revista anibal cunha nº3

EDITORIAL

UNIVERSIDADE DO PORTO, UMA HISTÓRIA DEDICADA À EDUCAÇÃO E A CIÊNCIA

ENTREVISTA COM HERMINIO TAVARES

LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA

EMPREENDEDORISMO

O VITRAL

ENTREVISTA COM FRANCISCO CARVALHO GUERRA

PRÉMIO INCENTIVO ’14

PUBLICAÇÕES

UM CAFÉ COM JOEL FONSECA

ACONTECEU

AGENDA

FICHA TÉCNICA

Edição:CONSELHO PEDAGÓGICOFaculdade de Farmácia Universidade do Porto - FFUPRua de Jorge Viterbo Ferreira n.º 228, 4050-313 PORTO Tel. +351 220 428 500Fax 351 222 062 232E-mail: [email protected]: www.ff.up.pt

Produção de contéudos:Fernando RemiãoCarlos AfonsoGeorgina Correia da Silva Paulo Jorge Costa Marta Correia da SilvaMiguel Martins

Design:FFUP · Joana MacedoImpressão e acabamento:Clássica, Artes Gráficas SA - Porto

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REVISTA ANIBAL CUNHA | 1 |


ENTREVISTA COM CARVALHO GUERRA


“O meu curso permitiu-me obter rapidamente uma visão muito abrangente acerca do mundo dos medicamentos”

É preciso voltar a lutar para retomar a Propriedade das Farmácias.

A Universidade do Porto é uma das universidades mais prestigiadas a nível nacional e internacional e sem dúvida que tem um papel essencial na minha educação

EMPREENDEDORISMO

O VITRAL

PUBLICAÇÕES

ACONTECEU

UM CAFÉ COM... JOEL FONSECA


A FARMA|inove quer estabelecer pontes de contacto entre os setores académico e empresarial nas vertentes da Indústria Farmacêutica, Alimentar, Química e Biológica

A instalação do vitral nas novas instalações da Faculdade foi concluída no dia 20 de agosto de 2013.

De outubro de 2013 até junho de 2014

Estudante de Pós-Doutoramento - João Fernandes - premiado no 51st ERA-EDTA (European Renal Association and European Dialysis Association) Congress.

...Passatempos preferido, Ir para a cozinha e desligar do Mundo…

O objetivo global é a aquisição de conhecimentos sobre os mecanismos fisiopatológicos de algumas doenças, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de novas terapêuticas.

U. PORTOUMA HISTÓRIA DEDICADA À EDUCAÇÃO E À CIÊNCIA

| 2 | REVISTA ANIBAL CUNHA

EDITORIAL

A U. Porto inicia uma nova fase da sua já longa histó-ria. A recente eleição do Professor Sebastião Feyo de Azevedo como novo Reitor da Universidade, a apro-vação de uma revisão dos estatutos da Universidade, assim como a eleição de novos elementos para os ór-gãos de governo de cada uma das unidades orgânicas levará seguramente a uma renovação das ideias, das ambições, dos objetivos e até do funcionamento da U. Porto. A FFUP não passará ao lado deste processo e, por isso, o tema de capa centra-se um pouco na história da U. Porto, na sua missão e nos valores que defende, na sua estrutura orgânica, no tipo de profes-sores, estudantes e funcionários, além do seu papel na formação e na atividade científica. A posição da FFUP na U. Porto só nos pode fazer orgulhar, como demons-tra o quadro da produção científica por doutorado nas diferentes unidades orgânicas. Mas a revista traz mais, já em tradição tem uma entrevista a uma referência na nossa Faculdade, assim como a um alumini de sucesso. Desvendamos um pouco do Laboratório de Farmacologia e contamos a história, pelo Prof. Sena Esteves, da mudança do vitral. Não deixamos de dar destaque também aos nossos estudantes premiados e ao empreendedorismo e ao grande congresso que se avizinha 60th IPSF World Congress.

FERNANDO MANUEL GOMES REMIÃO

Presidente do Conselho Pedagógico UNIVERSIDADE DO PORTO, UMA HISTÓRIA


A Universidade do Porto (U. Porto) constituída a 22 de Março de 1911, logo após a implantação da República em Portugal, é atualmente a mais destacada instituição de ensino e investigação científica do país e uma das melhores universidades da Europa. A atestar esta afirmação, destaca-se a posição cimeira da U. Porto, compa-rativamente às demais em Portugal, nos principais “Rankings” internacionais.

UNIVERSIDADE DO PORTO, UMA HISTÓRIA DEDICADA À EDUCAÇÃO E A CIÊNCIA

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

POSIÇÃO NO MUNDO 403-510 402-503 402-501 401-500 301-400 301-400 301-400

POSIÇÃO NA EUROPA 173-208 169-210 171-208 169-204 124-164 124-158 127-164

POSIÇÃO EM PORTUGAL 1* 1* 1* 1* 1 1 1-2* A par com a Universidade de Lisboa

ACADEMIC RANKING OF WORLD UNIVERSITIES (Shangai Jiao Tong University)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

POSIÇÃO NO MUNDO 459 375 332 328 320 318 296

POSIÇÃO NA EUROPA 195 161 140 141 141 137 126

POSIÇÃO EM PORTUGAL 1 1 1 1 1 1 1

PERFORMANCE RANKING OF SCIENTIFIC PAPERS (National Taiwan University)

2010 2011 2012 2013

POSIÇÃO NO MUNDO 250 301-350 351-400 351-400

POSIÇÃO NA EUROPA 106 130-156 154-180 157-181

POSIÇÃO EM PORTUGAL 1 1 1 1

TIMES HIGHER EDUCATION (THE) WORLD UNIVERSITY RANKINGS


A U. Porto alia, no entanto, a sua modernidade a um percurso histórico notável, com raízes na Aula de Náutica criada por D. José I em 1762. É ainda nes-se século que surge a Aula de Debuxo e Desenho (1779). Já no século XIX, formam-se a Academia Real da Marinha e Comércio (1803) e a Escola Médica do Porto (1825) que juntamente com a Real Escola de Cirurgia origina em 1836 na Escola Médico-Cirúrgica. Em 1837 forma-se a Academia Politécnica e em 1881 a Escola Portuense de Belas Artes. No entanto, é no século XX que surgirá uma diversificação de saberes e autonomização de escolas, com a formação em 1915 da Faculdade Técnica (rebatizada em 1926 de Faculdade de Engenharia), em 1919 da Faculdade de Letras e em 1921 da nossa Faculdade de Farmácia. A Faculdade de Economia surge em 1953 e só mais recentemente, após Abril de 74, surgem as escolas Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (1975), Faculdade de Desporto (1975), Faculdade de Psicolo-gia e de Ciências da Educação (1977), Faculdade de Arquitetura (1979), Faculdade de Medicina Dentária (1989), Faculdade de Ciências da Nutrição e da Ali-mentação (1992), Faculdade de Belas Artes (1992) e Faculdade de Direito (1994). Hoje, a Universidade do Porto conta com catorze faculdades e uma escola de pós-graduação, a Escola de Gestão do Porto, criada em 1988 e cuja designação passou a ser Escola de Negócios da Universidade do Porto a partir de 2008.

Os estudos de Farmácia surgiram ao mesmo tempo que a instituição das escolas Médico-Cirúrgicas de Lis-boa e do Porto. O Decreto de 29 de Dezembro de 1836, que as criou, determinava que “em cada uma das Es-colas Médico-Cirúrgicas haverá anexa uma Escola de Farmácia”. O ensino farmacêutico sofreu uma reforma digna de referência pela Carta de Lei de 19 de Julho de 1902, passando a ser “para todos os efeitos, conside-rado como ensino superior”, embora continuando a ser ministrado nas escolas de Farmácia anexas à Fa-culdade de Medicina de Coimbra e às escolas Médico--Cirúrgicas de Lisboa e Porto. Pouco tempo depois, o extenso regulamento, aprovado por Decreto de 27 de Novembro do mesmo ano, veio dar enquadramento legal e funcional às escolas de Farmácia, inserindo-as

no regime vigente para as escolas de ensino superior. Mais tarde, em 1921, pelo Decreto nº 7.238, de 18 de Janeiro, ocorreu a promoção da antiga Escola de Farmácia a Faculdade que já conferia o grau de licen-ciado desde 1919. A Faculdade de Farmácia passou a ter como objetivo: “ministrar o ensino profissional de farmácia e de química, a cultura e o progresso de todos os ramos da farmácia e ciências afins”. Em 1926 e em 1931 ocorreram reformas do curso, sendo que esta última durou até 1978, ano em que foi criada a licenciatura em Ciências Farmacêuticas e em que ocor-reram substanciais mudanças curriculares, bem como alterações orgânicas na própria Faculdade.

Atualmente a U. Porto apresenta-se como uma funda-ção pública de direito privado, que goza de autonomia estatutária, pedagógica, científica, cultural, adminis-trativa, financeira, patrimonial e disciplinar. Com uma organização compreendida em Unidades Orgânicas (Faculdade ou Instituto de Investigação); Subunidades Orgânicas (Departamentos); Agrupamento de Unida-des Orgânicas (de índole estratégica que promovam e incentivem a internacionalização e interdisciplina-ridade nas atividades de formação, incluindo pós--graduada, investigação e desenvolvimento; Reitoria (apoio central à governação da Universidade) e Servi-ços Autónomos (assegura funções ao nível central da Universidade). Segundo os seus estatutos (ponto 1 do artigo 1º), a U. Porto tem como missão:

• A formação no sentido global - cultural, científica, técnica, artística, cívica e ética - no quadro de pro-cessos diversificados de ensino e aprendizagem, visando o desenvolvimento de capacidades e com-petências específicas e transferíveis e a difusão do conhecimento;

• A realização de investigação científica e a criação cultural e artística, envolvendo a descoberta, aqui-sição e desenvolvimento de saberes e práticas, de nível avançado;

• A valorização social do conhecimento e a sua trans-ferência para os agentes económicos e sociais, co-mo motor de inovação e mudança;

• O incentivo ao espírito observador, à análise obje-

2009 2010 2011 2012 2013

POSIÇÃO NO MUNDO 278 265 254 228 205

POSIÇÃO NA EUROPA 95 90 77 76 61

POSIÇÃO EM PORTUGAL 2 1 1 1 1

THE SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS (Ranking IberoAmericano)

2008 2009 2010 2011 2012 2013

POSIÇÃO NO MUNDO 500+ 501-600 451-500 401-450 401-450 343

POSIÇÃO NA EUROPA 222 220 202 185-203 177-194 157

POSIÇÃO EM PORTUGAL 4 3 3 2 2 1

QS (Quacquareli Symonds) WORLD UNIVERSITY RANKINGS


tiva, ao juízo crítico e a uma atitude de problema-tização e avaliação da atividade científica, cultural, artística e social;

• A conservação e divulgação do património científico, cultural e artístico para utilização criativa dos espe-cialistas e do público;

• A cooperação com as diversas instituições, grupos e outros agentes numa perspetiva de valorização recíproca, nomeadamente através da investigação aplicada e da prestação de serviços à comunidade;

• O intercâmbio cultural, científico, artístico e técnico com instituições nacionais e estrangeiras;

• A contribuição, no seu âmbito de atividade, para a cooperação internacional e para a aproximação en-tre os povos.

E não menos importante assegura os seguintes valo-res (artigo 2º):

• A U. Porto proporciona condições para o exercício da liberdade de criação científica, cultural, artística e tecnológica, assegura a pluralidade e livre expressão de orientações e opiniões e promove a participação de todos os corpos universitários na vida académica comum;

• A U. Porto pauta a sua atuação por elevados padrões éticos;

• A U. Porto cultiva o rigor, a transparência e a qua-lidade, preocupando-se de modo particular com o reconhecimento do mérito;

• A U. Porto assegura igualdade de acesso e tratamen-to, independentemente de questões de género e de ordem social, política, étnica ou religiosa;

• A U. Porto obriga-se, nos termos da lei, a eliminar todos os fatores que constituam desvantagens à vi-vência, dentro da Universidade, dos cidadãos por-tadores de deficiências;

• A U. Porto preocupa-se com a realização pessoal de todos os que a integram;

• A U. Porto promove a inovação, propiciando um am-biente estimulador da criatividade e de uma atitude empreendedora dos seus membros.

• A U. Porto pugna por um desenvolvimento ambien-tal, económico e social sustentável.

A U. Porto está organizada em 3 polos (ver quadro) e 14 Faculdades que desde 1911 até à Atualidade são:

Faculdade de Ciências (1911)

Faculdade de Medicina (1911)

Faculdade de Letras (1919 - 1928, 1961)

Faculdade de Farmácia (1921)

Faculdade de Engenharia (1926)

Faculdade de Economia (1953)

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (1975)

Faculdade de Arquitetura (1979)

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (1980)

Faculdade de Desporto (1989)

Faculdade de Medicina Dentária (1989)

Faculdade de Belas Artes (1992)

Faculdade de Direito (1994)

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (1999)

Pelas suas escolas, a U. Porto oferece uma larga varie-dade de cursos (ver quadro), que abrangem todos os níveis de ensino superior e todas as grandes áreas do conhecimento. A oferta formativa ao nível de licencia-tura, mestrado e doutoramento, encontra-se adequada ao modelo definido no âmbito do Processo de Bolonha (3 ciclos).

Os cursos são lecionados por cerca de 2300 docentes, doutorados (mais de 80%) apoiados por 1600 fun-cionários. Nos acima de 600 cursos oferecidos, são preenchidas cerca de 99% das mais de 4000 vagas de acesso na 1ª fase do concurso nacional, 65% na 1ª opção e maioritariamente por estudantes do sexo fe-minino (55%). Dos 31000 estudantes que frequentam os seus cursos, 4000 são bolseiros e todos os anos a U. Porto recebe mais de 3700 estudantes estrangeiros de 146 diferentes países do mundo através de progra-mas de mobilidade, a exemplo do Programa Erasmus ou Santander-Universidades. A U. Porto tem mais 200 estudantes com o estatuto de estudante-atleta, res-ponsáveis por mais de 140 medalhas conquistadas nos Campeonatos nacionais Universitários, das quais cerca de 60 são de ouro.

Ao nível da investigação, a U. Porto possui 51 unida-des de investigação, das quais 9 são Laboratórios As-

3 POLOS

14 FACULDADES

1 BUSINESS SCHOOL

51 UNIDADES DE INVESTIGAÇÃO

16 BIBLIOTECAS

14 MUSEUS

636 CURSOS

35 LICENCIATURA -1ºCICLO

18 MESTRADO INTEGRADO

139 MESTRADO - 2º CICLO

15 ESPECIALIZAÇÃO E ESTUDOS AVANÇADOS

95 DOUTORAMENTO - 3º CICLO

334 FORMAÇÃO CONTÍNUA


sociados, 27, unidades avaliadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) com excelente ou muito bom e 15 com bom. A U. Porto é o maior produtor de Ciência em Portugal, sendo responsável por mais de 23% dos artigos científicos portugueses indexados anualmente na ISI Web of Science. Segundo os dados mais recentes do Serviço de Melhoria Contínua da U. Porto, no quinquénio 2008-2012, a distribuição da produção científica, considerando todos os tipos de documentos e documentos citáveis, por área científica é representada na figura:

Na U. Porto, cada doutorado publicou em 2012 em média 2,3 documentos (de todos os tipos), sendo 1,9 docu-

1%4%3%

38%

18%

20%

16%

PAPER ISI-WOS 2008-2012, POR ÁREA FOS

HUMANITIES – 73,0 – 1%

SOCIAL SCIENCES – 561,0 – 4%

AGRICULTURAL SCIENCES – 406,8 – 3%

MEDICAL AND HEALTH SCIENCES – 5293,4 – 38%

ENGINEERING AND TECHNOLOGY – 2145,9 – 16%

NATURAL SCIENCES – 2823,6 – 20%

EXACT SCIENCES – 2556,4 – 18%

2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL

FAUP 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,3

FBAUP 0,2 0,1 0,0 0,0 0,0 0,3

FCUP 2,0 2,0 2,5 2,8 3,0 12,4

FCNAUP 1,6 2,1 1,7 2,4 2,5 10,6

FADEUP 0,0 0,3 0,2 0,1 0,1 7,2

FDUP 0,0 0,3 0,2 0,1 0,1 0,6

FEP 0,5 0,5 0,4 0,4 0,7 2,4

FEUP 1,0 1,1 1,3 1,4 1,7 6,5

FFUP 2,4 2,6 2,7 3,3 4,0 15,0

FLUP 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,4

FMUP 2,2 2,4 2,7 2,7 3,2 13,3

FMDUP 0,3 0,3 0,5 0,7 0,8 2,6

FPCEUP 0,2 0,5 0,4 0,4 0,6 2,1

ICBAS 2,6 3,1 3,1 3,4 3,9 16,2

TOTAL U.PORTO 1,2 1,3 1,5 1,7 1,9 7,6

EVOLUÇÃO 2008 - 2012 DO RÁCIO DOCUMENTO CITÁVEL ISI - WOS POR DOUTORADO ETI POR FACULDADE

mentos citáveis. Se considerarmos o quinquénio 2008-2012, o mesmo indicador assumiu o valor de 9,6, com 7,6 citáveis. Verificam-se grandes diferenças entre as faculdades, sendo que em 2012, os rácios mais elevados, contabilizando todos os tipos de documentos, são 5,5 do ICBAS e FMUP, 4,8 da FFUP e 3,5 da FADEUP; mas con-tando apenas os documentos citáveis temos 4,0 da FFUP, 3,9 do ICBAS, 3,2 da FMUP e 3,0 da FCUP (ver figura)

Além disso, na figura pode observar-se o aumento da produção científica ao longo do tempo, o que demonstra a capacidade de desenvolvimento da U. Porto. Orgulhosamente, a FFUP sai bem na fotografia.


Concluí o Ramo de Indústria em 1989 e em 1992 fiz as cadeiras necessárias para ter a equivalência ao Ramo de Oficina.

A FFUP nos anos ‘80 era um lugar muito acolhedor (e espero que continue), as instalações eram na rua Aníbal Cunha e havia uma camaradagem muito grande entre os alunos, passávamos muito tempo juntos, mesmo depois das aulas e entre as aulas, os espaços do bar e proximidades estavam sempre cheios, a mesa de Pingue--pongue era uma das atrações da Faculdade! Passei aí excelentes tempos, e fiz grandes amizades.

E também apreendi aí algumas coisas muito úteis!


DIRETOR PRESIDENTE ULTRAFARMA SAÚDE LTDA (BRASIL)

Licenciatura em Ciências Farmacêuticas, Universidade do Porto.

COMO SURGIU A OPORTUNIDADE DE TRABALHAR FORA DO PAÍS? PORQUE ESSA OPÇÃO?

Na verdade a minha saída da Europa foi uma coin-cidência: A empresa onde eu trabalhava desde 1994 (Alemã), em 2008-2009 resolveu investir no Brasil e acabou por comprar, nessa época, uma participação majoritária numa grande empresa brasileira.

Como não havia muitos alemães que falassem portu-guês, foi-me proposto vir para cá durante alguns anos, o que aconteceu em 2009 e já cá estou desde então.

Acabei por ficar no conselho de administração e co-mo vice-presidente executivo do grupo no Brasil até Dezembro de 2012 e desde Janeiro de 2013 acabei por mudar para uma empresa local…

Ou seja, essa opção de sair não foi propriamente pre-meditada, aconteceu naturalmente.

CONSIDERA QUE A FORMAÇÃO QUE OBTEVE FOI IMPORTANTE PARA A SUA CARREIRA ATUAL? QUE MELHORIAS PROPUNHA NA FORMAÇÃO DOS FAR-MACÊUTICOS RELATIVAMENTE AO SEU TEMPO?

A minha formação como farmacêutico, foi muito im-portante para o desenvolvimento da minha carreira e acho o curso de Ciências Farmacêuticas (logicamente falo do formato que tive) bastante completo.

O meu curso permitiu-me obter rapidamente uma visão muito abrangente acerca do mundo dos me-dicamentos - claro que o grosso dos conhecimentos práticos se adquirem durante a vida ativa, mas isso é quase automático - deu-me uma bagagem teórica muito importante, não apenas no que se refere aos as-petos técnicos, mas também uma lógica e uma forma de pensar bastante pragmática e detalhista.

Também acho que me ajudou a ter uma forma de abor-dar os assuntos com uma grande curiosidade e vontade de encontrar novas soluções, pensamento esse que é muito útil na maioria dos processos de gestão.

POR PAULO COSTA


Não conheço a reforma pós-Bolonha, no entanto, rela-tivamente à da minha época, acho que se tivesse mais umas cadeiras de matemática não se perdia nada… uma coisa curiosa e hoje em dia até engraçada: no meu curso não havia nenhuma cadeira de informática.

ACHA QUE A OPÇÃO QUE TOMOU NO PASSADO CONTINUA A FAZER SENTIDO HOJE? DEVERÃO OS JOVENS FARMACÊUTICOS APOSTAR NUMA CAR-REIRA INTERNACIONAL?

Acho que o mundo de hoje está definitivamente globa-lizado - logo já nem é questão de apostar ou não nessa “carreira internacional” - pode ser necessário deslocar--se, por isso acho que se devem manter em aberto todas as opções, para evitar surpresas.

Eu, pessoalmente, nunca pensei muito acerca dos as-pectos geográficos ligados à minha carreira, mas se a pessoa não está disponível para aceitar desafios fora do seu “quintal” obviamente vai perder oportunidades.

Não falo apenas das oportunidades “monetárias”, mas principalmente das oportunidades de aprendizagem, da abertura de horizontes, dos contactos com outras cultu-ras e outras experiências, isso pode contribuir bastante para nos dar uma perspectiva mais completa acerca do nosso potencial.

E, na minha opinião, vendo a coisa pelo lado prático: hoje, dada a situação do país e do mercado de traba-lho, faz todo o sentido pensar nessa possibilidade de migração… e não vejo nenhuma catástrofe nisso, eu pessoalmente acho que devemos procurar o melhor, esteja ele onde estiver.

Mas não se pense que existem facilidades só por ser no estrangeiro - há é um maior número de oportunidades.

COMO VÊ A SITUAÇÃO PROFISSIONAL DOS GRADUA-DOS EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS NA EUROPA OU NO MUNDO?

Acho que na Europa o curso de Farmácia e a classe farma-cêutica em geral gozam de prestígio e reconhecimento.

Creio que para isso, contribuiu bastante o enquadra-mento histórico da farmácia na Europa continental, principalmente no que toca à propriedade e abertura de lojas, além de que, talvez pela grande duração do curso na maioria dos países, os profissionais eram muito bem preparados e normalmente tinham bastan-tes possibilidades de progressão nas suas carreiras.

Por outro lado, em países como o Brasil o farmacêu-tico não goza de grande diferenciação positiva, e o sucesso ou insucesso profissional dependem muito mais da pessoa...

QUAL O PRINCIPAL CONSELHO QUE DÁ AOS ATUAIS ESTUDANTES DA FFUP?

Acho mesmo que não sou a melhor pessoa para dar conselhos, mas há meia dúzia de coisas básicas que vão fazer a diferença na tua carreira profissional:

Conhecimento: Numa era em que está tudo disponível no Google, a pessoa acaba por descurar a aprendiza-gem… Esse é um dos maiores erros - estuda bastante (ou pelo menos aprende bastante) aproveita a faculdade!

Dinâmica, energia e imaginação: Se não fores uma pessoa com iniciativa e não tiveres garra para fazer que é preciso ser feito na hora, vais ter muitas difi-culdades…

Senso comum e integridade: Normalmente quem vai pelos caminhos que parecem ser muito fácies acaba por não chegar muito longe.

O bom é inimigo do ótimo: Não deixes a situação ficar bloqueada por não saberes qual a solução ideal; “toca o navio” da melhor forma que souberes.

Privilegia a experiência à remuneração… Os desafios mais interessantes são os que te dão conhecimento e experiência: Pensa neles como investimentos no teu futuro.

A sorte faz-se!

DOCENTES:

Glória Queiroz (Responsável) Jorge Gonçalves

Paula Fresco

Carmen Diniz

Jorge Oliveira

Manuela Morato

Clara Quintas

ASSISTENTES CONVIDADOS:

Ana Filipa Sardo

Maria Sofia Rocha

Joana Beatriz Sousa

TÉCNICOS:

Maria do Céu Pereira

Mónica Caldas




ATIVIDADE PEDAGÓGICA No laboratório de Farmacologia é proporcionado aos estudantes um ensino de elevada qualidade, numa área fundamental para o exercício da atividade farmacêu-tica. A atividade letiva desenvolvida, no contexto das unidades curriculares de Anatomia-Histologia, Fisio-logia, Farmacologia básica e clínica, Fisiopatologia e Farmacoterapia, e de formação complementar, nas unidades curriculares de Cuidados Farmacêuticos, Al-vos Terapêuticos na Doença Vascular e Neurociência Molecular e Celular, tem por objetivo proporcionar aos estudantes do MICF a compreensão dos mecanismos de ação dos fármacos em todo o organismo e os fun-damentos necessários para estudar os mecanismos celulares e moleculares envolvidos nas doenças e res-petivas terapêuticas farmacológicas, dotando os futuros farmacêuticos com as competências essenciais para orientação dos pacientes no uso racional dos fármacos e adesão a abordagens terapêuticas adequadas para a saúde humana através do uso de medicamentos segu-ros, eficazes e económicos. Os docentes do Laboratório de Farmacologia também participam em áreas do ensino avançado como por exem-plo no Mestrado de Análise Clínicas da FFUP (unidade curricular de Patologia e Semiologia Laboratorial) e em diversas unidades curriculares do Curso Doutoral de Far-macologia e Toxicologia Experimentais e Clínicas recen-temente implementado e resultante de uma colaboração entre as Faculdades de Medicina, Farmácia e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da U. Porto.

ATIVIDADE CIENTÍFICA O Laboratório de Farmacologia realiza pesquisa básica e aplicada em diferentes áreas de Ciências da Saúde. O objetivo global é a aquisição de conhecimentos sobre os mecanismos fisiopatológicos de algumas doenças, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. As nossas principais áreas de pesquisa incluem:• Modulação da sinalização purinérgica neuronal e glial Estudo do papel dos recetores de adenosina e P2 na modulação da libertação de noradrenalina e o seu papel na fisiopatologia de doenças de foro neurológico, no sis-tema nervoso central. Estudo do papel dos recetores P2 gliais na resposta inflamatória observada na isquemia e em doenças neurodegenerativas nas quais as células gliais desempenham um papel crucial com respostas que incluem a astrogliose e microgliose que podem contribuir para a reparação dos circuitos neuronais ou causar neurodegeneração.• Mitocôndria e neurodegeneraçãoEstudo do papel fisiológico desempenhado por mito-côndrias do cérebro no contexto de doenças neurode-generativas, como as doenças de Huntington, Alzhei-mer e Parkinson. O objetivo é ter uma visão sobre a fisiopatologia da doença e fornecer prova de conceito para novas estratégias farmacológicas com potencial neuroprotetor. Nestes estudos são utilizadas técni-cas de microscopia de fluorescência com aquisição de imagem em tempo real, recorrendo à monitoriza-ção de vários parâmetros como: alterações de cálcio


intracelular, potenciais de membrana mitocondrial, e dinâmica de tráfico mitocondrial em neurónios vivos.• Bioensaios para triagem farmacológica e a toxicidade de novos fármacos • Desenvolvimento de bioensaios com células de ma-míferos, tecidos e outros modelos do organismo (por exemplo, peixe-zebra e Drosófila), para triagem far-macológica e toxicidade de moléculas individuais e matrizes biológicas mais complexas.• Estudo de mecanismos fisiopatológicos em doenças cardiovasculares Estudo do papel fisiopatológico do sistema renina--angiotensina (SRA) direcionado às mudanças de para-digma da RAS (RAS sistémica, local e intracelular) e a componentes emergentes (alamandine, angiotensina 1-7, ACE2, adenosina), com especial interesse na res-posta inflamatória e stress oxidativo que caracteriza doenças como a hipertensão, o acidente vascular ce-rebral e a diabetes. Estudo do papel fisiopatológico de recetores de adenosina vasculares, vias de sinalização e contribuição para os mecanismos que mantêm as artérias dilatadas em condições normais em vários modelos de doenças tais como a hipertensão e ate-rosclerose. Especial atenção é dada também à relação destes mecanismos com outros fatores, tais como NO ou angiotensina II, usando uma variedade de técnicas para estudar a função vascular e reatividade vascular pré-sináptica e pós-sináptica.• Novas abordagens terapêuticas no cancroEstudo do papel dos recetores de adenosina na pa-togénese do cancro e como novos alvos terapêuti-cos. Estudo do padrão de expressão dos recetores da adenosina em diferentes células tumorais, de forma a definir qual o subtipo (s) mais eficaz no auxílio do controlo do crescimento de tumores. Rastreio dos efei-tos anti-angiogenicos/anti-tumorigenicos mediados por moléculas novas. Desenvolvimento de bioensaios para pesquisar os efeitos anti-angiogénicos mediados por moléculas novas com propriedades anticancerí-genas e os efeitos anti-tumorais dessas moléculas em diferentes tipos de cancro.Alguns projetos são multidisciplinares, abrangendo domínios científicos transversais e têm sido desen-volvidos em colaboração com grupos de investigação nacionais e internacionais.

INTERNACIONALIZAÇÃO O Laboratório de Farmacologia tem colaborado ativa-mente em vários programas de mobilidade internacional de estudantes como por exemplo o Programa Erasmus, recebendo estudantes provenientes de diversos países para participar nas atividades científicas em curso. Paralelamente tem estabelecido várias colaborações de âmbito científico com diversas instituições inter-nacionais no Reino Unido, Espanha, Brasil e Suécia como por exemplo: Consortion of Mitochondrial Re-search, University College em Londres e o Wellcome Trust Centre para mitocondrial Research de Newcastle, Reino Unido, Chemistry Faculty da Universidade de Vigo, Department of Physiology, Faculty of Medicine, Universidad Autonoma de Madrid, Hospital Universi-tario Dr. Peset, Valencia, Departamento de Farmacia y Tecnologia Farmacéutica, Facultad de Farmacia, Univer-sidad de Valencia e Hospital Clinic Barcelona, Espanha; Departamento de Medicina, Unidade de nefrologia, Uni-versidade Federal de São Paulo, Brazil; e Department of Medical Cell Biology, Uppsala University, Sweden. Estas experiências têm sido muito positivas, contribuí-do para o enriquecimento da experiência científica os investigadores do Laboratório de Farmacologia e para a sua projeção a nível internacional.

APOIO AO EXTERIOR O Laboratório de Farmacologia tem mantido ao longo dos anos uma estreita colaboração com várias empresas da indústria de conservas disponibilizando serviços na área do controlo de qualidade e com a indústria farmacêu-tica na avaliação da atividade de fármacos e novas formu-lações farmacêuticas. Como exemplos de serviços pres-tados inclui-se: colaboração com empresas de conservas de peixe no controlo de qualidade com base na pesquisa de substâncias bioativas como, por exemplo, histamina e outras aminas biogénicas (Paulo Jorge Import & Export. S.A., etc) e colaboração com a Industria Farmacêutica, na realização de ensaios farmacodinâmicos para estudo de atividade biológica de produtos naturais e de síntese (Bial) e estudo e avaliação de efeitos tóxicos de novas formulações farmacêuticas (Hovione).Douro e Minho e com o Instituto do Consumidor. Adicionalmente, tem elaborado pareceres técnico-científicos em conflitos ju-diciais envolvendo produtos de origem natural.


FARMA|inove, apresenta-se como Associação para o Empreendedorismo e Inovação da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto - Empresa Júnior e é constituída por estu-dantes e alumni da FFUP. Baseia-se num projeto empreendedor com a ambição de criação de pontes de contacto entre os setores académico e empresarial nas vertentes da Indústria Farmacêutica, Alimentar, Química e Biológica, com vista ao estabelecimento de parcerias e projetos inovadores e competitivos.

EMPREENDEDORISMOPOR MIGUEL MARTINS E GEORGINA CORREIA DA SILVA

Não aceitamos o “impossível” como solução, nem “impensável” como resposta...

QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA FARMAINOVE?

A FARMA|inove é formalmente a Associação para o Empreendedorismo e Inovação da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Somos estudantes e alumni da FFUP que não aceitam “impossível” como solução, nem “impensável” como resposta. A nossa missão é estabelecer pontes de contacto entre os setores académico e empresarial nas vertentes da Indústria Farmacêutica, Alimentar, Química e Biológica, com vista ao estabele-cimento de parcerias e projetos inovadores e competitivos. Queremos criar e transformar valor nestes setores.

Temos como principais valores e objetivos a sustentabilidade com eficiência da utilização de recursos e criação de valor; a Responsabilidade Social com um apoio ao desenvolvimento social; uma divulgação da nossa missão e valores próxima da comunidade; a prestação de serviços com o maior rigor e excelência, interagindo com a comunidade científica e incentivando a criação de conhecimento científico; a formação dos quadros enquanto instrumento para atingir níveis de desempenho de excelência e sempre apostando na inovação em todos os produtos desenvolvidos, adequados à necessidade do mercado.

A FARMA|inove é composta porestudantes do MICF (na foto) e alumni.


MAS QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ÁREAS ONDE A FARMA|INOVE ATUA?

A FARMA|inove tem evoluído à medida que são iden-tificadas novas áreas de atuação. Atualmente a nossa atividade está concentrada em 2 grandes áreas: Ser-viços e Projetos.

Em relação aos Serviços disponibilizamos, em colabora-ção com os laboratórios da FFUP, serviços em diversas áreas, desde serviços laboratoriais de rotina a projetos de I&D e soluções a nível de marketing e comunicação.

Podemos destacar os segmentos F|inove, no âmbito de estudos de formulações farmacêuticas e ensaios de estabilidade, entre outros que constam da Farmaco-peia; o segmento C|inove, direcionado para a comu-nicação, em que estamos prestes a lançar uma rede social que engloba crowdfunding, emprego, networking e ciência, tudo no mesmo espaço virtual; o segmento Q|inove, na área analítica, e para tal temos ao nosso dispor tecnologia FT-NIR, HPLC acoplado a diversos detetores e metodologias de fluxo.

Em breve alargaremos a nossa ação às áreas vinícola e da microbiologia, para podermos dar uma resposta mais ampla na indústria alimentar e química.

Em relação aos Projetos destacaremos apenas dois, por estarem numa fase mais avançada. Conforme referi estamos prestes a lançar uma rede social – FARMA|inove, Yes We Care! – que permitirá aos estu-dantes, profissionais de saúde, empresas e cidadãos participarem numa comunidade de âmbito farmacêu-tico e empresarial.

Um outro projeto que está já no terreno é um estudo observacional que, depois de um longo período de pla-neamento, recolha de autorizações, formação e persis-tência, foi possível colocar em prática. Este estudo na área dos Cuidados Farmacêuticos, intitulado “Preva-lência e Caracterização de Doentes Polimedicados da Zona Norte de Portugal”, representa a primeira fase de um projeto global intitulado “Prevenir é o melhor Remédio”. Trata-se, para já, de um estudo onde inter-vêm os alunos do 5º ano do MICF, e que agora estão a estagiar, o que lhe dá um aspeto inovador, pois permite uma consciencialização dos futuros profissionais desde cedo. Este projeto pretende efetuar uma caracterização da população alvo de intervenção farmacêutica, deter-minando os possíveis focos de otimização do processo farmacoterapêutico dos doentes.

Queremos, numa fase posterior, aplicar protocolos de intervenção farmacêutica e avaliar a sua implementa-ção. Neste projeto pretende-se clarificar a mais-valia que representa a formação e ação de proximidade do farmacêutico para com a população. Adotando a re-

gião Norte como área de estudo, pretendemos tam-bém reforçar a região como uma referência Nacional e sedimentar o nosso papel enquanto futuros profissio-nais de saúde. É essencial a colaboração dos nossos estudantes. Estarão não só a adquirir conhecimentos, como também a demonstrar o valor da sua formação e a afirmar a diferenciação do farmacêutico enquanto profissional de saúde.

RECONHECEM QUE OS CONTACTOS SÃO ESSEN-CIAIS PARA O TRABALHO DE UM EMPREENDEDOR, DAÍ A CRIAÇÃO DESTA REDE DE CONTACTOS?

Antes de mais importa definir o que é para nós “um empreendedor”. Na prática, um empreendedor é capaz de olhar para os problemas de perspetivas suficiente-mente amplas e mutáveis para conseguir fragmentar um dogma nas suas partes constituintes e rejeitá-lo à partida. Só assim é possível pensar “fora da caixa”.

É esta atitude que permite, por exemplo, descobrir como fazer as mesmas análises com menor custo, mais rapidez e, pelo menos, com a mesma fiabilidade, criando assim valor para esse mercado e para esses clientes. É esta atitude que permite ainda descobrir como melhorar um produto usufruindo das tecnologias existentes, estudando o produto a nível molecular ou atómico e identificar os pontos de otimização para potenciar o produto e converter um investimento em valorização de uma marca.

Isto, para nós, é um empreendedor. É esta busca diária que implementamos nos desafios que nos são colo-cados. Estamos permanentemente inconformados.

Os contactos entram numa fase posterior. É evidente que é necessário saber quem está à procura de so-luções mais vantajosas e se alguém está disposto a implementar técnicas que promovam a poupança de recursos para o mesmo trabalho, ou a investir recur-sos para melhorar a qualidade. Ninguém está disposto a obter um retorno inferior ao investimento.

Mas nada surge do acaso. Desengane-se quem pen-sa que ser empreendedor é ter uma grande rede de contactos. As grandes empresas não se fizeram de conversa, fizeram e continuarão a fazer-se de pessoas com visão, que exigem rigor e da seleção dos parceiros mais capazes, eficientes e concretizadores.

CONSIDERANDO QUE SÃO UMA EMPRESA JÚNIOR DA FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO, QUAL A VOSSA LIGAÇÃO COM ESTA INSTITUIÇÃO E COM A UNIVERSIDADE DO PORTO?

Nascemos na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e esse é o nosso DNA. Sem dúvida alguma que a formação e o ambiente académico da FFUP são a


espinha dorsal da FARMA|inove. Partindo daí, todos os colaboradores têm experiências e competências diversi-ficadas que adquiriram e que nos permitem estar aptos para lidar com todas as áreas a que nos propomos.

Importa salientar que desde o primeiro dia recebemos uma crença do Prof. Doutor José Costa Lima na ideia embrionária e que em muito nos ajudou a consolidar e evoluir. Os professores dos diversos laboratórios com que nos relacionamos têm sido também suportes fun-damentais e que nos dão um apoio incansável.

Com a Universidade do Porto, a ligação também co-meçou desde cedo, desde logo com o reconhecimento do anterior Reitor, Prof. Doutor Marques dos Santos, materializado no acompanhamento e apoio da UPIN.

Também apresentamos e discutimos o projeto junto de outras empresas juniores da Universidade do Por-to, fomentando sempre a complementaridade.

Crescemos no seio da melhor Universidade de Portu-gal e temos a responsabilidade de nivelar o projeto a esse status.

QUE CONSELHOS DARIAM AOS FUTUROS EM-PREENDEDORES.

Não se acomodem. Sejam críticos em tudo o que fa-zem. Saibam filtrar a informação que vos é colocada à frente, somos hoje uma sociedade com mais infor-mação ao dispor mas isso não significa que sejamos melhor informados, há demasiado lixo por aí.

Quando tiverem uma ideia, pensem que para vingar é preciso que alguém, do outro lado, esteja disposto a pagar por ela menos do que aquilo que vai lucrar. Coloquem-se sempre no lugar do “outro”.

Acreditar em algo e não o viver, é desonesto.

RICARDO LEONE O AUTOR DO VITRAL DO VÃO DA ESCADARIA DO EDIFÍCIO DA RUA ANÍBAL CUNHA

Em 1920 Ricardo Leone adquiriu a oficina de vitrais de seu mestre Cláudio Azambuja, instalada na Rua da Es-cola Politécnica em Lisboa com o nome de Oficina de Vitrais e Mosaicos de Arte. Ricardo Leone distinguiu-se pela notável recuperação de vitrais do Mosteiro da Bata-lha, tarefa que se prolongou por toda a década de 1930. A Ricardo Leone se encomendou o vitral que foi montado em 1934 no edifício da Faculdade da Rua Aníbal Cunha, mos-trando-se a sua implantação no antigo edifício, enquadrado pela escadaria de madeira, existente antes do incêndio que consumiu a Faculdade em 1975. Ricardo Leone faleceu em 1971, a oficina encerrou a sua atividade e foram arquivados em vários locais cerca de 3000 desenhos dos seus vitrais. En-tre eles encontraram-se precisamente os que correspondem à parte central do vitral da Faculdade. O espólio acabou por ficar no arquivo do Mosteiro da Batalha.

FARMA|inove

Alumni:

Bruno Macedo

Miguel Maia

Ana Sara Gomes

Cristina Moura

Andreia Costa

Estudantes do MICF:

Joana Costa

Luís Azevedo

Pedro Maurício

Francisco Costa

Joaquim Gonçalves

www.farmainove.pt


Foi aberto um concurso para a recuperação completa do vitral, o que incluía desmontar, reconstruir e montar a estrutura nas novas instalações da Faculdade. A empreitada foi adjudicada à arquiteta Clarisse Duarte da Silva. Nascida no Brasil de pais portugueses, licenciou-se em arquitetura no estado de Rio Grande do Sul e vive agora em Porto de Mós, onde tem a sua oficina, Atelier do Vidro, para fabrico e restauro de vitrais, especialidade que aperfeiçoou num curso de três anos promovido pela Direção Geral do Património Cultural no Mosteiro da Batalha. O incêndio poupou o vitral, embora lhe tenha causado alguns estragos. O calor provocou o abaulamento da caixilharia e ao longo dos anos foram caindo porções do vitral, como se pode ver na foto tirada alguns anos antes da mudança de instalações de 2012.

Deu-se início ao trabalho em 18 de Dezembro de 2012, o qual teve a colaboração de Armando Carlos Batista Pires, Nídia Rute Tomás Vieira, Filipe Antunes, Catarina Silva, Bruno Santos; Vítor Neto e Joaquim José Lavrador. Também participaram Pedro Redol (Mosteiro da Batalha), Pedra de Fecho, Lda. e Transportes Bandeiras, Lda. O acompanhamento e a fiscalização estiveram a cargo de Teresa Dias e Andreia Nascimento, técnicas supe-riores da Reitoria da U.Porto). O vitral desmontado foi então transportado para o atelier de Porto de Mós para se proceder ao restauro. Esta tarefa implicou delicadas operações de limpeza e de recuperação dos materiais. A instalação do vitral nas novas instalações da Faculdade foi concluída no dia 20 de agosto de 2013.

O VITRALPOR PROF. DOUTOR SENA ESTEVES - HISTÓRIAS DA FFUP

PORMENORES DO MAU ESTADO DE CONSERVAÇÃO DO VITRAL

E OPERAÇÕES DE VITRAL DESMONTAGEM E LIMPEZA E RESTAURO


OPERAÇÕES DE RESTAURO EFETUADAS NO ATELIER DO VIDRO

DE CLARISSE DUARTE DA SILVA. MONTAGEM NO NOVO ESPAÇO.

Um dos desenhos originais de Ricardo Leone que permitiram

a reconstrução exata de falhas existentes no vitral e que se

encontram em depósito no Arquivo do Mosteiro da Batalha.


Esta história termina com duas fotos que mostram o enquadramento do vitral no seu

novo espaço. A última delas permite inclusivamente contemplar o respetivo reverso,

visão que não era possível no antigo edifício.


COMO RECORDA O SEU PERÍODO DE ESTUDANTE NA FFUP?Eu vim de Lisboa, num grupo de 24 estudantes que se juntaram aos do Porto. Apesar das quezílias iniciais, estou convencido que o que mais fortemente uniu os estudantes que vieram de Lisboa aos do Porto foram os matrecos e a mesa de ping-pong da cantina de Farmácia! Acabámos por formar um grupo de estudantes muito dinâmico!

Fui sempre da Associação de Estudantes (AE) do Porto, que era a única AE que era permitida na altura. Como presidente da AE organizei visitas a museus, visitas à casa do Gaiato, do Padre Américo, e seminários que trouxeram à Faculdade de Farmácia, Maria de Lurdes Pintasilgo1, Adérito Sedas Nunes2 e José Manuel Pinto Correia3. Fiz uma exposição de fotografia entre Professores e Alunos que foi um evento fabuloso, uma exposi-ção de pintura, em que concorreram Professores e Alunos e que mereceu o elogio do reitor que dizia “aquela Faculdade de Farmácia realmente não pára!”.

1. Maria de Lourdes Ruivo da Silva de Matos Pintasilgo (Abrantes, São João 1930 — Lisboa 2004) engenheira química, dirigente eclesial e política. Foi a única mulher que desempenhou o cargo de primeiro-ministro em Portugal, tendo chefiado o V Governo Constitucional, (Julho de 1979 a Janeiro de 1980).2. Adérito de Oliveira Sedas Nunes (Lisboa, 1928 — Lisboa, 1991) cientista social, professor universitário e político português.3. José Manuel Duarte Pinto Correia (N. Tremês - Santarém, 1931 - Lisboa, 1988) professor universitário.

ENTREVISTA COM FRANCISCO JOSÉ AMORIM DE CARVALHO GUERRA

POR MARTA CORREIA DA SILVA, FERNANDO REMIÃO E CARLOS AFONSO

FRANCISCO CARVALHO GUERRA foi Professor Catedrático no Laboratório de Bioquímica da FFUP. Em 1978, fez nascer uma universidade nova no Porto, o Centro Regional do Porto da Uni-versidade Católica Portuguesa. Os inúmeros cargos que assumiu desde Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Presidente da Sociedade Portuguesa de Bioquímica, Vice-Reitor da Universidade do Porto, Presidente do Conselho Científico da FF, são reflexo da sua personalidade forte e princi-palmente da sua consciência da missão de um Docente Universitário. Em 2002 recebeu o Doutora-mento Honoris Causa, em Ciências da Saúde, pela Universidade do Minho. Atualmente aposentado, continua ativo, interessado e atento...


CONTE UM EPISÓDIO QUE CARATERIZE O INÍCIO DA SUA CARREIRA COMO DOCENTE.

Fiz um exame a uma estudante a jogar ping-pong depois de me aperceber do seu bloqueio perante a situação de exame oral. Foi um choque para muita gente na altura que diziam que eram “americanices”. Não me posso esquecer também do único 20 que dei em toda a minha carreira como docente: foi a Manuel Rodrigues Carvalho, um capitão de comandos que tinha vindo tirar Farmácia, porque tinha sido expulso do exército, por ter casado com uma espanhola. Perguntei-lhe para que serve a alimentação, nomeadamente a açucarada e ele respondeu--me durante uma hora e meia!

ATÉ QUE PONTO A SUA ESTADIA NOS EUA ALTEROU A SUA VISÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA BIOQUÍMICA. O QUE O FASCINA NESTA ÁREA?Eu estive na Washington University School of Medicine entre 58 e 61. Nesta escola eram Professores Carl e Gerty Cori4, Kornhauser, Severo Ochoa5, Hans Krebs6, entre outros prémios nobéis. Foram anos do nascimento da Bioquímica Proteica. Em 58, também começa a era da Biologia Molecular a crescer exponencialmente.

O que me entusiasma e me impressiona de uma maneira espantosa foram os desenvolvimentos nesta área. Nos fins do séc. XIX, para além dos tecidos, começa-se a falar dos componentes tecidulares e só no 2º quartel do séc. XX é que se fala de células e dos componentes celulares. Seguem-se as descobertas das estruturas moleculares dos componentes celulares e mais tarde, a química das partículas subcelulares! Parece que já descobrimos tudo mas cada vez que se fecha uma porta, abre-se uma janela.

QUAL A SUA IMPRESSÃO SOBRE A INVESTIGAÇÃO DA FFUP? QUAL O PRINCIPAL CONSELHO QUE DEIXARIA?Aproveitar ao máximo a fusão das instalações com Medicina. Estabelecerem parcerias. Publicarem juntos. Médicos e Farmacêuticos.

4. Nobel da Fisiologia/Medicina de 1947: metabolismo dos hidratos de carbono - Ciclo de Cori5. Nobel da Fisiologia/Medicina de 1959: mecanismos de síntese do RNA6. Nobel da Fisiologia/Medicina de 1953: sequência de reações químicas metabólicas para produção de energia – Ciclo de Krebs


NO DIA 27 DE ABRIL, ÀS 9H00, FOI COMENTADOR DO JORNAL NA RTPI, FALOU À CERCA DO PAPA JOÃO PAULO II, COM QUEM ESTEVE 3 VEZES. QUER COMENTAR ESSA EXPERIÊNCIA?Da primeira vez, eu levava comigo uma pasta com todas as fitas de todos os cursos de todas as Universidades sediadas no Porto. Lembro-me do Reitor me apresentar e dizer “Este homem é pai de 11 filhos!” e com isto João Paulo II põe-me a mão na cabeça e diz: “Nem que não queiras tens de ser Santo”. Fez-me caírem-me lágrimas pela cara abaixo. A segunda vez foi em Fátima mas foi um encontro muito rápido. A terceira vez foi quando foram eleitos Cardiais, D. José Policarpo e D. José Martins, que me convidam para ir assistir à cerimónia de colocação do barrete cardinalício. Eram 43 cardiais e cada um levava 10 convidados. Quando o reitor me apresenta “Fran-cisco Carvalho Guerra, Vice-Reitor da Universidade Católica do Porto”, o Santo Padre, que parecia adormecido, desperta e diz “Então como é? Vocês disseram-me que só havia um Reitor da Universidade em Portugal”.

ENQUANTO ANTIGO BASTONÁRIO DA OF, COMO VÊ A PROFISSÃO DE FARMACÊUTICO NO FUTURO PRÓXIMO?A anormalidade da medida tomada pelo Ministro Correia Campos de tirar a Propriedade da Farmácia aos Far-macêuticos tem vindo a destruir a Profissão Farmacêutica de Farmácia de Oficina. A bestialidade da ideia que a liberalização das farmácias é um processo democrático de enorme importância, está à vista: mais de 1000 farmácias estão em insolvência. É preciso voltar a lutar para retomar a Propriedade das Farmácias.

Nunca mais me esqueço do Professor Correia da Silva, Professor Catedrático da FFUP, a lutar como um “louco” pela Propriedade, dos seus discursos, da forma como entusiasmava e envolvia as pessoas no problema, pos-suidor de uma cultura geral que não era vulgar em Farmácia, nem mesmo nos dias de hoje. Eu fui a Coimbra, com o Professor Correia da Silva e o Professor Vale Serrano, buscar a documentação de Guilherme Braga da Cruz, que atribuiu a Propriedade da Farmácia aos Farmacêuticos.

Não vejo atualmente, salvo algumas exceções, como por exemplo do atual Bastonário, do qual fui mandatário, Docentes das Faculdades de Farmácia preocupados com este problema. Os Docentes têm que se preocupar com o emprego, não podem alhear-se. Os Docentes são docentes da Profissão e não de X horas letivas.


O QUE TE FEZ PERSEGUIR A ÁREA DAS CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS?

Para ser sincera, quando fiz a minha candidatura à universidade não sabia o que queria seguir nem o que queria fazer na minha vida profissional. Candidatei--me a Ciências Farmacêuticas por ser um curso tão multidisciplinar, pelo menos aqui na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, e que me dá uma panóplia de escolhas para o meu futuro profissional: farmácia comunitária, indústria, investigação, entre outros. Acabei por gostar e aqui estou.

E QUAIS SÃO AS TUAS PERSPETIVAS PARA O FUTURO?

Sei que as coisas em Portugal não estão fáceis e todos os anos há centenas, se não milhares de estudantes prontos a entrar no mercado de trabalho e eu ainda tenho pelo menos 3 anos pela frente. Até lá muita coi-sa pode mudar (mas acho que o mais provável é não conseguir arranjar emprego em Portugal) por isso não descarto a possibilidade de ir para o estrangeiro.

E COMO DESTACAS O PAPEL DA UNIVERSIDADE DO PORTO NA TUA EDUCAÇÃO?

A Universidade do Porto é uma das universidades mais prestigiadas a nível nacional e internacional e sem dú-vida que tem um papel essencial na minha educação. Oferece muitas oportunidades aos seus estudantes e assegura a qualidade do ensino, que é importante para a formação a de todos. (Penso que noutras universida-des não teria este nível de educação.)

GOSTARIAS DE DEIXAR ALGUMA MENSAGEM AOS ESTUDANTES QUE COMEÇARAM AGORA A SUA VI-DA ACADÉMICA?

Aproveitem a experiência de ser um estudante univer-sitário com tudo o que ela implica, mas sem deixar o estudo para trás claro. Não deixem de fazer aquilo que gostam, e façam sempre o melhor que puderem que será suficiente.

IARA JERÓNIMOA frequentar o 2º ano do MICF


POR MIGUEL MARTINS


PUBLICAÇÕES DA FFUP OUTUBRO DE 2013 ATÉ JUNHO DE 2014

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Leonardo João de Carvalho e AraújoMestrado em Analises Clinicas

Carla Sofia Fernandes XimenesMestrado em Tecnologia Farmacêutica

3º CICLO DE ESTUDOS CONCLUÍDOS DE OUTUBRO 2013 A JUNHO 2014

2ºS CICLOS DE ESTUDOS CONCLUÍDOS DE OUTUBRO 2013 A JUNHO 2014

Toxicology, 2014. 88(1): p. 15-45.240. Varela, C.L., F.M.F. Roleira, S.C.P. Costa, A.S.C.T. Pinto, A.I.O.S. Martins, R.A. Carvalho, N.A. Teixeira, G. Correia-da-Silva, and E. Tavares-da-Silva, Insights into the Synthesis of Steroidal A-Ring Ole-fins. Helvetica Chimica Acta, 2014. 97(1): p. 39-46.241. Viegas, O., I. Yebra-Pimentel, E. Martinez-Carballo, J. Simal-Gandara, and I.M.P.L.V.O. Ferreira, Effect of Beer Marinades on Formation of Polycyclic Aromatic Hydrocarbons in Charcoal-Grilled Pork. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2014. 62(12): p. 2638-2643.242. Vieira, E., M.A.M. Rocha, E. Coelho, O. Pinho, J.A. Saraiva, I.M.P.L.V.O. Ferreira, and M.A. Coimbra, Valuation of brewer’s spent grain using a fully recyclable integrated process for extraction of proteins and arabinoxylans. Industrial Crops and Products, 2014. 52: p. 136-143.243. Vilas-Boas, V., R. Silva, C. Nunes, S. Reis, L. Ferreira, C. Vieira, F. Carvalho, L. Bastos Mde, and F. Remiao, Mechanisms of P-gp inhibition and effects on membrane fluidity of a new rifampicin deriva-tive, 1,8-dibenzoyl-rifampicin. Toxicol Lett, 2013. 220(3): p. 259-66.

244. Vilas-Boas, V., R. Silva, A. Palmeira, E. Sousa, L.M. Ferreira, P.S. Branco, F. Carvalho, M.D. Bastos, and F. Remiao, Develop-ment of Novel Rifampicin-Derived P-Glycoprotein Activators/Inducers. Synthesis, In Silico Analysis and Application in the RBE4 Cell Model, Using Paraquat as Substrate. Plos One, 2013. 8(8).245. Vinha, A.F., R.C. Alves, S.V.P. Barreira, A. Castro, A.S.G. Costa, and M.B.P.P. Oliveira, Effect of peel and seed removal on the nutritional value and antioxidant activity of tomato (Lycopersicon esculentum L.) fruits. Lwt-Food Science and Technology, 2014. 55(1): p. 197-202.246. Vinha, A.F., S.V. Barreira, A.S. Costa, R.C. Alves, and M.B. Oliveira, Organic versus conventional tomatoes: Influence on physico-chemical parameters, bioactive compounds and sensorial attributes. Food Chem Toxicol, 2014. 67: p. 139-44.247. Zonja, B., C. Goncalves, S. Perez, A. Delgado, M. Petrovic, M.F. Alpendurada, and D. Barcelo, Evaluation of the phototransformation of the antiviral zanamivir in surface waters through identification of transformation products. Journal of Hazardous Materials, 2014. 265: p. 296-304.


NOME COMPLETOJoel Jorge Martins Pereira da Fonseca LOCAL E ANO DE NASCIMENTO Porto em 1978

ESTUDOSCurso Técnico de LaboratórioAtualmente a frequentar o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas na FFUP ONDE COMER AO ALMOÇO PERTO DA FFUPNa cantina da faculdade, apesar do barulho e da dificuldade em arranjar lugar, a companhia e as doses reforçadas da D. Maria compensam.

PRATO FAVORITOSecretos de porco com batatas a murro… que podem acompanhar qualquer prato

COR PREFERIDAAzul-cobalto

PASSATEMPOSIr para a cozinha e desligar do Mundo…

RECEITA DE UM BOLO

LOCAL PREFERIDOEm qualquer oceano a bordo de um veleiro

VIAGENSAo norte da Península Ibérica em contacto com a natureza.

LIVROSGloriosa Família - Pepetela

MÚSICAMusica popular brasileira (mpb) – Bossa nova; Por ex. ZELIA DUNCAN

FILMES

Crimes and Misdemeanors (1989)

Manhattan (1979)

Ratatouille (2007)

Qualquer um de

Woody Allen

UM CAFÉ COM... JOEL FONSECA

BOLO DE CLEMENTINAS

Cerca de 375g clementinas (4 a 6 depende do tamanho)6 ovos grandes (L), a temperatura ambiente225g açúcar branco1 colher de chá de fermentoUma pitada de sal250g amêndoas finamente raladas ( farinha de amêndoa)

Colocar as clementinas (inteiras e com a casca) numa panela e cobrir com água fria. Deixar levantar fervura e cozer, em lume brando, durante cerca de 2 horas, até ficarem tenras. Depois remover as clementinas para um escorredor e deixar arrefecer completamente. Este passo pode ser feito de véspera e depois das clementinas arre-fecerem completamente, pode cobrir com pelicula aderente e colocar no frigorífico. Deixar a temperatura ambientes antes de as usar.

Pré-aquecer o forno a 180 °C. Untar e colocar papel vegetal, numa forma de 24 cm. Colocar as clementinas partidas em pedaço, e com as se-mentes removidas, num recipiente, para serem triturados, com a ajuda da varinha mágica. Em seguida, adicionar os ovos batidos. Noutro recipiente mexer o açúcar com o fermento, a pitada de sal e as amêndoas. Junte a mistura das clementinas e mexa bem. Colocar a massa na forma e cozer durante 45-60 minutos, até que ao inserir um palito este saia limpo. Pode colocar uma folha de alumínio se verificar que a superfície do bolo está a dourar demasiado. Deixe arrefecer na forma antes de desenformar.(Este bolo fica melhor quando é servido no dia seguinte).


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1, 2, 3 | WORKSHOP DE INOVAÇÃO E PARTILHA PEDAG. DA U. PORTO4 | XIX FÓRUM FARMACÊUTICO AEFFUP 5 | PALESTRA DO PROF. SENA ESTEVES NA ASSOCIAÇÃO CULTURAL MONTE DE FRALÃES NA ABERTURA DE “UMA PHARMACIA NOS SÉC. XIX E XX”, UMA EXPOSIÇÃO QUE CONTOU COM ALGUMAS PEÇAS DO MUSEU DA FACULDADE.

6, 7, 8 | MOSTRA DA U. PORTO - PALÁCIO DE CRISTAL 9, 10, 11 | SESSÃO DE APRESENTAÇÃO 60THIPSF12, 13 | SEMINÁRIO 3º ENCONTRO DE COSMETOLOGIA14 | DEBATE ORGANIZADO PELA COMISSÃO DE ÉTICA FFUP15 | V RASTREIO CARDIOVASCULAR AEFFUP – PRAÇA GOMES TEIXEIRA

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ACONTECEU


PROGRAMA DE ESTÁGIOS INTERNACIONAIS INOV CONTACTO EDIÇÃO 2014/2015INSCRIÇÕES ATÉ 24 DE AGOSTO DE 2014

IDEA CONTEST FRAUNHOFER PORTUGAL CHALLENGE 2014 FRAUNHOFER PORTUGAL AICOS AN IDEA CONTEST FOR STUDENTS AND RESEARCHERS FROM PORTUGUESE UNIVERSITIESINSCRIÇÕES ATÉ 31 DE JULHO DE 2014

SERÕES NA REITORIA14 DE JUNHO A 03 DE JULHO DE 2014 | NEFUP

FRIDAY NOON SEMINAR SUMMER SERIES04, 11 E 18 JULHO DE 2014 | AUDITÓRIO IBMC

TERTÚLIA AMBIENTE - QUE DESAFIOS PARA CIDADÃOS E INSTITUIÇÕES? 9 DE JULHO DE 2014 | REITORIA DA U. PORTO

EXPOSIÇÃO “ANTÓNIO LUÍS CAMPOS | UMA DÉCADA COM A NATIONAL GEOGRAPHIC” ATÉ 31 DE JULHO DE 2014 | REITORIA DA U. PORTO

60TH IPSF WORLD CONGRESS 2014 31 JULHO A 10 DE AGOSTO 2014 | PALÁCIO DE CRISTAL | AEFFUP | WWW.2014.IPSF.ORG

CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO SUPERIOR - CNAPPES 05 SETEMBRO 2014 | COMPLEXO ICBAS/FFUP

XXIII INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON MEDICINAL CHEMISTRY - EFMC-ISMC 20147 A 11 SETEMBRO DE 2014 | LISBOA

XII ENCONTRO DE QUÍMICA DOS ALIMENTOS10 A 12 SETEMBRO 2014 | INST. SUP. DE AGRONOMIA

PHD TRAINING SERIES17 E 24 SETEMBRO DE 2014 | AUDITÓRIO IBMC

3º CICLO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DA FFUP E DO ICBAS - PROF. SOUSA LOBO 24 SETEMBRO DE 2014 | COMPLEXO ICBAS/FFUP

DIA DO FARMACÊUTICO 26 SETEMBRO DE 2014 | PALÁCIO DO FREIXO

3º CICLO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DA FFUP E DO ICBAS - PROF. BORDALO E SÁ 15 OUTUBRO DE 2014 | COMPLEXO ICBAS/FFUP

IV CONGRESSO CIENTIFICO AEFFUP15 E 16 OUTUBRO DE 2014 | COMPLEXO ICBAS/FFUP

XIII SARAU CULTURAL AEFFUP23 OUTUBRO DE 2014 | COMPLEXO ICBAS/FFUP

XX ENCONTRO LUSO-GALEGO DE QUÍMICA26 A 28 NOVEMBRO 2014 | COMPLEXO ICBAS/FFUP

EXPOSIÇÃO: EVOLUÇÃO DA VIDA NA TERRAATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2014 | REITORIA DA U. PORTO

AGENDA

CURSO DE INICIAÇÃO À PROVA DE AZEITE | 22 FEVEREIRO DE 2014

COMISSÃO DE ÉTICA: FILME: “O FIEL JARDINEIRO” E DEBATE ENSAIOS CLÍNICOS | 11 MARÇO DE 2014

1º ENCONTRO DE GEOFARMÁCIA | 20 MARÇO DE 2014

3º ENCONTRO DE BIOTECNOLOGIA MICROBIANA E FARMACÊUTICA | 14 DE MAIO DE 2014

DIA DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL NA U. PORTO | 16 MAIO DE 2014

CONFERÊNCIAS EM ONCOBIOLOGIA 2014 | 20 MAIO DE 2014

ESTUDANTE DE PÓS-DOUTORAMENTO PREMIADO NO 51ST ER A-EDT A (Eu ropEan rEnal association and Eu ropEan dialysis association) CONGRESS.No âmbito do congresso do 51st ERA-EDTA, o estu-dante de pós-doutoramento João Fernandes obteve o prémio ”Best Abstracts Presented by Young Authors” com o trabalho “Regulation of liver and kidney eryth-ropoietin gene expression in a rat model of anemia associated with chronic renal failure”. Este trabalho está a ser desenvolvido no Laboratório de Bioquími-ca, Departamento de Ciências Biológicas da Facul-dade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), sob a orientação dos Professores Alice Santos Silva (FFUP), Elísio Costa (FFUP) e Flávio Reis (FMUC). Os resultados obtidos sugerem que, na ausência de um rim completamente funcional, há uma compensação, embora não comple-tamente eficaz, da produção de eritropoietina (EPO)

pelo fígado. Além disso, os fatores responsáveis pela modulação da expressão do gene EPO parecem diferir entre os dois tecidos. Este estudo fornece novos co-nhecimentos sobre a via de expressão do gene EPO (particularmente HIF-3α e HIF-3β), que pode ser de grande importância na indução da expressão de EPO, no tratamento da anemia. O resumo do trabalho foi publicado e pode ser consultado na revista Nephro-logy Dialysis Transplantation, 29 (S3): iii140, 2014.

LANÇAMENTO DO LIVRO: PROBIOTIC BACTERIA - FUNDAMENTALS, THERAPY AND TECHNOLOGICAL ASPECTS Editores Paulo Silva (Universidade do Porto, Portugal), Ana Freitas (ISEIT/Viseu, Portugal). Colaboração Paulo Costa(FFUP) e Helena Amaral (FFUP)

Hardback 305 pages 2014-02-28 Print ISBN: 9789814411622 eBook ISBN: 9789814411639 DOI: 10.4032/9789814411639

DOCENTE E POS-DOC DA FFUP CONFERENCISTAS CONVIDADAS NO 8TH WORLD CONGRESS ON POLYPHENOLS APPLICATIONS A docente Patrícia Valentão, do Laboratório de Farma-cognosia, e a estudante de pós-doutoramento Marta Correia da Silva, do Laboratório de Química Orgânica e Farmacêutica, foram conferencistas convidadas no 8th World Congress on Polyphenols Applications, que decorreu em Lisboa, entre 5-6 de junho.

ACONTECEU

revista anibal cunha nº3

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