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Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, jul./set. 2017 ISSN 1808-5210 (versão online)

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Page 1: Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n ... · Porque e como escrever artigos para este periódico? Belmiro C. E. Vasconcelos. CIP Catalogação-na-Publicação

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, jul./set. 2017ISSN 1808-5210 (versão online)

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CIP Catalogação-na-PublicaçãoUniversidade de Pernambuco

Faculdade de Odontologia de PernambucoBiblioteca Prof. Guilherme Simões Gomes

Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial / Universidade de Pernambuco, Faculdade de Odontologia de Pernambuco - Vol. 17, no. 3 (2017) Recife: UPE, 2016.TrimestralISSN 1808-5210 (versão online) Título abreviado: Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac.1 ODONTOLOGIA - Periódicos

Black - D05 CDD 617.6005

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCOFACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO

REVISTA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

EDITOR CIENTÍFICOBelmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos - FOP/UPEEmanuel Dias de Oliveira e Silva - FOP/UPE

CONSULTORES CIENTÍFICOSAna Cláudia de Amorim Gomes - UPEAronita Rosenblatt - UPEClóvis Marzolla - USPCosme Gay Escoda - U. BarcelonaEider Guimarães Bastos – UFMAEdwaldo Dourado Pereira Júnior - UPEEmanuel Sávio de Souza Andrade - UPEEduardo Studart Soares - UFCGabriela Granja Porto – UPEJair Carneiro Leão - UFPEJoão Carlos Wagner - UL/RSJosé Rodrigues Laureano Filho - UPELeão Pereira Pinto - UFRNLélia Batista de Souza - UFRNLuís Augusto Passeri – UNICAMPLuís Carlos Ferreira da Silva – UFSLuís Guevara - U. Santa Maria ( Venezuela)Luís Raimundo Serra Rabelo - CEUMAMárcio de Moraes - UNICAMPPaulo José Medeiros – UERJPaul Edward Maurette O’Brien (Venezuela)Rafael E. Alcalde - University of Washington ( EUA)Ricardo Viana Bessa Nogueira – UFALRicardo José de Holanda Vasconcellos - FOP/UPERoger William Fernandes Moreira - FOP/UNICAMP

O Conselho Editorial dispõe de vários consultores científicos “Ad hoc” altamente capacitados e especializados na área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e áreas correlatas.

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPEReitorPedro Henrique de Barros FalcãoVice-ReitoraMaria do Socorro de Mendonça CavalcantiDiretor FOPEmanuel Sávio de Souza AndradeVice-DiretoraMônica Maria de Albuquerque Pontes

EDITORA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - EDUPE DiretoraProfa. Dra. Sandra Simone AraújoBibliotecário - UPEManoel Paranhos CRB4/1384Projeto gráfico / Diagramação

Revisor de Português / Inglês / EspanholAngela Borges - Eveline LopesEliane Lima - Rita de Cássia F. M. Vasconcelos WebmasterRicardo Moura

EndereçoAv. Agamenon Magalhães, s/nSanto Amaro - Recife - PE / CEP 50100 - 010Fone: (81) 3183 3724 Fax: (81) 3183 3718

Brazilian Journal of Oral and Maxill ofacial Surgery - BrJOMS

Aldo Barros e Silva Filho

Rev. Ci r. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, jul./set. 2017

Sumário/Summary

Porque e como escrever artigos para este periódico?Belmiro C. E. Vasconcelos

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CIP Catalogação-na-PublicaçãoUniversidade de Pernambuco

Faculdade de Odontologia de PernambucoBiblioteca Prof. Guilherme Simões Gomes

Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial / Universidade de Pernambuco, Faculdade de Odontologia de Pernambuco - Vol. 17, no. 3 (2017) Recife: UPE, 2016.TrimestralISSN 1808-5210 (versão online) Título abreviado: Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac.1 ODONTOLOGIA - Periódicos

Black - D05 CDD 617.6005

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCOFACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO

REVISTA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

EDITOR CIENTÍFICOBelmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos - FOP/UPEEmanuel Dias de Oliveira e Silva - FOP/UPE

CONSULTORES CIENTÍFICOSAna Cláudia de Amorim Gomes - UPEAronita Rosenblatt - UPEClóvis Marzolla - USPCosme Gay Escoda - U. BarcelonaEider Guimarães Bastos – UFMAEdwaldo Dourado Pereira Júnior - UPEEmanuel Sávio de Souza Andrade - UPEEduardo Studart Soares - UFCGabriela Granja Porto – UPEJair Carneiro Leão - UFPEJoão Carlos Wagner - UL/RSJosé Rodrigues Laureano Filho - UPELeão Pereira Pinto - UFRNLélia Batista de Souza - UFRNLuís Augusto Passeri – UNICAMPLuís Carlos Ferreira da Silva – UFSLuís Guevara - U. Santa Maria ( Venezuela)Luís Raimundo Serra Rabelo - CEUMAMárcio de Moraes - UNICAMPPaulo José Medeiros – UERJPaul Edward Maurette O’Brien (Venezuela)Rafael E. Alcalde - University of Washington ( EUA)Ricardo Viana Bessa Nogueira – UFALRicardo José de Holanda Vasconcellos - FOP/UPERoger William Fernandes Moreira - FOP/UNICAMP

O Conselho Editorial dispõe de vários consultores científicos “Ad hoc” altamente capacitados e especializados na área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e áreas correlatas.

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPEReitorPedro Henrique de Barros FalcãoVice-ReitoraMaria do Socorro de Mendonça CavalcantiDiretor FOPEmanuel Sávio de Souza AndradeVice-DiretoraMônica Maria de Albuquerque Pontes

EDITORA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - EDUPE DiretoraProfa. Dra. Sandra Simone AraújoBibliotecário - UPEManoel Paranhos CRB4/1384Projeto gráfico / Diagramação

Revisor de Português / Inglês / EspanholAngela Borges - Eveline LopesEliane Lima - Rita de Cássia F. M. Vasconcelos WebmasterRicardo Moura

EndereçoAv. Agamenon Magalhães, s/nSanto Amaro - Recife - PE / CEP 50100 - 010Fone: (81) 3183 3724 Fax: (81) 3183 3718

Brazilian Journal of Oral and Maxill ofacial Surgery - BrJOMS

Aldo Barros e Silva Filho

Rev. Ci r. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, jul./set. 2017

Sumário/Summary

Porque e como escrever artigos para este periódico?Belmiro C. E. Vasconcelos

REVISTA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIABUCO-MAXILO-FACIAL v. 17, n. 3, jul./set. 2017

5

7 - 10

11 - 15

17 - 20

25 - 28

21 - 24

EDITORIAL

Enfisema subcutâneo abrangendo os espaços temporal, orbital, bucal, submandibular e cervical após cirurgia para extração de terceiro molarSubcutaneous emphysema envolving temporal, orbital, buccal, submandibular and cervical spaces after third molar surgery Renan Roberto da Costa | Júlio César Silva de Oliveira | Willian Caetano Rodrigues | Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli | Mário Francisco Real Gabrielli

Artrocentese: Por que e quando indicar? - Relato de caso clínico Arthrocentesis: Why and when indicate? – Case report Taiane dos Santos Lopes | Marlon Ribeiro Amaral Júnior | Paulo Roberto Bartholo | Maurício Saraiva Meirelles | Rodrigo Figueiredo de Brito Resende

Tratamento cirúrgico de mucocele de tamanho atípico em lábio inferior: Relato de casoSurgical treatment of atypical size mucocele in the lower lip: Case presentationBeatriz Terumi Barreto Kanehira | Gilcinete Sousa Oliveira | Tiago Novaes Pinheiro | Valber Barbosa Martins | Marcelo Vinícius de Oliveira

Tratamento cirúrgico de lipoma: Relato de dois casosSurgical Treatment of Lipoma: Report of two casesDavi Felipe Neves Costa | Sirius Dan Inaoka | Karoline Gomes da Silveira | Natália Lins Souza | Lucas Alexandre Morais Santos

Osteotomia sagital do ramo mandibular na remoção de dentes impactados: Relato de caso.Sagittal split ramus osteotomy for removal of impacted teeth: a case reportAirton Vieira Leite Segundo | Émerson Filipe de Carvalho Nogueira | Daniel Ferreira do Nascimento | Lucas Nunes de Brito Silva | Paulo Alexandre da Silva

Itens essenciais na leitura crítica de um artigo científicoBelmiro C. E. Vasconcelos

ARTIGO CASO CLÍNICO

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Reconstrução de sequela facial por prótese interna acrílica Reconstruction of facial sequela by internal acrylic prothesis Rosa Rayanne Lins de Souza | Ladyanne Pavão de Menezes | Edmilson Zacarias da Silva Júnior | Marília Gabriela Mendes de Alencar | Belmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos | José Rodrigues Laureano Filho

29 - 32

33 - 37

38 - 41

Hiperplasia Endotelial Papilífera Intravascular Oral: relato de dois casos Oral intravascular papillary endothelial hyperplasia: two cases report Wellington Hideaki Yanaguizawa | Amanda da Costa Nardis | Rogério Almeida da Silva | Gabriela Nagata | Décio dos Santos Pinto-Júnior | Camila de Barros Gallo

Reabilitação dentária e reconstrução mandibular com retalho microvascularizado de fíbulaDental rehabilitation and mandibular reconstruction with microvascularized fibular flapAnthony Froy Benites Condezo | Jéssica Lemos Guilinelli | Marcos Martins Curi | Ciro Paz Portinho | Vinícius Salim Silveira | João Batista BurzlaffThiago Calcagnotto

Porque e como escrever artigos para este periódico?

Belmiro C. E. VasconcelosEditor ChefeProf. Associado e Livre DocenteUniversidade de [email protected]

Editorial

Desde tempos atrás a humanidade acumula conhecimentos, e registros precisam estar garantidos para futuras gerações. Além disso, construir o novo sem o que já existe é muito difícil. Dessa forma, se você escreve um artigo científico esta premissa já justifica o esforço.

No entanto, publicar um artigo também gera visibilidade para o (s) autor (es) como pessoa e/ou profissional, além de agregar prestí-gio e credibilidade ao currículo. Por outro lado, a competição no mer-cado de trabalho, cada dia mais acirrada, leva aos profissionais a se diferenciar. É preciso que o profissional saiba colocar-se em evidên-cia, e um dos recursos eficientes é redigir artigos.

A revista de Cirurgia e Traumatol ogia Buco-Maxilo-Facial (Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery – BrJOMS) tem 15 anos de existência e seus indicadores somam valores à espe-cialidade e ao especialista, nesse último caso para quem redigi e para quem pratica a leitura. São mais de 90.000 acessos/ano oriundos do Brasil e outros países. Você já parou para pensar?

Você Pesquisador, Cirurgião ou Residente disponibilizamos esta oportunidade para divulgar conteúdos científicos na nossa área e cor-relatas. Não desanime e vá adiante. É preciso estar atento as normati-vas metodológicas e da própria revista. Sugerimos algumas dicas:

a) faça uma observação detalhada de algum tema de seu interesse ou caso (s) clínico (s) que apareça (m) no consultório, hospital, curso, etc.

b) esteja atento aos princípios de bioética e legislação de seu país. c) discipline o processo de elaboração de acordo com o tipo de estudo.d) liame od sévarta eivne son e ogitra ed amrof an avercsnart

[email protected]) o artigo será avaliado por pares no intuito de garantir a qualidade

e publicação.f) normas mais detalhadas entre no site http://www.brjoms.com

Cremos que nossa missão tem sido cumprida com finalidade de estimular o professor, profissional de Saúde, aluno de graduação e pós-graduação a publicar na área de cirurgia e afins, além disso, con-tribuir com o desenvolvimento da pesquisa científica e o intercâmbio na comunidade acadêmica.

Porque e como escrever artigos para este periódico?

Belmiro C. E. VasconcelosEditor ChefeProf. Associado e Livre DocenteUniversidade de [email protected]

Editorial

Desde tempos atrás a humanidade acumula conhecimentos, e registros precisam estar garantidos para futuras gerações. Além disso, construir o novo sem o que já existe é muito difícil. Dessa forma, se você escreve um artigo científico esta premissa já justifica o esforço.

No entanto, publicar um artigo também gera visibilidade para o (s) autor (es) como pessoa e/ou profissional, além de agregar prestí-gio e credibilidade ao currículo. Por outro lado, a competição no mer-cado de trabalho, cada dia mais acirrada, leva aos profissionais a se diferenciar. É preciso que o profissional saiba colocar-se em evidên-cia, e um dos recursos eficientes é redigir artigos.

A revista de Cirurgia e Traumatol ogia Buco-Maxilo-Facial (Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery – BrJOMS) tem 15 anos de existência e seus indicadores somam valores à espe-cialidade e ao especialista, nesse último caso para quem redigi e para quem pratica a leitura. São mais de 90.000 acessos/ano oriundos do Brasil e outros países. Você já parou para pensar?

Você Pesquisador, Cirurgião ou Residente disponibilizamos esta oportunidade para divulgar conteúdos científicos na nossa área e cor-relatas. Não desanime e vá adiante. É preciso estar atento as normati-vas metodológicas e da própria revista. Sugerimos algumas dicas:

a) faça uma observação detalhada de algum tema de seu interesse ou caso (s) clínico (s) que apareça (m) no consultório, hospital, curso, etc.

b) esteja atento aos princípios de bioética e legislação de seu país. c) discipline o processo de elaboração de acordo com o tipo de estudo.d) liame od sévarta eivne son e ogitra ed amrof an avercsnart

[email protected]) o artigo será avaliado por pares no intuito de garantir a qualidade

e publicação.f) normas mais detalhadas entre no site http://www.brjoms.com

Cremos que nossa missão tem sido cumprida com finalidade de estimular o professor, profissional de Saúde, aluno de graduação e pós-graduação a publicar na área de cirurgia e afins, além disso, con-tribuir com o desenvolvimento da pesquisa científica e o intercâmbio na comunidade acadêmica.

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5ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Porque e como escrever artigos para este periódico?

Belmiro C. E. VasconcelosEditor ChefeProf. Associado e Livre DocenteUniversidade de [email protected]

Editorial

Desde tempos atrás a humanidade acumula conhecimentos, e registros precisam estar garantidos para futuras gerações. Além disso, construir o novo sem o que já existe é muito difícil. Dessa forma, se você escreve um artigo científico esta premissa já justifica o esforço.

No entanto, publicar um artigo também gera visibilidade para o (s) autor (es) como pessoa e/ou profissional, além de agregar prestí-gio e credibilidade ao currículo. Por outro lado, a competição no mer-cado de trabalho, cada dia mais acirrada, leva aos profissionais a se diferenciar. É preciso que o profissional saiba colocar-se em evidên-cia, e um dos recursos eficientes é redigir artigos.

A revista de Cirurgia e Traumatol ogia Buco-Maxilo-Facial (Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery – BrJOMS) tem 15 anos de existência e seus indicadores somam valores à espe-cialidade e ao especialista, nesse último caso para quem redigi e para quem pratica a leitura. São mais de 90.000 acessos/ano oriundos do Brasil e outros países. Você já parou para pensar?

Você Pesquisador, Cirurgião ou Residente disponibilizamos esta oportunidade para divulgar conteúdos científicos na nossa área e cor-relatas. Não desanime e vá adiante. É preciso estar atento as normati-vas metodológicas e da própria revista. Sugerimos algumas dicas:

a) faça uma observação detalhada de algum tema de seu interesse ou caso (s) clínico (s) que apareça (m) no consultório, hospital, curso, etc.

b) esteja atento aos princípios de bioética e legislação de seu país. c) discipline o processo de elaboração de acordo com o tipo de estudo.d) liame od sévarta eivne son e ogitra ed amrof an avercsnart

[email protected]) o artigo será avaliado por pares no intuito de garantir a qualidade

e publicação.f) normas mais detalhadas entre no site http://www.brjoms.com

Cremos que nossa missão tem sido cumprida com finalidade de estimular o professor, profissional de Saúde, aluno de graduação e pós-graduação a publicar na área de cirurgia e afins, além disso, con-tribuir com o desenvolvimento da pesquisa científica e o intercâmbio na comunidade acadêmica.

Itens essenciais na leitura crítica de um artigo científicoPorque e como escrever artigos para este periódico?

Belmiro C. E. VasconcelosEditor ChefeProf. Associado e Livre DocenteUniversidade de [email protected]

Editorial

Desde tempos atrás a humanidade acumula conhecimentos, e registros precisam estar garantidos para futuras gerações. Além disso, construir o novo sem o que já existe é muito difícil. Dessa forma, se você escreve um artigo científico esta premissa já justifica o esforço.

No entanto, publicar um artigo também gera visibilidade para o (s) autor (es) como pessoa e/ou profissional, além de agregar prestí-gio e credibilidade ao currículo. Por outro lado, a competição no mer-cado de trabalho, cada dia mais acirrada, leva aos profissionais a se diferenciar. É preciso que o profissional saiba colocar-se em evidên-cia, e um dos recursos eficientes é redigir artigos.

A revista de Cirurgia e Traumatol ogia Buco-Maxilo-Facial (Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery – BrJOMS) tem 15 anos de existência e seus indicadores somam valores à espe-cialidade e ao especialista, nesse último caso para quem redigi e para quem pratica a leitura. São mais de 90.000 acessos/ano oriundos do Brasil e outros países. Você já parou para pensar?

Você Pesquisador, Cirurgião ou Residente disponibilizamos esta oportunidade para divulgar conteúdos científicos na nossa área e cor-relatas. Não desanime e vá adiante. É preciso estar atento as normati-vas metodológicas e da própria revista. Sugerimos algumas dicas:

a) faça uma observação detalhada de algum tema de seu interesse ou caso (s) clínico (s) que apareça (m) no consultório, hospital, curso, etc.

b) esteja atento aos princípios de bioética e legislação de seu país. c) discipline o processo de elaboração de acordo com o tipo de estudo.d) liame od sévarta eivne son e ogitra ed amrof an avercsnart

[email protected]) o artigo será avaliado por pares no intuito de garantir a qualidade

e publicação.f) normas mais detalhadas entre no site http://www.brjoms.com

Cremos que nossa missão tem sido cumprida com finalidade de estimular o professor, profissional de Saúde, aluno de graduação e pós-graduação a publicar na área de cirurgia e afins, além disso, con-tribuir com o desenvolvimento da pesquisa científica e o intercâmbio na comunidade acadêmica.

Narealidaderealizarumaleituracríticadeumartigosignificaavaliar as evidências de sua validade. Será o que está escrito é verdade? Até que ponto se pode discordar. Isso é muito importante na área da saúde, dado que, um erro pode trazer consequências drásticas ao ser humano. Muitosartigoscientíficosnãosãoreproduzíveiseseusacha-dosnãoseaplicaforadasmãosdopesquisador.Nessescasos,algumacoisa está errada. Por isso todo artigo deve ser questionado. Suas con-clusões sãoválidas?Essas foramalcançados tecnicamente corretas?Elassãoaplicáveisamaisdeumapopulaçãoestudo? Nãosepodeatenderaessesquestionamentosacimacitados,semanalisarotipodeestudo,critériosdeinclusãoeexclusão,aleato-riedade, mascaramento, coleta e análise de dados (tratamento estatísti-co),eficáciaeefetividade(reprodutibilidade),tempodeseguimentoeperdas amostrais. Comissodeixamosaquiregistradoanecessidadeporpartedoleitorqueaoselerumartigoénecessárioquestioná-lo.Nãoaceitaroqueestáescritoporsimplesleiturasuperficial.

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6 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

DOUTORADO E MESTRADO EM ODONTOLOGIAÁREA: CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

Doutorado: 4 anosMestrado: 2 anosContato: [email protected]

A Univerdade de Pernambuco, por meio da Faculdade de Odontologia, tem alcançado sucesso na sua missão de produzir cientistas líderes no campo

da Odontologia em cuidados clínicos, ensino e pesquisa. Sua característica inovadora educacional proporciona uma educação profissional-escola sem igual.

Formar futuros cientistas com foco em Ciências Odontológicas e em áreas correlatas da saúde, com ênfase na investigação em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, é o nosso objetivo.

Essa formação é uma oportunidade única para especialistas em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, visando aproveitar os recursos de uma universidade e de um Centro Hospitalar de referência para se qualificarem.

A área desenvolve pesquisas inovadoras em ciências básicas ou orientadas para as necessidades do doente, vislumbrando a saúde humana.

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7ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Artigo Original

Enfisema subcutâneo abrangendo os espaços temporal, orbital, bucal, submandibular e cervical após cirurgia para extração de terceiro molarSubcutaneous emphysema envolving temporal, orbital, buccal, submandibular and cervical spaces after third molar surgery

Enfisemasubcutâneoéumacomplicaçãobemestabelecidade trau-ma ou infecção com pneumonia ou tuberculose, que tem incluídoo aumento da pressão intrabucal no local de uma lesão damucosaouaprovisãodearcomprimidoemumaferida.A incidênciadessetipodecomplicação temaumentadoconsideravelmente,desdea in-trodução de peças demão em alta rotação, usadas em cirurgias deterceiromolar.Este artigo temcomoobjetivoapresentarumrelatode caso de um paciente do gêneromasculino que foi submetido àcirurgia para remover o terceiromolar superior direito, com a aju-da de peça de mão em alta rotação, desenvolvendo um enfisemasubcutâneodosespaçosfasciaisnopós-operatórioimediato.Asima-gens da tomografia computadorizada revelaram a presença de enfi-semacomdissecçãodoespaçoperiorbitáriocomenvolvimentodaspálpebrassuperioreinferior,espaçostemporalebucal,estendendo-separaaregiãosubmandibular,sublingualecervical.Apartirdadescri-çãodessecaso,osautorespropõemuma formade tratamento,evi-denciandoosmeiosdediagnóstico eprevençãodessa complicação. Palavras-chaves: Enfisema subcutâneo; Terceiro molar; Complica-ções.

ABSTRACT

RESUMO

Recebido em 05/01/16 Aprovado em 19/04/17 Renan Roberto da CostaResidente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP.

Júlio César Silva de Oliveira Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP.

Willian Caetano RodriguesDoutorando em Ciências Odontológicas, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP.

Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli Professora Adjunta do Depto. de Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP.

Mário Francisco Real Gabrielli Professor Adjunto do Depto. de Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP.

EndEREçO pARA CORRESpOndênCiA Júlio César Silva de Oliveira Departamento de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Araraquara, Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho (FOAr – UNESP)Rua Humaitá, 1680 CEP: 14801-903, Araraquara, SP - BrazilTelefone: +55 16 99632-2566Email: [email protected]

Subcutaneous emphysema is a well-established complication of traumaorinfectionpneumoniaandtuberculosis,whichhaveincludedincreasing the intraoral pressure at a site of themucosal lesion orcompressedairsupplyonawound.Theincidenceof thiscomplicationhasincreasedconsiderablysincetheintroductionof handpiecesusedinhighrotationinthirdmolarsurgery.Thisarticleaimstopresentacasereportof amalepatientwhounderwentsurgerytoremovethesuperiorrightthirdmolar,withthehelpof handpieceathighspeed,developingasubcutaneousemphysemafascialspacesinpost-operativeperiod.Theimagesof computedtomographyrevealedthepresenceof emphysemawithdissectionof theperiorbitalspaceinvolvingtheupper and lower eyelids, temporal, buccal space, extending to thesubmandibular, sublingual and neck. From the description of thiscase,theauthorsproposeaformof treatment,showingthemeansof diagnosisandpreventionof thiscomplication.Keywords: Subcutaneousemphysema;Thirdmolar;Complications

Artigo Caso Clínico

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8 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 7-10, jul./set. 2017Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

OLIVEIRA JCS, et al

Extração de terceiros molares é a cirur-giamais frequentemente realizadano consultórioodontológico1, seja por cirurgiões bucomaxilo-faciais, sejapor clínicosgeneralistas.Dor, edema,trismo,infecção,sangramentoeosteítealveolarsãocomplicaçõespós-operatóriascomunsassociadasaesseprocedimento.Enfisemasubcutâneofoirela-tado pela primeira vez, há cerca de 180 anos2 e, com apopularizaçãodousodepeçasdemãodirigidasporturbinasdear,aincidênciadessacomplicaçãocresceu consideravelmente3,4. Complicação bem descrita de trauma ouinfecção,oenfisemasubcutâneoocorrepelapassa-gemforçadadeare/ououtrosgasesparaointeriordos tecidosmoles, abaixoda camadadérmicaoude mucosas5. Na Odontologia, pode estar associa-do a procedimentos restauradores, cirurgias perio-dontais, tratamentos endodônticos, reparaçõesdefraturas faciais, cirurgias da articulação têmporomandibular,extraçõesdentáriaseoutros6. O diagnóstico diferencial de queixa enfi-sematosa deve incluir reação alérgica, hematoma,celulite, angioedema e isquemia miocárdica. Cre-pitação é um achado patognomônico e distingueenfisemadasdemaispossibilidadesdiagnósticas7. Esteartigodescreveocasodeumpacientesubmetidoàcirurgiapararemoçãodoterceiromo-larsuperiordireito,comoauxíliodepeçademãoguiadaporturbinadearemaltarotação,quedesen-volveu enfisema subcutâneo dos espaços fasciaisnopós-operatórioimediato.Omanejoterapêuticoédescritoemdetalhes,eosmeiosdediagnósticoeprevençãodessacomplicaçãosãoamplamentedis-cutidos.

INTRODUÇÃO

Um paciente do gênero masculino com 26 anosdeidadeeapresentou-seaoserviçodeCTBMFdaFaculdadedeOdontologiadeAraraquaraporin-dicaçãodeoutroprofissional,paraqueosterceirosmolares fossem avaliados por um especialista.Elenão apresentava nenhuma sintomatologia e, apósavaliaçãoclínicaeimaginológicainicial,constatou-seque os elementos dentários 18, 38 e 48 apresenta-vam-se inclusos e mesioangulados. Pormeiodaanamnese,nãoforamdetecta-dasalteraçõessistêmicasoulocaisquecontraindi-cassemarealizaçãodacirurgia.

RELATO DE CASO

Apóscuidadosaassepsia,antissepsiaeapo-siçãodecamposestéreis, realizou-seanestesia lo-calcommepivacaínaa2%associadaàepinefrina1: 200.000. Inicialmente, foi realizadoobloqueiodos nervos alveolares superior e médio e, poste-riormente, dos nervos palatinos maiores e menores para remoçãododente18.A sequência cirúrgicaincluiuarealizaçãoderetalhovestibularcominci-sãoverticalrelaxante,seguidaporosteotomiaperi-férica,comousodecanetadealtarotação.Apósaextração,foirealizadaamanobradeValsalva,des-cartando possível comunicação bucossinusal, e asuturadaferida,comcompletacoaptaçãodesuasbordas.Paraaextraçãodoelemento48,foirealiza-dobloqueiodonervoalveolarinferior,retalhoemenvelope,osteotomiaeodontosecçãocombrocascirúrgicasespecíficas. Aotérminodoprocedimentoedaremoçãodos campos cirúrgicos, constatou-se, no paciente, a presençadeaumentovolumétrico,semalteraçõesnacoloraçãodapele,acometendoahemifacedirei-ta,estendendo-sepelasregiõestemporal,orbitária,bucal, submandibular e cervical (fig. 1).À palpa-ção, notava-se crepitação característica de enfise-masubcutâneo.Aequipeoptouporencaminhá-loimediatamenteaohospitalparaarealizaçãodeexa-metomográfico,quepossibilitariaaconclusãodoprocessodiagnóstico.

O exame de imagem evidenciou dissec-çãodosespaçosperiorbitários,envolvendopálpe-bras superior e inferior, regiões temporal, bucal,

Figura 1 Imagem clínica no pós-operatório imediato. Paciente apresentando edema em hemiface direita com crepitação à palpação.

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9ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 7-10, jul./set. 2017 Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

OLIVEIRA JCS, et al

submandibular e região sublingual com extensãocervical (fig. 2). Desse modo, foi confirmado odiagnósticodeenfisemasubcutâneo.

O paciente foi acompanhado, apenas, emnívelambulatoriale,alémdeorientaçõesquantoaoscuidadospós-operatóriosinerentesaquaisquerpro-cedimentosdeexodontia,opacientefoiinstruídoanão realizar compressas e espirrar deboca aberta,paraquenãohouvessenovaentradadearporau-mentodepressãonaregião.Foiinstituídaantibioti-coterapiaimediata(amoxicilina,viaoral,500mgde8/8h,por7dias),medicaçãoanti-inflamatória(de-xametasona,viaoral,4mgde8/8h,por4dias),econtrole de analgesia com cetorolaco de trometamol (10mg,viasublingualde6/6h,por3dias). No primeiro retorno ambulatorial queocorreuapós4dias,opacienteapresentouconsi-derávelregressãodoaumentovolumétricoecomausênciadesinaisesintomasdeinfecção.Apartirdodécimodiadepós-operatório,nãohaviamaisquaisquersinaisdoenfisema(fig.3).Houveacom-panhamentocomretornosperiódicosatéotercei-romês,enenhumaalteraçãofuncionaldecorrentedoprocedimentocirúrgicoouresquíciosdoenfise-maforamdetectados.

Figura 2 Imagens tomográficas em cortes axial, coronal e sagital do pós-operatório imediato, evidenciando a presença de ar nos espaços temporal, orbitário, bucal, cervical e submandibular.

Imagem clínica do paciente com resolução satisfatória após 10 dias de acompanhamento.Figura 3

diSCUSSÃO Enfisema subcutâneo é uma complicaçãoclínica relativamente incomum do tratamento den-tário,provocadapelainjeçãoforçadadeardentrodotecidoconectivo localizadosobacamadadér-mica5-8.Comoessararaalteraçãopodeevoluirparaquadros clínicosmais graves, o profissional deveestarhabilitadoarealizarumdiagnósticoacuradoeinstituir um tratamento apropriado. Amanifestaçãodeenfisemaestámaisfre-quentementeassociadaàextraçãodeterceirosmo-laresinferioresdevidoaousorotineirodecanetasde alta rotação para osteotomia e odontosecção,algo quase sempre desnecessário à extração dossuperiores9.Outroaspectoimportanteéaproximi-dadeentrearegiãodosterceirosmolaresinferioreseoespaçofascialsubmandibularquepossibilitaadisseminaçãodo enfisemapara regiõesmaispro-fundas, comoo espaço lateral da faringe e retro-faringeal,podendoestender-seatéaregiãotoráci-ca10.Ressalta-se,ainda,queessacomplicaçãopodeoriginar-seapartirdecomunicaçõesoroantrais,oumesmo,porpressãonegativaexercidapelopacien-teemferidascirúrgicas. Eventualmente, o enfisema subcutâneopodeevoluirparapneumotóraxeenfisemamedias-tinal3,5. Nesses casos mais severos, o paciente deve sermonitorizadoemambientehospitalardevidoaoriscodecomplicaçõesrespiratóriasecardiovascula-res.Alémdofornecimentodeoxigêniosuplemen-tarparagarantirsaturaçãoadequada,recomenda-seo uso de descongestionantes e antitussígenos5.

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OLIVEIRA JCS, et al

Como aplicado ao presente caso, a tomografiacomputadorizada(TC)tem-setornadoumpadrãoreferencialparaestudoediagnósticodeenfisemasubcutâneo, apresentando elevada acurácia, espe-cialmentecomafundaçãodatecnologiaguiadaporTC e sua interpretação digital, usando unidadesHounsfield5,6. Emboraincomuns,hárelatosacercadequa-drosinfecciososassociadosaenfisemassubcutâneos,osquaisprovavelmenteestãorelacionadosàinocu-laçãodemicro-organismosdacavidadeoralnointe-riordostecidos,juntamentecomareáguanãoesté-ril8,10.Poressemotivo,recomenda-seprofilaxiacomantibióticodeamploespectro,paraprevenirceluliteefasceítenecrosante10.Especificamentenessecasorelatado,osautoresoptarampelousodeamoxicili-na,antibióticodeespectromoderado,emboranãohajaconsensonaliteratura.Tambémfoiprescritoousodecorticosteroideparacontroledoedemapós-operatório,emboraasvantagensedesvantagensemrelaçãoasuautilizaçãoemcasosdeenfisemaaindanãoestejambemestabelecidas9. Usualmente, os casos de enfisemasubcutâneoapresentamregressãoespontâneaentre3e5diasecompletaremissãoentre7e10dias9. Procedimentos cirúrgicos para drenagem do con-teúdoaéreoedescompressãosóse justificamemcasos nos quais haja acometimento da região to-rácica,desconfortodopacienteepossibilidadedecomplicaçõescardiopulmonares10.

Para prevenir essa complicação em casosdeextraçãodentária,oprofissionaldeveevitarreta-lhosmuitoextensos,manipularostecidoscomdeli-cadeza,evitandolaceraçõesindevidasnoperiósteo,suturar o alvéolo do terceiro molar superior, antes de iniciar a osteotomia no antagonista, direcionar adequadamenteacabeçadaturbinadealtarotaçãoepreferirousodecinzéispararemoçãodeosso,especialmentenamaxila,naqualotecidoósseoémaisfinoetrabecular3.

COnSidERAçÕES FinAiS

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Artigo Original

Arthrocentesis: Why and when indicate? – Case report

A artrocentese é um procedimento minimamente invasivo, realizado naarticulaçãotêmporo-mandibularcombaixoriscodecomplicações,alta taxa de sucesso e baixo custo operacional. Pode ser realizadasob anestesia geral ou local, sendo considerada de primeira linhapara pacientes portadores de disfunção têmporo-mandibular quenão responderam à terapia conservadora. Dentre suas indicaçõesdetratamento,estãoodeslocamentododiscoarticularcomousemredução,limitaçãodaaberturabucaldeorigemarticular,dorarticulare outros desarranjos internos na articulação. A técnica tradicionalconsisteemlavareinjetarmedicaçõesnoespaçoarticular,utilizandoduasagulhas, sendoumaposicionadapara aentradada soluçãoeaoutraparasuasaída.Estetrabalhotemporobjetivorelatarumcasoclínicodepacientedosexomasculino,32anosdeidade,encaminhadoao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial doHospitalAdãoPereiraNunes/RJ,relatandoqueixasálgicaselimitaçãodesuaaberturabucal,tendosidoproposto,comotratamentoinicial,a artrocentese.Após setediasdo tratamento, ele retornoucomsuaabertura bucal normal e semqueixas álgicas na região.Alémdisso,serão abordadas, no presente estudo, as indicações da artrocentese,técnicasemedicaçõesdescritasnaliteratura.Palavras-chaves: Articulação têmporo-mandibular; Artrocentese;TranstornosdaArticulaçãoTêmporo-mandibular.

Arthrocentesisisaminimallyinvasiveprocedure,performedinthetem-poromandibularjointwithlowriskof complications,highsuccessrateandlowoperatingcosts.Itcanbeperformedundergeneralorlocalanesthesiaandisconsideredfirst-linepatientswithtemporomandibulardysfunctionunresponsivetoconservativetherapy.Amongitstreatmentindicationsarethearticulardiskdisplacementwithorwithoutreduction, limitationof mouthopeningarticularorigin,jointpainandotherinternaldisordersinthejoint.Thetraditionaltechniqueinvolveswashingandinjectingmed-icationsintothejointspaceusingtwoneedles,onebeingpositionedforsolutioninletandtheothertoitsoutput.Thisstudyaimstoreportacaseof amalepatient,32yearsold,referredtotheMaxillofacialSurgeryAdãoPereira Nunes Hospital/RJ,reportingpaincomplaintsandlimitationsof themouthopening,whomwasproposedthearthrocentesisas ini-tialtreatment.Aftersevendaysof treatment,hereturnedtohisnormalmouthopeningwithoutpaincomplaintsintheoralregion.Furthermore,this study is todiscussbeyond thearthrocentesis indications, the tech-niquesandcommonlyusedmedicationsdescribedintheliterature.

RESUMO

ABSTRACT

Recebido em 03/08/16 Aprovado em 21/04/17 Taiane dos Santos LopesPós-graduanda em Estomatologia pelo Departamento de Diagnóstico Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro / RJ, Brasil.

Marlon Ribeiro Amaral Júnior Pós-graduando em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro / RJ, Brasil. paulo Roberto Bartholo Mestrando em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro / RJ, Brasil e Cirurgião Buco-Maxilo-Facial do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Rio de Janeiro / RJ, Brasil.

Maurício Saraiva MeirellesEspecialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela PUC/RJ, Rio de Janeiro / RJ, Brasil e Cirurgião Buco-Maxilo-Facial do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Rio de Janeiro / RJ, Brasil.

Rodrigo Figueiredo de Brito Resende Mestre e doutorando em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense, Niterói / RJ, Brasil e Cirurgião Buco-Maxilo-Facial do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Rio de Janeiro / RJ, Brasil.

EndEREçO pARA CORRESpOndênCiA Taiane dos Santos LopesRua General Belford 205 ap.101– Rocha Rio de Janeiro – RJ – 20961-000, Brasil. E-mail: [email protected]: +5521981071384

Artrocentese: Por que e quando indicar? - Relato de caso clínico

Artigo Caso Clínico

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LOPES TS, et al

As disfunções têmporo-mandibulares(DTM) têm se tornado um problema de saúdepública nas últimas décadas, por serem cada vezmais frequentes em grande parte da população 1, tendocomosinaisesintomasapresençadedoresnos músculos da mastigação e/ou em articulaçãotêmporo-mandibular (ATM), ruídos articulares, li-mitaçãodeaberturabucal,retraçãogengival,oclusãoinadequada,distúrbiosauditivos,cefaleiasesensibi-lidade em toda a musculatura do sistema estoma-tognático e cervical.2,3 Seudiagnósticoetratamentodevem, por conseguinte, ser direcionados por meio deumaabordagembaseadaemevidências.3 Diversas formas de tratamento são apre-sentadas para essas patologias, porém, como pri-meiraopção,devemossempreoptarportratamen-tos mais conservadores, como fisioterapia, placaoclusal,medicação,mudançasdecomportamentoede estilo de vida do paciente.4 Quando esses meios conservadoresnãoconseguemproporcionarumasoluçãoparaadisfunção,areparaçãocirúrgicadodiscoe seucorreto reposicionamento sãousadospararestabeleceraharmoniadaarticulação.4 ,5, 6 Os procedimentos cirúrgicos para o tra-tamento de desordens na articulação têmporomandibularpodemserclassificadosemtrêsgruposdistintos, sendo o primeiro minimamente invasivo, quando são realizadas artrocenteses ou artrosco-pias,ascirurgiasabertas,comoartrotomias,artro-plastias,discopexiasemeniscectomias,ecirurgiasreconstrutivasquandosãorealizadascomautiliza-çãodeenxertiasoupróteses.6 Aartrocenteseéumadasprimeirasopçõesde tratamento cirúrgico para pacientes portadores deDTMquenão respondemà terapia conserva-dora.7 EssatécnicaconsistenalavagemdoespaçoarticularsuperiordaATM,realizadasemumavisãodireta deste, comfinalidade primária de limpar aarticulaçãodos tecidosnecrosados, sangue eme-diadoresdador,objetivandoamelhoradeabertu-ra bucal do paciente. 5,8Dessa forma, considera-se que a falhano tratamento conservadorprévioéaprincipal indicaçãodetratamentocirúrgiconaATM.6São indicadastambémemcasosdedeslo-camentodediscocomousemredução,pacientescom ruído articular dolo roso que ocorre durante aaberturae/oufechamentodaboca,emcasosdesinovite/capsulite,limitaçãodeaberturadebocade origem articular e outros desarranjos internosdaarticulação.5,6,7,8

INTRODUÇÃO

PacienteW.R. de 32 anos de idade, sexomasculino, leucoderma foi encaminhado ao ser-viço de Cirurgia e traumatologia bucomaxilofa-cial doHospital Estadual Adão PereiraNunes /RJ para avaliação.A queixa principal relatada foia de “pouca abertura da boca e dor".Ao examefísico,notou-setrismoseverocomcercade4mmde aberturamáxima de boca e com evolução de60dias, semhistóriade traumana região (Figura1A).Ashipótesesdefraturacondilar,decoronoidee/oudearcozigomáticooumesmodeanquilo-se têmporo-mandibular, foram descartadas apósarealizaçãodeumatomografiacomputadorizada,emque foi demonstrado quenãohavia qualqueralteraçãonessasestruturas (Figura1Be1C).

RELATO DE CASO

A. Exame físico do paciente, no qual ele apresenta a máxima abertura bucal pré-operatória de 4 mm. B. Reconstrução 3D de face, evidenciando ausência de fraturas condilares, de coronoides e/ou de arcos zigomáticos. C. Imagem de tomografia computadorizada em corte axial, evidenciando ausência de anquilose têmporo-mandibular de ambos os lados.

Figura 1

A artrocentese parece ser um método segu-ro,minimamenteinvasivoeeficazparaotratamen-todedesarranjosinternosdaarticulaçãotêmporomandibular.

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LOPES TS, et al

Quandoexisteadisfunção têmporo-man-dibular (DTM), o paciente apresenta sintomas,comodordecabeça,dordeouvidoe/ouzumbi-dos,doroucansaçodosmúsculosdamastigação,ruídos articulares edificuldadepara abrir a boca.Essessintomassãoalgunsdos fatores indicativosparaarealizaçãodaartrocentesequandonãoseob-tém melhora por meio do tratamento clínico con-servador.1,7

OdiagnósticodeDTMestábaseadonessessintomas, testando a amplitude dos movimentos mandibulares, auscultando os ruídos articulares,examinandoaoclusão,apalpaçãodasarticulaçõescomo tambémosmúsculos da face e da cabeça.Geralmenteocirurgiãobuscainformaçõesdedoreoutrossintomas,alémdetraumassofridosrecen-tementeounosúltimosanos,hábitosparafuncio-nais, tratamentos médicos e dentais prévios. Além disso, existem alguns exames imaginológicos quenosauxiliamnodiagnósticodaDTM,comoara-diografia panorâmica e a tomografia computado-rizada, nas quais pode ser visualizada a estrutura óssea da articulação, sendo geralmente úteis paraavaliarmudançasmorfológicas e processos dege-nerativos da doença.Outro exame que pode sersolicitado, de grande valia nesses casos, é a resso-nância nuclear magnética, considerada o melhormétodoparaavaliaçãoeestudodaATM,poispro-duz imagens detalhadas e precisas dos tecidos mo-lesedurosdaregião.Aartrotomografiapermiteoestudoposicionalefuncionaldaarticulação,inclu-sive do disco articular, sendo que o procedimento é realizadopelainjeçãodeummaterialdecontrastena articulação, seguidapor radiografiasou tomo-grafias,vídeoouumacombinação.7 Quando os pacientes apresentavam desor-dem da articulação têmporo-mandibular que nãorespondiam aos tratamentos conservadores, a re-

diSCUSSÁO

A. Exame físico do paciente no qual ele apresenta a máxima abertura bucal pré-operatória de 4mm. B. Reconstrução 3D de face, evidenciando ausência de fraturas condilares, de coronoides e/ou de arcos zigomáticos. C. Imagem de tomografia computadorizada em corte axial, evidenciando ausência de anquilose têmporo-mandibular de ambos os lados.

Exame físico pós-operatório. A. Na realização da máxima abertura bucal, no período pós-operatório imediato, o paciente apresentava 22 mm. B. Após o período de 7 dias de pós-operatório, a máxima abertura apresentava 37 mm.

Figura 2

Figura 3

Como plano de tratamento, optou-se pela realizaçãodeumaartrocentesesobanestesiageral,pois,mesmonãosendoconsideradaumtratamen-to curativo, é relatada grande melhora na sintoma-tologia dos pacientes, daí ser o tratamento propos-to ao paciente. Oprocedimentofoirealizadosobanestesiageralcomintubaçãonaso-traquealàesquerda,comoauxíliodebroncofibroscópio,tendosidoadotadaatécnicamaistradicionalcomduasagulhas(0,80x40–21G),sendoumaposicionadaestrategicamen-teparaentradadasoluçãodelavagemeoutracomoorifíciodesaída.Primeiramentetraçou-seuma linha imagináriadaporçãomédiadotragodaorelhaatéocantolateraldogloboocular.Nessalinha,forammarcados dois pontos para a realização da inser-çãodasagulhas.Oprimeiroponto,localizadomaisposteriormente, ficou a umadistância de 10mmdotragoe2mmabaixodalinhacantotragal,sendoasegundamarcaçãorealizadaa20mmàfrentedotragoecercade10mmabaixodessamesmalinha. (Figura2Ae2B).Nesseprocedimento,utilizou-se,apenas,sorofisiológicoa0,9%,sendorealizadaainfusãode300mldecadalado.Aofinaldoprocedi-mentocirúrgico,nãohouvequalquerinterferência,eopacienteapresentouaberturabucalcomcercade30mm,demonstrandoserbastantesatisfatório,mesmo sob relaxamento devido à anestesia. Nopós-operatório imediato, observou-se o aumentodaaberturabucalpara22mmemamplitudemáxi-ma(Figura3A).Emacompanhamentopós-opera-tóriode7dias,aaberturamáximadebocaestava37mm(Figura3B),eno21ºdiaapósaartrocente-se,jáforamobtidos45mmemamplitudemáxima.Opaciente seguiu em acompanhamento ambula-torial,duranteoperíodode90dias,semregressãofuncionalequeixasálgicas, recebendo,assim,altahospitalar.

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Embora a artrocentese não seja conside-rada um tratamento curativo, o procedimento tem sidorealizado,demonstrando-seefetivoemrelaçãoàsintomatologiadepacientesqueapresentamdis-túrbiostemporomandibulares,comonocasorela-tado.Porém,umacompanhamentopós-operatórioa longo prazo se torna necessário devido a possí-veis recidivas.

COnSidERAçÕES FinAiS

posiçãocirúrgica,enxertiaseartroplastiaeramdeescolha para a melhora do quadro. Com a técnica da artrocentese, sendo uma modalidade cirúrgica menos invasiva que os métodos propostos até en-tão, surge uma inovação no tratamento de doresarticularescomumamenormorbidade,sendovistapor muitos cirurgiões como um meio termo entre o tratamento conservador e o cirúrgico.8 Essa técnica temdemonstradoótimos re-sultados ao longo dos anos, sendo minimamente invasiva,debaixocusto,comaltastaxasdesuces-so,de fácilexecução, semnecessidadedeequipa-mentos cirúrgicos adicionais 9.Apresenta eficácianamelhoradequeixasálgicas,restabelecimentodaaberturabucalemovimentosdelateralidade.Alémdisso, pode ser realizada sob anestesia local.1,5 A artrocenteseprovouseraltamenteeficaz,propor-cionando uma melhoria significativa em máximaaberturadebocaeomovimentolateral.5, 10

A incapacidade do disco de deslizar pode serresultadodeforçasadesivasprovenientesdeumaumento da viscosidade do fluido sinovial ou deumefeitodevácuocriadoentreodiscoeafossa.Taiseventospodemseradvindosdehábitospara-funcionaiscomoapertamento.5Ainjeçãodolíqui-donocomplexoproporcionaaquebradessauniãoadesiva,oque leva, alémdamelhorana aberturabucal,oalíviodequadrosdolorososeestalidos.5 Diversos estudos na literatura obtiveramsucesso com esse método de tratamento, corro-borando nosso trabalho em relação ao ganho naaberturabucal,movimentosdelateralidade,nadi-minuiçãodequeixasálgicasenoconfortoparaopacientedeformamenosinvasiva.1,5,7,10

No estudo de Nitzan et al., em 19915, foireafirmadoqueafisioterapiaantesdaartrocente-sefoi incapazdeproporcionarmelhorias,porém,apósarealizaçãodatécnica,afisioterapiamostrouresultadossatisfatórios. Nocasorelatado,nãofoirealizadafisioterapianosperíodospréepós-ope-ratórios.Mesmo assim, obtivemos resultados po-sitivos e tivemosumaaberturadeboca inicialde4mme,numaavaliaçãopós-operatóriade21dias,45mm,resultandoemumaumentosignificativo. Variaçõesdosvaloresemrelaçãoaoutrosestudospodemserjustificadaspelasdiferençasnautilização de medicamentos intra-articulares em-pregados para o tratamento, como é o caso no es-tudorealizadoLyrioetal.por.,20106, utilizam o ácido hialurónico para injeção intra-articular. NoestudodeChandrashekharetal.,20151, utilizou-se

soluçãodeRingercomLactatoparainjecção.1 No casodescrito,foirealizadaapenasinfusãointra-ar-ticularcomsorofisiológico0,9%.Estudosmostramovolumedelavagemidealpararemoverabradicinina,ainterleucina-6eproteí-nadaATM.Realizaram-seartrocentesescomdife-rentes volumes de lavagem e concluiu-se que o volu-medelavagemidealdeperfusãoparaartrocenteseéentre 300 e 400 ml. Considerou-se que é possível ir-rigaroespaçoarticularsuperiorem2mmcomumasoluçãode300mlde soluçãosalina.9 No presente estudo,foiutilizadosorofisiológiconaquantidadede 300ml de cada lado para lavagem articular, respei-tando o proposto pelos autores anteriores.

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ESpECIALIzAçãO EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

Duração: 3 anosContato: [email protected]

A Univerdade de Pernambuco, por meio da Faculdade de Odontologia de Pernambuco, oferece aos candidatos à Especialização em Cirurgia

e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial uma oportunidade única para aproveitar os recursos de uma Universidade Centro Hospitalar de renome na educação dos seus estudantes de Odontologia. Em sua essência, uma sólida compreensão das noções básicas dos mecanismos de doenças humanas molda a fundação do curso.

O currículo é apresentado em um formato baseado em problemas-aprendizagem, que promove o desenvolvimento da aprendizagem independente, o pensamento crítico e as habilidades de aprendizagem ao longo da vida, importantes para os profissionais de saúde. O curso inclui aulas teóricas, trabalho de laboratório e tutoriais em pequenos grupos, criando um ambiente de aprendizagem colaborativa, orientada à equipe em que alunos são estimulados e desafiados a aprender, pensar e aplicar seus conhecimentos de ciência sob novas maneiras.

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17ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Tratamento cirúrgico de mucocele de tamanho atípico em lábio inferior: Relato de casoSurgical treatment of atypical size mucocele in the lower lip: Case presentation

Mucocele é uma lesão oral, que ocorre a partir do acúmulo demucina nos tecidos moles, por retenção ou extravasamento. Esteúltimo, o mais comum, ocorre, principalmente, após traumamecânico, cujo ato resulta em rompimento do ducto da glândulasalivar. O presente trabalho tem como objetivo relatar um casode mucocele de tamanho atípico, em uma paciente de 28 anos. A abordagemclínicadocaso,bemcomootratamentoserãodiscutidos. Palavras-Chave: Mucocele; Glândula salivar menor; Cisto deextravasamentomucoso.

Mucoceleisanoralinjurythatoccursfromthemucinaccumulationinsofttissueforretentionorextravasation.Thelast,themostcommon,mainlyoccursaftermechanicaltraumaactwhichresultsindisruptionof the salivary gland duct. This study has the purpose to report acaseof atypicalsizeof mucoceleina28-year-oldpatient.Theclinicalapproachof thecase,andthetreatmentwillbediscussed.Keywords:Mucocele;Minorsalivarygland;Mucousextravasationcyst

RESUMO

ABSTRACT

Recebido em 02/08/16 Aprovado em 28/05/16

Beatriz Terumi Barreto Kanehira Graduanda em Odontologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Gilcinete Sousa Oliveira Residente do Programa em Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da universidade do Estado do Amazonas (UEA) Tiago novaes pinheiro Doutor em Patologia Oral pela Universidade de Campinas (Unicamp)

Valber Barbosa MartinsDoutor em Clínica Odontológica área de concentração em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade de Campinas (FOP-Unicamp)

Marcelo Vinícius de OliveiraDoutor em Clínica Odontológica área de concentração em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade de Campinas (FOP-Unicamp)

EndEREçO pARA CORRESpOndênCiA Beatriz Terumi Barreto KanehiraTravessa Itaobim, Nº 1, Quadra 91, Conjunto Sergio Pessoa Neto, Cidade Nova 1 CEP: 69097-767 – Manaus – Amazonas Telefone: +55 (92) 98222-1220E-mail: [email protected]

Artigo OriginalArtigo Caso Clínico

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18 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 17-20, jul./set. 2017Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

KANEHIRA BTB, et al

INTRODUÇÃO Mucoceleéumalesãooralcomum,benig-na, assintomática, caracterizada pelo acúmulo de mucina, autolimitante, que acomete glândulas sa-livaresmenores, principalmente do lábio inferior,mucosa jugal, assoalho da boca e dorso da lín-gua.1,2,3

Apresenta-se como um aumento de volu-meemformadecúpulaepodeserclassificadaemmucocelederetençãooudeextravasamento4. Seu tamanho pode variar entre poucos milímetros até alguns centímetros1,5,6. A mucocele de extravasamento está rela-cionada,geralmente,aotraumamecâniconoqualocorrerupturadoductodaglândulaeconsequen-te extravasamento de mucina no tecidomole. Amucocelede retençãoocorre,principalmente, emglândulasalivarmaiordevidoàobstruçãododuc-to, proporcionando o acúmulo de mucina. Clinica-mente,nãohádiferençaentreosdoistipos4. Otratamentoconsisteemexcisãocirúrgi-ca, laser de CO2,criocirurgia,injeçãodecorticoes-teroide intralesional, micromarsupialização e ele-trocauterização4,7. Neoplasiasdeglândulasalivar,lipoma,cis-tooral linfoepitelial,cistogengivaldoadultoefi-bromadeirritaçãopodemserconsideradoscomodiagnósticodiferencial4,8. Oobjetivodestetrabalhoérelatarumcasode mucocele de tamanho atípico, em uma paciente de 28 anos.

Paciente R.A.S., 28 anos, sexo femininocompareceu ao ambulatório da Residência de ci-rurgiabucomaxilofacialdaUniversidadedoEstadodoAmazonas,referindoaumentodevolumenolá-bioinferiorhá8meses,indolorecomperíodosdevariação de volume após traumas repetitivos pormordedura acidental, com eventual saída de líquido do seu interior. Ao exame clínico, observou-se apresença de uma lesão tumoral em lábio inferiordeaproximadamente3cmemseumaiordiâmetro,com consistência flutuante à palpação, coloraçãoróseasemelhanteaostecidoscircunjacentesepre-sençadepequenaáreaulceradaemfasecicatricial,emlocaldaúltimamordedura.Comasinformaçõescolhidas,ahipótesedediagnósticoerademucoce-le.Realizou-sea intervençãocirúrgicasobaneste-sialocalatravésdobloqueiodonervomentoniano

RELATO DE CASO

Sequência cirúrgica. A, Incisão sobre a lesão. B, Divulsão inicial sobre a incisão. C, Divulsão completa da lesão. D, Leito cirúrgico após exérese da lesão. E, Sutura em planos, finalizada com sutura simples contínua com fio de nylon 4-0.

Figura 1

unilateral, seguidodeuma incisão labial (fig.1-A),tendo os tecidos sido delicadamente divulsionados (fig.1-BeC),afimdenãoocorrerorompimentodalesãoafim.Procedeu-seaopinçamentodaglân-dulaafetadademaiortamanhoesuadivulsãoemrelaçãoaoplanomuscularsubjacente(fig.1-D).Re-alizou-seasuturacontínuasimplesdamucosa(fig.1-E).Amucoceleapresentavaumtamanhoatípico.Após biópsia excisional, a peça anatômica (fig.2)foienviadaparaanálisehistopatológica.Oexamemicroscópicoapontouumcistodeextravasamentomucoso(fig.3).

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KANEHIRA BTB, et al

Lâmina histopatológica apresentando cavidade preenchida por mucina, com mucifagos e infiltrado inflamatório crônico.

Figura 3

Peça cirúrgica removida.Figura 2

Mucocele é considerada a décima sétima lesãomaiscomumdacavidadebucalealesãobe-nigna autolimitada mais comum1,4. Caracteristicamente, mucoceles apresen-tam-se com coloração similar à mucosa bucal,flutuantes à palpação, assintomáticas, sendo a deextravasamentootipomaiscomum1,2,3,6.Têmsidorelatadas em todas as idades, porém ocorrem, em média, na segunda década de vida. Oliveira et al. diz que a literatura mostra não haver predileçãoporsexo,noentantoobservouqueafrequênciafoimaior empacientes de raça branca. No que dizrespeito à localização,os sítiosmais afetados sãoolábioinferior,soalhodaboca,alínguaemucosajugal2.

DISCUSSÃO

SegundoumestudofeitoporBezerraet al., o tamanho commaior incidência encontrado fo-ram lesões entre 0 a 2 cm, representando 86,5% dos casos; 2,1 a 4cm representando 3,8%;maiorque4,1cm0,3%enãoinformados9,5%1.Váriosestudosmostramqueaslesõesmaisfrequentemen-te encontradas variam aproximadamente até 2cmdediâmetro1,2,6, tornando, assim, raro o relato de umalesãocom6cmdediâmetrocomooapresen-tado neste caso. Atualmente sãováriasasopçõesde trata-mento,entretantofoiescolhidaaexcisãocirúrgicadalesãoeglândulaadjacenteporseroprocedimen-topadrão-ouro1paraarealizaçãodoexamehisto-patológicoeexclusãodeoutrodiagnósticodiferen-cial. Amarsupializaçãoconsisteemestabelecerumacomunicaçãoentreacavidadeeomeiooral,levandoà remissãoda lesão, contudoas taxasderecidivasãomaiores7.Amicromarsupializaçãoestáindicadaemcasosemqueseexcluicompletamenteoutrodiagnósticodiferencialpornãohaverapossi-bilidadedeencaminhamentoparaohistopatológi-coepossuicomovantagemserbemtoleradapelopacienteeserumatécnicafácilerápida7,9. Comrelaçãoàinjeçãodecorticoesteroidesintralesional,aindaexisteanecessidadedemaises-tudos,porémautilizaçãodessatécnicaresultaemmaiortaxaderecidiva4. A criocirurgia é uma técnica de tratamento atravésdautilizaçãodenitrogêniolíquidoque,pormeiodemecanismosdedestruiçãocelularcomple-xos,resultaemmortecelularmediadaporisquemiae apoptose7.Entreasvantagens,podemosdestacaraausênciadesangramento, falta relativadedorecicatriz,baixa incidênciade infecçõese fácil apli-cação.Assimcomoamicromarsupialização,acrio-cirurgia apenas está indicada em casos nos quais oprofissionaltemcertezadodiagnóstico,alémdafaltadeprecisãodaprofundidadeeáreadoconge-lamento. Olaserdedióxidodecarbonoéaltamenteabsorvidopelaágua,sendosuaaçãoconfinadaaotecido superficial e, apesar de poucos estudosnaárea, apresenta como principal vantagem a ausên-cia de sangramento e de parestesia7,10.

Amucoceleéumalesãocomum,quetemcomo principal fator etiológico o trauma mecâ-

CONSIDERAÇOES FINAIS

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nico, ocorrendo, commaior frequência, em lábioinferior,sendoodiagnósticofeitoclinicamentenamaioria dos casos. Emgeral,essaslesõesnãopassamde2cmdediâmetro,tendo,nopresentecaso,sidoidentifi-cado6cmemseumaiordiâmetroeenquadrando-secomoumcasoraro.Apósexcisãocirúrgica,foirealizadooexamehistopatológicoparaconfirma-çãodediagnóstico. Independente do tratamento escolhido, é necessárioquealesãosejacuidadosamenteremo-vida,afimdereduziraprobabilidadederecidiva.

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Osteotomia sagital do ramo mandibular na remoção de dentes impactados: Relato de casoSagittal split ramus osteotomy for removal of impacted teeth: a case report

A osteotomia sagital do ramo mandibular é uma técnica cirúrgica,utilizadadesdeadécadade50,notratamentodedeformidadesdento-esqueléticasdamandíbula.Consistenumatécnicaconsagrada,segura,com riscos previsíveis e prognóstico extremamente favorável, quepodeserutilizada,também,pararemoçãodedentescomimpactaçãoseveranaregiãoderamo/ângulo/corpodamandíbula.Esteartigotemcomoobjetivodescreverumcasodeumapacientecomimpactaçãodosegundoeterceiromolarinferior,aqualfoisubmetidaàremoçãopelatécnicadeosteotomiasagitaldoramodamandíbula.Osucessodo caso demonstra que essa é uma técnica viável como alternativa na cirurgia de dentes severamente impactados, que apresentem, por exemplo,riscodelesãodonervoalveolarinferiorefraturamandibular. Palavras-Chave: Osteotomia mandibular; Terceiro molar; CirurgiaBucal.

The sagittal ramus split osteotomy of themandibular is a surgicaltechniqueusedsincethe50sinthetreatmentof deformitiesdental-skeletaljaw.Isadedicated,safetechniquewithpredictablerisksandextremely favorable prognosis,which can also be used for removalof teeth with severe impaction in the ramus/angle/body of themandible. This article aims to describe a case of a patient withimpaction of the second and third molar, which was subjected toremoval by sagittal ramus split osteotomy technique of the jaw.The successof thecase shows that this is aviable techniqueas analternativetoseverelyimpactedteethsurgerythathave,forexample,risk of inferior alveolar nerve injury and mandibular fracture. KeyWords:Mandibularosteotomy;Thirdmolar;Oralsurgery.

RESUMO

ABSTRACTRecebido em 05/11/16 Aprovado em 25/04/17 Airton Vieira Leite SegundoCoordenador do Curso de Odontologia da Faculdade Maurício de Nassau, Coordenador da Residência em CTBMF do Hospital Regional do Agreste, Mestre e Doutor em Estomatologia, UFPB, João Pessoa-PB.

Émerson Filipe de Carvalho nogueira Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Mestrando em CTBMF pela FOP/UPE, Camaragibe-PE. daniel Ferreira do nascimento Cirurgião Bucomaxilofacial pelo Hospital Regional do Agreste, Caruaru-PE. Mestrando em Odontologia pelo Departamento de Odontologia da UFRN. Lucas nunes de Brito Silva Residente em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital Regional do Agreste, Caruaru-PE.

paulo Alexandre da Silva Mestre em Cirurgia Bucomaxilofacial e Doutor em Disfunção Têmporo-mandibular pela Faculdade São Leopoldo Mandic, São Paulo –SP.

EndEREçO pARA CORRESpOndênCiA Prof. Dr. Airton Vieira Leite SegundoAv. Agamenon Magalhães, 444 Empresarial Difusora – Sala 530, Maurício de Nassau, Caruaru – PE, 55.012-290email: [email protected]

Artigo Caso Clínico

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SEGUNDO AVL, et al

Aremoçãocirúrgicadosmolaresinferiorescomaltograude impactação,muitasvezes, requerdoscirurgiõesbucomaxilofaciaisummelhorplane-jamentoeexecuçãodetécnicascirúrgicasmaisrefi-nadas que o convencional. Na grande maioria das vezes, é utilizado acesso intraoral, seguido das osteo-tomias,porémtécnicasalternativas,comoacessoex-traoral, split lingual ou osteotomia sagital, podem ser utilizadas, adependerdadificuldadede cada caso.Noentanto,cadaumdessesmétodostemlimitaçõesedesvantagens,taiscomoaperdadedentesadjacen-tes, fraturamandibular,danosaosnervos lingualealveolarinferior,cicatrizemfaceeriscoaumentadode lesãodonervo facial1. Para tais casos, a osteo-tomiasagitaldoramomandibular (OSRM)temsetornado uma técnica cirúrgica viável.

AOSRMfoiprimeiramentedescritaparaotratamento de prognatismo e retrognatismo man-dibular.Noentanto,temsidorelatadacomoumaopçãoparaaremoçãodealgunsdentesimpactadosnamandíbula2,poroferecerexcelenteexposiçãodocampooperatórioeummelhorcontroledaperdaóssealocal3.Comisso,diminuem-seaspossibilida-desdeparestesia labialpermanentepelodanoaonervo alveolar inferior como também se reduzoriscodefraturasiatrogênicasdamandíbula3. Opropósitodesteartigoérelatarumcasoclínicodeumapacienteportadorade impactaçãoseveradosegundoeterceiromolaresinferiores,emquefoirealizadasuaremoçãopormeiodaOSRM.

INTRODUÇÃO

Pacientedosexofeminino,25anos,pardaprocurouoambulatóriodeCirurgiaeTraumatologiaBucomaxilofacialdoHospitalRegionaldoAgreste,Caruaru/PE,encaminhadaporseuortodontistaparaexodontiadeelementosdentáriosimpactados,comqueixadedentesemmáposiçãoedificuldadedehigienizaçãodaregião.Suahistóriamédicanãoreveloualteraçõessignificativas. Ao exame intraoral, foi observado o ele-mento38semierupcionado,emposiçãomesioan-gular e ausência de exposição do segundomolarinferiordireito.Aoexameradiográfico,foipossívelidentificaroelemento37impactado,tendoatomo-grafiareveladoíntimarelaçãodesuasraízescomocanalmandibular(Fig.1AeB).

A e B – Tomografia computadoriza de feixe cônico, mostrando impactação dos segundo e terceiro molares. Observar proximidade da raiz mesial do segundo molar com a basilar da mandíbula, bem como com o canal mandibular.

A, B e C – Desenho da OSRM. Observar a osteotomia sagital da cortical bucal na mesial do primeiro molar (modificação de Puricelli). Remoção dos dentes segundo e terceiro molares.

A e B – Fixação híbrida: miniplaca de titânio sistema 2.0 com 4 parafusos monocorticais e 1 parafuso posicional no ramo. Radiografia panorâmica pós-operatória.

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Otratamentodeescolhafoiaremoçãodoselementos inclusos pelo acesso intraoral e OSRM. Oprocedimentofoirealizadosobanestesiageral,emâmbitohospitalar,iniciandocomaincisãoeodescolamento subperiosteal, promovendo acessoaoramoecorpomandibular.Aosteomiafoirea-lizada com serra reciprocante, utilizando a técnica preconizada por Puricelli, que traz o corte ósseosagitaldafacebucalnamesialdoprimeiromolar,seguidodaseparaçãodosseguimentosósseosere-moçãodosdentes 37 e 38 (Fig 2A,B eC).Foirealizadoobloqueio intermaxilar transoperatório,seguidopelafixaçãoósseacomminiplacadetitâniodo sistema2.0 comquatroparafusosmonocorti-caisnocorpomandibulareumparafusoposicionalnoramo(Figura3AeB).Nãoocorreufraturain-desejadaouquaisqueracidentestransoperatórios.

RELATO DE CASO

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SEGUNDO AVL, et al

DISCUSSÃO

CONSIDERAÇOES FINAIS

Ascomplicaçõesinerentesàremoçãodemolaresinferiorescomaltograudeinclusãoincluemperdaósseasevera,injúriadonervoalveolarinferior,lesãodedentesadjacentesefraturamandibular4. Sen-doassim,torna-seaindamaisimportanteaavaliaçãodorisco/benefíciodaindicaçãodaexodontiadesseselementoscomotambématécnicaaserutilizada.

Como demonstrado na literatura, terceiros molares inclusos com grau de impactação consi-derávelapresentammaiorriscode injúriadoner-vo alveolar inferior3. Em seu estudo prospectivosobre cirurgia de terceirosmolares e repercussãonervosa, Smith3observouque,quandoo terceiromolar impactado apresentava suas raízes com ínti-marelaçãocomonervoalveolarinferior,achancedelesãoaoreferidonervoaumentava11%,sendoessarelaçãocaracterizadaradiograficamentecomodesvio do canal ou escurecimento radicular, com a impactaçãohorizontalcommaior incidênciadelesãonervosa4,7%. Outro fator a ser considerado é a proba-bilidade aumentadade fraturamandibulardevidoaodesgasteósseonecessário,emespecialàcorticalósseapararemoçãodoelementodentárioincluso2. Dessa forma,as impactaçõesdentáriascompletasapresentam chance duas vezes maior de fraturamandibularemrelaçãoaimpactaçõesparciais4.

Com isso, casos que apresentem as carac-terísticas anteriormente relatadas com inclusãodentáriaconsideráveleíntimarelaçãodenteinclu-so com o nervo alveolar inferior, característicasencontradas neste caso clínico, demonstram indi-caçãodeumatécnicacirúrgicaqueatendaaessescuidados, sendo a osteotomia sagital do ramo man-dibular (OSRM) uma técnica segura, que propor-ciona a plena visualizaçãodas estruturas a seremremovidas e preservadas. Portanto, pode ser utili-zadacomotécnicaparaexodontiadedentesinclu-sosemregiãoposteriordemandíbula5. A OSRM foi inicialmente descrita porTraunereObwergesernadécadade50emodifi-cadaposteriormenteporDalpoint, tornando-seatécnica de escolha nos procedimentos cirúrgicos decorreçãodedeformidadedento-esqueléticadamandíbula6.Aminecolaboradores7 foramospri-

A OSRM é uma técnica viável para remo-çãodedentesimpactadosnaregiãoposteriorman-dibular,quandoatécnicadeexodontiaconvencio-nalofereceriscosdefraturamandibularassociadaàgrandequantidadederemoçãodeossooudelesãodo feixe vásculo-nervoso alveolar inferior. Tam-bémvaleapenaressaltarqueavariaçãodatécnicapreconizada por Puricelli permite melhor acesso para a remoçãododente.Porfim, sãodesvanta-gens dessa técnica a necessidade de procedimento

Apaciente evoluibem, semqueixas, comaberturabucalsatisfatória,oclusãodentáriapreser-vadaeausênciadeparestesiadolábioinferior.

meiros a descreverem o uso dessa técnica como acessoparaterceiromolarinferior.

Camargo e colaboradores8 realizaram um estudocompacientescom30anosoumais,sub-metidos a procedimento de cirurgia ortognática comOSRM, em que os terceirosmolares foramremovidos durante o procedimento. Concluíram que os terceiros molares impactados podem ser removidosconcomitantesàOSRM.Nãohouveas-sociaçãoestatísticadefraturasindesejadas(bad frac-ture/bad split)comapresençadeterceirosmolaresimpactados.

Uma modificação relatada na literatura édescrita por Puricelli9, na qual demonstra, por meio daanteriorização(distalização)daosteotomiasagi-talcommaiorproximidadeaosforamesmentuais,ummelhoremaiorcontatoósseoeumamaiorfa-cilidadenafixaçãointernarígida.Paraocasorela-tado neste artigo, a técnica de Puricelli, além de dar acesso aos elementos dentários inclusos a serem removidos,facilitouafixaçãoeapresentouumex-celentecontatoósseoapósfixação. Quantoàfixação,a literaturadescrevedi-versastécnicasdefixação,sendoaprincipalauti-lização de placas e parafusos3. No presente caso, foiutilizadaafixaçãohíbridadescritaporBrasileiroecolaboradores10, sendo essa técnica caracterizada pelautilizaçãodafixaçãocomumaplacadequatrofurosfixadaporparafusosmonocorticais,emcon-junto com umparafuso posicional bicortical, emregiãomaisposterior.Segundoestudos,essatécni-ca apresenta melhores resultados para o suporte de cargas oclusais em molares. O motivo pelo qual se optouporessatécnicasedeveuaofatodenãoterhavidopresençademobilidadedoscotosdaosteo-tomia,bemcomodequalqueroutro tipodemá-funçãorelatadapelapaciente.

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SEGUNDO AVL, et al

sobanestesiageralemaiorcustodevidoànecessi-dadedematerialdefixação.

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REFERÊNCIAS

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25ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Artigo Caso Clínico

Tratamento cirúrgico de lipoma: Relato de dois casosSurgical Treatment of Lipoma: Report of two cases

O lipoma é um tumormesenquimal benigno, considerado um dosmais comuns dos tecidos moles. Ocorre, principalmente, no tronco, nas porções proximais das extremidades do corpo e na região decabeça e pescoço, com incidência de 15 a 20%dos casos.Quandoapresentadoemregiãooralemaxilofacial,érelativamenteraro,tendouma incidência relativa de 1% - 4% dos tumores que acometem essa região. Clinicamente a lesão intraoral apresenta-se como aumentode volumenodular, assintomática, bem-circunscrita, de crescimentolento,comsuperfícielisaeconsistênciamacia,quepodeserséssiloupedunculada,detamanhodiverso,comcoloraçãovariandodeamarelodiscreto,emlesõessuperficiais,arosa,semelhanteàmucosaemlesõesmaisprofundas.Otrabalhotemcomoobjetivorelatardoiscasosdelipomasemregiõesmaxilofaciais,tratadoscirurgicamentesobanestesialocal e geral. Os pacientes encontram-se em acompanhamento, semsinaisderecidiva.É importanteocorretodiagnósticoclínicoeanatomopatológicodalesão,paraquesejadefinidootratamentoidealeumbomprognóstico,jáqueessalesãoapresentaumabaixataxaderecidiva. Palavras-chave: Lipoma;Neoplasias;Patologia;PatologiaBucal.

Lipomaisabenignmesenchymaltumor,consideredoneof themostcommonone insoft tissues.Theymainlyoccur inthetrunk, intheproximalportionsof theextremitiesof thebodyandintheregionof theheadandtheneck,withincidenceof 15to20%of cases.Whenpresentintheoralandmaxillofacialregions,itisrelativelyrare,witha relative incidenceof 1%-4%of the tumorsaffecting this region.Clinically,theintraoral lesionpresentsasanodularvolumeincrease,asymptomatic,well-circumscribed,slow-growing,withsmoothsurfaceandsoftconsistency-whichmaybesessileorpedunculated-of differentsize, with a coloration ranging from discrete yellow in superficiallesionstoamucosa-likepinkindeeperlesions.Theaimof thisstudyis to report two casesof lipomas inmaxillofacial regions surgicallytreatedunderlocalandgeneralanesthesia.Patientsarebeingfollowedupwithoutsignsof relapse.Theappropriateclinicalandpathologicaldiagnosisof thelesionisimportanttodefinetheidealtreatmentandagoodprognosis,sincethislesionpresentsalowrateof recurrence. Key words:Lipoma;Neoplasms;Pathology;Pathology,Oral.

RESUMO

ABSTRACT

Recebido em 11/03/17 Aprovado em 10/04/17

davi Felipe neves Costa Cirurgião-dentista, Especialista em CTBMF, Mestrando em Odontologia UFPB, Preceptor do Programa de Residência em CTBMF do HULW-UFPB, Assistente no serviço de CTBMF do HUWAB/UNIVASF. Sirius dan inaokaCirurgião-dentista, Especialista em CTBMF, Preceptor do Programa de Residência em CTBMD do HULW-UFPB, Assistente do Serviço de CTBMF do Complexo Hospitalar de Mangabeira.

Karoline Gomes da Silveira Cirurgiã-dentista, Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Mestranda em Odontologia UFPB.

natália Lins SouzaCirurgiã-dentista, Residente do Serviço de CTBMF da Universidade Federal da Paraíba.

Lucas Alexandre Morais SantosCirurgião-dentista, Especialista em CTBMF, Mestre em CTBMF pela UPE.

Endereço para correspondência Hospital Universitário Lauro WanderleyAvenida Contorno das Cidades, SN – Cidade Universitária, João Pessoa – PB, Brasil;CEP: 58051-900Telefone: +55 8399977-8811E-mail: [email protected]

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Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 25-28, jul./set. 2017 Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

COSTA DFN, et al

Olipomaéumtumormesenquimalbenig-no, considerado um dos mais comuns dos tecidos moles. Ocorre, principalmente, no tronco, nas por-çõesproximaisdasextremidadesdocorpoenare-giãodecabeçaepescoço,comincidênciade15a20% dos casos 1.Quandoapresentadoem regiãooralemaxilofacial,érelativamenteraro,tendoumaincidência relativa de 1% - 4% dos tumores que acometemessaregião2,3. O lipomanão apresenta etiologia esclare-cida, porém se acredita que alguns fatores, comoendocrinopatias,alcoolismoehistóricodetraumaeinfecçõesnaregiãoacometida,estejamassociadosa esse tumor 4. Clinicamentealesãointraoralapresenta-secomo aumento de volume nodular, assintomática, bem-circunscrita,decrescimentolento,comsuper-fície lisaeconsistênciamacia,quepodeserséssilou pedunculada, de tamanho diverso, com colora-çãovariandodeamarelodiscreto,emlesõessuper-ficiais,arosa,semelhanteàmucosaemlesõesmaisprofundas5. Osprincipaisdiagnósticosdiferenciaisdoslipomasintraoraissãooscistosepidermoide,der-moideelinfoepitelialoral.Ocistolinfoepitelialoralseapresentacomoumalesãonodularsubmucosa,móvel,assintomática,comumacoloraçãoamarelaou amarelo-branca, diferenciando-se dos lipomasorais,emvirtudedotamanhodosnódulos,quege-ralmentesãomenores,porocorreremdaprimeiraàterceiradécadadevida.Alémdisso,amaiorpartedoscistoslinfoepiteliaisoraissãoencontradosnopalatomole,mucosadafaringeeamígdala, locaisquesãoincomunsparaoslipomas.Oscistosder-moideeepidermoidetambémseapresentamcomonódulos submucosos, localizando-se em assoalhobucaleemoutras regiõesdamucosaoral.Sendoassim,é importanteumcriteriosodiagnósticoclí-nico e avaliação histopatológica para diagnósticodalesão.Neoplasiasmesenquimaistambémdevemserincluídasnodiagnósticodiferencial5,6,7. O tratamento mais indicado para os lipo-mas consiste na excisão completa da lesão, inde-pendentedasuavariaçãohistológica,sendoasreci-divas raras quando realizado o tratamento adequa-do 8. Oestudotemcomoobjetivorealizarrevi-sãodeliteraturaerelatardoiscasosclínicos.

INTRODUÇÃO Paciente85anos,gênero feminino, leuco-derma,queixando-sedeaparecimentodeuma le-sãonaregiãodelíngua,semsintomatologiadoloro-sa,porémapresentandodesconfortoduranteaali-mentação, comduraçãoaproximadamentedeumano.Duranteaanamnese,nãoapresentavaalergiasoualteraçõessistêmicas.Aoexameclínicointra-o-ral,observou-seumalesãonodulardebaseséssil,embordalateraldelíngua,comcoloraçãoamarela-da,semulceraçãoouqualqueroutraalteração,comtamanhodeaproximadamente3cmdediâmetro.Apacientefoisubmetidaàbiópsiaexcionaldale-sãosobanestesialocal.Foramutilizadostodososcuidadosdebiossegurançae,emseguida,realizou-seanestesiatronculardonervolingualeinfiltrati-vaaoredordalesão,commepivacaínaa2%comepinefrina 1:100.000. Foi realizada uma punçãoaspirativacomagulhadegrossocalibre,paraiden-tificaçãodoconteúdopresentenointeriordalesão,comfinalidade de diagnóstico diferencial das de-mais lesões de características clínicas semelhantes, obtendo,assim,aspiraçãonegativa.Emseguida,foirealizadaumaincisãocomlâminadebisturin°15,emformalinear,obtendoamargemdalesãoerea-lizandoadivulsãocuidadosacomumapinçaKellycurva e tesouraMetzembaun curvadelicadaparaexéresecompletadapeçacirúrgica.Apósaremo-çãodalesão,foicolocadaapeçaemumrecipientecomformol10%,ondeseconstatousuaemersão,corroborando a hipótese diagnóstica de lipoma,sendoassimconfirmadacomolaudohistopatoló-gico. A paciente encontra-se em acompanhamento de01ano,nãoapresentandointercorrênciasoure-cidivas(FigI)

RELATO DE CASO I

Figura 1 A) aspecto intraoral pré-operatório. Observar lesão nodular de base séssil em borda lateral de língua, com coloração amarelada. B) Aspecto intraoral após divulsão dos tecidos.

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COSTA DFN, et al

Paciente 48 anos, gênero masculino, leuco-derma,queixando-sedepresençadenóduloembai-xodamandíbula,comcercade3anosdeevolução.Ao exame físico, foi possível observar uma tume-fação indolor,deconsistênciamaciaàpalpaçãonaregião submentoniana.A lesão eramóvel emediaaproximadamente4cmdediâmetro,nãoapresenta-vasinaisflogísticoslocaisousinaisclínicosdecáriedentáriaativaimportante.Ahipótesediagnósticafoilipomaoucistodermoide.Abiópsiaexcisionalfoitidacomoamelhorconduta,edevidoàlocalizaçãoetamanhodalesão,preferiu-seporexecutaracirur-giasobanestesiageral. Após induçãoanestésicaeintubaçãonasotraqueal,foirealizadoantissepsialo-caleaposiçãodecamposcirúrgicos;emseguida;foifeitaumapunçãoaspirativa comagulhadegrossocalibre,noentantonenhumconteúdofoiaspirado,denotandooaspectosólidoda lesão.Apósmarca-çãocirúrgicaparaacessosubmentonianoeinfiltra-ção anestésica com lidocaína 2% com epinefrina1:200.000, prosseguiu-se a incisão com lâmina debisturin°15sobreapeleetecidosubcutâneo,quan-doentãopôdeseobservarumalesãoamareladacomaspecto de tecido adiposo, sendo divulsionada com ajudadepinçadeHalstederemovidacompletamen-te.Emseguida,utilizou-sefiodeácidopoliglicólico3.0paraasuturadosplanosinternoenylon5.0parapele.Apeçacirúrgica foi encaminhadapara servi-çodeanatomopatológicoqueconfirmouahipótesediagnósticainicialdelipoma.

RELATO DE CASO II

Éimportanteocorretodiagnósticoclínicoeanatomopatológicodalesão,paraquesejadefini-dootratamentoidealeumbomprognóstico,con-siderandoqueessalesãoapresentaumabaixataxade recidiva.

CONSIDERAÇOES FINAIS

Figura 2 A) Aspecto extraoral da lesão. Observar aumento de volume em região submentoniana. B) Divulsão dos tecidos. Observar lesão amarelada com aspecto de tecido adiposo. C) Aspecto macroscópico da lesão.

DISCUSSÃO Olipomaéumtumorbenigno,deorigemmesenquimal, de crescimento lento e geralmente assintomático 8,corroborandooscasosclínicosre-latados. Na região oral, a prevalência do lipomarecai sobre amucosa jugal e vestíbulo bucal, se-guidosdoassoalhobucal,língua,lábiosepalato5. Nonosso segundo caso clínico, podemos obser-var que este diverge da literatura, pois se encontra emregiãosubmentoniana,consideradalocalizaçãoatípica. Não há um consenso na literatura sobrepredominância de gênero: alguns autores citamser mais prevalente em homens, e outros relatam aexistênciadedistribuiçãoporsexoigual,nocasodos lipomas orais 2,corroborandoassimosnossoscasos clínicos, pois estes acometeram tanto homem como mulher. A patogênese dos lipomas é incerta, en-tretanto eles parecem ser mais prevalentes em pa-cientesobesos.Acometempacientesqueseencon-tramentreaquartaesextadécadadevida,sendoincomunsemcrianças1,3. No nosso primeiro caso clínico,podemosobservarqueessedivergedalite-ratura, pois se encontra na oitava década de vida. O lipoma apresenta como características clínicas: nódulo móvel, séssil ou pediculado, deconsistênciamole,bemcircunscrito,decoloraçãoamarelada, de dimensões variadas 4,8,confirmandoos mesmos achados clínicos encontrados em nos-sos relatos. O tratamento escolhido pelos autores con-siste da exérese total da lesão, através da biópsiaexcisional,corroborandoaliteraturaexistentequenosinformaqueotratamentoéexclusivamenteci-rúrgico.

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COSTA DFN, et al

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REFERÊNCIAS

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29ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Artigo Caso Clínico

Reconstrução de sequela facial por prótese interna acrílicaReconstruction of facial sequela by internal acrylic prothesis

As sequelas faciais decorrentes do trauma representam grandedesafio para o cirurgião buco-maxilo-facial e exigem que estetenha em mente o conhecimento anatômico, cirúrgico, do acervo material, bem como do aporte tecnológico que lhe assiste aprática cirúrgica.Frente aosbiomateriais utilizadosna confecçãoprotética, a resina acrílica aparece como uma possibilidadeamplamente vantajosa para o profissional e para o paciente, e,uma vez somada às técnicas de prototipagem, se tornam aindamais eficientes e eficazes. O presente trabalho objetiva discutiro uso da resina acrílica no tratamento das sequelas faciaisapós o trauma por meio da apresentação de um caso clínico. Palavras-chave: ImplantedePróteseMaxilofacial;TraumatismosFaciais;Zigoma.

As the facial sequelae resulting from trauma represent a greatchallengeforthemaxillo-facialsurgeon,andrequirethatkeepinmindthe knowlodge about anatomical, surgical, material assets and thetechnologicalsupportthatassistsyoutosurgicalpractice.Inviewof theprostheticbiomaterialsused inmaking the acrylic resin appearsasawidelyadvantageouspossibilityforprofessionalandpatient,andonceaddedtotheprototypingtechniquesbecomemoreefficientandeffective.Thispaper aims todiscuss theuseof acrylic resin in thetreatmentof facialsequelaeaftertraumabypresentingaclinicalcase. Key Words: Maxilofacial Prothesis Implantation, Facial Injuries,Zygoma

RESUMO

ABSTRACT

Recebido em 22/02/17 Aprovado em 17/04/17 Rosa Rayanne Lins de SouzaGraduação em Odontologia. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Camaragibe. Pernambuco. Brasil. Ladyanne pavão de MenezesGraduação em Odontologia. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Camaragibe. Pernambuco. Brasil. Edmilson Zacarias da Silva JúniorPós – graduação em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Camaragibe. Pernambuco. Brasil.

Marília Gabriela Mendes de Alencar Pós – graduação em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Camaragibe. Pernambuco. Brasil. Belmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos Departamento de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Camaragibe. Pernambuco. Brasil.

José Rodrigues Laureano Filho Departamento de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Camaragibe. Pernambuco. Brasil. EndEREçO pARA CORRESpOndênCiA Rosa Rayanne Lins de SouzaUniversidade de Pernambuco – Programa de pós-graduação em Cirurgia Buco-Maxilo-FacialAv. Gal. Newton Cavalcanti, 1650 Tabatinga CEP: 54750000 - Camaragibe, PE - Brasil - Caixa-postal: 1028 Telefone: (81) 34581088E-mail: [email protected]

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Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 29-32, jul./set. 2017Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

SOUZA RRL, et al

Paciente, 27 anos de idade, vítima de acidente mo-tociclísticohá3anos,resultandoemtraumafacialefraturasdemaxila,naso-órbito-etmoidaleossoszi-gomáticosbilateralmente.Foisubmetidoaprocedi-mentocirúrgicodeurgênciaemoutroserviço,parareduçãoefixaçãodasfraturassupracitadas.

RELATO DO CASO

Asresinasacrílicassãocompostosorgânicosclassificadoscomopolímeros,produzidossintetica-mente, cuja química baseia-se no carbono, hidro-gênioeemoutroselementosnãometálicos.1Essescompostosapresentamlargautilizaçãonaodontolo-gia devido a sua grande versatilidade e a característi-cas,como:biocompatibilidade,ausênciadesaboreodor,propriedadestérmicassatisfatórias,estabilida-dedimensional,boacapacidadedepolimento,apa-rência agradável e simplicidade técnica.2,3

Comoexemplosdeaplicaçõesdopolimetil-metacrilato naOdontologia, citam-se: a confecçãodabasedeprótesesparciaisetotais,placasmiorre-laxantes,prótesesprovisóriasimediatas,coroaspro-visórias,reparodeprótesestotais,alémdeartefatosque substituamperdasósseasou tecidosmolesdaface,comoreconstituiçãoocular,pavilhãoauriculareobturadorespalatinos,dentreoutrasaplicações.3 As resinas acrílicas são consideradas bio-compatíveis, embora existam relatos, mesmo queincomuns,dehipersensibilidadeàsresinasacrílicas,sendo, na grande maioria dos casos, associados àpresençadeumaltoconteúdodemonômerodeme-tilmetacrilato residual.4Asrarasreaçõesdehipersen-sibilidade,causadaspelasresinasacrílicas,geralmen-tesãomanifestaçõeslocais,incluindodor,edemaeeritemanoslocaisdecontato.Entretanto,emalgunscasos,podemocorrer reaçõesdeordemsistêmica,demaioroumenorintensidade,como:sensaçãodequeimação,dificuldadenadeglutição,edemanoslá-bioseurticária.5 As fraturas panfaciais constituem as maiscomplexas e destrutivas afecções traumáticas doesqueletofacial,envolvendotodososseuspilareseanéisdesustentação.Geralmenteacometemama-xila,amandíbula,oscomplexoszigomáticoenaso-órbito-etmoidal,alémdoossofrontal.Sãonormal-mente associadas a graves lesões de partes moles e ósseas, levandoa importantesdeformidadesestéti-co-funcionais com desestruturação da fisionomiafacial,sintomasocularesedeoclusãodentária.6 Defeitos decorrentes de cirurgia de tumordecâncerdecabeçaepescoço,traumasouqueima-durasedefeitoscongênitossãoasrazõesmaisco-munsparaareabilitaçãomaxilofacial.Dependendodalocalizaçãoedotamanhododefeito,podeserres-tauradooucirurgicamenteoupormeiodepróteses.Oadventodosprotótiposoubiomodelosemapli-caçõesmédicastemrevolucionadooplanejamentodecirurgiascomplexaspormeiodaconstruçãodemodelosanatômicospré-operatórios,quepermitem

INTRODUÇÃO

Figura 1 A) Reconstrução 3D da tomografia computadorizada pré-operatória. B) Paciente em vista frontal pré-operatória, evidenciando distopia ocular.

àequipemédicaumaavaliaçãocríticadecadacasoemespecial.Grandedestaquetemrecebidotambémsuautilizaçãonafabricaçãopersonalizadadepróte-sesparaareconstruçãodefalhasdecrânioeface.7 A prototipagem é um processo aditivo cons-titutivo, capaz de reproduzir tridimensionalmente partes desejadas. Emodontologia, pode ser usadanas áreas de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxi-lofacial, Implantodontia,ReabilitaçãoOraleOrto-dontia.Osmodelosbiomédicos,alémdeajudaremnacomunicaçãoentreaequipecirúrgica,opacienteeseusfamiliares,tambémservemparasimulaçãoeplanejamentocirúrgico,paraconfecçãodeimplantespersonalizadosecomoproservação,servindodepa-râmetrosparaposteriorcomparaçãopós-operatória.As técnicas de Prototipagem Rápida mais utilizadas sãoaEstereolitografia(SLA),aSinterizaçãoSeletivaaLaser(SLS),aImpressãoTridimensional(3DPrin-ting),aModelagemporDeposiçãoFundida(FDM)eaThermojet.Todaselassebaseiamnoprincípiodaadiçãocamadaporcamadadematerial,quecor-respondemàs“fatias”axiaisdaestruturaanatômicaexaminada.8 Oobjetivodopresenteartigoédiscutirasindicações,vantagensedesvantagensdousodopo-limetilmetacrilato no tratamento da sequela facialpós-traumáticopormeiodeumrelatodecasoclíni-co.

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SOUZA RRL, et al

DISCUSSÃO Asfraturasdocomplexozigomáticorepre-sentamumgrandedesafioaoCTBMF,poiséumaestruturaquemantémíntimaligaçãocomdiversasestruturasdaface,podendoocorrerváriassequelase/oucomplicaçõesoriundasdaprópriafraturae/oudoprópriotratamentoproposto.9 Os tecidos duros do organismo, quando perdidos, precisam de substitutos funcionais, namaioria das vezes, também estéticos. Pode, dessaforma,utilizarembiomateriaisquepermitamare-construçãodessasestruturasperdidas,restaurandoa função, e garantam a restauração da estética efunção.2, 3

Devido ao fato de o polimetilmetacrilatoser um composto acrílico amplamente utilizado, serdefácilacessoedebaixocusto,combonsre-sultados em cirurgias plásticas reconstrutivas e buco-maxilo-faciais,foiomaterialdeescolhaparaa confecção de uma prótese zigomática, no casorelatado, visando minimizar as sequelas do trauma facialprévio.3 O primeiro sistema de prototipagem de-senvolvidofoiaestereolitografiadevidoaopionei-rismodessatécnica,otermoestereolitografiaéatéhojeamplamenteutilizadocomosinônimodepro-totipagem rápida.A estereolitografia (SLA) é umsistemacapazdeproduzirumprotótipopelapo-limerizaçãodeumaresinalíquidafotocurável,pormeio da incidência de luz ultravioleta gerada atra-vésdeumraiolaser.Asolidificaçãoéfeitacama-daacamada,eesseprocessopermiteaobtençãode peças com boa transparência e excelente aca-bamento superficial. Como objetivo de otimizaro tempocirúrgico,planejaroprocedimento enointuitodemelhoraroresultado,foiconfeccionado,paraessepaciente,umprotótipodaestruturaósseadocrânio,utilizandoatécnicadaestereolitografia.10

Fraturas envolvendo os ossos que com-põemaórbita,oossozigomáticoeamaxilapodemcausar sequelas estéticas indesejáveis ao paciente,porissorecursostecnológicos,comoaprototipa-gem, vêm mostrando resultados de sucesso, e es-tudos evidenciam que o seu uso torna-se cada vez mais indicado, permitindo, inclusive, a confecçãodeprótesesfaciaissobreseuarcabouço.9,10 No caso relatado, o protótipo permitiu essa confecção deformaprecisa.

Procurouo serviçode cirurgia e traumato-logia,queixando-sedaperdadeprojeçãodoossozi-gomático esquerdo e distopia esquerda, resultante do traumaprévio.Opacienteapresentava,também,tele-cantotraumáticoecicatrizextensaemregiãoglabelar.

Figura 2 A) Paciente em vista axial pré-operatória, evidenciando perda da projeção zigomática ântero – posterior do lado esquerdo;B) Prótese zigomática em resina acrílica confeccionada com suporte da esteriolitografia.

Paraminimizar a sequela do trauma facial,foipropostaaconfecçãodeumapróteseemresinaacrílicatermoativada.Umprotótipodopacientefoiobtidopormeiodométododeestereolitografia.Oladodireito, consideradocomoprojeção adequada,foiusadocomoreferênciaparaadeterminaçãodaes-pessuraântero-posterioredaporçãocorrespondenteaoassoalhodeórbitadapróteseacrílica,emqueessasmedidasforamtomadascompaquímetrodigital. Para a instalação da prótese, foram utiliza-dososacessosinfra-orbitárioevestibularmaxilar,osquaispermitiramasuafixaçãocomdoisparafusosdetitânio,assimevitando-searotação. Opacienteencontra-seno12ºmêsdepós-operatório,commelhoraacentuadadaprojeçãodoosso zigomático esquerdo e da distopia, que eram as principaisqueixasdopaciente.Nãoforamevidencia-dossinaisdeinfecçãooureaçãodecorpoestranhonoperíododeavaliaçãopós-operatória.

Figura 3 A) Paciente em vista frontal pós-operatória evidenciando melhora acentuada da distopia ocular;B) Paciente em vista axial pós-operatória, mostrando recuperação da projeção zigomática ântero-posterior do lado esquerdo.

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SOUZA RRL, et al

Assequelasdasfraturasfaciaissempresãodesafiadoraseexigemomáximodeconhecimentoanatômico e das técnicas cirúrgicas por parte do ci-rurgiãobuco-maxilo-facial.Ocirurgiãodeveobtereanalisaromáximodeinformaçõespossívelparaobterumplanodetratamentoadequadoparacadacaso. Autilizaçãodopolimetilmetacrilatoéumanotável ferramenta na reconstrução dos defeitosósseos faciais. Ele apresenta inúmeras vantagense excelentes resultados clínicos. Portanto, o usodesses biomateriais é uma opção que possibili-ta ganhos em qualidade de vida e autoestima dos pacientesportadoresdassequelasbuco-maxilo-fa-ciais.

CONCLUSÃO

1. Callister Jr WD. Ciência e Engenhariade Materiais – Uma introdução. 5. ed.Rio de Janeiro: LTC Editora; 2002.

2. Anusavice KJ. Phillips science of dental materials. 10.ed. Philadelphia: WB Saunders Company; 1996. p.237-71.

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REFERÊNCIAS

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33ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Artigo Caso Clínico

Hiperplasia Endotelial Papilífera Intravascular Oral: relato de dois casos Oral intravascular papillary endothelial hyperplasia: two cases report

A hiperplasia endotelial papilífera intravascular (HEPI) é uma lesãovascular não neoplásica, benigna e rara, especialmente em cavidadebucal.OpresenteartigorelatadoiscasoscomdiferentesapresentaçõesclínicasdeHEPI,envolvendoolábioinferior.Oprimeirocasoserefereaumpacientequeapresentavanóduloúnicosubmucoso,endurecido,arroxeadoeassintomáticoemmucosa labial inferior.Eosegundosereporta a uma paciente que apresentava aumento de volume assintomático emlábioinferiorcomamucosaentumecidaearroxeadadesdeofundodesulco.Oexamehistológicorevelouvasosdilatadoscomproliferaçãode células endoteliais arredondadas, associadas a estruturas papilares, detecidoconjuntivoprojetadasparaolúmenvascular,associadasaumtromboorganizado,noprimeirocaso,eaumhemangioma,nosegundo.Aausênciadecélulas inflamatórias, atipiaenecrosecelularexcluíramoutras lesões vasculares, sendo o diagnóstico final de HEPI. OprognósticodaHEPIéexcelente,umavezquerecidivassãoraramenterelatadas.AHEPIpodeserincluídanodiagnósticodiferencialclínicode lesões labiaisúnicas, arroxeadas e endurecidas.Epor caracterizar-se histologicamente por uma proliferação de células endoteliais, éimportanteestabelecerodiagnósticodiferencialcomoangiossarcoma,uma lesão de tratamento mais agressivo e pior prognóstico. Palavras-chave:Malformaçõesvasculares;Endotéliovascular;Lábios.

Intravascular papillary endothelial hyperplasia (IPEH) is a non-neoplasticvascularbenignandrarelesion,especiallyinoralcavity.Thisarticlereportstwocasesof IPEH,withdifferentclinicalpresentation,involvingtheinferiorlip.Thefirstcasereferstoapatientpresentinga single submucosal indurated purplish and asymptomatic nodulein the lower labialmucosa.And thesecond, toapatientpresentinganasymptomatic increase inthelower lipassociatedwithaswellingand purplish oralmucosa.Histological examination showed dilatedvessels with rounded endothelial cells proliferation associated withpapillarystructuresof connectivetissueprojectedtovascularlumen,associatedwithanorganizedthrombusinfirstcaseandahemangiomain the second. The absence of inflammatory cells, cytologic atypiaandnecrosisexcludedothervascularlesions,beingthefinaldiagnosisof IPEH. The prognosis of IPEH is excellent since recurrencesare rarely reported. Isolated purplish and indurated labial lesionscan include the IPEH as a possible clinical hypothesis. And, sinceis histologically characterizedby aproliferationof endothelial cells,

RESUMO

ABSTRACT

Recebido em 12/05/17 Aprovado em 28/05/17 Wellington Hideaki Yanaguizawa Cirurgião-Dentista, Mestre em Diagnóstico Bucal pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - FOUSP.

Amanda da Costa nardis Cirurgiã-Dentista, Cirurgiã Bucomaxilofacial Assistente do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pelo Hospital Geral de Vila Penteado - SP.

Rogério Almeida da SilvaCirurgiã-Dentista, Cirurgião Bucomaxilofacial, Chefe do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Geral de Vila Penteado.

Gabriela nagataCirurgiã-Dentista, Doutora em Patologia Oral e Maxilofacial pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - FOUSP, Professora Adjunta da Disciplina de Histologia e Histopatologia Oral do Centro Universitário Hermínio Ometto - Uniararas.

décio dos Santos pinto-JúniorCirurgião-Dentista, Doutor em Patologia Bucal pela FOUSP, Professor Associado da Disciplina de Patologia Oral e Maxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - FOUSP.

Camila de Barros GalloCirurgiã-Dentista, Doutora em Diagnóstico Bucal pela FOUSP, Professora Doutora da Disciplina de Estomatologia Clínica da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - FOUSP. EndEREçO pARA CORRESpOndênCiA Camila de Barros GalloAv. Prof. Lineu Prestes, 2227 Cidade Universitária São Paulo/SPBrasil; CEP: 05508-000 Telefone/Fax: +55 11 30917883E-mail: [email protected]

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34 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 33-37, jul./set. 2017Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

GALLO CB, et al

Ahiperplasiaendotelialpapilíferaintravas-cular(HEPI)éumalesãovascularnãoneoplásicabenigna, que afeta principalmente o endotélio devasossanguíneosdeface,courocabeludoeextre-midades.1,2Descritapelaprimeiravezem1923pelopatologistafrancêsMasson,essalesãocorrespondeaumaproliferaçãoendotelialassociadaaumtrom-boouàoutralesãovascular,quepodelevaràobli-teraçãodolúmenvascular.1-3Éumalesãoincomumnacavidadeoral,existindoapenascercade118ca-sospublicadosnaliteratura(1976-2017)1-5,7. Repre-senta aproximadamente 2%das lesões vascularesintraorais,sendomaisfrequenteemlábioinferior,seguidodelábiosuperior,línguaemucosajugal.1-3

Oconhecimentodessacondiçãoapresentaimportâncianoprocessododiagnóstico,vistoquepodeserconfundidacomumangiossarcoma,poissetratadeumaproliferaçãodecélulasendoteliaisformandoestruturaspapilíferas.³Porém,diferente-mentedoquadromalignocitado,aHEPInãoapre-sentapleomorfismocelular, atividademitóticaouárea de necrose.4Porsuararidade,essalesãoquasenunca é considerada na elaboração das hipótesesdiagnósticas. Assim, apresentamos dois casos deHEPI,suascaracterísticasclínicasehistopatológi-casafimdecontribuircomocorretodiagnósticodessalesãobenigna.

Paciente do sexo masculino, leucoderma,47 anos de idade compareceu ao ambulatório deestomatologiacomaqueixaprincipaldelesãono-dular assintomática em mucosa de lábio inferioresquerdo,notadaháummês.Duranteaanamnese,negouqualquerdoençadebaseehistóricodetrau-manaregião.Aoexameintraoral,notou-senódulosubmucosoúnicoemmucosadelábioinferior,me-dindoaproximadamente6mmdediâmetro,arre-dondado,séssil,coloraçãoarroxeadaeconsistênciafibrosa emóvel à palpação (Figura 1A). Com ashipótesesdiagnósticasdeflebólitoehemangioma,foirealizadaabiópsiaexcisionaldalesão.Notran-

Paciente do sexo feminino, feoderma, 11anosdeidade,compareceuaoambulatóriodees-tomatologiacomaqueixaprincipaldeaumentodevolumeemprogressãonolábio inferiorhá1ano(Figura2A).Duranteanamnese,apacienterelatouumhistóricode traumaporquedacomcontusãoem facehá aproximadamente3 anos,porémnãoconseguiuestabelecerumarelaçãoentreotraumaeapresençadalesão.Aoexameintraoral,observou-se um aumento de volume que se estendia desde aregiãodefundodesulcoatéamucosadolábioinferior,assintomático,medindoaproximadamente3cmdediâmetro,coloraçãoarroxeada,consistên-ciafibrosaemóvel àpalpação.Frenteaosaspec-tosclínicos, levantou-seahipótesediagnósticadehemangioma.Apacientefoisubmetidaaoexamecomplementardeangiografianoqualrevelouumavastaproliferaçãovascularnaregiãodemento,semacometimentodotecidoósseomandibular(Figura2B).Afimdediminuiravascularização,3seçõesdeembolizaçãoutilizandomicroesferasdepolivi-nilde500a700micrômetrosdediâmetroforamrealizadas.Apósasseções,foipossívelsevisualizar,pelacaptaçãodocontraste,aregressãodalesão(Fi-gura2C).Comisso,pôdeserealizarabiópsia,re-

INTRODUÇÃO

RELATO DE CASO I

RELATO DE CASO I

is crucial the establishment of the histologicaldifferential diagnosis with angiosarcoma, whichrequiresamoreaggressivetreatmentandhasworseprognosis.Keywords: Vascular malformations; Vascularendothelium;Lip

Figura 1 A) Aspecto clínico inicial da lesão nodular arroxeada em lábio inferior esquerdo. B) Pós-operatório satisfatório após 14 dias de acompanhamento.

soperatório foi possível observar que a lesão eraencapsulada,defácildivulsãoecoloraçãobastanteenegrecida.Oresultadodoexamehistopatológicofoi de hiperplasia endotelial papilífera associadaa trombo organizado.O paciente permanece emacompanhamentolivrederecidiva(Figura1B).

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GALLO CB, et al

Figura 2 A) Aspecto clínico inicial: aumento de volume em região de mento e lábio. B) Angiografia com contraste inicial da lesão vascular. C) Angiografia com contraste após embolização.D) Acompanhamento: diminuição da tumefação em lábio e mento.

Figura 3 A) Corte histológico revelando um trombo associado à proliferação de endoteliócitos, emitindo projeções papilares. B) Proliferação de células endoteliais, associadas a estruturas papilares situadas ao redor do trombo. C) Hemangioma contendo vasos sanguíneos obliterados por hiperplasia endotelial papilífera.D) Proliferação de endoteliócitos na margem de projeções papilares em direção ao lúmen de espaços vasculares de vasos com hemangioma.

sultandonodiagnósticofinaldeHEPIassociadaahemangioma.Clinicamentefoivisíveladiminuiçãodevolumedolábioinferiore,consequentemente,melhorvedamentolabial(Figura2D).

ASPECTOS HISTOLÓGICOS Os exames histológicos mostraram vasossanguíneosdilatadoscomproliferaçãodeendote-liócitosarredondados,formandoumaúnicacama-dadecélulasnaperiferiadeestruturaspapilaresdetecidoconjuntivo,projetadasemdireçãoaointeriordo lúmen vascular, por vezes anastomosadas. As células endoteliais apresentavam núcleo ovalado, comcromatinafrouxa,citoplasmaescassoelimitesindefinidos.Noprimeirocaso,essaproliferaçãodeendoteliócitos,delimitandoprojeçõespapilares,es-tavaassociadaaumtromboorganizado,caracteri-zado pelo aprisionamento de células sanguíneas em umarededefibrinacompacta,quecircundatodooendotéliodovaso.Nosegundocaso,osendotelió-citosproliferantessituavam-senamargemdepro-jeçõespapilares projetadas emdireção ao lúmemvascular, muitas vezes chegando a obliterá-lo to-talmente.Essesespaçosvasculareseramnumero-sos,exibiamtrajetotortuosoeestavamdelimitadospor endoteliócitos achatados, caracterizando umhemangioma.Aausênciadecélulas inflamatórias,atipianuclear,figurasmitóticasenecroseexcluíramoutraslesõesvasculares,sendoodiagnósticofinalde hiperplasia endotelial papilífera intravascular(Figura3).

AHEPIouTumordeManssonpodesur-gir durante qualquer idade, sendo mais prevalente entreaterceiraeasextadécadadevida.Apresentalevepredileçãopelogênero feminino,eessepro-cesso pode acometer o interior de qualquer vaso sanguíneodocorpo,noqualolábioinferior,alín-guaeamucosabucalsãooslocaismaisacometidosnacavidadebucal.2,6 Os casos apresentados ocorre-ram durante a segunda e quinta década de vida, no lábioinferioreemambosossexos,demonstrandoavariabilidadeepidemiológicadaHEPI. Asuaetiopatogeniaédesconhecida;algunsautoresconsideramalesãocomoumaproliferaçãovascular reativa, originada a partir de um trauma vascular prévio, como relatado pela paciente do caso2.Entretanto,outrosrelatamaforterelaçãodaHEPIcomtrombosorganizadosemformação,comoobservadonocaso1.¹,³ Clinicamente, aHEPI apresenta-se comoumamassafirme, azul-arroxeada, de crescimentolento e de características morfológicas diversas,podendomimetizaruma sériedeoutrasdoenças,fazendodiagnósticodiferencialcomlesões,comomucocele, hematoma, neuroma traumático, tumo-resdeglândulassalivares,hemangiomaeleiomio-ma.5AHEPInãofoiincluídaemnenhumadashi-póteses diagnósticas dos dois casos apresentadosneste estudo.

DISCUSSÃO

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GALLO CB, et al

Foram distinguidos três tipos de HEPI:tipoIoupura (55.8%),noquala lesãosurgeemvasos dilatados sem comorbidades; o tipo II oumista(39.9%)estáassociadoaumalesãovascularpré-existente (malformações vasculares, heman-giomas,etc),eporfim,otipoIIIouextravascular(4,3%),emquealesãoestárelacionadacomafor-maçãodeumhematomainduzidoportrauma.8 Os casos1e2apresentadosnesterelatosãodotipopuro e misto, respectivamente, sendo que o caso do tipo misto está associado a um hemangioma.EstudosdeanálisedeimagensdaHEPIemdiver-sas partes do corpo através de ultrassonografia,ressonânciamagnéticaoutomografiacomputado-rizada concluíram que os achados de imagem da HEPIpurasãoinespecíficos,e,emgeral,apresen-tamlocalizaçãosuperficial,formaovoideoulobu-larbemcircunscritaetamanhopequeno;jáaHEPImista termina por apresentar as características da lesãovascularassociada.6,9,10

Histologicamente, as células endoteliaisapresentamproliferaçãodepadrãopapilaremdi-reção ao lúmendo vaso sanguíneo, que podeounãoseapresentarexpandidoporumtromboorga-nizado.Essaestruturapapilarnãoapresentamaisdo que 2 camadas de células endoteliais, no qual nãosãoobservadasatipiaouatividademitóticaemtorno dos núcleos de tecido conjuntivo fibroso,frequentementehialinizadosehipocelulares.Ale-sãoébemcircunscritaetemlocalizaçãopredomi-nantementeintravascular,nãoinvadindooespaçoperivascular.2-4,6 Apresenta diagnóstico diferencialhistológicocomoangiossarcoma,granulomapio-gênico,sarcomadeKaposi,hemangioendoteliomade células fusiformes e endotelioma intravascu-lar.1,2,6

Estudos utilizando marcadores imuno-histoquímicos demonstraram reação positivadaHEPIaoCD31,CD34, laminina evimentina,confirmandoaorigemvascularebenignadalesão,porémessesmarcadorestambémpodemservistosem maior ou menor grau no angiossarcoma. Assim sendo,aanálisedosaspectosmorfológicos,comopleomorfismo,mitosesouatipiacelular,devemau-xiliarnadiferenciaçãoentreasduasneoplasias.2-3

Otratamentopreconizadoocorreexclusi-vamentepelaexcisãocirúrgicatotalda lesão,semtratamentoadicional.Nãohárelatosderecorrênciaapósexcisãototaldalesão,apenasemcasosdere-moçãoincompletadaHEPImistaassociadaaumalesão,comoogranulomapiogênicoouhemangio-

Foramapresentadosdoiscasoscomapre-sentaçõesclínicasbastantedistintasdamesma le-são,destacandoo importantepapelqueoclínicopossui no direcionamento do diagnóstico e nafamiliarização com essa lesão, já que os achadosclínicoseradiográficossãopoucoespecíficos.Le-sõeslabiaisúnicas,arroxeadaseendurecidasdevemconsideraraHEPInodiagnósticodiferencialclíni-co,especialmenteseduranteotransoperatórioforobservado que a lesão é encapsulada e enegreci-da,poissetratadeumaproliferaçãointravascular.Emborasejarara,acriteriosaavaliaçãohistológicadessas proliferações endoteliais, considerando aHEPI, evita que essas lesões sejam erroneamen-te diagnosticadas como angiosarcoma, e a correta condutadosprofissionaisenvolvidospodepreve-nir tratamentos mais agressivos.

CONSIDERAÇOES FINAIS

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3. Campos MS, Garcia-Rejas RA, Pinto JrDS,deSousaSCOM,NunesFD.Intravascularpapillaryendothelialhyperplasia:Reportof 4caseswithimmunohistochemicalfindings.MedOralPatolOralCirBucal2009;14(10):e506-9.

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5. NarwalA,SenR,SinghV,GuptaA.Masson'shemangioma: A rare intraoralpresentation. ContempClinDent.2013Jul;4(3):397-401.

REFERÊNCIAS

ma intramuscular.1,3 Nos casos apresentados, ne-nhumarecorrênciafoiobservadaapósumanodeacompanhamento.

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GALLO CB, et al

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Reabilitação dentária e reconstrução mandibular com retalho microvascularizado de fíbulaDental rehabilitation and mandibular reconstruction with microvascularized fibular flap

Introdução:Otratamentodoameloblastomamandibular,umtumorodontogênicobenigno,écontroversoparasuasvariantespatológicas(unioumulticístico).Curetagemeamplasressecçõesósseasocasionamdefeitosósseosquecomprometemestéticaefunçãodopaciente.Relato de caso:Paciente48anos,gêneromasculino,submetidoàressecçãosegmentar de mandíbula devido a ameloblastoma multicístico emregiãodesínfiseeparasínfisefoireabilitadofuncionaleesteticamentecom implantes dentários após reconstrução mandibular comenxerto ósseomicrovascularizado de fíbula.Conclusão: O retalho microvascularizado de fíbula foi eficaz na reconstruçãomandibularapós ressecção de ameloblastoma e, quando associado a implantesdentários, permitiu reabilitação estomatognática e melhora estéticasignificativas.Palavras-Chave: Ameloblastoma; Enxerto ósseo; Reconstruçãomandibular.

Introduction: Treatment of mandibular ameloblastoma, a benignodontogenictumor,iscontroversialforitspathologicalvariants(singleor multicystic). Curettage and bone resections lead to large bonedefects thatcompromise theaestheticsandfunctionof thepatient.Case report:Patient48years,male,underwentsegmental resectionof thejawduetomulticysticameloblastomainsymphysisregion.Itwasfunctionallyandaestheticallyrestoredwithdentalimplantsaftermandibular reconstruction with micro- vascularized fibular bonegraft.Conclusion:Themicrovascularizedfibularflapwaseffectiveinmandibular reconstruction after amelobastoma resection and,whenassociatedwithdentalimplants,allowedstomathognaticrehabilitationandsignificantaestheticimprovement.Keywords:Ameloblastoma,FibularFlap,MandibularReconstruction.

RESUMO

ABSTRACT

Recebido em 31/08/16 Aprovado em 19/04/17

Anthony Froy Benites CondezoCirurgião-Dentista, Especialista em CTBMF, Universidade Sagrado Coração (USC)

Jéssica Lemos Guilinelli Cirurgiã-Dentista, Doutora em CTBMF, Universidade Sagrado Coração (USC)

Marcos Martins Curi Cirurgião-Dentista, Doutor em CTBMF, Universidade Sagrado Coração (USC) Ciro paz portinho Médico, Cirurgião Plástico, Doutor em Cirurgia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/HCPA) Vinícius Salim Silveira Cirurgião-Dentista, Mestre em CTBMF, Fatec Dental CEEO João Batista Burzlaff Cirurgião-Dentista, Doutor em Patologia, Fatec Dental CEEO

Thiago CalcagnottoCirurgião-Dentista, Mestre em CTBMF, Universidade Sagrado Coração (USC)

EndEREçO pARA CORRESpOndênCiA Thiago Calcagnotto Rua São João, 942São Leopoldo – RSCEP: 93010-250e-mail: [email protected] - Fone: (51)91746104

Artigo Caso Clínico

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39ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 38-41, jul./set. 2017 Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

CALCAGNOTTO T, et al

Um paciente com 48 anos procurou atendimento odontológico, apresentando,como queixa principal, aumento volumétrico emobilidadedentárianaregiãodesínfisemandibular.Clinicamente, notou-se que havia presença deaumento volumétrico com consistência endurecida na região de sínfise mandibular. No exame deimagem tomográfico, observou-se uma lesãohipodensa,comexpansãoedestruiçãodecorticaisósseas na região de sínfise e para sínfise, comlimites entre os dentes 35 (segundo pré-molar inferioresquerdo)a43(caninoinferioresquerdo),conformefigura 1.

RELATO DE CASO O ameloblastoma é umaneoplasia benig-na e rara, originada do epitélio odontogênico, com crescimento lento, mas de comportamento local extremamenteagressivo.Aparecepreferencialmen-tenamandíbula(80%)e,emmenorproporção,namaxila(20%).1 Acomete, geralmente, pacientes en-tre a quarta e quinta décadas de vida, sem predile-çãoporgênero.2 Clinicamente,apresenta-secomoumalesãoindolorepodeserdetectadaemexamesdeimagemcoadjuvantes a outros tratamentos do complexobucomaxilofacial.Suamanifestaçãoclínicapodees-tar associada ao relato por parte do paciente de au-mento volumétrico de crescimento lento e indolor.3 O tratamento é controverso, no qual a curetagem é preconizada como intervenção paraoscasosdeameloblastomaunicísticoearessecçãototalcommargemdesegurançanoscasosdeame-loblastomamulticísticos.Devido ao seu compor-tamentoagressivoeàgrandepenetraçãonoossotrabecular adjacente aos limites radiográficos, seugrau de recorrência é considerado alto, variando de 5 a 15%.4,5

A reconstrução mandibular com retalhomicrovascularizadodefíbulaassociadoaimplantesdentários melhora a qualidade de vida dos pacien-tes, resultandoemreabilitações funcionaiseesté-ticas satisfatórias.Devido à sua arquitetura ósseasimilaràdamandíbula,oenxertomicrovasculari-zadodefíbularesisteaprocessosdeabsorçãope-ri-implantar e às forças demastigação.6 Ainda, o fluxovasculardirecionadodiretamenteparaoossofibular autotransplantado, proveniente de umaanastomosemicrovascularentreaartériafibulareumaoutraartériadaregiãocervical,permiteama-nutençãodovolumeósseoeumamaiorresistênciaàinfecção.

INTRODUÇÃO

OBJETIVO Oobjetivodesteestudoérelatarumcasodereconstruçãomandibularcomplexacomacom-panhamento de dois anos, com etapas imediata e tardia,paraumasequeladeameloblastoma,emqueseassociouumretalhomicrovascularizadodefíbu-laàreabilitaçãobucalcompróteseimplanto-supor-tada.

A) Corte tomográfico frontal de ossos da face evidenciando imagem hipodensa com destruição e expansão de corticais ósseas na região entre os dentes 35 a 43.

Figura 1

Apartirdaanamnese,exameclínicoeexa-mes de imagem, o diagnóstico diferencial foi deameloblastoma,mixomaoulesãoperiféricadecé-lulas gigantes.O examehistopatológico realizadoapartirdomaterialcoletadonabiópsia incisionalconfirmou o diagnóstico de ameloblastomamul-ticístico. O planejamento cirúrgico foi realizar aressecção segmentar de mandíbula commargemde segurançade1,5 cmpara cada ladopormeiodeacessocirúrgicointrabucal(incisãointrassulcu-larderamoaramomandibular)e,imediatamente,fixaçãodossegmentosósseosremanescentesatra-vésdefixação interna rígida (placa de reconstru-ção2.4Locker,SynthesBrazil,RioClaro,Brasil),previamente modelada e adaptada em protótipomandibular do paciente. A prototipagem permi-tiuafixaçãodaplacapreviamenteà ressecçãodapeça patológica, fato que garantiu a manutençãodaposiçãoadequadadascabeçasdamandíbulanas

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40 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 38-41, jul./set. 2017Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

CALCAGNOTTO T, et al

DISCUSSÃO Ocasoapresentaumareabilitaçãoestéticae funcional do paciente em três momentos: res-secçãodalesãotumoral,reconstruçãomandibularcomenxertomicrovascularizadoe,porfim,coloca-çãodeimplantesdentários. Acolocaçãodeumaplacadereconstruçãodetitânionomesmotempocirúrgicodaressecçãopreveniuaretraçãodoscotosmandibularesproxi-mais, o que produziria o encurtamento muscular com consequente deslocamento dos côndilos. Oaltoriscoderecorrênciadoameloblas-tomamulticísticoéumfator,quepodeocasionaraperdadoenxertoeoinsucessodotratamento.4,5 Poroutrolado,arealizaçãodetodasessasfasesemum único momento pode ser uma vantagem, no sentidodesubmeteropacienteaumnúmeroredu-

cavidades glenoides e manteve os movimentos de aberturaefechamentodamandíbulasemdesviosdelateralidade.Oitomesesapósaressecçãoesemmanifestaçãoderecorrênciadalesão,foirealizadaareconstruçãomandibularcomenxertomicrovas-cularizadodefíbula. A partir de incisão lateral de aproximada-mente 45cm, a fíbula foi exposta, e um segmentoósseodecercade15cmfoiconfeccionadoporos-teotomiasproximaisedistais,mantendo-seopedí-culofibularjuntoaessesegmentoósseo(figura 2A). Umaincisãodeaproximadamente15cmfoirealiza-danaregiãosubmandibularesquerda,comdivulsãoporplanosatéexposiçãoedissecçãodaartériaeveiafaciais, permitindo, também,o acesso cirúrgico aoassoalhobucal.Realizaram-se,então,duasosteoto-miasoblíquasnafíbula,dividindoosegmentoósseoemtrêsporçõesmantidas,unidaspeloperiósteoqueforamadaptadasefixadasemplacadereconstruçãoósseamandibular(sistema2.4Locker,SynthesBra-zil,RioClaro,Brasil).Apósaosteossíntese,opedí-culovascularfoiposicionadoatéaporçãocervical,ondeaartériaeveiafibularforamanastomosadasàartériaeveiafaciais,respectivamente(figura 2B). O tempototaldeisquemiafoide160minutos.Aanas-tomosearterialfoirealizadacomMononylon8-0,eavenosa,comMononylon9-0.Nãohouveneces-sidade de se revisarem as anastomoses. Realizou-se lavagemehemostasiadas feridasoperatórias e fe-chamentoporplanos.Oprocedimentoteveduraçãototal de 8,5 horas.

A) Retalho microvascularizado de fíbula. A seta amarela evidencia pedículo tecidual contendo artéria e veia fibular. B) Imagem da região cervical do paciente, evidenciando áreas de anastomose entre artéria e veia facial com artéria e veia fibular (a-veia facial; b-artéria facial; c-veiafibular; d-artéria fibular).

Figura 2

A reabilitação bucal se iniciou seismesesapósoenxertomicrovascularizadodefíbulacomacirurgiaparacolocaçãodecincoimplantesden-tários (StraumannTissueLevel SLA4.1X6,0mm,Straumann,Basel,Switzerland)paraconfecçãodeprótese fixa acrílica do tipo protocolo (Figuras 3A, 3B e 3C). O acompanhamento de dois anos do pa-ciente após a reabilitaçãonão evidencia absorçãoósseadoautoenxertocomretalhodefíbula,sinto-matologiadolorosa,infecçõesouinstabilidadedosimplantes.

A) Imagem clínica evidenciando a inserção de cinco implantes dentários osteointegráveis. B) Imagem clínica evidenciando a reabilitação dentária do paciente por meio de prótese total inferior sobre implantes e prótese total superior mucossuportada. C) Radiografia panorâmica evidenciando presença de cinco implantes dentários em área de enxerto micro vascularizado de fíbula para confecção de prótese dentária acrílica fixa do tipo protocolo.

Figura 3

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41ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.17, n.3, p. 38-41, jul./set. 2017 Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery - BrJOMS

CALCAGNOTTO T, et al

CONSIDERAÇOES FINAIS Oretalhomicrovascularizadodefíbulafoieficaznareconstruçãomandibularapósressecçãodeameloblastomae,quandoassociadoaimplantesdentários,permitiu reabilitaçãoestomatognática emelhoraestéticasignificativas.

1. CusackJW.Reportof theamputationsof the lower jaw.DublilnHopRec1827;4:1–38.

2. Philip J,EversoleL,WysochiG.Patologiaoral y maxilo facial contemporánea.2aed.Madrid:Elsevier;2005.

3. Fletcher CDM (ed.). DiagnosticHistopathology of Tumors,3rd edn. Philadelphia: Churchill LivingstoneElsevier,2007.

4. Gawson R, Odell E. Fundamentos demedicina y patología oral. 8aed. Barcelona:Elsevier;2009.

REFERÊNCIAS

zidodecirurgiasemumcurtoespaçodetempo,di-minuiraabsorçãoósseaalveolarefacilitarafixaçãodoenxertoósseofibular.7 Apesar de o tratamento em três etapas estender-se por cerca de 18 meses, háreduçãosignificativadoriscodefalhasnopro-cessodereparoósseoereduçãodereintervençõescirúrgicas corretivas que poderiam estender a con-clusãodotratamentodopacientesháumperíodomaior do que quando realizado em três etapas dis-tintas. A curetagem é um tratamento proposto notratamentodosameloblastomas8. Para casos de ameloblastomas multicísticos, com grande índicede recorrência,noentantoa ressecçãosegmentaréotratamentopreconizadoe,quandoassociadaàreconstruçãocomenxertofibular,permiterecons-truçõesdegrandesdefeitosósseoscomresultadospositivosnareabilitaçãodopaciente.8,9

Aarquiteturadafíbulaésimilaràdaman-díbula,6 embora apresenteumaalturaóssea redu-zidaquandocomparadaàmandíbula.8,9Entretan-to,autilizaçãodeimplantescurtosemmandíbulapermiteaconfecçãodeprótesessemqueocorraasobrecargamastigatória,ealongevidadedotrata-mento estético e funcional dopacientepossa sermantida sem intercorrências.10

5. Raldi F, Guimaraes-Filho R, de MoraesM,NevesAC.Tratamentodeameloblastoma.Rev Gaúcha de Odont. 2010; 58(1):123-6.

6. AliGbara,khaldounDarwich,LeiLi,RainerSchmelzle, Felix Blake. Long-Term Resultsof Jaw Reconstruction With MicrosurgicalFibula Grafts and Dental Implants. J OralMaxillofacSurg65:1005-1009,2007.

7. Chana JS, Chang YM, Wei FC et al.Segmentalmandibulectomyandimmediatefreefibulaosteoseptocutaneousflapreconstructionwith endosteal implants: an ideal treatmentmethod for mandibular amelo-blastoma.Plast.Reconstr.Surg.2004;113:80–7.

8. HanasonoMM,GoelN,DeMonteF.Calvarialreconstruction with polyetheretherketoneimplants. Ann Plast Surg. 2009; 62(6):653-5.

9. ScolozziP,MartinezA,JaquesB.Complexorbito-fronto- temporal reconstructionusing computer-designed PEEK implant.JCraniofacSurg.2007;18(1):224-8.

10.Torsiglieri T, Raith S, et al. Stability of edentulous,atrophicmandiblesafterinsertionof differentdentalimplants.Abiomechanicalstudy. J Craniomaxillofac Surg. 2015Jun;43(5):616-23.

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42 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

1. INTRODUÇÃOA revista de CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-

MAXILO-FACIAL da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco destina-se à publicação de trabalhos relevantes para a educação, orientação e ciência da prática acadêmica de cirurgia e áreas afins, visando à promoção e intercâmbio do conhecimento entre a comunidade universitária e os profissionais da área de saúde.

2. INSTRUÇÕES NORMATIVAS GERAIS2.1.

2.2. Os artigos encaminhados à Revista serão apreciados pela Co-missão Editorial que decidirá sobre sua aceitação.

2.3. As opiniões e os conceitos emitidos são de inteira responsabi-lidade dos autores.

2.4.

2.5. São reservados à revista os direitos autorais dos artigos pu-blicados, permitindo sua reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

2.6. Nas pesquisas desenvolvidas em seres humanos, deverá constar o parecer do Comitê de Ética em Pesquisa, conforme a Re-solução 196/96 e suas complementares do Conselho Nacional de Saúde do Ministério de Saúde. Nota: Para fins de publica-ção, os artigos não poderão ter sido divulgados em periódicos anteriores.

2.7. A revista aceita trabalhos em português e espanhol.

Instruções aos autores

Indexada em:

ao

Os artigos originais aceitos para publicação ou não serão devolvidos aos autores.

Acategoriadostrabalhosabrangeartigosoriginaise/ouinéditos,revisãosistemática,ensaiosclínicos,sériedecasosenotatécnica.Inclui,também,relatodecasosclínicoseResumodetese. As notas técnicas destinam-seàdivulgaçãodemétododediagnósticooutécnicacirúrgicaexperimental,novoinstrumentalcirúrgico, implante ortopédico, etc.

3. PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS ARTIGOS3. 1. Carta de Encaminhamento: Na carta de encaminhamento,

deverá se mencionar: a) a seção à qual se destina o artigo apresentado; b) que o artigo não foi publicado antes; c) que não foi encaminhado para outra Revista. A carta deverá ser assinada pelo autor e por todos os coautores.

3. 2. Os trabalhos deverão ser digitados no processador de texto microsoft word, em caracteres da fonte Times New Roman, tamanho 12, em papel branco, tamanho a4 (21,2x29,7 cm), com margens mínimas de 2,5 cm. A numeração das páginas deverá ser consecutiva, começando da página título, e ser lo-calizada no canto superior direito.

3. 3. O artigo assim como a carta de encaminhamento, as figuras e grá-ficos deverão ser enviados como arquivo em anexo de, n o máxi-mo, 1 mb para o seguinte e-mail: [email protected]

3. 4. Estilo: Os artigos deverão ser redigidos de modo conciso, claro e correto, em linguagem formal, sem expressões coloquiais.

3. 5. Número de páginas: os artigos enviados para publicação de-verão ter, no máximo, 10 páginas de texto, número esse que inclui a página título ou folha de rosto, a página Resumo e as Referências Bibliográficas.

3. 6. As Tabelas, os Quadros e as Figuras (ilustrações: fotos, mapas grá- ficos, desenhos etc.) deverão vir enumerados em algarismos arábicos, na ordem em que forem citados no texto. Os autores deverão certificar-se de que todas as tabelas, e figuras estão citados no texto e na sequência correta. As le-gendas das tabelas, quadros e figuras deverão vir ao final do texto, enumeradas em algarismos arábicos, na ordem em que forem citadas no texto.

3.7. As figuras deverão ser enviadas como arquivos separados, uma a uma.

3. 8. O artigo deve apresentar página de título/folha de rosto, texto propriamente dito (resumo e descritores e abstract e descriptors, introdução, desenvolvimento, conclusões/considerações finais), referências bibliográficas e legenda das figuras, quadros e figuras.

Página Título/ folha de rostoA página de título deve ser enviada como um arquivo separado,

devendo conter: a) título do artigo nas línguas portuguesa e inglesa, o qual deverá ser o mais informativo possível e ser composto por, no máximo, oito palavras; b) nome completo sem abreviatura dos autores, com o mais alto grau acadêmico de cada um; c) nome do De-partamento, Instituto ou Instituição de vínculo dos autores; d) nome da Instituição onde foi realizado o trabalho; e) endereço completo, e-mail e telefones do primeiro autor para correspondência com os

gráficos, quadros

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43ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

1. INTRODUÇÃOA revista de CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-

MAXILO-FACIAL da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco destina-se à publicação de trabalhos relevantes para a educação, orientação e ciência da prática acadêmica de cirurgia e áreas afins, visando à promoção e intercâmbio do conhecimento entre a comunidade universitária e os profissionais da área de saúde.

2. INSTRUÇÕES NORMATIVAS GERAIS2.1.

2.2. Os artigos encaminhados à Revista serão apreciados pela Co-missão Editorial que decidirá sobre sua aceitação.

2.3. As opiniões e os conceitos emitidos são de inteira responsabi-lidade dos autores.

2.4.

2.5. São reservados à revista os direitos autorais dos artigos pu-blicados, permitindo sua reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

2.6. Nas pesquisas desenvolvidas em seres humanos, deverá constar o parecer do Comitê de Ética em Pesquisa, conforme a Re-solução 196/96 e suas complementares do Conselho Nacional de Saúde do Ministério de Saúde. Nota: Para fins de publica-ção, os artigos não poderão ter sido divulgados em periódicos anteriores.

2.7. A revista aceita trabalhos em português e espanhol.

Instruções aos autores

Indexada em:

ao

Os artigos originais aceitos para publicação ou não serão devolvidos aos autores.

3. PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS ARTIGOS3. 1. Carta de Encaminhamento: Na carta de encaminhamento,

deverá se mencionar: a) a seção à qual se destina o artigo apresentado; b) que o artigo não foi publicado antes; c) que não foi encaminhado para outra Revista. A carta deverá ser assinada pelo autor e por todos os coautores.

3. 2. Os trabalhos deverão ser digitados no processador de texto microsoft word, em caracteres da fonte Times New Roman, tamanho 12, em papel branco, tamanho a4 (21,2x29,7 cm), com margens mínimas de 2,5 cm. A numeração das páginas deverá ser consecutiva, começando da página título, e ser lo-calizada no canto superior direito.

3. 3. O artigo assim como a carta de encaminhamento, as figuras e grá-ficos deverão ser enviados como arquivo em anexo de, n o máxi-mo, 1 mb para o seguinte e-mail: [email protected]

3. 4. Estilo: Os artigos deverão ser redigidos de modo conciso, claro e correto, em linguagem formal, sem expressões coloquiais.

3. 5. Número de páginas: os artigos enviados para publicação de-verão ter, no máximo, 10 páginas de texto, número esse que inclui a página título ou folha de rosto, a página Resumo e as Referências Bibliográficas.

3. 6. As Tabelas, os Quadros e as Figuras (ilustrações: fotos, mapas grá- ficos, desenhos etc.) deverão vir enumerados em algarismos arábicos, na ordem em que forem citados no texto. Os autores deverão certificar-se de que todas as tabelas, e figuras estão citados no texto e na sequência correta. As le-gendas das tabelas, quadros e figuras deverão vir ao final do texto, enumeradas em algarismos arábicos, na ordem em que forem citadas no texto.

3.7. As figuras deverão ser enviadas como arquivos separados, uma a uma.

3. 8. O artigo deve apresentar página de título/folha de rosto, texto propriamente dito (resumo e descritores e abstract e descriptors, introdução, desenvolvimento, conclusões/considerações finais), referências bibliográficas e legenda das figuras, quadros e figuras.

Página Título/ folha de rostoA página de título deve ser enviada como um arquivo separado,

devendo conter: a) título do artigo nas línguas portuguesa e inglesa, o qual deverá ser o mais informativo possível e ser composto por, no máximo, oito palavras; b) nome completo sem abreviatura dos autores, com o mais alto grau acadêmico de cada um; c) nome do De-partamento, Instituto ou Instituição de vínculo dos autores; d) nome da Instituição onde foi realizado o trabalho; e) endereço completo, e-mail e telefones do primeiro autor para correspondência com os

gráficos, quadros

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44 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

editores; f) nome ou sigla das agências financiadoras, se houver.Será permitido um número máximo de cinco (05)autores envolvidos no trabalho. A inclusão de autores adicionais somente ocorrerá,no caso de se tratar de estudo multicêntrico ou após comprovação

da participação de todos os autores com suas respectivas funções e aprovação da Comissão Editorial.

Texto propriamente ditoO texto propriamente dito deverá apresentar resumo, introdu-

ção, desenvolvimento e conclusão (ou considerações finais). O tópico de agradecimentos deve vir, imediatamente, antes das

referências bibliográficas.

ResumoO Resumo com Descritores e o Abstract com Descriptors deve-

rão vir na 2ª página de suas respectivas versões, e o restante do texto, a partir da 3ª página. O resumo deverá ter, até, 240 palavras. Deverão ser apresentados de três a cinco descritores, retirados do DeCS - Des-critores em Ciências da Saúde, disponível no site da BIREME, em http://www.bireme.br, link terminologia em saúde).

No casos de artigos em espanhol, é obrigatória a apresen-tação dos resumos em português e inglês, com seus respectivos descritores e descriptors.

IntroduçãoConsiste na exposição geral do tema. Deve apresentar o estado

da arte do assunto pesquisado, a relevância do estudo e sua relação com outros trabalhos publicados na mesma linha de pesquisa ou área, identificando suas limitações e possíveis vieses. O objetivo do estudo deve ser apresentado concisamente, ao final dessa seção.

DesenvolvimentoRepresenta o núcleo do trabalho, com exposição e demonstra-

ção do assunto, que deverá incluir a metodologia, os resultados e a discussão.

Nos artigos originais, os resultados com significância estatística devem vir acompanhados dos respectivos valores de p.

No caso de relato de caso clínico, o desenvolvimento é constitu-ído pelo relato do caso clínico e pela discussão.

Discussão: deve discutir os resultados do estudo em relação à hipótese de trabalho e à literatura pertinente. Deve descrever as se-melhanças e as diferenças do estudo em relação aos outros estudos correlatos encontrados na literatura e fornecer explicações para as possíveis diferenças encontradas. Deve, também, identificar as limita-ções do estudo e fazer sugestões para pesquisas futuras.

Conclusão/Considerações FinaisAs Conclusões/Considerações Finais devem ser apresentadas

concisamente e estar estritamente fundamentadas nos resultados ob-tidos na pesquisa. O detalhamento dos resultados, incluindo valores numéricos etc., não deve ser repetido.

O tópico “conclusão” apenas deve ser utilizado para trabalhos de pesquisa. Nos relatos de caso, notas técnicas e controvérsias, de-verá ser admitido o tópico “Considerações Finais”.

AgradecimentosNo tópico Agradecimentos devem ser informadas as contribui-

ções de colegas (por assistência técnica, comentários críticos etc.), e qualquer vinculação de autores com firmas comerciais deve ser re-velada. Esta seção deve descrever a(s) fonte(s) de financiamento da pesquisa, incluindo os respectivos números de processo.

4. ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO

4.1. Trabalho de Pesquisa (ARTIGO ORIGINAL) Título (Português/Inglês). Até 12 palavras Resumo (até 240 palavras)/Descritores(três a cinco) Abstract/Descriptors Introdução e proposição Metodologia Resultados Discussão Conclusões Agradecimentos (caso haja) Referências Bibliográficas (20 referências máximo - ordem de

citação no texto) Legenda das Figuras Nota: Máximo 5 figuras (Figuras com 300 dpi)

4. 2. Relato de Caso Título (Português/Inglês). Até 12 palavras Resumo(Até 240 palavras)/Descritores (três a cinco) Abstract/Descriptors Introdução e proposição Relato de Caso Discussão Considerações Finais Agradecimentos (caso haja) Referência Bibliográfica (10 referências máximo - ordem de ci-

tação no texto)

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45ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

editores; f) nome ou sigla das agências financiadoras, se houver.Será permitido um número máximo de cinco (05)autores envolvidos no trabalho. A inclusão de autores adicionais somente ocorrerá,no caso de se tratar de estudo multicêntrico ou após comprovação

da participação de todos os autores com suas respectivas funções e aprovação da Comissão Editorial.

Texto propriamente ditoO texto propriamente dito deverá apresentar resumo, introdu-

ção, desenvolvimento e conclusão (ou considerações finais). O tópico de agradecimentos deve vir, imediatamente, antes das

referências bibliográficas.

ResumoO Resumo com Descritores e o Abstract com Descriptors deve-

rão vir na 2ª página de suas respectivas versões, e o restante do texto, a partir da 3ª página. O resumo deverá ter, até, 240 palavras. Deverão ser apresentados de três a cinco descritores, retirados do DeCS - Des-critores em Ciências da Saúde, disponível no site da BIREME, em http://www.bireme.br, link terminologia em saúde).

No casos de artigos em espanhol, é obrigatória a apresen-tação dos resumos em português e inglês, com seus respectivos descritores e descriptors.

IntroduçãoConsiste na exposição geral do tema. Deve apresentar o estado

da arte do assunto pesquisado, a relevância do estudo e sua relação com outros trabalhos publicados na mesma linha de pesquisa ou área, identificando suas limitações e possíveis vieses. O objetivo do estudo deve ser apresentado concisamente, ao final dessa seção.

DesenvolvimentoRepresenta o núcleo do trabalho, com exposição e demonstra-

ção do assunto, que deverá incluir a metodologia, os resultados e a discussão.

Nos artigos originais, os resultados com significância estatística devem vir acompanhados dos respectivos valores de p.

No caso de relato de caso clínico, o desenvolvimento é constitu-ído pelo relato do caso clínico e pela discussão.

Discussão: deve discutir os resultados do estudo em relação à hipótese de trabalho e à literatura pertinente. Deve descrever as se-melhanças e as diferenças do estudo em relação aos outros estudos correlatos encontrados na literatura e fornecer explicações para as possíveis diferenças encontradas. Deve, também, identificar as limita-ções do estudo e fazer sugestões para pesquisas futuras.

Conclusão/Considerações FinaisAs Conclusões/Considerações Finais devem ser apresentadas

concisamente e estar estritamente fundamentadas nos resultados ob-tidos na pesquisa. O detalhamento dos resultados, incluindo valores numéricos etc., não deve ser repetido.

O tópico “conclusão” apenas deve ser utilizado para trabalhos de pesquisa. Nos relatos de caso, notas técnicas e controvérsias, de-verá ser admitido o tópico “Considerações Finais”.

AgradecimentosNo tópico Agradecimentos devem ser informadas as contribui-

ções de colegas (por assistência técnica, comentários críticos etc.), e qualquer vinculação de autores com firmas comerciais deve ser re-velada. Esta seção deve descrever a(s) fonte(s) de financiamento da pesquisa, incluindo os respectivos números de processo.

4. ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO

4.1. Trabalho de Pesquisa (ARTIGO ORIGINAL) Título (Português/Inglês). Até 12 palavras Resumo (até 240 palavras)/Descritores(três a cinco) Abstract/Descriptors Introdução e proposição Metodologia Resultados Discussão Conclusões Agradecimentos (caso haja) Referências Bibliográficas (20 referências máximo - ordem de

citação no texto) Legenda das Figuras Nota: Máximo 5 figuras (Figuras com 300 dpi)

4. 2. Relato de Caso Título (Português/Inglês). Até 12 palavras Resumo(Até 240 palavras)/Descritores (três a cinco) Abstract/Descriptors Introdução e proposição Relato de Caso Discussão Considerações Finais Agradecimentos (caso haja) Referência Bibliográfica (10 referências máximo - ordem de ci-

tação no texto)

Essa

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46 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Legenda das Figuras Nota: Máximo 3 figuras (Figuras com 300 dpi)

4.3. Nota técnica Título (Português/Inglês). Até 12 palavras Resumo (Até 240 palavras)/Descritores (três a cinco) Abstract/Descriptors Introdução explicativa Descrição do método, do material ou da técnica Considerações finais Agradecimentos (caso haja) Referências bibliográficas Legenda das figuras Nota: Máximo 3 figuras (Figuras com 300 dpi)

4.4. Controvérsias Título (Português/Inglês). Até 12 palavras Resumo (até 240 palavras)/Descritores(três a cinco) Abstract/Descriptors Introdução Discussão Considerações Finais (caso haja)

4.5. Resumo de tese Título completo de indexação (português/inglês). Acrescen-

tar também título curto e short title com até 12 palavras. Resumo (até 240 palavras)/Descritores(três a cinco) Abstract/Descriptors Ficha Catalográfica

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAs citações e referências bibliográficas devem obedecer

de Vancouver e seguir o sistema de numeração progressiva no corpo do texto.

Exemplo: “O tratamento das fraturas depende, também, do grau de deslocamento dos segmentos.4”

Autor (res). J Oral MaxillofacSurg. 2009 Dec;67(12):2599-604.

6. DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS

A assinatura da declaração de responsabilidade e transferência dos direitos autorais é obrigatória. Os coautores, juntamente com o autor principal, devem assinar a declaração de responsabilidade abaixo,

normasàs

configurando, também, a mesma concordância dos autores do texto enviado e de sua publicação, se aceito pela Revista de Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia (FOP/UPE). Suge-rimos o texto abaixo:

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS

Certificamos que o artigo enviado à Revista de Cirurgia e Trau-matologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia (FOP/UPE) é um trabalho original cujo conteúdo não foi ou está sendo considerado para publicação em outra revista, quer seja no formato impresso ou eletrônico. Atestamos que o manuscrito ora submetido não infringe patente, marca registrada, direito autoral, segredo co-mercial ou quaisquer outros direitos proprietários de terceiros.

Os Autores declaram ainda que o estudo cujos resultados estão relatados no manuscrito foi realizado, observando-se as políticas vi-gentes nas instituições às quais os Autores estão vinculados, relativas ao uso de humanos e/ou animais e/ou material derivado de huma-nos ou animais (Aprovação em Comitê de Ética Institucional).

Nome por extenso/ assinatura, datar e assinar.

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47ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online)

Legenda das Figuras Nota: Máximo 3 figuras (Figuras com 300 dpi)

4.3. Nota técnica Título (Português/Inglês). Até 12 palavras Resumo (Até 240 palavras)/Descritores (três a cinco) Abstract/Descriptors Introdução explicativa Descrição do método, do material ou da técnica Considerações finais Agradecimentos (caso haja) Referências bibliográficas Legenda das figuras Nota: Máximo 3 figuras (Figuras com 300 dpi)

4.4. Controvérsias Título (Português/Inglês). Até 12 palavras Resumo (até 240 palavras)/Descritores(três a cinco) Abstract/Descriptors Introdução Discussão Considerações Finais (caso haja)

4.5. Resumo de tese Título completo de indexação (português/inglês). Acrescen-

tar também título curto e short title com até 12 palavras. Resumo (até 240 palavras)/Descritores(três a cinco) Abstract/Descriptors Ficha Catalográfica

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAs citações e referências bibliográficas devem obedecer

de Vancouver e seguir o sistema de numeração progressiva no corpo do texto.

Exemplo: “O tratamento das fraturas depende, também, do grau de deslocamento dos segmentos.4”

Autor (res). J Oral MaxillofacSurg. 2009 Dec;67(12):2599-604.

6. DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS

A assinatura da declaração de responsabilidade e transferência dos direitos autorais é obrigatória. Os coautores, juntamente com o autor principal, devem assinar a declaração de responsabilidade abaixo,

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configurando, também, a mesma concordância dos autores do texto enviado e de sua publicação, se aceito pela Revista de Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia (FOP/UPE). Suge-rimos o texto abaixo:

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS

Certificamos que o artigo enviado à Revista de Cirurgia e Trau-matologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia (FOP/UPE) é um trabalho original cujo conteúdo não foi ou está sendo considerado para publicação em outra revista, quer seja no formato impresso ou eletrônico. Atestamos que o manuscrito ora submetido não infringe patente, marca registrada, direito autoral, segredo co-mercial ou quaisquer outros direitos proprietários de terceiros.

Os Autores declaram ainda que o estudo cujos resultados estão relatados no manuscrito foi realizado, observando-se as políticas vi-gentes nas instituições às quais os Autores estão vinculados, relativas ao uso de humanos e/ou animais e/ou material derivado de huma-nos ou animais (Aprovação em Comitê de Ética Institucional).

Nome por extenso/ assinatura, datar e assinar.