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JUNHO DE 2009 ANO XXI Nº 865 SEG 15 TER 16 QUA 17 QUI 18 SEX 19 SÁB 20 DOM 21 sintufrj.org.br [email protected] e o pró-reitor de Pessoal se reúnem com a direção do Sindicato e a CIS e respondem às reivindicações de implantação dos programas da carreira. PÁGINA 3 ALOÍSIO TEIXEIRA REUNIÕES DO SINTUFRJ PRESTADORES DE SERVIÇO DO NCE esclarecem dúvidas sobre o Complexo Hospitalar. PÁGINAS 5 E 6 mantêm mobilização e fazem nova assembleia nesta quarta-feira, dia 17 de junho. PÁGINA 4 EXTRAQUADROS DOS HUs com anos de casa são dispensados sem indenização e os salários atrasados pagos. PÁGINA 3 Reunião do GT-Carreira Reunião do GT-Antirracismo Quarta-feira, 17 de junho, às 14h, na subsede sindical no HU. Pauta: informes sobre racionalização e reposicionamento dos aposentados; eleição para a CIS e realização do III Seminário Regional sobre Capacitação dias 24, 25 e 26 de junho, na Ufes (ES). Terça-feira, dia 16 de junho, às 14h, na subsede sindical no HU. Leia na página 7 como foi a abertura da Conferência Estadual de Promoção da Igualdade. REUNIÃO dos trabalhadores do NCE com o reitor ASSEMBLEIA dos extraquadros dos HUs REPRESENTANTES de várias comunidades participaram do Conepir GT-ANTIRRACISMO do SINTUFRJ discute Estatuto da Igualdade Racial Fotos: Cícero Rabello Nova tabela salarial. PÁGINA 2 Reunião dos aposentados Quarta-feira, 24 de junho, às 10h, na subsede sindical no HU. Reunião dos carpinteiros e marceneiros Terça-feira, 16 de junho, às 11h, na subsede sindical no HU.

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JUNHO DE 2009 ANO XXI Nº 865 SEG 15 TER 16 QUA 17 QUI 18 SEX 19 SÁB 20 DOM 21 sintufrj.org.br [email protected]

e o pró-reitor de Pessoal se reúnem com a direção do Sindicato e a CIS e respondem àsreivindicações de implantação dos programas da carreira. PÁGINA 3

ALOÍSIO TEIXEIRA

REUNIÕES DO SINTUFRJ

PRESTADORES DE SERVIÇO DO NCE

esclarecem dúvidas sobre o Complexo Hospitalar. PÁGINAS 5 E 6

mantêm mobilização e fazem nova assembleia nesta quarta-feira, dia 17 de junho. PÁGINA 4

EXTRAQUADROS DOS HUs

com anos de casa são dispensados sem indenização e os salários atrasados pagos. PÁGINA 3

Reunião do GT-Carreira Reunião do GT-AntirracismoQuarta-feira, 17 de junho, às 14h, na subsede sindical no HU. Pauta: informes sobre

racionalização e reposicionamento dos aposentados; eleição para a CIS e realização doIII Seminário Regional sobre Capacitação dias 24, 25 e 26 de junho, na Ufes (ES).

Terça-feira, dia 16 de junho, às 14h, na subsede sindical no HU. Leia na página 7 comofoi a abertura da Conferência Estadual de Promoção da Igualdade.

REUNIÃO dos trabalhadores do NCE com o reitor

ASSEMBLEIA dos extraquadros dos HUs

REPRESENTANTES de várias comunidades participaram do Conepir

GT-ANTIRRACISMO do SINTUFRJ discute Estatuto da Igualdade Racial

Fotos: Cícero Rabello

Nova tabela salarial. PÁGINA 2

Reunião dos aposentadosQuarta-feira, 24 de junho, às 10h, na subsede sindical no HU.

Reunião dos carpinteiros e marceneirosTerça-feira, 16 de junho, às 11h, na subsede sindical no HU.

2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 865 - 15 a 21 de junho de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Ednea Martins, Jonhson Braz e Nivaldo Holmes. / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: Ana de Angelis / Reportagem: Ana de Angelis, E. A. C. e Regina Rocha / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação:Luís Fernando Couto e J. Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matériasnão assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação.Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61

TABELA SALARIALCARREIRA

Veja como fica o salário de julho queserá pago no início de agosto A Divisão de Saúde do Traba-

lhador da UFRJ avisa que entre osdias 15 de junho e 6 de julho dei-xará de atender por motivo deobras de reforma no piso do andartérreo.

As licenças para tratamento desaúde, acompanhamento de fa-miliares enfermos, gestantes e aci-dentes de trabalho serão atendi-das após o término das obras, me-diante a apresentação de docu-mentação comprobatória (atesta-do do médico assistente, requisi-

DVST entra em obras:Saiba como ficará o atendimento

ção de licença datada e assinadapela chefia, de acordo com a datado atestado e outros documentospertinentes a cada caso).

Os atendimentos para fins dealta e retorno ao trabalho serãoanalisados e realizados das 8h às13h, no segundo andar da DVST,com apresentação da documenta-ção de rotina (alta do médico as-sistente).

Os casos não especificados se-rão analisados pela direção daDVST e pelas equipes de plantão.

O evento terá como pautaa V Jornada de Intercâmbiode Trabalhos de Serviço So-cial na Área da Saúde do Es-tado do Rio de Janeiro e acelebração do Dia do Assis-tente Social. Dia 16 de ju-

nho, às 8h, e termina em 3de julho, no auditór io doCentro Cultural Horácio Ma-cedo, na Cidade Universitá-r ia . Informações pelo s i tewww.hucff.ufrj.br ou pelo te-lefone (21) 2562-2567.

I Encontro de Serviço Social da UFRJ

Nesta segunda-feira, 15 de ju-nho, às 14h, o Conselho de Coorde-nação do CFCH se reúne na Deca-nia (Praia Vermelha)para decidir

sobre a ampliação da representa-ção dos técnicos-administrativos ede estudantes no Conselho de Coor-denação do CFCH.

TAs no CFCH

Dia 19 de junho, às 11h, no audi-tório da Coppe, o engenheiro eletri-cista, Roberto Pereira d`Araújo, lançao livro Setor Elétrico Brasileiro: Uma

Aventura Mercantil. A obra é prefa-ciada por Luiz Pinguelli Rosa, coor-denador dos Programas de Pós-Gra-duação em Engenharia da Coppe.

Lançamento de livro

Quarta-feira, 17 de junho, das10h às 12h, no Salão Nobre da De-cania do CT - bloco A, 2º andar.

Tema: Cidade Universitária – ci-dade responsável em energia emeioambiente.

II Oficina Temática do Plano DiretorUFRJ 2020

Estes são os temas dodebate que a rev i s ta Ver-sus rea l iza nos d ias 23 e24 de junho, no audi tór ioPedro Calmon (Praia Ver-melha) , às 18h30, com apar t ic ipação, no pr imeirodia , dos pro fes sores JoséLuis Fior i e Roberto Leher ,da UFRJ ; e V i rg ínia Fon-

tes , da UFF e F iocruz ; nosegundo dia , de Mauro Ias ie José Paulo Net to , da UFRJ ;e Maria Orlanda Pinass i , daU n e s p . N a o p o r t u n i d a d eserá lançada a 13ª ed içãoda rev i s ta Margem Esquer-da e o l i v ro A Cri se Es tru-tural do Capi tal , de I s tvánMészáros.

“Alternativa de esquerda àcrise capitalista” e A CriseEstrutural do Capital

Nos dias 23 e 24 de junho, noFórum de Ciência e Cultura, serárealizado o primeiro encontro deestudantes africanos na UFRJ. Oevento abre às 9h30 e a programa-ção inclui várias atividades, comoexposição dos países conveniados,colóquio, palestras de diplomatas,exibição de filme, apresentação detrabalho dos alunos conveniados,música e dança.

Conferência Nacional deComunicação

África noBrasil: Visãouniversitária

A Comissão Pró-ConferênciaNacional de Comunicação, even-to previsto para ocorrer em dezem-bro deste ano, realiza quinzenal-mente reuniões abertas ao públi-co. Sempre às segundas-feiras, às19h, no Clube de Engenharia (Ave-nida Rio Branco nº 124 - Centroda Cidade). Participam como pa-lestrantes dirigentes de vários sin-dicatos de categorias e dos jorna-listas.

O Núcleo Piratininga de Co-

municação (NPC) também estápromovendo encontros com oobjetivo de qualificar militan-tes, estudantes, sindicalistas equalquer pessoa interessada noassunto para participar das eta-pas preparatórias da conferên-cia nacional. Este mês o próxi-mo encontro é na quarta-feira,dia 24, quando será discutido otema sobre concessões públicasde rádio e TV: “Que processos deconcessão queremos?”.

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CATEGORIA

SINTUFRJ e CIS cobram do reitor programas da carreiraReivindicações foram entregues a Aloísio Teixeira no XX Confasubra

Os dirigentes do SINTUFRJ, IaciAzevedo, Francisco de Assis, JéfersonSalazar e Nivaldo Holmes – que étambém coordenador da ComissãoInterna de Supervisão (CIS)–, com ocoordenador-adjunto da CIS, Rober-to Gomes, se reuniram no dia 4 dejunho com o reitor Aloísio Teixeira, opró-reitor de Pessoal, Luiz AfonsoMariz, e o chefe de gabinete, JoãoEduardo Fonseca, para cobrar a im-plantação de programas que cons-tam da carreira da categoria.

Além da necessidade de institu-cionalização da CIS, a categoria,como explicou Francisco de Assis,aguarda pelos programas de avalia-ção de desempenho, capacitação,qualificação e dimensionamento depessoal. Segundo Jéferson Salazar, auniversidade está defasada na elabo-ração dos programas e era necessáriodar uma injeção de ânimo para queas coisas acelerassem.

Iaci Azevedo disse que a categorianão está com prejuízo financeiro noque diz a respeito às progressões ad-quiridas em função da avaliação dedesempenho, mas que o avanço dosprogramas na UFRJ, a maior univer-sidade federal do país, significa o for-talecimento da carreira. Ela lembrouque o espírito da avaliação previstana carreira leva em consideração ele-mentos como ambiente de trabalho,equipe, metas.

Jéferson ponderou que há inicia-tivas de capacitação, mas muito in-dividuais. “O que não é ruim, mas

iniciativas institucionais podem le-var a um corpo técnico-administra-tivo mais bem preparado. A Universi-dade ganha, o servidor ganha e asociedade também”, disse.

DiferenteDiferenteDiferenteDiferenteDiferente –Segundo o pró-reitor dePessoal, Luiz Afonso, o novo modelode avaliação que a PR-4 prepara tema apreciação do chefe, do próprio ser-vidor e do grupo em que trabalha, e ochefe também é avaliado.

Haverá reuniões com os departa-mentos de Recursos Humanos paradiscutir o documento: “Nossa avalia-ção (da PR-4) é que a proposta é boa,completamente diferente do que vi-nha sendo feito.”

“Mas não vi o senhor se referir ametas. O setor tem que avaliar semetas foram alcançadas ou não, sehouve infraestrutura e condições detrabalho”, ponderou Iaci. Afonso ga-rantiu que as metas estão no projeto.

Segundo o reitor, antes da pro-posta ser apresentada, devem ser fei-tas audiências públicas para dar co-nhecimento do projeto aos interessa-dos e recolher contribuições. Entre assugestões que apontou está ainda a deque houvesse avaliação também pe-los usuários do serviço.

Nivaldo ponderou que o objetivoda avaliação não é punitiva, mascorretiva e que os servidores e usuáriosdevem ser avaliados pelos alunos.

“A gente está atrasado”, reco-nheceu o reitor, “mas para a gentenão atropelar, talvez seja mais im-

portante abrir espaço para audiênci-as públicas.”

CISCISCISCISCIS – Roberto Gomes tocou numdos pontos-chave que dificultaram ainstitucionalização da Comissão In-terna de Supervisão em três anos demandato: a falta de infraestrutura,equipamentos, pessoal e de apoio daAdministração. “A Comissão (que tema finalidade de fiscalizar e acompa-nhar a implantação do Plano de Car-reira, buscando a correção de falhas)poderia interagir com a Administra-ção nos mais diversos pontos, comoavaliação de desempenho por exem-plo”, comentou.

“Assumo inteiramente a respon-sabilidade pela não criação de condi-ções razoáveis para a CIS”, disse Aloí-sio Teixeira, para quem a falta deinfraestrutura revela algo mais gra-

ve: as pessoas não valorizam muito senão houver esforço para que funcio-ne. A gente não pode permitir que ainiciativa seja jogada fora. “Quem éa CIS? São servidores, parceiros quepodem trabalhar juntos com a Pro-Reitoria”, lembrou Iaci.

“Nesse espaço de discussão háuma cobrança, mas a gente não estáem barcos diferentes. Se não fazemosisso agora, podemos não ter mais opor-tunidade. Vamos fazer!”, animou-seTeixeira.

QualificaçãoQualificaçãoQualificaçãoQualificaçãoQualificaçãoNivaldo Holmes disse que mais

de dois mil servidores não têm ensi-no médio, acrescentando que a edu-cação formal também está previstana carreira. Ele sugeriu à PR-4 apli-cação de projetos de qualificaçãocom a Coordenação de Desenvolvi-

mento de Pessoal (Codep).O reitor disse que gostaria de avan-

çar nesta direção com dois compo-nentes: educação formal, dando aotécnico-administrativo condições dese qualificar, completar o ensinomédio, a graduação, ou a pós-gradu-ação; e formação complementar qua-lificando o servidor com base em trêseixos: foco no trabalho, na universi-dade e no país. Ele acrescentou quenão há razão para que não se ofere-çam vagas ociosas para os trabalha-dores da própria universidade. Inclu-sive com oferecimento de apoio paraque o servidor alcance essa possibili-dade. “Temos que fazer isso este ano”,disse o reitor.

Iaci cobrou a promessa de umcentro de valorização do servidor. Oreitor garantiu que está previsto noPlano Diretor.

NCE: Reitoria não paga atrasados e indenizaçãoO reitor da UFRJ se compro-

meteu com os trabalhadores doNúcleo de Computação Eletrô-nica (NCE) e o SINTUFRJ, masnão cumpriu com a palavra em-penhada. No dia 4 de junho, Aloí-sio Teixeira informou aos 65prestadores de serviço do Núcleoque tiveram o contrato encerra-do em 31 de maio que a Funda-ção Universitária José Bonifácio(FUJB) pagaria a eles os saláriosatrasados e indenização com to-dos os direitos trabalhistas asse-gurados até 9 de junho. Mas issonão ocorreu

O Jornal do SINTUFRJ procu-rou a Fundação Universitária JoséBonifácio na quarta-feira, dia 10de junho, que informou que opagamento da indenização e dosatrasados dos prestadores de servi-ço do NCE era de responsabilidadeda Reitoria. O reitor foi procura-do para falar a respeito, mas nãofoi encontrado. Através da assesso-

SINDICALISTAS COBRAM da Reitoria o que a lei da Carreira garante à categoria

Fotos: Cícero Rabello

ria de imprensa da UFRJ, o chefe degabinete do reitor, João EduardoFonseca, disse que desconhecia a tra-mitação do pagamento dos traba-lhadores do NCE, e sugeriu que fosseprocurado o superintendente-geralde Administração e Finanças, Mil-ton Flores. A assessoria de imprensainformou que Flores já havia idoembora.

Preocupação com a UFRJPreocupação com a UFRJPreocupação com a UFRJPreocupação com a UFRJPreocupação com a UFRJNa reunião do dia 4 de junho, o

coordenador-geral do SINUTFRJ,Francisco de Assis, solicitou ao reitoruma solução para a situação dosprestadores de serviço, e tambémmanifestou preocupação com o fun-cionamento do Núcleo sem esses tra-balhadores. O NCE é responsável pelogerenciamento de toda a rede de in-formática da UFRJ. Jéferson Sala-zar, também coordenador-geral doSindicato, reforçou os argumentosde Francisco preocupado com quemiria assumir as atividades do Núcleo

daqui por diante.O reitor disse na ocasião que

não poderia assumir o compromis-so de continuar pagando os saláriosdos prestadores de serviço do NCE eque eles estavam sendo dispensadospor imposição judicial.

Sérgio Guedes, representante dosfuncionários no CEG e profissionaldo NCE, afirmou que qualquer bai-xa de funcionários do Núcleo pode

significar interrupção em alguns ser-viços. Nilson Theobald, coordena-dor de Educação do SINTUFRJ e tra-balhador do NCE, acrescentou queno grupo dos 65 há profissionaisfundamentais para sustentação desistemas importantes para a UFRJ,como o SIGA ou SIRO.

Entre os dispensados do NCE en-contra-se Newton Nascimento, quehá 15 anos trabalhava na portaria

no NCE. Sérgio, 55 anos, que cui-dava de equipamentos na madru-gada, está preocupado com o fu-turo devido à idade. O não paga-mento dos atrasados e da indeni-zação no dia 9 revoltou os traba-lhadores, a maioria devendo mui-to. “A gente está desempregado,mas com a indenização podemosrecuperar o crédito”, disse Fernan-des Lima, há 8 anos no NCE.

REITOR NÃO GARANTE direitos prometidos aos prestadores de serviço do NCE

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EXTRAQUADROS

Trabalhadores mantêm mobilização e

Congresso cutista vai criar novas secretariasCentral quer intensificar ações em áreas específicas no Estado

Maternidade demite copeiras

13º CECUT

O auditório Alice Rosa, no 12o

andar do HU, foi pequeno para abri-gar os cerca de 400 profissionaisextraquadros do HU e IPPMG e atéde outras unidades, como a Mater-nidade-Escola, presentes à assem-bleia de quarta-feira, dia 10 de ju-nho. Na pauta, informes das nego-ciações com a Reitoria e avaliaçãosobre paralisação.

Extraquadros do HU e IPPMGparalisaram as atividades de 26 demaio a 1o de junho reivindicandocontrato de trabalho. Eles estão em

rintendência Geral de Administra-ção e Finanças da UFRJ para tratardo pagamento e do recolhimentodo INSS.

Diante disso, a assembleia dodia 10 avaliou que o movimentotem conquistado avanços e que nãohá necessidade de retomar a para-lisação, por enquanto, mas estámantida a mobilização. Uma co-missão foi organizada para estu-dar alternativas jurídicas.

Francisco de Assis, coordenador-geral, explicou que o SINTUFRJ está

Com a participação já confir-mada de 450 delegados, o 13º Con-gresso Estadual da CUT-Rio pro-mete ser um dos mais densos emdebates e resoluções. O 13º Cecutcomeça nesta sexta-feira, dia 19 dejunho, e termina no domingo, 21.O SINTUFRJ participa com 29 de-legados eleitos em assembleia, en-tre efetivos e suplentes.

Os professores da UFRJ, Giusep-pe Coco, e da Uerj, Emir Sader parti-ciparão da abertura do congresso. Osdois cientistas políticos iniciarão osdebates sobre a conjuntura políticamunicipal, estadual, nacional e in-

ternacional. Discussões temáticasserão o forte deste congresso, como“Comunicação, formação e políti-cas sociais”.

Secretarias, lutas e eleiçãoSecretarias, lutas e eleiçãoSecretarias, lutas e eleiçãoSecretarias, lutas e eleiçãoSecretarias, lutas e eleiçãoA atual direção da CUT-Rio

levará para este congresso a pro-posta de criação de duas novassecretarias: da Juventude e de Re-lações de Trabalho. Os temas es-pecíficos escolhidos para discus-são dos grupos e deliberação doplenário são: Comunicação, For-mação, Trabalho na Metrópole(trabalhadores informais, como

camelôs e catadores de papel) ePolíticas Sociais (inclui, porexemplo, saúde, meio ambientee combate à discriminação).

Como a CUT está na linha defrente da Conferência Nacional deComunicação, este tema será tra-tado com destaque no 13º Cecut. AConferência ocorrerá de 1 a 3 dedezembro e discutirá “Comunica-ção: meios para construção de di-reitos e de cidadania na era digi-tal”. O evento é aberto à sociedadee organizado pelo Ministério dasComunicações, com a colaboraçãodireta da Secretaria-Geral da Presi-

dência da República e da Secreta-ria de Comunicação Social.

Balanço da atual gestão daCUT-Rio e aprovação do plano de

Na assembleia dos extraquadros, dez copeiras da Maternidade-Escola da UFRJ denunci-aram que foram dispensadas do trabalho desde 1º de junho e serão substituídas por umaempresa de terceirização. As trabalhadoras eram contratadas por cooperativas, assim como

os extraquadros do HU e do IPPMG. A copeira Alessandra Costa contou que há cinco mesesa unidade pagou o salário delas. A maioria tinha vários anos de casa, como Maria VitóriaGonçalves, que trabalhou na unidade 9 anos.

cobram solução da ReitoriaNova assembleia quarta-feira, 17, às 13h, no auditório Alice Rosa (12o andar do HU)

lutas regional também são pautasimportantes do 13º Cecut. No do-mingo, os delegados elegem os no-vos dirigentes da central sindical.

situação precária desde a suspen-são em janeiro dos contratos comcooperativas as quais estavam li-gados. Desde então, a Reitoria vemmantendo seus salários.

Compasso de esperaCompasso de esperaCompasso de esperaCompasso de esperaCompasso de esperaEm reunião na semana da pa-

ralisação com o reitor Aloísio Tei-xeira, a Comissão dos Extraqua-dros, acompanhados pelo SINTU-FRJ, cobrou regularização. O reitorexplicou que buscaria solução comos ministérios do Planejamento e

da Educação. Propôs o mesmo sis-tema adotado em outros HUs dopaís de contratação temporária detrabalhadores através de um pro-cesso seletivo simplificado. Os fun-cionários terceirizáveis seriam con-tratados por meio de uma firma.

Thiago Xavier, da Comissão deExtraquadros, informou que o rei-tor tem uma audiência agendadaem Brasília, no dia 16, com o Mi-nistério do Planejamento para dis-cutir a situação. Nesse mesmo diaa comissão se reúne com a Supe-

EXTRAQUADROS podem parar de novo se a Reitoria não garantir contrato de trabalho FRANCISCO DE ASSIS reafirmou o apoio do SINTUFRJ

Fotos: Cícero Rabello

acompanhando o processo e bus-cando contribuir. Argumentou quedeve-se ter cautela com as iniciati-vas jurídicas e garantiu que é amobilização política que poderálevar a uma solução. Roberto Go-mes – representante dos técnicos-administrativos no Consuni – pro-pôs que a nova assembleia fosserealizada no dia 17 para dar tempode apresentar os resultados das reu-niões à categoria: “É importantemanter a mobilização da catego-ria”, disse.

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COMPLEXO HOSPITALAR

Categoria esclarece dúvidas nosdebates organizados pelo SINTUFRJForam dois debates, um no HU e outro no IPPMG, com a participação da comissão de instalação do complexo

Debate no HUDebate no HUDebate no HUDebate no HUDebate no HU“O complexo hospitalar é o

arcabouço para as fundações es-tatais?” e “Outras unidades se-rão trazidas para cá?” foram asdúvidas do representante da ca-tegoria no Conselho Universitá-rio (Consuni) e funcionário doHU, Milton Madeira.

Nelson explicou que houvevárias razões para a união dasnove unidades hospitalares: trân-sito de pacientes entre elas coma criação de um prontuário úni-co, interação, complementari-dade de serviços, além de aten-der à portaria do MEC, de 4 deabril de 2008, que determinavaa criação das unidades orçamen-tárias em cada hospital. Em vezde nove, a UFRJ optou pela cria-ção de uma só, a do complexo,passando a ter duas unidades or-çamentárias. Em 2009, o com-plexo hospitalar terá orçamentode custeio próprio do MEC.

A minuta do regimento do complexo hos-pitalar já foi entregue ao reitor para ser le-vada ao Conselho Universitário. Antes disso,a comissão encarregada de implantar o com-plexo e formular a proposta de regimentorealizou seminários e audiências públicaspara que a comunidade universitária fizessepropostas. O debate na universidade ocorreupor iniciativa da bancada técnico-adminis-trativa no Conselho Universitário.

Como as dúvidas sobre o complexo persis-tiam, principalmente por parte dos técnicos-administrativos dos HUs, a Coordenação dePolíticas Sociais do SINTUFRJ realizou doisdebates na semana passada, com a participa-

Nelson esclareceu ainda que aUFRJ, o Conselho Universitário ea comissão posicionaram-se con-tra as fundações estatais: “Nãoqueremos fundações estatais; que-remos custeio do MEC repassadopela universidade.”

Elionora Batista perguntou seo complexo levaria para o Fundãotodas as unidades espalhadas peloRio, como o Hesfa. Ela citou ocaso do Instituto de Doenças doTórax (IDT), que funcionava noCaju, mas depois de sofrer inter-venção e ter o diretor afastado foilevado para o HU.

“Jamais faremos o que fize-ram com o IDT. Pode ser que al-guma unidade venha para cá, massó depois de discussão com as pes-soas sobre o que é melhor paraelas. Se trabalharmos em com-plexo, seremos a maior unidadehospitalar do MEC, com cerca demil leitos”, afirmou Nelson.

Roberto Gomes, representan-

te da categoria no Consuni, ques-tionou se houve espaços para su-gestões ao regimento. SegundoNelson, foram realizadas 66 reu-niões e audiências públicas naUFRJ sobre o regimento. A co-missão, segundo ele, absorveu asvárias sugestões e agora o regi-mento vai ao Conselho Universi-tário. “Entregamos ao reitor notempo limite (120 dias). Em doisou três anos esse regimento teráque ser revisto para fazer mudan-ças de acordo com o funciona-mento”, disse Nelson.

Francisco de Assis lembrou aimportância do dimensionamen-to de pessoal e o exercício de 30horas semanais para os trabalha-dores dos hospitais. Ele apontouainda a necessidade de a propostado complexo hospitalar fortaleçaas unidades menores para que nãosejam sugadas pelas maiores.

Jéferson Salazar parabenizoua Coordenação de Políticas So-

ciais pela realização do debate elembrou a importância da deci-são do Consuni de se manifestarpor unanimidade contra as fun-dações estatais, porque limpou ocampo em relação ao papel docomplexo. O Consuni se mani-festou a respeito por solicitação

ELIONORA (à esquerda): preocupada com a centralização dos HUs no Fundão NILCE CORRÊA, Jéferson Salazar e Francisco de Assis reforçam o debate no HU

do sindicalista, que integrava abancada dos técnicos-administra-tivos no órgão. Segundo Jéfer-son, a criação do complexo é umavanço em termos de gestão derecursos, reafirmando que “fun-dação estatal na UFRJ é pontovencido”.

NELSON SOUZA E SILVA, Ruy, Carmen Lucia e Vera Lúcia

Fotos: Cícero Rabello

Caravana contra o PLP/92Quarta-feira, dia 17 de ju-

nho, trabalhadores de todo opaís se encontram em Brasíliapara ato no Congresso Nacio-nal contra a aprovação da PLP/92, que cria as fundações esta-tais de direito privado. Na tar-de de quarta-feira da semanapassada, véspera do feriado, aFasubra solicitou reforço àsbases para levar ao PlanaltoCentral o maior contingente

de pessoas possível. Como nãohouve tempo para convocartoda a categoria e organizar acaravana, conforme semprefaz o SINTUFRJ, os dirigentesconvocaram os companheirosque sempre têm disponibili-dade para viajar. Esperamosque o protesto seja grandiosoo suficiente para impedir aaprovação deste nefasto pro-jeto de lei.

ção da comissão. Um, segunda-feira, 8, noHU, e outro, terça-feira, 9, no IPPMG.

No dois dias a mesa de debates foi com-posta pelos coordenadores sindicais Ruy deAzevedo dos Santos,Vera Lúcia e Carmen Lu-cia. Pela comissão participou da mesa noprimeiro dia Nelson Souza e Silva, diretor doInstituto do Coração, e, no segundo dia, Mar-celo Land, diretor do IPPMG. Os coordenado-res-gerais do SINTUFRJ Francisco de Assis eJéferson Salazar e os coordenadores de Comu-nicação, Ednea Martins e Nivaldo Holmes, deAdministração, Nilce Corrêa, e Carlos Perei-ra, de Política Sindical, estiveram presentesaos debates.

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COMPLEXO HOSPITALAR

Questionamentos se repetem nodebate no IPPMG

“Não pretendemos interferir nosprocessos de autonomia das unidadescomo a escolha de diretor. Uma dascaracterísticas é que unidades parti-cipantes são autônomas”, iniciou suaexplanação para as 40 pessoas presen-tes ao debate o diretor do IPPMG Mar-celo Land.

Boaventura Souza Pinto foi o pri-meiro a perguntar: “Quem vai ban-car isso financeiramente? E a presta-ção de contas? A mão de obra seráceletista ou estatutária?

Segundo Land, os hospitais doMinistério da Saúde têm injeção derecursos muito maior e é preciso ga-rantir a posição do MEC de orçamen-tar os hospitais. Segundo ele, todos oshospitais universitários certificadostêm contratos com gestores do SUSque avaliam metas. “Nós, dos HUs,queremos transparência para mos-trarmos as desigualdades.”

Marcelo Land também enfati-zou a posição clara do Consuni con-tra as fundações estatais para acabarcom a suspeita de que a mudançaafetaria o vínculo trabalhista. Fran-cisco de Assis apontou a importânciada realização do debate – assim comoo fato da categoria ter cobrado noConsuni posição contrária à trans-formação dos HUs em fundações es-tatais – no momento em que a Fasu-bra pede mobilização devido à entra-da do PL 92 em votação no CongressoNacional.

“Em qual ministério o comple-xo está?”, perguntou Fernanda Cos-ta. “O complexo foi criado na estru-tura média da UFRJ, que passou a terduas unidades orçamentárias. A gen-te não quer duplicar o aparato daUFRJ. Somos UFRJ, logo, somos doMEC”, esclareceu Land.

A coordenadora sindical Petroli-na Diniz também manifestou preo-cupação com as fundações, assimcomo Ana Maria Costa, extraquadrodo IPPMG. Eles temem que os hospi-tais estejam sendo inviabilizados paraserem transformados em fundações.

“Complexo é união em rede, nãouma nova forma de organização. Éparte da autarquia da UFRJ e somosligados à administração direta dogoverno. Nossos funcionários têm queser estatutários”, disse Marcelo Land,acrescentando: “Temos que mudar,mas não nesta direção.”

A coordenadora sindical Vera Lú-cia quis saber se seria necessário umhospital central no Fundão e a res-peito da escolha do coordenador docomplexo.

Land explicou que muitas uni-

O Complexo Hospitalartem por finalidade, entre ou-tras, promover a integraçãodas unidades que o consti-tuem no âmbito administra-tivo, financeiro, acadêmico eassistencial – e gerir a Uni-dade Orçamentária (UO) doCH-UFRJ de acordo com dire-trizes aprovadas pelo Delibe-rativo Superior, ouvido o Con-selho Diretor Executivo.

O Conselho DeliberativoSuperior, órgão superior deli-berativo, é composto por:

Reitor da UFRJ, e na suaimpossibilidade, o vice-reitor;e por decanos de Centro; dire-tor executivo do CH-UFRJ; 2representantes do ConselhoDiretor Executivo, 4 represen-tantes da Faculdade de Medi-cina, diretores das unidades

dades não podem sair de onde estão.Disse que um prontuário único aju-da mas não significa que haverá umarede fechada de usuários. Quanto àescolha de dirigentes, respondeu quetécnicos-administrativos, professorese alunos participarão da eleição, eque o conselho deliberativo terá re-presentantes dos três segmentos e dosusuários. Caberá a esse conselho apro-var as diretrizes e o indicado paracoordenador do conselho executivo.

A coordenadora Carmen Luciaquis saber detalhes sobre a integraçãodas unidades em benefício dos paci-entes, e aproveitou para reivindicar aimplementação do regime das 30horas, semanais. Marcelo Land ex-plicou que essa integração tem queser construída. Quanto ao regime de30 horas, lembrou que houve o reco-nhecimento do direito para os profis-sionais do Ministério da Saúde. MasFrancisco de Assis solicitou que a jor-nada das 30 horas fosse levada emconsideração no estudo do dimensio-namento de pessoal.

Roberto Gomes voltou a solicitaratenção para a necessidade de inte-gração das áreas de engenharia doshospitais. Land pediu que ele colo-casse a ideia no papel. O diretor doIPPMG ficou satisfeito com a inicia-tiva do SINTUFRJ de organizar o de-bate, pois atraiu o interesse pelo temados profissionais de “áreas de ponta”. NA PLATEIA, Roberto Gomes, Francisco de Assis e Nivaldo Holmes

VERA LÚCIA, Ruy, Carmen Lucia e Marcelo Land

Veja alguns itens da proposta de regimento do complexo hospitalar entregueao reitor e que será levada para aprovação do Conselho Universitário

acadêmicas que tenham atua-ção direta nas unidades do com-plexo; 7 representantes do corpodocente das unidades do com-plexo; 4 representantes dos téc-nicos-administrativos; e 4 repre-sentantes do corpo discente; 4representantes dos usuários doSUS.

Os representantes dos téc-nicos-administrativos serão elei-tos entre os funcionários efeti-vamente lotados nas unidadescomponentes do complexo hos-pitalar, através de eleição diretaorganizada por comissão eleito-ral composta de acordo com oestabelecido no regimento desseconselho.

O Conselho Diretor Execu-tivo do Complexo Hospitalar daUFRJ, órgão executivo, tem a se-guinte composição: diretores das

unidades componentes do com-plexo hospitalar; diretor execu-tivo do complexo hospitalar; 3representantes do Conselho Deli-berativo Superior; 3 representan-tes dos técnicos-administrativos;e 4 representantes dos alunos.

Ao Conselho Diretor Exe-cutivo compete, entre outrospontos, gerenciar a Unidade Or-çamentária (UO) do ComplexoHospitalar da UFRJ e a respecti-va Unidade Pagamento (UPAG).

Elaborar a proposta dequadro de pessoal para o CH-UFRJ, com base nas propostasemanadas de suas unidadescomponentes, bem como a es-trutura de gratificações de seusservidores, e enviá-las para apro-vação no Conselho DeliberativoSuperior e nas instâncias supe-riores da Universidade.

Elaborar os critérios e pa-drões de seleção de pessoal eencaminhá-los para apreciaçãoe aprovação no Conselho Deli-berativo Superior; e manter umprograma permanente de de-senvolvimento de pessoal.

O Complexo Hospitalarda UFRJ é dirigido pelo dire-tor executivo, auxiliado pordois diretores adjuntos: dire-tor de Planejamento e Admi-nistração e diretor Acadêmicoe Assistencial.

O Diretor Executivo doCH-UFRJ será designado pelopresidente do Conselho Deli-berativo Superior, após indi-cação do Conselho Deliberati-vo Superior com base na aná-lise da lista tríplice de candi-datos encaminhada pelo Con-selho Diretor Executivo.

Fotos: Cícero Rabello

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 865 - 15 a 21 de junho de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 7

ORGULHO NEGRO

A cerimônia de abertura da IIConferencia Estadual de Promoçãoda Igualdade Racial, realizada noHotel Rio´s Presidente, dia 5 de ju-nho no centro da cidade, foi mar-cada pelo discurso de defesa das co-tas e pela aprovação do Estatuto daIgualdade Racial.

Os palestrantes, entre eles o mi-nistro da Secretaria Especial de Pro-moção da Igualdade Racial, EdsonSantos, os deputados federais Car-los Santana (PT-RJ) e Cida Diogo(PT-RJ), e a secretária de Assistên-cia Social e Direitos Humanos dogoverno estadual, Benedita da Sil-va, destacaram a necessidade demanter as cotas como política deação afirmativa e de lutar para evi-tar retrocesso nesta conquista dosmovimentos. Edson Santos infor-mou que mais de 50 universidadespúblicas têm sistema de cotas semque exista conflitos entre cotistas enão cotistas.

Eles reforçaram a necessidadede pressionar o Congresso Nacionalpara agilizar a tramitação do esta-tuto da igualdade racial, sem pro-mover alterações que possam pre-judicar os direitos garantidos aopovo negro.

O deputado federal Carlos San-tana, que é presidente da FrenteParlamentar em Defesa da Igual-dade Racial, fez um discurso duro econclamou todos a marchar contrao retrocesso.

“Precisamos dar resposta. A li-minar contra as cotas é retrocesso enão fizemos nada. Esta conferên-

Rio deuexemplo, masé contra

Defesa dascotas raciais

A diversidade étnica, religiosa ede tradições dominou o evento

cia e este estatuto são um marcona questão das cotas. É aqui quetemos que fazer uma grande mar-cha. É ganhar as páginas dos jor-nais não só pelo assassinato de nos-sos irmãos negros, pois extermi-nam a gente não só pela bala maspela educação também. É marchar,ir pra rua, fazer este movimento,não tem outro caminho”, frisou.

Cerimônia concorridaCerimônia concorridaCerimônia concorridaCerimônia concorridaCerimônia concorridaMais de 500 pessoas compare-

ceram à cerimônia de abertura. Adiversidade marcou também esteencontro, reunindo comunidadestradicionais de terreiros, quilom-bolas, indígenas e de etnia cigana,segmentos que também são víti-mas de preconceito. Figuras signi-ficativas prestigiaram o encontrocomo Carlos Alberto Caó, um dosprincipais ativistas da causa negrano Brasil que enquanto parlamen-tar da bancada do PDT-RJ conse-guiu aprovar a lei que criminalizaa prática do racismo no Brasil, cha-mada de Lei Caó. Após a aberturada conferência foi passado o docu-mentário a “Voz dos Quilombos”.

HomenagensHomenagensHomenagensHomenagensHomenagensO presidente da Comissão Esta-

dual dos Direitos da Mulher (CE-DIM), Paulo Roberto dos Santos,elogiou o trabalho da comissão or-ganizadora e prestou homenagensa Marcelo Parente, assessor do per-feito Eduardo Paes, uma das víti-mas do vôo 447, Isabel Cristina, doMovimento Negro Unificado

(MNU) e Pedro Paulo dos Santos,do movimento negro do PDT.

A secretária de Assistência So-cial e Direitos Humanos do governoestadual, Benedita da Silva, entre-gou uma placa a Maria Soares pelosserviços prestados ao movimentonegro. Maria é uma referência e umsímbolo para o movimento, temduas faculdades, sendo que em umadelas entrou com 70 anos.

Emocionada com a homena-gem ela defendeu as cotas: “Com70 anos fiz faculdade de direito.Tenho duas faculdades e agora di-zem que só pode frequentar pormérito. Mérito nós temos, o quenão temos é oportunidade.”

Conferência nacionalConferência nacionalConferência nacionalConferência nacionalConferência nacionalA conferência estadual faz par-

te da etapa preparatória para a IIConferência Nacional de Promo-ção da Igualdade Racial que serárealizada entre 25 e 28 de junho. Aconferencia nacional tem comoobjetivo consolidar a promoção daigualdade enquanto política per-manente, até que seja alcançado oequilíbrio nas relações étnicas nasociedade. Na etapa estadual fo-ram formuladas propostas para se-rem levadas a Brasília e eleitos osdelegados. Apesar de os integrantesdo SINTUFRJ terem participadonão foi possível elegerem-se comodelegados. O regimento da confe-rência só dava direito a sair delega-do às universidades que tivessem osistema de cotas implantado, o quenão é o caso da UFRJ.

GT-AntirracismoO grupo de trabalho do

SINTUFRJ reuniu-se semanapassada. Os participantes fa-laram sobre a conferência daigualdade racial e iniciarama discussão sobre os documen-tos para o debate. Nesta terça-feira, dia 16, às 14h30, o GTvai se debruçar sobre o Estatu-to da Igualdade Racial e dis-cutir formas de retomar aquestão das cotas na UFRJ.

marcou a II ConepirINTEGRANTES DO GT-ANTIRRACISMO: Militantes e dirigentes do SINTUFRJ

Fotos: Cícero Rabello

No Rio, primeiro estado a implantar o sistema na universidade pública, há muitas resistência e as cotas têmsido objeto de ataque até através de medidas judiciais. Recentemente o Judiciário concedeu liminar suspenden-do o sistema de cotas para ingresso nas universidades estaduais do Rio. A UFRJ, maior universidade federal dopaís, não adotou o sistema. O estatuto da igualdade racial, por sua vez, tramita na Câmara desde 2005 e estáparado na comissão especial. Ele propõe a criação de cotas para afrodescendentes no serviço público, em escolase universidades, empresas privadas, partidos políticos, novelas e comerciais; como também regulariza as terrasquilombolas (pertencente a descendentes de africanos escravizados) e reconhece a liberdade religiosa.

UMA FAMÍLIA na luta por igualdade racial

AS DIRIGENTES sindicais Iaci Azevedo, Carmen Lucia eVera Lúcia com o ministro Edson Santos

MARIA SOARES, a homenageada, uma cigana, uma filha de santo e um integrante do Movimento Negro Unificado (MNU)

ÚLTIMAPÁGINA

O que é sindicato e para que serve?Por que ser sindicalizado?

Filie-se ao SINTUFRJ

1 - Hoje temos emprego, salá-rio, previdência, plano de saúde,e tantos outros direitos garanti-dos. Milhões de trabalhadores nãotêm. Amanhã, quem garante quenão estaremos sem emprego, vi-vendo na informalidade, sem sa-lário, sem renda, sem direitos, semfuturo? É pensando nisso que nosorganizamos em sindicatos.

2 - Os direitos que os traba-lhadores têm, hoje, são fruto demuitas lutas, vindas desde o sé-culo XIX. Duros combates e mo-bilizações para melhorar a vidados trabalhadores se deram nãosó no Brasil (desde a escravidão),mas no mundo inteiro.

3 - A luta pela definição, edepois pela redução da jornadade trabalho, vem de 150 anos.Quando não havia sindicatos,nem direitos trabalhistas, era opatrão quem decidia o preço daforça de trabalho e a duração dajornada. Eram de 14 ou 16 horasdiárias, e o trabalho das criançase das mulheres não remunera-dos.

4 - Só na década de 1920 ostrabalhadores conquistaram ajornada de 8 horas diárias. E noBrasil foi garantida por lei em1932. A vida “produtiva” de umtrabalhador não passava de 25anos de trabalho. Viravam baga-ços humanos nas engrenagens dasfábricas.

5 - Só a partir de 1910 fo-ram garantidos o descanso aosdomingos e o direito a férias.Conquistas à custa de muitasgreves, mobilizações de massas,sofrendo repressões violentas,torturas, prisões, desapareci-mentos, mortes. Operárias quei-

madas vivas numa fábrica deChicago são prova disso.

6 - Os grandes banqueiros eempresários só acumulam lucrosporque exploram os trabalhadores.Dinheiro não nasce em árvore, nemcai do céu. O lucro privado ou esta-tal é produto da exploração do tra-balho e do trabalhador e da ausên-cia de políticas sociais de distribui-ção da riqueza e dos benefícios ge-rados pelo trabalho humano, ouquando o Estado vira um comitêde negócios e interesses das classesque dominam a sociedade e mo-nopolizam a economia.

7 - O 13º salário foi conquista-do após grandes greves, confrontossangrentos, desde 1953, em SãoPaulo. E só foi reconhecido em leiem 1962, no governo Goulart, apósuma década de lutas.

As leis de aposentadoria, contraacidentes de trabalho, da licença-maternidade, da periculosidade einsalubridade, fundo de garantiapor tempo de serviço, todas foramresultado de muitas lutas, sem ne-nhuma dádiva do Estado e dos pa-trões.

8 - Foram presos mais de cincomil trabalhadores metalúrgicos,em greve, na frente do sindicato,em São Paulo. Para conquistar umdireito que os trabalhadores já ti-nham na Europa, Japão e nos EUA,menos no Brasil. Questão social noBrasil sempre foi “caso de polícia”.

Nada veio por bondade dos pa-trões, dádiva do Estado, vontade deDeus, ou por “sorte” de alguns tra-balhadores. Ao contrário, só a resis-tência, a organização, a luta, amobilização coletiva traz conquis-ta e direitos.

9 - A empresa privada ou esta-

tal para implantar banco de horastem, por força da Convenção Cole-tiva, negociada pelo sindicato, quese submeter às regras instituídaspara proteger nossos direitos.

10 - Todo trabalhador tem di-reito de se sindicalizar, exercer suacidadania sindical, opinar, discor-dar, propor, eleger e ser eleito, desdeque participe ativamente da vidade seu sindicato.Quando sindicali-zado, não precisa descontar a Con-tribuição Assistencial, que é deci-dida em assembleia.

11 - Por força da ConvençãoColetiva, negociada pelo sindica-to, as horas extras de domingos eferiados não podem ser compensa-das no banco de horas, isso é umaconquista de duras lutas e confli-tuosas negociações.

12 - Nunca é demais registrar:Do céu só cai chuva, sol e as bên-ções da fé. Todos os direitos traba-lhistas, direitos sociais, políticos,que temos hoje foram conquista-dos através de muita luta da orga-nização sindical, dos movimentossociais. Tudo é fruto de lutas. Se

lutando já é difícil, sem luta émuito mais!

13 - O sindicato, ao cobrar Con-tribuição Assistencial dos trabalha-dores não sindicalizados, faz umato de justiça, pois as despesas deuma campanha salarial são gran-des, e os direitos e benefícios, quan-do conquistados e garantidos, sãodistribuídos a todos e todas, os quelutaram e os que não lutaram. Nãoé justo que só os sindicalizados seresponsabilizem pelos custos. Ossindicalizados sustentam a enti-dade, sempre, antes e após as cam-panhas salariais.

14 - Por consequência desse ato,a Contribuição Assistencial visagarantir recursos para as despesasda campanha salarial, como cál-culos e acompanhamentos estatís-ticos e socioeconômicos, assessoriajurídica, produção de boletins, via-gens para negociações, materiais,jornais, publicações de editais.

15 - O trabalhador sindicaliza-do tem direito garantido de assis-tência jurídica, seja individual oucoletiva, com advogados de direi-

tos trabalhista, criminal e cível(atendendo demandas adminis-trativas e judiciais de condomí-nio, taxas, contratos, direitos le-sados, defesa do consumidor).

16 - O trabalhador sindicali-zado tem direito a descontos emdiversas instituições de ensino,lazer, esporte, saúde e outras, comas quais o sindicato tem convê-nio. Ter convênio não torna osindicato “pelego” se ele priori-zar a luta coletiva, a mobiliza-ção, a independência de classe, aformação política e a comuni-cação de classe. Veja no site dosindicato a lista de convênios,usufrua desse direito. Se nãotem, faça sugestões, você é o sin-dicato!

17 - Uma negociação salari-al é longa, difícil, cansativa, comavanços e recuos, ainda mais emtempos de crise. O sindicato ne-gocia duramente para que vocêtenha reajustes sobre o salário,sobre o tíquete e todas as outrascláusulas que envolvem valoresmonetários.

O SINTUFRJ está sempre deportas abertas para os trabalha-dores da UFRJ. Se você, técnico-administrativo e professor, ain-da não se filiou à entidade,pode fazê-lo a qualquer hora.Fichas para novos sindicaliza-dos encontram-se à disposiçãodos interessados na sede e sub-sedes sindicais.

As vantagens de ser sindicali-zado ao SINTUFRJ são grandes. Aentidade é referência de combati-

Q uem responde a essas perguntas é o professor dehistória e assessor de formação político-sindical da CUT-RJ, Helder Molina. Leia o texto na íntegra no site http://heldermolina.blogspot.com

vidade e luta na defesa dos traba-lhadores das universidades federaisdo país, em particular da UFRJ, efez história na luta pela redemo-cratização da sociedade brasileira.O Sindicato tem como bandeiraspermanentes a defesa do ensinopúblico de qualidade para todos e aautonomia universitária.

Também defende intransi-gentemente a realização de con-cursos públicos para que as Ifesatendam sempre e melhor possí-

vel às necessidades da popula-ção com ensino, pesquisa, ex-tensão, e os nove HUs da UFRJgarantam atendimento dealta complexidade.

Além disso, o SINTUFRJ ofe-rece uma rede de serviços pró-prios e conveniados para o asso-ciado e seus dependentes. Saibamais sobre a entidade acessan-do www.sintufrj.org.br e lendoo Jornal do SINUTFRJ que cir-cula semanalmente na UFRJ.

É tarefa da diretoria doSINTUFRJ conscientizar acategoria sobre a importân-cia de fazer parte do Sindi-cato. No mês de maio, quan-do houve eleição de delega-dos sindicais de base, noIPPMG, oito companheirosrecém-concursados se sindi-calizaram. Na foto, as dire-toras Marylena Salazar eDulce Machado entregam aofuncionário da entidade,Wagner Silva, a documenta-ção dos novos filiados.

A intenção da diretoriasindical é deflagrar uma

campanha de filiação nas pró-ximas reuniões que ocorreremnas unidades. Todas as vezesque a UFRJ recebe novos traba-lhadores por concurso público,

o SINTUFRJ está presente narecepção oficial dando asboas-vindas aos companhei-ros e os convidando a faze-rem parte do Sindicato.

Fotos: Cícero Rabello