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REVISITANDO O DESEMPENHO DAS EMPRESAS LÍDERES SETORIAIS DO BRASIL: INDICADORES DE PRODUTIVIDADE UTILIZANDO COMO BASE A DEMONSTRAÇÃO DE VALOR ADICIONADO (DVA) Wladimir Tadeu Viesi (UFS) [email protected] Marcos Macri Olivera (UFCG) [email protected] Aline Cristina de Araújo Florentino Silva (FSM) [email protected] Paulo José Adissi (UFPB) [email protected] O objetivo deste trabalho é redimensionar o desempenho das empresas líderes setoriais do Brasil, utilizando a demonstração de valor adicionado (DVA) como indicador de produtividade, como também verificar a relação estatística entre este e oos dados financeiros obtidos das empresas, a fim de constatar a variável financeira que indica qual a tendência do comportamento do valor adicionado. Como método, utilizou-se pesquisa bibliográfica e conceitual das observações, caracterizando a pesquisa como analítica e descritiva. Coletaram-se, também, dados secundários de cunho público que foram tratados utilizando o modelo de DVA e o cálculo de indicadores de produtividade. Em seguida foi calculado o coeficiente de correlação (r) entre as variáveis e a demonstração de valor. Diante dos resultados obtidos, pôde-se concluir positivamente a respeito da utilização da demonstração de valor adicionado para metrificar o desempenho de organizações de grande porte, ressaltando sua utilidade em função desta oferecer uma percepção mais sistêmica do desempenho, ampliando o conteúdo da análise produtiva. Palavras-chaves: Líderes setoriais, produtividade sistêmica, demonstração do valor adicionado, indicadores de produtividade XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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REVISITANDO O DESEMPENHO DAS

EMPRESAS LÍDERES SETORIAIS DO

BRASIL: INDICADORES DE

PRODUTIVIDADE UTILIZANDO COMO

BASE A DEMONSTRAÇÃO DE VALOR

ADICIONADO (DVA)

Wladimir Tadeu Viesi (UFS)

[email protected]

Marcos Macri Olivera (UFCG)

[email protected]

Aline Cristina de Araújo Florentino Silva (FSM)

[email protected]

Paulo José Adissi (UFPB)

[email protected]

O objetivo deste trabalho é redimensionar o desempenho das empresas

líderes setoriais do Brasil, utilizando a demonstração de valor

adicionado (DVA) como indicador de produtividade, como também

verificar a relação estatística entre este e oos dados financeiros

obtidos das empresas, a fim de constatar a variável financeira que

indica qual a tendência do comportamento do valor adicionado. Como

método, utilizou-se pesquisa bibliográfica e conceitual das

observações, caracterizando a pesquisa como analítica e descritiva.

Coletaram-se, também, dados secundários de cunho público que foram

tratados utilizando o modelo de DVA e o cálculo de indicadores de

produtividade. Em seguida foi calculado o coeficiente de correlação (r)

entre as variáveis e a demonstração de valor. Diante dos resultados

obtidos, pôde-se concluir positivamente a respeito da utilização da

demonstração de valor adicionado para metrificar o desempenho de

organizações de grande porte, ressaltando sua utilidade em função

desta oferecer uma percepção mais sistêmica do desempenho,

ampliando o conteúdo da análise produtiva.

Palavras-chaves: Líderes setoriais, produtividade sistêmica,

demonstração do valor adicionado, indicadores de produtividade

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.

São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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1. Introdução

A aceleração da globalização e abertura comercial que se acentuou no final dos anos 80 e

inicio dos 90, provocando temeridade no setor industrial brasileiro (FARAH JÚNIOR, 1999),

resultou em um modelo presente de desenvolvimento sócio-econômico que têm exigido das

empresas uma adaptação continua a um ambiente de constante evolução, para poder

sobreviver e manter a competitividade em mercados cada vez mais exigentes (DRUCKER,

1999; HAMEL, 2001).

Esse processo demanda, por parte das empresas, a criação de ambientes propícios à inovação

que favoreçam a redução dos custos, o aumento da qualidade e, principalmente, o aumento da

produtividade.

Dado a intensificação da concorrência nos dias de hoje, sem produtividade ou sem eficiência

do processo produtivo, uma empresa, raramente, obterá sucesso, ou ate mesmo sobreviverá no

mercado.

Neste sentido, a gestão da produtividade caracteriza-se como um dos quesitos essenciais ao

suporte das estratégias de competitividade das empresas, visto que é considerada uma arma de

competição genérica, aplicável aos diversos campos competitivos (CONTADOR, 2003).

Conforme Macedo (2002), a gestão da produtividade nas empresas vem se tornando cada vez

mais crucial em um ambiente de crescente abertura externa e globalização dos negócios,

concluindo que o conceito de produtividade vai além dos aspectos restritos ao processo de

produção, pois a geração de valor também depende das demais etapas do processo produtivo.

Para reforçar, Slack et al. (2002) argumentam que nenhuma operação produtiva, ou parte dela,

existe isoladamente. Todas as operações fazem parte de uma rede maior, interconectada com

outras operações que inclui fornecedores e clientes, como também, inclui fornecedores dos

fornecedores e clientes dos clientes e assim por diante.

Ainda além, a criação de valor, incorporada ao conceito de produtividade, permite que o

ambiente externo de relacionamento, como, por exemplo, logística conjunta entre fornecedor-

empresa, eficiência coletiva, socialização dos custos e danos ao meio ambiente, sejam

contabilizadas na determinação da eficiência do processo produtivo de uma empresa.

Assim, numa perspectiva metodológica, o conceito de produtividade passa a ter por base o

valor adicionado pelo processo produtivo da empresa (MACEDO, 2002). Esse valor é

calculado pela diferença entre o valor das vendas da empresa e o valor das compras de bens e

serviços intermediários que esta realiza junto aos seus fornecedores.

Essa nova percepção de valor adicionado vem sendo apresentada em contínua evolução desde

a década de 90, assim como sua interação, complementaridade, utilidade e tangenciamento

com outras áreas de conhecimento. Todavia, ressalta-se que tais estudos enfocam,

principalmente, aspectos resultantes econômicos do conceito, conquanto o presente artigo

alinha o valor adicionado à possibilidade de colaboração na medição da produtividade.

Inserido nesse contexto, a proposta desse trabalho é redimensionar o desempenho das

empresas líderes setoriais do Brasil, utilizando a demonstração de valor adicionado (DVA)

como indicador de produtividade, tecendo, assim, considerações a respeito dos resultados e da

aplicabilidade da referida ferramenta de medição. Cabe ressaltar que a DVA utilizada neste

artigo é um instrumento contábil recomendado, inclusive, pela Comissão de Valores

Mobiliários (CVM), de acordo com o Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP/N’01/00 (CVM, 1999).

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2. Demonstração de valor adicionado (DVA)

O ambiente competitivo, mutável e complexo no qual hoje rivalizam as organizações

empresariais, tem feito da informação uma das variáveis com destacada importância para o

processo decisório, não somente dos agentes internos, como também dos externos. Todavia, a

constatação de que cada um desses agentes possui interesses distintos a respeito da

informação econômico-financeira gerada, entende-se como ideal a geração e manutenção de

informação que atenda a conveniência e o interesse especifico de cada grupo.

É neste contexto, que Cosenza (2003) destaca que se manifesta a necessidade de se ter uma

demonstração econômico-financeira que propicie informações compreensíveis e transparentes

à qualquer categoria de usuário, independentemente do grau de seus conhecimentos em

matéria contábil. Assim surge a demonstração do valor adicionado (DVA), que assume o

papel de demonstração contábil complementar, visando informar sobre a participação de

todos os fatores econômicos que contribuíram na criação de valor para a empresa e o

conseqüente rateio desse valor entre esses mesmos agentes econômicos.

Além de constituir-se em uma nova forma de medir o desempenho estratégico das

organizações (DENGLOS, 2005) – uma proeminente alternativa originada na insatisfação

com a contabilidade tradicional (GARVEY e MILBOURN, 2000) – Irala (2005) e Irala e

Reddy (2006) destacam que a importância desse tipo de ferramenta reside no fato de que

reduz a diferença de interesses que existe entre gestores e acionistas, assim como, em

determinadas situações, alinha tais interesses.

Tal utilidade tem motivado a um número crescente de empresas que passaram a confiar e

utilizar o valor adicionado para avaliar e premiar todos os gestores de setores ou

departamentos funcionais (RAY e CHOUDHURI, 2005).

Como instrumento de analise da agregação e da distribuição de valor, Marion (2001) enfatiza

que o DVA evidencia o quanto a riqueza uma empresa produziu, ou seja, o quanto adicionou

de valor aos seus fatores de produção e de que forma essa riqueza foi distribuída (entre

empregados, governo, acionistas, financiadores de capital), assim como quanto ficou retido na

empresa. O DVA é uma demonstração útil, inclusive do ponto de vista macroeconômico, uma

vez que, conceitualmente, o somatório dos valores adicionados (ou valores agregados) de um

país representa, na verdade, o seu Produto Interno Bruto (PIB).

Conceitualmente, entende-se o valor adicionado como a diferença entre o valor das saídas e

dos suprimentos, correspondendo aos custos internos de processamento em que as empresas

incorrem, remunerando-se os fatores de produção por eles mobilizados (ROSSETTI, 1997).

De acordo com Vieira (2004), a demonstração do valor adicionado (DVA) é elaborada através

dos dados extraídos da demonstração do resultado do exercício (DRE), e do demonstrativo do

balanço patrimonial (DBP) utilizados pelas empresas brasileiras e sugeridos pela Comissão de

Valores Mobiliários (CVM). Tal modelo foi desenvolvido pela Fundação Instituto de

Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP.

Por fim, Vieira (2004) discorre que a Demonstração do Valor Adicionado pode ser dividida

em duas partes principais, referentes à criação e destinação do valor adicionado,

respectivamente, e ainda uma parte intermediária, entre o valor adicionado bruto e a

distribuição, no qual são demonstrados os valores retidos à titulo de depreciação, exaustão e

amortização, bem como os valores recebidos em transferência.

3. Indicadores de produtividade

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Com a finalidade de posicionarem-se frente à competição, as empresas devem criar

mecanismos para avaliar sua real competitividade e verificar se estão aperfeiçoando sua forma

de atuação, relativa às necessidades dos clientes e à ação dos competidores, ou seja, as

organizações empresariais devem definir, medir e monitorar indicadores que serão utilizados

na estrutura de ações para melhorar seu desempenho competitivo (MUSCAT e FLEURY,

1992).

Sob o ponto de vista produtivo, Moreira (1994) assevera que sendo produtividade,

essencialmente, uma relação entre produção e insumos, faz-se necessária uma medição dessas

grandezas, o que implica em quantificar tanto a produção quanto os insumos empregados

nessa produção para que seja possível relacionar ambas as grandezas e obter-se índices

numéricos, que resultam em informações palpáveis sobre a produtividade da organização.

Evidenciando que tais índices ou medidas encontram-se nos diversos níveis organizacionais,

Juran (2002) apresenta uma hierarquia de unidades de medida (figura 1), em forma de

pirâmide, na qual as medidas relacionam-se com o grau de necessidade de complexidade e

abrangência da informação – o que implica em medidas de produtividade de diferentes

natureza e interpretação, abrindo um leque de novas possibilidades de observação e análise.

Figura 1 – Pirâmide das Unidades de Medida

Fonte: Juran (2002)

Uma ferramenta útil para a analise das demonstrações é o calculo de indicadores, os quais

podem ser utilizados isoladamente ou em conjunto com a analise horizontal e vertical.

Florentino (1999) afirma que os índices constituem, de modo geral, relações entre diferentes

Resumos para níveis superiores: mercados, classes de serviços, linhas de produtos, unidades de

organizações.

Resumos de dados básicos para itens específicos: produtos, processos e unidades de organizações.

Unidades tecnológicas de medida para elementos individuais de produtos, processos e serviços.

Resumos Corporativos:

dinheiro, relações e índices

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massas monetárias que formam a estrutura patrimonial e operacional da empresa. Essas

massas monetárias devem guardar entre si certa harmonia ou equilíbrio, ou certa correlação,

ou comparação, ou ainda certa evolução.

Os indicadores de produtividade espelham o quanto cada item analisado produziu de valor

adicionado, mostrando a participação das partes interessadas (stakeholders), na criação e

destinação de riqueza pela empresa, conforme quadro 1:

No INDICADOR FÓRMULA SIGNIFICADO

1

Taxa de Retenção

Receitas Totais

(TRR)

Valor Adicionado

Receita Total

Mostra quanto da receita total refere-se à

valor adicionado, ou quanto do valor

adicionado as receitas totais estão

agregando.

2 Taxa de Geração de Riqueza

(TGR)

Valor Adicionado

Ativo Total

Mostra quanto cada real investido no ativo

gera de valor adicionado. Mede o potencial

do ativo de gerar riqueza.

3

Contribuição do Lucro

Operacional

(CLLO)

Lucro Operacional

Valor Adicionado

Mede a contribuição do lucro operacional

para o valor adicionado.

4

Taxa de Retenção de

Riqueza

(TRRQ)

Lucro Líquido

Valor Adicionado

Mede a contribuição do lucro líquido para o

valor adicionado.

Quadro 1 - Indicadores de produtividade

Fonte: Vieira (2004)

O quadro 1 tem por objetivo expor a contribuição do valor adicionado para a geração e

destinação de riqueza das empresas lideres setoriais. No caso em estudo são apresentados os

seguintes indicadores:

a) TRR (Retenção de Receitas) – Esse percentual mostra o quanto fica dentro da empresa,

acrescentado valor adicionado para os funcionários, acionistas, governo, financiadores e

lucro retido.

b) TGR (Geração de Riqueza) – Mostra o quanto cada real investido no ativo gera de valor

adicionado.

c) CLLO (Retenção do Lucro Operacional) – Mostra a participação do lucro operacional

para o valor adicionado.

e) TRRQ – (Retenção de Riqueza) – Mostra a participação do lucro liquido para o valor

adicionado, na qual revela a criação de valor para os acionistas.

4. As empresas líderes setoriais do Brasil e os procedimentos metodológicos

Para a realização desta pesquisa escolheu-se como população as empresas líderes setoriais do

Brasil. A fim de obter tal qualificação, utilizou-se como referência a sétima edição de Valor

1000, em 2008, publicação anual da revista Valor Econômico S.A. que elabora diversos

rankings da área financeira através do estabelecimento e aplicação de índices variados.

Dessa forma, de acordo com o método escolhido pela publicação para a realização da

classificação, obteve-se o seguinte quadro de empresas líderes setoriais que compõem a

população da presente pesquisa: Usina Bazan, Coamo, Sabesp, Garoto, Souza Cruz, Makro,

Star Export, Leo Madeiras, Telemonte, Semp Toshiba Amazonas, Copel Geração, Natura,

Owens-Illinois Brasil, WEG Equipamentos, V&M do Brasil, MBR, International Paper,

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Comgás, Videolar, Copesul, Visanet, Hospital Albert Einstein, Serpro, Telefônica São Paulo,

Alpargatas, Transpetro e Fiat Automóveis.

Esclarece-se que, de acordo com o método adotado, em caso de empate entre empresas em

qualquer uma das posições, seja em algum critério, seja na soma dos pontos, a ordenação foi

feita pela maior freqüência nos oitos critérios, independentemente da classificação em cada

um deles. Em caso de novos empates, teve a preferência quem obteve, sucessivamente, a

melhor colocação em Crescimento Sustentável, Geração de Valor, Rentabilidade e Cobertura

de Dívidas.

A presente pesquisa caracteriza-se como analítica e descritiva, visto que se propõe a revisar

dados existentes sob uma perspectiva alternativa, descrevendo os resultados obtidos a partir

da aplicação de um modelo de DVA ao caso em estudo. Para tanto, foram realizados os

seguintes procedimentos:

Procedeu-se com uma revisão bibliográfica sobre os elementos que compõem o tema, a

fim de fundamentar procedimentos, análises e considerações decorrentes da realização da

pesquisa;

Foram coletados dados secundários de caráter público (Demonstração de Resultado do

Exercício – DRE), sobre o caso em estudo, que forneceram subsídios para as etapas

posteriores;

Realizou-se escolha do modelo de DVA a ser aplicado no estudo e procedeu-se com a

reorganização dos dados necessários;

A partir dos novos dados gerados, realizou-se o cálculo de indicadores de produtividade

proposto pela literatura pesquisada.

Quanto à verificação da relação estatística do valor adicionado com os dados financeiros das

empresas estudadas, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson (r). Optou-se por

entender que o valor de r igual a zero indicou que não há relação linear entre as variáveis

estudadas, enquanto que um valor igual a 1 ou a -1 indicou uma relação linear perfeita

(normal ou inversa). Para tanto, o valor adicionado de cada empresa foi relacionado com as

variáveis receita bruta total, ativo total, lucro operacional e lucro líquido. Dessa forma,

calculou-se r através da seguinte equação:

Observou-se que quanto mais próximo o valor de r de 1 ou -1 maior a relação estatística entre

o valor adicionado e os dados financeiros das empresas estudadas.

5. Apresentação dos resultados

Conforme mencionado em seção pertinente, a consecução dos objetivos desta pesquisa

iniciou-se com o cálculo dos indicadores de produtividade, utilizando como base o cálculo de

valor adicionado das empresas líderes setoriais do país, conforme se apresenta a seguir.

5.1. Indicadores de Produtividade das Empresas Líderes Setoriais do Brasil

Primeiramente, os dados coletados e calculados estão colocados no quadro 2, em se obteve o

valor adicionado de cada empresa:

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EMPRESAS

PESQUISADAS

DADOS FINANCEIROS DAS EMPRESAS - 2006 (R$ mil) VALOR

ADICIONADO Receita Bruta

Total

Ativo

Total

Lucro

Operacional

Lucro

Líquido

Alpargatas 1.703.280 1.058.475 168.881 126.618 615.459

Coamo 2.418.062 2.383.573 227.540 190.300 614.302

Copesul 8.148.134 2.466.605 826.160 615.185 929.654

Makro 4.224.379 1.040.321 152.519 116.201 530.376

MBR 3.952.835 5.150.931 3.110.706 2.471.904 2.991.833

Natura 3.731.863 1.325.406 579.507 469.326 1.758.540

Sabesp 5.984.012 17.999.953 1.240.712 778.905 2.217.105

Serpro 1.623.924 1.496.405 290.456 167.420 844.163

Souza Cruz 8.699.500 3.926.000 985.800 824.100 2.391.200

Telefônica SP 20.195.597 17.986.577 3.096.817 2.816.131 4.634.670

Videolar 1.390.758 703.907 98.181 87.859 220.779

WEG Equip. 3.527.110 1.694.410 496.598 502.831 1.290.045

Quadro 2 – Dados financeiros das empresas

O quadro expressa os valores coletados das empresas lideres setoriais, no ano de 2006,

das principais contas patrimoniais e de resultados, divulgados publicamente, para calculo dos

indicadores de produtividade elencados para o presente artigo e citados na subseção 2.2. Os

indicadores estão dispostos nos gráfico seguintes.

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Taxa de Retenção de Receitas Totais - TRR

0,757

0,520

0,471

0,4120,371 0,366 0,361

0,2750,254

0,229

0,1590,126 0,114

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

MB

R

SE

RP

RO

NA

TU

RA

CO

PE

L

SA

BE

SP

WE

G E

QU

IP.

ALP

AR

GA

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S

SO

UZ

A C

RU

Z

CO

AM

O

TE

LE

NIC

A S

P

VID

EO

LA

R

MA

KR

O

CO

PE

SU

L

Figura 2 – Taxa de retenção de receita

A figura 2 – taxa de retenção de receitas totais (TRR) - expressa o quanto da receita total

refere-se ao valor adicionado. Dentre as empresas de maior taxa de retenção de receitas totais

(TRR), respectivamente, estão a MBR do setor de mineração, a Serpro do setor de tecnologia

de informação e a Natura, do setor farmacêutico e cosméticos.

No caso da MBR o valor adicionado é elevado porque a sua controladora ou investidora -

Vale do Rio Doce – realizou um ajuste contábil denominado equivalência patrimonial. A

equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do

investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora (Vale do

Rio Doce) no patrimônio líquido da sociedade investida (MBR), e no reconhecimento dos

seus efeitos na demonstração do resultado do exercício. Visto isto, o ajuste contabil –

resultado de equivalencia patrimonial - proporcionou uma alta taxa de retencao de receitas

totais – TRR.

No caso da Serpro, o elevado valor adicionado é decorrente do baixo indice de utilizacao de

insumos de terceiros (materias primas consumidas, custos dos servicos vendidos, materiais,

energia, servicos de terceiros e outros). Neste sentido, a baixa utilizacao de insumos de

terceiros resultou em uma alta taxa de retencao de receitais totais – TRR.

A empresa Natura, da mesma forma que a empresa Serpro, constata-se uma alta taxa de

retenção de receitas totais -TRR em virtude do baixo indice de utilização de insumos de

terceiros (materias primas consumidas, custos das mercadorias vendidas, materiais, energia,

servicos de terceiros e outros).

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9

Taxa de Geração de Riqueza - TGR

1,327

0,761

0,609 0,581 0,581 0,5640,510

0,3770,314

0,258 0,258 0,255

0,123

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

1,4

1,5

NA

TU

RA

WE

G E

QU

IP.

SO

UZ

A C

RU

Z

MB

R

ALP

AR

GA

TA

S

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PE

SU

L

VID

EO

LA

R

CO

AM

O

TE

LE

NIC

A S

P

CO

PE

L

SA

BE

SP

Figura 3 – Taxa de geração de riqueza

A figura 3 – taxa de geração de riqueza (TGR) - expressa o quanto cada real investido no

ativo gera de valor adicionado. Dentre as empresas de maior taxa de geração de riqueza

(TGR), respectiva,mente estão a Natura do setor farmacêutico e cosméticos, a Weg

Equipamentos do setor de mecânica e a Souza Cruz do setor de bebidas e fumo.

Quanto a empresa Natura, a expressiva taxa de geração de riqueza – TGR justifica-se pela

importância do ativo da empresa, principalmente, dos investimentos em pesquisa e

desenvolvimento de novos produtos, proporcionando assim alto valor adicionado. A cada 1

real investido no ativo gera aproximadamente 1,33 em valor adicionado.

No caso da Weg Equipamentos, a alta taxa de retenção de riqueza – TGR está relacionada,

principalmente, ao elevado nível de receita financeira obtida pela empresa. Isto resulta em um

aumento consideravel do valor adicionado, conforme o modelo apresentado do DVA. Assim,

a cada 1 real investido no ativo gera aproximadamente 0,76 em valor adicionado.

No caso da Souza Cruz, a alta taxa de retencao de riqueza – TGR justifica-se pelo por dois

fatores: baixo indice de utilização de insumos de terceiros e do alto indice de receita

financeira obtida pela empresa. Isto tam,bem resulta em um aumento do valor adicionado.

Deste modo, a cada 1 real investido no ativo gera aproximadamente 0,61 em valor adicionado.

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Contribuição do Lucro Operacional - CLLO

1,040

0,889

0,668

0,6000,560

0,4450,412

0,385 0,3700,344 0,330

0,288 0,274

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

MB

R

CO

PE

SU

L

TE

LE

NIC

A S

P

CO

PE

L

SA

BE

SP

VID

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LA

R

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RU

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CO

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RO

NA

TU

RA

MA

KR

O

ALP

AR

GA

TA

S

Figura 4 – Contribuição do lucro operacional

A figura 4 – contribuição do lucro operacional (CLLO) mede a contribuição do lucro

operacional para o valor adicionado. Dentre as empresas de maior taxa de contribuição do

lucro operacional (CLLO), respectiva,mente estão a MBR do setor de mineração, a Copesul

do setor de quimica e petroquimica e a Telefonica São Paulo do setor de telecomunicações.

No caso da MBR, a alta taxa de contribuição do lucro operacional (CLLO) resulta do

resultado da equivalencia patrimonial. A equivalência patrimonial e seus efeitos é

reconhecido pela demonstração de resultado do exercicio (DRE) via incorporação ao lucro

operacional da empresa. Visto isto, mais uma vez, o ajuste contabil – resultado de

equivalencia patrimonial - proporcionou uma alta taxa de contribuição do lucro operacional

(CLLO) para o valor adicionado.

Para a Copesul, a alta taxa de contribuição do lucro operacional (CLLO) resulta do expressivo

lucro operacional da empresa para o valor adicionado. A correlação entre lucro operacional e

valor adicionado é praticamente 1 para 1, ou seja, para 0,89 real de lucro operacional gera 1

real em valor adicionado.

Quanto a Telefonica São Paulo, a alta taxa de contribuição do lucro operacional, da mesma

forma que a Copesul, resulta do expressivo lucro operacional da empresa para o valor

adicionado em virtude da extreita correlação entre lucrooperacional e valor adicionado.

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Taxa de Retenção de Riqueza - TRRQ

0,826

0,662

0,608

0,406 0,398 0,3900,351 0,345

0,3100,267

0,219 0,206 0,198

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

MB

R

CO

PE

SU

L

TE

LE

NIC

A S

P

CO

PE

L

VID

EO

LA

R

WE

G E

QU

IP.

SA

BE

SP

SO

UZ

A C

RU

Z

CO

AM

O

NA

TU

RA

MA

KR

O

ALP

AR

GA

TA

S

SE

RP

RO

Figura 5 – Taxa de retenção de riqueza

A figura 5 – taxa de retenção de riqueza (TRRQ) mede a contribuição do lucro líquido para o

valor adicionado. Dentre as empresas de maior taxa de taxa de retenção de riqueza (TRRQ),

respectiva,mente estão a MBR do setor de mineração, a Copesul do setor de quimica e

petroquimica e a Telefonica São Paulo do setor de telecomunicações. O resultado não poderia

ser diferente, pois existe uma extreita correlação entre lucro líquido e valor adicionado, assim

como verificado no grafico 3 entre lucro operacional e valor adicionado.

No caso da MBR, a alta taxa de retenção de riqueza (TRRQ) resulta do resultado da

equivalencia patrimonial. A equivalência patrimonial e seus efeitos é reconhecido pela

demonstração de resultado do exercicio (DRE) refletindo no lucro líquido da empresa. Visto

isto, mais uma vez, o ajuste contabil – resultado de equivalencia patrimonial - proporcionou

uma alta taxa de retenção de riqueza (TRRQ) para o valor adicionado.

Para a Copesul, a alta taxa de retenção de riqueza (TRRQ) resulta do expressivo lucro

operacional da empresa para o valor adicionado. A correlação entre lucro líquido e valor

adicionado é expressiva.

Quanto a Telefonica São Paulo, a alta taxa de retenção de riqueza, da mesma forma que a

Copesul, resulta da extreita correlação entre lucro líquido e valor adicionado.

5.2. Relação Estatística Entre o Valor Adicionado e os Dados Financeiros das Empresas

Conforme mencionado, além de analisar a produtividade das empresas líderes setoriais

através dos indicadores obtidos via cálculo do valor adicionado, verificou-se a relação

estatística entre este e os dados financeiros obtidos das empresas, a fim de constatar que

variável financeira indica de forma mais clara qual a tendência do comportamento do valor

adicionado. Para tanto, foram calculados os coeficientes de correlação r entre o valor

adicionado e os dados financeiros das empresas, conforme apresenta o quadro abaixo:

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Variáveis

Correlacionadas

Receita Bruta

Total Ativo Total Lucro

Operacional

Lucro

Líquido VALOR

ADICIONADO 0,81739 0,76193 0,91415 0,92644

Quadro 3 – Correlação entre Valor Adicionado e os Dados Financeiros da Empresas

Constatou-se, dessa forma, que a maior correlação verificada é justamente entre valor

adicionado e o lucro liquido devidamente entendido como taxa de retenção de riqueza

(TRRQ). Esta variável evidencia o quanto de valor adicionado ficou retido na empresa (lucro

líquido). Para reforçar esta correlação, o lucro líquido (ou lucro retido) evidencia o quanto

uma empresa adicionou de valor aos seus fatores de produção (estoque de capital em uso -

máquinas, equipamentos, instalações, mão-de-obra, relações de trabalho, formas e

instrumentos de gestão, qualidade do processo de produção e gestão, potencial de inovação de

produtos e processos, etc.) e ficou retido na empresa.

Outra variável de alto índice de correlação é entre o valor adicionado e o lucro operacional,

também entendido por contribuição do lucro operacional (CLLO). Esta variável expressa o

quanto o lucro operacional contribui para o valor adicionado. Verifica-se neste quesito o

aspecto da incorporação do resultado de equivalência patrimonial como elemento agregador

ao valor adicionado via ajuste contábil e no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração

do resultado do exercício (DRE).

A variável receita bruta total demonstra também um alto índice de correlação com o valor

adicionado, devidamente entendido como taxa de retenção de receitas totais (TRR). Esta

variável expressa o quanto de valor adicionado as receitas totais (ou receita bruta total) estão

agregando. Verifica-se neste quesito o aspecto de como a receita bruta total mediante as

vendas para consumidor final ou para outras unidades produtivas incorpora qualidade no

produto, estratégia de marketing, logística de distribuição e outros cujo resultado agrega valor

aos clientes e conseqüentemente, a própria empresa.

Por último, observa-se uma alta correlação entre o valor adicionado e o ativo total da empresa,

também entendido como taxa de geração de riqueza (TGR). Esta variável mostra quanto cada

real investido no ativo gera de valor adicionado. Verifica-se neste índice o aspecto da

importância do ativo de uma empresa para o valor adicionado, sejam estes, ativos tangíveis

(maquinas, equipamentos, instalações, matérias primas, mão-de-obra) como ativos intangíveis

(cultura organizacional, gestão, conhecimento, produção intelectual, pesquisa e

desenvolvimento) indispensáveis na criação de valor à empresa.

6. Considerações finais

O propósito inicial deste artigo foi redimensionar o desempenho das empresas líderes setoriais

do Brasil, utilizando a demonstração de valor adicionado (DVA) como indicador de

produtividade, como também verificar a relação estatística entre este e os dados financeiros

obtidos das empresas, a fim de constatar a variável financeira que indica qual a tendência do

comportamento do valor adicionado.

Após a execução dos procedimentos planejados, foi possível obter êxito conquanto as

intenções propostas. Dessa forma, verificou-se o desempenho das empresas líderes setoriais

do país, sob um enfoque diferenciado, capaz de ampliar a percepção sobre os resultados e

abrir portas para novas discussões a respeito da utilização de indicadores de desempenho em

diferentes níveis organizacionais.

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Por outro lado, a utilização do coeficiente de correlação indicou, inicialmente, uma relação

maior entre a medida utilizada e o lucro líquido das organizações, assim como uma menor

relação entre a medida e a receita bruta das participantes da pesquisa, sugerindo uma já

notória percepção de pouca utilidade final da utilização dos níveis de receita como indicador

principal de desempenho.

Sobre a ferramenta de medição utilizada, conforme já se destacou em outros trabalhos, é

possível enfatizar que a DVA contempla as seguintes características intrínsecas à sua

utilização que contribuem com os diversos modelos de gestão modernos, antenados às novas

exigências e necessidades dos mercados competitivos atuais:

a) O valor adicionado é um conceito sistêmico, pois depende dos múltiplos e

interdependentes fatores variáveis que definem e estruturam o processo produtivo;

b) O valor adicionado é gerado pela articulação das atividades de dentro da organização e,

principalmente, às suas externalidades com o ambiente que a envolve.

c) Favorece a avaliação de desempenho empresarial;

d) Favorece na percepção mais adequada do quanto de riqueza a empresa criou em períodos

determinados de análise;

e) Colabora assertivamente na análise de como a empresa destinou a riqueza criada;

f) Indica a contribuição da empresa para a sociedade, incluindo neste item dados para

atendimento de pessoas ou entidades interessadas no desempenho da empresa, tais como

empregados, sindicatos, organizações não governamentais, clientes, fornecedores,

governo e demais stakeholders.

Por fim, pode-se considerar uma demonstração que aqui se apresentou uma demonstração que

obtém valores que promovem uma relação consistente entre os indicadores escolhidos para

estudo, fortalecendo a percepção de se tratar de uma ferramenta que auxilia o processo

decisório das organizações.

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