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Page 1: Resumo - Unidade II · FERRI, M.G. Botânica: ... OLIVEIRA, E.C. Introdução à Biologia Vegetal, EDUSP, São Paulo, 2003, 266 p. ... Gimnosperma: vegetal que produz

MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETAL

Resumo - Unidade II

Nessa Unidade você teve a oportunidade de conhecer os aspectos

morfológicos de variados órgãos vegetais. Cada um deles desempenha uma ou

mais importantes funções nas plantas e, podemos perceber que todos são

importantes para o perfeito funcionamento e propagação desses seres vivos.

Iniciamos nosso estudo pelas raízes – órgãos associados primariamente à

fixação das plantas ao substrato e à absorção de água e íons inorgânicos do

solo. Tais órgãos podem, ainda, ser especializados e desempenhar outras

funções, como trocas gasosas com a atmosfera (raízes aéreas) ou mesmo

armazenamento de substâncias nutritivas (raízes tuberosas).

A anatomia de uma raiz é relativamente simples. Ela é constituída por um

tecido de revestimento, a EPIDERME; por um tecido fundamental denominado

TECIDO CORTICAL (comumente especializado no acúmulo de reservas

nutritivas) e pelos TECIDOS VASCULARES, os quais formam um cilindro

central, que pode ser sólido ou oco.

Na seqüência de nosso conteúdo de morfologia, estudamos os caules.

Verificamos ser esses órgãos importantes na sustentação dos ramos foliares e

na condução de água e substâncias minerais e orgânicas nas plantas. Vimos,

também, que certos caules especiais podem desempenhar outras funções,

como o armazenamento de água e substâncias nutritivas (batata-inglesa) e até

mesmo a fotossíntese (como nos cactos). Algumas plantas apresentam caules

robustos e ramificados (troncos), enquanto outras apresentam caules

alongados e sem ramificações (estipe) ou com gomos nítidos (colmos).

Nos caules da maioria das plantas do grupo das monocotiledôneas a estrutura

interna do caule apresenta feixes vasculares dispersos em meio ao tecido

fundamental, no qual não existe a possibilidade de diferenciarmos nitidamente

o córtex da medula. Em alguns pinheiros e nas eudicotiledôneas, como o feijão,

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MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETAL

o cilindro central do caule é composto por um só ciclo de feixes de vasos

condutores (xilema e floema), ficando o floema mais externo ao xilema. O

interior do cilindro central é oco ou preenchido por uma medula.

As folhas também são órgãos muito interessantes de se estudar, pois revelam

aspectos de sobrevivência das plantas e adaptações às mais variadas

situações. Uma folha completa deve apresentar pelo menos três partes

constituintes: limbo, pecíolo e parte basal (a qual pode conter bainha e

estípulas ou apenas uma delas). As bainhas são comuns em plantas do grupo

das monocotiledôneas, como o milho e o bambu, mas é menos freqüentes em

plantas do grupo das eudicotiledôneas, como o feijão.

Na anatomia desses órgãos verificamos que eles são revestidos por uma

epiderme. Entre a epiderme superior e a inferior, encontra-se o parênquima

(tecido de preenchimento, assimilação e reserva). Encontramos ainda, tecidos

vasculares e tecidos de sustentação.

As flores são os elementos de reprodução das plantas superiores, constituídas

por verticilos férteis (estames e carpelos) e estéreis (pétalas e sépalas). Os

carpelos são os verticilos férteis femininos da flor, formados por um ovário na

base (onde estão contidos os óvulos); por um prolongamento (o estilete) e uma

porção terminal (o estigma). Os estames são formados por um filete e uma

antera, onde são formados os grãos de pólen.

As pétalas são verticilos estéreis associados, primariamente, à atração de

agentes polinizadores. Na falta dessas estruturas, as sépalas e as brácteas

(folhas modificadas) podem exercer essa mesma função.

Os frutos são provenientes do desenvolvimento de um ou mais ovários de uma

flor, após a ocorrência da fecundação do óvulo. Outras partes da flor também

podem entrar na formação desse fruto, formando os chamados pseudofrutos,

como o caju. Em alguns frutos, como na banana, o fruto não é derivado de um

ovário fertilizado e não possui sementes, sendo conhecido como

partenocárpico.

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MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETAL

Dependendo de sua origem, os frutos podem ser classificados como simples,

múltiplos ou agregados, sendo que os simples são os mais abundantes na

natureza.

Referências Bibliográficas

BOLD, H.C. O Reino Vegetal, São Paulo: Edgard-Blücher, 1972, 189 p.

BONA, C.; BOEGER, M.R.; SANTOS, G. O. Guia Ilustrado de Anatomia

Vegetal, Ribeirão Preto: Holos, 2004, 80 p.

ESAU, K. Anatomia das plantas com sementes, São Paulo: Edgard-Blücher,

1994.

FERRI, M.G. Botânica: Morfologia Externa das Plantas (Organografia), São

Paulo: Nobel, 1985, 149 p.

FERRI, M.G. Botânica: Morfologia Interna das Plantas (Anatomia), São

Paulo: Melhoramentos, 1981, 113 p.

OLIVEIRA, E.C. Introdução à Biologia Vegetal, EDUSP, São Paulo, 2003,

266 p.

RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal, Rio de

Janeiro: Guanabara-Koogan, 2001, 906 p.

RAWITSCHER, F. Elementos Básicos de Botânica (Introdução ao Estudo

da Botânica), São Paulo: Melhoramentos, 1951, 292 p.

Glossário

Angiosperma: grupo de plantas superiores que apresentam sementes

inseridas no interior de um fruto.

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Gema ou botão germinativo: sistema caulinar em início de desenvolvimento,

freqüentemente protegido por folhas jovens.

Embrião: planta esporofítica jovem, antes do início de um período de

crescimento rápido (germinação das plantas com sementes).

Epífitas: plantas que se desenvolvem sobre outras, a fim de utilizá-las como

substrato, mas sem causar prejuízo à hospedeira. Ex. bromélias, orquídeas e

samambaias.

Eudicotiledônea: uma das principais classes de angiospermas, representada

pela maioria das ervas, arbustos e árvores conhecidas.

Fotossíntese: Processo a partir do qual são produzidas substâncias orgânicas

complexas utilizando como matérias-primas o dióxido de carbono, a água e a

energia luminosa, em presença de clorofila. Tal processo é realizado pela

maioria das algas e plantas e por algumas bactérias.

Frugívoro: que se alimenta de frutos.

Gimnosperma: vegetal que produz sementes não encerradas em um ovário.

Inflorescência: nome dado ao conjunto de flores com uma disposição definida.

Monocotiledônea: uma das classes de angiospermas, representada pelas

gramíneas, palmeiras, orquídeas, bromélias, entre outras.