revista aartes 7ª edição

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Revista Atelier das Artes 7ª Edição Participação Especial de: Vitória Quintal Ricardo Tomás

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A Revista - Atelier Das Artes é uma publicação trimestral, onde encontrará varias sugestões e técnicas nas mais diversas áreas do Artesanato

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Page 1: Revista AArtes 7ª Edição

Revista Atelier das Artes 7ª Edição

Participação Especial de:

Vitória Quintal

Ricardo Tomás

Page 2: Revista AArtes 7ª Edição

Editor Atelier das Artes

[email protected]

Revista Trimestral

7ª Edição Maio 2012

Colaboradores:

Carla Marques

Maria João Cerqueira

Elisabete Cruz

Lurdes Ribeiro

Dario Marques

Patrícia Coelho

Administração

Hugo Tadeu

Carolina Tadeu

Sofia Caixeirinho

Design Gráfico e Montagem

Carolina Tadeu

Elaboração de Passo a Passo

Bárbara Dias

Marta Touguio

Carolina Tadeu

Convidados Especiais

Vitória Quintal

Ricardo Tomás

Propriedade Fórum – Atelier das Artes

Foto: Vitória Quintal

Aniversário

Edito

rial

Page 3: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Vitória Quintal

Aniversário

Estamos de regresso com mais uma Edição da Revista - Atelier das Artes. Uma Edi-

ção onde comemoramos os 3 anos do Fórum.

Nesta Edição terão oportunidade de conhecer um pouco mais Fátima, um importan-

te centro de peregrinação para o mundo católico .

Os habituais passos-a-passos também têm lugar de destaque, onde são apresenta-

dos trabalhos de fácil execução.

Entrevistas de artistas de renome, onde suas artes se destacam pela diferença.

Esperamos que esta Edição seja mais um sucesso e que gostem dela tanto como

nós.

Até à próxima.

Atelier das Artes

(3 anos)

Page 4: Revista AArtes 7ª Edição

Especial Brasil

Boneca em Eva

Porta Recado em Eva

Shopping Organizar

Page 5: Revista AArtes 7ª Edição

Especial Brasil

Economia ( Débora Rodrigues)

Galeria de Trabalho I

Galeria de Trabalho II

Saúde Cuidados com o Sol ( Lic. Patrícia M. Coelho)

Leiria - Fátima (Carolina Tadeu, Carla Marques)

Gastronomia (Pof: Dario Marques)

Agradecimento

Boneca em Eva

Porta Recado em Eva

Ricardo Tomás - Escultor

Page 6: Revista AArtes 7ª Edição

Eco

nomi

a

Atelier das Artes 10 6

Economia O FMI (Fundo Monetário Internacional) foi fundado em Julho de 1944, com 45 membros. Esta insti-

tuição tinha o objectivo de garantir a cooperação económica e financeira entre os seus membros,

logo após a II Guerra Mundial. Com isto, pretende evitar-se a repetição das políticas desastrosas

que anteriormente levaram à Grande Depressão, cuidando do bom funcionamento dos países, mo-

nitorizando as políticas cambiais e as suas balanças de pagamentos.

A sua existência formal remota, posteriormente, a Dezembro de 1945 com o acordo de Bretton

Woods. Por curiosidade, o primeiro país a recorrer a esta organização foi a França em 1947.

Com o passar dos anos o FMI foi-se modificando e reforçando até à atualidade, neste momento di-

rigido por Christine Lagarde, sucessora de Dominique Strauss-Kahn, e já possui mais de 185 países

aliados.

Resta dizer que, atualmente, no seio da União Europeia, o FMI atua conjuntamente com o Fundo

Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), fundo de carácter europeu, criado pela Comissão Euro-

peia para combater os efeitos da actual crise económica e financeira mundial.

Nesta edição da Revista – Atelier das Artes, de forma a desmistificar esta organização e a sua ac-

tuação, irá apresentar-se todo o processo pelo qual um país tem que caminhar para receber o au-

xílio do FMI.

1. Formalização do pedido de ajuda

O Fundo Monetário Internacional só actua se houver um pedido formalmente expresso por parte

dos seus membros nesse sentido, e apenas se a razão que leva os países a solicitar ajuda seja do

alcance das competências desta organização.

2. Análise da situação real do país

Após o pedido formal de ajuda, os técnicos do FMI analisam a situação real do país de forma a con-

cluir sobre a sua actuação ou não no mesmo. Este apoio apenas será concedido se o país atraves-

sar sérios problemas económicos internos e externos. No caso de Portugal, o chumbo do Orçamen-

to de Estado e o crescimento exponencial dos juros da dívida pública dificultando o financiamento

externo, levaram o FMI a concluir pela aceitação do pedido de ajuda.

3. Equipas do FMI

Depois da aprovação do processo de ajuda aos membros, a equipa técnica do FMI desloca-se aos

países de forma a avaliar a situação económica e financeira no próprio local.

Reunindo-se com chefes de governo e representantes dos principais partidos, bem como, com os

parceiros sociais, de forma a conjuntamente tomarem medidas para contradizer a tendência de re-

cessão. Identifica-se as principais dificuldades e as medidas a tomar. Neste momento, relativamen-

te a Portugal, parece que se chega a um consenso. As medidas tomadas são demasiado austeras,

como já a própria presidente Christine Lagarde deixou escapar dos seus pensamentos. Qualquer

pessoa entende que austeridade em excesso leva ao aumento dos problemas, pois os agentes dei-

xam de consumir, os bancos de conceder empréstimos às empresas, … afundando ainda mais a já

debilitada situação.

Page 7: Revista AArtes 7ª Edição

Economia

7º Edição

Investigação: Débora Rodrigues

Para: Atelier das Artes

4. Contrato de resgate

Após a aprovação de concessão do empréstimo de resgate por parte do FMI, compete ao Governo do

país redigir o memorando de entendimento que será assinado com o FMI, onde apresentam rigoro-

samente todas as condições do empréstimo (montante, tranches de pagamentos e pagamento do

empréstimo no final do contrato) e as medidas que tomarão para a recuperação económica e finan-

ceira do país. Neste momento, em Portugal já se sente, as medidas mais pesadas – a reforma da

tabela do IVA, os cortes salariais, reestruturação das prestações sociais, a diminuição do investimen-

to público, a privatização de empresas ou venda de posições em empresas, flexibilização do mercado

de trabalho, entre outros. Todas estas medidas em prol da restabelecimento económico do país, que

sozinho não conseguiria. Depois do memorando acordado e assinado o país começa a receber o em-

préstimo.

5. Vigilância da evolução económica

Durante a duração do contrato de resgate financeiro há um acompanhamento constante por parte

dos responsáveis do FMI. Estes têm acesso a todos os dados económicos e financeiros do país, de

forma a acompanhar todo o progresso deste em direção à restauração económica, podendo reajus-

tar as medidas tomadas de acordo com essa evolução.

6. Custos associados ao pedido de resgate

Conforme assinado no acordo, após os 3 anos de ajuda (ou mais, consoante a necessidade) o país

terá que pagar anualmente o montante implícito no mesmo, bem como os juros pré-estabelecidos.

Para além destes custos finais, há também os custos indiretamente associados ao pedido de ajuda –

a perda de credibilidade perante os mercados internacionais, bem como os efeitos que as medidas

de austeridade têm na população e no país.

10 7

Page 8: Revista AArtes 7ª Edição

Morada. Rua Paiã 2-B, Odivelas

2675-495 Odivelas

Telefone: 210 158 763

http://www.atelierarcoiris.blogspot.com/

Vencedora Concurso

Dia do Pai

Blog: http://te-artes.blogspot.com/

http://facebook.com/ateliesuzi.orsini

http://www.elo7.com.br/suziorsini

Peças de altíssima qualidade confeccionadas, com

muito carinho envios a todo Brasil e Estrangeiro.

Trabalho executado por : Suzi Orsini

Em: Ateliê Suzi Orsini

Site: http://www.elo7.com.br/suziorsini

Page 9: Revista AArtes 7ª Edição

Boneca em Eva 3D Material necessário:

Tintas acrílicas nas cores branco, preto,

rosa bebé, castanho e vermelho; 2 folhas

de EVA cor de pele; 1 folha de EVA lisa,

nas cores lilás, verde, vermelho, amarelo

e laranja; 1 folha de EVA rosa bebé de

fantasia com corações brancos; 1 folha de

EVA às riscas colorida; 1 lápis de carvão;

1 pinta bolas; 1 pincel de delinear e um

pincel pequeno; 1 bola de esferovite de

7cm; 1 bola de esferovite de 5cm; 2 bolas

de esferovite de 4cm; 2 bolas de esferovi-

te de 3cm; 1 bola de esferovite de 1,5cm;

2 palitos médios (de cocktail); 2 palitos

normais; 1 copo de vidro; 1 x-acto; 1 te-

soura pequena , uma tesoura grande e

uma tesoura de picotar; 1 pistola de cola

quente com dois tubos de cola; 1 bisnaga

de super cola; 1 ferro de engomar; 1 tá-

bua de cozinha; 1 folha de papel vegetal;

1 ferro de alisar cabelo.

Passo a Passo executado por :

Bárbara Dias

Em: BDartesdecorativas

Como Fazer

Recortar todos os moldes. Recortar duas tiras de EVA de

cada cor, do tamanho da lar-

gura da folha .

Com a super cola, fixar as

pontas das tiras umas às ou-

tras. Recortar duas tiras pe-

quenas de EVA, uma azul e

outra verde, e colar em volta

das outras, fazendo, assim,

os totós do cabelo.

7º Edição 10 9

Boneca em Eva

Page 10: Revista AArtes 7ª Edição

Ao nível do meio da bola, colar

a EVA cor de pele com cola

quente. De seguida, repetir o

mesmo processo com a EVA

lilás na outra metade.

Depois de colada, recortar o

excesso de EVA lilás. O mes-

mo se fez com a EVA cor de

pele.

Colocar a bola de 7cm no re-

bordo do copo. Com o ferro de

engomar e a tábua de cozinha,

passar a ferro o molde da cara

(circulo cor de pele), com a

folha de papel vegetal por cima

da EVA. Quando esta começar

a enrolar-se com o calor, mol-

dar cuidadosamente na bola.

Repetir o processo com o mol-

de do cabelo (circulo lilás).

Recortar seis tiras pequenas

de EVA, uma de cada cor e,

cola-las junto do arremate

da cabeça.

Recortar uma tira de EVA

lilás com 1cm de largura e a

altura da folha inteira e, co-

lar em volta, para tapar o

arremate de toda a cabeça.

Com a super cola, fixar os

totós à cabeça da boneca,

um de cada lado.

Recortar um pouco as tiras

da franja, de modo desen-

contrado.

Montar dois lacinhos e colar

um em cada lado.

Aplicar super cola na borda

do molde do corpo e juntar

as duas extremidades.

Atelier das Artes 10 10

Boneca em Eva

Page 11: Revista AArtes 7ª Edição

Recortar uma tira de EVA azul-

bebé, com 1cm de largura e

altura da folha inteira e, com a

tesoura de picotar, fazer o re-

levo em volta.

Recortar um pouco de cada

extremidade da bola de 5cm.

Voltar a recortar uma extre-

midade da bola, de modo a

ficar o topo arredondado e a

base plana.

Recortar um retângulo com

aproximadamente 8cm x 6cm,

de EVA lilás. Aquecer no ferro

e moldar na bola, na parte

plana da mesma.

Colar a EVA com cola quente

e recortar o excesso.

Aplicar cola quente na parte

de dentro do corpo e encaixar

a outra parte dentro da mes-

ma.

Com a super cola, fixar o mol-

de da blusa no corpo.

Fazer o mesmo com o molde

do vestido.

Colar a tira azul e, na parte

da frente, colar um laço, de

modo a fazer o cinto da bo-

neca.

7º Edição 10 11

Passo a Passo

Page 12: Revista AArtes 7ª Edição

Recortar quatro pequenos

corações de EVA, dois ama-

relos e dois vermelhos.

Colar os braços nas mangas

do vestido. Não colar o braço

até à parte arredondada da

manga, de modo a que esta

se possa fixar ao vestido.

Fixar a cabeça da boneca no

corpo, com um pouco de su-

per cola em volta do pesco-

ço.

Com o x-acto, cortar um

pouco menos de metade das

bolas de 3cm e 4cm, que

servirão para fazer os pés.

Com a cola quente, fixar as

extremidades cortadas das

bolas, uma de cada tama-

nho.

Depois de ambas as bolas

estarem coladas, voltar a re-

cortar a parte debaixo das

duas, de modo a formar a

sola do pé.

Recortar um quadrado de

EVA cor de pele, de aproxi-

madamente 8cm x 8cm,

aquecer com o ferro e mol-

dar.

Colar a EVA com cola quente

em redor do pé e recortar o

excesso.

Colar o molde do sapato ao

nível da EVA cor de pele, em

volta de todo o pé e recortar

o excesso.

Atelier das Artes 10 12

Boneca em Eva

Page 13: Revista AArtes 7ª Edição

Colocar o pé em cima da EVA

e recortar a base, de forma

que fique ao mesmo nível.

Depois de recortar a base, co-

lar a mesma ao pé com cola

quente.

Recortar uma tira semelhante

à do meio da cabeça, uma

verde e outra lilás. Colar junto

á parte debaixo do sapato, de

forma a fazer o arremate da

base.

Recortar quatro corações em

EVA, dois maiores em rosa e

vermelho e dois mais peque-

nos em amarelo e azul. Fixar

o amarelo em cima do rosa e

o azul em cima do vermelho.

Colar na lateral do sapato.

Recortar um retângulo de

EVA cor de pele, de aproxi-

madamente 9cm x 12cm pa-

ra fazer as pernas. Colar o

palito médio com cola quen-

te, deixando as pontas livres

de cola. Enrolar a EVA em

volta do palito e colar.

Com o bico do palito, fazer

dois furos na parte debaixo

da boneca.

Fazer um furo em cada calca-

nhar.

Encaixar e colar as pontas

dos palitos nos respectivos

Com o lápis de carvão, dese-

nhar os olhos, as pestanas e

as sobrancelhas.

7º Edição 10 13

Passo a Passo

Page 14: Revista AArtes 7ª Edição

Com o pincel de delinear,

pintar todo o olho e as pesta-

nas com tinta acrílica preta.

As sobrancelhas são pintadas

em castanho.

Depois de recortado o molde da

boca, desenhar os lábios com o

pincel e a tinta preta. Fazer um

coração a vermelho com o pinta

bolas. Colar com cola quente na

cara da boneca.

Espetar a bola de 1,5cm no

palito pequeno e pintar a três

demãos de vermelho.

Depois de seca, cortar com o x

-acto uma pequena parte, de

forma a torná-la plana. Cola-la

entre os olhos e a boca com

cola quente.

Recortar uma tira com aproxi-

madamente 1cm de largura da

EVA colorida às riscas. Enrolar e

colar, de modo a criar um chupa

-chupa. Espetar no palito peque-

no.

Colar o palito na mão com

cola quente.

Com o pinta bolas e a tinta

branca, fazer as bolinhas bran-

cas dos olhos. Com a tinta cas-

tanha, fazer umas pintinhas pe-

quenas, de modo a serem as

sardas da boneca. Aplicar uns

laivos de rosa bebé por cima das

sardas, para realçar o rosto.

Enrolar cada fio de cabelo em

volta do lápis. Com o ferro de

alisar quente, pressionar e

modelar os caracóis.

Atelier das Artes 10 14

Boneca em Eva

Page 15: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Bárbara Dias

7º Edição 10 15

Page 16: Revista AArtes 7ª Edição

Atelier das Artes 10 16

Boneca em Eva

Page 17: Revista AArtes 7ª Edição

7º Edição 10 17

Molde

Page 18: Revista AArtes 7ª Edição

AArtes: Conte-nos como foi que entrou para

este mundo do Artesanato.

Vitória Quintal: Desde o ensino fundamental,

através de professores de Arte, me encantei

com os bordados, crochês, tricôs e outros. O

mundo do artesanato sendo muito rico e dinâ-

mico, não foi difícil o meu ingresso.

AArtes: Quando e como começou o interesse

por esta arte?

Vitória Quintal: Como já disse, o artesanato

na Escola, em casa e entre amigas sempre foi

motivo para preencher meus momentos ocio-

sos. Acredito ser uma missão que Deus me deu,

pois, eu estava trabalhando com artesanato em

feltro, e nesta época tinha uma sócia, só que eu

era muito ligada em Deus, diferente da minha

sócia. Um dia fui convidada para ir a uma Igre-

ja. Lá o pregador disse: “Você aí que têm uma

sócia que não acredita em Deus, como é que

você quer ter uma bênção que terá que ser divi-

dida com alguém que não tem Deus em seu co-

ração?” Vim para casa meditando nesta mensa-

gem, dois dias depois ouvi a mesma mensagem

pela TV, fui para o meu quarto, orei muito, e

pedi a Deus um trabalho, sem a minha sócia

atéia, e que através deste serviço, eu pudesse

ajudar muitas pessoas. No dia seguinte, pela

manhã, veio a minha mente ensinar tricô pela

Televisão. No

mesmo dia eu

fui atrás do meu objetivo, conseguindo agendar

a minha primeira apresentação na nova função

e de lá para cá nunca mais parei, estando já há

quase oito anos me apresentando em vários

canais de TV.

AArtes: Enquanto profissional/artista como se

definiria?

Vitória Quintal: Eu me defino como uma mis-

sionária da Arte, assim sendo, eu preciso com-

partilhar com outras pessoas, tudo quanto

aprendo e recebo.

AArtes: A sua dedicação a esta arte tem cor-

respondido com as expectativas?

Vitória Quintal: Sim, porém, não posso nunca

me acomodar e, sim, me dedicar cada dia mais,

pois, o mundo é muito grande e é tricotando,

que poderei levar o maior número de mensa-

gens que o artesanato proporciona.

Atelier das Artes 10 18

Entrevista Os Trabalhos que apresentamos nesta edição são

da autoria de:

VITÓRIA APARECIDA ARMBRUST DE FREITAS QUINTAL

Sou conhecida como Vitoria Quintal e moro na cidade de Campi-

nas - SP- Brasil.

Estou há quase 8 anos neste trabalho e viajo pelo Brasil todo dan-

do workshops sobre tricô. Só no ano de 2011 eu fiz 328 cidades,

fora feiras e tv. Sou contratada pela empresa Coats Corrente, pois

eles têm os fios e eu os demonstro. Considero meu trabalho como

uma tricô terapia, pois através do tricô faço um tipo de terapia

com minhas fãs. No meu curso, sempre tem meia hora antes um

bate papo para levantar a auto estima delas. Gosto muito do que

faço, tenho muito prazer!

Foto: Vitória Quintal

Page 19: Revista AArtes 7ª Edição

AArtes: Os seus trabalhos são previamente

pensados ou vai tomando forma à medida que

avança?

Vitória Quintal: As ideias vão acontecendo, e

na medida que aparecem, pressinto que sou

iluminada pelo Espírito Santo e, acontecem.

AArtes: Que tipo de material que você utiliza

nas suas peças?

Vitória Quintal: Lãs e linhas da marca Coats

Corrente.

AArtes: Em média quanto tempo leva para

fazer uma peça?

Vitória Quintal: Tenho um método: Fazer de

manhã para usar a noite, então procuro fazer

em um único dia as minhas peças (acessórios).

AArtes: Acredita no artesanato como fonte de

rendimento ou de prazer e terapia?

Vitória Quintal: Acredito em todos, profissio-

nalmente, prazeroso e terapêutico.

AArtes: Trabalha num ateliê? Descreva o am-

biente em que desenvolve as suas obras de ar-

te.

Vitória Quintal: Não tenho ateliê, trabalho em

casa.

AArtes: Quais são as principais características

focadas pelos seus clientes quando lhe pedem a

realização de um trabalho?

Vitória Quintal: Eles nunca me pedem, dei-

xam a minha criatividade imperar.

AArtes: Na sua família existem outros arte-

sãos?

Vitória Quintal: Artesão nato não, porém, te-

nho uma sobrinha que aprendeu comigo e hoje

me auxilia na execução das peças.

AArtes: Como faz para conseguir vender seus

trabalhos?

Vitória Quintal: Não vendo trabalho pronto, e

sim, as ideias através de fascículos, porque te-

mos que criar todo instante, assim sendo, não

me resta tempo para confeccionar as peças.

AArtes : Qual a sua formação? Frequentou al-

gum curso específico ou faculdade?

Vitória Quintal: Não, apenas curso médio

AArtes: Em sua opinião, que deveria ser feito

para que as pessoas aderissem à compra de

peças artesanais e por quê?

Vitória Quintal: Deveria ser feito um trabalho

melhor de divulgação dos artesãos, porque são

trabalhos manuais geralmente artístico e de

muito valor.

AArtes: Tem algo a acrescentar a essa entre-

vista?

Vitória Quintal: Amo de paixão o que faço. O

que mais me encanta é ver como ele tem feito

bem para o meu público. Isso me deixa feliz,

pois quando a gente pode ajudar de alguma

maneira, vale a pena. Não vale a pena viver

sem deixar marcas no mundo. Jesus deixou

marcas que fizeram diferenças no mundo e que

ficaram atualizadas por todos os séculos. Por

que não se espelhar em seu exemplo? Por que

não tentarmos ser igual a ele. Vamos tentar

imitá-lo?

Entrevista realizada por: Carolina Tadeu

Para: Atelier das Artes - Especial Brasil

7º Edição 10 19

Vitória Quintal

Page 20: Revista AArtes 7ª Edição

10

Foto: Vitória Quintal

Page 21: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Vitória Quintal

Page 22: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Soledade Lopes

Foto: Carlos Neves Foto: Vitória Quintal

Page 23: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Soledade Lopes

Foto: Vitória Quintal

Page 24: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Vitória Quintal

Page 25: Revista AArtes 7ª Edição

Porque são os pequenos gestos que fazem a

diferença.

http://abelhita-

pequenosgestos.blogspot.com/

Telefone: 91 735 73 10

email: [email protected]

Vencedora Desafio

Flor em fitas de cetim

Blog: http://cantinho-da-cor-

artesdecorativas.blogspot.com

Traga a ideia e deixe o resto comigo

Trabalho executado por : Teresa Violante

Em: TEARTES

Blog: http://te-artes.blogspot.com/

Criações da Mina

Informações: [email protected]

Page 26: Revista AArtes 7ª Edição

Passo a Passo executado por :

Marta Touguio

Em: Atelier Imperio Touguio

Cartão de 2mm

Papel de Scrapbooking

Cartolina colorida

Fita dupla face

Cola branca

Régua; X-acto; Boleador;

Furador decorativo

Decorações a gosto.

Como Fazer

Comece por cortar o cartão

nas seguintes medidas: 1

peça de 2x18cm e, 2 peças

de 13x18cm. Corte um pa-

pe l deco ra t i vo com

20,5x21cm e outro com

18x28,50cm. (Imagem 1).

Envolva o cartão no papel de

s c r a p b o o k i n g d e :

30,5cmx21cm, com auxílio de

cola branca, na posição mos-

trada na (imagem 2)

O excesso dobre para dentro

e, cole-o com fita dupla face (imagem 3).

Cole o papel decorativo de

18x28,5cm por cima do car-

tão, e esta parte será o inte-

rior. (Imagem 4)

Para as bolsas do lado esquer-

do, corte 6 cartolinas de

20,5x10,5cm. Com o auxílio

do boleador, faça 1 vinco de

2cm, no lado de 20.5cm, de

cada lado. (Imagem 5).

Material necessário

Atelier das Artes 10 26

Shopping Organizer

Page 27: Revista AArtes 7ª Edição

(Imagem 7)

Junte todas as cartolinas pe-

las abas de 2cm, colando-as

com fita dupla face. (Imagem 6, 7)

Cole papel de scrapbooking

de 17x10,5cm na primeira

cartolina, com cola branca.

Esta será a cartolina que fi-

cará visível no final. (Imagem 8)

Corte uma cartolina ou papel

decorativo de 6,5x17cm. No

lado de 6,5cm, com o auxílio do

boleador, faça um vinco a 3

cm, e outro a 3,5cm. Pode fa-

zer um efeito decorativo com

um furador, num dos lados de

17cm. Depois colar este papel

nas bolsas, pela frente e pela

traseira, o meio centímetro que

se vincou será a lombada e de-

verá ficar em baixo. (Imagem 9,10)

(Imagem 10)

Cole as bolsas no lado es-

querdo do caderno com cola

branca. (Imagem 11)

Corte papel decorativo de

15x9cm, faça um vinco de 2cm

nos 2 lados mais pequenos e

num maior. Pode também fa-

zer um efeito decorativo com

um furador. Cole este papel

decorativo pelas abas, com

cola branca, no lado direito do

caderno. Imagens 12 e 13

(Imagem 13)

Nota: Decore a gosto o exterior e o interior.

7º Edição 10 27

Passo a Passo

Page 28: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Marta Touguio

Atelier das Artes 10 28

Page 29: Revista AArtes 7ª Edição

7º Edição 10 29

Page 30: Revista AArtes 7ª Edição

Atelier das Artes 10 30

Galeria de Trabalhos Trabalho executado por:

Bárbara Dias

Em: BD Artes Decorativas

Trabalho executado por: Patrícia

Coelho

Em: Patty`R´te Trabalho executado por: Sílvia

Marques

Em: SMBijutaria

Trabalho executado por: Lurdes

Ribeiro

Em: Magia Das Cores

Trabalho executado por: Liliana

Monteiro

Em: Experiencias da Lianita

Page 31: Revista AArtes 7ª Edição

Trabalho executado por: Bárbara

Dias

Em: BD Artes Decorativas

7º Edição 10 31

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por: Elisabete

Cruz

Em: Sonhos e Fadas

Trabalho executado por: Lurdes

Ribeiro

Em: Magia Das Cores

Trabalho executado por: Carolina

Tadeu

Em: Mimos da Carol

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Em: Cantinho da Cor

Trabalho executado por: Cláudia Pereira

Em: C.Artes

Page 32: Revista AArtes 7ª Edição

Entrevista Os Trabalhos que apresentamos nesta edição são

da autoria de:

Ricardo Tomás Nasceu em Lisboa a 9 de Janeiro de 1968. Con-

cluiu o Curso de Escultura em Pedra no Centro

Internacional de Escultura de Pêro Pinheiro, o

Curso Complementar de Artes Gráficas na Esco-

la Secundária António Arroio e o Curso de For-

mação Profissional de Jovens na área de Serra-

lharia na Companhia Carris de Ferro de Lisboa.

Frequentou o Curso de Desenho Livre do

AR.CO.

AArtes: Conte-nos como foi que entrou para

este mundo da Escultura.

Ricardo Tomás: Em 1991 trabalhava como

serralheiro civil na Companhia Carris de Ferro

de Lisboa e estudava à noite na escola secun-

dária António Arroio. Um dia fui com a minha

irmã ao Centro Cultural Malaposta, em Odive-

las, onde estava uma exposição de João Limpi-

nho, um grande escultor português que faz coi-

sas fabulosas a partir de ferro velho, e a minha

irmã desafiou-me a fazer algo do género… Nas

semanas seguintes tentei fazer alguma coisa

com peças velhas dos autocarros, e foi assim

que o amor à Escultura nasceu. Resolvi mostrar

algumas peças à minha Professora de Historia

de Arte, que gostou e me convidou para inte-

grar uma exposição coletiva de jovens artistas

na Galeria da Cervejaria Trindade. A partir daí

não consegui parar .

AArtes: Quando e como começou o interesse

pela arte?

Ricardo Tomás: A minha mãe conta que desde

pequeno que eu desmanchava os brinquedos

para ver como eram por dentro… e estava sem-

pre a desenhar. Mas foi quando estive a cum-

prir o serviço militar obrigatório na cidade da

Horta, na ilha do Faial, em que sobrava o tem-

po livre, que eu voltei a desenhar … e muito!!!

Quando acabei a tropa resolvi ir estudar para a

escola António Arroio.

AArtes: Enquanto profissional/artista como se

definiria?

Ricardo Tomás: Sou escultor, e ponto final.

Gosto de transformar o ferro ou a pedra, mudar

as formas. E a escultura dá-me alegria, acalma-

me e transmite-me felicidade.

AArtes: A sua dedicação a esta arte tem cor-

respondido às expectativas?

Ricardo Tomás: Sim, embora ache que os

artistas plásticos em geral são bastante maltra-

tados. Mas já me habituei.

AArtes: Que tipo de material utiliza nas suas

peças?

Ricardo Tomás: Ferro e/ou pedra de diferen-

tes tipos.

Atelier das Artes 10 32

Page 33: Revista AArtes 7ª Edição

Ricardo Tomás AArtes: Os seus trabalhos são previamente

pensados ou vão tomando forma à medida que

avança?

Ricardo Tomás: Eu não penso noutra coisa

senão em trabalho… ando sempre a matutar no

que fazer e em como fazer. Acho que as minhas

esculturas em ferro são feitas com a cabeça e

as de pedra com o coração… Para as de ferro

faço muitos desenhos, muitos estudos, depois

desenho a peça em tamanho natural, a seguir

vou cortando ferro e a peça vai nascendo. Já

com a pedra normalmente tenho a peça na ca-

beça, depois faço alguns traços … e vou vendo

onde a rebarbadora me leva.

AArtes: Em média quanto tempo leva para fa-

zer uma peça?

Ricardo Tomás: Essa é uma questão para a

qual julgo que nenhum artista tenha resposta…

pois acho que nunca se sabe quando começa a

ser construída uma obra. Pode ser feita em al-

gumas horas, ou pode demorar meses… Às ve-

zes há peças que se começam, e só se dão por

terminadas alguns anos depois!

AArtes: Acredita na escultura como fonte de

rendimento ou de prazer e terapia?

Ricardo Tomás: Acredito que qualquer traba-

lho pode e deve ser de prazer e terapia, desde

que se tenha o privilégio de fazer aquilo de que

gostamos. Eu exponho regularmente desde

1993, e faço da escultura a minha atividade

principal há 15 anos. Já realizei mais de uma

centena de exposições individuais e coletivas, já

participei em feiras e mostras de artes, dei cur-

sos, criei esculturas para prémios, e por aí fora.

Viver apenas da escultura tem sido muito difícil.

Mas enfim, hoje em dia, com a malfadada

“crise”, tudo é difícil!

AArtes: Trabalha num ateliê? Descreva o ambi-

ente em que desenvolve as suas obras de arte.

Ricardo Tomás: Eu vivo numa pequena aldeia

perto da cidade de Rio Maior, e tenho aqui o

meu atelier, muito desarrumado e com muito

pó! As esculturas em pedra nascem debaixo de

um telheiro ao ar livre. Cortar a pedra é difícil,

barulhento e poeirento… Já as esculturas em

ferro, faço-as no atelier coberto, que é demasi-

ado quente no verão e muito frio no Inverno…

Enfim, é a vida de escultor.

AArtes: Quais são as principais características

focadas pelos seus clientes quando lhe pedem a

realização de um trabalho?

Ricardo Tomás: Normalmente quando aceito

encomendas peço aos meus clientes liberdade

criativa, tendo em conta, claro, a finalidade da

peça, o sítio onde vai ficar se for uma obra

grande, etc. Elaboro um projeto que depois

apresento ao cliente, e a partir daí vamos traba-

lhando em conjunto até chegarmos a um con-

senso. Depois é só fazer a peça.

7º Edição 10 33

Foto: Ricardo Tomás

Page 34: Revista AArtes 7ª Edição

AArtes: Na sua família existem outros artistas

plásticos?

Ricardo Tomás: Não. O meu pai era cobrador

de bilhetes na Carris e a minha mãe empregada

de limpeza – profissões modestas, “normais”.

Mas a minha irmã, o meu cunhado e a minha

mulher são músicos… outras Artes.

AArtes: Como faz para conseguir vender os

seus trabalhos?

Ricardo Tomás: Divulgo bastante o meu tra-

balho através da internet, faço exposições em

galerias de arte profissionais ou municipais … e

as coisas vão saindo.

AArtes: Na sua opinião o que deveria ser feito

para que as pessoas aderissem mais à compra

de peças artesanais e por quem?

Ricardo Tomás: Acho que a forma como se vê

a Arte tem que mudar! A arte é sempre vista

como acessória, como bem não necessário,

quando no fundo é a essência das civilizações…

Acho que devia haver mais divulgação por parte

das autarquias, jornais e televisões. Os alunos

das escolas deviam ser incentivados a ir visitar

mais exposições, mais museus, a conhecer me-

lhor o seu/nosso património artístico, do passa-

do e do presente. Talvez assim se conseguisse

dar o devido valor e apreço à obra de arte,

àquela peça única e exclusiva, em vez de se

comprar artigos decorativos estandardizados,

banais, iguais a quinhentos mil outros, que não

nos enriquecem em nada!

AArtes: Para terminar, tem algo a acrescentar

a esta entrevista?

Ricardo Tomás: Sim, gostaria de falar do pa-

pel do artista. Para mim não basta cortar pedra

e fazer exposições, tem que haver mais. Temos

que intervir, provocar coisas no meio onde vive-

mos, levar a Arte às pessoas. Não podemos fi-

car sentados no atelier à espera que o sucesso

nos bata à porta, a queixarmo-nos de tudo e

todos e de como somos incompreendidos. Acho

que uma das formas de combater esta crise é

lutarmos com o que fazemos com as mãos. A

qualidade vende-se, as pessoas estão a ficar

fartas das coisas feitas em série.

Por exemplo, eu e dois amigos organizamos

mostras de artes em Rio Maior. A primeira foi a

15 de Abril, a segunda vai ser a 6 de Maio, e

esperamos que se repita por todos os primeiros

domingos do mês. O evento chama-se “Arte no

Jardim – Mostra de Artes e Ofícios”, e pretende

ser uma festa dos trabalhos manuais, sejam

esculturas em pedra, pegas em pano ou moldu-

ras com fósforos. Espero que a população ve-

nha ver o que se produz em Portugal.

Entrevista realizada por: Carolina Tadeu

Para: Atelier das Artes.

Entrevista

Atelier das Artes 10 34

Foto: Ricardo Tomás

Page 35: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Ricardo Tomás 7º Edição

Page 36: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Ricardo Tomás

Page 37: Revista AArtes 7ª Edição

Foto: Ricardo Tomás

Page 38: Revista AArtes 7ª Edição

http://astralhasdasol.blogspot.com/

Vencedora Desafio

Super Blog http://artesebijuxdadiana.blogspot.com/

Telefone: 91 258 21 12

email: [email protected]

http://bdartesdecorativas.blogspot.com/

http://www.artesdamiudapintinhas.blogspot.com/

email: [email protected]

Trabalho executado por : Miuda Pintinha

Em: Artes da Pintinha

Blog: http://artesdamiudapintinhas.blogspot.pt/

Blog: http://coisinhasdapintinhas2.blogspot.pt/

www.zezartes.blogspot.com

www.materiaisdazeza.blogspot.com

Page 39: Revista AArtes 7ª Edição

Material necessário:

Eva na cor Pele

Eva na cor Preta

Eva na cor Branca

Eva com glitter (cor à escolha)

Eva com padrão (à escolha)

Caneta permanente na cor preta

Tesoura

Pincel

Tinta Branca

Blush

Cola para Eva

Moldes

Como Fazer

Recortar todos os moldes como

indica a imagem.

Com ajuda da cola para EVA,

sobrepomos o molde do ves-

tido e o molde do bolso, co-

lando apenas três lados e dei-

xando aberta a parte de cima.

Colar o molde do laço como

indica a imagem.

Colar seguidamente como

indica a imagem.

Colar

Colar

Colar

7º Edição 10 39

Porta Recado em Eva

Page 40: Revista AArtes 7ª Edição

Passo a Passo

Sobrepomos todos os moldes e

colamos como indica a ima-

gem.

Com a caneta permanente de-

senhamos o rosto da boneca.

Com o blush damos cor ao ros-

to da boneca.

Agregar acessórios , brincos e

botões a gosto de cada um.

Com o pincel ou o pinta-

bolinhas, damos luz ao rosto

da boneca.

A boneca está pronta.

Passo a Passo executado por :

Carolina Tadeu

Em: Mimos da Carol

Atelier das Artes 10 40

Passo a Passo

Page 41: Revista AArtes 7ª Edição

Passo a Passo executado por :

Carolina Tadeu

Em: Mimos da Carol

Foto: Carolina Tadeu 7º Edição

10 41

Page 42: Revista AArtes 7ª Edição

Atelier das Artes 10 42

Porta recado em Eva Tamanho A3

Page 43: Revista AArtes 7ª Edição

7º Edição 10 43

Molde Tamanho A3

Page 44: Revista AArtes 7ª Edição

Atelier das Artes 10 44

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por: Lurdes

Ribeiro

Em: Magia Das Cores

Trabalho executado por: Maria

Moreira

Em: Zezartes

Trabalho executado por: Maria

Moreira

Em: Zezartes

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Em: Cantinho da Cor

Trabalho executado por: Isabel Santos

Em: Belita Santos

Page 45: Revista AArtes 7ª Edição

7º Edição 10 45

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por: Maria

Moreira

Em: Zezartes

Trabalho executado por: Maria

Moreira

Em: Zezartes

Trabalho executado por: Maria

Moreira

Em: Zezartes

Trabalho executado por: Lurdes

Ribeiro

Em: Magia Das Cores

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Em: Cantinho da Cor

Trabalho executado por: Bárbara Dias

Em: BD Artes Decorativas

Page 46: Revista AArtes 7ª Edição

O Sol e a Saúde

O Sol faz parte da nossa vida, pelo que, é ne-

cessário aprender a conviver com ele e a retirar

o melhor partido da sua luz, evitando os seus

perigos.

Perigos da exposição solar

Os efeitos nocivos da exposição solar sobre o

nosso organismo podem-se manifestar por

bronzeado, envelhecimento precoce da pele,

cancro da pele, alterações do sistema imunitá-

rio, reações de fotossensibilidade, queimaduras,

desidratação e insolação. Estes efeitos são cu-

mulativos, o que significa que cada agressão

solar vai-se somar às agressões anteriores.

O bronzeado rápido, apesar de muito cobiçado,

é uma resposta de defesa do organismo em re-

lação à exposição solar. Na nossa pele existem

células, chamadas melanócitos, que quando es-

timuladas pela luz solar produzem melanina,

um pigmento que absorve a radiação ultraviole-

ta, protegendo a pele e conferindo-lhe uma co-

loração mais escura. O bronzeado rápido pode

ser responsável pelo envelhecimento precoce

da pele.

O envelhecimento precoce da pele, associado à

exposição solar é bem visível se observarmos

as nossas mãos. Elas são a parte do corpo que

regra geral está sempre exposta à luz solar,

pelo que aparentam maiores sinais de envelhe-

cimento. Como os efeitos da radiação são cu-

mulativos, estes fazem-se sentir progressiva-

mente, ano após ano, com o aparecimento de

manchas, rugas e perda de elasticidade da pele.

Em situações mais graves a excessiva exposi-

ção solar pode ser a responsável pelo apareci-

mento ou agravamento de vários tipos de can-

cro da pele. Qualquer alteração das característi-

cas de sinais na pele – cor, tamanho, textura,

aparecimento de dor ou corrimento – devem

ser comunicadas ao seu médico assistente, no

sentido de identificar precocemente qualquer

formação cancerígena. Uma forma eficaz de ter

noção destas alterações é examinar periodica-

mente o seu corpo e fazer o registo fotográfico

dos sinais e manchas encontrados, de forma a

compara-los.

A exposição solar pode provocar depressão do

sistema imunitário, ou seja, das defesas do or-

ganismo. Como exemplo ilustrativo deste facto,

temos as pessoas que têm herpes simples, e

nas quais, após uma exposição solar excessiva,

surge uma erupção provocada pelo herpes.

As reações de fotossensibilidade são rea-

ções exageradas do nosso organismo à exposi-

ção solar, que podem manifestar-se sob a for-

ma de queimaduras, erupções e rubor ou incha-

ço da pele. Estas podem ser desencadeadas

simplesmente pelo efeito do sol sobre a pele ou

pela exposição solar em associação à toma de

alguns medicamentos, como antialérgicos, pilu-

las anticoncecionais, entre outros. É importante

ler a bula dos medicamentos que se encontra a

tomar, verificando se está descrito, nos efeitos

adversos, a possibilidade reações de fotossensi-

bilidade. Existem, igualmente doenças, princi-

palmente as que afetam o sistema imunitário,

que podem desencadear estas reações, como é

o caso do lúpus eritematoso.

Uma queimadura solar, pode aumentar para o

dobro o risco de desenvolver, no futuro, uma

doença cancerígena.

A queimadura solar caracteriza-se por rubor,

ardor, calor, inchaço e podem mesmo aparecer

vesículas (pequenas bolhas com liquido translú-

cido ou amarelado).

Perante esta situação deve ter os seguintes cui-

dados:

Evitar a exposição solar até desaparece-

rem os sintomas

Aplicar toalhas com água à temperatura

ambiente para arrefecer a zona afetada

Aumentar a ingestão de água e sumos

naturais

Atelier das Artes 10 46

Cuidados com o Sol

Page 47: Revista AArtes 7ª Edição

Aplicar sem friccionar, cremes hidratantes

sem álcool e perfumes

Evitar perfurar as vesículas

Aplicar pomadas adequadas, sob aconse-

lhamento de um profissional de saúde

Recorrer ao serviço de saúde em caso de

persistência ou agravamento dos sintomas

Consulte o seu médico se as dores se mantive-

rem mais de dois dias ou se aumentarem, se

aparecerem sinais de infeção, se tiver vómitos e

diarreia, se tiver febre, se tiver tonturas e con-

fusão mental.

A desidratação ocorre quando o nosso corpo

perde água suficiente para comprometer o bom

funcionamento do organismo. A melhor forma

de a evitar é aumentar o consumo de água. Es-

teja atento aos seguintes sintomas, que estão

associados à desidratação:

Delírio e confusão mental

Fraqueza

Tontura

Dor de cabeça

Sede

Pele e boca seca

Diminuição da quantidade de urina relati-

vamente ao habitual

Aumento do ritmo dos batimentos cardía-

cos

A exposição solar pode levar à insolação, que

se caracteriza por:

Cansaço

Irritabilidade / Agitação

Confusão mental

Hipotensão

Tonturas e vertigens

Desidratação acentuada

Pele quente, ruborizada e húmida

Dor de cabeça

Náuseas e vómitos

Cãibras

Em caso de insolação deve recorrer aos serviços

de saúde e cumprir à risca as indicações dos

profissionais de saúde.

Enquanto espera pelos serviços de saúde pode

ajudar a vítima de insolação, promovendo o ar-

refecimento corporal, com ações como ajuda-la

a deslocar-se para um local à sombra, bem

ventilado e aplicar toalhas húmidas sobre a pe-

le. Se a vítima estiver consciente pode oferecer-

lhe água em pequenos goles.

As consequências de uma exposição solar sem

os devidos cuidados podem ser desastrosas e

podem mesmo comprometer a vida. Existem

cuidados, que apesar de simples permitem que

desfrute do sol e das vantagens que o mesmo

tem sobre a saúde e o bem-estar.

O uso de protetor solar é muito importante ao

longo de todo o ano. Verifique se o protetor é

de largo espectro, garantindo proteção contra

os raios ultravioleta A e B (UVA e UVB). O fator

de proteção solar (SPF) deve ser superior a 15,

e quanto mais alto, mais proteção garante. A

proteção assegurada pelo protetor é calculada

da seguinte forma: se consegue ficar exposta

ao sol 10 minutos sem problemas, ao aplicar

um fator 10, vai poder ficar 100 minutos sem

ser afetada pelas radiações UVB).

O uso de protetor solar só é recomendado a cri-

anças a partir dos 6 meses, e sob aconselha-

mento do médico assistente.

As superfícies refletoras, como a água, a neve,

o pavimento e a areia refletem os raios solares,

o que significa que mesmo estando à sombra

não está protegido.

7º Edição 10 47

Cuidados com o Sol

Page 48: Revista AArtes 7ª Edição

O Sol também tem a capacidade de atravessar

a superfície da água. Nos dias nublados é ne-

cessário especial cuidado pois as nuvens ape-

nas bloqueiam os raios infravermelhos, que

aquecem. Sem estes para nos dar a sensação

de calor, não nos apercebemos que estamos a

sofrer os efeitos nocivos dos raios UV, que têm

a capacidade de atravessar as nuvens e o nevo-

eiro.

Um informação importante dada pelos serviços

de meteorologia é o Índice Ultravioleta, que

mede o nível de radiação solar na superfície da

terra, pelo que quanto mais elevado for, maio-

res são os riscos para o organismo humano.

Cuidados perante a exposição solar:

Estes cuidados devem ser tidos por todas as

pessoas, com atenção redobrada a pessoas de

pele clara, com muitos sinais/sardas na pele e a

crianças e idosos. Quanto mais jovens são as

crianças, mais sensíveis são à exposição solar,

devido à sua pele ser mais frágil. Consulte o

médico assistente do seu filho para que este lhe

indique a partir de quando este poderá ir à

praia. A exposição solar antes das 18 horas au-

menta o risco de insolação nos bebés.

Tenha sempre em mente os seguintes cuida-

dos:

Fazer uma exposição solar progressiva, no

início da época balnear, para haver uma

habituação do organismo ao sol.

Aumentar a ingestão de líquidos, princi-

palmente água e sumos naturais em detri-

mento de sumos gaseificados e bebidas

alcoólicas.

Evitar a exposição solar nas horas de mai-

or calor, entre as 11 e as 16, nas quais os

raios ultravioleta são mais agressivos.

Usar sempre protetor solar para o corpo e

para a cara. Este deve ser aplicado meia

hora antes da exposição solar e renovado

no máximo a cada duas horas e se tomar

banho ou suar. O mesmo se aplica mesmo

que permaneça na sombra.

Não aplicar perfumes, loções para barbear

ou outros cosméticos com álcool, que tor-

nam a pele mais sensível e logo mais sus-

cetível aos efeitos do sol.

Proteger com fator solar máximo cicatri-

zes e sinais da pele.

Usar roupa e acessórios de proteção

(óculos de sol, chapéu de sol, lenços, bo-

nés, chapéus de pala comprida). Atenção,

que os tecidos mais claros são mais per-

meáveis aos raios ultra violeta, o mesmo

acontece quando estão molhados.

Não permanecer diretamente ao sol com a

pele molhada, pois a água potencia o efei-

to dos raios UV.

Usar chinelos sempre que a areia estiver

quente.

Apesar de se dar um maior ênfase a estes cui-

dados no Verão, devemos mantê-los, ao longo

do ano perante a exposição solar, em ativida-

des ao ar livre.

É possível usufruir de todas as vantagens e be-

nefícios que o “astro rei” nos dá, basta usufruir

da sua luz e calor de forma consciente e mode-

rada.

Benefícios da exposição solar

O Sol é fonte de luz e de calor, tendo um papel

importante na vida do ser humano. A exposição

moderada ao sol é benéfica para o organismo

tanto a nível físico como psíquico.

Durante o dia necessitamos de pelo menos 10

minutos de sol para termos a dose de vitamina

D, indispensável para algumas funções corpo-

rais. A vitamina D pode ser ingerida através do

consumo de alimentos como ovos, atum, sardi-

nhas e lacticínios.

Atelier das Artes 10 48

Cuidados com o Sol

Page 49: Revista AArtes 7ª Edição

A exposição ao sol é um do fatores que desen-

cadeia a metabolização da vitamina na pele.

A vitamina D é especialmente importante ao

nível dos ossos, promovendo a absorção de cál-

cio e fósforo necessários para ter ossos e den-

tes fortes e saudáveis. Neste contexto ressalta

a sua importância na prevenção da osteoporo-

se. Esta vitamina tem igualmente um importan-

te papel na normalização da tensão arterial, nas

defesas do organismo e na produção de insuli-

na, pelo que é muito importante para os diabé-

ticos. Existem alguns estudos que fundamen-

tam o papel da vitamina D na prevenção de al-

guns tipos de cancros, como o da mama e o da

próstata.

O nosso organismo é sensível à luz e à escuri-

dão, produzindo hormonas que são reguladas

pelo ritmo circadiano, ou seja, a cada 24 horas

o corpo humano passa por um ciclo biológico

regulado pela luz solar, que influencia a diges-

tão, a renovação celular, a regulação da tempe-

ratura e o estado de vigília. A luz ajuda a des-

pertar o nosso corpo, por isso é que devemos

abrir as janelas de manhã ou pelo menos acen-

der as luzes. Existe uma hormona que é produ-

zida de manhã para nos despertar e dar energia

para a atividade física e intelectual de um novo

dia – o cortisol, e outra que prevalece à noite

para relaxarmos e descansarmos num sono re-

parador – a melatonina.

'' ... Volte seu rosto sempre em direção ao sol e

então as sombras ficarão para trás... '' Provér-

bio chinês

O sol estimula a produção de substâncias quí-

micas no nosso organismo, responsáveis pela

sensação de bem-estar e prazer, como é o ca-

so das endorfinas. As endorfinas têm uma ação

antidepressiva, motivo pelo qual se fala na ten-

dência para ocorrerem depressões sazonais,

associados aos meses nos quais o período de

sol é mais curto.

O calor produzido pelo sol provoca a dilatação

dos vasos sanguíneos, desta forma promove a

circulação, fazendo com que haja um maior

aporte de sangue rico em nutrientes e oxigénio

aos músculos e articulações, melhorando a sua

saúde e tendo uma ação antirreumática.

A exposição solar moderada pode ter um efeito

benéfico nalgumas doenças de pele como a ac-

ne ligeiro, a dermatite seborreica e a psoríase,

pelo seu efeito anti-inflamatório e cicatrizante.

“Quando fizeres algo nobre e belo e ninguém

notar, não fiques triste. Pois o sol todas as ma-

nhãs faz um lindo espetáculo e no entanto, a

maioria da plateia ainda dorme...”

John Lennon

Investigação: Lic. Patrícia Matilde Coelho

Para: Atelier das Artes

7º Edição 10 49

Cuidados com o Sol

Page 50: Revista AArtes 7ª Edição

http://bijutariasilviamarques.blogspot.com/

http://vendasdacris.blogspot.com

http://moita69.blogspot.com/

http://artesanamoita.blogspot.com

http://pattyrte.blogspot.com

Vencedora Concurso

Ponto Cruz

Trabalho executado por : Ana Maria Moita

Em: ARTES EM bijutaria Ana Moita

Blog: http://moita69.blogspot.com/

Blog: http://artesanamoita.blogspot.com /

http://dehartes-artesanato.blogspot.com/

Page 51: Revista AArtes 7ª Edição

Leiria - Fátima Fátima

A Entidade Regional de Turismo - Turismo Leiria

-Fátima, está inserida na Área Promocional de

Lisboa e situa-se no centro litoral do país, dis-

tando apenas 120km de Lisboa e 180 km do

Porto, principais centros urbanos de Portugal.

Reúne seis magníficos concelhos: Batalha, Lei-

ria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de

Mós. Lugares que respiram História, lendas,

costumes e tradições, não esquecendo o artesa-

nato e a gastronomia que tanto agrada a todos.

Espera-o um ambiente afável e familiar que o

fará sentir-se em casa.

Junte-se a nós e deixe-se envolver pelos encan-

tos e recantos desta Região.

Fátima, a maior freguesia do concelho de Ou-

rém, distrito de Santarém, é um importante

centro de peregrinação para o mundo católico.

Situa-se a cerca de 11 km de Ourém, 25 km de

Leiria, 120 km de Lisboa, 180 km do Porto e

está aproximadamente a 300 metros acima do

nível do mar, em pleno maciço calcário estre-

menho. As formações das Serras de Aire e Can-

deeiros conferem-lhe uma paisagem árida, um

solo rochoso e calcário onde só a azinheira, o

carvalho português, o medronheiro, o sangui-

nho ou zanguinho, a figueira e a oliveira, conse-

guem resistir às condições adversas que o clima

e território apresentam.

O nome topográfico Fátima tem origem moura

pois Fátima era o nome da filha de Maomé, o

grande profeta do Islão. Hoje, Fátima indica a

povoação central, sede da freguesia do mesmo

nome que ainda hoje conserva reminiscências

da sua ruralidade em cisternas, moinhos de

vento e outros elementos da arquitectura feita

de pedra e cal, como se pode apreciar nas al-

deias da Aljustrel, Eira da Pedra, Amoreira, Gi-

esteira, Boleiros, Ramila, Gaiola, Pedreira, Casal

Farto e Moita, entre outras, todas dignas de vi-

sita.

A Freguesia de Fátima foi fundada em 1568,

após a sua desagregação da Colegiada de Ou-

rém. Até 1917, Fátima era uma aldeia desco-

nhecida que nasceu num descampado, voltada

para a pastorícia e para a agricultura de sequei-

ro. Foram os marcantes fenómenos religiosos

das Aparições de Nossa Senhora aos três Pasto-

rinhos que desencadearam a fixação de gentes

que enveredaram pelo comércio, restauração e

hotelaria, em resposta às solicitações dos pere-

grinos, abandonando a tradicional agricultura

de subsistência em proveito dos novos empre-

gos emergentes.

Fátima foi elevada a vila em 1977 e a cidade

em 1997. Tem actualmente cerca de 10.000

habitantes. Serve os residentes com todos equi-

pamentos sociais próprios de uma cidade, mas

também os turistas e peregrinos, com aloja-

mento e restauração de qualidade, museus e

lojas, e uma excelente rede viária, em que a A1

é a principal porta de

entrada.

7º Edição 10 51

Page 52: Revista AArtes 7ª Edição

A cerca de dois quilómetros de Fátima, fica Alju-

strel, a pequena aldeia onde nasceram as três

crianças, a quem Nossa Senhora apareceu, em

1917. Dois quilómetros a oeste de Fátima, es-

tende-se a Cova da Iria, o lugar onde Nossa Se-

nhora apareceu cinco vezes aos videntes, pela

primeira vez a 13 de Maio de 1917, quando

apascentavam um rebanho na Cova da Iria. Lú-

cia de Jesus, Francisco e Jacinta Marto, de 10, 9

e 7 anos, respectivamente, avistaram sobre

uma azinheira uma luz envolvendo uma Senho-

ra que lhes falou pedindo-lhes para rezarem e

convidando-os a voltar nos meses seguintes.

Para ocidente, próximo de Aljustrel, numa coli-

na onde prevalece o cultivo das oliveiras, ergue-

se a Loca do Cabeço, minúsculo aglomerado de

rochas onde, uma vez na Primavera e outra no

Outono de 1916, o Anjo apareceu aos três Pas-

torinhos.

Entre Aljustrel e a Loca do Cabeço, num peque-

no vale chamado Valinhos, encontramos o local

onde a Virgem apareceu também uma vez aos

três Pastorinhos, a 19 de Agosto de 1917.

Fátima, Altar do Mundo, resulta de todo um

processo evolutivo apoiado em marcos decisivos

como a construção de um arco de madeira com

uma cruz para assinalar o local das Aparições. A

pequena árvore a pouco e pouco foi desapare-

cendo levada por peregrinos. A 6 de Agosto de

1918, com as esmolas dos fiéis iniciou-se a

construção de uma pequena capela em home-

nagem a Nossa Senhora, feita de pedra e cal

coberta de telha com 3,30 metros de compri-

mento, 2,80 metros de largura e 2,85 metros

de altura. Foi a primeira construção do actual

recinto de oração. A primeira cerimónia oficial

do Bispo de Leiria ocorreu na Cova da Iria em

1927, o lançamento da primeira pedra da Basíli-

ca em 1928, a vinda ao Santuário do Papa Pau-

lo VI, em Maio de 1967, as visitas do Papa João

Paulo II em 1982, em 1991 e em 2000 aquando

da Beatificação dos Pastorinhos Jacinta e Fran-

cisco Marto, mais recentemente, a construção

da Igreja da Santíssima Trindade a inaugurar

em Maio de 2007, e a trasladação do corpo da

Irmã Lúcia, do Convento Carmelita de Santa

Teresa, em Coimbra para a Basílica de Fátima,

no dia 19 de Fevereiro de 2006.

Hoje o Santuário de Fátima acolhe em peregri-

nação e oração muitos milhares de pessoas vin-

das de todo o mundo. De Maio a Outubro, nos

dias 13 de cada mês e durante todo o ano, cer-

ca de seis milhões de peregrinos percorrem

anualmente os caminhos de Fátima para estar

mais perto do local onde três pequenos pastores

– Jacinta, Francisco e Lúcia - afirmam ter visto

a Virgem Maria.

Na simplicidade universal da sua mensagem de

Paz, Fátima é um espaço de silêncio e medita-

ção

Património Monumental

Castelo de Leiria

A vigiar a cidade de Leiria, o altaneiro Castelo,

foi palco de alguns dos acontecimentos marcan-

tes da história portuguesa. O início da sua cons-

trução data do século XII e, durante a sua edifi-

cação, o Castelo atravessou vários reinados,

tendo sofrido a intervenção de diferentes reis.

Após as diversas batalhas porque passou, desde

as lutas com os muçulmanos até às invasões

francesas, o monumento ficou parcialmente

destruído. Uma visita a este Castelo é como

embrenhar no passado histórico de Portugal,

uma viagem ajudada pela Torre de Menagem,

que recentemente foi transformada em núcleo

museológico.

Regiões & Costumes

Atelier das Artes 10 52

Page 53: Revista AArtes 7ª Edição

Castelo de Ourém

Envolvido pelo centro histórico da cidade, ergue

-se no alto do monte, o Castelo de Ourém. De

planta triangular, o castelo é formado por três

torres, tendo no centro um terreiro com uma

enorme cisterna ogival, alimentada por uma

fonte de água. Do lado sul encontra-se o Paço

do Conde D. Afonso, que deu a esta estrutura

militar, uma vertente palaciana.

Castelo de Pombal

Nascido no morro de Santo Amaro, a constru-

ção do Castelo de Pombal impulsionou o desen-

volvimento da vila no seu lado sul. Mandado

edificar por Gualdim Pais, o castelo viria a so-

frer muitos ataques dos mouros, e mais tarde

dos castelhanos, o que obrigou a sucessivas

reparações e reconstruções.

Castelo de Porto de Mós

Avista-se ao longe pelas suas torres, grandes e

verdes, de forma bicuda, que faz deste castelo

um dos mais originais do nosso País. Conquista-

do aos mouros por D. Afonso Henriques, viria a

ganhar características palacianas, devido à in-

tervenção de D. Sancho I, D. Dinis e D. Afonso,

Conde de Ourém. Das cinco torres com que foi

construído, restam hoje três, devido às cons-

tantes investidas árabes e, mais tarde, aos di-

versos abalos sísmicos que sofreram.

Mosteiro da Batalha

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (século

XIV), foi construído devido a um voto feito por

D. João I à Virgem se vencesse a Batalha de

Aljubarrota contra os Castelhanos. Eleito pela

UNESCO como Património Mundial é o grande

monumento do gótico final português e o pri-

meiro onde se estreou a "arte manuelina".

Turismo Grutas de Mira de Aire

Descobertas em 27 de Julho de 1947, só em

Setembro de

1953 foi possí-

vel conhecer o

percurso, hoje

aberto ao públi-

co, que serpen-

teia ao longo de

centenas de

metros, por salas e lagos subterrâneos os quais

revelam um maravilhoso rendilhado de forma-

ções calcárias. Com dois elevadores e uma pro-

fundidade de 110 metros, as Grutas de Mira de

Aire são as maiores grutas de Portugal e as pri-

meiras a serem descobertas na região.

Leiria - Fátima

7º Edição 10 53

Page 54: Revista AArtes 7ª Edição

Grutas de Alvados

As Grutas de Alvados foram descobertas em

1964, por um grupo de trabalhadores das pe-

dreiras de mármores da Serra dos Candeeiros,

cuja curiosidade foi despertada ao ouvirem o

cair demorado das pedras num algar que lhes

pareceu desde logo ser profundo. Prepararam

uma primeira descida às grutas, equipados com

cordas e lanternas, e encontraram uma suces-

são de salas de estalatites e estalagmites, liga-

das entre si.

Grutas de S. António

As Grutas de S. António foram descobertas em

Junho de 1955, por dois homens que trabalha-

vam perto da pedra do Altar em Porto de Mós.

Procurando um pássaro que tentavam apanhar,

entraram por uma grande fenda aberta num

rochedo, onde aquele se tinha refugiado e des-

cobriram estas Grutas de estalatites e estalag-

mites, divididas por várias salas, com uma área

total de cerca de 6000 m2.

Grutas da Moeda

As Grutas da Moeda, localizadas em S. Mame-

de, a 3 Km de Fátima, foram descobertas em

1971 por dois caçadores que perseguiam uma

raposa. Ao entrar no algar onde a raposa se

tinha escondido, os dois homens ficaram mara-

vilhados pela beleza das salas e galerias reple-

tas de formações calcárias destas Grutas, cuja

extensão visitável atinge os 350 metros e a

profundidade chega aos 45 metros.

Artesanato

A variedade de artesanato encontrado na região

do Turismo Leiria-Fátima, deriva de duas pro-

víncias com diferentes etnografias, tendo na

Beira Litoral pela zona sul os concelhos

de Marinha Grande e Porto de Mós, e pela zona

norte os concelhos de Batalha, Leiria, Ourém e

Pombal estando todos incluídos na região deno-

minada Estremadura.

Na seguinte listagem poderá identificar os di-

versos tipos de artesanato presentes na nossa

região, característicos de cada concelho.

Regiões & Costumes

Atelier das Artes 10 54

Page 55: Revista AArtes 7ª Edição

Seis concelhos salpicados pelas cores dos deva-

neios da imaginação, talhados por háveis mãos.

Artesanato que sobrevive ao passar dos anos e

se fortalece por traduzir a alma de um povo.

A alma de uma Região…

BATALHA

Talha em pedra, cantarias de traça antiga ou

recente, vitral, cestaria de vime, latoaria, tano-

aria e tecelagem tradicional.

LEIRIA

Cestaria, latoaria e correaria, barro da Bajouca.

MARINHA GRANDE

Produção de vidro (maçarico e soprado molda-

do) e cristal, empalhamento de garrafas e gar-

rafões, miniaturas de barcos típicos da Praia da

Vieira.

OURÉM

Tecelagem, cestaria, capachos de junco, latoa-

ria, tanoaria. Encontram-se em Fátima objectos

religiosos, alguns de carácter artesanal.

POMBAL

Pintura manual de azulejos, cerâmica, cestaria,

bordados, latoaria, e as conhecidas “esteiras de

esparto” da Ilha.

PORTO DE MÓS

Artesanato em peles e macramé, produção de

carpetes, mantas de retalhos, tapetes e passa-

deiras a partir de trapos e em teares manuais,

cestaria em junco, cerâmica do Juncal, olaria de

Tremoceira, Cruz da Légua e Moitalina, a tece-

lagem de Mira de Aire, trapologia e bordados

em Porto de Mós e a arte de pavimentação das

ruas em pedra calcária branca e preta, pelos

calceteiros de Alqueidão da Serra.

GASTRONOMIA

Uma vida simples, tradicionalmente rural, levou

a que os povos desta região serrana engenho-

samente procurassem a sua auto-suficiência,

abastecendo-se nos seus próprios teres e have-

res, utilizando recursos do cultivo das suas ter-

ras, da pastorícia e da criação de animais de

capoeira e pocilga, para aquilo que mais falta

lhe fazia: a alimentação.

Por isso mesmo é que, na frugalidade duma

cozinha de subsistência alimentar, mas bem

apaladada, podemos hoje encontrar uma varie-

dade de alimentos confeccionados com base na

originalidade que nos foi legada através dos

tempos, pela inventiva e persistência das gen-

tes humildes destas redondezas.

Esta região foi habitada pelos árabes, deles

subsistindo muitos dos hábitos assimilados e

continuados até ao presente. Estão neste caso

os alimentos, em especial os lacticínios, os fru-

tos, os cereais e os legumes. Também as so-

pas, que os árabes designam por Tharid, se as-

semelham às nossas sopas regionais, já que

são feitas de pão migado embebido em caldo

de carne fervida com ervas aromáticas, mor-

mente a hortelã da horta.

Investigação: Carolina Tadeu

Correcção de Texto: Carla Marques

Para: Atelier das Artes

Fonte:

Leiria - Fátima

7º Edição 10 55

Page 56: Revista AArtes 7ª Edição

Gastronomia

Peitos de frango com farinheira

Ingredientes para 2 pessoas:

2 Peitos de frango

1 Garrafa de espumante (como é para cozinhar

poderá ser do mais barato)

1 Sopa de cebola

1 Cebola pequena

4 Dentes de alho

Sal q.b.

Pimenta q.b.

Azeite q.b.

2 Folhas de louro

Preparação:

Abra os peitos de frango com uma faca.

Tempere os peitos de frango com sal e alho. Depois de os temperar, deverá recheá-los com a fari-

nheira (deverá colocar o recheio de forma a conseguir fechá-los). Feche-os com palitos de modo a

que a farinheira não saia durante a cozedura.

Num tacho coloque um fio de azeite com um pouco de cebola e alho, e refogue-os. Depois de refo-

gar, deverá juntar a sopa de cebola por cima dos mesmos. Nesta altura, coloca as folhas de louro e

um pouco de pimenta a gosto (Sal não será necessário porque já o usou durante a preparação). De-

pois deverá despejar a garrafa de espumante e deixar em lume brando a confeção dos mesmos en-

tre 20 a 30 minutos.

Poderá acompanhar os peitos de frango com arroz branco ou salada.

Bom Apetite. Receita Elaborada: por Dario Marques

Pof, Dicas & Sabores

Atelier das Artes 10 56

Page 57: Revista AArtes 7ª Edição

Massa Recheada com Miminhos

Ingredientes para 2 pessoas:

150g de conchas grandes (ou outra mas-

sa grande que dê para rechear)

2 Tomates frescos.

3 dentes de alho.

2 cebolas pequenas.

1 morcela.

1 pimento.

½ queijo (a gosto).

1 Colher de chá de orégãos.

Sal e pimenta q.b.

Azeite q.b.

Preparação:

Leve uma frigideira ao lume com um pouco de azeite e junte uma cebola, os dentes de alho e o pi-

mento, tudo picado em pedaços muito pequenos. Deixe alourar e junte os tomates também cortados

em cubinhos. Envolva bem, tempere com um pouco de sal, pimenta e orégãos e deixe apurar em

lume brando até formar um molho grosso.

Entretanto coza a morcela e deixe-a arrefecer. Depois deverá tirar-lhe a pele e levá-la ao lume com

um pouco de cebola, azeite e alho. Após cozinhá-la um pouco junte-lhe o queijo.

Num outro tacho coza a massa com um pouco de sal. Depois de cozida, escorra e passe-a por água

fria e recheie com a mistura que fez anteriormente da morcela e do queijo.

Num tabuleiro que vá ao forno e à mesa coloque o molho de tomate e por cima coloque a massa já

recheada. Esfarele um pouco de queijo por cima e tempere com um pouco de pimenta.

Leve ao forno quente apenas para derreter o queijo e tostar um pouco a massa.

(Poderá rechear a massa com outras coisas, por exemplo carne picada)

Bom Apetite.

Gastronomia

Receita Elaborada: por Dario Marques

Pof, Dicas & Sabores

7º Edição 10 57

Page 58: Revista AArtes 7ª Edição

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Um espaço dedicado à

mulher moderna

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Vencedora Desafio

Reciclagem

Trabalho executado por : São Meira

Em: Recreio das Artes

Blog: http://recreiodartes.blogspot.pt/

Page 59: Revista AArtes 7ª Edição

Um espaço dedicado à

mulher moderna

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7º Edição 10 59

Agradecemos a todas as pessoas que gentilmente Colabo-

raram connosco nesta 7ª . Edição da

Revista Atelier das Artes

Agradecimento

Ricardo Tomás

Arte - Escultor

Telefone: 243991047

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