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1 REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE História do Brasil Brasil Colônia e Império Nome: Nº: Turma:

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REVISÃO DE HISTÓRIA

1ª FASE

História do Brasil

Brasil Colônia e Império

Nome: Nº: Turma:

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Gabarito

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Período Colonial

1. (Enem) Jean de Léry viveu na França na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religião opuseram católicos e protestantes. No texto a seguir, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas católicas.

“(...) desde que os canhões começaram a atirar sobre nós com maior freqüência,

tornou-se necessário que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um lençol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive durante dez meses), o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados. De tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto essa maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...).”

Neste texto, Jean de Léry: a) despreza a cultura e rejeita o patrimônio dos indígenas americanos. b) revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de "selvagens". c) reconhece a superioridade das sociedades indígenas americanas com relação aos

europeus. d) valoriza o patrimônio cultural dos indígenas americanos, adaptando-o às suas

necessidades. e) valoriza os costumes dos indígenas americanos porque eles também eram

perseguidos pelos católicos. 2. (Enem) “No princípio do século XVII, era bem insignificante e quase miserável a Vila

de São Paulo. João de Laet dava-lhe 200 habitantes, entre portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara, em 1606, informava que eram 190 os moradores, dos quais 65 andavam homiziados*.” (SODRÉ, Nelson Werneck. Formação histórica do Brasil. São

Paulo: Brasiliense, 1964.) *homiziados: escondidos da justiça

“Na época da invasão holandesa, Olinda era a capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca de 10% da população, calculada em aproximadamente 2.000 pessoas, dedicava-se ao comércio, com o qual muita gente fazia fortuna. Cronistas da época afirmavam que os habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo.”

(Adaptado de FÉIST, Hildegard. Pequena história do Brasil holandês. São Paulo: Moderna, 1998.)

Os textos apresentados retratam, respectivamente, São Paulo e Olinda no início do

século XVII, quando Olinda era maior e mais rica. São Paulo é, atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das maiores do planeta. Essa mudança deveu-se, essencialmente, ao seguinte fator econômico:

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a) maior desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no planalto de Piratininga do que na Zona da Mata Nordestina.

b) atraso no desenvolvimento econômico da região de Olinda e Recife, associado à escravidão, inexistente em São Paulo.

c) avanço da construção naval em São Paulo, favorecido pelo comércio dessa cidade com as Índias.

d) desenvolvimento sucessivo da economia mineradora, cafeicultora e industrial no Sudeste.

e) destruição do sistema produtivo de algodão em Pernambuco quando da ocupação holandesa.

3. (Fatec) As colônias eram uma das mais importantes fontes de riquezas das quais as

monarquias nacionais européias lançavam mão para se consolidar como Estados

fortes e centralizados. Sobre o Brasil-Colônia, é correto afirmar:

a) na sociedade colonial brasileira, existiram relações feudais de produção,

especialmente na submissão das populações nativas.

b) entre as atividades voltadas para exportação estava a pecuária, que abastecia as

diferentes regiões brasileiras e a metrópole.

c) a administração colonial era descentralizada, cabendo às Câmaras Municipais

governar o país.

d) no séc. XVIII, a região das Minas Gerais iria sofrer um declínio populacional devido às

restrições feitas por Portugal, que temia perder o controle da lavra e da fundição do

ouro.

e) com a cana-de-açúcar, ocorreu efetivamente o processo de povoamento e de

instalação da estrutura político-administrativa portuguesa no Brasil.

4. (Fatec) "Cada ano, vem nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para

passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos,

pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a

condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e

plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não

têm no Brasil convento nem casa."

(ANTONIL, André João. Cultura e opulência no Brasil por suas drogas e minas.)

Nesse retrato descrito pelo jesuíta Antonil, no início do século XVIII, o Brasil-colônia vivia o momento:

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a) do avanço do café na região do Vale do Ribeira e em Minas Gerais. Portugal, no início do século XVIII, percebeu a importância do café como a grande riqueza da colônia, passou então a enviar mais escravos para essa região e a controlá-la com maior rigor.

b) da decadência do cultivo da cana-de-açúcar no Nordeste. Em substituição a esse ciclo, a metrópole passou a investir no algodão; para tanto, estimulou a migração de colonos para a região do Amazonas e do Pará. Os bandeirantes tiveram importante papel nesse período por escravizar indígenas, a mão-de-obra usada nesse cultivo.

c) da descoberta de ouro e pedras preciosas no interior da Colônia. A Metrópole, desde o início do século XVIII, buscou regularizar a distribuição das áreas a serem exploradas; como forma de impedir o contrabando e recolher os impostos, criou um aparelho administrativo e fiscal, deslocando soldados para a região das minas.

d) da chegada dos bandeirantes à região das Minas Gerais. Os bandeirantes descobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se viu obrigada a impedir a corrida do ouro; para tanto, criou leis impedindo o trânsito indiscriminado de pessoas na região, deixando os bandeirantes como os guardiões das minas.

e) do esgotamento do ouro na região das minas. Sua difícil extração levou pessoas de diferentes condições sociais para as minas, em busca de trabalho, e seu esgotamento dividiu a região em dois grupos – de um lado, os paulistas; de outro, os forasteiros, culminando no conflito chamado de Guerra dos Emboabas.

5. (Fatec) O governo de Tomé de Souza foi marcado: a) por uma intensa luta contra os franceses, no Rio de Janeiro, e por conflitos com os

jesuítas, que se opunham à escravização dos índios. b) pela fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, em 1554. c) pela criação do primeiro bispado do Brasil, tendo à frente o bispo D. Pero Fernandes

Sardinha. d) pela grande habilidade política do governador, a qual acabou por deixá-lo no poder

por quase 15 anos. e) pelo Armistício de Iperoig e pela vitória contra os franceses, que foram expulsos do

Rio de Janeiro em 1567. 6. (Fatec 2006) O engenho foi um marco dentro do Brasil colonial. Podemos dizer que

ele era o símbolo: a) do poderio dos senhores de terras e erguia-se como modelo de organização da

Colônia. b) da resistência negra, pois lá os negros se organizavam e realizavam seus constantes

levantes contra os brancos. c) da luta contra a monarquia, uma vez que os senhores de terras desejavam o livre

comércio, proibido pelos imperadores. d) do movimento republicano, já que os senhores há muito tempo buscavam liberdades,

como o fim da escravidão e da monarquia. e) do capitalismo colonial, uma vez que valorizava a mão-de-obra assalariada, captada

da corrente imigratória do século XIX.

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7. (Fatec) Em relação ao período da ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, afirma-

se:

I. A invasão deveu-se aos interesses dos comerciantes holandeses pelo açúcar

produzido na região, interesses esses que foram prejudicados devido à União Ibérica

(1580-1640).

II. Foi, também, uma conseqüência dos conflitos econômicos e políticos que envolviam

as relações entre os chamados Países Baixos e o Império espanhol.

III. As medidas econômicas de Nassau garantiam os lucros da Companhia das Índias

Ocidentais e os lucros dos senhores de engenho, já que aumentaram a produção do

açúcar.

IV. A política adotada por Nassau para assentar os holandeses na Bahia acabou por

deflagrar sua derrota e o fim da ocupação holandesa, graças à resistência dos índios

e portugueses expulsos das terras que ocupavam.

São verdadeiras as proposições:

a) I e II.

b) I, II e III.

c) II, III e IV.

d) I, III e IV.

e) II e IV.

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8. (Fatec) No século XVIII, a colônia Brasil passou por vários conflitos internos. Entre

eles, temos a:

a) Guerra dos Emboabas, luta entre paulistas e gaúchos pelo controle da região das

Minas Gerais. Essa guerra impediu a entrada dos forasteiros nas terras paulistas e

manteve o controle da capitania de São Paulo sobre a mineração.

b) Revolta Liberal, tentativa de reagir ao avanço conservador da monarquia portuguesa,

que usava de seus símbolos monárquicos e das baionetas do Exército da Guarda

Nacional como forma de cooptar e intimidar os colonos portugueses.

c) Revolta de Filipe dos Santos, levante ocorrido em Vila Rica e liderado pelo tropeiro

Filipe dos Santos. O motivo foi a cobrança do quinto, a quinta parte do ouro fundido

pelas Casas de Fundição controladas pelo poder imperial.

d) Farroupilha, revolta que defendia a proclamação da República Rio-Grandense

(República dos Farrapos) como forma de obter liberdades políticas, fim dos tributos

coloniais e proibição da importação do charque argentino.

e) Cabanagem, movimento de elite dirigido por padres, militares e proprietários rurais,

que propunham a proclamação da república como forma de combater o controle

econômico exercido pelos comerciantes portugueses.

9. (Fatec) "Naquela época, a sociedade da América Portuguesa já era suficientemente

complexa para abrigar tensões e conflitos variados, nem sempre redutíveis a meras

oposições. Assim, colonos se engalfinharam com colonos, e autoridades da metrópole

se opuseram a companheiros de administração. O século (XVIII) começava tenso, e

seus primeiros vinte anos seriam marcados por uma sucessão de revoltas e motins,

constituindo um conjunto em que, pela primeira vez, a dominação portuguesa na

América do Sul corria sério risco."

(SOUZA, L. de Mello e; BICALHO, M. F. B. (1689-1720). O império deste mundo.)

O texto faz referência aos movimentos:

a) pela independência do Brasil, tais como a Inconfidência Mineira e a Conjuração

Baiana.

b) políticos separatistas, como a Farroupilha e o Movimento Constitucionalista paulista.

c) pela instituição da república no Brasil, denominados pelos historiadores de

Cabanagem e Balaiada.

d) pela abolição da escravidão, tais como a Guerra dos Palmares e a Guerra dos Malês.

e) de insubordinação à autoridade metropolitana, como os Motins do Maneta e a Guerra

dos Mascates.

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10. (Fuvest) "A fundação de uma cidade não era problema novo para os portugueses;

eles viram nascer cidades nas ilhas e na África, ao redor de fortes ou ao pé das

feitorias; aqui na América, dar-se-ia o mesmo e as cidades surgiriam..."

(João Ribeiro. História do Brasil)

Baseando-se no texto, é correto afirmar que as cidades e as vilas, durante o período

colonial brasileiro:

a) foram uma adaptação dos portugueses ao modelo africano de aldeias junto aos fortes

para proteção contra ataques das tribos inimigas.

b) surgiram a partir de missões indígenas, de feiras do sertão, de pousos de passagem,

de travessia dos grandes rios e próximas aos fortes do litoral.

c) foram planejadas segundo o padrão africano para servir como sede administrativa das

capitais das províncias.

d) situavam-se nas áreas de fronteiras para facilitar a demarcação dos territórios

também disputados por espanhóis e holandeses.

e) foram núcleos originários de engenhos construídos perto dos grandes rios para

facilitar as comunicações e o transporte do açúcar.

11. (Fuvest) A exploração dos metais preciosos encontrados na América Portuguesa, no

final do século XVII, trouxe importantes conseqüências tanto para a colônia quanto

para a metrópole. Entre elas:

a) o intervencionismo regulador metropolitano na região das Minas, o desaparecimento

da produção açucareira do Nordeste e a instalação do Tribunal da Inquisição na

capitania.

b) a solução temporária de problemas financeiros em Portugal, alguma articulação entre

áreas distantes da Colônia e o deslocamento de seu eixo administrativo para o centro-

sul.

c) a separação e autonomia da capitania das Minas Gerais, a concessão do monopólio

da extração dos metais aos paulistas e a proliferação da profissão de ourives.

d) a proibição do ingresso de ordens religiosas em Minas Gerais, o enriquecimento

generalizado da população e o êxito no controle do contrabando.

e) o incentivo da Coroa à produção das artes, o afrouxamento do sistema de

arrecadação de impostos e a importação dos produtos para a subsistência

diretamente da metrópole.

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12. (Fuvest) "O que mais espanta os Índios e os faz fugir dos Portugueses, e por

conseqüência das igrejas, são as tiranias que com eles usam, obrigando-os a servir

toda sua vida como escravos, apartando mulheres de maridos, pais de filhos,

ferrando-os, vendendo-os, etc. [...] estas injustiças foram a causa da destruição das

igrejas..."

(Padre José de Anchieta, na segunda metade do século XVI.)

A partir do texto, é correto afirmar que:

a) a defesa dos indígenas feita por Anchieta estava relacionada a problemas de ordem

pessoal entre ele e os colonizadores da capitania de São Paulo.

b) a escravidão dos índios, a despeito das críticas de Anchieta, foi uma prática comum

durante o período colonial, estimulada pela Coroa portuguesa.

c) os conflitos entre jesuítas e colonizadores foram constantes em várias regiões, tais

que: Maranhão, São Paulo e Missões dos Sete Povos do Uruguai.

d) a posição de defesa dos indígenas, assumida por Anchieta, foi isolada nas Américas,

tanto na Portuguesa quanto na Espanhola.

e) a defesa dos jesuítas foi assumida pela Coroa nos episódios em que essa ordem

religiosa lutou por interesses antagônicos aos dos colonizadores.

13. (Fuvest) No Brasil, os escravos:

1. trabalhavam tanto no campo quanto na cidade, em atividades econômicas variadas.

2. sofriam castigos físicos, em praça pública, determinados por seus senhores.

3. resistiam de diversas formas, seja praticando o suicídio, seja organizando rebeliões.

4. tinham a mesma cultura e religião, já que eram todos provenientes de Angola.

5. estavam proibidos pela legislação de efetuar pagamento por sua alforria.

Das afirmações apresentadas, são verdadeiras apenas

a) 1, 2 e 4.

b) 3, 4 e 5.

c) 1, 3 e 5.

d) 1, 2 e 3.

e) 2, 3 e 5.

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14. (Fuvest) A atividade extrativista desenvolvida na Amazônia, durante o período

colonial, foi importante, porque:

a) garantiu a ocupação da região e aproveitou a mão-de-obra indígena local.

b) reproduziu, na região, a estrutura da grande propriedade monocultora.

c) gerou riquezas e permitiu a abertura de estradas na região.

d) permitiu a integração do norte do Brasil ao contexto andino.

e) inviabilizou as aspirações holandesas de ocupação da floresta.

15. (UFSCAR) “(...) a continuidade mecânica que a historiografia e os manuais escolares

estabelecem entre o Brasil de hoje e o território heterogêneo açambarcado pela

América portuguesa. Ora, não passa pela cabeça de um americano confundir a

história da América britânica com a dos Estados Unidos. Da mesma forma, os

mexicanos, os peruanos ou os argentinos não transpõem diretamente a história

nacional de seus países para o quadro dos respectivos vice-reinados espanhóis de

que dependiam. No Brasil, essa identificação entre colônia e nação é imediata.

Recentemente, num congresso histórico realizado numa grande universidade

européia, um professor brasileiro, comentando a carta de Pero Vaz de Caminha,

assinalou uma frase do documento e a definiu, sem pestanejar, como uma expressão

tipicamente brasileira.”

(ALENCASTRO, Luiz Felipe de. A perenidade do Brasil. In: Veja, 25.09.2002.)

Do texto, depreende-se que o autor defende a idéia de que:

a) países como os Estados Unidos e o México não são nacionalistas.

b) a história da nação brasileira se inicia com a América portuguesa.

c) a história nacional dos argentinos é semelhante à história mexicana, por terem sido

ambos os países colonizados pela Espanha.

d) é incorreta a interpretação norte-americana de separar sua história da história inglesa.

e) o Brasil, como nação e território, não existia no início da colonização européia da

América.

16. (UFSCAR) Sobre o tráfico negreiro, consolidado pelos portugueses no Atlântico, são

apresentadas as afirmações seguintes; I. Garantiu o poder da metrópole no Brasil, assegurando a transferência da renda do

setor produtivo para o setor mercantil. II. Reduziu-se ao comércio de africanos entre a África e a América, sem modelar o

conjunto da economia, da sociedade ou da política da América portuguesa. III. Na América, a Coroa portuguesa reconheceu a liberdade dos índios, mas na África

estimulou o negócio negreiro.

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IV. Possibilitou a colonização da África como concorrencial em relação à colonização do Brasil.

V. Estimulou o intercâmbio alimentar e de costumes entre a África e a América. Estão corretas as afirmações:

a) I, II e III, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) I, III e V, apenas. d) II, III, IV e V, apenas. e) I, II, IV e V, apenas. 17. (Unesp) “O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas

ao equador que iam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões entregues (...) [a] um grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a Coroa.”

(FAUSTO B. História do Brasil.)

No texto, o historiador refere-se às: a) câmaras setoriais. b) sesmarias. c) colônias de povoamento. d) capitanias hereditárias. e) controladorias. 18. (Unesp) “Se bem que a base da economia mineira também seja o trabalho escravo,

por sua organização geral ela se diferencia amplamente da economia açucareira.” (FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil)

A referida diferenciação se expressa: a) na relação com a terra que, por ser abundante no Nordeste, não se constituía fator de

diferenciação social. b) na imposição de controle rígido das exportações de açúcar, medida não tomada em

relação ao ouro. c) na pequena lucratividade da economia açucareira e na rapidez com que os senhores

de engenho se desinteressaram por ela. d) no isolamento da região mineradora, que não mantinha relações comerciais com o

resto da colônia, tal como ocorria no Nordeste. e) na existência de possibilidades de ascensão social na região das minas, uma vez que

o investimento inicial não era, necessariamente, elevado.

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19. (Unesp) “Um cronista do período colonial escreveu que os povoadores do Brasil, por

mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal e, se as fazendas e bens que

possuem souberam falar, também lhe houveram de ensinar a dizer como aos

papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal,

porque tudo querem para lá.”

(Frei Vicente do Salvador, História do Brasil, 1500-1627.)

O texto do cronista revela que:

a) os colonizadores procuravam usufruir as riquezas da colônia, não manifestando

nenhum apego à terra.

b) os povoadores objetivavam preservar a fauna e a flora exóticas da nova terra, como

os papagaios.

c) o Brasil era visto pelos portugueses como região desprovida de interesse comercial

ou econômico.

d) o Brasil, no entender dos colonizadores, deveria fornecer mão-de-obra barata para as

indústrias portuguesas.

e) os portugueses ocuparam o Brasil com a finalidade de defendê-lo e de fundar uma

nova pátria.

20. (Unesp) “Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em

um modo muito semelhante o que o mesmo Salvador padeceu na sua cruz, e em toda

a sua paixão. (...) Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos,

de tudo isto se compõe a vossa imitação, que se for acompanhada de paciência

também terá merecimento de martírio.”

(VIEIRA, Antônio. Sermão pregado na Baía à irmandade dos pretos de um engenho, no ano de 1633.)

Pode-se concluir dos argumentos do padre Vieira que os jesuítas, no Brasil:

a) eram favoráveis à abolição da escravidão dos negros.

b) viviam em conflito aberto com os senhores-de-engenho.

c) consideravam necessário castigarem-se os escravos.

d) estimulavam a escravidão de povos não-europeus.

e) reconheciam os sofrimentos produzidos pela escravidão.

21. (Unesp) O padre José de Anchieta escreveu sobre as dificuldades de conversão dos

índios ao cristianismo:

“Por aqui se vê que os maiores impedimentos nascem dos Portugueses, e o primeiro

é não haver neles zelo de salvação dos índios [...] e com isso pouco se lhes dá aos

senhores que têm escravos, que não ouçam missa, nem se confessem, e estejam

amancebados. E, se o fazem, é pelos contínuos brados da Companhia, e logo se

enxerga claro nos tementes a Deus que seus escravos vivem diferentemente pelo

particular cuidado que têm deles.”

13

(ANCHIETA, José de. Informação do Brasil e de suas Capitanias, 1584.)

Pela leitura do texto, é correto afirmar que o jesuíta:

a) entendia que a escravidão não poderia se tornar um obstáculo à catequização do

gentio.

b) opunha-se à escravização dos índios por julgá-la contrária aos princípios do

cristianismo.

c) considerava os costumes tradicionais dos indígenas adequados aos mandamentos

cristãos.

d) julgava os indígenas ociosos e inaptos para o trabalho na grande empresa agrícola.

e) advogava a sujeição dos índios aos portugueses como meio para facilitar a sua

conversão.

22. (Unesp) Os preços dos produtos da colônia portuguesa da América, o Brasil, caíram

sensivelmente na segunda metade do século XVII. De 1659 a 1688, houve uma

queda de 41% no preço do açúcar; já o preço do tabaco encolheu 65% de 1668 a

1688. A diminuição dos preços destes produtos coloniais produziu uma crise no

comércio português. Na primeira metade do século XVIII, o déficit da balança

comercial portuguesa foi compensado:

a) pela extinção dos monopólios estatais sobre produtos coloniais e pela suspensão do

regime metropolitano do exclusivo colonial. b) pela entrega do nordeste brasileiro à Holanda e pelo incentivo à criação de gado nas

regiões sul e sudeste da colônia. c) pela implantação de indústrias na colônia do Brasil e pela intensificação do comércio

de especiarias com o Oriente. d) pela diminuição da exploração social, com o aumento dos salários dos operários, e o

fortalecimento dos sindicatos de trabalhadores. e) pelo estímulo governamental ao desenvolvimento de manufaturas no reino e pelo

volume crescente da produção aurífera no Brasil.

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23. (Unesp) Observe o mapa e responda.

a) O meridiano de Tordesilhas, enquanto esteve em vigor, obstruiu a efetiva ocupação

do interior do território brasileiro. b) As riquezas do Vice-Reinado do Rio da Prata atraíram muitos aventureiros em busca

de fortuna fácil e que acabaram por se fixar na região sul do Brasil. c) A busca por pau-brasil e terras férteis para a cana-de-açúcar impulsionou a derrubada

da mata atlântica e a fixação do colonizador no sertão nordestino. d) Apesar do aspecto extensivo da atividade, a pecuária desempenhou importante papel

no processo de interiorização da ocupação. e) O intenso povoamento da região norte causou sérios problemas para a Metrópole,

que não dispunha de meios para abastecer a área. 24. (Unesp) “E, não havendo nas minas outra moeda mais que ouro em pó, o menos que

se pedia e dava por qualquer coisa eram oitavas [cerca de 3 gramas e meia]. [Porei] aqui um rol [...] dos preços das coisas que [...] lá se vendiam no ano 1703 [...] Por um boi, cem oitavas. Por uma mão de sessenta espigas de milho, trinta oitavas. Por um alqueire de farinha de mandioca, quarenta oitavas. Por um queijo do Alentejo, três a quatro oitavas. Por uma cara de açúcar [açúcar em forma de disco] de uma arroba, 32 oitavas. Por um barrilote de vinho, carga de um escravo, cem oitavas (...)”

(ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711.)

As informações apresentadas pelo cronista do século XVIII demonstram que o regime alimentar da população da região das Minas Gerais era:

a) controlado pela legislação da Metrópole, que reservava o mercado consumidor das minas para as mercadorias européias.

b) submetido a uma situação de carestia dos gêneros alimentícios, fato que inviabilizou a continuidade da exploração aurífera na região.

c) composto por gêneros nativos da América, produtos transplantados pelos colonizadores para o solo americano e mercadorias importadas.

d) precário e insuficiente para o conjunto da população, formada por funcionários lusitanos, garimpeiros e escravos.

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e) dependente de gêneros extraídos da natureza local, aplicando-se para isso conhecimentos adquiridos com os índios.

25. (Unifesp) Com relação à economia do açúcar e da pecuária no Nordeste durante o

período colonial, é correto afirmar que:

a) por serem as duas atividades essenciais e complementares, portanto as mais

permanentes, foram as que mais usaram escravos.

b) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria à escravidão, e a segunda,

tecnologicamente mais simples, ao trabalho livre.

c) a técnica era rudimentar em ambas, na agricultura por causa da escravidão, e na

criação de animais por atender ao mercado interno.

d) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se formas mistas e sofisticadas de

trabalho livre e de trabalho compulsório.

e) por serem diferentes e independentes uma da outra, não se pode estabelecer

qualquer tentativa de comparação entre ambas.

26. (Unifesp 2004) Estima-se que, no fim do período colonial, cerca de 42% da população

negra ou mulata era constituída por africanos ou afro-brasileiros livres ou libertos.

Sobre esse expressivo contingente, é correto afirmar que:

a) era o responsável pela criação de gado e pela indústria do couro destinada à

exportação.

b) vivia, em sua maior parte, em quilombos, que tanto marcaram a paisagem social da

época.

c) possuía todos os direitos, inclusive o de participar das Câmaras e das irmandades

leigas.

d) tinha uma situação ambígua, pois não estava livre de recair, arbitrariamente, na

escravidão.

e) formava a mão-de-obra livre assalariada nas pequenas propriedades que abasteciam

as cidades.

27. (Unifesp) De acordo com um estudo recente, na Bahia, entre 1680 e 1797, de 160

filhas nascidas em 53 famílias de destaque, mais de 77% foram enviadas a

conventos, 5% permaneceram solteiras e apenas 14 se casaram. Tendo em vista que,

no período colonial, mesmo entre pessoas livres, a população masculina era maior

que a feminina, esses dados sugerem que:

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a) os senhores-de-engenho não deixavam suas filhas casarem com pessoas de nível

social e econômico inferior.

b) entre as mulheres ricas, a devoção religiosa era mais intensa e fervorosa do que entre

as mulheres pobres.

c) os homens brancos preferiam manter sua liberdade sexual a se submeterem ao

despotismo dos senhores-de-engenho.

d) a vida na colônia era tão insuportável para as mulheres que elas preferiam vestir o

hábito de freiras na Metrópole.

e) a sociedade colonial se pautava por padrões morais que privilegiavam o sexo e a

beleza e não o status e a riqueza.

28. (Unifesp) Entre os donatários das capitanias hereditárias (1531-1534), não havia

nenhum representante da grande nobreza. Esta ausência indica que: a) a nobreza portuguesa, ao contrário da espanhola, não teve perspicácia com relação

às riquezas da América. b) a Coroa portuguesa concedia à burguesia, e não à nobreza, os principais favores e

privilégios. c) no sistema criado para dar início ao povoamento do Brasil, não havia nenhum

resquício de feudalismo. d) na América portuguesa, ao contrário do que ocorreu na África e na Ásia, a Coroa foi

mais democrática. e) as possibilidades de bons negócios aqui eram menores do que em Portugal e em

outros domínios da Coroa. 29. (Unifesp) "A substância do Tratado [de Madri, 1750] consiste em concessões mútuas

e na partilha de um imenso território despovoado. Nós cedemos a Portugal o que não nos serve e para eles será de grande utilidade; e Portugal nos cede a Colônia e o rio da Prata que não os beneficia e nos destrói."

(Francisco de Auzmendi, oficial maior da Secretaria dos Negócios Estrangeiros

da Espanha e partícipe do Tratado.)

Essa interpretação do autor: a) ignora as vantagens que a Espanha obteve com o Tratado, haja vista a tentativa de

Portugal reconquistar a região em 1809. b) demonstra a cordialidade existente entre Portugal e Espanha nas disputas pela posse

de seus territórios americanos. c) silencia sobre o fato de que o entendimento entre Portugal e Espanha resultava

prejudicial para a Inglaterra. d) defende o acordo por ser parte interessada nele, pois foi pago pelo governo português

para que a Espanha o aceitasse. e) revela que Portugal e Espanha souberam preservar com muita habilidade seus

interesses coloniais no Novo Mundo.

17

30. (Unifesp) "(...) a vila de São Paulo de há muitos anos que é República de per si, sem observância de lei nenhuma, assim divina como humana (...)"

(Governador Geral Antonio L. G. da Câmara Coutinho, em carta ao Rei, 1692.)

O texto indica que, em São Paulo: a) depois que os jesuítas, que eram a favor da escravidão, foram expulsos, a cidade

ficou abandonada à própria sorte. b) como decorrência da geografia da capitania e dos interesses da Metrópole, imperava

a autonomia política e religiosa. c) a exemplo do que se passava no resto da capitania, reinava o mais completo descaso

em termos políticos e religiosos. d) com a descoberta do ouro de Minas Gerais, os habitantes passaram a se queixar do

abandono a que ficaram relegados. e) graças à proclamação de Amador Bueno, os habitantes da cidade passaram a gozar

de um estatuto privilegiado.

31. (Unifesp) Estima-se que entre 1700 e 1760 aportaram em nosso litoral, vindas de

Portugal e das ilhas do Atlântico, cerca de 600 mil pessoas, em média anual de 8 a 10

mil. Sobre essa corrente imigratória, é correto afirmar que:

a) continuava a despejar, como nos dois séculos anteriores, pessoas das classes

subalternas, interessadas em fazer fortuna na América portuguesa.

b) era constituída, em sua maioria, e pela primeira vez, de negros trazidos para alimentar

a voracidade por mão-de-obra escrava nas mais variadas atividades.

c) tratava-se de gente da mais variada condição social, atraída principalmente pela

possibilidade de enriquecer na região das Minas.

d) representava uma ruptura com a fase anterior, pelo fato de agora ser atraída visando

satisfazer a retomada do ciclo açucareiro e o início do algodoeiro.

e) caracterizava-se pelo grande número de cristãos-novos e pequenos proprietários

rurais, atraídos pelas lucrativas atividades de abastecer o mercado interno.

32. (Unifesp) “Para um homem ter o pão da terra, há de ter roça; para comer carne, há de

ter caçador; para comer peixe, pescador; para vestir roupa lavada, lavadeira; (...) e os

que não podem alcançar a tanto número de escravos, ou passam miséria, realmente,

ou vendo-se no espelho dos demais lhes parece que é miserável a sua vida.”

(Padre Vieira, 1608-1697.)

O texto mostra que, para viver bem na Colônia, seria preciso ter, sobretudo:

a) escravos.

b) terras.

c) animais.

d) cultura.

e) habilidades.

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33. (Unifesp) “Convém ter muita advertência nas prisões que fizer nas pessoas que hão

de sair ao auto público, que se faça tudo com muita justificação pelo muito que

importa à reputação e crédito do Santo Ofício e a honra e fazenda das ditas pessoas,

as quais depois de presas e sentenciadas não se lhes pode restituir o dano que se

lhes der.”

(Do Inquisidor-Geral ao primeiro Visitador na colônia, em 1591.)

Essa afirmação indica que, na Colônia, a Inquisição:

a) testou métodos de tortura que depois passou a utilizar na Metrópole.

b) cuidou de não se entregar aos excessos repressivos a que se habituara na Metrópole.

c) relaxou seu controle, conformando-se ao "não existe pecado abaixo do Equador".

d) utilizou procedimentos que pouco diferiam dos empregados na Metrópole.

e) trabalhou em conjunto com a sua congênere espanhola, visando maior eficácia.

34. (Unifesp) “(...) todos os gêneros produzidos junto ao mar podiam conduzir-se para a

Europa facilmente e os do sertão, pelo contrário, nunca chegariam a portos onde os

embarcassem, ou, se chegassem, seria com despesas tais que aos lavradores não

faria conta largá-los pelo preço por que se vendessem os da Marinha. Estes foram os

motivos de antepor a povoação da costa à do sertão."

(Frei Gaspar da Madre de Deus, em 1797.)

O texto mostra:

a) o desconhecimento dos colonos das desvantagens de se ocupar o interior.

b) o caráter litorâneo da colonização portuguesa da América.

c) o que àquela altura ainda poucos sabiam sobre as desvantagens do sertão.

d) o contraste entre o povoamento do Nordeste e o do Sudeste.

e) o estranhamento do autor sobre o que se passava na região das Minas.

35. (Unifesp) "Não é minha intenção que não haja escravos (...) nós só queremos os

lícitos, e defendemos (proibimos) os ilícitos." Essa posição do jesuíta Antônio Vieira,

na segunda metade do século XVII:

a) aceita a escravidão negra mas condena a indígena.

b) admite a escravidão apenas em caso de guerra justa.

c) apóia a proibição da escravidão aos que se convertem ao cristianismo.

d) restringe a escravidão ao trabalho estritamente necessário.

e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a escravidão em geral.

36. (Unifesp) Entre aproximadamente 1770 e 1830, a região maranhense conheceu um

ciclo de prosperidade econômica, graças:

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a) à produção e exportação do algodão, matéria-prima então muito requisitada por causa

da Revolução Industrial em curso na Inglaterra.

b) à criação da pecuária e à indústria do charque, para abastecer o mercado interno

então em expansão por causa da crise do sistema colonial.

c) ao extrativismo dos produtos florestais, cuja demanda pelo mercado internacional teve

lugar exatamente naquele momento.

d) à produção e exportação de arroz, cacau e fumo, cujos produtos começaram a ter

aceitação no mercado mundial de matérias-primas.

e) à produção e exportação do açúcar, o qual, com o aumento da demanda, exigiu

novas áreas de cultivo, além da nordestina.

37. (Unifesp) Encerrado o período colonial no Brasil, entre as várias instituições que a

metrópole implantou no país, uma sobreviveu à Independência. Trata-se das:

a) Províncias gerais.

b) Milícias rurais.

c) Guardas nacionais.

d) Câmaras municipais.

e) Cortes de justiça.

38. (Fatec) Em 1798, surge na Bahia um movimento rebelde conhecido como Conjuração

Baiana ou Revolta dos Alfaiates, que contou com a participação de pessoas das

camadas sociais mais humildes.

Esse movimento:

a) pretendia fundar uma Universidade, instalar manufaturas de tecidos e aproveitar o

ferro e o salitre da região.

b) protestava contra os impostos, defendia a abolição da escravatura e propunha

aumento de soldo aos soldados.

c) defendia o fim do Pacto Colonial e o desenvolvimento de manufaturas têxteis e

siderúrgicas, além do estímulo à produção agrícola.

d) foi o primeiro movimento de rebeldia a questionar o Pacto Colonial.

e) no plano político contava com elementos adeptos da república, enquanto outros

pretendiam uma monarquia constitucional.

39. (Fuvest) "(...) quando o príncipe regente português, D. João, chegou de malas e

bagagens para residir no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarnação do rei [...] que aqui desembarcava. D. João não precisou, porém, caminhar muito para alojar-se. Logo em frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vice-Reis."

(SCHWARCZ, Lilia. As Barbas do Imperador.)

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O significado da chegada de D. João ao Rio de Janeiro pode ser resumido como: a) decorrência da loucura da rainha Dona Maria I, que não conseguia se impor no

contexto político europeu. b) fruto das derrotas militares sofridas pelos portugueses ante os exércitos britânicos e

de Napoleão Bonaparte. c) inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do império

passava do centro para a periferia. d) alteração da relação política entre monarcas e vice-reis, pois estes passaram a

controlar o mando a partir das colônias. e) imposição do comércio britânico, que precisava do deslocamento do eixo político para

conseguir isenções alfandegárias. 40. (Fuvest) A invasão da Península Ibérica pelas forças de Napoleão Bonaparte levou a

Coroa portuguesa, apoiada pela Inglaterra, a deixar Lisboa e instalar-se no Rio de Janeiro. Tal decisão teve desdobramentos notáveis para o Brasil. Entre eles:

a) a chegada ao Brasil do futuro líder da independência, a extinção do tráfico negreiro e

a criação das primeiras escolas primárias. b) o surgimento das primeiras indústrias, muitas transformações arquitetônicas no Rio de

Janeiro e a primeira Constituição do Brasil. c) o fim dos privilégios mercantilistas portugueses, o nascimento das universidades e

algumas mudanças nas relações entre senhores e escravos. d) a abertura dos portos brasileiros a outras nações, a assinatura de acordos comerciais

favoráveis aos ingleses e a instalação da Imprensa Régia. e) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, a abertura de estradas de ferro

ligando o litoral fluminense ao porto do Rio e a introdução do plantio do café. 41. (Fuvest) Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março

de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como: a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a

anexação de Portugal. b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I. c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português,

invocado em épocas de crise. d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação

à guerra anglo-francesa. e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da

França.

21

42. (UFG) Leia os fragmentos a seguir.

"Não corram tanto ou pensarão que estamos fugindo!"

(Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, jul. 2005, p. 24.)

"Preferindo abandonar a Europa, D. João procedeu com exato conhecimento de si

mesmo. Sabendo-se incapaz de heroísmo, escolheu a solução pacífica de encabeçar

o êxodo e procurar no morno torpor dos trópicos a tranqüilidade ou o ócio para que

nasceu."

(Adaptado de MONTEIRO, Tobias. História do Império: a elaboração da Independência.

Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1981. p. 55.)

O embarque da família real para o Brasil, em 1807, deu origem a contraditórias

narrativas. A frase acima, atribuída à rainha D. Maria I, tornou-se popular, passando a constituir uma versão narrativa ainda vigorosa. Nos anos de 1920, os estudos sobre a Independência refizeram o percurso do embarque, assegurando uma interpretação republicana sobre esse acontecimento, tal como exemplificado no trecho do jornalista e historiador Tobias Monteiro. Sobre essa versão narrativa em torno do embarque, pode-se dizer que pretendia:

a) conquistar a simpatia da Inglaterra, ressaltando a importância do apoio inglês no

translado da corte portuguesa para o Brasil.

b) associar a figura do rei ao pragmatismo político, demonstrando que o deslocamento

da corte era um ato de enfrentamento a Napoleão.

c) ridicularizar o ato do embarque, agregando à interpretação desse acontecimento os

elementos de tragédia, comicidade e ironia.

d) culpabilizar a rainha pela decisão do embarque, afirmando-lhe o estado de demência

lamentado por seus súditos.

e) explicar o financiamento do ócio real por parte da colônia, comprovando que o

embarque fora uma estratégia articulada pelo rei.

43. (UFMG) Leia este trecho de documento:

"Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre Brasileiros, e

europeus, todos se conhecem irmãos, descendentes da mesma origem [...] Um governo

provisório iluminado escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa

felicidade [...] Vós vereis consolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de

enormes tributos, que gravam sobre vós; o vosso, e nosso País [= Pernambuco] subirá ao

ponto de grandeza, que há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo

dos vossos Cidadãos. Ajudai-os com [...] a vossa aplicação à agricultura, uma nação rica

é uma nação poderosa. A Pátria é a nossa mãe comum, vós sois seus filhos, sois

22

descendentes dos valorosos Lusos, sois Portugueses, sois Americanos, sois Brasileiros,

sois Pernambucanos."

(Proclamação do Governo Provisório Revolucionário de Pernambuco, em 9 de março de 1817.)

Considerando-se os princípios que fundamentam a Revolução Pernambucana de

1817, é INCORRETO afirmar que seus participantes:

a) consideravam irrelevantes as questões tributárias e desigualdades existentes entre

"Brasileiros", "Pernambucanos" e "Portugueses".

b) entendiam que a riqueza tornava uma nação poderosa, sendo a agricultura vista

como uma atividade econômica importante para a Pátria.

c) promoveram a constituição de um Governo Provisório em Pernambuco, em oposição

ao Governo Monárquico chefiado por D. João.

d) reconheciam como identidades coletivas os "Pernambucanos", os "Portugueses" e os

"Brasileiros", defendendo que todos eles eram filhos da Pátria.

44. (UFSCAR) A crise da economia mineira e a nova conjuntura internacional, na

segunda metade do século XVIII, refletiram no Brasil, contribuindo para:

a) o retorno da monocultura da cana-de-açúcar, aproveitando-se da capacidade ociosa

dos engenhos nordestinos.

b) o desenvolvimento de manufaturas de tecido de algodão, estimulado pela política

reformista do Marquês de Pombal.

c) a diversificação econômica, entrando na pauta de exportação da colônia produtos

como algodão, tabaco, cacau, couro.

d) a emergência da monocultura do café, produto de fácil cultivo e de aceitação

crescente nos mercados exteriores.

e) o aparecimento de centros econômicos na região amazônica, devido à exportação da

borracha para as nações industrializadas.

45. (UNESP) No contexto da independência política do Brasil de Portugal, é correto

afirmar que:

a) no Congresso de Viena, os adversários de Napoleão I tomaram várias decisões a

favor do liberalismo.

b) a Revolução Constitucionalista do Porto (1820) defendia a ampliação do poder real.

c) o regresso de D. João VI a Lisboa significou a vitória da burguesia liberal portuguesa.

d) ao jurar a Constituição de 1824, D. Pedro I aderiu às teses democráticas de

Gonçalves Ledo.

e) a abertura dos portos e os tratados de 1810 favoreceram os comerciantes

portugueses.

23

46. (Unesp) Sobre o processo de independência da colônia portuguesa na América, no

início do século XIX, é correto afirmar que:

a) foi liderado pela elite do comércio local, por intermédio de acordos que favoreceram

colonizados e a antiga metrópole.

b) a ruptura com a metrópole européia provocou reações e, dentre elas, guerras em

algumas províncias, entre portugueses e brasileiros.

c) os acordos comerciais com a Inglaterra garantiam o comércio português de escravos

para a agricultura brasileira.

d) a vinda da família real limitou o comércio de exportação para portugueses e ingleses,

assegurando o monopólio da metrópole.

e) as antigas colônias espanholas, recém-emancipadas, auxiliaram os brasileiros nas

guerras contra a metrópole portuguesa.

47. (Unesp) Leia os itens a respeito da Revolução Pernambucana de 1817.

I. Possuiu forte sentimento antilusitano, resultante do aumento dos impostos e dos

grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses.

II. Teve a participação apenas de sacerdotes e militares, não contando com o apoio de

outros segmentos da população.

III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas

no Nordeste, com os combates armados passando de Recife para o sertão,

estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.

IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças

armadas portuguesas, francesas e inglesas.

V. Propunha a República, com a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não

previa a abolição da escravidão.

É correto apenas o afirmado em:

a) I, II e III.

b) I, III e V.

c) I, IV e V.

d) II, III e IV.

e) II, III e V.

24

48. (Ufc) Sobre o Brasil colonial, é correto afirmar que:

a) a integração social, política, econômica e cultural era plena.

b) o nacionalismo era o que motivava os rebelados, colocando-se acima dos interesses

locais e regionais.

c) a fidelidade dos colonos aos prepostos da metrópole era inconteste, não obstante

alguns malentendidos.

d) as chamadas rebeliões nativistas comprovavam o sólido sentimento de brasilidade

então prevalecente.

e) a consciência regional é tão ou mais forte que a nacional, a construção desta se

devendo especialmente aos anseios de centralização do 2º reinado.

49. (Fuvest 2004) Comparando as colônias da América portuguesa e da América

espanhola, pode-se afirmar que:

a) as funções dos encomenderos foram idênticas às dos colonos que receberam

sesmarias no Brasil.

b) a mão-de-obra escrava africana foi a base de sustentação das atividades

mineradoras, em ambas as colônias.

c) a atuação da Espanha, diferente da de Portugal, foi contrária às diretrizes

mercantilistas para suas colônias.

d) as manufaturas têxteis foram proibidas por ambas as Coroas, e perseguidas as

tentativas de sua implantação.

e) as atividades agrárias e mineradoras se constituíram na base das exportações das

colônias das duas Américas.

50. (Unesp) "Há uma encruzilhada de três estradas sob a minha cruz de estrelas azuis:

três caminhos se cruzam – um branco, um verde e um preto –, três hastes da grande

cruz/E o branco que veio do norte, e o verde que veio da terra, e o preto que veio do

leste derivam, num novo caminho, completam a cruz/unidos num só, fundidos num

vértice."

(Guilherme de Almeida, "Raça")

Nessa visão poética da história do povo brasileiro, o autor:

a) refere-se ao domínio europeu e à condição subalterna dos africanos na formação da

nacionalidade.

b) trata dos seus três grupos étnicos, presentes desde a colonização, mesclados numa

síntese nacional.

c) critica o papel desempenhado pelos jesuítas sobre portugueses, índios e negros na

época colonial.

d) expressa idéias e formas estéticas do movimento romântico do século XIX, que

enaltecia a cultura negra.

25

e) elogia o movimento nacionalista que resultou na implantação de regimes políticos

autoritários no Brasil.

26

Primeiro Reinado (1822 –1831)

51. (Enem) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos

primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O

Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de

plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento

de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país

essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos.

Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que

os mais toscos e baratos.

O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham

os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que

distinguia as classes cultas e "naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e

miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a

construção de uma infra-estrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e

comunicações.

(Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S.

Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p.

80.)

Levando-se em consideração as afirmações anteriores, relativas à estrutura

econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar

que o país:

a) industrializou-se rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período

colonial.

b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no

trabalho livre.

c) tornou-se dependente da economia européia por realizar tardiamente sua

industrialização em relação a outros países.

d) tornou-se dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer

ganhos para a infra-estrutura de serviços urbanos.

e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em

vários setores produtivos.

27

52. (Fatec) O fim do Primeiro Reinado, com a abdicação de D. Pedro I em favor de seu

filho, proporcionou condições para a consolidação da independência, pois:

a) as disputas entre os partidos conservador e liberal representaram diferentes

concepções sobre a maneira de organizar a vida econômica da nação.

b) a vitória dos exaltados sobre os moderados acabou com as lutas das várias facções

políticas existentes.

c) o governo de D. Pedro I não passou de um período de transição em que a reação

portuguesa, apoiada no absolutismo do imperador, se conservou no poder.

d) as rebeliões ocorridas antes da abdicação tinham caráter reivindicatório de classe.

e) na Assembléia Constituinte de 1823, as propostas do partido brasileiro tinham o apoio

unânime dos deputados.

53. (Fuvest) A Constituição Brasileira de 1824 colocou o Imperador à testa de dois

Poderes. Um deles lhe era "delegado privativamente" e o designava "Chefe Supremo

da Nação" para velar sobre "o equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos", o

outro Poder o designava simplesmente "Chefe" e era delegado aos Ministros de

Estado. Estes Poderes eram respectivamente:

a) Executivo e Judiciário.

b) Executivo e Moderador.

c) Moderador e Executivo.

d) Moderador e Judiciário.

e) Executivo e Legislativo.

54. (Fuvest) Houve um estremecimento nas relações entre os Estados inglês e brasileiro,

na primeira metade do século XIX, em conseqüência da forte pressão que a Inglaterra

exerceu sobre o Brasil a partir do reconhecimento da Independência (1826). Tais

pressões decorreram:

a) da anexação do Uruguai por D. Pedro e da sua transformação em Província

Cisplatina, limitando o comércio inglês no Prata.

b) da oposição inglesa aos privilégios alfandegários concedidos, desde 1819, aos

produtos portugueses importados pelo Brasil.

c) dos incentivos do governo brasileiro à exportação de algodão, o que tornava esse

produto mais barato do que o produzido nas colônias britânicas.

d) do início da imigração européia para o Brasil, fato que poderia levar à industrialização

e à diminuição das importações de produtos ingleses.

e) da oposição do Estado inglês ao tráfico negreiro que o governo brasileiro, depois de

resistir, proibiu, em 1850.

28

55. (Fuvest) A economia brasileira, durante o período monárquico, caracterizou-se

fundamentalmente:

a) pelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de

serviços.

b) pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria.

c) pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional.

d) pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos

internacionais.

e) pela convivência das mãos-de-obra escrava e imigrante e pelo controle do "déficit"

público.

56. (Fuvest) Sobre a condição dos escravos no Brasil monárquico, é possível afirmar que

eles

a) foram protagonistas de diversas rebeliões.

b) eram impedidos de constituir família.

c) sofreram a destruição completa de sua cultura.

d) concentravam-se no campo, não trabalhando nas cidades.

e) não tinham possibilidades legais de conseguir alforria.

57. (Fuvest) No Brasil, tanto no Primeiro Reinado quanto no período regencial,

a) aconteceram reformas políticas que tinham por objetivo a democratização do poder.

b) ocorreram embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a pôr em perigo a

independência.

c) disseminaram-se as idéias republicanas até a constituição de um partido político.

d) mantiveram-se as mesmas estruturas institucionais do período colonial.

e) houve tentativas de separação das províncias que puseram em perigo a unidade

nacional.

58. (Ufscar) Fui a terra fazer compras (...). Há muitas coisas inglesas, tais como seleiros e

armazéns, não diferentes do que chamamos na Inglaterra um armazém italiano, de

secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em

grosso a retalhistas nativos ou franceses. Quanto aos alfaiates, penso que há mais

ingleses do que franceses, mas poucos de uns e outros. Há padarias de ambas as

nações e abundantes tavernas inglesas, cujas insígnias com a bandeira da União,

leões vermelhos, marinheiros alegres e tabuletas inglesas, competem com as de

Greenwich ou Deptford.

O cotidiano descrito no texto de Maria Graham, em sua visita ao Rio de Janeiro em

1822, era conseqüência

29

a) da Abertura dos Portos de 1808.

b) da Independência do Brasil em 1822.

c) do Tratado de Methuen de 1703.

d) da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal em 1815.

e) da conquista da Guiana Francesa em 1809.

59. (Unesp) Assinale a alternativa que indica um movimento separatista ocorrido no

período do Império brasileiro que incorporou o ideal republicano.

a) Confederação do Equador.

b) Revolta de Beckman.

c) Inconfidência Mineira.

d) Canudos.

e) Conjuração Baiana.

60. (Unesp) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal,

a quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes

vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um

imperador criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a

Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo

supremo, que há de nascer de nós mesmos!

(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.)

A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida

a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembléia

Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.

b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram

consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.

c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI

para Portugal.

d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas

câmaras municipais.

e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria

por portugueses.

61. (Unesp) No início dos trabalhos da primeira Assembléia Constituinte da história do

Brasil, o imperador afirmou "esperar da Assembléia uma constituição digna dele e do

Brasil". Na sua resposta, a Assembléia declara "que fará uma constituição digna da

nação brasileira, de si e do Imperador."

Essa troca de palavras entre D. Pedro I e os constituintes refletia

30

a) a oposição dos proprietários rurais do nordeste ao poder político instalado no Rio de

Janeiro.

b) a tendência republicana dos grandes senhores territoriais brasileiros.

c) o clima político de insegurança provocado pelo retorno da família real portuguesa a

Lisboa.

d) uma indisposição da Assembléia para com os princípios políticos liberais.

e) uma disputa sobre a distribuição dos poderes políticos no novo Estado.

62. (Unesp) O trabalho é incessante. Aqui uma chusma [grupo] de pretos, seminus, cada

qual levando à cabeça seu saco de café, e conduzidos à frente por um que dança e

canta ao ritmo do chocalho ou batendo dois ferros um contra o outro, na cadência de

monótonas estrofes a que todos fazem eco; dois mais carregam no ombro pesado

tonel de vinho [...], entoando a cada passo melancólica cantilena; além, um segundo

grupo transporta fardos de sal, sem mais roupa que uma tanga e, indiferentes ao peso

como ao calor, apostam corrida gritando a pleno pulmão. Acorrentados uns aos

outros, aparecem seis outros com balde d'água à cabeça. São criminosos

empregados em trabalhos públicos, também vão cantando em cadência...

(Ernest Ebel. O Rio de Janeiro e seus arredores em 1824.)

O texto, escrito pelo viajante Ernest Ebel, exprime

a) a presença de um número significativo de negros na sociedade brasileira da época e

as tarefas cotidianas que, como escravos, eram obrigados a realizar.

b) o estado de rebelião dos escravos brasileiros, coagidos a um trabalho extenuante sob

os olhos dos senhores e permanentemente acorrentados.

c) uma visão positiva e otimista da sociedade dos trópicos, em que o trabalho é

acompanhado pela música e pela dança.

d) o ritmo do trabalho urbano determinado pelas imposições do processo de

industrialização que se iniciava na cidade do Rio de Janeiro.

e) a ineficácia da mão-de-obra escrava no trabalho urbano, quando comparada com a

produtividade do trabalho assalariado.

31

63. (Unifesp) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil

a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que

ocorreu com os demais países da América do Sul.

b) sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os

demais países da América do Sul.

c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta

ocupação estrangeira.

d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas

e conflitos internos.

e) adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar da

forma exterior monárquica.

64. (Unifesp) Os membros da loja maçônica fundada por José Bonifácio em 2 de junho de

1822 (e que no dizer de Frei Caneca não passava de um "clube de aristocratas

servis") juraram "procurar a integridade e independência e felicidade do Brasil como

Império constitucional, opondo-se tanto ao despotismo que o altera quanto à anarquia

que o dissolve".

Na visão de José Bonifácio e dos membros da referida loja maçônica, o despotismo e

a anarquia eram encarnados, respectivamente,

a) pelos que defendiam a monarquia e a autonomia das províncias.

b) por todos quantos eram a favor da independência e união entre as províncias.

c) pelo chamado partido português e os republicanos ou exaltados.

d) pelos partidários da separação com Portugal e da união sul-americana.

e) pelos partidos que queriam acabar com a escravidão e a centralização do poder.

65. (Unifesp) Sendo o clero a classe que em todas as convulsões políticas sempre

propende para o mal, entre nós tem sido o avesso; é o clero quem mais tem

trabalhado, e feito mais esforços em favor da causa, e dado provas de quanto a

aprecia.

(Montezuma, Visconde de Jequitinhonha, em 5 de novembro de 1823.)

O texto sugere que o clero brasileiro:

a) defendeu a política autoritária de D. Pedro I.

b) aderiu com relutância à causa da recolonização.

c) preferiu a neutralidade para não desobedecer ao Papa.

d) viu como um mal o processo de independência.

e) apoiou ativamente a causa da independência.

32

Período Regencial (1831 – 1840)

66. (Fuvest) No Brasil, tanto no Primeiro Reinado quanto no período regencial:

a) aconteceram reformas políticas que tinham por objetivo a democratização do poder.

b) ocorreram embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a pôr em perigo a

independência.

c) disseminaram-se as idéias republicanas até a constituição de um partido político.

d) mantiveram-se as mesmas estruturas institucionais do período colonial.

e) houve tentativas de separação das províncias que puseram em perigo a unidade

nacional.

67. (Fatec) O período da História do Brasil entre 1831 e 1840, conhecido como período

regencial e cujas datas correspondem respectivamente à abdicação e à maioridade

de D. Pedro II, tem como um de seus traços marcantes:

a) a constante luta das correntes liberais contra o sistema escravista e a monarquia.

b) a perda da influência da economia inglesa sobre o Brasil, devido à crise da produção

algodoeira no Egito e na Índia.

c) o aumento do comércio de produtos primários de exportação, superando a crise do

Primeiro Reinado.

d) o rompimento definitivo dos laços com Portugal, em virtude da ascensão dos liberais

ao poder.

e) a instabilidade política e social, decorrente de numerosos movimentos revolucionários.

68. (Fatec) Preparado por uma comissão especial liderada por Bernardo Pereira de

Vasconcelos, após longos debates na Assembléia Geral, foi promulgado, em

18/08/1834, o Ato Adicional à Constituição do Império, que promovia mudanças,

como:

a) a criação de Conselhos de Estado em substituição às Assembléias Legislativas

Provinciais.

b) a criação de uma Regência Trina Permanente, eleita por voto indireto, para governar

até a maioridade de D. Pedro de Alcântara.

c) diminuir a autonomia que era dada às províncias.

d) a criação do Município Neutro, independente da Província do Rio de Janeiro.

e) a substituição da Regência Una por uma Regência Trina, sendo esta escolhida por

meio de eleições gerais.

33

69. (UERJ) “A centralização (...) é a unidade da Nação e a unidade do poder. É ela que

leva às extremidades do corpo social aquela ação que, partindo do seu coração e

voltando a ele, dá vida ao mesmo corpo. Visconde do Uruguai. Ensaio sobre o Direito

Administrativo, 1862.”

(CARVALHO, José Murilo de (Org.). Visconde do Uruguai. São Paulo: Editora 34, 2002.)

O texto acima demonstra um dos fundamentos da estrutura política do Império do

Brasil, que se pautava na associação entre poder forte e manutenção da unidade

territorial. Esse projeto político foi primeiramente formulado e defendido, sobretudo,

pelos:

a) Luzias

b) Saquaremas

c) Republicanos

d) Liberais Radicais

70. (UFC) Entre os eventos do período regencial (1831-1840), podemos citar:

a) a criação da Guarda Nacional, que garantiu a unidade do território brasileiro.

b) a extinção do poder moderador, que garantiu a democratização no cenário político

nacional.

c) a Reforma Constitucional de 1834, que criou as Assembléias Provinciais com

autonomia política.

d) a ameaça à centralização do poder e à unidade territorial do Brasil.

e) a eclosão de movimentos sociais, como a Guerra dos Farrapos e a Sabinada,

favoráveis à volta de D. Pedro I.

71. (UFC) Leia o texto a seguir.

"O que fazer com a revolução? Havia basicamente três respostas: negar (os

absolutistas ou ultramonarquistas), completar e encerrar (vertente conservadora do

liberalismo) e continuar (vertente revolucionária do liberalismo). Impossível era ignorá-

la."

(MOREL, Marcos. O período das Regências (1831-1840). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p. 21.)

O texto faz referência ao contexto posterior à abdicação de D. Pedro I, detendo-se

nas concepções sobre a revolução dos três grupos políticos que se embateram

durante a Regência Trina (1831-1834). Assinale a alternativa que contempla esses

três grupos.

34

a) Saquaremas, luzias e caramurus.

b) Restauradores, moderados e exaltados.

c) Partido Brasileiro, Partido Português, Partido Inglês.

d) Partido Conservador, Partido Liberal e Partido Republicano.

e) Partido Conservador, Partido Liberal e Partido Progressista.

72. (UFC) Leia o texto a seguir.

"Os anos que marcaram o início do Império não serviram para atenuar o domínio

regional de cargos administrativos, militares e policiais por parte de algumas famílias

cearenses, principalmente após a criação da Guarda Nacional. Mas trouxe uma nova

roupagem, onde os grupos familiares se transvertiam sob os panos dos partidos políticos."

(VIEIRA JR., Antônio Otaviano. Entre paredes e bacamartes: história da família no sertão

1780-1850. Fortaleza: D. Rocha, Hucitec, 2004. p. 220.)

Os liberais ou chimangos, sob o domínio inicial dos Alencares, e os conservadores ou

caranguejos, chefiados originalmente pela facção Boticário-Carcará, alternaram-se na

direção da província do Ceará, durante parte da Regência e do Segundo Reinado.

Quanto à ação desses grupos no poder, pode-se dizer corretamente que:

a) diferentemente do adversário, o Partido Liberal não poupava os correligionários, no

intento da centralização política.

b) os chimangos combatiam firmemente as famílias poderosas do sertão, reunidas, em

sua totalidade, no Partido Conservador.

c) os dois partidos agiam no interesse exclusivo da política imperial, não a confundindo

com os objetivos familiares ou grupais.

d) os caranguejos, defensores irresolutos do fortalecimento do poder central, embatiam-

se indiscriminadamente com os potentados locais.

e) os dois partidos se assemelhavam, entre outras coisas, pela aplicação seletiva das

leis, ambos se utilizando do poder auferido para perseguir o adversário.

35

73. (UFMG) De 1835 a 1845, ocorreu o mais longo conflito militar interno da história do

Brasil – a chamada Guerra dos Farrapos, ou Rebelião Farroupilha. Considerando-se

esse conflito, é CORRETO afirmar que:

a) o apelido dado aos revoltosos – farroupilhas – fazia alusão ao caráter do movimento e

de seus principais líderes, oriundos das camadas populares gaúchas.

b) o Governo Central, a fim de possibilitar o final do conflito, atendeu a uma das

principais reivindicações dos rebeldes: a libertação dos escravos negros da Província.

c) o movimento rebelde, com diferentes correntes internas, defendia interesses rio-

grandenses – como diminuição de impostos e maior autonomia política.

d) os rebeldes rio-grandenses se uniram aos republicanos argentinos, com o objetivo de

fortalecer as tropas, aumentar o poderio bélico e reafirmar os ideais federalistas.

74. (UFPI) Observe o seguinte depoimento:

"... Nasci e me criei no tempo da regência e nesse tempo o Brasil vivia, por assim

dizer, muito mais na praça pública do que mesmo no lar doméstico."

(Justiniano José da Rocha)

Partindo do comentário apresentado, é correto afirmar que:

a) a constante afluência às ruas resultava do crescimento comercial, registrado durante

a Regência, nas principais cidades do país.

b) a ociosidade da nobreza brasileira estimulava a valorização dos passeios constantes

nas ruas e praças do Rio de Janeiro.

c) o comércio ambulante, a cargo de escravos que eram transferidos do setor rural para

as cidades, complementava a renda de seus senhores de engenhos.

d) a influência italiana nos usos e costumes da sociedade do Rio de Janeiro modificou a

tradição da vida reclusa às residências.

e) a turbulência política desse período se fazia presente por meio das revoltas e

manifestações populares nas ruas da Capital do Brasil.

75. (UFPI) Leia o texto a seguir.

"As revoltas do período regencial não se enquadram em uma moldura única. Elas

tinham a ver com as dificuldades da vida cotidiana e as incertezas da organização

política, mas cada uma delas resultou de realidades específicas, provinciais ou

locais."

(Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 164.)

A partir desse texto e dos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre a

Balaiada no Piauí:

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a) Iniciou-se em Pernambuco e atingiu o Piauí em virtude das disputas entre as elites

das duas províncias.

b) Caracterizou-se por uma forte presença de grandes proprietários rurais que exigiam o

retorno do imperador D. Pedro I.

c) Foi um movimento dos criadores de gado e grandes comerciantes em defesa do

federalismo, da república e do fim da escravidão.

d) Foi uma revolta organizada por pequenos produtores rurais em defesa da religião

católica, que julgavam ameaçada pelo protestantismo.

e) Envolveu muitos elementos provenientes das classes populares e teve como uma das

causas a insatisfação da população com o recrutamento militar obrigatório.

76. (UFSM) Sobre a história do Rio Grande do Sul, espaço fronteiriço do Brasil meridional,

nos séculos dezoito e dezenove, é correto afirmar:

a) O objetivo da colonização açoriana, a partir de meados do século dezoito, foi

estratégico, pois visava estabelecer latifúndios agroexportadores que defendessem o

domínio da Coroa Espanhola no Brasil meridional.

b) A produção de charque, iniciada na segunda metade do século dezenove, com mão-

de-obra majoritariamente livre, destinava-se ao mercado interno.

c) A parcela da elite rio-grandense, que se revoltou contra o Império, na Guerra

Farroupilha, defendia o Federalismo, pois seus interesses políticos e econômicos não

eram atendidos pelo centralismo monárquico.

d) Entre os objetivos da imigração alemã, que se iniciou no final do século dezoito,

estavam o desenvolvimento da agricultura monocultora, a disseminação da pequena

propriedade e a obtenção de soldados para auxiliar na defesa do Império.

e) À semelhança dos imigrantes italianos que vinham para São Paulo e empregavam-se

nas fazendas de café, os que vinham para o Rio Grande do Sul destinavam-se a

substituir o trabalho escravo, sem a possibilidade de se tornarem produtores

autônomos.

77. (UFU) Durante o período das Regências e início do Segundo Reinado, diversas

rebeliões colocaram em risco a estabilidade política do Império e as relações de

dominação existentes.

A respeito dessas rebeliões, podemos afirmar que:

I - a Guerra dos Farrapos foi um movimento que pretendia a independência do Rio

Grande do Sul, organizado pelos produtores de gado e charqueadores, contando com

uma pequena base popular de apoio.

II - a prolongada rebelião de escravos na Bahia em 1835 (Levante Malê), que pretendia a

independência da Bahia, espalhou-se por diversos estados nordestinos, recebendo a

adesão dos sertanejos e exigindo auxílio de tropas de estados vizinhos para sufocá-

la.

37

III - submetidos à escravidão e/ou intensa exploração, índios, negros e mestiços se

revoltaram contra os grandes proprietários no Maranhão entre 1838 e 1841

(Balaiada), implantando uma efêmera república inspirada nos ideais do socialismo

utópico, difundido pelos jornalistas e padres que lideravam o movimento.

IV - o "Manifesto ao Mundo", programa político da Revolução Praieira, propunha, entre

outros itens, voto livre e universal, plena liberdade de imprensa, trabalho como

garantia de vida para o cidadão brasileiro, inteira e efetiva independência dos poderes

constituídos.

Assinale a alternativa correta.

a) II e III são corretas.

b) I e IV são corretas.

c) I e II são corretas.

d) III e IV são corretas.

78. (Unesp) Sobre as revoltas do Período Regencial (1831-1840), é correto afirmar que:

a) indicavam o descontentamento de diferentes setores sociais com as medidas de

cunho liberal e antiescravista dos regentes, expressas no Ato Adicional.

b) algumas, como a Farroupilha (RS) e a Cabanagem (PA), foram organizadas pelas

elites locais e não conseguiram mobilizar as camadas mais pobres e os escravos.

c) provocavam a crise da Guarda Nacional, espécie de milícia que atuou como poder

militar da Independência do país até o início do Segundo Reinado.

d) a Revolta dos Malês (BA) e a Balaiada (MA) foram as únicas que colocaram em risco

a ordem estabelecida, sendo sufocadas pelo Duque de Caxias.

e) expressavam o grau de instabilidade política que se seguiu à abdicação, o

fortalecimento das tendências federalistas e a mobilização de diferentes setores

sociais.

79. (Unifesp) No Brasil independente, os seis anos que separam o Ato Adicional (1834)

da Maioridade (1840) foram chamados de "experiência republicana", devido:

a) ao caráter das revoltas intituladas Cabanagem, Balaiada e Sabinada.

b) aos primeiros anos da revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul.

c) à força do Partido Republicano na Câmara dos Deputados.

d) à extinção da monarquia durante a menoridade de D. Pedro II.

e) às Assembléias Legislativas Provinciais e à eleição do Regente Uno.

38

80. (Unifesp 2007) Como elemento comum aos vários movimentos insurrecionais que

marcaram o período regencial (1831-1840), destaca-se:

a) a oposição ao regime monárquico.

b) a defesa do regime republicano.

c) o repúdio à escravidão.

d) o confronto com o poder centralizado.

e) o boicote ao voto censitário.

39

2º Reinado (1840 – 1889)

81. (Fatec) "Majoritariamente desprovidos de posses, [os imigrantes europeus] situavam-

se, por um lado, como substitutos dos escravos nas fazendas e como empregados nas

novas áreas pós-escravistas, atendendo assim às demandas dos fazendeiros. Por outro

lado, como europeus e católicos, não destoavam do bloco cultural e demográfico formado

pela classe dominante imperial, confortando as perspectivas culturalistas da corrente

'civilizatória' presente no aparelho do estado."

(Luis F. de Alencastro e Maria L. Renaux, "História da Vida Privada no Brasil" vol. 2.)

O texto acima faz referência a duas correntes divergentes quanto ao rumo imigratório, em

meados do século XIX, e ao futuro do destino brasileiro. Por trás dessas correntes se

encontram os interesses de

a) fazendeiros, que não queriam o fim da escravidão negra e tentavam escravizar

pessoas de outras regiões do mundo; e da burocracia imperial abolicionista, que não mais

queria a escravidão no Brasil, estimulando uma política imigratória européia.

b) fazendeiros, que buscavam angariar proletários de qualquer parte do mundo e de

qualquer raça, para substituir os escravos fugidos, mortos ou libertos; e da burocracia

imperial, que tentava fazer da imigração um instrumento de "civilização".

c) uma burguesia pronta para receber proletários de todos os cantos do mundo, desde

que católicos; e uma aristocracia cafeeira, que se encontrava no poder e preocupava-se

com a criação de uma nação branca e de formação protestante.

d) fazendeiros escravocratas e comerciantes urbanos, que desejavam manter a

escravidão e, para isso, incitavam a vinda de diferentes tipos étnicos; e dos estudantes

abolicionistas, defensores incondicionais do trabalho assalariado.

e) fazendeiros do café, na região do novo oeste paulista, que estimulavam a vinda de

chineses para substituir o escravo negro; e uma burguesia defensora da mão-de-obra

assalariada, porém branca e católica.

40

82. (Fatec) Leia as afirmações abaixo sobre o café brasileiro

I - Entre os fatores que colaboraram para o fracasso do "Sistema de Parceria", durante o

Segundo Reinado, está a introdução de máquinas modernas e especializadas no cultivo

do café, que fez com que grande parte dos trabalhadores fossem dispensados.

II - O sistema de parceria expandiu-se rapidamente para o Oeste Paulista; nesse sistema

cada família recebia um certo número de pés de café para cuidar, colher, semear, além

de um lote de terra para cultivar, dividindo-se, ao final, a renda do café.

III - Na organização da produção cafeeira utilizou-se, desde o início, a mão-de-obra livre

do imigrante europeu.

Destas afirmações está (ão) correta (s) apenas

a) II.

b) III.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

83. (Fatec) Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei Eusébio de Queirós

(ministro da Justiça), que abolia o tráfico negreiro em nosso país. Em decorrência dessa

lei, o governo imperial brasileiro aprovou outra, "a Lei de Terras".

Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta.

a) A Lei de Terras facilitava a ocupação de propriedades pelos imigrantes que passaram a

chegar ao Brasil.

b) A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos imigrantes, mas facilitou aos negros

libertos o acesso a elas.

c) O governo imperial, temendo o controle das terras pelo coronéis, inspirou-se no "Act

Homesteade" americano, para realizar uma distribuição de terras aos camponeses mais

pobres.

d) A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender

sua força de trabalho para os cafeicultores.

e) O objetivo do governo imperial, com esta lei, era proteger e regularizar a situação das

dezenas de quilombos que existiam no Brasil.

41

84. (Fatec) O problema que nós queremos resolver é o de fazer desse composto de

senhor e escravo um cidadão.

(Joaquim Nabuco, 1883.)

Essa frase expressa o anseio

a) por uma divisão racial clara e que deveria ser mantida.

b) por uma reforma agrária imediata.

c) pela liberdade dos indígenas, até então escravizados.

d) por uma sociedade livre e que integrasse os escravos como seus cidadãos.

e) pela liberdade dos escravos e sua deportação para a África.

85. (Fatec) Analise as afirmações sobre o contexto histórico da Guerra do Paraguai.

I. O Paraguai era governado por Francisco Solano López, e o Brasil era governado pelo

imperador D. Pedro II.

II. O início da guerra está ligado à invasão da Argentina por tropas brasileiras, derrubando

o presidente eleito pelo Partido Blanco e colocando candidato do Partido Colorado no

poder.

III. Contra o Paraguai, os governos argentino, uruguaio e brasileiro formaram a Tríplice

Aliança.

IV. O resultado dessa guerra, para o Paraguai, foi não ter jamais se recuperado desse

desastre militar; sua população masculina foi praticamente dizimada. Para o Brasil,

significou o fortalecimento do Exército e a contração de novos empréstimos, aumentando

a dívida externa, para compensar os gastos com a guerra.

É correto o que se apresenta em

a) I, II e III, apenas.

b) I, II e IV, apenas.

c) I, III e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

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86. (Fgv) A Lei de Terras, aprovada em 1850, duas semanas após a proibição do tráfico

de escravos, "tentou pôr ordem na confusão existente em matéria de propriedade rural,

determinando que, no futuro, as terras públicas fossem vendidas e não doadas, como

acontecera com as antigas sesmarias, estabeleceu normas para legalizar a posse de

terras e procurou forçar o registro das propriedades."

(Boris Fausto, "História do Brasil", 1994.)

Sobre essa Lei de Terras é correto afirmar que:

a) Sua promulgação coincidiu com a Lei Eusébio de Queiroz, mas não há nenhuma

relação de causalidade entre ambas.

b) Ao entrar em vigor, não foi respeitada, podendo ser considerada mais uma "lei para

inglês ver".

c) Sua promulgação foi concebida como uma forma de evitar o acesso à propriedade da

terra por parte de futuros imigrantes.

d) Sua aprovação naquele momento decorreu de os Estados Unidos terem acabado de

aprovar uma lei de terras para o seu território.

e) Ao entrar em vigor, teve efeito contrário ao de sua intenção original, que era a de

facilitar o acesso à propriedade.

87. (Fgv) "Não se pode esquecer os laços estreitos que ligavam a economia

agroexportadora brasileira à Inglaterra. Os ingleses, nas décadas de 1840-50,

praticamente dominavam o comércio de importação-exportação do país; nos anos de

1840, firmas britânicas controlavam 50% das exportações brasileiras de café e açúcar e

60% das de algodão. Da mesma maneira, os bancos ingleses, através de empréstimos

externos ao Estado, se faziam presentes na economia nacional. A este tipo de presença

econômica, agrega-se que as pressões inglesas (...) assumiam a forma militar, com o

aprisionamento de navios brasileiros."

(João L. Fragoso e Francisco C. T. da Silva, "A Política no Império e no início da República Velha." In Maria

Yedda Linhares (org.), "História Geral do Brasil")

Além dessa presença econômica, o país citado exerceu pressões para que o governo

brasileiro

a) aprovasse a Tarifa Alves Branco.

b) abolisse o tráfico negreiro.

c) impulsionasse a "Era Mauá".

d) rompesse relações com o Paraguai.

e) aceitasse o "Funding Loan".

43

88. (Fgv) "(...) visando aumentar a renda do Estado, em um momento de consolidação

do sistema imperial, o liberalismo alfandegário foi abandonado em prol do protecionismo

aduaneiro. (...) [O] ministro da Fazenda tinha em mente aumentar a carga fiscal do

Estado, aspecto que foi bem recebido pela Câmara. A nova lei (...) estabeleceu que os

tributos sobre os produtos de importação subiriam de 15% para 30% (caso não houvesse

similar nacional) ou 60% (caso o artigo fosse produzido no país).

(Rubim Santos Leão Aquino et alii, "Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais")

No contexto do Brasil Império, o trecho apresenta

a) a Lei de Terras.

b) o Tratado de 1827.

c) a Bill Aberdeen.

d) a Tarifa Alves Branco.

e) a Lei Eusébio de Queiroz.

89. (Fuvest) "Não há hoje a menor razão para que desconheçamos a importância da parte

indígena na população do Brasil; e menos ainda para que, apaixonados, [de]clamemos

contra selvagens que por direito natural defendiam sua liberdade, independência e as

terras que ocupavam... De mais, a terra é quem dá a nacionalidade a seus filhos; e dessa

nacionalidade não são excluídos os que primeiro aqui nasceram antes dos seus

conquistadores."

(Gonçalves de Magalhães, "Os indígenas do Brasil perante a História", 1860.)

Este texto

a) constituía o preâmbulo da lei do Império sobre a concessão da cidadania aos

indígenas.

b) espelhava a opinião dominante na sociedade da época, que era favorável aos

indígenas.

c) justificava a transformação dos indígenas em tema do romantismo brasileiro.

d) apresentava-se como ultrapassado, uma vez que os indígenas já haviam sido

dizimados.

e) separava os indígenas da população brasileira, pois eles eram vistos como selvagens.

44

90. (Fuvest) Em 1872, foi realizado o primeiro recenseamento do Império. Baseado nos

dados desse censo, o Mapa 1 apresenta a distribuição de escravos nas províncias

brasileiras em relação à população total. O Mapa 2 mostra a porcentagem de índios

aldeados em relação ao total de escravos nessas mesmas províncias e nesse mesmo

ano.

Considere os mapas anteriores e seus conhecimentos para analisar as frases:

I. As maiores populações de escravos do Império, naquele período, estavam

concentradas principalmente em províncias do atual Sudeste brasileiro, onde, na época,

se desenvolvia, de forma acelerada, a cultura do café.

II. A grande parte dos índios aldeados do Império, relativamente à população de escravos,

distribuía-se por territórios que hoje correspondem às regiões Norte e Centro-Oeste, onde

trabalhavam na extração da borracha e em atividades mineradoras.

III. A baixa porcentagem de escravos, vivendo nas províncias da porção nordeste da atual

região Nordeste do país, é indicativa do pouco dinamismo econômico dessa sub-região,

naquele período.

45

Está correto o que se afirma apenas em

a) I

b) I e II

c) I e III

d) II e III

e) III

91. (Pucsp) O Segundo Império brasileiro (1840-1889) realizou várias expedições na

região do Prata. Entre os motivos dessas ações podemos destacar

a) o esforço brasileiro de diminuir a influência inglesa na região e assegurar o controle

estratégico do comércio e da exploração mineral no Prata.

b) a tentativa de impedir que a Argentina, logo após a independência, ampliasse seus

domínios territoriais e anexasse parte do sul do Brasil.

c) o projeto do Imperador brasileiro de estabelecer hegemonia militar e naval do Brasil nas

Américas, rivalizando com os Estados Unidos.

d) a reação ao acelerado crescimento econômico do Paraguai e à tentativa de seu

presidente de construir o primeiro Estado socialista de toda a América.

e) a intenção brasileira de ampliar sua influência política e comercial na região platina,

expressa nas intervenções no Uruguai, na Argentina e no Paraguai.

46

92. (Unesp) "Cada vez mais se aproxima a completa extinção do trabalho escravo, sem

que da parte dos [fazendeiros] haja o menor esforço em cuidar de sua substituição. [...]

Por educação e por hábito do trabalho escravo, essencialmente barato, o fazendeiro,

ensaiando o trabalho livre, quer reservar para si o mesmo lucro que teria, se trabalhasse

com escravos; daí vem a dificuldade de bons colonos; é do baixo salário o desgosto e

essas contínuas queixas que tão maleficamente têm influenciado no espírito europeu

contra a emigração para o Brasil".

(Trecho do jornal "A Província de São Paulo", 24 de abril de 1878.)

O autor do artigo

a) defendia a adoção de medidas prejudiciais aos grandes proprietários de terra e a

abolição imediata da mão-de-obra escrava.

b) argumentava que os salários elevados pagos na Europa impediam a transferência de

trabalhadores brancos para o Brasil.

c) sustentava que o aumento do preço do escravo produziria uma alteração benéfica no

comportamento dos plantadores paulistas.

d) entendia que a generalização do assalariamento exigiria mudanças de mentalidade e

importação de mão-de-obra.

e) propunha a transformação dos escravos em colonos livres, como solução para a

instituição de novas formas de trabalho.

47

93. (Unesp) As estradas de ferro paulistas dos séculos XIX e XX dirigiam-se para as

regiões do interior do estado. Sua importância para o complexo econômico cafeeiro e

para o desenvolvimento de São Paulo pode ser vista sob múltiplos aspectos. O cultivo do

café e as ferrovias provocaram mudanças ambientais em várias regiões paulistas, porque

a) as estradas de ferro formavam redes no interior das matas e permitiam o acesso do

capital norte-americano à exploração e à exportação de madeiras para o mercado

europeu.

b) a economia cafeeira foi responsável pela predomínio da agricultura de subsistência

sobre as áreas florestais e as locomotivas levaram à exploração do carvão mineral no

planalto paulista.

c) o emprego nos cafezais de defensivos agrícolas contaminava as nascentes de água e

as ferrovias favoreciam a fixação de pequenas propriedades nas áreas agrestes.

d) as locomotivas eram movidas a vapor, cujo combustível era a madeira, e os cafezais,

por esgotarem o solo, exigiam a incorporação de novas terras para o plantio.

e) a expansão da frente pioneira devastava as matas e abria grandes reservas de

territórios e de terras agricultáveis para os indígenas.

94. (Unifesp) "Será exagero... dizer-se que os colonos se acham sujeitos a uma nova

espécie de escravidão, mais vantajosa para os patrões do que a verdadeira, pois recebem

os europeus por preços bem mais moderados do que os dos africanos...

Sem falar no fato do trabalho dos brancos ser mais proveitoso do que o dos negros?"

(Thomas Davatz, "Memórias de um colono no Brasil", 1854-1857.)

Do texto pode-se afirmar que:

a) denuncia por igual a escravidão de negros e brancos.

b) revela a tentativa do governo de estimular a escravidão branca.

c) indica a razão pela qual fracassou o sistema de parceria.

d) defende que o trabalho escravo é mais produtivo que o livre.

e) ignora o enorme prejuízo que os fazendeiros tiveram com a contratação dos colonos.

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95. (Unifesp) ... dê o governo a essas duas classes [ligadas ao grande comércio e à

grande agricultura ] toda a consideração, vincule-as por todos os modos à ordem

estabelecida, identifique-as com as instituições do país, e o futuro estará em máxima

parte consolidado.

(Justiniano José da Rocha, 1843.)

A frase expressa, no contexto da época, uma posição política

a) liberal.

b) republicana.

c) conservadora.

d) reacionária.

e) democrática.