resumos sistema reprodutor feminino hereditariedade sistema neuro-hormonal

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Ciências Naturais - Resumos Sistema reprodutor feminino: Origem e Características dos Ovócitos II Nos Ovários, na parte periférica, localizam-se numerosas células germinativas – os folículos – que contêm uma célula no seu interior, a qual originará o óvulo. Ovulação: A partir da puberdade, na maioria das mulheres, mensal e alternadamente em cada ovário, um dos folículos amadurece. A parede do ovário é rompida e liberta-se o óvulo. Oogénese: Processo que ocorre dentro dos ovários e leva à formação dos óvulos (ovócito II). Tem origem durante o desenvolvimento embrionário nos ovários, mais propriamente dentro dos folículos. O processo de desenvolvimento dica suspenso até à puberdade. A partir daí ocorre em cada ciclo ovárico a formação de um óvulo, até à menopausa. Fecundação: Processo que conclui a oogénese, nas trompas de Falópio, onde o óvulo se transforma num óvulo maduro. O funcionamento do Sistema Reprodutor Feminino não é contínuo, pois engloba um conjunto de processos cíclicos que se iniciam na puberdade e se interrompem definitivamente na menopausa – final do período fértil. Ao conjunto de processos cíclicos dá-se o nome de Ciclo Sexual ou Ciclo Menstrual. Ciclo Sexual ou Ciclo Menstrual A duração do ciclo sexual é, em média, cerca de 28 dias. Assim, considera-se o início do ciclo menstrual o primeiro dia da 1 Corpo Amarelo

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Resumos sobre o Sistema Reprodutor Feminino, Hereditariedade e Sistema Neuro-hormonal , matérias de Ciências Naturais do 9.o ano

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Page 1: Resumos Sistema Reprodutor Feminino Hereditariedade Sistema Neuro-hormonal

Ciências Naturais - Resumos

Sistema reprodutor feminino:

Origem e Características dos Ovócitos II

Nos Ovários, na parte periférica, localizam-se numerosas células germinativas – os folículos – que contêm uma célula no seu interior, a qual originará o óvulo.Ovulação: A partir da puberdade, na maioria das mulheres, mensal e alternadamente em cada ovário, um dos folículos amadurece. A parede do ovário é rompida e liberta-se o óvulo.Oogénese: Processo que ocorre dentro dos ovários e leva à formação dos óvulos (ovócito II). Tem origem durante o desenvolvimento embrionário nos ovários, mais

propriamente dentro dos folículos. O processo de desenvolvimento dica suspenso até à puberdade. A partir daí ocorre em cada ciclo ovárico a formação de um óvulo, até à menopausa.Fecundação: Processo que conclui a oogénese, nas trompas de Falópio, onde o óvulo se transforma num óvulo maduro.

O funcionamento do Sistema Reprodutor Feminino não é contínuo, pois engloba um conjunto de processos cíclicos que se iniciam na puberdade e se interrompem definitivamente na menopausa – final do período fértil.

Ao conjunto de processos cíclicos dá-se o nome de Ciclo Sexual ou Ciclo Menstrual.

Ciclo Sexual ou Ciclo MenstrualA duração do ciclo sexual é, em média, cerca

de 28 dias. Assim, considera-se o início do ciclo menstrual o primeiro dia da menstruação (fluxo sanguíneo) que termina com o início da menstruação seguinte.

Ciclo OváricoO Ciclo Ovárico compreende todas as

transformações que ocorrem mensalmente nos ovários e que levam à formação e libertação do óvulo.

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Corpo Amarelo

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Fase Folicular: Dura cerca de 14 dias e inicia-se com o desenvolvimento de alguns folículos primordiais, mas apenas um, normalmente, atinge a maturação.Ovulação: Ocorre ao 14.º dia do ciclo menstrual e consiste na libertação do óvulo para as trompas de Falópio.Fase Luteínica ou Fase do Corpo Amarelo: Dura cerca de 14 dias e inicia-se com a formação e o desenvolvimento do corpo amarelo, que resulta do que resta do folículo, permanecendo no ovário após a libertação do óvulo.

No caso de não ocorrer fecundação, dá-se a regressão do corpo amarelo no fim do ciclo.

Ciclo UterinoO Ciclo Uterino consiste no conjunto de mudanças que afectam

mensalmente o endométrio – parede interna e esponjosa do útero que permite a fixação do embrião.

Relação

entre o ciclo ovárico, ciclo uterino e regulação de hormonas:Assim, o Ciclo Sexual é fundamental porque:

Permite que, normalmente, um único óvulo seja libertado dos ovários em cada mês, para que um único embrião se desenvolva;

Produz um endométrio suficientemente espesso e rico em nutrientes, de forma a proporcionar as condições adequadas a uma eventual gravidez.

Regulação hormonal da Mulher:

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No início da puberdade, as hormonas sexuais femininas, produzidas nos ovários, os estrogénios e a progesterona controlam grande parte da estrutura e funções dos diferentes órgãos do sistema reprodutor:

Crescimento dos órgãos sexuais; Aparecimento e desenvolvimento dos caracteres sexuais

secundários; Produção de óvulos; Transformações ao nível do endométrio.

Fecundação:

A Fecundação é o processo no qual a célula sexual masculina (espermatozóide) se une à célula sexual feminina (ovócito II), nas trompas de Falópio, sendo este o processo que conclui a oogénese, transformando-se o óvulo num óvulo maduro.

Da Fecundação resulta o ovo ou zigoto – primeira célula do novo indivíduo. Esta célula começa rapidamente a dividir-se, enquanto continua a avançar pela trompa de Falópio até ao útero.

Nidação:

Processo ocorrente cerca de uma semana após a fecundação, no qual o embrião se implanta na parede uterina (endométrio).

Com a nidação, o ciclo sexual é interrompido. A

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parede do útero continua a ser estimulada pelas hormonas ováricas, para se manter espessa.

Placenta: Estrutura formada nas paredes do útero, que protege e selecciona a passagem de algumas substâncias para o embrião.A Placenta estabelece comunicação entre o embrião e o organismo materno, através do cordão umbilical. Este cordão contém vasos sanguíneos pelos quais o embrião recebe do corpo materno o oxigénio e os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento, ao mesmo tempo que envia à mãe produtos de excreção, para que sejam eliminados.

Nas primeiras 8 semanas de gestação, formam-se os principais órgãos do novo ser em desenvolvimento, o embrião. Nas semanas seguintes da gestação, o embrião passa a designar-se feto. Após, aproximadamente, 40 semanas de gestação, o feto está preparado para o seu nascimento.

Noções básicas de hereditariedade

Hereditariedade: conjunto de processos biológicos que asseguram que cada ser vivo receba e transmita informações genéticas. Estas determinam as características de um individuo e até a espécie à qual pertence.

Localização Hierárquica da Informação Genética:

É no núcleo das células que se localiza a informação genética que determina as características que os indivíduos manifestam. Quando as células se preparam para se dividirem, é possível observar, no interior do núcleo, estruturas facilmente coráveis em forma de bastonete, chamados cromossomas. Na sua constituição apresentam uma longa molécula de ADN.

O ADN é a molécula que armazena as informações genéticas. É através deste que o núcleo controla o funcionamento da célula.

O ADN é formado por duas cadeias de sequências de nucleótidos, enrolados em dupla hélice. O Nucleótido é a unidade básica do ADN e é formado por uma molécula de um açúcar, um grupo de fosfato e por uma das seguintes bases azotadas: Timina (T), Adeninda (A), Citosina (C) e Guanina (G).

Cada unidade de informação genética contida na molécula de ADN, relativa a uma determinada característica designa-se por gene. Um cromossoma contém vários genes responsáveis pelo aparecimento de inúmeras características. Os diferentes cromossomas contêm diferentes genes.

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Como os cromossomas de cada individuo formam pares em que os cromossomas são idênticos, sendo um de origem materna e outro de origem paterna – cromossomas homólogos -, é lógico que existam dois genes alelos – um em cada cromossoma de cada par, que condicionam determinada característica. Esses genes são, um de origem materna e outro de origem paterna.

Cariótipo: conjunto de cromossomas de uma célula que pelo seu número tamanho e forma caracteriza uma espécie.

Cromossomas: cromatina condensada. Cromatina: assossia-se às proteínas. 46 cromossomas: 23 pares de cromossomas (células diplóides) 23 cromossomas: células haplóides (n) – apenas os gâmetas. Cariótipo Feminino: 46, XX ou 46 + XX Cariótipo Masculino: 46, XY ou 46 + XY

A comparação do cariótipo masculino com o cariótipo feminino permite ver que possuem 22 pares de cromossomas indênticos (Autossomas), mas que se detectam diferenças ao nível do par 23. Isto porque este corresponde aos cromossomas sexuais, isto é, os que contêm os genes que determinam o sexo do indivíduo.

Genoma: conjunto de todos os genes de um organismo Genótipo: A constituição genética de um individuo em relação a uma

determinada característica.Ex:. CC Genes dominantes (apresentam-se em letra maiúscula) o individuo é homozigótico.Cc O individuo é heterozigóticocc Genes recessivos (apresentam-se em letra minúscula) o individuo é homozigótico.

Fenótipo: É a expressão exterior do genótipo. Ex:. olhos de cor azul.

Sistema Neuro-hormonal

Sistema Nervoso:O Sistema Nervoso pode subdividir-se em dois

sistemas: Sistema Nervoso Central (SNC) …o

qual integra: O Encéfalo e a Espinal Medula;

Sistema Nervoso Periférico (SNP) …o qual é constituído pelos Nervos e pelos Gânglios.

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Sistema Nervoso Central

O Sistema Nervoso Central (SNC) é constituído pelo Encéfalo e a Espinal Medula que, dadas as suas funções, são designados centros nervosos.

O Encéfalo é constituído pelo Cérebro, Cerebelo e Tronco Cerebral. No Tronco Cerebral, localiza-se o Bolbo Raquidiano. O Encéfalo encontra-se protegido pela caixa craniana e por uma dupla membrana, as meninges.

Localizado no Cerebelo, o Tronco Cerebral estabelece a ligação entre o Cérebro e a Espinal Medula.

A Espinal Medula situa-se na continuação do Bolbo Raquidiano e encontra-se protegida pela Coluna Vertebral.

A Parte superior do Encéfalo, a maior, constitui o Cérebro, que se encontra divido em dois hemisférios cerebrais, ligados entre si por um expeço feixe de fibras nervosas, o Corpo Caloso.

A zona superficial do cérebro, designa-se Cortéx Cerebral e apresenta inúmeras circunvoluções.

Espinal Medula

Sistema Nervoso Periférico (constituição):

O Sistema Nervoso Periférico é constituído por Nervos e Gânglios.

Os Nervos são estruturas formadas pela agregação de fibras nervosas. Partem dos centros nervosos (encéfalo e espinal medula), ramificando-se em direcção a todas as partes do corpo:

Nervos cranianos partem do Encéfalo e dirigem-se para diferentes órgãos do corpo humano, como, por exemplo, olhos, ouvidos, nariz e língua.

Nervos raquidianos têm origem na Espinal Medula e ramificam-se pelo organismo. Por isso, é muito difícil picar qualquer zona do corpo sem encontrar-mos uma terminação nervosa.

Os gânglios são pequenos agregados do corpo celular das células nervosas, situados fora do Sistema Nervoso Central.

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Fisiologia do sistema nervoso:

As células que constituem o sistema nervoso designam-se de neurónios.

Os neurónios são constituídos pelo corpo celular, onde se localiza o núcleo, e seus prolongamentos: as dendrites e Axónio. Os axónios terminam em ramificações (arborização terminal) e alguns apresentam uma proteção – a bainha de mielina.

Os neurónios têm como principal função receber, transmitir e responder às mensagens que lhes chegam. Estas

mensagens designam-se Impulsos ou Influxos Nervosos.

O Influxo nervoso transmite-se da seguinte forma: as dendrites ou o corpo celular recebem os sinais e o Axónio, prolongamento emissor, transmite-os a outras células. O contacto que um neurónio estabelece com outro neurónio, ou com uma célula muscular, designa-se Sinapse.

O impulso nervoso transmite-se através de uma substância química, que transporta o sinal do neurónio emissor às células receptoras. As substâncias usadas na transmissão designam-se neurotransmissores.

Conforme a sua função, existem:

Neurónios Sensitivos conduzem os impulsos dos órgãos receptores, por exemplo, a pele, para o Sistema Nervoso Central;

Neurónios de Associação encontram-se no Sistema Nervoso Central e estabelecem a ligação entre neurónios sensitivos e neurónios motores, processando e coordenando a informação;

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Neurónios Motores conduzem os impulsos do Sistema Nervoso Central para os órgãos efectores, por exemplo, músculos e glândulas.

O conjunto formado pelo Axónio e pelas Bainhas de Mielina que o envolvem, sempre que existam denomina-se fibra nervosa. As Fibras Nervosas reunem-se formando feixes de fibras. Os Nervos são feixes de fibras envolvidas por tecido.

Funções do Cortéx Cerebral:

O Cortéx Cerebral contem zonas especializadas por funções. As funções definidas (como a visão, a audição,…) designam-se de áreas primárias. As áreas onde se encontram neurónios que processam a informação designam-se de áreas de associação e estas têm um papel fundamental nas funções mentais superiores, como o raciocínio e a imaginação.

Estímulos:

São factores físicos ou químicos que impressionam os órgãos dos sentidos e que obrigam o nosso organismo a reagir.

Na figura encontram-se os principais receptores da pele:

Actos Voluntários e Involuntários:

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Acto Voluntário Actos conscientes; dependem da nossa vontade. Impulso nervoso é gerado no cérebro.

Acto Involuntário Actos executados pelo nosso organismo que não dependem da nossa vontade.

Arco Reflexo:

Estruturas implicadas num arco reflexo:

[O trajecto percorrido pelo Impulso Nervoso é o Acto Reflexo. Por Exemplo: A pele (órgão receptor) possui receptores da dor. A mensagem é enviada através de neurónios sensitivos aos neurónios de associação que recebem a informação e emitem a “ordem para o dedo se afastar” através dos neurónios motores.]

Nos actos voluntários, os centros de resposta situam-se no Encéfalo, enquanto que nos Actos Involuntários, a resposta pode ter origem no Encéfalo ou na Espinal Medula.

Relativamente ao modo como surgem, os Actos Reflexos classificam-se em inatos ou condicionados.

Os actos reflexos inatos são aqueles que nascem connosco e, por isso, todos agimos da mesma forma. A sucção e a preensão reflexa são exemplos de reflexos inatos.

Os reflexos condicionados, também designados adquiridos, obtêm-se pela aprendizagem e variam de pessoa para pessoa. Neste processo, o Encéfalo intervém, memorizando a experiência.

Sistema Nervoso Periférico:

É responsável por toda a comunicação entre o sistema nervoso centraç e o resto do corpo. Divide-se em dois sistemas:

Sistema nervoso somático: estabelece a relação com órgãos cuja actividade depende de nossa vontade, por exemplo, os músculos esqueléticos.

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Sistema nervoso autónomo: estabelece a relação com órgãos cuja actividade é involuntária, como por exemplo o músculo cardíaco. Subdivide-se em dois sistemas de funções opostas, o Simpático e o Parassimpático.

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Sistema Endócrino:

O Sistema Endócrino é constituído pelas glândulas endócrinas, que produzem e lançam directamente no sangue hormonas. As hormonas são mensageiras químicas.

A Hipófise é considerada a Glândula Mestra pois é nela que se produzem diversas hormonas, as quais controlam outras glândulas endócrinas.

As estimulinas são também hormonas, produzidas pela hipófise, que controlam a actividade de outras glândulas endócrinas, como, por exemplo, a tiróide, as supra-renais, os testículos e os ovários.

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