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MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETALMORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETAL
Resumo - Unidade II
Nessa Unidade você teve a oportunidade de conhecer os aspectos
morfológicos de variados órgãos vegetais. Cada um deles desempenha uma ou
mais importantes funções nas plantas e, podemos perceber que todos são
importantes para o perfeito funcionamento e propagação desses seres vivos.
Iniciamos nosso estudo pelas raízes – órgãos associados primariamente à
fixação das plantas ao substrato e à absorção de água e íons inorgânicos do
solo. Tais órgãos podem, ainda, ser especializados e desempenhar outras
funções, como trocas gasosas com a atmosfera (raízes aéreas) ou mesmo
armazenamento de substâncias nutritivas (raízes tuberosas).
A anatomia de uma raiz é relativamente simples. Ela é constituída por um
tecido de revestimento, a EPIDERME; por um tecido fundamental denominado
TECIDO CORTICAL (comumente especializado no acúmulo de reservas
nutritivas) e pelos TECIDOS VASCULARES, os quais formam um cilindro
central, que pode ser sólido ou oco.
Na seqüência de nosso conteúdo de morfologia, estudamos os caules.
Verificamos ser esses órgãos importantes na sustentação dos ramos foliares e
na condução de água e substâncias minerais e orgânicas nas plantas. Vimos,
também, que certos caules especiais podem desempenhar outras funções,
como o armazenamento de água e substâncias nutritivas (batata-inglesa) e até
mesmo a fotossíntese (como nos cactos). Algumas plantas apresentam caules
robustos e ramificados (troncos), enquanto outras apresentam caules
alongados e sem ramificações (estipe) ou com gomos nítidos (colmos).
Nos caules da maioria das plantas do grupo das monocotiledôneas a estrutura
interna do caule apresenta feixes vasculares dispersos em meio ao tecido
fundamental, no qual não existe a possibilidade de diferenciarmos nitidamente
o córtex da medula. Em alguns pinheiros e nas eudicotiledôneas, como o feijão,
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o cilindro central do caule é composto por um só ciclo de feixes de vasos
condutores (xilema e floema), ficando o floema mais externo ao xilema. O
interior do cilindro central é oco ou preenchido por uma medula.
As folhas também são órgãos muito interessantes de se estudar, pois revelam
aspectos de sobrevivência das plantas e adaptações às mais variadas
situações. Uma folha completa deve apresentar pelo menos três partes
constituintes: limbo, pecíolo e parte basal (a qual pode conter bainha e
estípulas ou apenas uma delas). As bainhas são comuns em plantas do grupo
das monocotiledôneas, como o milho e o bambu, mas é menos freqüentes em
plantas do grupo das eudicotiledôneas, como o feijão.
Na anatomia desses órgãos verificamos que eles são revestidos por uma
epiderme. Entre a epiderme superior e a inferior, encontra-se o parênquima
(tecido de preenchimento, assimilação e reserva). Encontramos ainda, tecidos
vasculares e tecidos de sustentação.
As flores são os elementos de reprodução das plantas superiores, constituídas
por verticilos férteis (estames e carpelos) e estéreis (pétalas e sépalas). Os
carpelos são os verticilos férteis femininos da flor, formados por um ovário na
base (onde estão contidos os óvulos); por um prolongamento (o estilete) e uma
porção terminal (o estigma). Os estames são formados por um filete e uma
antera, onde são formados os grãos de pólen.
As pétalas são verticilos estéreis associados, primariamente, à atração de
agentes polinizadores. Na falta dessas estruturas, as sépalas e as brácteas
(folhas modificadas) podem exercer essa mesma função.
Os frutos são provenientes do desenvolvimento de um ou mais ovários de uma
flor, após a ocorrência da fecundação do óvulo. Outras partes da flor também
podem entrar na formação desse fruto, formando os chamados pseudofrutos,
como o caju. Em alguns frutos, como na banana, o fruto não é derivado de um
ovário fertilizado e não possui sementes, sendo conhecido como
partenocárpico.
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Dependendo de sua origem, os frutos podem ser classificados como simples,
múltiplos ou agregados, sendo que os simples são os mais abundantes na
natureza.
Referências Bibliográficas
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BONA, C.; BOEGER, M.R.; SANTOS, G. O. Guia Ilustrado de Anatomia
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RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal, Rio de
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RAWITSCHER, F. Elementos Básicos de Botânica (Introdução ao Estudo
da Botânica), São Paulo: Melhoramentos, 1951, 292 p.
Glossário
Angiosperma: grupo de plantas superiores que apresentam sementes
inseridas no interior de um fruto.
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Gema ou botão germinativo: sistema caulinar em início de desenvolvimento,
freqüentemente protegido por folhas jovens.
Embrião: planta esporofítica jovem, antes do início de um período de
crescimento rápido (germinação das plantas com sementes).
Epífitas: plantas que se desenvolvem sobre outras, a fim de utilizá-las como
substrato, mas sem causar prejuízo à hospedeira. Ex. bromélias, orquídeas e
samambaias.
Eudicotiledônea: uma das principais classes de angiospermas, representada
pela maioria das ervas, arbustos e árvores conhecidas.
Fotossíntese: Processo a partir do qual são produzidas substâncias orgânicas
complexas utilizando como matérias-primas o dióxido de carbono, a água e a
energia luminosa, em presença de clorofila. Tal processo é realizado pela
maioria das algas e plantas e por algumas bactérias.
Frugívoro: que se alimenta de frutos.
Gimnosperma: vegetal que produz sementes não encerradas em um ovário.
Inflorescência: nome dado ao conjunto de flores com uma disposição definida.
Monocotiledônea: uma das classes de angiospermas, representada pelas
gramíneas, palmeiras, orquídeas, bromélias, entre outras.