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Page 1: Revisa Caesp Língua Portuguesa 4º Bimestre Nome: Turma: 6º … Bimestre/6 ano... · Coruja e águia, depois de muita briga resolveram fazer as pazes. — Basta de guerra — disse

Revisa Caesp Língua Portuguesa – 4º Bimestre Nome:____________________________________________ Turma: 6º ano Prof.(ª): Ticiana Montemezzo Data: 20/08/2018

Coração conta diferente — Ai... — O que é que você tem, Tiago? Quem falou ai fui eu. Quem me perguntou o que é que eu tinha foi o Renato, que fica sentado do meu lado e pode vigiar tudo o que faço. Ele deve ter pensado que alguma coisa estava doendo. Mas esse ai não era de dor. Então, suspirei de novo, mas agora sem falar nada. Esse suspiro saiu como um sopro, que balançou as folhas do meu caderno. E pra dentro, baixinho, pra ninguém escutar, eu gemi: Ai, Adriana... É que ela levantou para ir ao quadro. Logo hoje que ela soltou o cabelo comprido daquele rabo-de-cavalo que ela costuma usar. O cabelo dela é tão lindo... Parece de seda e tem um brilho que eu ia dizer que parece o Sol. Mas a Adriana tem cabelos pretos e Sol moreno fica meio esquisito. 7x5 =45... — Tá errado, tia! Tá errado! — gritou toda esganiçada a Catarina. A tia então mandou a Adriana sentar. A Catarina correu e meteu o apagador em cima daqueles números tão bem desenhados, corrigindo com um 35 tão sem graça quanto a sua voz. Adriana voltou pro lugar dela e eu nem pude ver se ela estava com a cara muito vermelha. Ela ficou com a cabeça abaixada um tempão. Eu senti que ela estava triste e fiquei muito triste também. Aí, arranquei a beiradinha da última página do meu caderno e escrevi: Não liga, Adriana. O 45 que você escreve é tão lindo quanto o seu cabelo. Dobrei meu bilhete. Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete dobrado, mirei e joguei. Ela caiu no colo da Adriana. Meu coração bateu depressa. Ai, ai, ai, meu coração martelando tanto quase sai do peito. A Adriana foi desamassando o bilhete bem devagar. Ela leu, depois guardou dentro do estojo. Nem olhou pro meu lado. De repente me lembrei de uma coisa terrível: EU NÃO TINHA POSTO O MEU NOME NO PAPEL! Nisso, a tia me chamou. Eu só pensava naquela confusão. —Tá errado! Tá errado! Deixa eu fazer, tia?

Eu olhei pro quadro e entendi... 8 x 6 = 36... A tia me mandou sentar. Fui, morrendo de sem graça. Cheguei na minha carteira e vi uma bolinha de papel bem em cima do meu caderno. Quando ninguém estava mais olhando, eu disfarcei e abri: “Eu também me amarro no seu 36”.

No cantinho do papel estava assinado: Adriana

Coração conta diferente.Lino de Albergaria São Paulo: Scipione, 1992. 1- Analise o texto lido e use V (verdadeiro) ou F (falso): ( ) O texto é uma narrativa. ( ) O texto pode ser considerado um poema porque está escrito em versos. ( ) O autor transcreve as falas das personagens, por meio do discurso direto. ( ) O narrador é personagem porque participa das ações da história contada. ( ) O narrador é observador, porque não participa da história contada. 2- Faça a correspondência, de acordo com o texto: (A) Tiago ( ) Tem lindos cabelos pretos. (B) Renato ( ) Narra a história. (C) Adriana ( ) Senta-se próximo ao narrador. (D) Catarina ( ) Tem a voz esganiçada.

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3- No 2º parágrafo o narrador explica que o “ai” que ele disse não era de dor. De acordo com o texto, o que significa esse “ai”? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Como a professora da turma é tratada no texto? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5- O narrador ia comparar o brilho dos cabelos de Adriana com o Sol, mas desiste. Retire do texto a frase que indica porque a comparação não era boa. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6- Qual personagem do texto descobre o erro de Adriana e corrige os números no quadro? _____________________________________________________________________________________ 7- Adriana descobriu quem tinha escrito o bilhete para ela? Escreva como você chegou a essa conclusão? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8- Enumere as ações de acordo com o texto: ( ) Tiago escreve um bilhete e o joga para Adriana. ( ) Catarina grita que a reposta de Adriana está errada. ( ) Tiago observa Adriana escrevendo no quadro e suspira. ( ) Adriana erra a resposta. ( ) Tiago vai ao quadro e também erra a resposta. ( ) Adriana retorna para sua carteira e fica de cabeça baixa. ( ) Adriana responde Tiago escrevendo um bilhete para ele. 9- A gíria é uma forma de expressão oral ou escrita, usada por determinados grupos em situação de intimidade. Ela faz parte da linguagem coloquial. As gírias devem ser evitadas em situações formais ou cerimoniosas porque nessas ocasiões deve-se utilizar a linguagem padrão que obedece às regras da Língua Portuguesa. A partir das informações dadas acima, responda: a)- Adriana usa uma gíria no bilhete que escreve para Tiago. Que expressão indica essa gíria? _____________________________________________________________________________________ b)- Por que foi possível o uso da linguagem coloquial no bilhete escrito por Adriana? _____________________________________________________________________________________ c)- Reescreva o bilhete de Adriana substituindo a gíria por uma expressão da linguagem padrão, sem alterar o sentido da mensagem. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A coruja e a águia

Coruja e águia, depois de muita briga resolveram fazer as pazes.

— Basta de guerra — disse a coruja.

— O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.

— Perfeitamente — respondeu a águia.

— Também eu não quero outra coisa.— Nesse caso combinemos isso: de agora em diante não comerás

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nunca os meus filhotes.

— Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?

— Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de

uma graça especial, que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.

— Está feito! — concluiu a águia.

Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de

bico muito aberto.

— Horríveis bichos! — disse ela. — Vê-se logo que não são os filhos da coruja.

E comeu-os.

Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi

ajustar contas com a rainha das aves.

— Quê? — disse esta admirada. — Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha não se

pareciam nada com o retrato que deles me fizeste…

Moral da história: Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Já diz o ditado: quem ama o feio,

bonito lhe parece.

Em: Fábulas, Monteiro Lobato, São Paulo, Brasiliense, s/d, 20ª edição.

01. Quem são os personagens principais?

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02. A fábula tem algumas características especiais. Quais são elas?

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03. Como a coruja descreveu seus filhotes?

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04. Por que a águia não reconheceu os filhotes da coruja?

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05. Segundo a moral, há uma diferença no modo de as pessoas perceberem as outras. Explique.

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