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sumário Sumário Evento Evento Evento Evento Evento Começam os Seminários Regionais para o 5º Concea ................. 5 Entrevista Entrevista Entrevista Entrevista Entrevista Fernando Herkenhoff, Coordenador de Ciência e Tecnologia: pesquisa em petróleo e gás será prioridade no Estado ........................ 6 e 7 Notícias do Crea Notícias do Crea Notícias do Crea Notícias do Crea Notícias do Crea Colégio de presidentes se reúne no ES ................................. 8 e 9 Profissionais registram mais de 5000 ARTs em março .............. 10 Nove empresas capixabas recebem certificação de qualidade ... 11 Um novo Programa de Educação Continuada ............................ 12 Calendário de eventos do PEC ................................................. 13 Matéria de Capa Matéria de Capa Matéria de Capa Matéria de Capa Matéria de Capa Cobrança da água pode ser a saída para a preservação ..... 14 a 17 Matéria Especial Matéria Especial Matéria Especial Matéria Especial Matéria Especial Projeto de pesquisa para o eixo MG-ES ............................ 18 e 19 Entidades Entidades Entidades Entidades Entidades AEFES, ATAES, IAB, IBAPE, SEE, SEEA, SENGE, SINTAES, SINTEC .. 20 Câmaras, Comissões e Instituições de Ensino Câmaras, Comissões e Instituições de Ensino Câmaras, Comissões e Instituições de Ensino Câmaras, Comissões e Instituições de Ensino Câmaras, Comissões e Instituições de Ensino CEAR, CEST, CEFETES .............................................................. 21 Energia Energia Energia Energia Energia Gás natural é o terceiro tema do Ciclo de Debates .................... 22 Pesquisa e Conhecimento Pesquisa e Conhecimento Pesquisa e Conhecimento Pesquisa e Conhecimento Pesquisa e Conhecimento Empresa capixaba é destaque na produção de tecnologia na área de petróleo ................................................................................. 23 Artigo Artigo Artigo Artigo Artigo Caracterização de resíduos de lavagem de carros ..................... 24 Rastreabilidade Bovina Rastreabilidade Bovina Rastreabilidade Bovina Rastreabilidade Bovina Rastreabilidade Bovina I Simpósio Regional Norte sobre Rastreabilidade Bovina ........... 25

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sum

árioSumário

EventoEventoEventoEventoEventoComeçam os Seminários Regionais para o 5º Concea ................. 5

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaFernando Herkenhoff, Coordenador de Ciência e Tecnologia: pesquisaem petróleo e gás será prioridade no Estado ........................ 6 e 7

Notícias do CreaNotícias do CreaNotícias do CreaNotícias do CreaNotícias do CreaColégio de presidentes se reúne no ES ................................. 8 e 9Profissionais registram mais de 5000 ARTs em março .............. 10Nove empresas capixabas recebem certificação de qualidade ... 11Um novo Programa de Educação Continuada ............................ 12Calendário de eventos do PEC ................................................. 13

Matéria de CapaMatéria de CapaMatéria de CapaMatéria de CapaMatéria de CapaCobrança da água pode ser a saída para a preservação ..... 14 a 17

Matéria EspecialMatéria EspecialMatéria EspecialMatéria EspecialMatéria EspecialProjeto de pesquisa para o eixo MG-ES ............................ 18 e 19

EntidadesEntidadesEntidadesEntidadesEntidadesAEFES, ATAES, IAB, IBAPE, SEE, SEEA, SENGE, SINTAES, SINTEC .. 20

Câmaras, Comissões e Instituições de EnsinoCâmaras, Comissões e Instituições de EnsinoCâmaras, Comissões e Instituições de EnsinoCâmaras, Comissões e Instituições de EnsinoCâmaras, Comissões e Instituições de EnsinoCEAR, CEST, CEFETES .............................................................. 21

EnergiaEnergiaEnergiaEnergiaEnergiaGás natural é o terceiro tema do Ciclo de Debates .................... 22

Pesquisa e ConhecimentoPesquisa e ConhecimentoPesquisa e ConhecimentoPesquisa e ConhecimentoPesquisa e ConhecimentoEmpresa capixaba é destaque na produção de tecnologia na área depetróleo ................................................................................. 23

ArtigoArtigoArtigoArtigoArtigoCaracterização de resíduos de lavagem de carros ..................... 24

Rastreabilidade BovinaRastreabilidade BovinaRastreabilidade BovinaRastreabilidade BovinaRastreabilidade BovinaI Simpósio Regional Norte sobre Rastreabilidade Bovina ........... 25

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editorialTópicos

CREA-ESDIRETORIA

PRESIDENTE:Eng. Eletricista Silvio Roberto Ramos

VICE-PRESIDENTE:Arq. Anderson Fioreti de Menezes

1º TESOUREIRO:Eng. Mecânico Sebastião da Silveira

Carlos Neto2º TESOUREIRO:

Téc. Agrimensura Aloísio Carnielli1º SECRETÁRIO:

Eng. Civil Marco Antonio Barboza da Silva2º SECRETÁRIO:

Eng. Florestal Álvaro Garcia

CÂMARASENGENHARIA CIVIL

Eng. Civil Carlos Aragon CarpanedoENGENHARIAAGRONÔMICA

Eng. Agrônomo Jorge Luiz e SilvaARQUITETURA

Arquiteta Patrícia CordeiroENGENHARIAINDUSTRIAL

Eng. Ind. Mecânico José Carlos de AssisENGENHARIA

ELÉTRICAEng. Eletricista Ivan Pierozzi

INSPETORIASCachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373

Colatina (27) 3721-0657Linhares (27) 3264-1781

POSTOS DE ATENDIMENTOVila Velha (27) 3239-3119

São Mateus (27) 3763-5929

REVISTA DO CREACONSELHO EDITORIAL

Alcione VazzolerAlexandre Cypreste Amorim

Álvaro GarciaDélio Moura do Carmo

Ivan PierozziJosé Antônio do Amaral FilhoOswaldo Paiva Almeida Filho

Ronaldo OakesRuth Reis

Silvio Roberto Ramos

GERENTE DE RELACIONAMENTOSJornalista Ronaldo Oakes de Oliveira

CONSULTORA DE COMUNICAÇÃOJornalista Alcione Vazzoler

REPORTAGEM:Alcione Vazzoler, Ana Paula Sant’Anna,

André Taquetti, Cláudio Castro,Elisangela Bello, Flávio Gonçalves,

Iara Bragato, Izabella Salazar,Kleber Moreira, Priscila Perovano

FOTO DA CAPASérgio CardosoEDITORAÇÃO

Equipe de Comunicação do Crea-ESFOTOLITO E GRÁFICA

Gráfica ResplendorTIRAGEM

17 mil exemplares

REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DEENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA DO ESPÍRITO SANTOEndereço: Av. Cesar Hilal, 700, 1º andar,

Bento Ferreira, Vitória-ESCEP: 29052.232 - Tel.: (27) 3334-9900

Fax: (27) 3324-3644E-mail: [email protected]

www.creaes.org.br

Os recursos naturais de nossoplaneta estão se esgotando paulatina-mente. As florestas européias já foramem sua maioria devastadas e agora asflorestas da América Latina estão sen-do progressivamente invadidas pelapecuária predatória e pela exploraçãoda madeira. O combustível fóssil - leia-se petróleo - só tem vida para mais 40anos, segundo recente pesquisa norte-americana; isso tudo sem levar em con-sideração que até a atmosfera correum sério risco decorrente do rombona camada de ozônio a cada dia mai-or. No entanto, nada será mais senti-do e terá mais implicações em nossasvidas do que o fim dos recursoshídricos do planeta.

Desde o princípio da história dahumanidade, a água que nos serve é a

E se acabar?

Espaço do Leitor! Na matéria de capa da Tópi-

cos nº 27, Pág 15, que tem como título“Nas águas da falta de planejamento”,quando foi dito na reportagem que apavimentação asfáltica não permite apenetração da água no subsolo, na mi-nha opinião o que se quis retratar éque a quantidade de chuva concentra-da pelos pavimentos asfálticos é umpouco maior que nos outros, mas essevolume não se perde na penetração eaumento da umidade dos leitosestradais. Qualquer pavimento é for-mado por uma sucessão de camadassobrepostas com uma capa de rola-mento que serve para proteger as ca-madas inferiores da chuva. Estas ca-madas são compactadas com umlimite físico chamado de umidade óti-ma (hot). Não há penetração destaágua nas camadas do pavimento, se-não pode haver a formação doborrachudo, gerando os buracos. En-tão, se um pavimento foi concebidoconforme as normas vigentes, não hápossibilidade de penetração de águano terreno. Com os pavimentosintertravados, há uma diminuição dorun-off, que de forma alguma vai fazercom que esta água penetre no leito dasruas. Este coeficiente de deflúvio di-minui o diâmetro dos bueiros

dimensionados para escoamento daságuas. Então, o que impermeabiliza osolo é a sua compactação. Eng. CivilEng. CivilEng. CivilEng. CivilEng. CivilElson TElson TElson TElson TElson Teixeixeixeixeixeira Gatto Feira Gatto Feira Gatto Feira Gatto Feira Gatto Filho.ilho.ilho.ilho.ilho.

! Parabéns pela matéria como cientista Paulo A. S. Jr. e também doreaproveitamento do resíduo de cor-tes de granito. Foi desenvolvida dis-sertação de mestrado em EngenhariaAmbiental no CT/Ufes, com análisessob a mesma tecnologia que o Pauloutiliza no mimos, até então inédito emnível mundial na “Caracterização doResíduo da Serragem de Blocos de Gra-nito - Estudo do Potencial de Aplica-ção na Fabricação de Argamassas deAssentamento e de Tijolos de Solo-Cimento”. Infelizmente, um estudotão importante para o desenvolvimen-to sustentável das regiões explorado-ras de rochas ornamentais não teve amerecida importância pelos empresá-rios do setor. Enquanto o necessárioaproveitamento desses resíduos emescala industrial não vem, estamoscom a degradação cada vez maior daságuas fluviais, solos e áreas de preser-vação. Enfim, a riqueza todos querem,mas o compromisso com a cidadaniapoucos têm. Sergio A. Chagas daSergio A. Chagas daSergio A. Chagas daSergio A. Chagas daSergio A. Chagas daS i l vaS i l vaS i l vaS i l vaS i l va

mesma, num ciclo contínuo de preci-pitação, evaporação, condensação eprecipitação... Hoje vivemos uma crisesem igual, com as fontes cada vez maisdegradadas e uma escassez que com-promete o futuro da humanidade. Nafalta de novas fontes, o caminho que sevislumbra é o da preservação e da edu-cação da sociedade para que aprenda ausar e preservar esses recursos, e, nes-se sentido, cabem medidas até mesmoradicais, como a iniciativa de se cobrarpelo uso da água, seja ela tratada ounão. O importante é que a discussãoesteja na pauta do dia e que todos este-jam preparados para o que possa acon-tecer, pois aquilo que se fizer ao plane-ta e às suas fontes de recursos naturaisinexoravelmente se voltará contra (oubeneficiará) o próprio homem.

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Sustentabilidade no Campo e naCidade. Este será o tema do 5° CongressoCapixaba dos Profissionais de Engenharia,Arquitetura e Agronomia – 5° Concea, queacontecerá nos dias 02 e 03 de setembro de2004, no auditório do Senac, em Vitória - ES.

O Congresso Estadual tem como ati-vidades palestras e grupos de trabalho,visando discutir e propor políticas, es-tratégias, planos e programas de atua-ção aos profissionais e ao SistemaConfea/Crea. Para tal, foram desenvol-vidos três eixos básicos de discussão:proteção dos recursos hídricos; produ-ção na cidade e produção da cidade; e oprofissional e a sustentabilidade.

O presidente do Crea-ES, Eng. Eletri-cista Silvio Roberto Ramos, fala sobre aexpectativa dele para o evento: “A socie-dade deseja ansiosamente a retomadado crescimento econômico do país apósmais de 20 anos de estagnação, mas tam-bém já amadureceu o suficiente para en-tender que não há futuro sem campo ecidades sustentáveis. É neste contextoque os profissionais do Sistema Confea/Crea debatem seu papel histórico”.

Ele ressalta a necessidade de colocaresses temas na pauta dos futuros candi-datos às eleições municipais. “O Siste-ma Confea/Crea assinou um convênio

com o Ministério do Meio Ambientepara colaborar com a implementação daAgenda 21 local, por isso é importantediscutir esses temas e colocá-los na or-dem do dia dos futuros governantes”,explicou.

O Coordenador da ComissãoOrganizadora do 5º Concea, diretor doCrea-ES, Eng. Mecânico Sebastião daSilveira Carlos Neto, espera uma grandeparticipação das Regionais para desenvol-ver os temas, que envolvem toda a socie-dade e procuram inserir os profissionaisdentro dela. Ele acrescentou que há umaperspectiva de participação de mais de 300profissionais para o 5º Concea.

Poderão participar do Congresso Es-tadual todos os profissionais registradosou com visto no Crea-ES e alunos de cur-sos de níveis superior e médio cujas pro-fissões são regulamentadas pelo SistemaConfea/Crea. Somente os profissionaisem dia com o Conselho poderão ser elei-tos delegados.

O Concea é preparatório para o 5ºCongresso Nacional dos Profissionais -5°CNP, que será realizado de 02 a 04 dedezembro de 2004, em São Luiz - MA.Serão eleitos durante o 5° Concea seisdelegados e seis suplentes que represen-tarão o Estado no 5º CNP.

O Concea será precedido de cinco Seminários Regionais, nas cidades de SãoMateus, Linhares, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e na Grande Vitória.Esses seminários tem o objetivo de discutir os temas e eleger os delegados ao5° Concea. Serão eleitos 06 representantes de Colatina, 06 de São Mateus, 08 deLinhares, 11 de Cachoeiro de Itapemirim e 40 da Grande Vitória

A Comissão Organizadora dos Seminários Preparatórios do 5º Concea éformada por quatro representantes do Crea-ES, eleitos em Plenário, três repre-sentantes das Entidades de Classe do Sistema e um representante de Institui-ção de Ensino do Sistema. O coordenador é o diretor tesoureiro do Crea-EsEng. Mecânico Sebastião da Silveira Carlos Neto.

CREA fará cinco seminários preparatórios

5º Concea será em setembro

Programação

Seminários RegionaisProgramação

- Linhares - 15/07 (Salão Hotel Conceição)- Colatina - 22/07 (Auditório do Cefetes)- Cachoeiro de Itapemirim - 29/07 (Auditório

do Cetemag)- São Mateus - 05/08 (Auditório do SAAE)- Grande Vitória - 12/08 (Auditório do Crea-ES)

2 DE SETEMBROAuditório do Senac8h - Credenciamento8h30 - Café da manhã9h15 - Abertura9h30 - Palestra I - “Exercício Profissional e CidadesSustentáveis” - Eng. Civil Wilson Lang (Presidente doConfea)10h15 - Debate11h15 - Discussão e Aprovação do Regimento Interno12h - Almoço14h - Oficinas: Exercício Profissional e CidadesSustentáveis; Desenvolvimento Urbano; SaneamentoAmbiental; Petróleo e Gás; Agricultura Sustentável;Regulamentação Profissional/Reforma Sindical; eArquitetura e Engenharia Pública15h30 - Intervalo15h45 - Palestra II - “Agenda 21” - Eng. Civil JoséChacon de Assis (Coordenador Nacional doMovimento de Cidadania pelas Águas - Brasil)16h30 - Debate17h - Trabalho em grupo. Tema: Cidades Sustentáveis18h30 - EncerramentoABERTURA - Assembléia Legislativa do ES (Ales)19h30 - Solenidade de abertura20h - Apresentação do PEC20h20 - Palestra “Desenvolvimento Urbano” -Ministério das Cidades21h - Congraçamento no Iate Clube

3 DE SETEMBROAuditório do Senac8h45 - Mesa-redonda “Valorização das Profissões e aQuestão da Mulher”9h30 - Debate10h - Intervalo10h15 - Oficina: Grupo de Trabalho da Mulher12h - Almoço14h - Plenária Final - Aprovação de Teses e Moções16h - Intervalo16h15 - Eleição dos Delegados ao 5º CNP18h - Encerramento

Engº Mecânico Sebastião da Silveira Carlos NetoEngº Civil José Maria Cola dos SantosArquiteta Patrícia CordeiroEngº Civil Pietro Valdo RostagnoEngº Civil Luis Fernando Fiorotti MathiasArquiteto André Luiz de SouzaTéc. em Eletrotécnica Wagner Barbosa GomesEngº Agrônomo Rosembergue Bragança

COMISSÃO ORGANIZADORA

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Como foi criada a Secretaria Esta-dual de Ciência e Tecnologia?

No início do governo PauloHartung foi criada a Coordenação Esta-dual de Ciência e Tecnologia, com a mis-são de estruturar o Sistema Estadual deCiência e Tecnologia. No planejamentoestratégico do Governo foi aprovadocomo prioridade a institucionalização doSistema. No ano passado nós fizemos umtrabalho de divulgação da questão de Ci-ência e Tecnologia nos principais insti-tutos superiores do estado, na universi-dade, junto aos setores empresariais,com a Central Única dos Trabalhadores(CUT) e em diversos municípios do esta-do. Divulgamos a importância da ciên-cia, da tecnologia, da informação, dainformática e apresentamos o nosso pro-jeto, que resumidamente consta dareformulação do Conselho Estadual deCiência e Tecnologia, a criação da Secre-taria Estadual de Ciência e Tecnologia ea criação da Fundação de Apoio a Ciên-cia e Tecnologia.

Quais são as atribuições e as fun-ções da Secretaria?

A Secretaria Estadual de Ciênciae Tecnologia é um órgão espelho do

Ministério de Ciência e Tecnologia, cujaa missão é exatamente, além de coor-denar a política estadual de ciência etecnologia, estabelecer relaçõesinstitucionais com o Ministério, comoutras secretarias e com o setor em-presarial. A Secretaria é coordenada eorientada pelo Conselho Estadual deCiência e Tecnologia, que vai acompa-nhar e avaliar como o Sistema Estadu-al como um todo está se movimentan-do. O Conselho deve exercer suasatividades em conjunto com outras se-cretarias, outros órgãos, como a uni-versidade, as escolas técnicas federais,os institutos de pesquisa (como oEmcaper), com o Bandes, o Sebrae, en-tre outros.

Mais importante nesse processo deinstitucionalização, que estava previstono planejamento estratégico do gover-no, foi a criação da Fundação de Apoio aCiência e Tecnologia do ES, que vaioperacionalizar o fundo de ciência etecnologia, e que destina 0,5 por cento

do ICMS líquido arrecadado no estadopara este fundo. A criação da Fundaçãojá estava inscrita e prevista na Constitui-ção do Estado.

A Secretaria pretende fazer parceri-as com órgãos e instituições como oCrea?

Sem dúvida alguma. É claro que oprincipal parceiro da Secretaria de Ci-ência e Tecnologia é o Ministério de Ci-ência e Tecnologia. Até porque nós te-mos um volume grande de recursoshoje para essa área no Brasil, nos fun-dos setoriais (Funpetro, Funtel, FundoVerde e Amarelo, entre outros). Essesfundos são muito importantes, porquepodem fomentar pesquisas nas univer-sidade, nas empresas, nasagroindústrias, pesquisas de meio am-biente, etc. Porém eles estão, em gran-de parte, em reserva decontigenciamento, mas há o compromis-so do governo Lula de investir em Ciên-cia e Tecnologia. E um dos principaispapéis da Secretaria é captar recursos

Competência einteligência se constroempasso a passo

Fernando Luiz Herkenhoff Vieira,Coordenador Estadual de Ciência e Tecnologia

ANA PAULA SANT’ANNA

A Coordenação Estadual de Ciência eTecnologia conclui com sucesso a suamissão. Criada para estruturar o SistemaEstadual de Ciência e Tecnologia, em 19 demaio de 2004 conseguiu a aprovação doprojeto de lei que implementará a SecretariaEstadual de Ciência e Tecnologia e aFundação de Apoio à Ciência e Tecnologia.Segundo Fernando Luiz Herkenhoff Vieira,coordenador estadual de ciência etecnologia, agora só falta colocar o time emcampo.

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junto ao Governo Federal e sensibilizare atrair o empresariado do ES para in-vestir em inovação tecnológica em pro-jetos de parcerias. Por isso todos os ór-gãos interessados na ciência, nainovação, na tecnologia - e o Crea temum história de levantar esse debate aquino estado com excelentes documentos -são órgãos que podem participar do Sis-tema de Ciência e Tecnologia.

Para quais áreas irão as primeiraslinhas de investimento?

A política estadual de ciência etecnologia, que vai se configurar em li-nhas de investimento e fomento à pes-quisa, vai ser definida pelo Conselho Es-tadual de Ciência e Tecnologia. Ao meuver já existem áreas que são naturais, poissão postas pela realidade aqui do ES. Porexemplo, gás e petróleo. O governo doEstado, o governo Federal, as instituiçõesde ensino superior e o empresariado têmque fazer um grande esforço para quealém da comercialização, da venda e daexploração de gás e petróleo, sejam di-namizados outros setores produtivoscomo o de metal-mecânica e o delogística. E não é só isso, nós temos queformar competências, excelência na áreade petróleo e gás. Desde trabalhadorescapacitados e tecnólogos a mestres e dou-tores. Nós temos que ter inteligência empetróleo e gás.

O segundo exemplo é aagroindústria e a silvicultura. Essas áre-as estão explodindo aqui no ES porquejá tiveram uma grande participação depesquisas e estudos, que viabilizaram eestão viabilizando melhoria de produ-tos. Será uma área que o ES vai ter queinvestir, certamente em associação coma Emcaper, Secretarias de Agricultura,com escolas técnicas agrícolas, institu-tos de pesquisa em florestas, em am-biente.

Um terceiro foco é o deTecnologia de Informação. Nósestamos agora na sociedade da infor-mação. Então, há que se ter um grandeprojeto de democratização dainformática. A melhor forma é ainformatização das escolas públicas eprivadas. Esse é um ponto fundamen-tal. E nós podemos melhorar os servi-ços públicos e privados através dainformatização, como serviços de saú-de, de segurança, Detran, bancos, e as-

sim por diante. Podemos criar pólosde produção de softwares e talvez atéde hardwares aqui, em Vitória. Esseprojeto está sendo encaminhado pelaPrefeitura Municipal de Vitória. Temosque instalar aqui internet de alta velo-cidade. O ES está fora desse projeto.

Nesse foco, além da expansão darede de telecomunicação, da democrati-zação da informática, do conteúdo quepode ser oferecido para os alunos de 1º e2º graus, nós temos também que formarcompetência e inteligência, gente alta-mente qualificada. Isso é um processoque se constrói passo a passo, mas que éinevitável.

Eu diria que há um quarto foco. OES está fora do mapa da ciência do Bra-sil. Temos excelentes mestres e douto-res, temos bons pesquisadores, bons gru-pos de pesquisa, mas muito aquém dasnossas necessidades. É nos programas depós-graduação, mestrado e doutoradoque você forma os cérebros. Então, te-mos que fazer um esforço, e nesse esfor-ço a Ufes tem um papel decisivo, e arede privada de ensino superior deve re-pensar o seu papel, se ela quer ser umaescola de 3º grau ou se ela realmente querser uma universidade. Nós temos que ge-rar, formar inteligência e, se necessáriofor, até trazer gente de fora.

Qual será o papel da Fundação deApoio à Ciência e Tecnologia?

A Fundação de Apoio à Ciência eTecnologia vai ter mais recursos quantomais mobilidade tiver de captar essesrecursos do governo Federal e na inicia-tiva privada e quanto mais a populaçãose convencer da importância estratégi-ca de ciência e da tecnologia. A Funda-ção será agência de fomento das políti-cas de ciência e tecnologia, que sãoacopladas às políticas macroeconô-micas do estado do ES. Ela será o órgãoque vai fomentar, operar e captar recur-sos para o desenvolvimento do ES den-tro de uma visão estratégica maisabrangente, que inclusive leva muito emconta não só o crescimento econômico,mas o desenvolvimento sustentável dasociedade e o bem estar das pessoas. Asdemandas e as necessidades são muitograndes. Certamente, os recursos inici-ais não são muito grandes, mas vão cres-cer à medida em que a população, o ci-dadão, a própria elite e a classe política

entenderem o papel decisivo de se in-vestir, de se aplicar em ciência etecnologia como um fator de desenvol-vimento sustentável econômico e huma-no de nosso estado.

Quais as perspectivas deimplementação da Secretaria?

Há um compromisso do Governa-dor de dinamizar este setor. Há uma mo-vimentação em torno da ciência e datecnologia na sociedade. Falta agora to-dos esses agentes se juntarem para au-mentar a velocidade da nossa marcha.No ano passado nós realizamos um tra-balho de sensibilização, aglutinação ediscussão para viabilizar esse projeto.Isso foi uma conquista da sociedadecapixaba, que pautou esse assunto. Ago-ra, nós já temos um bom arcabouçoinstitucional. A minha previsão é que nofinal desse semestre ou início do segun-do vamos botar o time em campo.

E quanto aos recursos? Qual será ovalor destinado a Fundação?

Meio por cento do ICMS líquidodo estado, que corresponde hoje em tor-no de R$ 8 a 10 milhões por ano. Se oEstado coloca um real, o governo Fede-ral coloca outro. Se conseguir aglutinara iniciativa privada, um real vira três. Éimportante ressaltar que no ano de 2003o Estado estava em uma situação muitograve, com suas instituições políticas epúblicas abaladas, fisicamentedestruídas. Então, o trabalho do gover-nador foi de recomposição da máquinapública, inclusive dos salários dos servi-dores. A minha visão é quegradativamente, agora que a máquinaestatal está pelo menos no trilho e an-dando para frente, esses recursos vão au-mentar,

E como serão estabelecidas as pri-oridade para destinação de verbas?

É o Conselho Estadual de Ciênciae Tenologia quem vai definir. O Conse-lho é um órgão formado pelo governoEstadual, empresariado e instituiçõessuperiores. Do lado do governo há umacomposição de secretarias maisdirecionadas às atividades de ciênciatecnologia e informação. O Conselhotambém tem a participação da comu-nidade acadêmica com representantesda Ufes e das instituições superioresprivadas e representação doempresariado.

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O Sistema Nacional de Fiscalizaçãofoi destaque na 2ª Reunião Ordinária doColégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea - 2004, realizado entre os dias 19 e21 de maio, no Quality Suites Hotel, emVila Velha. Uma das preocupações atuaisdo Sistema é normatizar para todas asregiões as ações e a organização daFiscalização Preventiva e Integrada - FPI,que já é praticada em alguns Creas, comsucesso.

Para aprimorar as relações e aação fiscalizadora entre o SistemaConfea/Crea e Ministérios/Órgãos daAdministração Pública, o Colégio dePresidentes decidiu solicitar aoConfea um Convênio ou Termo de Co-operação Técnica com os MinistériosPúblicos Federal e do Trabalho, aAgência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) e o Ministério da Previ-dência Social, buscando a fiscalizaçãointegrada nos moldes já firmados comoutros órgãos.

Diversas decisões foram tomadasem relação a Engenharia de Segurançado Trabalho. Dentre elas está o enca-minhamento do Manual de Fiscaliza-ção da área de Engenharia de Seguran-ça do Trabalho à Comissão deOrganização do Sistema Confea/Crea(COS), para providenciar sua adoçãoem nível nacional. Também será soli-citado ao Confea um estudo jurídicopara que ocorra a inclusão do tecnólogono rol dos profissionais aptos à especi-alização em Engenharia de Segurança

do Trabalho dentro da legalidade.O currículo dos cursos de Enge-

nharia de Segurança do Trabalho, vi-gente há 20 anos, também recebeuatenção especial. O Colégio de Presi-dentes ressaltou a necessidade de re-visão do currículo, já que o desenvol-vimento científico criou novos riscosde trabalho, exigindo maior conheci-mento preventivo.

Quanto a permanência de Técni-cos Industriais e Agrícolas nos Plená-rios do Confea e dos Creas, conquistaalcançada no III CNP, realizado em Na-tal-RN, o Colégio de Presidentes ofere-ce total apoio e pretende manter taldecisão.

FFFFFINANCIAMENTOS RURAISOutro tema abordado no encon-

tro foi a obrigatoriedade da Anotaçãode Responsabilidade Técnica - ARTpara financiamentos rurais.

Normalmente esse tipo de finan-ciamento é concedido sem exigênciada apresentação das ARTs, expondo oprodutor rural aos riscos dacontratação de pessoas não habilita-das. Segundo resolução do Colégio dePresidentes, empreendimentos semART podem causar prejuízos inesti-máveis à produção agrícola, inclusiveao meio ambiente.

Pensando nisso, o Colégio dePresidentes irá solicitar ao Confea odesenvolvimento de gestões junto aoBanco do Brasil S/A, Banco da Amazô-

O Colégio de Presidentessolicitará a Coordenação da Comis-são de Assuntos Nacionais (CAN) acontratação de uma ampla pesquisajunto aos arquitetos do Sistema.

A intenção é avaliar a posiçãodesses profissionais e os motivos daintenção de criarem um Conselhoespecífico para a categoria.

A pesquisa também pretendeexibir os questionamentos emrelação ao modelo do SistemaConfea/Crea vigente.

O coordenador da CAN, Eng.Mecânico Francisco Machado,sinalizou de forma positiva a intençãode financiar a pesquisa.

Pesquisa avaliaránecessidade de

Conselhos de Arquiteturae Urbanismo

SÉR

GIO

CA

RD

OSO

Colégio de presidentesColégio de presidentes

nia S/A, Banco do Nordeste S/A e ou-tros estabelecimentos bancários queatuam na área de financiamento ru-ral, para que as solicitações de finan-ciamentos só sejam aprovadas após acomprovação da ART do empreendi-mento a ser financiado.

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Os conflitos existentes entre osConselhos Regionais de Química (CRQs) e osConselhos Regionais de EngenhariaArquitetura e Agronomia (Creas) tambémforam tema dos trabalhos do Colégio dePresidentes de Creas no ES.

O assunto foi abordado pelo Coor-denador da Comissão de Avaliação daEngenharia Química (Caeq) do Confea,Eng. Químico Geraldo HernandesDomingues. Ele explicou que, de acordocom o artigo 335 do CLT, só é necessárioo registro de Engenheiros Químicos noCRQ quando os mesmos exercerem fun-ções de químicos, como, por exemplo,profissionais que atuam em laboratóri-os de análise.

Domingues ressaltou também oproblema relacionado à questão do re-gistro de empresas. Segundo ele, quase100% dos processos registrados nas Câ-maras de Química dos Creas se referem

a registros de empresas. “O CRQ vem ten-tando forçar o registro de empresas comatribuições da Engenharia que possuemem sua composição profissionais comatribuições da área química”, disse.

Ele também explicou aos partici-pantes da 2ª Reunião Ordinária do Co-légio de Presidentes do SistemaConfea/Crea a função da Comissão co-ordenada por ele: “A Caeq tem comometa o reconhecimento da atuação doEngenheiro Químico como engenhei-ro registrado no Crea,sem necessidade de regis-tro no CRQ”, disse.

Para mais esclareci-mentos sobre o assunto,Domingues informou quea Caeq disponibiliza infor-mações e atende consultaspelo site do Confea:www.confea.org.br/caeq

Engenheiros químicosquerem fim doconflito com CRQ

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REPRESENTANTES

DO SISTEMA

CONFEA/CREA

DURANTE OS

TRABALHOS DA 2ªREUNIÃO ANUAL

DO COLÉGIO DE

PRESIDENTES,REALIZADA NO

ESPÍRITO SANTO.ANA PAULA SANT’ANNA

de Creas se reúne no ESde Creas se reúne no ES

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Cópias em CD do software doFormulário de Anotação de Responsabilida-de Técnica (ART), na versão off-line, já estãodisponíveis no Crea para os profissionaisregistrados. O CD, que também contémmanuais de instalação e de preenchimento,pode ser obtido gratuitamente na sede doConselho e também nos postos e inspetorias.

Mesmo com o software, os profis-sionais que utilizam ART off-line devemacessar periodicamente o site do Creapara atualizar os dados do programa eevitar erros no encaminhamento das in-formações. A recomendação é da Equipede Informática do Conselho, que criou oprograma para agilizar o preenchimen-to do documento quando o profissionalfor registrar alguma obra ou serviço.

Segundo o Consultor deInformática do Crea-ES, Kleyson Musso“a utilização desse serviço traz vantagenspara o profissional, que economiza noacesso, pois só é preciso estar conectadoà internet na hora do envio dos dados; ecorre menos risco de erro, pois as infor-mações são enviadas via internet para obanco de dados do Crea, evitando assimuma redigitação”.

Musso disse ainda que, diferentedo que ocorre com a ART manual, a taxada ART off-line poderá ser quitada emqualquer agência bancária. Além disso,segundo ele, há mais facilidade de pre-enchimento, uma vez que os conteúdosdas tabelas já estão no sistema. Mais in-formações pelo tel.: 3334-9919.

CD de ARTOff-line já estádisponível

Crearegistrouem marçonúmerorecorde deARTs

O Crea-ES contabilizou no mês demarço um recorde histórico de registros deobras e serviços de Engenharia, Arquiteturae Agronomia, efetuados pelos profissionaisde nível médio e superior no Estado.

Os 5.408 registros foram computa-dos pelo Crea por meio do formuláriode Anotação de Responsabilidade Téc-nica (ART), documento obrigatório quedefine, para efeitos legais, os responsá-veis técnicos pelas obras e serviços deEngenharia, Arquitetura e Agronomia.Qualquer atividade, projeto ou obra deveser precedida de uma ART.

O índice registrado em março des-te ano é o maior desde 1977, data de cri-ação da ART. Para o presidente do Crea-ES, Eng. Eletricista Silvio Roberto Ramoseste resultado, além de atestar a rigorosafiscalização do Crea-ES, sinaliza tambémo crescimento das atividades econômi-cas no Espírito Santo, refletindo as mo-

vimentações em torno dos grandes pro-jetos que estão sendo implantados noEstado, como a construção do alto-fornoda CST e a descoberta de novos campospetrolíferos.

“Os projetos na área industrial eas consequentes atividades de engenha-ria pesaram muito para este ótimo de-sempenho. É um recorde histórico quenão se reflete apenas na construção ci-vil, mas em várias outras atividades de-senvolvidas pelos nossos profissionais.Um crescimento que pode ser conside-rado surpreendente, principalmentenuma época em que, de um modo ge-ral, a economia brasileira está em bai-xa”, destaca Ramos.

Nos últimos anos, os maiores nú-meros de ARTs registrados no Crea-ESforam observados no mês de outubro de2002, com 4.914 registros; e no mês deagosto de 2003, com 5.392 registros.

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Nove empresas das áreas deEngenharia, Arquitetura e Agronomia doEspírito Santo receberam no dia 08 de junho,no auditório da Findes, o certificado deQualificação de Fornecedores da ConstruçãoCivil (Qualifor).

O Qualifor é um programa vitoriosodo Sindicato das Indústrias da ConstruçãoCivil do Espírito Santo (Sindicon), quedisponibilizou gentilmente ao Crea a suametodologia e forneceu total apoio ao Con-selho na realização de um projeto piloto.Em parceria, o Crea-ES, o Sindicon e o Ins-tituto Euvaldo Lodi (IEL) desenvolveramao longo de 13 meses o projeto junto a novepequenas empresas com o objetivo de pro-mover a capacitação, o desenvolvimento ea qualificação de micro e pequenas empre-sas capixabas registradas no Crea-ES.

O Espírito Santo é referência emqualidade no Brasil. Das 4593 empresasdo país com certificados válidos ISO9001:2000, mais mais de 20% sãocapixabas. Segundo o presidente do Crea-ES, Engº Eletricista Silvio Roberto Ra-mos, os números refletem a posição devanguarda do Estado sob a liderança doSindicon, e a preocupação das empresasem enfrentar os desafios de um merca-do cada vez mais competitivo e seletivo.

Empresas Certificadas- Agrolab Análise e Controle de Qualidade Ltda;- Concena Construções e Serviços Ltda;- Cricaré Engenharia e Construções Ltda.;- Domus Arquitetura Ltda.;- Equilibrium Engenharia Ambiental Ltda.;- J. Veiga Engenharia Ltda.;- JBM Serviços e Representações Ltda.;- Pró Engenharia e Arquitetura Ltda.;- Vitória Ambiental Engenharia e Tecnologia S/A.

Qualifor: empresas capixabasrecebem aval de qualidade

PARTICIPARAM DA MESA DE ABERTURA DA SOLENIDADE DE CERTIFICAÇÃO O PRESIDENTE DO

CREA-ES, SILVIO RAMOS; O PRESIDENTE DO SINDICON, ARISTÓTELES PASSOS COSTA NETO; O

PRESIDENTE DA FINDES, FERNANDO ANTÔNIIO VAZ; O SUPERINTENDENTE DO IEL, BENILDO

DENADAI; O PRESIDENTE ELEITO DA FINDES, ENG. MECÂNICO LUCAS IZOTON VIEIRA. LIDERANÇAS POLÍTICAS

TAMBÉM PRESTIGIARAM A INICIATIVA. ESTIVERAM PRESENTES AO EVENTO O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, CLAUDIO VEREZA E A DEPUTADA FEDERAL IRINY LOPES.

“Com o Programa queremos buscar a me-lhoraria da qualidade dos produtos e ser-viços oferecidos pelas empresas e con-tribuir para que elas ocupem um melhorposicionamento no mercado competiti-vo”, explicou.

O Programa Qualifor também pos-sibilitou às empresas participantes rece-berem o certificado de qualidade ISO9001:2000. Para aumentar o número depequenas empresas qualificadas no Espí-rito Santo, a parceria entre o Sindicon, oCrea-ES e o IEL, além de outras empresas

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e entidades, pretende criar mais três tur-mas até o final do ano de 2004, perfazen-do um total de 30 empresas atendidas.

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Crea-ES renova Programa deEducação Continuada

Mais atenção para ointerior do Estado

O Crea-ES contratou uma consultoriapedagógica para revisar e adequar o projetodo Programa de Educação Continuada - PEC.Em sua nova versão, o projeto resgata ahistória do PEC, atualiza diretrizes esistematiza procedimentos para desenvolverações de capacitação profissional. Ametodologia de reelaboração buscou oenvolvimento de setores do Crea-ES. Aprevisão é de que o novo modelo sejaconcluído até o final de julho.

O trabalho foi dividido em três eta-pas: reelaboração formal do programa,incluindo as novas possibilidades de atu-ação, sobretudo em aspectos relaciona-dos ao levantamento de necessidades decapacitação e com a avaliação de resulta-dos; socialização do novo formato paraajustes necessários, aprovação e posteri-or divulgação a todas as entidades e par-ceiros do Crea; e acompanhamento econtrole das novas ações, processos e mo-delos de instrumentos implementadosdurante o período de revisão do projeto.

O projeto também prevê areafirmação e estabelecimento de novasdiretrizes para o PEC – Crea-ES, tendo comofoco privilegiado a compatibilização comos planejamentos e objetivos estratégicosdo órgão e entidades associadas.

No âmbito dos funcionários doConselho, também foram definidas asmetodologias para o levantamento denecessidades de treinamentos, conside-radas internamente advindas de inova-ções das áreas específicas e correlatas,da avaliação de desempenho (auto avali-ação, avaliação feita pelas chefias imedi-atas e pelos usuários dos serviços) e daidentificação de aspectos geradores deperdas para o órgão (análise interna dosprincipais entraves decorrentes de de-sempenhos pessoais).

O PEC em sua nova versão, estabe-leceu os tipos de eventos de capacitaçãoprofissional que poderão ser realizados:cursos presenciais, a distância e por meiode metodologias associadas; palestras;grupos de estudos; estudo orientado evisitas técnicas.

O Programa de Educação Continuada (PEC) realizou no início deste ano uma pesquisacom todos os profissionais do Sistema. Entre as principais deficiências encontradas, destaca-se a dificuldade dos profissionais do interior do Estado de se deslocarem de suas cidades paraparticiparem dos cursos realizados na sede do Crea-ES, em Vitória.

Para suprir essa necessidade, o PEC está intensificando as ações nas regiõesinterioranas. Foram organizados no primeiro semestre, uma palestra e um curso nas cidadesde Cachoeiro de Itapemirim e São Mateus. Além disso, o Programa se preocupou em escolhero tema “A nova norma – 6118/03 (NB-1)”, solicitado pelos profissionais na pesquisa.

A norma, abordada nos eventos, trata do projeto de estrutura de concreto, que entrou emvigor definitivamente em 1º de abril deste ano. A atualização desse assunto é importante paratodos os profissionais envolvidos com projetos e construção das estruturas de concreto.

Realizando esses eventos, o PEC capacitou até junho deste ano aproximadamente 60profissionais do interior. Para o segundo semestre, está prevista a realização de eventossemelhantes nas cidades de Colatina e Linhares.

PROPRIETÁRIOS RURAIS, PROFISSIONAIS DAS ÁREAS DE

ENGENHARIA, BIOLOGIA E MEIO AMBIENTE

PARTICIPARAM DO CURSO DE PRODUÇÃO DE SEMENTES

E MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS ORGANIZADO PELA

AEFES, DENTRO DA PROGRAMAÇÃO DO PEC.

ELISANGELA BELLO O projeto contempla formas deidentificação do público alvo que in-clui funcionários, fornecedores e usu-ários dos serviços prestados. Contem-pla também a possibilidade de eventosabertos e de demanda específica, es-tes, com possibilidades de atendimen-to personalizado.

O presidente do Crea-ES, Eng. Ele-tricista Silvio Roberto Ramos, criador eprincipal incentivador do PEC, acreditaque a releitura do Programa, após cincoanos de existência, reafirma os compro-missos e a política de qualidade do Crea.“Investir em atividade de capacitaçãoprofissional e promover a educação con-tínua é garantir a valorização dos profis-sionais e a melhoria na qualidade daprestação de serviços, proporcionandosegurança e condições adequadas de vidaà sociedade”.

Participaram da elaboração donovo projeto do PEC o presidente doCrea-ES, Eng. Eletricista Silvio RobertoRamos, o coordenador de Projetos Espe-ciais, Eng. Civil Luis Fernando Fiorotti,o consultor Eng. Eletricista Ernani deCastro Gama, a consultora Arq. ClemirRegina Pela Meneghel, a jornalistaIzabella Salazar e a consultora epedagoga Hilda Lobo da Silva.

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PRESERVAÇÃOTEM PREÇOMais que um recurso natural, um gerador devida na Terra. Mais que um bem natural

imprescindível, insumo para boa parte dossegmentos da economia e para a população, a

água agora já é encarada como bem econômico epassou a ocupar posição estratégica para governos,

empresas e sociedade civil. A cobrança da águaainda é um tema controverso, mas pode ser a

saída para a preservação desse recurso natural.

Apesar de polêmica, a cobrança pelouso da água já é realidade na lei e em umadas 12 regiões hidrográficas brasileiras: a doRio Paraíba do Sul, que abrange os Estadosdo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.Acompanhando uma tendência mundial, aAgência Nacional de Águas (ANA) temincentivado a articulação e organização doscomitês das bacias federais para a outorga ecobrança pelo uso da água, alegandoprincipalmente que essa forma de gestão,mais do que geração de receita para ações depreservação, pode favorecer a mudança deatitude das populações e empresas quanto ànecessidade de uso racional da água. NaFrança, por exemplo, cerca de 600 milhões deeuros dos recursos investidos anualmente notratamento de esgotos domésticos e industriaisvêm da cobrança da água, feita pelasagências de bacias.

No Espírito Santo a água que chegaà população ainda é captada gratuitamen-te. Os valores cobrados nas contas quechegam em casa ou nas empresas sereferem apenas aos serviços de distri-buição. A cobrança ainda é uma realida-de distante e só agora os organismos es-taduais se preparam para se adequar ànova legislação sobre as águas, estudan-do a implantação de um mecanismo le-gal já existente em quase todos os Esta-dos brasileiros: a outorga.

O gerente de Recursos Hídricos doInstituto Estadual de Meio Ambiente eRecursos Hídricos (Iema), Eng. Mecâni-co Fábio Ahnert, acredita que a cobrançaé um segundo passo a ser dado em buscada preservação da água. Antes disso, naopinião dele, é necessário que o Estadoinvista num suporte legal que lhe permi-ta lançar mão da outorga, uma conces-são emitida pelo Estado a empresas dedistribuição, a partir de avaliações so-bre quantidade e qualidade do recurso,levando em consideração os demais usose prioridades.

Para chegar a isso ainda faltam serpercorridos alguns caminhos. “Das 12 re-giões hidrográficas do Estado, que envol-vem várias sub-bacias, muitas não têmsequer estudo sobre a disponibilidadeda água e seu uso”, explica. O Estado tam-bém não tem um plano próprio de Re-cursos Hídricos. ”Houve uma iniciativade se começar a discutir o plano há 10anos, mas nunca mais se falou nisso.

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Experiência pioneira garanterecursos para o Paraíba do Sul

TRECHO DO RIO PARAÍBA DO SUL, (ENTRE SÃO FIDELIS ECAMPOS) COM BANCOS DE AREIA, FENÔMENO NATURAL

INTENSIFICADO PELO MAU USO DO RIO, QUE PRODUZ PERDA

DA VELOCIDADE DAS ÁGUAS E SEDIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

EM SUSPENSÃO.

Agora, através da Secretaria Estadual doMeio Ambiente e Recursos Hídricos(Seama), estamos retomando isso, coma ajuda do Ministério do Meio Ambien-te, que também está elaborando o PlanoNacional de Recursos Hídricos, atravésdo Conselho Nacional de RecursosHídricos (CNRH), do qual fazemos par-te”, acrescenta. Esta é a primeira vez queo Estado tem representação no CNRH,com direito a voto.

Além do Plano Estadual de Recur-sos Hídricos, ainda falta ao Espírito San-

to o Sistema de Informações, uma espé-cie de banco de dados com informaçõesde todas as bacias estaduais, suaspotencialidades e usos. “Algumas baciasdo Estado já estão bem avançadas nestesentido e podem fazer parte do projetopiloto para implantar a outorga”, afir-ma Ahnert.

Entre as mais cotadas para servircomo “bacia-piloto” na implantação daoutorga no Estado, estão as bacias dosRios Santa Maria da Vitória e Jucu;Itapemirim e Itaúnas. “Essas bacias, pelo

trabalho desenvolvido pelos comitês, játêm um bom nível de informações e pre-cisam com urgência da regulação”, justi-fica o gerente. O Iema está desenvolven-do os modelos matemáticos e fórmulasde medições para o início do projeto,enquanto uma minuta de decreto, insti-tuindo a outorga, tramita no ConselhoEstadual de Recursos Hídricos. Depois deaprovado, o decreto segue para assinatu-ra do Governador Paulo Hartung, numprazo que deve durar cerca de 90 dias.

PolêmicaPolêmicaPolêmicaPolêmicaPolêmica - Enquanto segmentosda igreja e da agricultura são contráriosà cobrança pelo uso da água, outros seto-res acreditam que este pode ser um ins-trumento valioso para garantir que to-dos tenham acesso à água de formaigualitária e racional.

“As políticas nacional e estadual derecursos hídricos são muito recentes e asociedade ainda não tem conhecimentosobre o assunto, daí as discordâncias”,avalia a secretária executiva da Associa-ção Brasileira de Recursos Hídricos, Se-ção Espírito Santo (ABRH-ES) e analistade recursos hídricos da Companhia Es-pírito Santense de Saneamento (Cesan),Maria Helena Alves. Ela defende que acobrança é necessária para garantir aperenidade dos recursos hídricos, que sãocada vez mais atingidos pela degradação.

Organizações não governamentaiscomo o Movimento de Cidadania pelasÁguas, entretanto, são mais cautelosos emrelação ao tema: “A cobrança é necessária,mas ainda há muito o que se discutir e me-lhorar antes que ela aconteça. A garantia deque os recursos sejam reinvestidos nas pró-prias bacias é uma delas, para que não acon-teça aqui no Estado o que já aconteceu noParaíba do Sul”, compara o coordenadordo Movimento, Adailson Freire da Costa,lembrando que apesar de lá a cobrança terse iniciado em 2003, os recursos não foramrepassados totalmente para os projetos derecuperação da bacia do Paraíba do Sul.

Com uma área de abrangência de55.500 km² (incluindo os Estados do Riode Janeiro, São Paulo e Minas Gerais), aBacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Suliniciou a cobrança pelo uso da água em2003, já arrecadou cerca de R$ 5,8 bilhõesdos usuários, e segue com uma estimati-va de arrecadação de R$ 11,5 milhõespara 2004, de acordo com a Assessoriade Imprensa do Fórum Nacional de Co-mitês de Bacias Hirdrograficas.

Os setores de saneamento, indús-tria, agropecuária, mineração eaqüicultura estão pagando R$0,02/m³,pela captação, consumo e diluição deefluentes nos cursos d’água. Os boletossão emitidos pela Agência Nacional daÁgua (ANA), que, através de um acordocom o Comitê do Rio Paraíba do Sul(Ceivap), conseguiu que os recursos ar-recadados fossem destinados à obrasprioritárias de tratamento de esgotos emelhoria de coleta na região. Pelos estu-

dos do Ceivap, serão necessários aindacerca de R$ 3 bilhões para recuperar to-talmente a bacia.

Apesar de a cobrança já ser umarealidade nestes Estados, a polêmica emtorno do uso dos recursos persiste. A fal-ta de clareza na legislação federal, quepode levar ao desvio e até a formas decontingenciamento dos recursos era umdos entraves para implementação donovo sistema de gestão, pois não haviagarantias de que o dinheiro seria total-mente revertido para as bacias.

No dia 11 de junho, foi aprovadauma lei que dirimiu dúvidas a esse res-peito. Sob o número 10.881/2004, ela es-tipula que todo o dinheiro arrecadadoseja utilizado integralmente em obras edesenvolvimento de projetos escolhidospelos comitês de bacia. Este pode ser opasso que faltava para garantir o proces-so da implementação de outorga e co-brança pelo uso da água no Brasil.

Apenas 10% dos municípios do país têmcoleta seletiva de lixo e 60 milhões de pessoasnão têm sequer coleta de esgoto, segundo dadosdo próprio Ministério das Cidades apresentadosno III Seminário Interestadual do Saneamento Am-biental, promovido pelo Crea-ES, AssembléiaLegislativa, Sindicato dos Engenheiros e Sindaema,

Gestão do saneamento é tema de semináriono dia 4 de junho, com o objetivo de apresentarpropostas para uma política de saneamentoambiental no Estado.

Para o diretor do Departamento de Águas eEsgoto da secretaria Nacional de Saneamento Am-biental, engenheiro Clóvis Nascimento Filho, umdos palestrantes do evento, apesar do cenário apre-

sentado, os programas do Governo Federal jáestão trazendo bons resultados: “investimos emum ano e meio cerca de R$ 6 bilhões, mais do quejá foi investido nos últimos 10 anos”, destaca.Para estender os benfícios do saneamento a todoo país, seria necessário, no entanto, um investi-mento de R$178 milhões ao longo de 20 anos.

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Crea-ES e Crea-MGfiscalizam uso do Rio Doce

“A participação na preservação do meioambiente não é uma novidade na atuação doCrea, que há tempos vem se envolvendo nasdiscussões sobre o desenvolvimento sustentá-vel”. A afirmação que justifica a parceria com aANA e o Crea-MG e elucida as ações doConselho é do próprio presidente, Eng.Eletricista Silvio Roberto Ramos. Para ele, afiscalização do uso das águas do Rio Doce émuito importante para o Estado, mas estáenvolvida num contexto mais abrangente: “nossocompromisso com a sustentabilidade é antigo.Já apoiamos o Movimento de Cidadania pelasÁguas, o projeto Andarilhos, e além da FPI RioDoce estamos colaborando com os debates sobrea Agenda 21 nos municípios”, acrescentou.

Além de fazer parte do planejamentoestratégico do Conselho, o tema dasustentabilidade está em evidência para todo oSistema Confea/Crea, que se prepara comcongressos regionais nos Estados para o 5°Congresso Nacional de Profissionais (CNP) e a61ª Semana Oficial de Engenharia, Arquitetura eAgronomia (SOEAA), a ser realizada entre 30 denovembro e 3 de dezembro em São Luis,Maranhão, com o tema central “ExercícioProfissional e Cidades Sustentáveis”.

Sustentabilidadeem foco

“O rio Doce banha terras amargas, demaleita, ferro e melancolia...” A contradi-ção na poesia do itabirano CarlosDrummond de Andrade pode ser traduzidano imenso trabalho que têm pela frente osque sonham com a recuperação do rio quejá foi e ainda é berço de tantas riquezas(como o ouro e o minério de ferro) para oBrasil. Com problemas como assoreamento,poluição (mais de 90% dos esgotos dos 228municípios que abrange, lançadosdiretamente em seu leito), erosão edesmatamento em suas margens, a baciado Rio Doce alcança um total de 3,1milhões de pessoas com seus 83.400 km².Antes navegável em quase toda a suaextensão, o Doce exibe nos balcões de areiae nos trechos em que se pode cruzá-lo até apé o resultado da relação de exploraçãovivida com o homem desde a chegada dosportugueses no Brasil.

Com o objetivo de reverter estequadro, grupos de parlamentares, movi-mentos populares e entidades vêm semobilizando e se juntando a órgãos pú-blicos desde meados da década de 90,em busca de soluções para os problemasda bacia do Rio Doce. A iniciativa maisrecente saiu do papel no dia 8 de junho,

quando Crea-ES e Crea-MG assinaram,em parceria com a Agência Nacional deÁguas (ANA), um termo de cooperaçãotécnica para desenvolver ações de fisca-lização na bacia do Rio Doce.

O trabalho, que já começou no es-tado de Minas Gerais (nos dias 13 e 14de junho, na cidade de Itabira), consisti-rá na vistoria e no diagnóstico do usodas águas da bacia para fins domésti-cos, de saneamento, agropecuário e in-dustrial. Através de um modelo de açãoque ficou conhecido como FiscalizaçãoPreventiva Integrada (FPI), diversas ins-tituições se juntam aos CREAs para fa-zer o trabalho em parceria. No EspíritoSanto, a FPI Rio Doce, contará com aparticipação do Ministério Público Es-tadual, do Instituto Estadual de MeioAmbiente e Recursos Hídricos (Iema),do Instituto de Defesa Agropecuária eFlorestal do Espírito Santo(Idaf) e da Po-lícia Ambiental. “Dessa maneira, comcada órgão, dentro do seu campo de atri-buições e o Crea, atuando na fiscaliza-ção, será possível reunir uma grandequantidade de informações sobre a si-tuação da bacia”, afirmou o gerente defiscalização do Crea-ES e membro da

Agenda 21No Espírito Santo, a discussão da Agenda

21 é apoiada pelo Crea-ES. “Para os municípiosque já têm, estamos fazendo um diagnóstico; nosque não têm, tentamos ajudar de alguma forma,principalmente incentivando a participação dapopulação, porque sem a interação da sociedade,a idéia já nasce morta”, afirma a engenheirageóloga Leila Issa Vilaça,

Eventos realizados em parceria com oCREA no Espírito Santo em junho:

“Pensando a Agenda 21: Um debatepopular sobre desenvolvimento esustentabilidade”, ocorrido no dia 3, emparceria com a Assembléia Legislativa doEspírito Santo.

Apresentação de Projetos para Agenda 21em municípios do ES, pela arquiteta TeresaRomero, no dia 17, no auditório do Crea.

O que é“Programa de ação que constitui uma

tentativa ousada de promover em escalaplanetária um novo padrão de desenvolvimento,conciliando métodos de proteção ambiental,justiça social e eficiência econômica”. Essa é adefinição do Ministério do Meio Ambiente para oprograma Agenda 21, fruto de um documentoelaborado durante a Conferência das NaçõesUnidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento(CNUMAD), que aconteceu em 1992, no Rio deJaneiro, também conhecida por ECO-92 e quevem sendo discutida em vários municípiosbrasileiros.

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FOZ DO RIO DOCE, EM REGÊNCIA, LINHARES:RETRATO DO DESCASO

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FPI-Rio Doce, Eng. Mecânico Flavio LaRocca.

Outra parte do convênio com aAgência Nacional da Água (ANA) estipu-la ainda que as equipes de fiscalizaçãodos Creas passem por um treinamentoespecializado, em que a agência dará no-ções técnicas aos fiscais sobre recursoshídricos, quantidade e qualidade daságuas da bacia, e legislação específica.No ES, a capacitação da equipe da FPI-Rio Doce ocorrerá no período de 19 a 22de julho. As ações de fiscalização terãoduração aproximada de três meses a par-tir de setembro. As irregularidades e abu-sos no uso da água constatados pela FPIserão encaminhados, por meio de rela-tórios ao Ministério Público Estadual,que aplicará aos infratores um Termo deAjustamento de Conduta.

Para a consultora externa da Co-missão de Meio Ambiente do Crea-ES,engenheira geóloga Leila Issa Vilaça, aação do Crea em parceria com a ANAserá fundamental para a preservação dabacia, que no Espírito Santo contribuipara o desenvolvimento de vários seto-res da economia: “a bacia faz parte dageração de renda e de trabalho em seg-mentos importantes aqui, por isso a açãodo Crea é necessária na busca por umdesenvolvimento sustentável, que permi-ta o uso dos recursos sem a sua degrada-ção”, ressaltou.

Setores como o de móveis, mine-ração, têxtil e agricultura encontram-sena área de abrangência da Bacia do RioDoce e estão na agenda de ações da FPIespecial. Também estão incluídas as bar-ragens, cuja construção muitas vezes tra-zem prejuízos ambientais trágicos. A co-ordenadora prevê que o resultado dotrabalho realizado pela fiscalização doCrea-ES e parceiros seja divulgado emdezembro.

Há sete anos sociedade semobiliza em defesa da água

O VICE-PRESIDENTE, ARQUITETO ANDERSON FIORETI

DE MENEZES, RECEBEU HOMENAGEM EM NOME DO

CREA DA SECRETÁRIA DE MEIO AMBIENTE, MARIA DA

GLÓRIA ABAURRE

Enquanto governo e empresas dis-cutem formas e fórmulas de preserva-ção, muitas vezes emperrados na buro-cracia, a sociedade se organiza e tentareverter o quadro de degradação e aban-dono em que se encontram rios, lagos emares.

Criado em 1997, o Movimento deCidadania pelas Águas é um deles. Abri-gado e apoiado pelo Crea-ES, seus par-ticipantes realizam palestras em esco-las, igrejas e até em Semanas dePrevenção de Acidentes do Trabalho(Sipat’s) nas empresas, sobre maneirasde se preservar e usar a água de um jei-to responsável, para que ela nunca fal-te. Neste ano, o Movimento realiza di-versas atividades em parceria com aigreja católica, que elegeu a água comotema da Campanha da Fraternidade 2004.

“Estamos capacitando catequistase religiosos para que eles possam tra-balhar o tema da água nas suas comuni-dades”, explica Adailson Freire da Cos-ta, um dos líderes do Movimentoformado integralmente por voluntári-os. Além da capacitação, eles participa-ram, no dia 27 de junho, da 1ª Romariada Água, promovida pela Diocese deSão Mateus/ES, na paróquia de Boa Es-perança/ES.

Adailson diz que o trabalho desensibilização das pessoas é lento, masque já mostra resultados: “depois de seteanos de trabalho, podemos dizer que asemente plantada já está brotando, por-que hoje, igrejas e escolas nos procurampara ter mais conhecimento sobre otema; algumas até estão adotando nas-centes, fazendo trabalhos de acompanha-mento com turmas de alunos, e isso éresultado desse trabalho de mobilizaçãoinicial”, explica. Em 2004, a meta deles érealizar 360 palestras (200 já foram pro-movidas até agora).

Outro trabalho que vem despertan-do a atenção dos capixabas para a pre-servação do meio natural é o do ProjetoAndarilhos. Ligado ao Movimento deCidadania pelas Águas pela atuação dosseus membros e também pelo apoio do

Crea-ES e do Sindaema, o “Andarilhos” éuma Organização Não Governamental(ONG) que começou realizando limpezade trilhas, matas e margens de rios em1987. Hoje capacita professores e alunospara atuarem como agentessensibilizadores em monitoramento detrilhas e coordena visitas escolares emáreas de proteção ambiental (APAS).

Depois, segundo o coordenador detrabalhos de campo, Moysés Dantas, ogrupo ampliou o seu trabalho voluntá-rio para a área de educação ambiental,também oferecendo palestras e forman-do jovens que se interessem pela prote-ção ao meio ambiente.

Reconhecimento - Reconhecimento - Reconhecimento - Reconhecimento - Reconhecimento - Pelos resul-tados, mas principalmente pelo valor dotrabalho que realizam, esses movimen-tos foram reconhecidos como destaquesna educação e mobilização ambiental noúltimo dia 4 de junho, na AssembléiaLegislativa do Espírito Santo, durante arealização de uma Sessão Solene nas co-memorações da Semana do Meio Ambi-ente. Receberam a medalha Paulo Vinha,pelos esforços na preservação do MeioAmbiente: Moysés Dantas (Andarilhos);Adailson Freire da Costa (Sindaema);Anderson Fioreti de Menezes (Crea-ES);Luis Fernando Fiorotti (Senge-ES); Álva-ro Garcia (Aefes) e Luiz FernandoSchettino.

ARQUIVO ANDARILHOS

ANDARILHOS EM VISITA MONITORADA AO MESTRE ÁLVARO, SERRA

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FLÁVIO GONÇALVES

Compreender a dinâmica econômica eos mecanismos e impactos da configuraçãoespacial da região mineradora, siderúrgica,produtora de celulose e exportadora,articulados ao longo dos 540 km do eixologístico e industrial da macroregião BeloHorizonte – Vitória. Esse é o principalobjetivo do projeto “MG-ES - Um sistemainfraestrutural”, uma pesquisamultidisciplinar iniciada em junho de 2003,que agrega pesquisadores, professores eestudantes das Universidades Federais doEspírito Santo, de Minas Gerais, da ONGArtecidade (de São Paulo), em parceria como Instituto de Arquitetura Avançada daCatalunha (Espanha) e sob coordenação doprofessor Nelson Brissac Peixoto, da PUC-SP.

A área em estudo, que compreen-de a região nordeste de Minas Gerais enoroeste do Espírito Santo, é considera-da pelos pesquisadores um bom exem-plo do processo de modernização peloqual o Brasil passou nos últimos anos.Ao lado de um grande sistema modernode produção e exportação com grandeconcentração de capital e alta tecnologia,a região em estudo também apresentavazios econômicos e sociais, com altosíndices de desemprego e pobreza, as cha-madas Zonas Silvestres.

Para os próximos anos estão pre-vistos investimentos na atualizaçãotecnológica do parque produtivo e no de-senvolvimento de novos produtos, naintrodução de novas formas degerenciamento e logística, nareestruturação da infra-estrutura ferro-viária e portuária, na recuperação daindustria naval e no início da explora-ção de petróleo e gás natural no litoralcapixaba.

“A importância do projeto é que eletem como um dos objetivos subsidiar aelaboração de políticas e estratégias porparte dos órgãos públicos e privados, afim de que essa região não seja apenasum espaço de simples passagem de ri-quezas, e sim que parte dessas sejaminternalizadas pela população dessa re-gião de forma sustentável”, afirmou o

REGIÃO DE IPATINGA-MG(USIMINAS AO FUNDO): PROJETO DE

PESQUISA REÚNE DIVERSAS

INSTITUIÇÕES PARA COMPREENDER EPLANEJAR O FUTURO DO EIXO

ESPÍRITO SANTO - MINAS GERAIS.

MG-ES: eixo de desenvol

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presidente do Crea-ES, Eng. eletricista Sil-vio Ramos. O CREA é um dos parceirosdo projeto, junto com as universidadese a Companhia Vale do Rio Doce, Bancode Desenvolvimento do Espírito Santo eCompanhia Docas do Espírito Santo.

A primeira fase do projeto foi desti-nada a um levantamento de informaçõesgeográficas e sócio-econômicas da região,que propiciaram o desenvolvendo de ins-trumentos técnicos e teóricos capazes desubsidiar a análise da realidade existen-te. Entre os dias 12 e 17 de abril, 33 pesqui-sadores brasileiros e espanhóis percorre-ram todo o território da pesquisa,catalogando as informações e realizandoreuniões com as administrações munici-pais e movimentos sociais da região.

As demandas sociais, ambientaise econômicas foram identificadas e se-rão as bases para o desenvolvimento deprojetos que tentem minimizar proble-mas já identificados como o desempre-go e conseqüente concentração de ren-da, as extensas áreas ruraisimprodutivas, o grande déficithabitacional nas cidades limítrofes àsgrandes empresas e a falta de uma in-tervenção articulada por parte dos po-deres públicos e empresas.

A parceria com os pesquisadoresdo Instituto de Arquitetura Avançadada Catalunha – Iaac – coordenado porManuuel Gausa e Willy Muller, vemsendo considerada importante, tendoem vista a experiência do InstitutoCatalão no desenvolvimento de proje-tos voltados para a problemática dascidades. O Iaac desenvolveu recente-mente o projeto denominadoHipercatalunha, que buscou contribuirno planejamento das formas de inser-ção da cidade da Catalunha no Merca-do Comum Europeu.

“Os pesquisadores da Catalunha fi-caram impressionados com o nível dasdisparidades sócio-econômicas que cons-tatamos durante a viagem pela região”,afirmou o Arquiteto Kleber Frizzera, co-ordenador do Grupo Conexão VIX, for-mado por estudantes e professores doDepartamento de Arquitetura e Urbanis-

mo da UFES.Está previsto para 2005 o

lançamento de um livro bilíngüe(português e catalão) resultado da fasede diagnósticos e já contendo projetoselaborados pelos pesquisadores dosdois países.

Durante os dias 14 e 18 de junho, aconvite do Iaac, um grupo de 14 pesqui-sadores brasileiros, incluindo um técni-co da CVRD, viajou até a Barcelona(Espanha) para dar continuidade aos tra-balhos desenvolvidos, realizando reu-niões com órgãos do planejamento ur-bano espanhol e visitando projetosreconhecidos internacionalmente, comoo sistema portuário de Barcelona.

Uma exposição fotográfica e umvídeo com imagens da viagem de BeloHorizonte a Vitória foram apresentadosna Catalunha, e ainda este ano serão ex-postos no Brasil, inclusive no Itaú Cen-

tro Cultural de São Paulo.O trabalho desenvolvido em torno

da articulação para viabilização do pro-jeto MG-ES pode abrir espaço para ou-tras iniciativas que envolvam pesquisa-dores dos dois países. “Nosso projetopode se transformar num modelo paraas outras regiões do país no que diz res-peito ao planejamento do desenvolvi-mento regional, incluindo os impactosterritoriais, ambientais, sociais e cultu-rais”, destacou Kleber Frizzera.

A última fase, quando serãoimplementados os projetos desenvolvi-dos pelos pesquisadores, está previstapara se iniciar em 2006. Será nesse mo-mento que todo o material obtido e ana-lisado poderá ser utilizado para a elabo-ração de políticas que interfiram nomodelo desigual de desenvolvimentoapresentado pela região ao longo dotempo.

PESQUISADORES CAPIXABAS E MINEIROS REUNIDOS EM BARCELNA COM PESQUISADORES DO INSTITUTO DE

ARQUITETURA AVANÇADA DA CATALUNHA

NO MAPA AO LADO, A ÁREA EM

QUE O PROJETO MG-ESDESENVOLVE AS PESQUISAS

ÂNGELA SOUZA

vimento e desigualdades

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AEFESGestão Florestal Sustentável

Em comemoração ao dia do Engenheiro Florestal, a Aefespromoveu no dia 09 de julho, no auditório do Crea, um semi-nário sobre Gestão Florestal Sustentável. Foram discutidos osindicadores e tendências do uso sustentável das florestas, agestão florestal em unidades de conservação e outras áreasprotegidas, estudos de caso em regiões do estado do EspíritoSanto, o fomento e a certificação florestal.

Informações: (27) 3233-3066 / [email protected]

IBAPE-ESSimpósio CapixabaProfissionais da engenharia de avaliações e perícia de

todo o Brasil, estiveram reunidos nos dias 26,27 e 28 de maio,em Vila Velha, no V Simpósio Capixaba de Engenharia deAvaliações e Perícias (Siceap), realizado no hotel ParthenonPassárgada. O evento foi promovido pelo Instituto Brasileirode Avaliações e Perícias de Engenharia do Espírito Santo (Ibape-ES).

Informações: (27) 3345-6760 / [email protected]

SENGEOlho no seu voto

O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo(Senge-ES), mais uma vez estará dando seu apoio à campanha“De Olho no seu Voto”, que terá moradia e habitação comotema principal este ano. Entre os assuntos englobados poreste tema estão a criação do Fundo Municipal de MoradiaPopular, a criação do Conselho Municipal das Cidades, a cria-ção da Assistência Técnica e Jurídica Municipal, a urbanizaçãoe regularização de áreas de favelas, a fiscalização deloteamentos clandestinos, irregulares e cortiços, a elaboraçãodo Plano Diretor Municipal e a criação do OrçamentoParticipativo Municipal.

A Campanha “Olho no seu voto” visa conscientizar a popu-lação sobre a importância de se votar em candidatos que de-fendam essas questões de grande importância para a popula-ção e cobrará opiniões e propostas desses candidatos paracada um desses assuntos.

Informações: (27) 3324-1909 / [email protected]

SINTAES/ATAESCongresso Estadual

A Associação dos Técnicos Agrícolas do Espírito Santo(Ataes) e o Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Espírito Santo(Sintaes) estarão realizando nos dias 29, 30 e 31 de julho de2004, o 1º Congresso Estadual dos Técnicos Agrícolas. Na oca-sião serão debatidos assuntos como: Transgênicos,Cooperativismo, Floricultura, Fruticultura, Águas Superfici-ais e Subterrâneas, Agricultura Orgânica e Agroindústria.

O evento acontecerá no Hotel Canto do Sol, antigo Portodo Sol. São esperados cerca de 300 Técnicos Agrícolas.

Informações: (28) 3521-2098 / [email protected]

SEEAPolítica Salarial

A Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros Agrônomos(SEEA) assumiu a responsabilidade de conduzir o processo depolítica salarial profissional da classe. O objetivo é fazer cum-prir as Leis 5.194/66 e 4.950/66, que estipulam o salário para oprofissional agrônomo em nove salários mínimos, com jor-nada de trabalho de oito horas diárias. O Crea-ES também secomprometeu em providenciar uma fiscalização severa parao cumprimento das leis.

Informações: (27) 3223-1441/ [email protected]

IABCursos no ES

A partir de agora os arquitetos capixabas poderão fazer noES os vários cursos de atualização e aperfeiçoamento profissi-onal da Câmara de Arquitetos e Consultores. Este serviço éresultado do convênio firmado entre o Instituto de Arquitetosdo Brasil/Seção ES (IAB-ES) e a Câmara de Arquitetos e Consul-tores, que já oferecia os cursos em outros estados.

O convênio foi intermediado pela NB Projetos Ltda, repre-sentante da Câmara no Espírito Santo. Os associados do IABem dia com a anuidade terão descontos nos cursos.

Informações: (27) 3235-1460 / www.iab-es.org.br

SEECursos de pós-Graduação Continuam abertas as inscrições para os cursos de

Pós-Graduação; Engenharia de Custos / Gestão de Empreendi-mentos; Gestão Auditoria e Perícia Ambiental; e Petróleo eGás, que agora estão com os valores das parcelas reduzidos.

A Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros (SEE) co-munica, também, que está recebendo indicações de profissio-nais para serem homenageados durante as comemorações dos54 anos de existência da entidade, que ocorrerão no dia 25/09.Outra novidade: o site da entidade (www.see.org.br) em breveestará no ar.

Informações: (27) 3223-0322 / [email protected]

SINTECNovo Endereço

O Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noEstado do Espírito Santo (Sintec-ES), já está atendendo emnovo local. O endereço completo é Avenida Nossa Senhorada Penha, nº 280 - sala 204 - Ed. Praia Center, Praia de SantaHelena, Vitória. O sindicato fica próximo ao Boulevar daPraia e o número do CEP é 29055-050. O telefone de contato éo 3345-3005.

Informações: (27) 3345-3005 / [email protected]

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A 845ª Plenária do Crea-ES, rea-lizada em 13 de abril de 2004, apro-vou a recomposição da Comissãode Engenharia de Segurança do Tra-balho (Cest). Participaram da reu-nião representantes do Conselho,engenheiros de segurança do traba-lho e representantes de entidades.

As entidades representadas naatual comissão são: Fundacentro/ES, Sociedade Espiritossantense deEngenharia de Segurança do Traba-lho (Seses), Centro Federal de Edu-cação Tecnológica do Espírito San-to (Cefetes) e Sindicato dos Técni-cos de Segurança do Trabalho doEspírito Santo (Sintest).

A Cest, criada em 11 de junho de1995, fornece subsídios técnicos elegais às Câmaras Especializadas doCrea-ES nas questões relacionadasà área de Engenharia de Segurança,apresentando à sociedade instru-mentos eficazes para garantir a Se-gurança do Trabalho.

As reuniões da Cest acontecemsempre às 19h30, na sede do Crea-ES. Confira as datas das próximasreuniões: 7 de julho, 4 de agosto, 1°de setembro, 6 de outubro, 3 de no-vembro e 1° de dezembro

A revisão da Resolução 218/73 doConfea, prevendo nova organização dasprofissões do Sistema Confea/Crea em gruposfoi o principal ponto discutido na 221ª SessãoOrdinária da Câmara Especializada deArquitetura (CEAR) do Crea-ES, realizadaexcepcionalmente em Colatina/ES, no PlenoHotel, no dia 10 de maio.

Segundo o Conselheiro do Crea-ES,Arq. Anderson Fioretti, com areformulação, os profissionais enquadra-dos em um determinado grupo terão suasatribuições restringidas àquele grupo (se-tores e sub-setores), mas dentro de cadaum será possível a flexibilização das atri-buições profissionais. “A revisão permiti-rá que diferentes modalidades assumamatribuições das outras profissões, sem terformação necessária para tal, o que é in-concebível e inaceitável”, acrescenta.

Também foi ponto de pauta a criaçãodo Conselho dos Arquitetos e Urbanistas(CAU) que está em andamento no Congres-so Nacional. Segundo Anderson Fioretti o“pesado” Sistema Confea/Crea e a dificul-dade de arranjo entre as categorias é a prin-cipal justificativa para a criação do CAU.

Outro tema em debate foi a formaçãoprofissional. A Coordenadora da CEAR,Arq. Patrícia Cordeiro, expôs a preocupa-ção da Câmara com a qualidade do pro-fissional que se formará e atuará no mer-cado com a implantação dos novos cur-

sos de Arquitetura. Ela destacou a ne-cessidade de debate com representan-tes das instituições de ensino do estadoque ministram o curso de Arquitetura eUrbanismo (Ufes, Univix, Facha e Finac)sobre a necessidade de que seja cumpri-do o “currículo mínimo”, visando àunicidade dos conteúdos dos cursos.

O funcionamento e o contexto histó-rico da Câmara também ocupou as aten-ções dos participantes da sessão ordiná-ria da CEAR. A consultora, Arq. ClemirRegina Pela Meneghel explicou atramitação de processos no Crea-ES,como Acervo Técnico, Registro de Pes-soa Física e Jurídica, Notificações e Au-tos de Infração e outros.

Na reunião foi discutida também a açãodas Câmaras de Arquitetura e Civil, quevisa a conceder aos arquitetos e engenhei-ros civis a atribuição para realizar instala-ções telefônicas e elétricas de baixa tensão.

Estiveram presentes à reunião daCEAR a coordenadora, Arq. Patrícia Cor-deiro, o Secretário, Arq. Anderson Fiorettide Menezes; o conselheiro Arq. Paulo Sér-gio de Paula Vargas, a consultora, Arq.Clemir Regina Pela Meneghel e os convi-dados Arq. Agostinho de Vasconcellos Lei-te da Cunha, Arq. Amabeli Dell’Santo, Arq.Karlane Tartaglia de Souza, Arq. Kelly deAlmeida Guariento Marques e o estudan-te Rafael Simonassi.

CEST tem novosintegrantes

Atual composição da CEST:

Membros titulares:Eliezer Cristino de Oliveira

(Coordenador), Adelar CastiglioniCazaroto (Coordenador Adjunto),Sebastião Luiz Bozzi, Eurico SallesPrata (Fundacentro), Cacilda Ribeirodos Santos (Seses), Marcos JoséVarejão Fassarella (Cefetes), JosvaldoMaria dos Anjos (Sintest).

Membros Suplentes:Franco Bortoluzzi, Marco

Antonio de Oliveira, Antônio VitorCavalieri, Donário Sílvio Pavan(Fundacentro), Osvaldo Favarato(Seses), Augusto Arnaldo LavanderVaillaizan (Cefetes), Sérgio Silva deOliveira (Sintest).

Câmara de Arquitetura criticareorganização de profissões

No período de 24 a 28 de maio, o Curso Superior de Tecnologia em Sane-amento Ambiental do Cefetes foi auditado pela Comissão do MEC, responsávelpelo reconhecimento de cursos superiores de tecnologia, obtendo aprovação. Aelaboração do Projeto do Curso deu-se em 1999, tendo iniciado suas atividadesem 2000/1. A Comissão responsável pela elaboração do projeto desse curso foiformada por: Lene Christie Figueiredo, Nadja Maria Mendonça do Amaral La-jes, José Antônio Tosta dos Reis, Márcia Regina Pereira Lima, Marluce Martinsde Aguiar e Sara Ramos da Silva.

Cefetes: primeiro curso superior aprovado pelo MEC

ARQUIVO CREA

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A regulamentação e os impactos doGás Natural no Espírito Santo serão a basedo novo Ciclo de Palestras e DiscussõesTécnicas sobre Planejamento Energético queo Crea-ES promoverá a partir do segundosemestre deste ano.

Depois de debater temas relaciona-dos ao petróleo e à energia elétrica, o Ci-clo de Palestras e Discussões traz agoraem sua terceira edição, o gás natural comopauta de seus trabalhos, já que na plata-forma continental do Espírito Santo temsido identificada grande quantidade degás natural.

Dados da Agência Nacional do Pe-tróleo (ANP) apontam que o estado lide-rou as descobertas de óleo e gás no país noprimeiro semestre de 2004. Foram 10 noti-ficações, equivalente a 35,7% do total. Oestado é seguido pelo Rio de Janeiro, comseis descobertas, ou seja, 21,42% do total.

As estimativas ainda apontam que oEspírito Santo poderá chegar em 2007 auma produção diária de 30 milhões demetros cúbicos de gás de acordo com in-formações da Agência de Desenvolvimen-to em Rede do Espírito Santo S.A (Aderes).

Dados do Portal Gás Energia, super-visionado pela Petrobras, informam que oGás Natural é um combustível fóssil en-contrado em rochas porosas no subsolo,podendo estar associado ou não ao petró-leo. Sua formação resulta do acúmulo deenergia solar sobre matérias orgânicas so-terradas em grandes profundidades, dotempo pré-histórico. É composto por ga-ses inorgânicos e hidrocarbonetossaturados, predominando o metano, e emmenores quantidades o propano e obutano, entre outros. É Inflamável quan-do exposto a uma temperatura de 620º C

A vez do gás natural(o álcool à 200ºC e a gasolina à 300ºC).

O Portal esclarece que no uso emresidências, o gás natural é chamado de“gás domiciliar”, cujo mercado está em fran-ca expansão, especialmente nos grandescentros urbanos de todo País. As compa-nhias distribuidoras estaduais têm planosde grande ampliação de suas redes, e oaumento do consumo de gás domiciliardemanda investimentos expressivos emconversões e em recebimento e adapta-ções nas residências.

Também é abordada no site a ques-tão do uso do gás em automóveis, ônibuse caminhões, onde ele recebe o nome de“gás veicular”, oferecendo vantagem nocusto por quilômetro rodado. Como éseco, o gás natural não provoca resíduosde carbono nas partes internas do motor,aumentando a vida útil do equipamento eo intervalo de troca de óleo, reduzindo sig-nificativamente os custos de manutenção.

Indústria -Indústria -Indústria -Indústria -Indústria - Segundo o Portal GásEnergia, se utilizado como combustível, ogás natural proporciona uma combustãolimpa, isenta de agentes poluidores, idealpara processos que exigem a queima emcontato direto com o produto final, como,por exemplo, a indústria de cerâmica e afabricação de vidro e cimento. O gás natu-ral também pode ser utilizado como re-dutor siderúrgico na fabricação de aço e,de formas variadas, como matéria-prima:na indústria petroquímica, principalmen-te para a produção de metanol, e na indús-tria de fertilizantes, para a produção deamônia e uréia.

TTTTTermelétricas:ermelétricas:ermelétricas:ermelétricas:ermelétricas: O portal tambémcita a utilização de turbinas a gás parageração de eletricidade, combinada coma recuperação de calor para a produção

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Características do gás natural- Mais leve que o ar, o gás natural

dissipa-se facilmente na atmosfera emcaso de vazamento

- É incolor e inodoro- Por questões de segurança, para ser

comercializado, o Gás Natural éodorizado com enxofre

Principais vantagens- Não-poluente, o gás natural é um ótimo

substituto para as usinas a lenha enucleares, diminuindo os níveis depoluição, de desmatamento e deacidentes ambientais

- Garante maior vida útil aosequipamentos

- Combustão facilmente regulada- Economia

Fonte: Portal Gas Energia

de calor, que é conhecida como co-gera-ção. Esse processo vem sendo utilizadopor indústrias do mundo inteiro, devi-do a garantia de economia e segurançaoperacional.

Energia Alternativa - Energia Alternativa - Energia Alternativa - Energia Alternativa - Energia Alternativa - Após as dis-cussões sobre o gás natural, previstas paraacontecer no início do segundo semestre des-te ano, está sendo estudada a possibilidade dopróximo ciclo de palestras trazer como tema asfontes alternativas de energia, como o sol e ovento. O assunto completa o quadro de Pa-lestras e Discussões Técnicas sobre Pla-nejamento Energético, que teve início emjaneiro de 2003 .

O objetivo da série de eventos é con-tribuir para a elaboração de um planeja-mento na área de energia para o EspíritoSanto, que tenha a contribuição da socie-dade e dos técnicos do setor.

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Empresa capixaba requer patentemundial na área de petróleo

A empresa capixaba ColúmbiaEngenharia Ltda deu entrada junto aoInstituto Nacional de Propriedade Industrial(INPI) para requerer a patente mundial datecnologia sloted line (linha rasgada), naqual um filtro é usado na extração depetróleo em poços horizontais, a partir de umcorte semi-cônico a laser.

Existe apenas um outro filtro, queé produzido por uma empresa america-na, em uso na indústria do petróleo, maso processo de fabricação é diferente: ocorte é feito a disco e em paralelo.

Segundo o Eng. Mecânico MarcosRogério Pegoretti, sócio-proprietário daColúmbia Engenharia, o equipamentocapixaba propicia uma melhorperformance na qualidade do rasgo, econsequentemente do filtro, em relaçãoao processo a disco. “Isso porque conse-guimos variar a largura do corte e, emvez de paralelo, é feito um semi-cônico.O produto fica três vezes mais resisten-te e o rasgo é fechado a até um décimode milímetro, enquanto o disco chegaapenas a três décimos de milímetro”,completa.

São duas vantagens principais doprocesso de corte semi-cônico a laser: aprimeira é o controle da granulometriado grão da areia de cada poço, o que pos-sibilita alterar a largura do rasgo e docorte e também permite reter areia nolocal. A segunda é que no corte semi-cônico existe uma parte de fuga da areiaque evita o entupimento do filtro.Diretaou indiretamente, a indústria petrolífe-ra está alavancando a economia brasilei-ra com investimentos de longo prazo, ge-ração de emprego e renda. O EspíritoSanto vem se destacando no cenário na-cional pelas recentes reservas de petró-leo encontradas em seu litoral, que po-dem transformá-lo no segundo maiorprodutor de petróleo do país.

O Estado também está se destacan-do na produção de tecnologia de extra-ção de petróleo.

PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO FILTRO

USADO NA EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO EM

POÇOS HORIZONTAIS, A PARTIR DE

CORTE SEMI-CÔNICO A LASER. AO

LADO, MARCOS PEGORETTI, SÓCIO-PROPRIETÁRIO DA COLÚMBIA

ENGENHARIA LTDA, QUE REQUEREU APATENTE MUNDIAL DA FABRICAÇÃO DO

EQUIPAMENTO.

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Pegoretti se mostraotimista em relação aopotencial de crescimento domercado petrolífero. “Temosótimas perspectivas com o atualcrescimento da produção de petróleobrasileira. Com a aprovação doequipamento no poço marítimo deAlbacora-RJ, a utilização do sloted linedeve aumentar muito. No Brasil, Aextração de petróleo no mar é muitomaior do que em terra - onde oequipamento já foi aprovado - e aperspectiva é que cresça ainda mais”,afirmou.

O equipamento está sendo usado

atualmente nos poços de Albacora-RJ,São Mateus-ES, Natal-RN, Aracaju e Bahia.

O engenheiro destacou ainda quea criação da Secretaria Estadual de Ci-ência e Tecnologia poderá incentivarprojetos capixabas nessa área. “Tem mui-tos projetos que ficam parados em fun-ção da falta de apoio. O incentivo doGoverno demonstra o interesse em de-senvolver essas novas idéias ou resga-tar as que estão estagnadas por falta deapoio”, explica.

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FLORINDO DOS SANTOS BRAGA, FERNANDO

GROBERIO, MARIA CLAUDIA L COUTO, MARIA

HELENA G P FONSECA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL,UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO –

UFES

Caracterização de resíduos de lavagem de carros

Figura 3 - Quantidade gerada deresíduosFigura 1 - Lixiviação dos resíduos

A lavagem de carros é uma atividadeque teve crescimento nos últimos cincoanos em Vitória-ES de 70%, sendo que nestaocorre a geração de resíduos sólidos eefluentes líquidos contaminados com óleosusados.

Os resíduos sólidos originados destaatividade contém areia e argila, e osefluentes líquidos, sólidos suspensos e de-tergentes. Estes resíduos são contamina-dos por metais pesados cádmio, zinco, chum-bo e cromo, dentre outros, resultantes dosaditivos para lubrificantes e óleos de dife-renciais e caixa de marcha, além do desgastede lonas de freio(SHEPP,1993 ).

O tratamento utilizado para as águasde lavagem de carros é o sistema de separa-ção água óleo(SSAO), composto de duas câ-maras, uma com a função de reter os sólidosmais pesados (caixa de areia) e a outra com ade separação do óleo e água.

A destinação destes resíduos geradosnem sempre é feita de forma adequada,podendo ocorrer de serem misturados aosresíduos domésticos. Para o seugerenciamento é necessário suaquantificação e conhecimento de suas ca-racterísticas físicas e químicas.

OBJETIVOOBJETIVOOBJETIVOOBJETIVOOBJETIVOO presente trabalho teve como obje-

tivo caracterizar e classificar os resíduos sóli-dos originados no tratamento das águas delavagem de carros em postos de serviçoautomotivo da cidade de Vitória-ES, visandocontribuir com um melhor gerenciamentoambiental dos resíduos de lavagem de car-ros.

MATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOSO trabalho foi desenvolvido em duas

etapas:Na primeira foi realizado levantamen-

to de informações em órgãos públicos sobreos resíduos de fundo de SSAO e em camposobre a lavagem de carros nos postos

automotivos e de suas características. Foramescolhidos nove postos de serviçoautomotivo para estudo piloto, que fizessemlavagem externa de carros médios, que fos-sem localizados em vias de grande tráfego,que tivessem sistemas de tratamento paraas águas de lavagem (SSAO).

Na segunda, foi realizado um planoexperimental para analisar física e quimica-mente os resíduos sólidos de fundo de SSAO.

Foram realizadas 04 campanhas de co-letas de amostras compostas, conforme a NBR10007 nos postos automotivos, no períodode março a dezembro de 2002. Foi realizadoainda levantamento da quantidade e massaespecífica dos resíduos gerados.

Foram realizados testes de Lixiviação(figura1), Solubilização (NBRs 10005 e 10006)e na massa bruta (3050B EPA). Os parâmetrosanalisados foram metais, óleos e graxas efenóis (Standard Methods, 19 ed).

RESUL RESUL RESUL RESUL RESULTTTTTADOSADOSADOSADOSADOSQuanto às características físicas, a

massa específica média dos resíduos deSSAO obtida foi de 1,70 t/m3 e média de 13,0quilos diários gerados por posto (figura 3).

Quanto aos testes realizados, para oextrato lixiviado os metais cromo, chumboe cádmio apresentaram médias abaixo do li-mite permitido pela norma ABNT NBR 10004.

No extrato solubilizado foram obtidasconcentrações acima dos limites da NBR10004 para os metais cádmio, chumbo,manganês, ferro e para fenóis(figura 2). Osmetais cádmio, chumbo e os fenóis apre-sentaram concentrações acima em 100% dasamostras. O ferro apresentou 90 % dos valo-res acima.

Os resultados obtidos para osolubilizado são semelhantes aos deSEMMAM,1999, que obteve média de 0,35mg/l para ferro, e 0,56 mg/l para o cádmio.Para fenóis, os resultados diferem deSEMMAM.

Na massa bruta foram obtidas concen-trações abaixo dos limites para cádmio, cro-mo e chumbo e óleos e graxas. Nas figuras 5e 6 são apresentados os resultados de fenóise ferro para os postos analisados.

CONCLUSÕESCONCLUSÕESCONCLUSÕESCONCLUSÕESCONCLUSÕESOs resíduos sólidos de SSAO dos pos-

tos estudados foram caracterizados comonão-inertes, pois foram obtidas concentra-ções acima do limite permitido pela NBR10004 para o extrato solubilizado de 100,0 %das amostras analisadas para cádmio e fenóis,e em 90 % para o ferro. Porém como nãoforam analisadas todas suas características,não se pode concluir que não sejam perigo-sos, segundo a NBR 10004.

A manutenção dos sistemas é de fun-damental importância para reduzir a concen-tração de contaminantes nos resíduos deSSAO.

REFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIAS

1.SHEPP,D. Hotspot Hydrocarbon Urban

Landscape-EPA, Seminar Publication, National

Conference , 259-64,1995.

2. SEMMAM, Caracterização de resíduos

sólidos da caixa de decantação dos SSAO,1999.

APOIO FINANCEIRO E INSTITUCIONAL

ANP - Agência Nacional do Petróleo

FACITEC e SEMMAM/ PMV

LABSAN-CT-UFES

CST- Comp. Siderúrgiica de Tubarão

FINEP

Figura 2 - Resultados de análisedos RSSAO

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ABRIL/MAIO/JUNHO-2004 T ó p i c o s -25

A Câmara Especializada de Engenha-ria Agronômica do Crea-ES (CEEA), aSociedade Espíritossantense de EngenheirosAgrônomos (SEEA) e o Conselho de MedicinaVeterinária realizarão o I Simpósio RegionalNorte sobre Rastreabilidade Bovina. Oseventos serão nos dias 26 e 27 de agosto, emCachoeiro de Itapemirim e Linhares; e 20 e27 de setembro, em São Mateus e NovaVenécia.

Será uma oportunidade para a cons-trução de uma agenda positiva, que for-talecerá a captação de investimentos parao desenvolvimento da pecuária, o aumen-to das receitas no setor e o crescimentoda economia.

O coordenador adjunto da CâmaraEspecializada de Engenharia Agronômi-ca do Crea-ES, Técnico Agrícola Dário An-tônio de Almeida, também coordenadordo evento, destaca a importância da in-serção dos profissionais da Agronomiano Sistema Brasileiro de Identificação eCertificação de Origem Bovina eBubalina (Sisbov), apresentado em mar-ço de 2003, na Reunião Nacional dos Co-ordenadores de Câmaras, em Brasília.

O Simpósio busca promover aagropecuária do Espírito Santo, aumen-tar a sua lucratividade, agregar valor àexploração da pecuária de corte capixabae ampliar o mercado de trabalho para osprofissionais da área.

Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade - A exploração da pecuá-ria de corte no Estado do Espírito Santoé de fundamental importância para a eco-nomia do Estado, não só por fornecerprodutos indispensáveis à alimentação

humana, mas também pelo expressivocontingente de pessoas que se dedicam àcriação, ao comércio e à industrializaçãode produtos da pecuária. O segmentotambém tem sido responsável pela gera-ção de divisas, devido à realização de ex-portações aos exigentes mercados NorteAmericano e Europeu.

O mercado importador se torna acada dia mais rigoroso na observação daqualidade das carnes, o que obriga os pro-dutores a buscarem tecnologias que tor-nem o produto nacional mais competiti-vo no mercado internacional.

O processo de rastreabilidade bovinapassa a ser obrigatório no Brasil, por deli-beração do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento, em cumprimen-to às exigências do mercado consumidorinternacional.

Mais Informações: (27) 3225-1441 ou

(27) 9996-0381

Rastreabilidade bovina emdestaque no norteO TÉCNICO

AGRÍCOLA DÁRIO

ANTÔNIO DE

ALMEIDA DEFENDE

PROPOSTA DE

INSERÇÃO DA

AGRONOMIA NO

SISBOV

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