demanda de eletricidade.

Vale ressaltar que a energia solar fotovoltaica é aquela produzida a partir de energia solar da própria residên-cia, pois pode haver confusão com energia solar térmica. Nesse segundo caso, o processo funciona por meio de coletores solares, que transformam a energia do sol em calor e a utilizam para aquecer a água.

De 15 a 17 de julho, em São Paulo, ocorre a Enersolar + Brasil 2015. É a terceira edição da maior feira de ener-gias renováveis da América Latina, destinada a interes-sados em fazer negócios e parcerias no setor. O evento também apresentará as últimas novidades e teconolo-gias da energia solar.

divulgação portal solar/revista asbrav

Exemplo de uso de energia fotovoltaica em empresa

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Estudo para integração de sistemas fotovoltaicos conectados na rede elétrica residencial

A inserção de sistemas fotovoltaicos no am-biente construído é atualmente um tema bastante interessante e importante de se analisar. Sistemas fotovoltaicos integrados à construção possuem a dupla função de pro-

duzir energia elétrica e funcionar como elemento arqui-tetônico na cobertura de telhados, paredes, fachadas ou janelas. Os módulos fotovoltaicos podem ser conside-rados como um material de revestimento arquitetônico (redução de custos), dando à construção uma aparência estética inovadora e high tech, além de trazer uma ima-gem ecológica associada ao projeto. Em 2012 foi criada a resolução normativa para instalação de sistemas foto-voltaicos conectados à rede elétrica (Resolução Norma-tiva ANEEL nº 482/2012 – Micro e Minigeração Distribu-ída), tornando possível que os consumidores de energia elétrica possam ser também produtores de energia. Ou seja, criou-se um sistema de medição e compensação de energia, onde além da possibilidade de produzir parte da energia que a residência consome, o consumidor po-derá entregar o excedente à concessionária de energia da sua região e obter créditos. Esses créditos podem ser compensados em até 36 meses. Um exemplo de sistema fotovoltaico conectado à rede pode ser visto na Fig. 1. Ele é composto basicamente por gerador fotovoltaico (módulos), conversor de corrente contínua em corrente alternada (inversor) e medidor de energia.

TIPO DE MONTAGEMO tipo de montagem considerado para esse estudo e

para as simulações foi o integrado à construção, ou seja, sem ventilação traseira dos módulos fotovoltaicos, visto na Fig. 2. Para a instalação dos módulos integrados se apresenta aqui uma possibilidade, utilizando-se uma es-trutura de calhas que serviria tanto para recolher a água

da chuva e conduzi-la até uma calha maior instalada no beiral, quanto para a fixação dos módulos. Essas calhas ocupariam o lugar das ripas utilizadas no telhado.

SIMULAÇÃOOs dados de simulação apresentados neste estu-

do foram obtidos por meio do software Sunny Design da empresa SMA, que é utilizado para planejamento e dimensionamento de sistemas fotovoltaicos. Foram realizadas simulações a fim de se obter valores de ener-gia média anual gerada por módulos fotovoltaicos de duas tecnologias de células: silício monocristalino (c-Si Mono) e silício multicristalino (c-Si Multi). Os módulos utilizados possuem potência de 100 Wp cada um. Cada sistema, com 20 módulos fotovoltaicos, forma um ge-rador com potência de 2 kWp. Tal gerador é ligado ao inversor SB 1700. Na Tab. 1 têm-se os resultados das simulações realizadas.

CONSUMO PRÓPRIOCom os dados de energia média anual versus consu-

mo de energia por ano para uma residência com quatro pessoas, pode-se estimar, para cada sistema dimensio-nado, os dados abaixo:

- Energia média anual produzida: energia que o sistema fotovoltaico produz a partir da incidência de radiação solar.

João Batista Dias¹ e Stefanie Bator²

artigo especial

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- Alimentação da rede: energia produzida pelo sis-tema fotovoltaico que foi entregue à rede elétrica da concessionária.

- Referência de rede: energia comprada da rede elé-trica da concessionária.

- Consumo próprio: parcela de energia produzida pelo sistema fotovoltaico que é consumida pela residência.

- Quota de consumo: percentual de energia pro-duzida pelo sistema fotovoltaico que é consumida pela residência.

Nota-se que nem toda energia consumida pela resi-dência precisa ser a gerada pelo próprio sistema foto-voltaico, uma vez que nem sempre os horários de pico de carga coincidem com a maior produção de energia. O percentual de energia produzida pelo sistema e consu-mida pela residência ficou em torno de 33% para as duas tecnologias empregadas, sendo o restante do consumo suprido pela rede elétrica da concessionária (referência de rede), Tab. 2.

PESO “MASSA”Fez-se uma comparação de peso “massa” e área dos

módulos fotovoltaicos versus telhas para se ter uma noção da relação dessas medidas. Na Tab. 3 e Tab. 4 são apresen-tadas informações sobre os módulos fotovoltaicos utiliza-dos e as telhas estudadas, respectivamente. Para fazer o estudo comparativo, foram utilizados três tipos de telhas que são constantemente utilizadas nas construções: fibro-

cimento (telha fibrocimento), barro colonial (telha cerâmi-ca colonial) e concreto (telha cerâmica concreto).

Para que haja a substituição das telhas pelos módulos fotovoltaicos é importante fazer uma análise de seus pesos, comparando-os para ver se a troca dos mesmos não apre-sentará problemas para a estrutura do telhado já constru-ído. Inicialmente, analisando-se o módulo fotovoltaico de silício monocristalino, vê-se que seu peso por unidade de área é de 13 kg/m². Comparando-se esse valor com os dos três tipos de telhas (fibrocimento, barro colonial e concre-to), vê-se que os dois últimos apresentam mais do que o dobro de peso por unidade de área. Ou seja, para cada m², um módulo de silício monocristalino apresenta em torno da metade do peso da telha de barro colonial e concreto. Isso significa que poderia ser feita a substituição sem que houvesse comprometimento da estrutura já construída, uma vez que o peso por unidade de área do módulo é me-nor do que o já suportado peso das telhas.

De forma semelhante, tratando-se do módulo de silí-cio multicristalino, vê-se que os dois últimos tipos de telha apresentam mais do que o dobro de peso por unidade de área, possibilitando-se assim a substituição das mesmas pelos módulos fotovoltaicos. Ou seja, seria possível, es-truturalmente, a substituição das telhas pelos módulos fotovoltaicos e ainda produzir energia elétrica para suprir parte ou até mesmo todo o consumo mensal da residência. É importante salientar que esta simulação pode apresentar pequenas variações quando realizada com outros tipos de módulos, pois mesmo aqueles de mesma tecnologia pos-suem pequenas variações em seus coeficientes térmicos, em suas eficiências, pesos, etc.

¹ Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Unisinos

² Orientanda do estudo de Iniciação Científica

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CAMINHOS DE TERRA BATIDAGuardo muitas recordações das minhas

andanças pelo Rio Grande do Sul. Na déca-da de 60 cortei o estado de Kombi fazendo negócios com os frigoríficos da região, que

eram muitos e de todos os tamanhos e capacidades.Os caminhos, quase todos, eram de terra batida e,

muitas vezes, levei horas para passar por um atoleiro, coisa que era comum em época de chuvas.

Para visitar uma cervejaria em Getúlio Vargas, de cer-ta feita, levei três horas para avançar um quilômetro.

Creio que visitei mais cidades do Rio Grande do Sul do que muitos gaúchos autênticos!

TERRA DA MÃE DE DEUSTupanciretã, “Terra da Mãe de

Deus”, foi sempre a que mais me im-pressionou.

Mas a recordação mais forte foi a da roda de chimarrão ao final de uma churrascada no campo.

Não sei se isso ainda ocorre, pois a evolução vai corroendo muitas das coisas que, para mim, eram boas.

Como minha jornada era feita de Kombi, ficava, nor-malmente, um mês inteiro viajando.

Sobravam os fins de semana, onde, invariavelmente, convites para churrasquear num sítio ou numa fazenda eram frequentes...

Vala de fogo no chão, muita carne nos espetos fin-cados na terra, coisa de gaúcho que não havia em São Paulo, um bom garrafão de uma “branquinha da boa”, pratos com farinha para lambuzar os nacos de carne servidos sem parar, e lá ficávamos até começar o sol a querer nos deixar.

CHIMARRÃOAntes que a Lua aparecesse, vinha o velho chimarrão,

que eu, nas primeiras sorvidas (poderia dizer chupadas?), achava aquele amargor um tanto quanto esquisito!

Mas logo me habituei e reparei que era um excelente digestivo para toda a carne que eu havia consumido.

Mas o mais importante era a roda que se formava, a matrona da casa com a cuia e a chaleira de água quente preparando ela a erva e passando de mão em mão ou de boca em boca.

A conversa corria solta, muitas risadas, vez ou outra uma provocação, tudo numa cordialidade que me re-metia aos escritos de Érico Veríssimo e sua formidável à obra “O Tempo e o Vento”, obra que já li e reli e que me encanta cada vez mais.

ANA TERRA Encontrei muitas “Ana Terra” nas minhas andanças

sulinas, bravas, destemidas e guerreiras, lembrando a coragem das “mulheres de Atenas”.

Mas isso tudo se foi, ficando uma agradável sensação e o magnífico perfume de uma mistura de terra molha-da, fogo e o perfume do ar...

SÃO BORJAAinda me embrenharei por essas

estradas, hoje, creio todas asfaltadas.Irei a Tupanciretã, Santa Maria,

Rio Grande, Santa Rosa e São Borja.Nesta última, de certa feita, che-

guei num fim de tarde escaldante de sol a pino, ruas vazias, trânsito sem carros, poucos pedestres se esguei-rando nas sombras para fugir do calor.

Estacionei sob a única árvore frondosa que havia em frente ao hotel em que me hospedaria (e que contava a lenda era onde também ficava o ex-presidente Getúlio Vargas) e subi para o meu quarto.

Não se passaram três minutos e batem à porta do quarto com bastante energia.

Abro. Era um policial (creio que no Sul seria um “bri-gadista”) me intimando a tirar o meu carro da sombra porque ali não era permitido estacionar.

Obedeci e estacionei mais adiante, sem árvores, sem sombra, mas cumpri o regulamento desta encantadora São Borja.

Hoje, se voltasse, deveria fazer tudo de avião e não mais me preocupar com estacionamentos!

coluna

TupanciretãSidney de Oliveira*

*Advogado, OAB/SP 24.876, membro de comissões técnicas da OAB/SP,

especialista em IAQemail: [email protected]

Creio que visitei mais cidades do Rio

Grande do Sul do que muitos gaúchos

autênticos!

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artigo técnico

Nelson Dias Ferreira da Conceição*

O papel da ventilação na vida moderna

TIPOS DE VENTILAÇÃO:Ventilação por Sobrepressão se obtém insuflando ar

a um local, colocando em sobrepressão interior respec-tivamente a pressão atmosférica. O ar flui então para o exterior pelas aberturas dispostas para ele. A seu passo o ar barra os contaminantes interiores e deixa o local pleno de ar puro exterior. Fig. 1.

Ventilação por Depressão se consegue colocando o ventilador extraindo o ar do local, o que provoca que este fique em depressão a respeito da pressão atmos-férica. O ar penetra de fora pela abertura adequada, efetuando uma ventilação de igual efeito que a anterior. Fig. 2.

Ventilação Ambiental ou Geral. O ar que entra no local se difunde por todo o espaço interior antes de al-

cançar a saída. Como mostram as figuras 1 a 3. Esse tipo de ventilação tem o inconveniente de que, se existir um foco contaminante concreto, como é o caso de cubas in-dustriais com desprendimentos de gases e vapores mo-lestos ou tóxicos, o ar de uma ventilação geral espalha o contaminante por todo o local antes de ser levado até a saída.

Ventilação Localizada. Por meio dessa forma de ven-tilação o ar contaminado é captado no mesmo lugar que se produz, evitando sua difusão por todo o local. Dessa forma, consegue-se a base de um bocal que abrace o mais estreitamente possível o foco de poluição e que conduza diretamente ao exterior o ar captado. Fig. 4.

Ventilação Mecânica Controlada. Conhecida por sua sigla V.M.C., trata-se de um sistema peculiar que se utili-

Técnica que permite substituir o ar ambiente interior de um local – considerado inconve-niente por sua falta de pureza, temperatu-ra inadequada ou umidade excessiva – por outro exterior de melhores características. A

ventilação resolve funções vitais dos seres vivos, como a provisão de oxigênio para a respiração e o controle do

calor que produz, uma vez que lhes proporciona condi-ções de conforto afetando a temperatura do ar, a umi-dade, a velocidade do mesmo e a diluição de odores indesejáveis. Para as máquinas, instalações e processos industriais, permite controlar o calor, a toxicidade e o potencial explosivo de seu ambiente. Entenda melhor esse processo.

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artigo técnico

za para controlar o ambiente de toda uma habitação, lo-cal comercial e também um edifício de pisos, permitindo introduzir recursos para economia de energia.

CRITÉRIOS DE USO DO EXAUSTORA grande variedade de construções dificulta que exis-

tam normas fixas a respeito da disposição dos sistemas de ventilação. Mas há algumas diretrizes gerais que de-vem ser seguidas nesses casos.– Os ventiladores devem situar-se diametralmente opos-

tos às entradas de ar, de modo que a vazão da ventilação atravesse toda a zona contaminada.– Os exaustores precisam estar localizados perto dos fo-cos de contaminação para captar o ar nocivo antes que se difunda pelo local.– Remover o exaustor de uma janela aberta ou entrada de ar exterior para evitar que entre de novo o ar expul-sado. Fig. 5 a 12.

VENTILAÇÃO GERAL PARA O USO DIÁRIOPara ventilar um local pelo sistema de Ventilação Ge-

ral ou Ambiental deve-se considerar o tipo de atividade dos ocupantes do local. Uma oficina moderna, espaçosa, com baixo índice de ocupação, é diferente de uma cafe-teria, uma sala de festas, uma oficina de confecção ou de pintura.

A razão de se ventilar as habitações humanas é a de proporcionar um ambiente higiênico e confortável aos ocupantes, pois as pessoas passam fechadas nesses lo-cais até 90% do seu dia. Há que diluir o odor corporal, controlar a umidade, o calor e a poluição que despren-dem do mobiliário, tapetes, pisos e paredes de edifícios, além da possível resultante de atividades industriais.

Por isso, é preciso calcular a vazão de ar necessária com base no número de ocupantes, considerando 7,5 li-tros por segundo por pessoa para os casos normais onde não exista a poluição causada por fatores externos.

Mas, se houver dificuldade de prever o número de ocupantes, é melhor referir-se a função do local, recor-rendo ao cálculo baseado no número de renovações/hora (N). Ou seja, a quantidade de vezes que se deve renovar por hora todo o volume de ar do local.

Esse número se encontra em tabelas, conforme as apresentadas na página 27.

Para realizar este cálculo, primeiro se determina o volume do local, multiplicando o comprimento pela lar-gura e pela altura, no caso de que seja paralelipédico, ou decompondo em figuras simples o volume total.

Volume V (m³) = L x A x H (m)Se escolhe o número N de renovações por hora, segundo a atividade desenvolvida no local e se multiplicam am-bos. Vazão Q (m³/h) = V x N

Exemplo:Um restaurante médio cuja sala mede 15 x 5 metros, com uma altura de 3 m apresenta um volume de:V = 15 x 5 x 3 = 225 m³

Se está permitido fumar se chegará em um número de renovações horárias de N = 10, resultando uma vazão de:Q = 225 x 10 = 2.250 m³/h

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Se o local permite, decidiremos a disposição de co-locar os exaustores de 1.200 m³/h cada um em uma pa-rede, descarregando diretamente ao exterior com duas ou três entradas de ar, baixas, na parede oposta, que fe-charemos com persianas de grelhas fixas antichuva. Nos exaustores colocaremos persianas de gravidade que se fecham automaticamente quando se param os aparatos, evitando a entrada de ar frio do exterior.

APLICAÇÃO DA VENTILAÇÃO LOCALIZADAQuando se pode identificar claramente o foco de

contaminação, o sistema mais efetivo e econômico é captar localmente a emissão nociva. Exemplo da Fig. 13.

O procedimento deve ser assim:1. Identificar os pontos de produção do contaminante.2. Colocar uma campana.3. Establecer uma sucção capaz de captar, arrastar e transferir o ar, possivelmente carregado de partículas.

OS ELEMENTOS BÁSICOS DE UMA INSTALAÇÃO:Captação;Duto ou Canalização;Separador ou filtro;Extaustor de Ar.

Neste artigo será apenas descrito o elemento “Captação”.

CaptaçãoSua missão é a de poder atrair o ar com os contaminan-tes que contenha para transferi-lo ao lugar de descarga.

Os princípios de design são:1. A vazão de captação varia aproximadamente com o qua-drado da distância, ou seja, que se a campana está a uma distância L do foco, necessitando uma vazão Q para captar, e se deseja uma distância 2L à vazão necessária será 4Q.A Fig. 14 mostra diversos modelos de bocas de captação.2. Quando se trata de gases nocivos deve-se colocar a campana de modo que se evacue fora do espaço de res-piração dos operários. Fig 15.3. A campana, ou caperuza, que envolve uma máquina, deve ser desenhada para que as partículas a serem cap-tadas incidam dentro de sua boca. Fig. 16.4. Sempre que possível os bicos de extração devem ser com flange, reduzindo assim a vazão em uns 25% aproxi-madamente. É o caso Canto com Flange da Fig. 14.

*Formado em Licenciatura em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior de

Engenharia de Lisboa

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28

entidade

Reconhecida como uma das principais enti-dades que representam o setor refrigerista no país, a Associação Sul Brasileira de Refri-geração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV) celebrou seus 20 anos

de existência na noite de 12 de maio. Durante o evento, que ocorreu na sede da entidade, em Porto Alegre, foi incluída no memorial que homenageia os ex-presiden-tes a fotografia de Luiz Afonso Dias, que esteve à frente da entidade por dois mandatos consecutivos, de 2011 a 2014. A galeria é composta, ainda, pelas imagens dos outros ex-presidentes.

A comemoração foi conduzida pela presdidente Hani Kleber e acompanhada pelos ex-presidentes Luiz Alberto Hansen, Bolivar Peres Fagundes, Telmo Antonio de Brito e Eduardo Hugo Müller, além de integrantes do Conselho Deliberativo, colaboradores e associados. Os antigos man-datários fizeram uso da palavra e saudaram o crescimento e o fortalecimento da ASBRAV. O principal objetivo da AS-BRAV é promover a qualificação profissional por meio do desenvolvimento técnico e de gestão. A instituição cons-tantemente promove cursos, palestras e seminários para a atualização de seus associados. Outras informações sobre a entidade podem ser obtidas no site www.asbrav.org.br.

ASBRAV celebra 20 anos como referência do setor refrigerista

divulgação playpress/revista asbrav

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Encontro exibe tecnologias que ajudam o meio ambienteTecnologias que tornam instalações mais seguras e ambientalmente corretas foram destaque no Encontro Tecnológico de Re-

frigeração e Ar Condicionado (ENTRAC) realizado nos dias 6 e 7 de maio no Ritter Hotéis em Porto Alegre. Organizado pela Nova Técnica Editorial, o ENTRAC é um evento itinerante que percorre as principais cidades do Brasil com o objetivo maior de divulgar tecnologias e procedimentos técnicos para os diversos níveis de profissionais de HVAC-R. Com o apoio da ASBRAV e da ANPRAC o evento apresentou dois dias de intensa atividade e disseminação de conhecimento para um público de cerca de 150 pessoas.

06 e 07/05 ENTRAC Porto Alegre

Workshop de Refrigeração Comercial e IndustrialSegunda edição do Workshop de Refrigeração Comercial e Industrial (&R 2015) aconteceu em São Paulo na USP

nos dias 13 e 14 de maio. Segundo Tomaz Cleto presidente do DN ASHRAE Brasil, o evento concebido para disseminar e multiplicar conhecimento sobre conceitos, pesquisas, desenvolvimento e inovações nos segmentos de refrigeração comercial e industrial conseguiu superar as expectativas em relação a primeira edição realizada na capital gaúcha Porto Alegre em 2014, foi tão bom quanto, comemora Cleto. Marcelo Marx da Delta Frio representou a ASBRAV como Diretor Setorial da Refrigeração.

13 e 14/05 São Paulo

Aconteceu em Santa CatarinaO Escritório Regional da ASBRAV Santa Catarina, coman-dado pelo Diretor Regional Arivan Zanluca, promoveu e realizou no auditório da unidade São José do SENAI SC palestras técnicas do setor HVAC-R atraindo empresas e profissionais, bem como os alunos do Curso Técnico em Refrigeração e Climatização, com três turmas simultâneas sob a coordenação do Prof. Oscar da Silva.

16/03 Linter FiltrosFiltros em dia asseguram a qualidade no arO palestrante Cesar De Santi, da Linter Filtros, conduziu a apresentação enfatizando a importância dos filtros nos sistemas de climatização, e os mecanismos de retenção de partículas sólidas e gasosas.

08/06 TroxDampers Corta-Fogo e Distribuição de ArO palestrante Cláudio José Kun da Trox Brasil apresentou conceitos sobre distribuição de ar com uso de grelhas e difusores, e aplicação de dampers corta-fogo nos siste-mas HVAC.

15/06 Midea CarrierConceitos e Aplicações de Sistemas VRF - Case EstádioGustavo Hoffmann, engenheiro de aplicação de VRF da Midea Carrier apresentou conceitos e aplicações, utili-zando 100% inverter e sistemas com recuperação de ca-lor (3 tubos).

22 e 23/05 GBC Curso Leed GAA ASBRAV foi palco do curso “Como se tornar um LEED GA (Green Associate), iniciativa realizada em parceria com o

Green Building Council Brasil (GBC Brasil) nos dias nos dias 22 e 23 de maio, conduzido pela arquiteta e urbanista Luiza Junqueira. O curso mostra os diferentes referenciais LEED e os principais conceitos associados a cada um deles. A certifi-cação LEED GA é direcionada para quem esta iniciando a carreira na área. Trata-se de um nível introdutório da credencial LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), demonstrando que o profissional possui um conhecimento geral dos conceitos avaliados durante o processo de construção do empreendimento em busca da certificação internacional.

Fluido ajuda a preservar a camada de ozônioA substituição do fluido R22 pelo Forane R-427A foi o tema da palestra ministrada por Paulo Napoli da Arkema/Fo-

rane, empresa francesa, representada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina por Clovis Amaro,dia 25/06 na sede da ASBRAV. Na oportunidade foi realizado de forma prática o retrofit do fluido refrigerante.

25/06 Arkema

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Dados atualizados junho 2015

3B COM EQUIP AQUECIMENTOACEL AR CONDICIONADO ECOLÓGICOACHSE CONSULTORIA E PROJETOSACJ ENERGIA E CLIMATIZAÇÃOACMASUL SISTEMAS DE VENTILAÇÃOACÚSTIKA SUL ENGENHARIAADEMIR SILVAAERODUTO AR CONDICIONADOAGRAZ REFRIGERAÇÃO AGST CONTROLES E AUTOMAÇÃOAIR CLEAN - M C PEREIRA & CIA AIR CONSULT ASSES INST AR CONDAIR CONTROL ASSISTÊNCIA TÉCNICAAIR COOL MANUTENÇÃO E INSTALAÇÃOAIR DATUM ENGENHARIAAIR SHOP EQUIP CONFORTO TÉRMICOAIRSIDE IND COM PROD CLIMATIZAÇÃOALBERT ENGENHARIAALCIDES CAMINHA LEITE ALEXANDRE TOCCHETTOAMANDA LAMIM DOS SANTOS EPPAMBIENTALIS ANÁLISES AMILLPASSOS REFRIGERAÇÃO INDLANDERSON RODRIGUESANNEMOS TECNOLOGIA DE RESFRIAMENTOARCENTRAL SUL SERVIÇOS REFRIGERAÇÃOARCONETARMACELL BRASILARMANT AR CONDICIONADOARMAX AR CONDICIONADO COM SERVARNOLDO CARLOS GONÇALVES BESKOWARSA CONSULTORIA COM REPRESARSELF AR CONDICIONADOARTECH CLIMATIZAÇÃO ARTETEC ARQUITETURA E ENGENHARIABARELLA ENGENHARIA BDS AR CONDICIONADOBELTERM CLIMATIZAÇÃOBENI SOLUÇÕES REFRIG CLIMATIZAÇÃOBERDES SERVIÇOSBERLINERLUFT DO BRASILBRUNNO GLIESE LEMOSBRY-AIR BRASIL CLIMATIZAÇÃOCARAVAGGIO REFRIG E SERVIÇOSCARLOS ANDRÉ SENNA TRINDADECARLOS ERNESTO OSTERKAMP CASC COM INST AR CONDICIONADOCENNTRAL-SUL AR CONDICIONADOCERT ENGENHARIACLEMAR ENGENHARIACLIMA SHOP QUALIDADE AR INTERIORCLIMATIZA COM PRODUTOS SERVIÇOSCLOVIS FERNANDO VASQUEZ AMARO COLD FRIGOR - RER SISTEMAS TÉRMICOSCOLDAR ENGENHARIA E COMÉRCIOCOLDBRASCONCEITO TÉCNICO PROJ PLAN ASSESCONFORTARE AR CONDICIONADOCONSTARCO ENGENHARIA E COMÉRCIOCURTIS CONSULTORIADAIKIN MCQUAY AR COND DO BRASILDAMIANI CLIMATIZAÇÃODANIEL DA SILVA AGUIARDANIEL LIMA RODRIGUESDANNENGE SOLUÇÕES DE ENGENHARIADÁRIO DA ROSA CRUZDEIVI TEIXEIRA HOMEMDELEON DOS REIS VITH DELTAFRIO IND DE REFRIGERAÇÃODI RIENZO COMUNICAÇÃO E EVENTOSDIEGO MENDES DA ROSAECCOSYSTEMS SOLUÇÕES AMBIENTAISECOARSUL HIGIENIZAÇÃO DE DUTOSEDUARDO AZEREDO DA LUZEDUARDO GUS BROFMANEGON WERNER BECKER EJR ENGENHARIAELETRO AR SULELETROCON RS INSTAL E MANUTENÇÃOENCLIMAR ENGENHARIA CLIMATIZAÇÃOENGE REPRESENTAÇÕES TÉCNICASENGEMESTRA ENG MEC E SEG TRABENGENHAR CLIMATIZAÇÃOENGETÉRMICA AR CONDICIONADOEPEX IND COM DE PLÁSTICOS

ERA DO GELO CLIMATIZAÇÃOERISTON DA SILVA MACHADOESCOLA TÉCNICA PROFISSIONALEUROCABLE BRASIL IMP EXPFABIO VIEIRA LUCAS DA COSTAFÁTIMA ROSALI SILVEIRA ALFONSINFLÁVIO RIBEIRO TEIXEIRAFRIGELAR COMÉRCIO E INDÚSTRIAFRIZA COM MAT ELET HIDRÁULICOSFULL GAUGE CONTROLSGBF IND COM EQUIP INDUSTRIAISGLOBUS SISTEMAS ELETRÔNICOSGM AR CONDICIONADOGOOD SERVIÇOS DE CLIMATIZAÇÃOHEATEX BRASIL TROCADORES DE CALORHEITOR MACHADO VICARI JÚNIORHITACHI AR CONDICIONADO DO BRASILIGOR DIAS BARBOSAIMARCON PRESTADORA DE SERVIÇOSINSTATEC INDÚSTRIA METALÚRGICAISOTERM INSTALAÇÕES JOÃO CARLOS BIDEGAIN SCHMITTJOAPE IND EQUIPAMENTOS AMBIENTAISJOHNSON CONTROLS BE DO BRASILJONATAS ASSIS DE AZEVEDOJORGE ISNARDOJOSÉ HAROLDO CARVALHO SALENGUEJOSÉ RADZIUKJOSÉ RENÊ FREITAS GASSENJULIANO NOETZOLDJÚLIO CÉSAR SILVA DA SILVAJULIO ZIMMERMANNKLEBER REPRESENTAÇÕESKLIFT SERVIÇOS DE CLIMATIZAÇÃOKLIMA ENGENHARIAKLIMASUL – JB & MP COM REPRESKOMECO – KOMLOG IMPORTAÇÃOLC PETRY COM IMP EXPLF WOLMANNLG ELETRONICS DA AMAZONIALINDOMAR VIEIRA DA COSTA SILVALUCIANO LOPES SIMÕESLUZITANA AR CONDICIONADOM. CESA COMP AR COND REFRIGMAGNUS RECUP DE COMPRESSORESMARCELO FOSCHIEIRA CHRISTINIMARCELO MACIEL DE SANTA HELENAMARCIO ELAUTÉRIO DE FREITASMARCUS VINÍCIUS SIMIONIMARIO ANTÔNIO REIS DE OLIVEIRAMAURICIO CHAVES PACHECOMAURO ULLMANN CLIMAT REFRIGMEDEIROS ENGENHARIA DE CLIMATIZAÇÃOMERCATO AUTOMAÇÃO - SMART SOLUÇÕESMICHEL MACHADO SEVEROMONOFRIO - HBSR REFRIG DE LÍQUIDOSMONTÉRMICA REFRIG E AR CONDICIONADOMOVA SERVIÇOS ADMINISTRATIVOSMP AUTOMAÇÃOMRI ENGENHARIAMULTITÉCNICA ENGENHARIANEOCLIMA AR CONDICIONADONOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOSOCTO REFRIGERAÇÃO E ELÉTRICAOSCAR DA SILVAPAULA FONSECA WERLANG GRANZOTTOPAULO DE TARSO FONTOURA DA SILVAPAULO OTTO BEYERPAULO RENATO DOS REISPAULO RENATO PEREZ DOS SANTOSPAULO VELLINHO (SÓCIO HONORÁRIO)PEDRO A C RIGOTTI & CIAPEDRO PAULO RITTER FILHOPERTILE AR CONDICIONADOPLANIDUTO AR CONDICIONADOPRODEPRED AUTOMAÇÃOPROJELMEC VENTILAÇÃO INDUSTRIALPROJETOS AVANÇADOS ENGENHARIAPROTÉRMICA CLIMATIZAÇÃOQUAD CLIMA – QUADRANTE SOLUÇÕESQUALITÁ CLIMATIZAÇÃO E HIGIENIZAÇÃOQUIMITEC QUÍMICA INDUSTRIALR7 SERVIÇOS DE CLIMATIZAÇÃORECOM RECUP DE COMPRESSORESRECOMSERVICE SUL

(51) 3557-6001(51) 3325-1065(41) 3332-7025(51) 3375-8200(51) 3307-0713(51) 3672-1091(51) 8424-3645(51) 3314-8919(51) 3462-1519(51) 3475-3308(51) 3352-0333(51) 3205-0555(51) 3451-1600(41) 3667-2010(47) 3366-2733(51) 3472-8732(51) 3012-3842(51) 3671-7640(51) 3446-2597(51) 3061-3968(51) 3465-5530(51) 3209-4342(51) 3205-2555(51) 2102-6200(51) 3496-6416(51) 9978-1008(51) 2121-9114(51) 3341-7548(51) 3731-1111(51) 9225-8009(51) 3367-1059(51) 3712-2941(51) 3341-9171(51) 2117-7855(47) 3206-6772(51) 4103-0525(48) 3027-4600(51) 3470-0505(51) 3414-5460(51) 3206-0210(51) 3673-1570(51) 3086-4035(51) 3343-2099(51) 3338-7439(51) 3473-3540(51) 3237-5209(51) 3279-7563(51) 9976-7960(51) 3208-2958(51) 8192-2120(51) 8256-2384(51) 3013-5141(51) 3012-7644(51) 3032-1777(51) 3635-4591(51) 3458-1222(51) 3435-4007(51) 8307-7375(51) 3551-0737(51) 3471-5532(51) 3336-4669(51) 3061-5040(51) 3323-3600(51) 3428-7065(48) 3381-9276(51) 3024-3235(51) 3221-6766(51) 3308-3928(51) 3028-1460(51) 3320-3584

(51) 3303-6784(51) 3332-8133(51) 3464-1201(51) 3336-2633(51) 3477-1302(51) 3451-5100(51) 3330-6400(48) 3015-4659(51) 3086-4312(51) 3476-5468(41) 3668-2055(47) 3328-2808(51) 3343-9254(51) 3065-6701

lista de associados

(41) 3366-2939(51) 3211-4530(51) 3037-3021(51) 3041-4845(51) 3013-4289(51) 3344-1188(51) 3347-7079(51) 3343-4983(51) 3751-2691(51) 3343-8875(51) 3426-1676(41) 3668-5510(51) 3217-9591(51) 3478-4323(51) 3326-1933(51) 3094-2888(51) 3473-6258(51) 3342-3905(55) 9105-0612(51) 3357-2225(47) 3323-3277(48) 3028-3069(51) 35815-456(51) 3212-3490(51) 3319-1944(51) 3898-0724(41) 3032-4390(12) 3648-6900(51) 3085-8050(51) 3339-2931(51) 3222-8966(51) 3332-1820(51) 3337-3434(51) 3033-2912(51) 3341-4934(51) 3314-8755(51) 3337-3355(51) 9115-1572(51) 3065-4616(51) 3279-1283(51) 3589-3912(51) 3472-3190(41) 3698-2222(55) 3421-1941(51) 3037-3224(51) 3036-6060(51) 3273-0525(51) 3286-1366(51) 3711-7889(48) 3331-3000(48) 3028-2825(51) 3059-9090(51) 9164-8667(51) 3074-9997(51) 3343-3315(51) 3303-2222(51) 3221-2137(51) 3311-0000(11) 3933-5000(51) 3028-2945(51) 3237-3050(41) 3074-1144(51) 3109-3765(51) 3362-6427(48) 3333-3002(51) 3741-7929(51) 9274-3000(51) 3529-5062(51) 3536-1551(11) 3542-0202(51) 9540-9653(51) 3307-6597(51) 3221-2729(51) 3242-2771(51) 3331-6615(51) 3259-1695(51) 3346-1205(51) 3340-1247(51) 3034-6434(44) 3371-2841(51) 3737-7751(51) 3061-3935(51) 3594-7830(51) 3342-5433(47) 3334-3100

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REFRIGERAÇÃO CAPITALREFRIGERAÇÃO DE CONTOREFRIGERAÇAO DUFRIO COM IMPREFRIGERAÇÃO ELÉTRICA D’LUXREFRIGERAÇÃO PEZZOL REFRIGERAÇÃO TUDO FRIOREFRIMAK PEÇAS E SERVIÇOSRICARDO MARQUES SANTIAGORIMA ENGENHARIARODOLFO THOZESKI KRAMMROGER MERG SARAIVARONALDO MULLERRONI DE LIMA SANTOSS & P BRASIL VENTILAÇÃO - OTAMSÃO CARLOS AR CONDICIONADOSCHEIN GESTÃO EMPRESARIALSERRAFF IND TROCADORES DE CALORSICTELL IND COM PROD ELET METALSILVIO DE MACEDO MARQUESSISTAVAC SISTEMAS HVAC-R DO BRASIL SÓ FRIO IND COM DE REFRIGERAÇÃOSOCLAM AR CONDICIONADOSONIA BEATRIZ CAMARGO SUGUIMATISPM ENGENHARIASPRINGER CARRIERSR REFRIGERAÇÃO E MANUTENÇÃOSR SERVIÇOS DE CLIMATIZAÇÃOSUL CLIMA ENGENHARIASUL FRIO REFRIGERAÇÃOSULCESAR REPRESENTAÇÕES

(51) 3326-2366(51) 3336-1920(51) 3778-7555(51) 3476-5786(51) 3386-1060(51) 3443-8845(51) 3473-6388(51) 3338-1755(51) 3337-8989(51) 3423-4280(51) 8131-9604(51) 3047-3323(51) 3319-7275(51) 3349-6363(51) 3473-9417(51) 3337-1118(51) 3716-1448(47) 3452-3003(51) 3391-6502(51) 3344-8122(51) 3261-9282(51) 3217-1948(51) 3223-6617(51) 3332-1188(11) 5585-2199(51) 3261-4874(51) 2111-7980(51) 3032-1129(55) 3026-2170(51) 3337-1857

SUPERMERCADOS GUANABARATEC AR COM DE AR CONDICIONADOTECNOENGE AR CONDICIONADOTECNOLÓGICA CONFORTO AMBIENTALTECNOSOL APARELHOS TÉRMICOSTELCO EQUIP DE REFRIGERAÇÃOTELEINFORMÁTICA SUL TEMPCONFORT ENG DE CLIMATIZAÇÃOTERMOPROL ZANOTTI DO BRASILTESTONI IND E COM – GTA DO SULTHIAGO DOS SANTOS FERREIRA TIAGO BERNARDO DE MATTOSTIAGO JOSÉ BULLATIMÓTEO FERNANDES DE SOUZATOQUE & CLIMA - DENTECK AR CONDTOSI INDÚSTRIA E COMÉRCIOTOTALINE - PEÇAS EQUIP REFRIG AR CONDTRANE INGERSOLL RANDTROMPOWSKY REPRES COMERCIAISUDO ADOLFURANUS AR CONDICIONADOVALAYR WOSIACK (SÓCIO HONORÁRIO) VERTICON SERVIÇOS E COMÉRCIOVIDALAR PROJETOS INSTALAÇÕES AR CONDVITOR REFRIGERAÇÃOVOLTYS SOLUÇÕES EM CLIMATIZAÇÃOVRF ENGENHARIA DE CLIMATIZAÇÃOWELLINGTON RODRIGUES VIEIRAYBEMAC AR CONDICIONADO

(51) 3230-1200(51) 3032-5452(51) 3347-6328(48) 3240-0505(47) 3371-1679(51) 3354-6797(51) 3084-0620(51) 3362-6427(51) 3341-4805(51) 3341-4411(51) 3340-5828(51) 3364-3963(51) 3231-2144(51) 8122-0623(51) 3762-4010(11) 4529-8900(51) 3337-4466(51) 3337-1188(48) 9185-9494(51) 9985-3254(51) 3222-8654

(51) 3118-0173(49) 3319-9300(51) 3561-2534(54) 3435-1279(41) 3073-5701(51) 9900-4790(51) 3337-7390

AIR CONTROL ASSISTÊNCIA TÉCNICA (RS)ARCENTRAL SUL SERVIÇOS REFRIGERAÇÃO (RS)BENI SOLUÇÕES REFRIG CLIMATIZAÇÃO (RS)BRUNNO GLIESE LEMOS (RS)BRY-AIR BRASIL CLIMATIZAÇÃO (PR)CLOVIS FERNANDO VASQUEZ AMARO (RS)DANIEL DA SILVA AGUIAR (RS)

DANNENGE SOLUÇÕES DE ENGENHARIA (SC)DIEGO MENDES DA ROSA (RS)ECOARSUL HIGIENIZAÇÃO DE DUTOS (RS)EDUARDO GUS BROFMAN (RS)ERA DO GELO CLIMATIZAÇÃO (RS)HEITOR MACHADO VICARI JÚNIOR (RS)JONATAS ASSIS DE AZEVEDO (RS)

JOSÉ RENÊ FREITAS GASSEN (RS)MARCIO ELAUTÉRIO DE FREITAS (RS)MARIO ANTÔNIO REIS DE OLIVEIRA (RS)MAURICIO CHAVES PACHECO (RS)MOVA SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS (RS)OSCAR DA SILVA (SC)QUALITÁ CLIMATIZAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO (RS)

R7 SERVIÇOS DE CLIMATIZAÇÃO (SC)RONALDO MULLER (RS)SILVIO DE MACEDO MARQUES (RS)SUL FRIO REFRIGERAÇÃO (RS)VERTICON SERVIÇOS E COMÉRCIO (RS)WELLINGTON RODRIGUES VIEIRA (RS)

BOAS VINDAS AOS NOVOS ASSOCIADOS DA ASBRAV

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