Rev. Abril/2003 ÁCIDO SALICÍLICO 1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Nome químico: ácido salicílico Fórmula química: C7H6O3 Fórmula estrutural: HO-C6H4-COOH Sinônimos: ácido 2-hidróxibenzóico; ácido orto-hidróxibenzóico. CAS: 69-72-7 2. COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÃO SOBRE INGREDIENTES Número CAS: 69-72-7 90-100% PERIGOSO 3. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS CUIDADO! PERIGOSO SE INGERIDO, INALADO OU ABSORVIDO ATRAVÉS DA PELE. CAUSA IRRITAÇÃO NA PELE, OLHOS E TRATO RESPIRATÓRIO. AFETA O SISTEMA NERVOSO CENTRAL, RINS E PÂNCREAS. EFEITOS POTENCIAIS PARA A SAÚDE: • POR INALAÇÃO: causa irritação devido ao caráter ácido. Tosse e dificuldade respiratória

pode ocorrer. • POR INGESTÃO: Doses grandes causam “salicilismo” , evidenciado por dor abdominal,

vômito, aceleração da respiração e distúrbios mentais. A morte pode ocorrer por parada respiratória ou cardíaca. A dose letal por ingestão é de 20 a 30 gramas para adultos.

• CONTATO COM A PELE: Pode causar irritação média e rachaduras na pele de indivíduos sensíveis. Absorção através da pele produz sintomas semelhantes ao da ingestão.

• CONTATO COM OS OLHOS: Causa irritação severa em animais. • EXPOSIÇÃO CRÔNICA: Distúrbios no sistema nervoso central com respiração acelerada,

confusão e convulsões. Pode causar danos aos rins e pâncreas. • AGRAVAMENTO DE CONDIÇÕES PRÉ-EXISTENTES: pessoas com problemas de pele,

olhos e rins podem ter riscos de crises aumentados ao serem expostos a esta substância. 4. MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS CONTATO COM A PELE: Lave a pele com água e sabão por 15 minutos. Remova as roupas e calçados contaminados. Lave as roupas para reutilização. Se aparecerem sintomas como irritação e vermelhidão encaminhe para o hospital. INALAÇÃO: Leve a vítima para um local arejado. Se a vítima apresentar dificuldade respiratória ministre oxigênio. Imediatamente encaminhe ao hospital. CONTATO COM OS OLHOS: Cheque se a vítima tem lentes de contato e remova-as. Lave com água durante 15 minutos no lava-olhos. IMEDIATAMENTE transporte a vítima para o hospital, se aparecer vermelhidão ou irritação nos olhos. INGESTÃO: INDUZIR O VÔMITO e encaminhe para o serviço médico. Não ministre nenhum líquido para pessoas inconscientes. 5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO INFLAMABILIDADE: Flash Point: 157°C Como a maioria dos compostos orgânicos, é possível incendiar a elevadas temperaturas ou por contato com fontes de ignição. Chamas quando envolvem este material podem ser controlados com pó químico, água nebulizada, dióxido de carbono e espuma. O pó fino disperso no ar e na presença de fontes de ignição pode explodir. 6. MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO E VAZAMENTO

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Remova todas as forças de ignição. Recolha o produto para reutilização, se for possível. Se o produto está em solução absorvê-lo com material poroso inerte. Neutralize os resíduos com bicarbonato de sódio. Encaminhe e descarte no esgoto. 7. MANUSEIO E ARMAZENAMENTO Evite o contato e inalação do pó. Ao manusear este produto use avental de mangas longas, máscara para pó e óculos de segurança. Estoque em local seco e arejado. Evite o acúmulo de cargas eletrostáticas no local do armazenamento. Estoque na ÁREA VERDE do almoxarifado. 8. CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL Limites de Exposição Permitidos: OSHA: PEL Limite de Exposição Permitido 15mg/m3 total de pó 5mg/m3 fração respirável ACGIH: TLV 10mg/m3 total de pó não contendo amianto e <1% de sílica cristalina VESTIMENTA MÍNIMA RECOMENDADA: avental de manga longa e óculos de segurança LUVAS: de borracha ou polietileno descartáveis MÁSCARA REPIRATÓRIA RECOMENDADA: máscara para pó. Não consta referência no Guia de Seleção de Respiradores. 9. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Descrição física: pó cristalino branco Odor: inodoro Massa molecular: 138,12 Densidade relativa: 1,443g/mL Ponto de fusão: 157-159°C Ponto de ebulição: 256°C Intervalo de ebulição: sublima Pressão de vapor (mm Hg): 5 @ 136°C Densidade vapor no p.eb. (aria=1): 4,8 SOLUBILIDADE: Água: 1g/460mL @ 20°C 1g/15mL @ 100°C Solventes polares: solúvel Éter: solúvel 10. ESTABILIDADE E REATIVIDADE Este composto é termicamente estável em condições normais de estocagem. Evite contato com oxidantes fortes, halogênios (cloro, bromo, iodo), sais de ferro, acetato de chumbo , éter nitroso. Pode reagir, desenvolvendo calor, com metais elementares (alcalinos e alcalinos terrosos), nitritos, agentes redutores fortes como hidrtetos. Pode inflamar-se em contato com agentes oxidantes fortes. Com cloro e hipoclorito pode dar subprodutos poluidores para o meio ambiente. Gases tóxicos e vapores podem ser gerados quando em contato com o fogo. Quando aquecido a pressão atmosférica decompõe-se em fenol e monóxido de carbono. 11. INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS

Dose típica Modo Espécie Quantidade Unidades LD50 Orl Rato 891 mg/kg LD50 Orl Camundongo 480 mg/kg LD50 Ivn Camundongo 184 mg/kg LC50 Ihl Rato >900 mg/m3/1h

PODER IRRITANTE: pele coelho 500mg/24h médio olho coelho 100mg severo CARCINOGENICIDADE: nenhuma evidência DADOS DE MUTAÇÃO: positivo em alguns testes TERATOGENICIDADE: testes efetuados em ratos e camundongos, por vias diversas, apresentaram mal formação fetal.

12. INFORMAÇÃOES ECOLÓGICAS DBO5/ThOD= >50% O produto é facilmente biodegrado em estação de tratamento de águas (>90%). ECOTOXICIDADE: LC50 dafnias: >100mg/L/24H Quando lançado no solo, este material é facilmente biodegradado. Na água também é facilmente biodegradado. No ar este material sofre degradação pela reação foquímica com radicais hidroxila. No ar tem uma vida-média de 1 a 10 dias. 13. CONSIDERAÇÕES SOBRE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO Misture com solvente inflamável e encaminhe para incineração. Neutralize com bicarbonato de sódio e envie para esgoto. 14. INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE Não regulamentado. 15. REGULAMENTAÇÕES NFPA: Saúde: 0 Inflamabilidade: 1 Reatividade: 0 Rótulo: CUIDADO! PERIGOSO SE INGERIDO, INALADO OU ABSORVIDO ATRAVÉS DA PELE. CAUSA IRRITAÇÃO NA PELE, OLHOS E TRATO RESPIRATÓRIO. AFETA O SISTEMA NERVOSO CENTRAL, RINS E PÂNCREAS. BIBLIOGRAFIA Guia de Seleção de Respiradores 3M. 2001. http://www.jtbaker.com http://sirio.bo.cnr.it/schede/IT/ce0468.htm REVISADO PELA COORDENAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES - PROFESSORA MARIA LUCILA UJVARI DE TEVES