revisão e modernização dos sistemas de iluminação e ar

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REVISÃO E MODERNIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO E AR CONDICIONADO DO BLOCO A1 DO EDIFÍCIO DA CPRM NO RIO DE JANEIRO Guilherme Vogel Satyro Rio de Janeiro Abril de 2013 Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários a obtenção de grau de Engenheiro Eletricista. Orientador: Walter Issamu Suemitsu

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REVISÃO E MODERNIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO E AR

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  • REVISO E MODERNIZAO DOS SISTEMAS DE ILUMINAO E AR

    CONDICIONADO DO BLOCO A1 DO EDIFCIO DA CPRM NO RIO DE JANEIRO

    Guilherme Vogel Satyro

    Rio de Janeiro

    Abril de 2013

    Projeto de Graduao apresentado ao Curso de

    Engenharia Eltrica da Escola Politcnica, da

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

    parte dos requisitos necessrios a obteno de

    grau de Engenheiro Eletricista.

    Orientador: Walter Issamu Suemitsu

  • ii

    REVISO E MODERNIZAO DOS SISTEMAS DE ILUMINAO E AR

    CONDICIONADO DO BLOCO A1 DO EDIFCIO DA CPRM NO RIO DE JANEIRO

    Guilherme Vogel Satyro

    PROJETO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE

    ENGENHARIA ELTRICA DA ESCOLA POLITCNICA DA UNIVERSIDADE

    FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

    NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE ENGENHEIRO

    ELETRICISTA.

    Examinado por:

    ________________________________

    Prof. Walter Issamu Suemitsu, Dr. Ing.

    (Orientador)

    ___________________________________

    Prof. Sergio Sami Hazan, Ph.D.

    ________________________________

    Eng. Luiz Carlos Gabriel Soares, M.Sc

  • iii

    Satyro, Guilherme Vogel

    Reviso e modernizao dos sistemas de iluminao e ar

    condicionado do bloco A1 do edifcio da CPRM no Rio de

    Janeiro / Rio de Janeiro: UFRJ / Escola Politcnica /

    Departamento de Engenharia Eltrica, 2013.

    XIII, 67 p.: il.; 29,7cm

    Orientador: Walter Issamu Suemitsu

    Projeto de Graduao URFJ / Escola Politcnica /

    Departamento de Engenharia Eltrica, 2013.

    Referncias Bibliogrficas: p. 58-59

    1. Eficincia Energtica. 2. Sistemas de Iluminao.

    3. Sistemas de Ar Condicionado.

    I. Suemitsu, Walter Issamu. II. Universidade Federal do Rio

    de Janeiro, Escola Politcnica, Departamento de Engenharia

    Eltrica. III. Ttulo

  • iv

    AGRADECIMENTOS

    Em primeiro lugar, aos meus pais, Luciane Vogel e Manoel Muniz Satyro, pelos

    exemplos que so, por estarem sempre presentes quando necessrio, pelas

    oportunidades que me deram durante a vida para a minha formao acadmica e pela

    compreenso constante. A minha irm, Camila, pelo companheirismo e amor.

    Aos meus avs, rica e Edyr por sempre me ajudarem, apoiarem e

    principalmente por me criarem junto aos meus pais.

    Ao meu padrasto Evandro, pela companhia e ajuda desde que conheceu minha

    me at os dias atuais, tambm a minha madrasta Luciene.

    Aos meus amigos de faculdade, que estavam presentes sempre durante a

    graduao, tanto para os estudos quanto para as brincadeiras e que muito me

    ajudaram para a concluso do curso.

    Aos colegas de trabalho, pela experincia profissional absorvida durante o

    tempo que estagiei, em especial coordenadora Josiane Nogueira por ter confiado em

    mim e me dado esta oportunidade de estgio e aos amigos engenheiros eletricistas

    Luciano Baracho e Luiz Carlos Gabriel pelo aprendizado.

  • v

    MOTIVAO

    A motivao para o planejamento e aprofundamento no tema deste projeto de

    graduao, surgiram com a preocupao pessoal e, com certeza tambm de boa parte

    da populao brasileira, com os elevado gastos do Pas em relao aos segmentos de

    gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica. Neste sentido, penso que uma

    contribuio com os esforos para a conservao de energia aproveitando a

    oportunidade do estgio em engenharia eltrica em um rgo pblico de grande

    projeo nos segmentos de geologia e pesquisas de recursos minerais. Com isso,

    sistematizei, ento, metodologias para levantamentos e anlises de dados envolvendo

    o consumo de energia eltrica na CPRM (Companhia de Pesquisa em Recursos

    Minerais), com base em conceitos e metodologias de eficincia energtica. Os

    resultados obtidos sinalizaram onde a Empresa poderia efetivamente economizar

    energia.

    Finalmente, almejo profundamente que atravs da aplicao dos

    conhecimentos adquiridos na UFRJ, possa contribuir para que outros rgos pblicos

    igualmente se voltem internamente para as questes de sustentabilidade e

    conservao de energia.

  • vi

    Resumo do Projeto de Graduao apresentado Escola Politcnica / UFRJ como parte

    dos requisitos para obteno do grau de Engenheiro Eletricista.

    Reviso e Modernizao dos sistemas de iluminao e de ar condicionado do bloco A1

    do edifcio da CPRM no Rio de Janeiro

    Guilherme Vogel Satyro

    Abril/2013

    Orientador: Walter Issamu Suemitsu

    Curso: Engenharia Eltrica

    Os tpicos abordados neste trabalho so fundamentados em uma reviso de projeto e

    modernizao dos sistemas existentes de iluminao e ar condicionado do bloco A1 do

    edifcio da CPRM (Servio Geolgico do Brasil). Desta forma, estes sistemas foram

    analisados, e gerados diagnsticos que apontaram para a necessidade de substituio

    de lmpadas e condicionadores de ar por modelos mais eficientes, bem como outras

    medidas de economia de energia, como por exemplo redimensionamentos de

    circuitos.

    De fato, muitos destes elementos foram diagnosticados como subutilizados ou

    sobrecarregados, principalmente devido ao dimensionamento inadequado de

    respectivos equipamentos.

    Finalmente, o objetivo principal deste trabalho fornecer procedimentos para poupar

    energia e recursos financeiros atravs de aes voltadas para a reduo de consumo e

    de demanda de energia, com base em conceitos e diretrizes de Eficincia Energtica.

    Palavras-chave: 1. Eficincia Energtica. 2. Sistemas de Iluminao. 3. Sistemas de ar

    condicionado.

  • vii

    Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

    the requirements for the Degree of Electrical Engineer.

    Review and Modernization of lighting and air conditioning systems installed in the

    building A1 of CPRM Office in Rio de Janeiro.

    Guilherme Vogel Satyro

    April/2013

    Advisor: Walter Issamu Suemitsu

    Department: Electrical Engineering

    This work consists of a project on procedures for revision, updating and modernization

    of the existing lighting and air conditioning systems in the building number A1 of CPRM

    (Brazilian Geological Service). Therefore, these systems were technically analyzed and

    then conclusive diagnostics were generated. Based on these, it was evidenced the

    need of replacement of lamps and air conditioning devices by more efficient models,

    as well as other measures for saving energy like resizing of circuits.

    In fact, many material and equipments for lighting and refrigeration were diagnosed as

    underutilized or overloaded mainly due their inappropriate sizing.

    Finally, the main objective of this work is to provide subsidies and procedures for

    saving energy and financial resources, through actions directed to consumption and

    demand reductions, according to energy efficiency guidelines.

    Keywords: 1. Energy Efficiency. 2. Lighting Systems. 3. Air Conditioning Systems

  • viii

    SUMRIO

    Agradecimentos .................................................................................................................. ........iv

    Motivao .................................................................................................................................... v

    Resumo ...................................................................................................................... ......... ........vi

    Lista de Figura e Tabelas ............................................................................................................ xii

    Captulo 1 Introduo ................................................................................................ ........1

    1.1. A CPRM ............................................................................................................ ........1

    1.2. Estrutura e metodologia do trabalho ...................................................................... 2

    Captulo 2 Eficincia Energtica ......................................................................................... 3

    2.1. Introduo ....................................................................................................... ........ 3

    2.2. Necessidade do trabalho ......................................................................................... 3

    2.3. Histria ............................................................................................................. ........ 3

    2.4. Conceito ........................................................................................................... ........ 4

    2.5. Programas de Incentivo ............................................................................................4

    2.5.1. PROCEL ............................................................................................. ........5

    2.5.1.1. PROCEL Edifica .................................................................. ........5

    2.5.1.2. PROCEL EPP .............................................................................. 6

    2.6. Barreiras ................................................................................................................... 7

    2.6.1. Imperfeies do governo ................................................................ .........7

    2.6.2. Aspectos Institucionais .................................................................... .........8

    2.6.3. Infraestrutura ........................................................................................... 8

    2.6.4. Informao e treinamento .............................................................. .........8

    2.6.5. Incentivos mal alocados ........................................................................... 9

    2.6.6. Concessionrias ........................................................................................ 9

    2.6.7. Fornecedora de equipamentos ................................................................ 9

    2.6.8. Capital ............................................................................................ ........10

  • ix

    Captulo 3 Evoluo do Consumo de Energia ............................................................ ........11

    3.1. Anlise do perfil de consumo ................................................................................. 11

    3.1.1. Fator de Carga ........................................................................................ 11

    3.1.2. Fator de Potncia ................................................................................... 13

    3.2. Avaliao do projeto de Eficincia Energtica ....................................................... 15

    3.2.1. Valor Presente Lquido ...........................................................................16

    3.2.2. Tempo de Retorno de Capital ................................................................ 16

    3.2.3. Relao de Custo Benefcio (RBC) .......................................................... 17

    Captulo 4 Sistemas de Iluminao ................................................................................... 19

    4.1. Tipos de Lmpadas ................................................................................................. 19

    4.2. Clculo de Iluminao ............................................................................................ 20

    4.2.1. Escolha do Nvel de Iluminncia ............................................................. 20

    4.2.2. Determinao do ndice do Local (K) ..................................................... 21

    4.2.3. Escolha das lmpadas e luminrias ........................................................ 21

    4.2.4. Determinao do Fator de Utilizao .....................................................21

    4.2.5. Fator de Depreciao ............................................................................. 22

    4.2.6. Determinao do Fluxo Total ................................................................. 22

    4.2.7. Determinao do nmero de lmpadas e luminrias ............................ 22

    4.2.8. Espaamento entre as Luminrias ......................................................... 23

    4.3 Eficincia nos Sistemas de Iluminao .................................................................... 23

    4.3.1. Melhor distribuio nos circuitos de iluminao ................................... 23

    4.3.2. Limpeza e Manuteno .......................................................................... 23

    4.3.3. Desligamento dos Aparelhos ................................................................. 24

    Captulo 5 Sistemas de Ar Condicionado .......................................................................... 25

    5.1. Introduo ............................................................................................................. 25

    5.2. Histria ........................................................................................................... ........ 25

    5.3. Tipos de Sistemas de Ar Condicionado .......................................................... ........26

  • x

    5.3.1. Expanso Direta ..................................................................................... 26

    5.3.2. Apenas gua .......................................................................................... 27

    5.3.3. Ar-gua .................................................................................................. 28

    5.3.4. Apenas Ar ............................................................................................... 28

    5.4. Eficincia nos Sistemas de Ar Condicionado .......................................................... 29

    5.4.1. Desperdcios ........................................................................................... 31

    5.4.2. Medidas para a melhoria da eficincia energtica ......................... .......31

    Captulo 6 Estudo de caso ........................................................................................ ........33

    6.1. Sistema de Iluminao atual .................................................................................. 33

    6.2. Proposta para o Sistema de Iluminao ........................................................ ........37

    6.2.1. Proposta 1 ...................................................................................... ........38

    6.2.1.1. Avaliao e Investimento Inicial ............................................. 41

    6.2.1.2. Anlise da demanda Energtica e do Consumo ..................... 43

    6.2.1.3. Anlise Econmica .......................................................... ........44

    6.2.2. Proposta 2 ...................................................................................... ........44

    6.2.2.1. Avaliao e Investimento Inicial ..................................... ........48

    6.2.2.2. Anlise da Demanda Energtica e do Consumo ............. .......50

    6.2.2.3. Anlise Econmica ........51

    6.3. Sistema de Ar condicionado Atual ................................................................. ........51

    6.4. Proposta para o Sistema de Ar Condicionado ............................................... .........52

    6.4.1. Aparelhos a serem Substitudos ..................................................... ........52

    6.4.2. Avaliao e Investimento Inicial ..................................................... ........54

    6.4.3. Anlise da Demanda Energtica e do Consumo ..................................... 54

    6.4.4. Anlise Econmica do Sistema de Ar Condicionado .............................. 55

    Captulo 7 Concluso ................................................................................................... ....56

    Captulo 8 Referncias Bibliogrficas.................................................................................58

    Anexo I Demanda Energtica de um Prdio Comercial ......................................................60

  • xi

    Anexo II Plantas do Bloco A1 da CPRM ...................................................................... .......61

    Anexo III - Frmulas para Clculo da Relao Benefcio-Custo (RBC) seguindo a

    Metodologia da ANEEL ....................................................................................................... 62

    Anexo IV Sistemas de Iluminao ..................................................................................... 64

  • xii

    Lista de Figuras e Tabelas

    Figura 1 - Eficincia Luminosa e Modelo de Lmpadas ............................................................ 20

    Tabela 1 - Carga Trmica aproximada de ambientes[19] ......................................................... 30

    Tabela 2 - Sistema de Iluminao Atual - Pavimento 1 ............................................................. 34

    Tabela 3 - Sistema de Iluminao Atual - Pavimento 2 ............................................................. 35

    Tabela 4 - Sistema de Iluminao Atual - Pavimento 3 ............................................................. 36

    Tabela 5 - Sistema de Iluminao Atual - Pavimento 4 ............................................................. 37

    Tabela 6 - Proposta 1 - Sistema de Iluminao - Pavimento 1 ................................................. 38

    Tabela 7 - Proposta 1 - Sistema de Iluminao - Pavimento 2 ................................................. 39

    Tabela 8 - Proposta 1 - Sistema de Iluminao - Pavimento 3 ................................................. 40

    Tabela 9 - Proposta 1 - Sistema de Iluminao - Pavimento 4 ................................................. 41

    Tabela 10 - Proposta 1 - Investimento Inicial - Pavimento 1 .................................................... 42

    Tabela 11 - Proposta 1 - Investimento Inicial - Pavimento 2 .................................................... 42

    Tabela 12 - Proposta 1 - Investimento Inicial - Pavimento 3 .................................................... 42

    Tabela 13 - Proposta 1 - Investimento Inicial - Pavimento 4 .................................................... 43

    Tabela 14 - Anlise da Demanda Energtica e do Consumo da Proposta 1 ............................... 43

    Tabela 15 - Viabilidade da Proposta 1...................................................................................... 44

    Tabela 16 - Proposta 2 - Sistema de Iluminao - Pavimento 1 ............................................... 45

    Tabela 17 - Proposta 2 - Sistema de Iluminao - Pavimento 2 ............................................... 46

    Tabela 18 - Proposta 2 - Sistema de Iluminao - Pavimento 3 ............................................... 47

    Tabela 19 - Proposta 2 - Sistema de Iluminao - Pavimento 4 ............................................... 48

    Tabela 20 - Proposta 2 - Investimento Inicial - Pavimento 1 .................................................... 49

    Tabela 21 - Proposta 2 - Investimento Inicial - Pavimento 2 .................................................... 49

    Tabela 22 - Proposta 2 - Investimento Inicial - Pavimento 3 .................................................... 49

    Tabela 23 - Proposta 2 - Investimento Inicial - Pavimento 4 .................................................... 50

    Tabela 24 - Anlise da Demanda Energtica e do Consumo da Proposta 2 ............................... 50

    Tabela 25 - Viabilidade da Proposta 2...................................................................................... 51

    Tabela 26 - Sistema de Ar Condicionado .................................................................................. 52

    Tabela 27 - Aparelhos a serem substitudos - Pavimento 1 ...................................................... 53

    Tabela 28 - Aparelhos a serem substitudos - Pavimento 2 ...................................................... 53

    Tabela 29 - Aparelhos a serem substitudos - Pavimento 3 ...................................................... 53

    Tabela 30 - Aparelhos a serem substitudos - Pavimento 4 ...................................................... 54

    Tabela 31 - Investimento Necessrio - Sistema de Ar Condicionado ........................................ 54

    Tabela 32 - Anlise da Demanda Energtica e do Consumo do Sistema de Ar Condicionado .... 55

    Tabela 33 - Viabilidade da Proposta para o Sistema de Ar Condicionado ................................. 55

    Tabela 34 - Gastos do setor comercial ..................................................................................... 60

    Tabela 35 - Iluminncias por classe de tarefas visuais [23] ....................................................... 64

    Tabela 36 - Valores de refletncia [24] .................................................................................... 64

    Tabela 37 - Fator de Utilizao - Luminria 4x16 [25] .............................................................. 65

    Tabela 38 - Fator de Utilizao - Luminria 4x32 Simples [25].................................................. 65

  • xiii

    Tabela 39 - Fator de Utilizao - Luminria 4x32 com aletas refletivas [25].............................. 66

    Tabela 40 - Fator de depreciao [26] ..................................................................................... 66

    Tabela 41 - Caractersticas das Lmpadas Fluorescentes [27] .................................................. 66

    Tabela 42 - Caractersticas das Lmpadas LED's [28] ................................................................ 67

  • 1

    Captulo 1 Introduo

    A ideia da realizao deste projeto atingir meios de se reduzir a demanda de

    energia eltrica e consequentemente diminuir o gasto com energia no bloco A1, da

    empresa CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), atravs de medidas de

    eficincia energtica. Em se tratando de um prdio comercial, a maior parte do seu

    consumo se d devido aos sistemas de iluminao e de ar condicionado, como pode

    ser observado no Anexo I. Com isso, o foco deste trabalho so estes dois sistemas.

    Para tal, foi feita uma nova proposta para o sistema de iluminao, trocando as

    lmpadas por modelos mais econmicos e adequando tambm quantidade de fluxo

    luminoso necessrio. Para o sistema de ar condicionado foi realizada uma simples

    troca dos aparelhos mais antigos e/ou menos eficientes por modelos mais modernos e

    econmicos.

    1.1) A CPRM

    A Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais uma empresa

    governamental brasileira, vinculada ao Ministrio de Minas e Energia, que tem

    atribuies do servio geolgico do Brasil, tais como, levantamentos geolgicos,

    levantamentos geofsicos, levantamentos hidro geolgicos, gesto de informao

    geolgica, avaliao de recursos minerais e anlises qumicas e minerais. A empresa

    conta com uma infraestrutura operacional instalada em todo o pas, com sede poltica

    localizada em Braslia, escritrio central de administrao e departamentos tcnicos no

    Rio de Janeiro, alm de superintendncias regionais em Belm, Belo Horizonte,

    Goinia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Salvador e So Paulo; residncias em Fortaleza,

    Porto Velho e Teresina; ncleos de apoio em Cricima, Cuiab e Natal; e centros de

    treinamento em Apia, Caapava do Sul e Morro Chapu.

    O bloco A1 possui uma rea total de aproximadamente 4 mil metros quadrados

    composta por 5 pavimentos, constitudo por salas bastante distintas. Para este projeto,

    foi feito uma proposta para 4 dos 5 pavimentos, isto porque um dos pavimentos se

    encontrava com boa parte das salas em reforma e consequentemente, inoperante. A

    planta dos 4 pavimentos estudados pode ser observada no Anexo II.

  • 2

    1.2) Estrutura e Metodologia do Trabalho

    Este trabalho dividido em sete captulos e quatro anexos. Inicialmente, no

    primeiro captulo apresentada a ideia da realizao deste projeto, as caractersticas

    gerais da CPRM e do edifcio estudado da empresa.

    No segundo captulo feito um resumo sobre eficincia energtica, sua

    histria, a necessidade do trabalho e conceito. Tambm comentado sobre o

    programa de incentivo no Brasil, o PROCEL e as dificuldades de realizao de um

    projeto de eficincia energtica.

    O terceiro captulo tem como objetivo apresentar os conceitos necessrios

    para a anlise econmica de um projeto de eficincia energtica.

    J no quarto captulo feito uma reviso dos conceitos de um sistema de

    iluminao, ou seja, os fundamentos necessrios para a realizao de um projeto

    luminotcnico.

    No quinto captulo so apresentados os principais tipos de aparelhos de ar

    condicionado e suas classificaes quanto aos seus sistemas de funcionamento.

    O Sexto captulo apresenta as caractersticas levantadas do edifcio e

    realizada as propostas para os sistemas de iluminao e de ar condicionado, bem como

    realizado tambm a anlise econmica de cada proposta.

    No stimo captulo apresentada a concluso e a avaliao da possibilidade de

    utilizao das propostas e tambm so apresentadas ideias de realizao de projetos

    futuros.

    Por fim, so listadas as referncias bibliogrficas conforme as normas da ABNT

    e os anexos contendo as informaes necessrias para a realizao deste projeto.

  • 3

    Captulo II Eficincia Energtica

    2.1) Introduo

    O Consumo de energia pela populao mundial teve uma evoluo descontrolada

    durante todo o sculo passado, que refletiu em previses catastrficas para este

    sculo se os hbitos no mudarem a favor da racionalizao do uso de recursos

    naturais. As visveis mudanas climticas e as demandas cada vez maiores de energia

    para suprir a evoluo tecnolgica contriburam para o nascimento da eficincia

    energtica [1].

    2.2) Necessidade do Trabalho

    Todo processo de transformao de uma fonte de energia em outra fonte de

    energia gera perdas. Podemos observar o exemplo de uma simples lmpada

    incandescente: da energia utilizada para acender uma lmpada destas, 92%

    transformada em calor e com isso somente 8% devidamente transformada em

    energia eltrica. No caso das lmpadas fluorescentes a eficincia delas chega a ser de

    duas a quatro vezes maior do que das lmpadas incandescentes. Com isso percebemos

    a importncia de se melhorar a eficincia na hora de se gerar e utilizar a energia

    eltrica, que reduz os gastos e tambm contribui com a sustentabilidade [2].

    2.3) Histria

    A Eficincia Energtica comeou a ganhar destaque a partir da primeira grande

    crise do petrleo nos anos setenta, em que a maioria dos pases utilizava os

    combustveis fsseis como principal matriz energtica. Quando o preo do petrleo

    aumentou, o preo da energia tambm aumentou, fazendo com que se pensasse

    melhor antes de utilizar a energia eltrica. Alm disto, depois de alguns anos a

    preocupao tambm passou a ser o meio ambiente. Foi quando ganharam mais

    destaques assuntos como o Aquecimento Global e mudanas climticas; para poder

    diminuir a quantidade de dixido de carbono (CO2) jogado na atmosfera seria

    necessria uma melhor utilizao da energia produzida [1].

  • 4

    2.4) Conceito

    Pensando em termos energticos, eficincia passa a ganhar um sentido mais

    tangvel e uma anlise matemtica de simples interpretao.

    Em que:

    = Eficincia

    W = Energia til no final de um processo

    E = Energia gasta para execuo de determinada tarefa

    Para um processo com eficincia mxima, teramos W=E ( =100%), i.e. ao final de

    um processo, toda energia gasta teria sido revertida em energia til. Sabemos, porm

    que no existe nenhum processo que seja 100% eficiente, isso , sem perdas.

    Portanto, pode-se dizer que em linhas gerais, a energia til ao final do processo

    equivale diferena entre a quantidade de energia total gerada e a quantidade de

    energia perdida durante a execuo do processo.

    Em que:

    W = Energia til no final do processo.

    = Quantidade de energia total gerada.

    P = Perdas durante a execuo do processo [3].

    2.5) Programas de Incentivo

    Para adequar o sistema eltrico nova necessidade de modernizao, foram

    criados programas de incentivo conservao de energia atravs do Programa

    Nacional de Conservao de Energia (PROCEL).

  • 5

    2.5.1) PROCEL: Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica

    o programa criado pelo ministrio de Minas e Energia e da Indstria e Comrcio

    em 1985, que administrado por uma secretaria executiva subordinada a Eletrobrs,

    e, a partir de 1991 foi transformado em programa do governo e com isso ganhou mais

    abrangncia e responsabilidade.

    Tem como misso: promover a eficincia energtica, contribuindo para a melhoria

    da qualidade de vida da populao e eficincia dos bens e servios, reduzindo os

    impactos ambientais. Ou seja, seu objetivo seria incentivar o uso racional e eficiente

    de energia eltrica em diferentes aspectos da sociedade.

    O PROCEL possui como fonte de recursos a Eletrobrs e a RGR Reserva Global de

    Reverso, que um fundo federal constitudo a partir de recursos das concessionrias

    de energia. Tambm pode receber recursos de qualquer instituio que compartilhe os

    seus objetivos e esteja disposta a ajudar [4].

    Como o programa bastante amplo possuindo diversas reas de atuao, ele

    dividido em diversos subprogramas especficos: PROCEL Info, Edifica, Selo, Indstria,

    Sanear, EPP (Eficincia Energtica em Prdios Pblicos), GEM (Gesto Energtica

    Municipal), Educao e Reluz.

    A seguir so citados dois subprogramas do PROCEL que merecem uma melhor

    ateno:

    2.5.1.1) PROCEL Edifica

    Institudo a partir de 2003, o Programa Nacional de Eficincia Energtica em

    edificaes junto ao PROCEL tem como objetivo promover o uso racional de energia

    eltrica em edificaes, atravs de incentivos a conservao e o uso consciente dos

    recursos naturais tais como (gua, luz e ventilao) nas edificaes, reduzindo o

    desperdcio e os impactos ao meio ambiente.

    A importncia do PROCEL Edifica se destaca quando analisamos que o consumo

    de energia eltrica nas edificaes corresponde a cerca de 45% do consumo faturado

    no pas. Com o programa, possvel atingir uma reduo no consumo de at 50% para

  • 6

    novas edificaes e de at 30% para edifcios que se prontificarem a promover

    reformas que usem os conceitos de eficincia energtica em edificaes.

    Pata tal o PROCEL Edifica se dividi em 6 reas: Capacitao, Tecnologia,

    Disseminao, Regulamentao, Habilitao e Eficincia Energtica e Planejamento [4].

    2.5.1.2) PROCEL EPP

    O programa de Eficincia Energtica em Prdios Pblicos - PROCEL EPP foi

    institudo em 1977 pela ELETROBRS/PROCEL a fim de promover a eficincia

    energtica nos prdios pblicos nos nveis federal, estadual e municipal. O programa

    visa a implementao de medidas de eficincia energtica e a difuso da informao

    juntos aos agentes envolvidos com a administrao pblica. Para isso os prdios

    pblicos devem promover:

    A economia de energia;

    A melhoria na qualidade dos sistemas de iluminao, refrigerao,

    foras-motrizes e demais sistemas relevantes que visem reduo dos

    gastos com energia eltrica;

    Investimentos em tecnologia nos laboratrios de pesquisa voltados para

    este segmento.

    At 2008, o EPP j havia contemplado com projetos de conservao de energia:

    10 hospitais pblicos;

    25 prdios pblicos administrativos;

    5 laboratrios foram capacitados; e

    1652 pessoas foram habilitadas em eficincia energtica;

    Atravs da resoluo 176/2005 da ANEEL, as concessionrias de distribuio de

    energia eltrica devem aplicar, no mnimo, 0,25% do seu faturamento anual em

    programas para incremento da eficincia energtica no uso final de energia eltrica.

    Desse modo, ficou aberto o dilogo entre os administradores, que tm interesse em

    iniciar Programas de Eficincia Energtica em seus prdios, e suas concessionrias de

    energia para incluso neste programa. Aliado a isso h um fundo do setor eltrico,

  • 7

    chamado Reserva Global de Reverso RGR, que empresta recursos s concessionrias

    [1].

    2.6) Barreiras

    Existem diferentes barreiras que limitam a implementao de medidas de

    eficincia energtica em instituies pblicas brasileiras e sua importncia varia de

    acordo com os setores, instituies e regies, porm elas tendem a diminuir medida

    que as tecnologias progridem e conquistem sua fatia de mercado [5].

    De modo geral, as principais barreiras s medidas de eficincia energtica, as

    seguintes so citadas a seguir.

    2.6.1) Imperfeies do Governo

    Algumas sinalizaes para o desperdcio de energia so frutos de polticas que,

    visando um objetivo especfico, acabam incentivando a ineficincia energtica. O mais

    importante exemplo no passado recente foi a poltica governamental de manter os

    preos de muitos energticos abaixo do custo como forma de reduzir os ndices de

    inflao. Atualmente as taxas de juros elevadas para atrair capitais internacionais

    reduzem a atratividade de aes de conservao que exigem investimentos

    antecipados. A sobrevalorizao cambial do real tambm reduz a atratividade de

    solues renovveis internas, pois reduz a competitividade com os combustveis

    fsseis importados.

    Grande parte das distores deriva da estrutura centralizada do setor eltrico,

    to importante para desenvolver os potenciais hidreltricos. Esta fora hegemnica,

    por exemplo, impediu o desenvolvimento de transformar em eletricidade energias

    hoje desperdiadas pelas siderrgicas e na agroindstria sucro-alcooleira.

    O novo modelo para o setor eltrico, em implantao, incentiva a competio

    na gerao, reduz o protecionismo para as concessionrias e cria novos agentes e

    mecanismos de competio. Estas so novidades que devem aumentar a eficincia

    energtica na transformao da energia primria e podero estimular solues que

    viabilizam combustveis de base renovvel. Por outro lado, a privatizao do setor

    eltrico com a desverticalizao das concessionrias eltricas pode colocar em risco

  • 8

    algumas aes de fomento da eficincia junto aos consumidores. A funo de

    regulamentao dos diversos energticos cresce de importncia para que sejam

    evitadas distores como as observadas no passado [6].

    2.6.2) Aspectos Institucionais

    A conservao de Energia em Prdios Pblicos possui alguns entraves no que se

    refere aos recursos obtidos com a economia de energia. De forma geral, uma vez que

    as despesas com energia eltrica fazem parte dos custeios com estas instituies, a

    economia no se reverte para o prprio rgo, ao contrrio, ainda tem reduo no seu

    oramento para o ano seguinte. Esse fato dificulta a atuao nesse tipo de instituio,

    pois o estabelecimento em si no ter benefcios financeiros com um projeto de

    conservao de energia eltrica [7].

    2.6.3) Infraestrutura

    A barreira relacionada infraestrutura concentra-se na falta de prestadores de

    servio com a especializao necessria para desenvolver projetos desse tipo [8].

    2.6.4) Informao e treinamento

    A desinformao um grande empecilho para a expanso das tcnicas de

    eficincia energtica. Normalmente os responsveis pelas unidades consumidoras

    confundem conservao com racionamento, no possuem informao sobre o assunto

    e s vezes no acreditam nas informaes que recebem, duvidando dos benefcios que

    podero ter e, assim, no se sensibilizam, ignorando os conceitos de conservao de

    energia eltrica em seus projetos. Esse tipo de atitude ainda mais acentuado em

    instituies pblicas, onde a verba para aquisio de equipamentos pouca, e os

    funcionrios responsveis pela manuteno aliam a falta de informao com a falta de

    recursos financeiros, optando na maioria das vezes por equipamentos baratos e

    consequentemente ineficientes.

    Uma maneira de superar esta barreira informacional, a partir da difuso dos

    conceitos e tcnicas de eficincia energtica, derivou da criao da Comisso Interna

    de Conservao de Energia (CICE).

  • 9

    A criao da CICE uma obrigao legal prevista no decreto 99.656, de 26 de

    outubro de 1990, que dispe sobre a criao desta comisso nos rgos ou entidades

    da Administrao Federal direta e indireta, fundaes, empresas pblicas e sociedades

    de economia mista controladas direta ou indiretamente pela Unio, que apresentem

    consumo anual de energia eltrica superior a 600.000 kWh.

    Apesar de a obrigao ser somente para rgos pblicos, a CICE um

    instrumento importante e que deveria ser implementado ao menos em todos os tipos

    de unidades consumidoras de grande porte [9].

    2.6.5) Incentivos Mal Alocados

    Muitas vezes os administradores das unidades consumidoras aplicam seus

    recursos atravs de uma viso imediatista, contabilizando o menor custo inicial do

    projeto de instalao ou reforma, e assim optam por comprar equipamentos mais

    baratos, porm menos eficientes. No aluguel de uma propriedade, por exemplo, o

    dono normalmente responsvel pela compra dos equipamentos, mas so os

    inquilinos que pagam a conta de energia. O incentivo para o proprietrio minimizar

    os custos imediatos, levando a compra de equipamentos ineficientes [8].

    2.6.6) Concessionrias

    Na maioria dos casos as concessionrias aumentam os lucros quando vendem

    mais energia e reduzem quando vendem menos. Portanto, no h interesse delas em

    incentivar a eficincia energtica. No entanto, a inadimplncia, muito grande em

    pases em desenvolvimento, pode ser utilizada como incentivo para as concessionrias,

    j que existem certos tipos de consumidores, s vezes pblicos, que no pagam suas

    contas. Portanto, se incentivarem a eficincia do uso de eletricidade por parte destes

    consumidores, as concessionrias reduziro seus prejuzos, disponibilizando mais

    eletricidade para quem pode pagar por ela [9].

    2.6.7) Fornecedoras de Equipamentos

    Algumas indstrias tendem a se opor a uma poltica que vise eficincia

    energtica. Como exemplo, pode-se citar os construtores e fabricantes de

    equipamentos eltricos, que tendem a se opor a padres mnimos de eficincia

  • 10

    energtica para seus produtos, j que esses padres fazem com que eles tenham que

    investir mais em pesquisa e modernizao de sua linha de produo [8].

    2.6.8) Capital

    Muitas vezes os consumidores no possuem recursos financeiros para adquirir

    produtos mais eficientes que normalmente so mais caros e, assim, acabam

    comprando os mais baratos durante a execuo de um projeto. Porm, isso pode ser

    resolvido atravs da utilizao de fontes de financiamento destinadas para este fim,

    principalmente no caso dos grandes consumidores. [9].

  • 11

    Captulo 3 Evoluo do Consumo de Energia Eltrica

    3.1) Anlise do Perfil de Consumo

    3.1.1) Fator de Carga

    O fator de carga definido como a razo entre a demanda mdia e a demanda

    mxima registrados num intervalo de tempo.

    O fator de carga sempre maior que zero e menor ou igual a unidade. O fator

    de carga mede o grau no qual a demanda mxima foi mantida durante o intervalo de

    tempo considerado; ou ainda, mostra se a energia est sendo utilizada de forma

    racional por parte de uma determinada instalao. Manter um elevado fator de carga

    no sistema significa obter os seguintes benefcios:

    Otimizao dos investimentos de energia eltrica.

    Aproveitamento racional e aumento da vida til da instalao eltrica,

    incluindo os motores e equipamentos;

    Reduo do valor da demanda de pico [10].

    O fator de carga ento definido como:

    O preo mdio da energia definido pela seguinte frmula:

    Em que:

    Preo mdio da energia eltrica (R$/kWh);

    Tarifa de Demanda (R$/kW);

    Tarifa de Consumo (R$/kWh);

    FC Fator de Carga;

    h Nmero de horas no perodo de faturamento.

  • 12

    Administrar o fator de carga significa gerenciar o uso dos equipamentos de

    forma que a curva de carga torne-se mais constante, permite que a demanda

    contratada seja menor e os gastos com energia se reduzam.

    Para que esta gesto seja possvel e no haja risco de ultrapassagem de

    demanda, a administrao dos equipamentos deve ser feita por um gerenciador de

    energia que, aps anlise, escolhe a determinao das prioridades e dos equipamentos

    que podem ser desligados e administrados, assumindo o controle e garantindo uma

    curva de carga mais constante.

    As frmulas dos fatores de carga para os sistemas tarifrios so assim

    representadas:

    Tarifa Convencional

    Tarifa Horo-sazonal Azul

    Tarifa Horo-sazonal Verde

    Nas tarifas Convencional e Horo-sazonal Verde, o fator de carga nico porque

    existe um nico registro de demanda de energia para cada perodo do ano (perodo

    seco e mido), enquanto que para a tarifa Horo-sazonal Azul h dois fatores de carga,

  • 13

    um para o horrio de ponta e outro para fora de ponta, tambm para cada perodo do

    ano [5].

    3.1.2) Fator de Potncia [5]

    Sistemas eltricos operando com excesso de potncia reativa comprometem

    desnecessariamente a componente ativa. Nesse caso, possvel um melhor

    aproveitamento do sistema eltrico com a reduo da potncia reativa, que

    aumentar o fator de potncia, possibilitando um aumento de potncia ativa sem a

    ampliao da capacidade instalada de gerao, de transmisso, das subestaes e dos

    circuitos eltricos, postergando assim os investimentos. Alguns aparelhos eltricos,

    como os motores, alm de consumir energia ativa, solicitam energia reativa,

    necessria para criar o fluxo magntico que o seu funcionamento exige. Com a relao

    entre esses dois valores determina-se o fator de potncia mdio num determinado

    perodo. O fator de potncia indica qual porcentagem da potncia total fornecida

    (kVA) efetivamente utilizada como potncia ativa (kW). Assim, o fator de potncia

    mostra o grau de eficincia do uso dos sistemas eltricos. Valores altos de fator de

    potncia (prximos de 1,0) indicam uso eficiente da energia eltrica, enquanto que

    valores baixos evidenciam seu mau aproveitamento, podendo vir a apresentar

    sobrecarga em todo o sistema eltrico, tanto do consumidor como da concessionria.

    A cobrana do reativo excedente um adicional aplicado pela concessionria,

    justificado pelo fato de que precisa manter o seu sistema eltrico com um

    dimensionamento maior do que o realmente necessrio e investir em equipamentos

    corretivos (banco de capacitores e compensadores sncronos, sendo que esses ltimos

    trabalham como se fossem bancos de capacitores com a vantagem de ocuparem

    menos espao fsico) apenas para suprir o excesso de energia reativa (baixo fator de

    potncia) proveniente das instalaes dos consumidores. As principais causas do baixo

    fator de potncia so:

    Motores operando em vazio ou superdimensionados;

    Transformadores operando em vazio ou com pequena cargas;

    Nvel de tenso acima da nominal;

    Reatores de lmpadas de descarga com baixo fator de potncia;

  • 14

    Grande quantidade de motores de pequena potncia;

    Distoro Harmnica Total (THD, do Ingls Total Harmonic Distortion).

    A legislao que regulamenta os critrios para fornecimento de energia eltrica

    determina que o fator de potncia deve ser mantido o mais prximo possvel de 1,00 e

    estabelece que a concessionria cobre, com preos da energia ativa, o excedente de

    energia reativa que ocorrer quando o fator de potncia da instalao consumidora for

    inferior ao valor mnimo (0,92). Pela legislao, o excedente de energia reativa pode

    ser tanto capacitivo quanto indutivo. Se uma determinada instalao apresentar fator

    de potncia inferior a 0,92, o valor referente energia reativa excedente j estar

    sendo cobrado na fatura de energia eltrica.

    O adicional aplicado pela concessionria devido ao baixo fator de potncia

    pode ser calculado da seguinte forma para os diferentes sistemas tarifrios:

    Tarifa Convencional:

    Tarifa Horo-sazonal Azul:

    Ponta:

    Fora da Ponta:

    Tarifa Horo-sazonal Verde:

  • 15

    Em que:

    Valor em reais relativo ao ajuste de fator de potncia a ser cobrado

    adicionalmente ao faturamento normal para o respectivo segmento

    horo-sazonal;

    D Demanda faturada (kW);

    TD Tarifa de demanda (R$/kW);

    C Consumo faturado (kWh);

    TC Tarifa de consumo (R$/kWh);

    FP Fator de potncia verificado no respectivo segmento horo-sazonal.

    Este valor poder ser reduzido ou mesmo eliminado com a adequao do fator

    de potncia a nveis mais elevados. A economia obtida ser resultante da quantidade

    de potncia reativa (kVAr) que puder ser eliminada da instalao.

    Algumas medidas podem ser consideradas com esse objetivo. Uma delas

    utilizar equipamentos com fator de potncia elevado. A indstria oferece

    determinados equipamentos (reatores de lmpadas de descarga, motores,

    transformadores) com variados valores de fator de potncia.

    O correto dimensionamento dos equipamentos pode ser tambm uma maneira

    de elevar o fator de potncia de uma instalao.

    3.2) Avaliao do Projeto de Eficincia Energtica

    Todo projeto de uma instalao eltrica deve buscar a eficincia operacional.

    No entanto, essa eficincia deve ser medida de forma a se encontrar justificativas

    econmicas para tornar mais eficiente um projeto eltrico a qualquer custo [10].

  • 16

    Podemos destacar dois modelos de anlises que nos permitem classificar um

    investimento em eficincia energtica em atrativo ou no, que so: o Valor Presente

    Lquido e o Tempo de Retorno de Capital (Pay Back).

    3.2.1) Valor Presente Lquido

    Sempre que for adotada uma ao de eficincia energtica, esta deve ser

    precedida de uma anlise econmica. O mtodo de clculo denominado Valor

    Presente Lquido (VPL) de fcil execuo e pode ser aplicado em todas as aes de

    eficincia energtica.

    O Valor Presente Lquido a soma algbrica de todos os fluxos de caixa

    descontados para o instante T = 0. Pode ser determinado como [10].

    Em que:

    - fluxos acumulados, em R$ ou em US$;

    - fluxo de caixa descontado, que corresponde a diferena entre as receitas e

    despesas realizadas a cada perodo considerando, em R$ ou US$;

    taxa interna de retorno ou taxa de desconto;

    T tempo, em meses, trimestre ou ano, a que se refere a taxa interna de

    retorno

    N nmero de perodos.

    3.2.2) Tempo de Retorno de Capital

    O critrio do tempo de retorno de capital, ou payback, , sem dvida, o mais

    difundido no meio tcnico para anlise de viabilidade econmica, principalmente

    devido sua facilidade de aplicao. Nestes termos fala-se do chamado payback no

    descontado, isto , um procedimento de clculo onde no se leva em considerao o

    custo de capital, ou seja, a taxa de juros. Esta anlise feita apenas dividindo-se o

    custo da implantao do empreendimento pelo benefcio auferido. Em outras

  • 17

    palavras, este critrio mostra quanto tempo necessrio para que os benefcios se

    igualem ao investimento.

    Em que:

    I Custo da Implantao (R$);

    A Benefcio (R$)

    O tempo de retorno descontado o nmero de perodos que zera o valor

    lquido presente, ou anual do empreendimento. Neste caso a taxa de juros adotada o

    prprio custo de capital.

    Em que:

    Investimento (R$);

    Economia obtida com o investimento realizado (R$ em 1 ano);

    i Taxa de juros (%/a.m / %a.a). [7]

    3.2.3) Relao de Benefcio Custo RBC

    A Relao Benefcio Custo (RBC) tem grande importncia na anlise econmica

    de um projeto e pode ser calculada de uma maneira simples e objetiva como pode ser

    vista na seguinte frmula:

  • 18

    O investimento anualizado o total do investimento com equipamentos. O

    custo anualizado de cada equipamento depende da sua vida til e da taxa de juros. J

    o benefcio anualizado pode ser calculado da seguinte forma:

    Em que:

    EE Energia Economizada (MWh/ano);

    CEE Custo Evitado de Energia (R$/MWh);

    RDP Reduo de Demanda na Ponta (kW);

    CED Custo Evitado de Demanda (R$/kW) [5].

    Para o clculo do Custo Anualizado Total ( ), ver Anexo III

    Todo projeto deve ter sua relao benefcio custo (RBC) calculada sob a tica da

    sociedade, ou seja, o clculo do benefcio baseado na metodologia dos custos

    unitrios evitados que possui como base estudos de expanso do sistema eletro-

    energtico brasileiro.

    Se um projeto tiver mais de um uso final (iluminao e climatizao) cada um

    desses usos finais dever ter sua RBC calculada. Dever, tambm, ser apresentada a

    RBC global do projeto por meio da mdia ponderada das RBCs individuais. Os pesos

    sero definidos pela participao percentual da energia economizada em cada uso

    final [5].

    A Relao de Benefcio Custo aconselhada para ser utilizada em projetos de

    eficincia energtica pela ANEEL, porm no um parmetro que exclui a viabilidade

    de um projeto. Outros critrios podem ser adotados como Reduo de Demanda de

    Ponta e Energia Economizada.

  • 19

    Captulo IV Sistemas de Iluminao

    Todo ambiente de trabalho precisa estar adequadamente iluminado de modo a

    permitir a execuo de tarefas para as quais se destina. O objetivo de um sistema de

    iluminao justamente proporcionar essa iluminao de modo eficiente, evitando

    desperdcios [11].

    Aproximadamente 44% da energia eltrica consumida no setor comercial e de

    servios pblicos so de iluminao. Diversos trabalhos mostram que a iluminao

    ineficiente comum no Brasil. Esse nmero, juntamente com o emprego de

    tecnologias no eficientes no sistema de iluminao faz com que exista um grande

    potencial de conservao de energia eltrica a ser empregado. Uma combinao de

    lmpadas, reatores e refletores eficientes, associados a hbitos saudveis na sua

    utilizao, podem ser aplicados para reduzir o consumo de energia eltrica [12].

    4.1) Tipos de Lmpadas

    A lmpada um dispositivo que transforma energia eltrica em energia trmica

    e energia luminosa. Cada lmpada possui caractersticas distintas, como a quantidade

    de fluxo luminoso que produz, a eficincia luminosa, o comprimento de onda em que a

    lmpada emite a radiao e o tempo de vida til.

    So trs os principais tipos de lmpadas.

    As lmpadas da famlia das incandescentes, que imitam a luz solar.

    As lmpadas de descarga, como as fluorescentes, as de mercrio, as de

    sdio e as de multivapores metlicos, que imitam a descarga eltrica

    produzida por um relmpago;

    O terceiro tipo abrange os LEDs (light emitting diodes - diodos emissores de

    luz), que funcionam por luminescncia, imitando os vaga-lumes [9].

    Podemos observar na Figura 1 uma comparao entre a eficincia luminosa e a

    vida til mdia de alguns tipos de lmpadas.

  • 20

    Figura 1 - Eficincia Luminosa e Modelo de Lmpadas [13]

    4.2) Clculo de Iluminao

    Para se calcular o nmero de lmpadas e luminrias, leva-se em conta as

    dimenses do ambiente e do tipo de ambiente que ser iluminado de acordo com a

    NBR-5413 (Tabela 35 Anexo IV). Para isso utiliza-se o mtodo dos lmens que

    realizado da seguinte maneira:

    Escolha do nvel de Iluminncia;

    Determinao do ndice do Local;

    Escolha das lmpadas e Luminrias;

    Determinao do fator de utilizao (Fu);

    Determinao do Fluxo Total ( );

    Clculo do nmero de lmpadas e Luminrias;

    Distribuio das Luminrias [14].

    4.2.1) Escolha do Nvel de Iluminncia

    Cada ambiente necessita de um nvel de Iluminncia distinto. A NBR-5413

    (Tabela 35 Anexo IV) classifica os ambientes e fornece o valor do nvel de iluminncia

    que deve ser escolhido para a realizao do projeto.

  • 21

    4.2.2) Determinao do ndice do Local (k)

    O ndice do local a relao das dimenses do ambiente de trabalho com a

    altura das luminrias instaladas neste local:

    Em que:

    K = ndice do Local;

    C = Comprimento;

    L = Largura;

    h = altura da luminria ao plano de trabalho.

    4.2.3) Escolha das Lmpadas e Luminrias

    Sabendo-se que as lmpadas possuem caractersticas distintas, como fluxo

    luminoso e eficincia luminosa, necessrio escolher o modelo da lmpada que ser

    utilizada no projeto bem como o modelo da luminria, que tambm possui

    caractersticas distintas, como custo de manuteno e esttica.

    4.2.4) Determinao do Fator de Utilizao ( )

    Fator de utilizao o valor encontrado quando se cruzam as informaes de

    refletncia1 do teto, da parede e do piso com o valor de ndice do Recinto (k). Ele tem a

    funo de indicar a eficincia luminosa do local de estudo incluindo as informaes

    sobre lmpadas e luminrias [3].

    _____________________________

    1 Refletncia - A refletncia a razo entra a quantidade de fluxo luminoso incidente

    em uma superfcie e o fluxo refletido por esta mesma superfcie. Os valores padres de

    refletncia se encontram na tabela 36 do Anexo IV.

  • 22

    Depois de determinado o ndice do Local (K), e dos valores de refletncia,

    utilizada a tabela do modelo da luminria escolhida para se achar o Fator de Utilizao

    ( ) (Tabelas 37, 38 e 39 Anexo IV).

    4.2.5) Fator de Depreciao ( )

    Tambm conhecido como fator de manuteno, o fator de depreciao um

    fator que leva em conta a quantidade de horas de utilizao das lmpadas e luminrias

    do local at que esta tenha manuteno, levando em considerao tambm as

    condies de limpeza do ambiente (Tabela 40 Anexo IV).

    4.2.6) Determinao do Fluxo Total ( )

    Para a determinao do Fluxo Luminoso (), utiliza-se:

    Em que:

    E Iluminncia mdia requerida (lux);

    S rea a ser iluminada ( )

    Fator de Utilizao da luminria

    Fator de Depreciao

    4.2.7) Determinao do nmero de Lmpadas e Luminrias

    A partir do valor do fluxo encontrado, determinamos o nmero de lmpadas

    dividindo o fluxo total pelo fluxo de cada lmpada. Os fluxos das lmpadas escolhidas

    bem como suas outras caractersticas encontram-se nas tabelas 41 e 42 do Anexo IV.

    E para se determinar o nmero de luminrias, basta dividir o nmero de

    lmpadas encontrado pela quantidade de lmpadas que cada luminria suporta.

  • 23

    4.2.8) Espaamento entre as Luminrias

    O espaamento entre as luminrias depende de sua altura relativa ao plano de

    trabalho (altura til) e da distribuio de luz. Este valor situa-se geralmente, entre 1 a

    1,5 vezes o valor da altura til em ambas as direes, tanto para um lado quanto para

    o outro. J o espaamento entre as paredes deve ser a metade deste valor.

    Caso o nmero de luminrias calculadas resulte em valores incompatveis com

    esses limites, os mesmos devero ser ajustados para no se correr o risco do ambiente

    ficar com sombras. O ajuste feito sempre se elevando o nmero de luminrias ou

    mudando-se a distribuio das mesmas [14].

    4.3) Eficincia nos Sistemas de Iluminao

    Um Sistema de Iluminao eficiente aquele que combina o bom

    dimensionamento do ambiente com a boa utilizao do fluxo luminoso disponvel.

    Alm disso, medidas podem ser adotadas para o melhor desempenho destes sistemas

    e consequentemente a economia de energia.

    4.3.1) Melhor distribuio nos circuitos de iluminao

    Para se aproveitar ao mximo a luz natural do dia, uma boa opo deixar as

    luminrias ao lado das janelas com comando independente das luminrias do outro

    lado da sala, com isso, as luminrias ao lado das janelas s necessitam ser acesas

    quando o fluxo luminoso externo no for propcio para o trabalho.

    4.3.2) Limpeza e manuteno

    A limpeza das luminrias e lmpadas influencia e muito na quantidade de fluxo

    luminoso que est sendo recebida no local de trabalho. Uma luminria suja pode no

    refletir toda a quantidade de luz esperada, a mesma coisa para a lmpada suja. A

    manuteno dos equipamentos, como a troca da lmpada, reator entre outros

  • 24

    tambm importante para garantir que a quantidade de fluxo projetada seja

    entregue.

    4.3.3) Desligamento dos aparelhos

    Durante o horrio do dia em que no tenham pessoas no ambiente de

    trabalho, ideal que os aparelhos, incluindo a iluminao, sejam desligados. Isso pode

    ocorrer com frequncia em horrios de almoo, em que em alguns casos as salas ficam

    vazias e consequentemente sem necessidade de iluminao.

  • 25

    Captulo V Sistemas de Ar Condicionado

    5.1) Introduo

    O Sistema de refrigerao responsvel pelo controle climtico dos ambientes.

    Esse controle abrange a monitorao e o ajuste de temperatura, umidade, pureza e

    fluxo de ar no ambiente fechado. Geralmente, o sistema de ar condicionado utilizado

    para proporcionar conforto aos usurios da instalao, mas tambm pode ser utilizado

    para manter alguns tipos de ambientes sob rigorosas caractersticas climticas, tais

    como, hospitais e centros de computao [15].

    Estes ambientes podem ser destinados tanto ao conforto humano como

    animal. Neste caso os sistemas aplicados so vulgarmente chamados de ar

    condicionado de conforto. Pode-se tambm apresentar um ambiente destinado ao

    desenvolvimento de um determinado processo industrial ou laboratorial, e neste caso

    o sistema passa a ser chamado sistema de ar condicionado de processo [5].

    5.2) Histria

    Este equipamento foi criado em 1902, quando um engenheiro formado pela

    Universidade de Cornell, Willis Carrier, inventou um processo mecnico para

    condicionar o ar, tornando realidade o almejado controle climtico de ambientes

    fechados. Esta inveno foi uma resposta aos problemas enfrentados pela indstria

    nova-iorquina Sackett-Wilhelms Lithography and Publishing Co., que tinha seu trabalho

    prejudicado durante o vero, estao em que o papel absorve a umidade do ar e se

    dilata. As cores impressas em dias midos no se alinhavam nem se fixavam com as

    cores impressas em dias mais secos, o que gerava imagens borradas e obscuras.

    Carrier teorizou que poderia retirar a umidade da fbrica pelo resfriamento do ar.

    Desenhou, ento, uma mquina que fazia circular o ar por dutos artificialmente

    resfriados. Este processo, que controlava a temperatura e a umidade, foi o primeiro

    exemplo de condicionamento de ar contnuo por processo mecnico [16].

  • 26

    5.3) Tipos de Sistemas de ar condicionado

    Os sistemas de ar condicionado podem ser classificados em relao aos seus

    ciclos de refrigerao. A seguir os principais ciclos so listados.

    5.3.1) Expanso Direta

    O ar diretamente resfriado pelo fluido refrigerante. Este sistema pode ser

    aplicado em instalaes de pequenas e mdias capacidades, onde so usados

    aparelhos dos seguintes tipos:

    Janela: So dotados de compressor, condensador resfriado a ar, dispositivo de

    expanso, serpentina de resfriamento e desumidificao, do tipo expanso

    direta, filtros e ventiladores para circulao do ar condicionado e para

    resfriamento do condensador. Normalmente o aquecimento feito por meio

    de uma bateria de resistncias eltricas, muito embora possam existir

    aparelhos de janela que operam como bomba de calor, atravs da inverso do

    ciclo frigorfico. So normalmente encontrados com capacidades variando

    entre 7500 a 30000 Btu/h. Estes equipamentos so compactos e no requerem

    instalao especial, so de fcil manuteno, no ocupam espao interno (til)

    e so relativamente baratos. No entanto possuem as seguintes desvantagens:

    pequena capacidade, maior nvel de rudo, no so flexveis, so menos

    eficientes, promovem a distribuio de ar a partir de ponto nico e provocam

    alteraes na fachada da edificao.

    Splits: So equipamentos que, pela capacidade e caractersticas, aparecem logo

    aps os condicionadores de janela. Estes aparelhos so constitudos em duas

    unidades divididas (evaporadora e condensadora), que devem ser interligadas

    por tubulaes de cobre, atravs das quais circular o fluido refrigerante. So

    aparelhos bastante versteis, sendo produzidos com capacidades que variam

    de 7.500 a 60.000 Btu/h. So compactos e de fcil manuteno, podem

    promover a distribuio do ar atravs de dutos ou no e tambm podem

    operar como bomba de calor (ciclo reverso). No entanto, ainda possuem

    capacidade limitada, sua instalao requer procedimentos de vcuo e carga em

  • 27

    campo, no operam com renovao de ar (exceto alguns equipamentos mais

    modernos) e possuem custo inicial superior aos condicionadores de ar de

    janela.

    Self Contained: So condicionadores de ar compactos ou divididos que

    encerram em seus gabinetes todos os componentes necessrios para efetuar o

    tratamento do ar, tais como: filtragem, resfriamento e desumidificao,

    umidificao, aquecimento e movimentao do ar. Nestes equipamentos

    tambm se pode conectar uma rede de dutos de distribuio de ar a baixa

    velocidade. Podem ser encontrados com capacidades variando entre 5 a 30

    TR2. So equipamentos simples, de fcil instalao, com baixo custo especfico

    (R$/TR), a sua fabricao seriada leva a aprimoramentos tcnicos constantes e

    resultam em grande versatilidade para projetos (zoneamentos, variaes de

    demanda), etc. Como desvantagens destes equipamentos pode-se citar o fato

    de no serem produzidos para operar como bomba de calor, capacidade

    limitada, e o fato dos equipamentos divididos requererem procedimentos

    habituais de vcuo e carga de gs em campo [5].

    5.3.2) Apenas gua

    A gua distribuda para os recintos, onde passa nos condicionadores de ar.

    Estes so chamados de Fan coil (ventilador-serpentina). Estes condicionadores so

    constitudos essencialmente de um ventilador centrfugo, que pode ser de velocidade

    varivel, filtros, uma serpentina e uma bandeja de condensado.

    Os equipamentos so alimentados por gua fria durante a poca de vero e por

    gua quente durante o inverno. A comutao vero/inverno efetuada a encargo da

    instalao e pode ser realizada manual ou automaticamente, desde a central frigorfica

    [5].

    _____________________________

    2 TR Tonelada de Refrigerao (1 TR = 12000 BTU/h, 1 BTU = 0,293 Wh, 1 TRh = 12000 BTU, 1

    TRh = 3516 Wh)

  • 28

    5.3.3) Ar-gua

    Neste tipo de instalao, as condies dos ambientes condicionados so

    reguladas mediante condicionadores do tipo fan-coil ou por condicionadores de

    induo [17].

    Os Sistemas de Induo fornecem ar primrio a alta velocidade para os

    condicionadores de induo instalados nas diferentes zonas. Nestes equipamentos, o

    ar primrio descarregado atravs de bocais, induzindo o escoamento do ar do

    ambiente atravs das serpentinas de aquecimento ou resfriamento [18].

    Este tipo de ar condicionado pode ser aplicado em prdios com grande nmero

    de salas, muitas internas, como por exemplo em hotis e hospitais [5].

    5.3.4) Apenas Ar

    O ar distribudo diretamente para os recintos. Estes sistemas se caracterizam

    por baixo custo inicial, manuteno centralizada e, portanto, econmica, apresentando

    a possibilidade de funcionar com ar exterior durante as estaes intermedirias.

    A regulagem da temperatura ambiente (resfriamento) pode ser efetuada por

    meio de um termostato ambiente, ou tambm, no ar de recirculao. O termostato

    pode atuar sobre o fluido que chega serpentina de resfriamento, sobre um bypass da

    serpentina de resfriamento, ou sobre uma serpentina de aquecimento. Em qualquer

    caso a vazo de ar permanece constante [17].

    Dentre outros, pode-se citar os seguintes sistemas:

    Sistemas com Vazo de Ar Varivel (VAV): Fornecem ar aquecido ou

    refrigerado, a temperatura constante, para todas as zonas servidas. Caixas

    VAV terminais, localizadas em cada zona, controlam a vazo insuflada no

    ambiente em funo de sua carga trmica;

    Sistemas com Vazo Constante (VAC): A maioria destes sistemas faz parte

    de um outro sistema, um sistema de duplo duto, usado para fornecer a

    vazo exata de ar insuflado;

  • 29

    Sistemas Duplo Duto: O condicionador central fornece ar aquecido ou

    refrigerado, ambos a temperatura constante. Cada zona servida por dois

    dutos, um com ar quente e outro com ar refrigerado, que alimenta uma

    caixa de mistura onde as duas correntes se juntam em propores

    adequadas para compensar a carga trmica da zona em questo;

    Sistemas de Zona nica: Fornecem ar aquecido ou refrigerado para uma

    nica zona, isto , um ou mais recintos controlados por um nico

    termostato. O ar condicionado pode estar instalado dentro da prpria zona

    ou fora desta em local apropriado, e o ar pode ser insuflado diretamente

    no ambiente ou distribudo por dutos curtos;

    Sistemas com Reaquecimento Terminal: O condicionador central fornece ar

    a uma determinada temperatura para todas as zonas servidas.

    Paralelamente, serpentinas de reaquecimento, instaladas em cada zona,

    aquecem o ar primrio em funo da carga trmica da zona considerada

    [18].

    5.4) Eficincia nos Sistemas de Ar Condicionado

    A eficincia de um sistema de ar condicionado depende, basicamente, da

    tecnologia de refrigerao empregada, do dimensionamento do sistema, da

    manuteno, dos hbitos de uso, das condies de isolao trmica dos ambientes,

    dos equipamentos eltricos em operao, entre outros. As caractersticas intrnsecas

    do projeto so fundamentais para que, ao longo do tempo, as mesmas no se tornem

    fatores que venham a exigir recursos elevados durante a vida til do projeto.

    A eficincia de um equipamento de ar condicionado expressa pelo seu EER

    (Energy Efficiency Ratio) dado em Btu/h/W:

  • 30

    Em que:

    C Capacidade de refrigerao do aparelho (Btu/h);

    Pmdia Demanda mdia do aparelho (W).

    Assim, quanto maior o EER, maior a eficincia do equipamento. [5].

    Para o dimensionamento dos sistemas de ar condicionado, necessrio

    analisar as cargas trmicas de cada ambiente, assim como a rea til, orientao solar

    e tipo de cobertura. Na tabela 1 podemos observar valores aproximados de carga

    trmica em funo dos fatores previamente comentados.

    Tabela 1 - Carga Trmica aproximada de ambientes [19]

    Especificao de Condicionador de Ar conforme a Carga Trmica BTU/h Variveis Ambientais e Construtivas

    Orientao Solar

    rea (m2) Ambiente

    Sob outro pavimento Sob telhado com forro Sob laje descoberta

    Sombra o dia todo

    15 6.000 7.000 8.000

    20 6.000 8.000 11.000

    30 6.000 10.000 14.000

    40 7.000 12.000 16.000

    60 10.000 16.000 22.000

    70 10.000 18.000 23.000

    90 12.000 22.000 30.000

    Sol da manh

    15 8.000 10.000 11.000

    20 8.000 12.000 14.000

    30 8.000 14.000 18.000

    40 10.000 14.000 18.000

    60 14.000 20.000 30.000

    70 14.000 22.000 30.000

    90 16.000 30.000 35.000

    Sol tarde ou dia todo

    15 10.000 12.000 14.000

    20 11.000 14.000 14.000

    30 12.000 16.000 17.000

    40 13.000 17.000 22.000

    60 17.000 23.000 30.000

    70 18.000 30.000 30.000

    90 20.000 30.000 40.000

  • 31

    5.4.1) Desperdcio nos Sistemas de Ar Condicionado

    Utilizar de maneira correta um sistema de refrigerao pode proporcionar uma

    economia de energia e um aumento na vida til dos aparelhos. A comodidade de se ter

    um aparelho desses no significa ter que usar energia de um modo exagerado. Podem-

    se citar algumas fontes de desperdcios nos sistemas de ar condicionado, tais como:

    Dimensionamento do aparelho, em desacordo com a carga trmica;

    Obstruo do aparelho com cortinas, armrios, provocando um

    desperdcio de 10% em mdia;

    Aparelhos funcionando em ambientes desocupados;

    Portas e janelas abertas permitindo a entrada de ar quente no recinto;

    Falta de limpeza ou de troca peridica dos filtros de ar;

    Presena de fontes de calor como lmpadas incandescentes, motores,

    fornos e estufas em ambientes refrigerados;

    Falta de adequada regulagem trmica [20].

    5.4.2) Medidas para a melhoria da eficincia dos sistemas de ar condicionado

    a curto prazo

    Algumas medidas podem ser adotadas a fim de se obter uma melhoria na

    eficincia dos sistemas de ar condicionado. Vale ressaltar que essas medidas no

    necessitam de investimentos altos, ou seja, uma conservao de energia a partir da

    vertente humana, que so:

    Manter as janelas e portas fechadas, evitando a entrada de ar externo;

    Limitar a utilizao dos aparelhos somente para as dependncias

    ocupadas;

    Evitar a incidncia de raios solares no ambiente climatizado, pois,

    aumentar a carga trmica para o condicionador;

    Limpeza do filtro do aparelho periodicamente, conforme recomendado

    pelo fabricante do aparelho, evitando que a sujeira prejudique o seu

    rendimento;

  • 32

    No vero, no refrigerar excessivamente o ambiente. Pois o conforto

    trmico uma combinao de temperatura e umidade, sendo

    recomendado entre 22 e 24C de temperatura e 50 e 60% de umidade

    relativa do ar. Sendo assim, o frio mximo nem sempre a melhor

    soluo de conforto;

    Desligar o ar condicionado em ambientes no utilizados ou que fiquem

    longo tempo desocupados;

    Manter desobstrudas as grelhas de circulao de ar;

    Manter livre a entrada de ar do condensador;

    Verificar o funcionamento do termostato;

    No inverno ou em dias frios desligar o ar condicionado central ou

    individual e manter somente a ventilao;

    Regular ao mnimo necessrio a exausto de ar nos banheiros contguos

    aos ambientes climatizados [21].

  • 33

    Captulo 6 Estudo de caso

    Situao atual do sistema de iluminao e de ar condicionado.

    O edifcio em questo constitudo por salas e locais de trabalho bastante

    distintos, como foi especificado no captulo 2. Este captulo tem como objetivo

    destacar as principais caractersticas do sistema de iluminao e tambm do sistema

    de ar condicionado presente. A anlise foi realizada na maior parte das salas.

    6.1) Sistema de Iluminao Atual

    Para o levantamento do sistema de iluminao atual, foi necessria a coleta de

    dados no local, como o modelo da luminria, das lmpadas e tambm foi estimado o

    tempo de uso destes equipamentos. Todo o ambiente de trabalho composto por

    lmpadas fluorescentes tubulares. A quantidade de Luminrias, lmpadas e seus

    modelos podem ser observados nas tabelas 2, 3, 4 e 5.

  • 34

    Tabela 2 - Sistema de Iluminao Atual - Pavimento 1

    Pavimento 1

    Local Luminrias Modelo da Luminria

    Lmpadas Modelo da Lmpada

    Recepo/hall 5 2x40 10 Tubular T10

    Hall 2 2 2x32 3 Tubular T8

    Central Telefnica 4 4x32 16 Tubular T8

    Telefonista 2 4x32 8 Tubular T8

    Dep. Tel. 1 4x32 4 Tubular T8

    Circulao 2 4x32 8 Tubular T8

    Coexser/SEVIPA 5 4x40 20 Tubular T10

    Coexmat/Almoxarifado 8 4x40 32 Tubular T10

    Vestirio Segurana 4 4x32 16 Tubular T8

    Banheiro Masculino 6 4x32 24 Tubular T8

    Banheiro Feminino 6 4x32 24 Tubular T8

    DIGEOF 8 4x32 32 Tubular T8

    Sala de Segurana 4 4x40 16 Tubular T8

    Sala de Rdio 6 4x40 24 Tubular T8

    Grfica 7 4x32 28 Tubular T8

    SALA DIDOTE 8 4x32 32 Tubular T8

    Salo DIDOTE 1 18 4x32 72 Tubular T8

    Salo DIDOTE 2 26 4x32 104 Tubular T8

    Salo DIDOTE 3 18 4x32 72 Tubular T8

  • 35

    Tabela 3 - Sistema de Iluminao Atual - Pavimento 2

    Pavimento 2

    Local Luminrias Modelo da Luminria

    Lmpadas Modelo da Lmpada

    COENARQ 12 4x40 48 Tubular T8

    COEXSER 7 4x40 28 Tubular T8

    COEXSER II 2 4x32 8 Tubular T8

    COEXMAT 5 4x40 20 Tubular T8

    COEXMAT 2 7 4x40 28 Tubular T8

    COEXMAT CHEFIA 3 4x32 12 Tubular T8

    Licitao 5 4x40 20 Tubular T8

    Corredor/Acesso 4 4x32 16 Tubular T8

    Corredor 1 6 2x18 12 Tubular T8

    Corredor 2 2 4x32 8 Tubular T8

    Banheiro 1 4 4x32 16 Tubular T8

    Banheiro 2 4 4x32 16 Tubular T8

    DIINFO - Recepo 4 4x16 16 Tubular T8

    DIINFO - Sala de Reunio 3 4x16 12 Tubular T8

    DIINFO - Gerncia 4 4x16 16 Tubular T8

    DIINFO - Suporte 6 4x16 24 Tubular T8

    DIINFO - Sala de apoio 2 4x16 8 Tubular T8

    DIINFO - Banco de dados 6 4x16 24 Tubular T8

    DIINFO - Web 6 4x16 24 Tubular T8

    DIINFO - Bando de dados 2 6 4x16 24 Tubular T8

  • 36

    Tabela 4 - Sistema de Iluminao Atual - Pavimento 3

    Pavimento 3

    Local Luminrias Modelo da Luminria

    Lmpadas Modelo da Lmpada

    Sala da Presidncia 14 4x16 56 Tubular T8

    Recepo Presidncia 8 4x16 32 Tubular T8

    Recepo Presidncia 2 9 4x16 36 Tubular T8

    Secretaria Presidncia 8 4x16 32 Tubular T8

    Sala de reunio Presidncia 6 4x16 24 Tubular T8

    ASS DAF 4 4x16 16 Tubular T8

    Secretaria DAF 4 4x40 16 Tubular T8

    ASS DAF 2 3 4x32 6 Tubular T8

    Circulao 12 4x32 24 Tubular T8

    SEGER 7 4x16 28 Tubular T8

    SEGER SALA 2 4 4x16 16 Tubular T8

    SEGER SALA 3 3 4x16 12 Tubular T8

    SEGER SALA 4 2 4x32 8 Tubular T8

    AUDIT 15 4x32 60 Tubular T8

    AUDIT SALA 1 3 4x32 12 Tubular T8

    AUDIT SALA 2 3 4x32 6 Tubular T8

    SECRETARIA DEPAT 6 4x40 24 Tubular T10

    CHEFIA DEPAT 6 4x40 24 Tubular T10

    SECRETARIA DEINF 4 4x32 16 Tubular T8

    CHEFIA DEINF 4 4x40 16 Tubular T8

    Circulao 2 2 4x32 8 Tubular T8

    Recepo DHT 5 4x16 20 Tubular T8

    DHT - Presidente 7 1x85 7 Tubular T12

    DHT - Reunio 4 1x85 4 Tubular T12

    DHT - Sala 1 4 1x85 4 Tubular T12

    DHT - Sala 2 4 1x85 4 Tubular T12

  • 37

    Tabela 5 - Sistema de Iluminao Atual - Pavimento 4

    Pavimento 4

    Local Luminrias Modelo da Luminria

    Lmpadas Modelo da Lmpada

    COJUR SALO 48 4x32 192 Tubular T8

    COJUR SALA 1 6 4x32 24 Tubular T8

    COJUR SALA 2 5 4x32 20 Tubular T8

    OUVIDORIA - RECEPO 7 4x40 28 Tubular T8

    OUVIDORIA - REUNIO 2 4x40 8 Tubular T8

    OUVIDORIA - SALA 1 3 4x40 12 Tubular T8

    OUVIDORIA - SALA 2 2 4x40 8 Tubular T8

    DICONT - SALO 17 4x32 68 Tubular T8

    DICONT - SALA 1 2 4x32 8 Tubular T8

    DICONT - SALA 2 2 4x32 8 Tubular T8

    CHEFIA DIDEHU 2 4x32 4 Tubular T8

    DICOGE - SALO 23 4x40 92 Tubular T8

    DICOGE - ARQVUIVOS 4 4x40 16 Tubular T8

    DICOGE - RECEPO 4 4x32 16 Tubular T8

    DICOGE - REUNIO 3 4x40 12 Tubular T8

    DICOGE - PRESIDENTE 4 4x32 16 Tubular T8

    6.2) Proposta para o Sistema de Iluminao

    O desenvolvimento desta nova proposta do sistema de iluminao levou em

    conta o dimensionamento correto dos ambientes, muitas vezes no realizado

    adequadamente. Partindo deste princpio, surgiu a ideia de verificar se a quantidade

    de lmpadas realmente a correta. Isso pode ser observado a partir do clculo do

    fluxo luminoso e para isso foi necessrio o levantamento dos seguintes dados das

    salas: largura, comprimento, rea e altura teis. Tambm foi considerado o valor do

    fluxo das lmpadas, o fator de utilizao das luminrias, a refletncia e a iluminncia

    necessria a partir da NBR 5413 (Anexo IV). A partir da foram observados 2 cenrios

    possveis: o primeiro, que leva em conta o novo dimensionamento do sistema de

    iluminao, em que s so utilizadas as lmpadas necessrias, do mesmo modelo,

    diminuindo a quantidade de lmpadas onde o fluxo estava acima do esperado e

    aumentando nos locais onde o fluxo estava abaixo do esperado; o segundo cenrio

    levou em conta tambm um novo dimensionamento a partir do projeto aqui

    executado e, alm disso, so utilizadas lmpadas LED no lugar das fluorescentes.

  • 38

    6.2.1) Proposta 1: Utilizao do Nmero correto de Lmpadas a

    partir do clculo do fluxo luminoso

    Com base nos dados levantados foi possvel montar as tabelas 6, 7, 8 e 9 que

    mostram a quantidade correta de lmpadas por cada sala e a potncia total das do

    projeto atual e da Proposta 1.

    Tabela 6 - Proposta 1 - Sistema de Iluminao - Pavimento 1

    Pavimento 1

    Local

    Atual Potncia de

    cada lmpada(W)

    Previsto

    Quantidade de

    Lmpadas Potncia Total(W)

    Quantidade de

    Lmpadas Potncia

    Necessria(W)

    Recepo/hall 10 400 40 5 210

    Hall 2 3 96 32 2 66

    Central Telefnica 16 512 32 13 401

    Telefonista 8 256 32 6 180

    Dep. Tel. 4 128 32 2 70

    Circulao 8 256 32 1 35

    Coexser/SEVIPA 20 800 40 13 506

    Coexmat/Almoxarifado 32 1280 40 26 1023

    Vestirio Segurana 16 512 32 7 234

    Banheiro Masculino 24 768 32 2 56

    Banheiro Feminino 24 768 32 2 75

    DIGEOF 32 1024 32 22 696

    Sala de Segurana 16 640 40 8 309

    Sala de Rdio 24 960 40 10 419

    Grfica 49 1568 32 25 799

    Sala DIDOTE 32 1024 32 21 687

    Salo DIDOTE 1 72 2304 32 60 1906

    Salo DIDOTE 2 104 3328 32 65 2069

    Salo DIDOTE 3 72 2304 32 84 2704

  • 39

    Tabela 7 - Proposta 1 - Sistema de Iluminao - Pavimento 2

    Pavimento 2

    Local

    Atual Potncia de

    cada Lmpada(W)

    Previsto

    Quantidade de

    Lmpadas Potncia Total(W)

    Quantidade de

    Lmpadas Potncia

    Necessria (W)

    COENARQ 48 1920 40 37 1498

    COEXSER 28 1120 40 33 1312

    COEXSER II 8 256 32 10 328

    COEXMAT 20 800 40 13 508

    COEXMAT 2 28 1120 40 12 498

    COEXMAT CHEFIA 12 384 32 9 286

    Licitao 20 800 40 23 930

    Corredor/Acesso 16 512 32 3 87

    Corredor 1 12 216 18 3 55

    Corredor 2 8 256 32 2 50

    Banheiro 1 16 512 32 4 125

    Banheiro 2 16 512 32 4 125

    DIINFO Recepo 16 256 16 31 490

    DIINFO - Sala de Reunio 12 192 16 16 257

    DIINFO Gerncia 16 256 16 22 358

    DIINFO Suporte 24 384 16 38 615

    DIINFO - Sala de apoio 8 128 16 10 154

    DIINFO - Banco de dados 24 384 16 28 456

    DIINFO Web 24 384 16 32 514

    DIINFO - Bando de dados 2 24 384 16 42 665

  • 40

    Tabela 8 - Proposta 1 - Sistema de Iluminao - Pavimento 3

    Pavimento 3

    Local

    Atual Potncia de

    cada Lmpada(W)

    Previsto

    Quantidade de

    Lmpadas Potncia Total(W)

    Quantidade de

    Lmpadas Potncia

    Necessria(W)

    Sala da Presidncia 56 896 16 56 896

    Recepo Presidncia 32 512 16 18 288

    Recepo Presidncia 2 36 576 16 33 528

    Secretaria Presidncia 32 512 16 27 432

    Sala de reunio Presidncia 24 384 16 29 464

    ASS DAF 16 256 16 19 304

    Secretaria DAF 16 640 40 14 560

    ASS DAF 2 6 192 32 10 320

    Circulao 24 768 32 11 352

    SEGER 28 448 16 31 496

    SEGER SALA 2 16 256 16 15 240

    SEGER SALA 3 12 192 16 13 208

    SEGER SALA 4 8 256 32 5 160

    AUDIT 60 1920 32 46 1472

    AUDIT SALA 1 12 384 32 9 288

    AUDIT SALA 2 6 192 32 9 288

    SECRETARIA DEPAT 24 960 40 12 480

    CHEFIA DEPAT 24 960 40 11 440

    SECRETARIA DEINF 16 512 32 14 448

    CHEFIA DEINF 16 640 40 12 480

    Circulao 2 8 256 32 2 64

    Recepo DHT 20 320 16 22 352

    DHT Presidente 7 595 85 7 595

    DHT Reunio 4 340 85 5 425

    DHT - Sala 1 4 340 85 4 340

    DHT - Sala 2 4 340 85 4 340

  • 41

    Tabela 9 - Proposta 1 - Sistema de Iluminao - Pavimento 4

    Pavimento 4

    Local

    Atual Potncia de

    cada Lmpada(W)

    Previsto

    Quantidade de

    Lmpadas Potncia Total(W)

    Quantidade de

    Lmpadas Potncia

    Necessria(W)

    COJUR Salo 192 6144 32 89 2837

    COJUR - Sala 1 24 768 32 15 470

    COJUR - Sala 2 20 640 32 17 542

    OUVIDORIA - Recepo 28 1120 40 19 775

    OUVIDORIA - Reunio 8 320 40 7 293

    OUVIDORIA - Sala 1 12 480 40 7 291

    OUVIDORIA - Sala 2 8 320 40 7 280

    DICONT Salo 68 2176 32 55 1744

    DICONT - Sala 1 8 256 32 12 370

    DICONT - Sala 2 8 256 32 7 218

    Chefia DIDEHU 4 128 32 9 301

    DICOGE Salo 92 3680 40 47 1867

    DICOGE Arquivos 16 640 40 9 343

    DICOGE Recepo 16 512 32 10 304

    DICOGE Reunio 12 480 40 8 316

    DICOGE Presidente 16 512 32 10 304

    A partir da anlise das tabelas acima observamos que de fato muitos ambientes

    estavam mal dimensionados, uns com excesso de iluminao e outros com falta de

    iluminao.

    6.2.1.1) Avaliao e Investimento Inicial da Proposta 1

    Para a adequao da proposta 1, se faz necessrio a compra de lmpadas e

    luminrias conforme descrito nas tabelas 10, 11, 12 e 13. Foi descartada a

    possibilidade de aproveitamento de lmpadas, luminrias e reatores antigos para o

    aproveitamento em outros locais.

  • 42

    Tabela 10 - Proposta 1 - Investimento Inicial - Pavimento 1

    Pavimento 1

    Modelo Quantidade Valor Total (R$)

    Tubular T8 32W 12 3,60 43,20

    Luminrias de sobrepor 4x32 3 178,90 536,70

    Reator Eletrnico 2x40/2x32 6 18,60 111,60

    Instalao de Luminria 1 25,00 25,00

    R$ 716,50

    Tabela 11 - Proposta 1 - Investimento Inicial - Pavimento 2

    Pavimento 2

    Modelo Quantidade Valor Total (R$)

    Tubular T8 40W 8 5,00 40,00

    Tubular T8 32W 2 3,60 7,20

    Tubular T8 16W 71 3,70 262,70

    Luminria de embutir 4x40 3 178,90 536,70

    Luminria de embutir 4x32 1 178,90 178,90

    Luminria de embutir 4x16 18 119,00 2142,00

    Reator Eletrnico 2x40/2x32 6 18,60 111,60

    Reator Eletrnico 2x16 36 18,60 669,60

    Instalao de Luminria 22 25,00 550,00

    R$ 4.498,70

    Tabela 12 - Proposta 1 - Investimento Inicial - Pavimento 3

    Pavimento 3

    Modelo Quantidade Valor Total (R$)

    Tubular T8 16W 11 3,70 40,70

    Tubular T8 32W 7 3,60 25,20

    Tubular T8- 40W 2 5,00 10,00

    Luminria de sobrepor 4x40 1 178,90 178,90

    Luminria de embutir 4x32 2 178,90 357,80

    Luminria de embutir 4x16 3 119,00 357,00

    Reator Eletrnico 2x40/2x32 6 18,60 111,60

    Reator Eletrnico 2x16 6 18,60 111,60

    Instalao de Luminria 10 25,00 250,00

    R$ 1.442,80

  • 43

    Tabela 13 - Proposta 1 - Investimento Inicial - Pavimento 4

    Pavimento 4

    Modelo Quantidade Valor Total (R$)

    Tubular T8 32W 9 8,90 80,10

    Luminria de embutir 4x32 3 178,90 536,70

    Reator Eletrnico 2x40/2x32 6 18,90 113,40

    Instalao de Luminria 12 25,00 300,00

    R$ 1030,20

    Temos um valor de investimento inicial para a Proposta 1 de R$: 7.688,20

    6.2.1.2) Anlise da Demanda Energtica e do Consumo da Proposta 1

    Considerando-se um consumo de energia eltrica no Sistema de Iluminao de

    10h por dia fora do horrio de ponta, 22 dias por ms, teremos um valor de horas

    mensal de 220, que foi o levado em conta para os clculos. A tabela 14 mostra a

    comparao entre a quantidade de energia demandada e o consumo de energia da

    situao atual com a proposta 1.

    Tabela 14 - Anlise da Demanda Energtica e do Consumo da Proposta 1

    Atual Proposta 1

    Potncia(kW) Consumo(kWh) Potncia(kW) Consumo(kWh)

    Pavimento 1 18,9280 4164,16 12,4423 2737,30

    Pavimento 2 10,7760 2370,72 9,3128 2048,83

    Pavimento 3 13,6470 3002,34 11,2600 2477,20

    Pavimento 4 18,4320 4055,04 11,2550 2476,10

    Total 61,7830

    13.592,26 44,2701

    9.739,43

    Foi obtido um valor na reduo do consumo de energia eltrica de 28,35% e a

    Demanda de energia eltrica sofreu uma reduo de 61,78kWh para 44,27kWh.

  • 44

    6.2.1.3) Anlise Econmica da Proposta 1

    A partir das simples troca dos equipamentos, o tempo de retorno necessrio,

    bem como a Relao de Benefcio Custo (RBC) e a economia anual so apresentados na

    tabela 15:

    Tabela 15 - Viabilidade da Proposta 1

    Proposta 1

    Tempo de Retorno(anos) 0,44

    RBC 2,29

    Economia Mensal(R$) 1.464,08

    Economia Anual(R$) 17.568,90

    6.2.2) Proposta 2: Substituio das lmpadas fluorescentes por

    lmpadas LED a partir do clculo do fluxo luminoso.

    A ideia de se utilizar as lmpadas LED importante, uma vez que estas, apesar

    do seu investimento inicial elevado, so muito mais econmicas, produzem uma

    quantidade de fluxo luminoso elevado apesar da baixa potncia, alm de possurem

    uma vida til maior (normalmente o dobro ou mais das lmpadas fluorescentes) e

    tambm, dispensam o uso de reatores e starters. As tabelas 16, 17, 18 e 19 mostram a

    quantidade de lmpadas fluorescentes por sala do projeto atual e a quantidade de

    lmpadas LED da Proposta 2, bem como a potncia total gasta nos 2 cenrios.

  • 45

    Tabela 16 - Proposta 2 - Sistema de Iluminao - Pavimento 1

    Pavimento 1

    Local Atual Previsto

    Lmpadas Potncia

    (W) Potncia Total (W) Lmpadas Potncia(W)

    Potncia Total (W)

    Recepo/hall 10 40 400 9 18 162

    Hall 2 3 32 96 3 18 54

    Central Telefnica 16 32 512 17 18 306

    Telefonista 8 32 256 8 18 144

    Dep. Tel. 4 32 128 3 18 54

    Circulao 8 32 256 2 18 36

    Coexser/SEVIPA 20 40 800 20 18 360

    Coexmat/Almoxarifado 32 40 1280 40 18 720

    Vestirio Segurana 16 32 512 10 18 180

    Banheiro Masculino 24 32 768 3 18 54

    Banheiro Feminino 24 32 768 4 18 72

    DIGEOF 32 32 1024 29 18 522

    Sala de Segurana 16 40 640 13 18 234

    Sala de Rdio 24 40 960 17 18 306

    Grfica 49 32 1568 33 18 594

    SALA DIDOTE 32 32 1024 29 18 522

    Salo DIDOTE 1 72 32 2304 78 18 1404

    Salo DIDOTE 2 104 32 3328 85 18 1530

    Salo DIDOTE 3 72 32 2304 111 18 1998

  • 46

    Tabela 17 - Proposta 2 - Sistema de Iluminao - Pavimento 2

    Pavimento 2

    Local Atual Previsto

    Lmpadas