resumo o príncipe maquiavel - psicoloucos

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  • 7/26/2019 Resumo o Prncipe Maquiavel - Psicoloucos

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    OPrncipe de maquiavel dirigido a um Prncipe que esteja governando um Estado, e o aconselha sobre como

    manter seu governo da forma mais eficiente possvel. Essa eficincia a cincia poltica de Maquiavel.

    A presente obra um livro de orientao prtica de algumas aes polticas que o Prncipe deve fazer para conquistar e

    se manter no poder. O escrito se desdobra em 26 Captulos.

    Carta Dedicatria

    Maquiavel, Nicolau dedica sua obra a Lorenzo de Medici (Lorenzo II), neto de Lorenzo, o Magnfico apesar de pouco

    tempo antes ter sido preso e torturado, sob suspeita de participar de uma conjura contra os Medici, mas teve sua

    inocncia reconhecida.

    Quando Maquiavel foi apresentar Il Principe a Lorenzo II em 1515, este o acolheu com frieza.

    Diz na dedicatria:

    Embora julgue este trabalho indigno de vossa presena, ainda assim confio que, por vossa humanidade,

    possa ser aceito, considerando que eu no vos poderia fazer melhor presente que vos dar a faculdade de

    entender em muito pouco tempo o que aprendi e compreendi em muitos anos, com tantas provaes e perigos

    para mim mesmo.

    O motivo que levou Maquiavel a dedicar o livro a Lorenzo mostrado no ltimo capitulo da obra.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 1: Os vrios tipos de Estado, e como so institudos

    Apresenta dois tipos de principados o hereditrio e o adquirido, e aponta quais so as duas formas de como o

    governante chega ao poder uma pela virtude e outra pela fortuna.

    Os principados ou so hereditrios, quando por muitos anos os governantes pertencem mesma linhagem,

    ou foram fundados recentemente.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 2: As monarquias hereditrias

    Neste Captulo Maquiavel fala que a dificuldade de se manter um Estado novo maior do que a de se manter um

    Estado hereditrio, pois quanto a este ltimo, o povo j est acostumado com a soberania de uma famlia, de uma

    linhagem.

    [] a dificuldade de se manter Estados herdados cujos sditos so habituados a uma famlia reinante muito

    menor do que a oferecida pelas monarquias novas. Basta para isso evitar transgredir os costumes tradicionais

    e saber adaptar-se a circunstncias imprevistas.

    Se um Prncipe conquista determinado Estado e tenta mudar seus costumes, corre o risco de o povo revoltar-se contra

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    ele, o que pode gerar conspiraes apoiadas pela grande massa o povo. Deste modo, o Prnciperespeitando a cultura

    local, se manter no poder a menos que, como diz Maquiavel, uma fora excepcional o derrube, porm, se tal fato

    ocorrer, poder reconquist-lo na primeira oportunidade oferecida pelo usurpador.

    Maquiavel ainda fala que na medida em que o soberano no ofende seus sditos e no mostra motivos para o povo

    odi-lo, estes o querero bem, e mais:

    [] qualquer alterao na ordem das coisas prepara sempre o caminho para outras mudanas, mas num

    longo reinado os motivos e as lembranas das inovaes vo sendo esquecidos.

    Quando o povo vive do seu modo, com seus costumes e sendo respeitado pelo monarca, este se acomoda de tal forma

    que as lembranas, os desejos de mudanas vo sendo postos em esquecimento.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 3: As monarquias mistas

    Maquiavel mostra neste Captulo que o povo tem sempre o desejo de mudana, desejo de melhoria as pessoas,segundo Maquiavel, mudam com grande facilidade de governantes esperando tal mudana, que, no pensar de

    Maquiavel, sempre para pior.

    Para ele, o Prncipe sempre precisar do favor dos habitantes de um territrio para poder domin-lo. A imposio do

    novo governo ou provocaes vindas dos soldados do monarca, ou outros motivos, podem gerar injrias no povo,

    gerando, assim, inimigos para o Prncipe que so as pessoas ofendidas com a ocupao do seu territrio.

    [] depois de conquistado uma segunda vez, os territrios rebeldes no voltam a ser perdidos com a mesma

    facilidade. A prpria rebelio faz com que o monarca se sinta inclinado a fortalecer sua posio punindo os

    rebeldes, desmascarando os suspeitos, revigorando seus pontos fracos.

    Quando se conquistado um territrio de mesma regio e lngua, mais fcil de domin-lo do que se no os fosse,

    ainda mais se este povo no estiver habituado com a liberdade. O novo Prncipe deve extinguir toda a linhagem de seus

    antigos governantes, mas no pode deixar que haja divergncia de costumes deve tambm o Prncipe fazer a

    manuteno das leis e dos tributos.

    Ao se conquistar uma provncia com lngua, leis e costumes diferentes, um dos meios mais seguros, segundoMaquiavel, que o monarca v pessoalmente habit-lo. Estando o soberano presente, os distrbios sero logo

    percebidos e rapidamente corrigidos. . Outra forma seria de se estabelecer colnias em um ou dois lugares estratgicos

    na provncia, tomando as casas das pessoas que vivem neste local por ser uma pequena parte da populao, em nada

    representaro perigo ao monarca. A grande maioria da populao tambm no far mal ao Prncipe , ao contrrio, se

    sentir grata pelo fato de o monarca os deixar em paz e no querero ofender o soberano.

    Disse Maquiavel: Note-se que preciso tratar bem os homens ou ento aniquil-los. Eles se vingaro de pequenas

    injurias, mas no podero vingar-se de agresses graves por isso, s podemos injuriar algum se no temermos sua

    vingana.

    O Prncipe de um territrio estrangeiro deve liderar e defender seus vizinhos mais francos e procurar debilitar os mais

    poderosos. No h dificuldade para se conquistar um territrio onde movidos pela inveja dos que tinham o poder os

    habitantes menos poderosos apoiam o invasor porm deve-se ter cuidado para que estes no adquiram poder e

    autoridade em demasia.

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    Disse Maquiavel: as guerras no podem se evitadas e que, quando adiadas, s trazem benefcios para o inimigo. . A

    guerra inevitvel, ento, quando se tem a oportunidade de enfrentar o inimigo, deve-se enfrent-lo, quanto mais se adia

    uma batalha, mais o inimigo fica preparado, portanto, adiar uma guerra s traz sempre prejuzos ao monarca.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 4: Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, no se rebelou

    contra os sucessores deste, aps a sua morte

    Sempre os reinos foram governados de duas formas: por umPrncipe e seus assistentes ou por umPrncipe e vrios

    bares, esses bares so ligados ao Prncipe por laos de natural afeio. Estes que esto de junto ao Prncipe, so

    os nobres, os prestigiados mas dentre esses sempre h quem aspire por inovaes. Estes podem abrir caminho para

    um invasor tomar o poder, facilitando sua vitria, v-se assim que depois no bastar aniquilar apenas famlia

    do Prncipe , mas tambm os nobres que estaro sempre prontos a liderar novas revolues.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 5: O modo de governar as cidades ou Estados que antes de

    conquistados tinham suas prprias leis

    Ao se dominar um Estado acostumado com a liberdade, e com suas prprias leis, Maquiavel mostra trs formas emant-lo: primeira, arruinando-o segunda, habitando-o (ver Captulo III) terceira, permitindo-lhe que viva seguindo suas

    prprias leis, pondo-lhe tributos e pondo ali um governo de poucas pessoas que sejam mantidas amigas.

    [] a cidade habituada liberdade pode ser dominada mais facilmente por meio dos seus cidados do que de

    qualquer outra, desde se queira preserv-la.

    Quem se torna o senhor de uma cidade livre, e no aniquila, pode esperar ser destrudo por ela, pois sempre haver

    motivo para rebelio em nome da liberdade perdida e das suas eventuais tradies, que nem o curso do tempo nem os

    benefcios conseguem apagar.

    Por isso se diz que melhor respeitar os costumes do territrio conquistado, ou ento, destru-lo. Sempre estaro na

    mente do povo seus antigos costumes, e, mais cedo ou mais tarde estes se revoltaro contra o que est sendo

    imposto, e no haver benefcio ou tempo, como disse Maquiavel, que os faa esquecer, ainda mais se o povo estiver

    junto.

    Quando um estado est habituado a viver sob o governo de uma linhagem de Prncipesque tenha sido extinta, seu

    povo no entrar em acordo para a escolha de um soberano assim fcil, pois, domin-los, pois este povo no sabeviver em liberdade.

    Nas repblicas, por outro lado, h mais firmeza, brio, maior dio, e desejo de vingana no podero

    abandonar a memria de sua antiga liberdade. Assim, o meio mais seguro de domin-las ser devast-las, ou

    nelas habitar.

    Esses ensinamentos de Maquiavel nos mostram que o Prncipe , sempre mais que tudo, deve manter o povo, diramos

    talvez que, inconsciente , enganados com a situao de que tudo est bem e de que o Prncipe bom quando no sepode dar essas impresses ao povo segundo Maquiavel deve-se aniquil-lo para que o poderio do monarca continue,

    pois caso o contrrio, o povo se revoltar, derrubando o monarca.

    Assim o monarca deve sempre procurar estar bem com o povo, pois este ltimo tendo conscincia ou no, sempre a

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    fora maior apesar de sempre ser a classe inferior. O que seria de um reino sem povo? Quem pagaria os tributos?

    Quem trabalharia pra sustentar os luxos do Prncipe? Quem seria governado? OPrncipe s Prncipe quando tem

    quem governar.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 6: Os novos domnios conquistados com valor e com as prprias

    armas

    Os homens sempre procuram seguir os caminhos percorridos por outrem, pondo em prtica seus atos que deram certo eevitando praticar seus passos que no deram certo. Os que se tornam Prncipespor seu prprio valor e com suas

    prprias armas, se tornam Prncipescom dificuldade, mas mantm facilmente seu poder. Segundo Maquiavel, as

    dificuldades se originam em parte nas inovaes que so obrigados a introduzir para organizar seu governo com

    segurana.

    Vale lembrar que no h nada mais difcil de executar e perigoso e manejar (e de xito mais duvidoso) do que

    a instituio de uma nova ordem de coisas. Quem toma tal iniciativa suscita a inimizade de todos os que so

    beneficiados pela ordem antiga, e defendido tibiamente por todos os que seriam beneficiados pela nova

    ordem alta de calor que se explica em parte pelo medo dos adversrios, quem tm as leis do seu lado, e em

    parte pela incredulidade dos homens.

    Quanto a isso, Maquiavel diz que a natureza dos povos lbil: fcil persuadi-los de uma coisa, mais difcil que

    mantenham sua opinio. E que convm ordenar tudo de modo que, quando no mais acreditarem, se lhes possa fazer

    crer pela fora.

    Quem com suas prprias armas consegue algo, valoriza mais do quem conquista com armas alheias.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 7: Os novos domnios conquistados com as armas alheias e boa

    sorte

    Quem chega ao poder em troca de dinheiro ou pela graa alheia, com muita dificuldade manter-se- no poder. S com

    muito engenho e valor poder se manter.

    Alm disso, os Estados criados subitamente como tudo o mais que na natureza nasce e cresce com rapidez

    no podem ter razes slidas, profundas e ramificadas, de modo que a primeira tempestade os derruba. A no

    ser que, conforme j disse, a pessoa que chegou ao poder tenha tanta virtude que saiba conservar o que a

    sorte lhe concedeu to de sbito, estabelecendo, em seguida, as bases que os outros precisam erigir antes de

    se tornarem Prncipes.

    Chegar ao poder dessa forma, chegar despreparado, sem razes quem no cuidar de procurar se estabilizar, valorizar,

    tornar-se astuto, perder o Estado. Ou no caso se possvel prever, se deve suprir essas carncias bem antes.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 8: Os que com atos criminosos chegaram ao governo de um Estado

    Maquiavel cita dois exemplos de pessoas que se tornaramPrncipespor meio do crime, o primeiro, o de Agtocles aps

    tantas traies e to grande crueldade que alm de ter obtido xito na conquista, conseguiu se manter no poder por

    muito tempo Maquiavel explica esse fato ao de que Agtocles usou da crueldade apenas uma vez: para chegar ao

    poder. Chegando ele l, foi diminuindo sua crueldade de modo a ser querido por seu povo.

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    O segundo exemplo o de Oliverotto de Fermo que com tamanha crueldade chegou ao poder, e l se manteve cruel, o

    que fez com que pouco tempo depois, este fosse derrubado do poder e morto por Csar Borgia, juntamente com seu

    mestre em virtudes e atrocidades Vitellozzo.

    No se pode, contudo, achar meritrio o assassnio dos seus compatriotas, a traio dos amigos, a conduta

    sem f, piedade e religio so mtodos que podem conduzir ao poder, mas no glria.

    [] ao tomar um Estado, o conquistador deve definir todas as crueldades que necessitar cometer, e pratic-

    las todas de uma v, evitando ter de repeti-las a cada dia assim tranquilizar o povo, ao no renovar as

    crueldades, seduzindo-o depois com benefcios. Quem agir d iferentemente, [], estar obrigado a estar

    sempre de arma em punho, e nunca poder confiar em seus sditos, que devido s contnuas injrias, no

    tero confiana no governante.

    Os benefcios, por sua vez, devem ser concedidos gradualmente, de forma que sejam mais bem apreciados.

    O Prncipe deve sempre agir pensando no povo, pois na verdade o povo quem detm o poder e a fora. Com um

    monarca cruel, o povo se torna amedrontado e injuriado, acabando por se reunir e destruir seu poderio. Porm quando os

    benefcios vm, o povo se sente feliz e quer bem o monarca, o que diminui consideravelmente a possibilidade de

    conspirao.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 9: O governo civil

    Na viso de Maquiavel, governo civil governo em que o cidado se torna soberano pelo favor de seus concidados.

    O governo institudo pelo povo ou pela aristocracia, conforme haja oportunidade para um ou para a outra.

    Quando os ricos percebem que no podem resistir presso da massa, unem-se, prestigiando um dos seus e

    fazendo-o Prncipe, de modo a poder perseguir seus propsitos sombra da autoridade soberana. O povo,

    por outro lado, quando no pode resistir aos ricos, procura exaltar e criar um Prncipedentre os seus que o

    proteja com sua autoridade.

    A dificuldade maior de manter-se no poder o Prncipe que chegou ao poder atravs da aristocracia do que o que

    chegou atravs do povo, pois a aristocracia se considera igual ao monarca, sendo que o soberano no pode assim dirigi-

    los ou ordenar em tudo que lhe apraz.

    A aristocracia quer oprimir e o povo apenas no quer ser oprimido. Quem chegar ao poder deve sempre manter a estima

    do povo, isso ser conseguido o protegendo. O povo quem est com o Prncipe na adversidade, quem o povo est

    com ele, difcil derrub-lo do poder.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 10: Como avaliar a fora dos Estados

    examinada a situao do Prncipe , se este, em caso de ataque, pode reunir um exrcito suficiente, e defender-se ouse no, este no podendo combater, forado a refugiar-se no interior de seus muros, ficando na defensiva.

    Portanto, o Prncipe que senhor de uma cidade poderosa, e no se faz odiar, no poder ser atacado ainda

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    que o fosse, o assaltante no sairia gloriosamente da empreitada.

    O povo tem enorme influencia para definir o a fora de um Estado se o povo estiver ao lado do Prncipe , mesmo que

    um dominador consiga tomar o lugar do Prncipe , no se dar bem, pois o povo se levantar contra ele.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 11: Os Estados eclesisticos

    Estados conquistados com o mrito ou com a sorte, porm estes no so necessrios para conserv-lo, pois so

    sustentados por antigos costumes religiosos.

    To fortes e de tal qualidade so estes que permitem aos Prncipesse manterem no poder qualquer que seja

    sua conduta e modo de vida. S esses Prncipespodem ter estados sem defend-los e sditos sem govern-

    los e seus estados, mesmo sem ser defendidos, no lhes so tomados.

    Mesmo que chegue um dominador e tente colocar tal estado sob seu poder, se o povo se mantiver unido, este no

    obter xito em sua empreitada os costumes so fortes e mantm o povo unido.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 12: Os diferentes tipos de milcia e de tropas mercenrias

    Na tica maquiaveliana, a base principal de um Estado so boas leis e bons exrcitos. H trs tipos de tropas, so elas,

    prprias, mercenrias, auxiliares ou mistas. Sendo as mercenrias e as auxiliares prejudiciais e perigosas.

    Os soldados mercenrios so covardes, seu nico motivo pra lutar o salrio, que nunca o suficiente para quemorram peloPrncipe numa batalha. So dispostos ao Prncipe em tempos de paz, mas ao chegar guerra, o

    abandonam.

    E a experincia demonstra que s os Prncipese as republicas armadas obtm grandes progressos, pois as

    foras mercenrias s sabem causar danos e tambm que uma republica que tenha exercito prprio se

    submeter mais dificilmente ao domnio de um dos seus cidados do que uma republica com armas

    mercenrias.

    Os mercenrios pensam em si e no que vo ganhar, no no xito do monarca. O melhor sempre usar suas prprias

    armas. A vitria obtida atravs da fora e armas alheias no uma vitoria genuna.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 13: Foras auxiliares, mistas e nacionais

    Maquiavel iguala as foras auxiliares com as mercenrias: so inteis. As tropas auxiliares podem at ser em si

    mesmas eficazes, mas so sempre perigosas para os que delas se valem se so vencidas, isto representa uma derrota

    se vencem, aprisionam quem as utiliza.

    Quanto s tropas mistas, Maquiavel diz s-las mais eficazes que as compostas inteiramente de mercenrios ou

    auxiliares, mas so muito inferiores que um exrcito inteiramente nacional.

    Um Prncipeprudente, por conseguinte, evitar sempre tais milcias, recorrendo a seus prprios soldados

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    preferir ser derrotado com suas prprias tropas a vencer com tropas alheias, vitria que no se pode

    considerar genuna.

    Em concluso, nenhum Prncipepode ter segurana sem seu prprio exrcito, pois, sem ele, depender

    inteiramente da sorte, sem meios confiveis de defesa, quando surgirem dificuldades.

    Ass im como ocorreu com Davi quando Saul o ofereceu sua armadura para que enfrentasse Golias, e Davi preferiu ir com

    sua funda e um punhal, pois com a armadura de Saul so poderia dar o melhor de si. No entanto as armas alheias nos

    sobrecarregam e limitam, isso quando no falham. Portanto, o seguro mesmo ter seu prprio exrcito e suas prprias

    armas.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 14: Os deveres doPrncipe para com as milcias

    O Captulo inicia mostrando o objetivo ou pensamento principal de um Prncipe , que alm da guerra, tambm as leis

    e a disciplina. Esta a nica arte que se espera de quem comanda. Quem negligencia a arte da guerra, perde a

    considerao e o principal, o Estado.

    A caa indicada por Maquiavel como um ato a ser sempre praticado pelos soldados, para que estes se habituem

    natureza das regies, a posio das montanhas, a abertura dos vales, aos rios, pntanos

    A fim se exercitar o esprito, o Prncipe deve estudar a historia e as aes dos grandes homens ver como se

    conduziram na guerra, examinar as razes das suas vitorias e derrotas, para imitar as primeiras e evitar as

    ultimas.

    Estes so os deveres do Prncipe que nunca deve se acomodar, mesmo nos tempos de paz, mas sempre estar

    preocupado para que suas tropas estejam em forma quando a sorte mudar, pois como foi dito no Captulo 3, as guerras

    no podem ser evitadas.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 15: As razes pelas quais os homens, especialmente osPrncipes,

    so louvados ou vituperados

    citado que levando em conta os Prncipes, uns so tidos como liberais, outros por miserveis um, generoso, o outro

    vido um, cruel, o outro misericordioso um, perjuro, o outro fiel um, efeminado e pusilnime, o outro bravo e corajosohumanitrio ou altaneiro lascivo ou casto franco ou astuto difcil ou fcil serio ou frvolo religioso ou incrdulo

    Maquiavel reconhece que o ser humano no possui a capacidade de ter todas as qualidades acima enumeradas, ento,

    faz-se necessrio que o Prncipe tenha a prudncia para evitar o escndalo provocado pelos vcios que poderiam abalar

    seu reinado, evitando os outros se for possvel se no for, poder pratic-los com menores escrpulos. Diz ainda

    Maquiavel:

    Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz est fadado a sofrer, entre tantos que no so

    bons. necessrio, portanto, que o Prncipeque deseja manter-se aprenda a agir sem bondade, faculdade

    que usar ou no, em cada caso, conforme seja necessrio.

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    O Prncipe pode at aparentar ter todas as qualidades acima citadas, mas t-las realmente j poderia tornar-se

    prejudicial por isso necessrio que o Prncipe haja de acordo com o momento. Se for necessrio usar de bondade,

    que use se preciso for a crueldade, que use.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 16: A liberalidade e a parcimnia

    A liberalidade deve ser praticada de modo apropriado, no sendo reconhecida. Um Prncipe liberal gastar todo o seu

    tesouro, o que o far impor pesados impostos ao povo, o que o far ser odiado pelos seus sditos. E ainda pouco

    estimado por ter se tornado pobre. E se o Prncipe quiser corrigir sua liberalidade ser passado imediatamente por

    miservel.

    [] o Prncipe no se deve incomodar de ser tido como miservel, para no ter de onerar demais os sditos,

    para poder defender-se e para no tornar-se pobre e desprezado,[]

    Maquiavel nos mostra neste capitulo que para aquele que j Prncipe a liberalidade prejudicial, mas para aquele que

    est a caminho de ser, ser tido como liberal necessrio. necessrio para o Prncipeque esteja frente do exrcito evive do botim de guerra, do roubo e de resgates, pilhando a riqueza alheia. Esbanjar as riquezas alheias no diminui a

    reputao do Prncipe, mas sim a ergue apenas esbanjar os prprios recursos que prejudica. E o mais importante

    que o Prncipe no seja odiado ou desprezado a liberalidade leva a uma dessas condies.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 17: A crueldade e a clemncia. Se prefervel ser amado ou temido

    Todos os Prncipe s devem preferir ser considerados clementes, e no cruis. Porm deve se saber usar essa

    clemncia. Quando o objetivo manter o povo unido e leal, o Prncipe no deve se importar em ser tido por cruel

    os Prncipe s novos no poder no podem fugir da reputao de cruel, pois estes estados so os mais perigosos.

    Seria bom que o Prncipe fosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa juno difcil, prefervel que

    seja temido. Temido de forma que, se no possvel conseguir o amor de seus sditos, se evite o dio o que

    conseguido no atentando contra as mulheres e os bens dos sditos e cidados. Se for necessrio que

    o Prncipe decrete a execuo algum, que este d um bom motivo.

    Os homens tm menos escrpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor

    mantido por vnculos de gratido que se rompem quando deixam de ser necessrios, j que os homens so

    egostas mas o temor mantido pelo medo do castigo, que nunca falha.

    Quando o Prncipe est frente do exrcito deve manter a fama de cruel, ou caso o contrario, o monarca no

    conseguir comandar com xito.

    O amar vem de acordo com cada homem, mas o temor lhes imposto sendo assim o Prncipe deve fazer o uso do

    que lhe tem nas mos, e no no que depende da vontade alheia.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 18: A conduta dosPrncipe s e a boa-f

    esperado de um Prncipe que mantenha sua palavra empenhada, e viver com integridade e no com astcia. Todavia

    nem sempre o Prncipe pode agir com boa-f, principalmente quando necessrio para isso ele ir contra os prprios

    interesses e quando os motivos para que mantenha a palavra no existam mais.

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    Pode-se lutar de duas formas: pela lei e pela fora. Sendo a primeira prpria dos homens a segunda prpria dos

    animais. Contudo uma no duradoura sem a outra. Quando se necessrio que o Prncipeaja como um animal, deve

    saber agir como o leo e a raposa o leo para afugentar os lobos e a raposa para fugir das armadilhas.

    [] bom ser e parecer piedoso, fiel, humano, ntegro e religioso mas preciso ter a capacidade de se

    converter aos atributos opostos, em caso de necessidade.

    De certo que se no consiga ter todas as qualidades acima citadas, bom aparentar t-las nada mais necessrio do

    que a aparncia da religiosidade. Por tanto:

    Todos veem nossa aparncia, poucos sentem o que realmente somos, e estes poucos no ousaro opor-se

    maioria que tenha a majestade do Estado a defend-la.

    O que importa para um Prncipe a aparncia que passa para os seus subordinados, muitas vezes sendo o contrrio

    do que pensa o povo, mas conseguindo esconder o que se de verdade.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 19: Como se pode evitar o desprezo e o dio

    Os Prncipe s devem tomar o cuidado que suas decises sejam irrevogveis, e que as sustente de tal forma que a

    ningum ocorra engan-lo ou desloc-lo.

    Os Prncipe s devem se acautelar contra duas coisas: seus sditos e as potncias estrangeiras. Contra as potncias

    estrangeiras lhe servir boas armas e bons amigos contra as conspiraes dos sditos lhe servir no ser odiado, vistoque o conspirador s executar seu plano se pensar que a morte do soberano satisfar o povo.

    Em poucas palavras, do lado do conspirador esto o medo, os cimes, as suspeitas, o receio do castigo do

    lado do Prncipe h a majestade do poder, as leis, a proteo oferecida pelos amigos e pelo Estado. Quando

    a esses fatores se acrescenta a estima do povo, impossvel que algum cometa a temeridade de conspirar.

    Os Prncipe s sbios tentam sempre no aborrecer os grandes e agradar o povo. Pode-se fazer isso deixando

    reservado aos grandes as tarefas como os julgamentos isso pra eles estima, todavia o monarca deve ele mesmo fazer

    os favores. O Prncipedeve sempre tomar cuidado para no injuriar algum de cujos servios se utilize.

    Sempre o que conta para o Prncipe o que seus sditos sentem por ele se o povo sente dio ou desprezo, e ainda

    por cima, no o temem, o Estado ser perdido facilmente.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 20: A utilidade de construir fortalezas e de outras medidas que

    os Prncipe s adotam com frequncia

    Quando um Prncipe novo chega ao poder deve armar seus sditos, o que lhes impor que o Prncipelhes temconfiana, eles assim se tornam leais e os que j eram leais matem sua lealdade. Se o Prncipenovo desarma seus

    sditos, lhes impor que no lhes tem confiana, o que provoca dio contra o soberano.

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    Todavia se um Prncipe adquire um Estado o adicionando ao seu, necessrio que o desarme, com exceo dos

    habitantes que estiveram do seu lado na conquista mesmo esses necessrio que lhes seja cortada a ousadia,

    arranjando as coisas de modo que o poder militar do novo domnio fique nas mos de soldados que viviam no Estado

    antigo, junto ao Prncipe .

    Disse Maquiavel: o Prncipe sbio deve fomentar astuciosamente alguma inimizade, se houver ocasio para tal, de

    modo a incrementar sua grandeza superando esse obstculo.

    Quanto s fortalezas, se o Prncipe teme seus sditos mais do que os estrangeiros, deve constru-las em caso

    contrrio, no. Maquiavel: a melhor fortaleza a construda sobre a estima dos sditos, pois as fortificaes no

    salvaro um Prncipeodiado pelo povo.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 21: Como deve agir um Prncipe para ser estimado

    Nada faz com que um Prncipe seja mais estimado do que os grandes empreendimentos e os altos exemplos que d.

    Em cada ao o Prncipe deve procurar atrair fama de grandeza e excelncia. Sendo que quando algum cidado fazalgo extraordinrio, bom ou ruim, o Prncipe deve lhe dar um recompensa ou uma punio que seja amplamente

    comentada pelo povo. Castigos e recompensas devem estar em perfeito equilbrio um superior no pode valer-se

    apenas de um ou de outro.

    elevada a estima de um Prncipe que age como amigo ou inimigo declarado, no ficando em neutralidade quando dois

    de seus vizinhos poderosos esto em guerra.

    O que no amigo pedir sempre a neutralidade, e o amigo solicitar uma deciso, e a entrada na guerra.

    Os Prncipe s inseguros preferem geralmente permanecer neutros, pensando evitar perigos presentes, o queo mais das vezes os arruna.

    Quando o Estado que o Prncipe apoiou vence, estabelecido um vinculo forte de amizade e gratido por parte desse

    Estado. Contudo quando o Estado apoiado perde, este sempre ajudar e proteger enquanto puder seu companheiro de

    uma sorte que poder mudar.

    O Prncipe no deve nunca aliar-se a algum poderoso para causar dano a outrem, a no ser quando for necessrio,

    pois se o aliado vence, o Prncipe fica sujeito ao seu poder.

    Os Prncipe s devem honrar os que so ativos, melhorando seu Estado. Deve-se entreter o povo com festas e

    espetculos em certas pocas e tambm o Prncipe dever estar uma vez ou outra em contato com os membros de

    subgrupos do Estado, mas sempre mantendo sua dignidade majestosa.

    Com isso o povo ter sempre prazer em ter tal como seu soberano e sempre estar ao seu lado.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 22: Os ministros dos Prncipe s

    Para conhecer um Prncipe , basta tomar conhecimento dos homens que o cercam, eles causam a primeira impresso

    do monarca. O monarca sbio escolhe bem seus ministros.

    Maquiavel distingue trs tipos de mente: um compreende as coisas por si o segundo compreende as coisas

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    demonstradas por outrem o terceiro nada consegue discernir, nem s, sem com a ajuda dos outros. O primeiro tipo o

    melhor de todo a segunda tambm muito boa, mas a terceira intil.

    Toda vez que o Prncipe tem o discernimento para reconhecer o bem e o mal naquilo que se faz ou diz

    (mesmo que no apresente originalidade de intelecto), identificar as obras boas ou ms do seu ministro,

    corrigindo algumas e incentivando outras.

    O ministro que procura sempre em todas as suas aes seu prprio interesse nunca ser um bom ministro, no

    merecendo confiana. Quem ministro nunca deve pensar em si prprio, mas sim no monarca. Para assegurar a

    fidelidade do ministro, oPrncipe deve honr-lo e enriquec-lo, fazendo lhe favores e atribuindo lhe encargos.

    Podemos dizer que se conhece o superior atravs de seus subordinados.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 23: De que modo escapar aos aduladores

    O Prncipe deve evitar os aduladores as cortes esto cheias , mostrando que no h ofensa em falar a verdade, todavia

    quando todos podem falar a verdade a uma pessoa, perdem-lhe o respeito. O Prncipesbio tomar homens sbios

    como conselheiros, que falaro a verdade ao Prncipe , mas somente quando perguntados e sobre o que perguntados,

    assim oPrncipe no ouvir mais ningum. O Prncipeouvir seus conselheiros somente quando quiser e as decises

    tomar sozinho.

    O Prncipe que no sbio nunca poder ser bem aconselhado, pois ele ouvir os conselheiros e no saber

    harmoniz-los. Se a sorte lhe d um orientador ainda poder se sobressair, mas mais na frente este orientador lhe

    tomar o poder.

    Os conselheiros pensaro todos nos seus prprios interesses, e o Prncipe ser incapaz de corrigi-los, ou de

    reconhec-los. No pode ser de outra forma, pois os homens falam sempre com falsidade, a no ser quando a

    necessidade os obriga a serem verdicos.

    Os bons conselhos nascem da prudncia do Prncipe e que esta no nasce dos bons conselhos recebidos. Tudo vem

    da capacidade do Prncipe , da sua capacidade de escolha. Em suas decises oPrncipe deve ser claro e objetivo,

    mantendo, sempre que possvel sua palavra. Um Prncipe que muda a todo o tempo de ideia acaba por deixar o povo

    confuso, o fazendo perder a confiana.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 24: As razes por que os Prncipe s da Itlia perderam seus domnios

    Um novo soberano sempre mais observado do que um soberano de antiga dinastia quando o soberano novo faz atos

    virtuosos, estes cativaro mais os sditos do que os de um monarca de antiga dinastia. Dever o monarca novo no

    falhar em outras coisas, fortalecendo seu Estado com boas leis, boas armas e bons exemplos.

    Se considerarmos aqueles senhores que perderam seus estados na Itlia de hoje, como o rei de Npoles, o

    que de Milo e outros, encontraremos neles em primeiro lugar um defeito comum no que se refere s foras

    armadas, pelos motivos j amplamente examinados. [] alguns ou sofriam a hostilidade do povo ou, se o

    povo lhes tinha estima, no souberam garantir-se contra os nobres.

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    Quando o Prncipe tem o povo do seu lado, mesmo assim este no pode deixar ser derrubado esperando que o povo

    venha a reergu-lo se levantando contra o dominador. Disse Maquiavel: S so boas, seguras e durveis aquelas

    defesas que dependem exclusivamente de ns, e do nosso prprio valor.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo: 25: O poder da sorte sobre o homem e como resistir-lhe

    Na viso de Maquiavel, tudo que acontece conosco atribudo sorte, mas metade disso podemos controlar. Para ele a

    sorte como um rio, que quando este corre calmamente podemos construir diques e barragens para que quando as

    guas vierem com fria, sejam desviadas e seu mpeto seja menos selvagem e devastador.

    [] o Prncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruna quando esta muda. Acredito que

    prudente quem age de acordo com as circunstancias, e da mesma forma infeliz quem age apondo-se ao que

    o seu tempo exige.

    O tempo vai determinar como que cada Prncipe deve agir, contudo deve-se agir no tempo certo e sempre preparadopara quando a sorte variar, assim Maquiavel aconselha ser impetuoso a cauteloso com a sorte.

    O Prncipe , Maquiavel Resumo Captulo 26: Exortao libertao da Itlia, dominada pelos brbaros

    Neste ultimo Captulo Maquiavel expressa o seu anseio pela libertao de sua ptria, a Itlia.

    [] agora, quase sem vida, a Itlia espera por quem lhe possa curar as feridas e ponha fim pilhagem na

    Lombardia, rapacidade e extorso no reino de Npoles e na Toscana, curando-a das chagas abertas h

    tanto tempo. Pede a deus que lhe envie algum capaz de libert-la dessa insolncia, dessa Barbara

    crueldade. Esta disposta a seguir uma bandeira, desde que algum a empunhe.

    Maquiavel deixa explcito neste Captulo que seu desejo que Lorenzo de Medici se torne o soberano da

    Itlia daqueles tempos, deixando claro tambm o principal motivo de ter escrito O Prncipe , um manual para

    que Lorenzo de Medici reine com xito na Itlia:

    No se deve, portanto deixar que se perca esta oportunidade a Itlia, depois de tanto tempo, precisa

    encontrar seu libertador.

    Que vossa ilustre famlia possa, portanto, assumir esta tarefa com a coragem e as esperanas inspiradas por

    uma causa justa, de forma que, sob sua bandeira, nossa ptria volte a se levantar []