resumo presos por opção: conhecendo a rotina de agentes...

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Presos por opção: Conhecendo a rotina de agentes penitenciários RESUMO AUTOR PRINCIPAL: Yasmim Guedes Maurer E-MAIL: [email protected] TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC:: Não CO-AUTORES: Valéria Marcon Zottis; Pricila Welter; Aniéle Carvalho ORIENTADOR: Hélio Possamai ÁREA: Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ: Psicologia UNIVERSIDADE: UPF INTRODUÇÃO: A vivência subjetiva do prazer e do sofrimento no trabalho só poderá ser objetivada pelo confronto entre o discurso do sujeito e a análise sistemática da situação onde o trabalho é realizado. Diante dessa realidade, a psicologia do trabalho precisa considerar que um grande número de trabalhadores ainda continua a executar atividades fragmentadas, sem sentido e de baixa qualificação. A profissão de agente penitenciário esta elencada como uma das áreas de atuação mais estressora e perigosa na atualidade. O presente estudo buscou conhecer e compreender a dinâmica do trabalho dos agentes penitenciários, as atividades que realizam, assim como a relação destes com seus colegas e com o público que atendem, também procurou-se investigar a influência do trabalho na subjetividade de cada agente penitenciário e nas relações que esses estabelecem fora do local de trabalho. METODOLOGIA: O método utilizado para realização do trabalho foi o da pesquisa qualitativa o que configura o pressuposto que a conduta humana, em seus aspectos de fala e de ação define seu mundo. A subjetividade traduz-se, portanto, na maneira como a pessoa percebe o mundo e o relata através de sua fala, na sua singularidade de ser único. As técnicas utilizadas foram; observações locais e entrevistas semi-estruturadas a partir de quatro questões norteadoras onde os agentes puderam falar sobre sua escolha profissional e dos sentimentos em relação ao cotidiano do seu trabalho.

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Presos por opção: Conhecendo a rotina de agentes penitenciáriosRESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Yasmim Guedes Maurer

E-MAIL:[email protected]

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:Valéria Marcon Zottis; Pricila Welter; Aniéle Carvalho

ORIENTADOR:Hélio Possamai

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:Psicologia

UNIVERSIDADE:UPF

INTRODUÇÃO:A vivência subjetiva do prazer e do sofrimento no trabalho só poderá ser objetivada pelo confronto entre o discurso dosujeito e a análise sistemática da situação onde o trabalho é realizado. Diante dessa realidade, a psicologia do trabalhoprecisa considerar que um grande número de trabalhadores ainda continua a executar atividades fragmentadas, semsentido e de baixa qualificação. A profissão de agente penitenciário esta elencada como uma das áreas de atuação maisestressora e perigosa na atualidade. O presente estudo buscou conhecer e compreender a dinâmica do trabalho dosagentes penitenciários, as atividades que realizam, assim como a relação destes com seus colegas e com o público queatendem, também procurou-se investigar a influência do trabalho na subjetividade de cada agente penitenciário e nasrelações que esses estabelecem fora do local de trabalho.

METODOLOGIA:O método utilizado para realização do trabalho foi o da pesquisa qualitativa o que configura o pressuposto que a condutahumana, em seus aspectos de fala e de ação define seu mundo. A subjetividade traduz-se, portanto, na maneira como apessoa percebe o mundo e o relata através de sua fala, na sua singularidade de ser único. As técnicas utilizadas foram;observações locais e entrevistas semi-estruturadas a partir de quatro questões norteadoras onde os agentes puderam falarsobre sua escolha profissional e dos sentimentos em relação ao cotidiano do seu trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÕES:Através da análise dos resultados que a opinião dos servidores difere muito dependendo do tempo de serviço de cada um.Os que estão trabalhando há cinco anos ou mais demonstram um maior descontentamento do seu trabalho em relação aosseus colegas e com a estrutura de trabalho. Apresentam maior dificuldade para lidar com o stress diário e acham que aprofissão interfere muito em sua relação com seus familiares e que restringe em muito sua vida social. Em contrapartida osservidores que possuem um tempo de trabalho inferior a cinco anos definem a relação com os demais colegas como boaou ótima, que a relação com a família e a vida social fica um pouco abalada, mas que conseguem manter um bomrelacionamento e uma vida social normal. Constatou-se ainda a importância de ter uma ¿válvula de escape¿ no trabalho doagente penitenciário, ou seja, alguma atividade extra, que proporcione interesse e que lhe de prazer em relação ao mundoexterno, como uma forma de escoar a tensão e demais sentimentos causados pelo ambiente de trabalho e que possaacarretar prejuízo físico e psíquico. Um dos pontos que não difere é a motivação que os levou a essa profissão, todoscitaram a remuneração como principal motivo para esta escolha.

CONCLUSÃO:Concluímos que o trabalho dos agentes penitenciários parece tornar-se mais intolerável com o passar do tempo, tempoesse relativamente curto já que, de acordo com as respostas obtidas, a opinião sobre o quanto esse trabalho afeta suasvidas muda gradativamente atingindo picos estressores em apenas cinco anos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:GOFFMAN, E. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva, 1974.VASQUES-MENEZES, I. Saúde Mental e Trabalho: Aplicações na Prática Clínica. In Saúde Mental & Trabalho: Leituras.JACQUES, Maria da Graça e CODO, Wanderlei (Orgs) Petrópolis RJ: Vozes, 2002 (p. 193-208)RUMIN, Cassiano Ricardo. et al. O Sofrimento Psíquico no Trabalho de Vigilância em Prisões. Psicologia Ciência eProfissão, São Paulo. 2010

Assinatura do aluno Assinatura do orientador