resumo waltz caps 5.6.8

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  • 8/18/2019 RESUMO WALTZ caps 5.6.8

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    WALTZ – TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS CAP 5 – ESTRUTURAS POLÍTICAS

    As relações internacionais só podem ser entendidas com um tipo de teoria sistêmica.

    Um sistema é composto de estrutura e unidade de interação. As definições de estruturadevem ser abstraídas, para que se possa distinguir entre vari veis ao nível das unidades,e vari veis ! nível do sistema. "eve#se abstrair de unidade $instituições econ., líderes políticos...%, das relações $culturais, econ&micas, etc%. A dificuldade é construir conceitos que substituam essas noções sistêmicas b sicas. 'e os atributos e interaçõessão omitidos, o que resta( A resposta é dada se considerarmos o significado de)relação*, que pode significar simultaneamente interação das unidades e as posições queelas ocupam uma face a outra. +ara definir uma estrutura deve#se ignorar como asunidades se relacionam e concentrar#se na sua posição em relação as outras.

    rês proposições surgem quando dei-amos de lado a personalidade dos atores, seucomportamento e suas interações /% a estrutura é distinta das ações e interações, ela pode durar bastante enquanto as outras variam0 1% uma definição de estrutura pode seadequar a domínios de substancia bem diferente, desde que a disposição das partesintegrantes se2a similar0 3% as teorias desenvolvidas para um domínio podem ser aplicadas a outros $com pequenas modificações%.

    Um sistema é composto de uma estrutura e das partes que interagem. Uma estrutura éestabelecida pela abstração da realidade completa, por isso não pode ser definida por características materiais do sistema. A estrutura então, deve ser definida pela disposiçãodas partes do sistema e pelo princípio dessa disposição.

    A estrutura política interna

    A política interna é ordenada 4ierarquicamente $relações de subordinação esuperioridade%. 5 dentro da política interna especificações de funções de partesdiferenciadas, o que adiciona algum conte6do ! estrutura, mas apenas o suficiente paraindicar a posição que as unidades ocupam umas em relação !s outras. A posição dasunidades não é est tica, mas muda de acordo com as capacidades relativas.

    Uma estrutura política interna é definida de acordo com o princípio pelo qual éordenada, pela especificação de funções das unidades diferenciadas, e pela distribuiçãodas capacidades dessas unidades.

    As estruturas políticas moldam os processos políticos, isso é percebido quando secompara diferentes sistemas de governo $na 7nglaterra os poderes e-ecutivo e legislativoestão fundidos, na América são 2ustapostos e organi8ados%.

    A estrutura opera com uma causa, mas não é a 6nica causa em 2ogo. 9as comoidentificar e separar as causas estruturais de outras causas( 7sso se fa8 através da

    comparação.

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    'e identifica os efeitos da estrutura notando diferenças de comportamento em partesdiferentemente estruturadas do sistema político. :uando 4 similaridades estruturais osefeitos serão semel4antes.

    A estrutura é a organi8ação e o posicionamento das unidades políticas, e conta com 3elementos fundamentais $que definem qualquer estrutura política interna%

    /. +rincípio ordenador, que é no;mbito doméstico a 4ierarquia $centrali8ação%,caracteri8ada por uma relação de subordinação e superioridade. stado é igual ao outro e as relações podem se dar através da cooperação $e não imposição de vontades%. stados $sem sua aquiescência%.As @elações 7nternacionais são estruturalmente semel4antes a uma economia demercado.? autor assume que todos os >stados buscam garantir sua sobrevivência $poissem ela não alcançariam outros interesses%. +ara tanto devem estar semprealertas para perceber a estrutura que os constrange e entender como ela serve para recompensar alguns tipos de comportamento e penali8ar outros.

    1. "iferenciação das unidades e especificação de suas funções As estruturasinternacionais somente variam quando 4 uma mudança no princípio ordenador ou através de variações nas capacidades das unidades. a interação entre asunidades que gera as estruturas político#internacionais.A soberania é elemento comum a todas as unidades políticas do 'istema7nternacional. ? que é soberania( stados fa8endo tudo que bementenderem, mas antes, di8er que um >stado é soberano significa que ele decide por si mesmo como enfrentar seus problemas internos e e-ternos $mesmo selimitar sua liberdade associando#se com outros >stados para resolução de um problema%.?s >stados são unidades políticas aut&nomas semel4antes, porém comdiferenças de capacidades.

    3. "istribuição das capacidades As partes de um sistema 4ier rquico estãorelacionadas de formas que são determinadas pela sua diferenciação funcional e

    pela amplitude de suas capacidades.As unidades de um sistema an rquico são semel4antes funcionalmente. Adistinção entre essas unidades est na sua capacidade $ou incapacidade% dereali8ar tarefas similares.A estrutura de um sistema muda, quando 4 mudanças na distribuição decapacidades entre v rias unidades.?s >stados se posicionam diferentemente segundo o seu poder. >sse poder éestimado na comparação de capacidades de certo n6mero de unidades.

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    WALTZ – TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS CAP 6 - ORDENSANÁRQUICAS E BALANÇAS DE PODER

    >ste capítulo se propõe a e-aminar as características da anarquia e as e-pectativasacerca dos resultados associados com os domínios an rquicos. +ara tanto se fa8 umacomparação entre comportamento e resultados nos domínios an rquico e 4ier rquico.

    /. Biolência interna e e-ternaA relação entre os >stados é pautada pela violência, 2ustamente pela possibilidade douso da força a qualquer momento na situação de anarquia. >sse estado é caracteri8adocomo o estado de nature8a 4obbesiano $guerra de todos contra todos%. >ntre 4omens,assim como entre >stados a anarquia est estreitamente relacionada com a violência.?s conflitos se dão não somente na esfera internacional, muitas das mais destrutivasguerras foram travadas dentro dos >stados. As lutas para alcançar e manter o poder podem ser mais sangrentas que as lutas entre >stados.

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    • Da8 analogia de que os mercados oligopolistas limitam a cooperação de firmasda mesma forma que as estruturas políticas internacionais limitam a cooperaçãodos >stados. A estrutura das @7 limita a cooperação dos >stados, pois estesomente se preocupa com a divisão dos gan4os possíveis que pode favorecer

    mais os outros do que a si mesmo e com a possibilidade de ficar dependente dosoutros $através da cooperação%. +or isso os >stados sempre buscam controlar oudiminuir a amplitude de sua dependência.

    • As estruturas encora2am certos comportamentos e penali8am os que nãocorrespondem a ele. >las encora2am a especiali8ação no domínio interno e amanutenção da sobrevivência no e-terno $manutenção da autonomia%.

    3. >struturas e >stratégias

    As estruturas fa8em com que as ações ten4am efeitos inesperados. :uando os atores

    percebem isso, podem tomar medidas $estratégias% visando alcançar seus ob2etivosoriginais.

    ?s interesses internacionais estão subordinados aos interesses nacionais. >mbora os problemas se encontrem em nível global, as soluções continuam a depender da políticanacional. 9uitas ve8es as nações não estão dispostas a obedecer aos constrangimentosque l4e são impostos, pois o comportamento racional $devido aos constrangimentosestruturais%, não leva aos resultados dese2ados.

    )? 6nico remédio para um efeito estrutural forte, é uma mudança estrutural*.

    E. As virtudes da anarquia

    As unidades numa condição de anarquia devem, para alcançar seus ob2etivos, confiar nos meios que podem gerar e nos acordos que podem fa8er para elas próprias.

    stados servem não para resolver questões de autoridade, mas paradeterminar a distribuição dos gan4os e perdas, em suma, definir quem é o mais forte equem é o mais fraco.

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    A possibilidade de que conflitos entre as nações levem a longas e custosas guerras, temefeito sensato sobre os >stados, que tentam evita#las.

    F. Anarquia e 4ierarquia

    9uitos estudiosos pensam nos sistemas políticos internacionais como sendo, mais oumenos, an rquicos, um e-tremo = o oposto de 4ier rquico $salpicados por corporações,alianças, redes de comércio%. +orém essas duas categorias não parecem abranger avariedade social que con4ecemos. 5 sociedades que não são claramente an rquicas ou4ier rquicas, que não são um terceiro tipo de sistema. +orém, definir as estruturas deacordo com dois princípios ordenadores distintos a2uda a e-plicar aspectos importantesdo comportamento social e político.

    Gomo construir uma teoria de @elações 7nternacionais /% 7maginar as @7 como umdomínio específico0 1% descobrir algumas regularidades $tipo )leis*% dentro dela0 3%desenvolver uma forma de e-plicar essas regularidades.

    A teoria da balança de poder é uma teoria de @7 eminentemente política, porém, mesmoassim não se tem um enunciado da teoria que se2a universalmente aceito.

    A balança de poder é para alguns, algo como uma )lei da nature8a*, para outros ésimplesmente uma afronta, outros ainda a veem como um guia para estadistas, 4também os que acreditem que é a mel4or garantia de segurança de um >stado.

    A teoria da balança de poder fa8 assunções sobre os >stados são atores unit rios que buscam sua preservação, no mínimo e visam domínio universal, no m -imo. 'ãoracionais e usam dos meios disponíveis para alcançar seus ob2etivos.

    +ara que a teoria opere, dois ou mais >stados devem coe-istir num sistema deautoa2uda.

    >ssa teoria é uma microteoria, principalmente no sentido econ&mico, onde o sistema éfeito de interações das suas unidades, e a teoria é baseada em assunções sobre seucomportamento.

    A teoria da balança de poder e-plica por que >stados similarmente situados apresentamcerta similaridade de comportamento.

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    HOMEM, ESTADO E A GUERRA – KENNETH WALTZ – CAPÍTULO !

    C"#$"$ %$&'#'"($ % %)%(&*$ +( (&"'%$

    ? capítulo pretende mostrar porque um equilíbrio de poder alcançado por duasgrandes potências é o mais est vel. ?s problemas de segurança nacional em mundosmultipolar e bipolar mostram a vantagem de se ter apenas duas grandes potências emum sistema.

    I+or meio de que critério determina#se que um sistema político#internacional

    muda, e por meio de que critério di8#se que um sistema é est vel('istemas an rquicos são transformados somente por mudanças em princípios

    organi8acionais e por mudanças substanciais no n6mero de componentes principais."i8er que um sistema político internacional é est vel significa duas coisas que permanece an rquico0 e que nen4uma mudança substancias ocorre no n6mero decomponentes principais que constituem o sistema. Bariações substanciais são mudançasem n6mero, que condu8em a diferentes e-pectativas sobre os efeitos da estrutura nasunidades. Hogo, a estabilidade do sistema est diretamente ligada ao destino de seusmembros principais. A estreita ligação é estabelecida pela relação das mudanças non6mero de grandes potências com a transformação do sistema. m um sistemamultipolar, mudanças de alin4amento fornecem outros meios de a2ustamento,adicionando fle-ibilidade ao sistema. +ara caracteri8ar um sistema multipolar devem#seter ao menos quatro potências, pois com três, uma delas pode ser vítima de conspiração por parte das outras duas e retornar#se ao sistema bipolar. Assim, o sistema composto por quatro é o n6mero aceit vel mais bai-o, potências permite alin4amento e prometeconsider vel estabilidade. :uando maior o n6mero de potências, as complicaçõesaumentam devido ! dificuldade que todos têm de lidar com a incerte8a sobre o

    comportamento do outro e por causa da possibilidade de formarem coali8ões maiores evari veis.

    IIGom apenas duas grandes potências um sistema de balança de poder é

    insustent vel0 quatro potências são necess rias para um funcionamento adequado.odo sistema depende para sua manutenção e funcionamento da neutralidade dos

    alin4amentos no momento de uma ameaça séria. +ara preservar o sistema, no mínimoum >stado poderoso tem que vencer a pressão de uma preferencia ideológica, a forçados antigos laços e os conflitos de interesses presentes a fim de colaborar para a pa8.+recisa fa8ê#lo no momento requerido.

    'e o interesse de todos os >stados é evitar a dominação por outros, por que édifícil para alguns passar para o lado do ameaçado( >les e-perienciam um perigo

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    em pesquisa, desenvolvimento e produção. >las não poderiam se unir para fa8er o queso8in4as não conseguem( stado tem que garantir sua própria segurança damel4or maneira possível, os meios adotados por um >stado orienta os esforços dosoutros. ?s gastos das potências para manutenção da pa8 são 6teis. A força é menosvisível onde o poder é mais completo e presente. ? poder mantém uma ordem, o uso daforça sinali8a um possível colapso. Assim, quanto mais poder um >stado tem, menos precisa usar da força, a força pode proteger seus interesses ou trabal4ar seus dese2os por outros camin4os.

    A posição dos >stados não deve ser identificada pelo o uso da força, e a utilidadeda força não deve ser confundida com sua usabilidade. A força militar é mais 6tilquando dissuadem outros >stados de atacar, ou se2a, quando não precisa ser utili8adoem batal4a. ? >stado mais forte é o pode status quo, o não uso da força é o sinal de suaforça. "eve#se pensar em termos cataclísmicos, o que significa que o crescimento do

    investimento em armamentos e a decrescente )utilidade* deles decorre do ob2etivo deevitar que as crises ocorram.Co4n 5er8 fala em dilema da segurança, que é quando um >stado, com o

    ob2etivo de aumentar sua segurança se arma, gerando insegurança nos outros, que searma para garantir a sua segurança e o resultado final é um circulo vicioso.

    Assim, quando as armas das grandes potências impossibilita uma guerra entreelas, as armas nucleares são 6teis e menos custosas, uma ve8 que seu preço é apenas emdin4eiro e não em sangue. As grandes potências travam mais guerras do que as potências menores devido ! posição que ocupam no sistema, não por motivos internos.

    Antes da 'egunda Juerra 9undial, !s ve8es a força foi mais variadamente, mais persistentemente e mais amplamente aplicada, !s ve8es foi mais conscientemente usada

    como instrumento de política nacional. "esde a 'egunda Juerra 9undial percebe#se

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