resumo licitacao direito administrativo marcio azevedo

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Direito AdministrativoMrcio Azevedo LICITAO

LICITAO (RESUMO)LEI N 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993CONSIDERAES GERAISPORTAL EDUCAONO contrato administrativo, em regra, exige licitao prvia, s dispensvel (art. 24), inexigvel (art. 25) ou dispensada (art.17), nos casos expressamente previstos em lei (Lei n. 8.666/93), e que constitui uma de suas peculiaridades, de carter externo; sendo assim, a licitao o antecedente necessrio do contrato administrativo; o contrato administrativo o conseqente lgico da licitao; ela um procedimento administrativo preparatrio do futuro ajuste, de modo que no confere ao vencedor nenhum direito ao contrato, apenas uma expectativa de direito. Concluda a licitao, no fica a Administrao Pblica obrigada a celebrar o contrato, mas, se o fizer, h de ser com o proponente vencedor.2PORTAL EDUCAON o procedimento administrativo mediante o qual a Administrao Pblica seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse (Hely Lopes Meirelles). o processo (e no procedimento) administrativo viabilizador dos negcios que melhor atendam aos interesses da Administrao Pblica (Eliezer Pereira Martins).CONCEITOS DE LICITAO3PORTAL EDUCAONLEGISLAOArt. 37, CF - A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes.4PORTAL EDUCAONLEGISLAOna rbita federal a matria regida pela Lei n 8.666/93 (Lei de Licitaes e Contratos Administrativos), com as alteraes que lhe foram introduzidas pelas Leis n 8.883/94 e n 9.648/98. E, tambm, pela Lei n 10.520/02 (Lei do Prego).a Lei n 8.987/95 (Lei de Concesses e Permisses de Servios Pblicos) que dispe sobre o regime de concesso e permisso da prestao de servios pblicos previstos no art. 175 da CF, nos artigos 14 a 22, disciplina a licitao nas concesses e permisses; assim, a disciplina das licitaes antecedentes aos contratos destinados s concesses e permisses do Poder Pblico obedece s disposies referidas e no s normas da Lei n 8.666/93, que na hiptese atuar apenas subsidiariamente.5PORTAL EDUCAONCOMPETNCIA LEGISLATIVAArt. 22, CF - Compete privativamente Unio legislar sobre:XXVII - normas gerais de licitao e contratao, em todas as modalidades, para a administrao pblica, direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, nas diversas esferas de governo, e empresas sob seu controle;

nico - Lei complementar poder autorizar os Estados a legislar sobre questes especficas das matrias relacionadas neste artigo.6PORTAL EDUCAONPRINCPIOSArt. 3 da L. 8.666/93 A licitao destina-se a garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia, a seleo da proposta mais vantajosa para a administrao e a promoo do desenvolvimento nacional sustentvel e ser processada e julgada em estrita conformidade com os princpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo e dos que lhes so correlatos.7PORTAL EDUCAONPRINCPIOSlegalidade agir de acordo com a lei, na forma determinada; o conceito de legalidade contm em si no s a lei, mas, tambm, o interesse pblico e a moralidade; a discricionariedade da Administrao existe apenas quanto escolha do objeto da licitao ou ao momento em que vai instaurar o procedimento.moralidade deve ser norteada pela honestidade e seriedade.impessoalidade a A.P. deve servir a todos, sem preferncias ou averses pessoais ou partidrias.8PORTAL EDUCAONPRINCPIOSpublicidade os atos pblicos devem ter divulgao oficial, como requisito de sua eficcia, salvo as excees previstas em lei (segurana nacional, certas investigaes policiais, processos cveis em segredo de justia); a licitao no ser sigilosa, sendo pblicos e acessveis ao pblico os atos de seu procedimento, salvo quanto o contedo das propostas, at a respectiva abertura (art. 3, 3).sigilo das propostas o contedo das propostas at a data de sua abertura inviolvel(art. 3, 3).formalismo o procedimento licitatrio caracteriza ato administrativo formal (art. 4, nico).9PORTAL EDUCAONPRINCPIOSigualdade dentro das mesmas condies, todos devem ser tratados de modo igual; a observncia da igualdade leva a impessoalidade.probidade administrativa - este princpio dever de todo administrador pblico, mas a lei a inclui dentre os princpios especficos da licitao e no nos gerais.vinculao ao instrumento convocatrio o edital a Lei interna da licitao (art. 41).julgamento objetivo baseado no critrio indicado no edital e nos termos especficos das propostas.10PORTAL EDUCAONPRINCPIOSparticipao da sociedade na fiscalizao das licitaes.competitividade ou oposio adoo de medidas de estmulo entre os interessados.adjudicao compulsria ao vencedor impede que a Administrao, concludo o processo licitatrio, atribua seu objeto a outrem que no o legtimo vencedor, salvo se este desistir expressamente do contrato ou no o firmar no prazo prefixado, a menos que comprove justo motivo; veda tambm que se abra nova licitao enquanto vlida a adjudicao anterior.11PORTAL EDUCAONOBJETO a obra, o servio, a compra, a alienao, a concesso, a permisso e a locao que, a final, ser contratada com o particular; a licitao sem caracterizao de seu objeto nula, porque dificulta a apresentao das propostas e compromete a lisura do julgamento e a execuo do contrato subseqente.12PORTAL EDUCAONENTES E RGOS OBRIGADOS A LICITAR (art. 1, n da Lei 8666/03)Os rgos da administrao direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados, DF e Municpios, ressalvadas as hipteses de dispensa ou inexigibilidade.13PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 1 Grupo1 Grupo: Administrao Pblica Direta (rgos: sejam eles, Federais, Estaduais, Distritais ou Municipais); Administraes Indiretas, Autrquicas ou Fundacionais (sejam elas, federais, estaduais, distritais ou municipais) e os Fundos Especiais*.(*) De acordo com o art. 71, da Lei n. 4.320/64, o Fundo Especial constitudo pelo produto de receitas especficas que, por lei, vinculam-se realizao de determinados objetivos ou servios, facultada a adoo de normas peculiares de aplicao. Os Fundos Especiais apresentam sua base legal na referida Lei e, ainda, no Decreto-lei n. 200 de 25/02/67 e no Decreto n. 93.872 de 23/12/86.Exemplos: Fundo Nacional Antidrogas; Fundo Nacional de Desenvolvimento; Fundo Penitencirio Nacional FUNPEN; Fundo Nacional de Sade; Fundo Nacional do Meio Ambiente.14PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 Grupo2 Grupo: Empresas Pblicas ou Sociedades de Economia Mista - tambm integrantes da Administrao Indireta (seja, federal, estadual, distrital ou municipal).No resta dvida de que as empresas pblicas e as sociedades de economia mista esto obrigadas a licitar (Vide art. 173, 1, III, da CF/88). Todavia, no caso de empresas pblicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econmica, a obrigatoriedade de licitao no abrange, logicamente, os atos comerciais de rotina, ou seja: aqueles praticados quando do desempenho de suas atividades-fim (Vide art. 173, 1, II, da CF/88). Seno vejamos:15PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoArt. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de prestao de servios, dispondo sobre: II - a sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios; III - licitao e contratao de obras, servios, compras e alienaes, observados os princpios da administrao pblica.16PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoFato que, at a presente data, no foi editada esta lei mencionada no art. 173, 1 da CF/88, de forma que podemos afirmar a necessidade das empresas pblicas e sociedades de economia mista, colocar em prtica, na ntegra, os dispositivos da Lei 8.666/93.Quando esta lei mencionada no art. 173, 1 da CF/88 for editada necessrio ser distinguir o que seja a atividade-fim e o que seja a atividade meio destas empresas estatais, uma vez que autores como: Celso Antnio Bandeira de Melo, Marsal Justen Filho, Carvalhinho e outros, dizem que no toda atividade das que executam atividades econmicas que devem se submeter necessariamente a licitao. Em relao atividade-meio da estatal, tem que haver necessariamente a licitao. Em relao atividade-fim, ao contrrio, no obrigatria a licitao.17PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoEm verdade, cada estatal econmica, exceto a Petrobras - que um caso parte, o prprio art. 119 da lei 8666/93 assim assevera:Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e fundaes pblicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio e pelas entidades referidas no artigo anterior editaro regulamentos prprios devidamente publicados, ficando sujeitas s disposies desta Lei. Pargrafo nico. Os regulamentos a que se refere este artigo, no mbito da Administrao Pblica, aps aprovados pela autoridade de nvel superior a que estiverem vinculados os respectivos rgos, sociedades e entidades, devero ser publicados na imprensa oficial.18PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoO art. 119 da Lei 8666/93 j admite a edio de regulamentos prprios de licitao para as empresas estatais, deixando claro que estes devem respeitar a lei 8666/93 que regra geral.Particularizemos o caso da Petrobrs:A lei da ANP (Lei 9478/97) que uma lei especfica para a rea do petrleo disciplina que a Petrobras, uma empresa estatal, no precisa se submeter Lei 8666/93. A licitao na Petrobras ser definida em decreto presidencial, e ser um decreto simplificado art. 67.Art. 67. Os contratos celebrados pela PETROBRS, para aquisio de bens e servios, sero precedidos de procedimento licitatrio simplificado, a ser definido em decreto do Presidente da Repblica.19PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoPara CELSO ANTONIO E O MARAL JUSTEN FILHO o art. 67 da Lei da ANP inconstitucional. O art. 67 da Lei da ANP acabou fazendo uma delegao legislativa em branco para o Chefe do Executivo. E a, por um princpio geral de direito pblico, a doutrina no admite delegaes legislativas em branco. No pode o legislador, que tem o dever precpuo de legislar simplesmente transferir para o Executivo o tratamento da matria, sem parmetros gerais (como ocorre na deslegalizao das agncias reguladoras, em regra), passar o tratamento da matria que era dele (Poder Legislativo) para o Poder Executivo. Estaria ferindo o princpio da indelegabilidade das funes estatais que decorre do princpio maior da separao de poderes. Essa questo foi parar no STF.20PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoAC-MC-QO 1193 / RJ - RIO DE JANEIROQUESTO DE ORDEM EM MEDIDA CAUTELAR EM AO CAUTELARRelator(a): Min. GILMAR MENDESJulgamento: 09/05/2006 rgo Julgador: Segunda TurmaParte(s)REQTE.(S) : PETRLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRSREQDO.(A/S) : MARTIMA PETRLEO E ENGENHARIA LTDAEMENTA: Ao Cautelar. 2. Efeito suspensivo a recurso extraordinrio admitido no Superior Tribunal de Justia. 3. Plausibilidade jurdica do pedido. Licitaes realizadas pela Petrobrs com base no Regulamento do Procedimento Licitatrio Simplificado (Decreto n 2.745/98 e Lei n 9.478/97). 4. Perigo de dano irreparvel. A suspenso das licitaes pode inviabilizar a prpria atividade da Petrobrs e comprometer o processo de explorao e distribuio de petrleo em todo o pas, com reflexos imediatos para a indstria, comrcio e, enfim, para toda a populao. 5. Medida cautelar deferida para conceder efeito suspensivo ao recurso extraordinrio.21PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoO STF no julgou o mrito dessa questo. Ele analisou atravs de medida cautelar de recurso extraordinrio. O STF, sem adentrar no mrito, acabou afirmando que o art. 67 da lei da ANP, at segunda ordem, seria constitucional. A base do argumento do STF para admitir a constitucionalidade do referido artigo a seguinte: desde a EC 09/95 que relativizou o monoplio do Petrleo, a Petrobras vem concorrendo com a iniciativa privada. Assim, a Petrobras tem que ter uma agilidade maior, se livrando das amarras burocrticas daquelas entidades que no concorrem. Por exemplo, as autarquias. Ento se essa estatal econmica concorre com a iniciativa privada, nada mais salutar que estabelecer regras simplificadas para ela. Ver informativo 426 STF:22PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoEfeito Suspensivo em RE: Petrobrs e Licitao SimplificadaA Turma, resolvendo questo de ordem, deferiu medida cautelar para emprestar efeito suspensivo a recurso extraordinrio interposto pela Petrleo Brasileiro S/A - Petrobrs contra acrdo do STJ que, tambm em medida cautelar, restabelecera a eficcia de tutela antecipada que suspendera as suas licitaes, as quais utilizavam procedimento licitatrio simplificado, previsto na Lei 9.478/97 e regulamentado pelo Decreto 2.745/98. Consideraram-se presentes os requisitos necessrios pleiteada concesso. Quanto plausibilidade jurdica do pedido, asseverou-se que a submisso da Petrobrs a regime diferenciado de licitao estaria, primeira vista, justificado, tendo em conta que, com o advento da EC 9/95, que flexibilizara a execuo do monoplio da atividade do petrleo, a ora requerente passara a competir livremente com empresas privadas, no sujeitas Lei 8.666/93. Nesse sentido, ressaltaram-se as conseqncias de ordem econmica e poltica que adviriam com o cumprimento da deciso impugnada, caso a Petrobrs tivesse que aguardar o julgamento definitivo do recurso extraordinrio, j admitido, mas ainda no distribudo no STF, a caracterizar perigo de dano irreparvel. Entendeu-se, no ponto, que a suspenso das licitaes realizadas com base no Regulamento do Procedimento Licitatrio Simplificado (Decreto 2.745/98 e Lei 9.478/97) poderia tornar invivel a atividade da Petrobrs e comprometer o processo de explorao e distribuio do petrleo em todo pas, com reflexos imediatos para a indstria, comrcio e, enfim, para toda a populao.AC 1193 QO-MC/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 9.5.2006. (AC-1193)23PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoO STF diz no voto do Gilmar Ferreira Mendes - Ministro Relator (em 25/04/2008 houve substituio do relator pela Ministra Ellen Gracie), provisoriamente, que no h, em princpio, nenhuma inconstitucionalidade nessa previso do art. 67 da Lei da ANP. Diz tambm que a EC 9/95 relativizou o monoplio do petrleo. Ento, a partir dessa relativizao do monoplio, diversas empresas privadas passaram a explorar o setor do petrleo em concorrncia com a Petrobras. Ento no se poderia diz o STF exigir da Petrobras a submisso Lei 8666, ao procedimento regular da licitao, porque isso impediria a concorrncia eficaz na matria do petrleo.24PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoEm outras palavras, o simples fato de a Petrobras agora atuar em concorrncia com a iniciativa privada j ensejaria a possibilidade da edio de um decreto especfico sobre licitao pra essa estatal. Esse argumento poderia ser estendido a qualquer outra estatal que execute atividade econmica uma vez que, em princpio, vai exercer essa atividade em concorrncia. Se esse simples fato j enseja a possibilidade de um decreto especfico de licitao, toda estatal hoje que atua em concorrncia pode ter um estatuto especfico de licitao. Na mesma linha de entendimento o STF (informativo 119) da licitao da ANATEL (Agncia Reguladora, autarquia em regime especial):25PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoServios de Telecomunicaes: Lei 9.472/97Concludo o julgamento de medida liminar em ao direta requerida pelo Partido Comunista do Brasil - PC do B, pelo Partido dos Trabalhadores - PT, pelo Partido Democrtico Trabalhista - PDT e pelo Partido Socialista Brasileiro - PSB, contra dispositivos da Lei 9.472/97 (Lei Geral de Telecomunicaes), que dispe sobre a organizao dos servios de telecomunicaes, a criao e funcionamento de um rgo regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional 8/95 (v. Informativo 87). O Tribunal, por votao majoritria, acompanhando o voto do Min. Nelson Jobim, indeferiu o pedido de suspenso cautelar de eficcia concernente ao art. 210 da Lei 9.472/97 ("As concesses, permisses e autorizaes de servio de telecomunicaes e de uso de radiofreqncia e as respectivas licitaes regem-se exclusivamente por esta Lei, a elas no se aplicando as Leis 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, 9.074, de 7 de julho de 1995, e suas alteraes."). Considerou-se que o dispositivo impugnado no afasta a exigncia de licitao, mas apenas estabelece para os servios de telecomunicaes um procedimento licitatrio especfico, previsto na prpria Lei 9.472/97, tendo em conta a natureza destes servios. Vencido o Min. Marco Aurlio, relator, sob o entendimento de que a CF, ao atribui Unio Federal competncia para legislar sobre normas gerais de licitao e contratao (CF, art. 22, XXVII), no autoriza estabelecer normas particularizadas para determinadas modalidades de servios. ADInMC 1.668-DF, rel. Min. Marco Aurlio, 20.8.98.26PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 2 GrupoA lei da Anatel afasta a aplicao da lei 8666/93 do setor de telecomunicaes e estabelece, ela prpria, normas de licitao para o setor de telecomunicaes. O STF concluiu que no h nenhum problema em determinados setores do servio pblico se submeterem s normas especializadas de licitao que eventualmente afastam a lei 8666/93. Se o STF j admitiu o afastamento da lei geral para um determinado setor, nada impede que agora admita a existncia de estatutos especializados para algumas das estatais, como o caso da Petrobras.27PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 3 Grupo3 Grupo: Demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder pblico. Essa expresso vem consagrada no art. 1, 1, da lei 8666/93 c/c art. 119 da mesma lei. o terceiro setor entidades paraestatais: Organizaes Sociais (OS) e Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico (OSCIP).Para a doutrina majoritria (DI PIETRO, CELSO ANTONIO, CARVALHINHO E DOGENES GASPARINI), constitucional o alargamento que a lei 8666/93 faz (art. 1 e art. 119). A Constituio Federal traz um rol de pessoas que esto obrigadas a licitar. Esse rol pode ser ampliado, pois a CF s traz um rol mnimo de um instituto que consagra princpios constitucionais importantssimos (impessoalidade, moralidade) que vo se aplicar no s as pessoas que integram a administrao pblica, mas a todos que tiverem de gerir dinheiro pblico.28PORTAL EDUCAONPodemos ento dividir em trs grupos: 3 GrupoEm face da realizao de contratos de gesto ou termos de parceria, essas organizaes esto sujeitas ao procedimento licitatrio em relao apenas aos recursos que administram oriundos de repasses voluntrios de recursos da Unio (Lei da OS n 9.637/98, art. 17 e Lei da OSCIP n 9.790/99, art. 14). O decreto 5504/05 estabelece a necessidade de observncia do prego eletrnico na hora de contratar para utilizar o dinheiro pblico, com as OS e as OSCIP.Os Servios Sociais Autnomos, integrantes do Sistema S (SESI Servio Social da Indstria; SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial; SEST Servio Social do Transporte; SENAC Servio Nacional de Aprendizagem Comercial; SENAR Servio Nacional de Aprendizagem Rural, SEBRAE Servio Nacional de Apoio s Micro e Pequenas Empresas; SEST Servio Nacional do Transporte; SESC Servio Social do Comrcio e SENAT Servio Nacional de Aprendizagem do Transporte) no esto obrigados a licitar. (Deciso Plenria TCU n. 907/97).29

LICITAO (RESUMO)LEI N 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993PORTAL EDUCAONQUESTESFCC e CESPE321 - FCC - TRE-SP - Analista Judicirio

O Departamento de Estradas de Rodagem - DER, autarquia estadual, contratou, mediante prvio procedimento licitatrio, obras de duplicao de uma rodovia estadual. No curso da execuo das obras, viu-se obrigado a rescindir o contrato, em face da incapacidade tcnica superveniente da contratada, restando, assim, remanescente de obras a serem concludas. De acordo com a Lei n 8.666/1993, o DER

PORTAL EDUCAON331 - FCC - TRE-SP - Analista Judicirio

est obrigado a efetuar novo procedimento licitatrio para a contratao da execuo do remanescente das obras, podendo, contudo, faz-lo sob a modalidade convite, independentemente do valor da contratao.poder declarar a inexigibilidade de licitao, desde que por ato fundamentado da autoridade e comprovado o interesse pblico envolvido, no podendo o preo contratado superar o da licitao anterior, devidamente corrigido.poder contratar o remanescente de obra com dispensa de licitao apenas se comprovar situao de emergncia ou de calamidade pblica, bem como a compatibilidade do preo com os praticados no mercado.est obrigado a efetuar novo procedimento licitatrio, que poder adotar a modalidade prego eletrnico, com a participao dos licitantes do certame que deu origem contratao original, os quais devero apresentar, como primeira proposta, o preo ofertado pelo licitante vencedor, devidamente corrigido. poder dispensar o procedimento licitatrio e contratar o remanescente da obra com licitante habilitado na licitao anterior, desde que atendida a ordem de classificao daquela licitao e aceitas as mesmas condies oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preo, devidamente corrigido.PORTAL EDUCAON342 - FCC - TRE-SP - Analista Judicirio O Estado adquiriu imveis em procedimento judicial (adjudicao em processo de execuo fiscal) e, em razo da natureza dos mesmos, no pretende afet-los finalidade pblica, concluindo, assim, pela utilidade da alienao, de forma a obter recursos financeiros para a aplicao em atividades prioritrias. De acordo, com a Lei no 8.666/1993, a alienao deve ser precedida de

avaliao e licitao na modalidade concorrncia, obrigatoriamente. avaliao e licitao na modalidade concorrncia ou leilo.autorizao legislativa, avaliao e licitao na modalidade prego. autorizao legislativa, que dever estabelecer o preo mnimo de alienao e licitao na modalidade leilo.autorizao legislativa e licitao na modalidade leilo, dispensando-se a avaliao mediante a adoo do valor da avaliao judicial para fins de adjudicao. PORTAL EDUCAON353 - FCC - TRE-SP - Analista Judicirio

O Estado contratou, mediante prvio procedimento licitatrio, a construo de um conjunto de unidades escolares em diferentes localidades. No curso da execuo do contrato, identificou decrscimo na demanda escolar em Municpio no qual seria construda uma das unidades. Diante dessa situao, decidiu reduzir, unilateralmente, o objeto inicialmente contratado, no contando, contudo, com a concordncia da empresa contratada. De acordo com a Lei n 8.666/1993, a contratadaPORTAL EDUCAON363 - FCC - TRE-SP - Analista Judicirio est obrigada a aceitar a supresso quantitativa determinada pela Administrao, desde que no ultrapasse 25% do valor inicial atualizado do contrato.no est obrigada a aceitar a supresso, em face do princpio da vinculao ao edital, exceto quando decorrente de contingenciamento de recursos oramentrios.est obrigada a aceitar a supresso quantitativa determinada pela Administrao, desde que no ultrapasse 50% do valor do contrato, assegurado o direito ao recebimento por materiais j adquiridos e eventuais prejuzos devidamente comprovados. no est obrigada, em nenhuma hiptese, a aceitar a supresso do objeto do contrato, que somente poder ser implementada por acordo entre as partes e observado o limite de 50% do valor inicial atualizado do contrato.poder rescindir o contrato, unilateralmente, desde que comprove que a sua execuo tornou-se economicamente desequilibrada, fazendo jus indenizao por prejuzos comprovados e lucros cessantes.PORTAL EDUCAON374 - FCC - TRE-SP - Analista Judicirio

Diferentes rgos pblicos necessitam adquirir, periodicamente, material hospitalar para o desempenho de suas atividades, no sendo possvel, contudo, estabelecer, a priori, a quantidade exata de cada aquisio e sendo conveniente, em razo dos prazos de validade, a compra parcelada para entregas futuras. De acordo com a legislao que rege as licitaes e contratos pblicos, referidos rgosPORTAL EDUCAON384 - FCC - TRE-SP - Analista Judicirio podero valer-se do Sistema de Registro de Preos, realizando, cada um deles, obrigatoriamente, licitao na modalidade prego.podero valer-se do Sistema de Registro de Preos, ainda que no tenham participado do certame licitatrio, mediante consulta ao rgo gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem.podero valer-se do Sistema de Registro de Preos, mediante a realizao, por apenas um dos rgos, de licitao exclusivamente na modalidade prego. no podero valer-se do Sistema de Registro de Preos, que apenas se aplica a compras para entrega imediata, devendo adotar, cada um deles, a licitao na modalidade prego.somente podero valer-se do Sistema de Registro de Preos se realizarem licitao conjunta, na modalidade concorrncia, indicando os quantitativos pretendidos e o preo unitrio mximo admitido por cada rgo.PORTAL EDUCAON395 - FCC - TRE-SP - Tcnico Judicirio

O Estado instaurou procedimento licitatrio, na modalidade concorrncia, para alienao de imveis considerados desnecessrios para o servio pblico. Ocorre que no acudiram interessados na licitao e a manuteno desses imveis no patrimnio pblico passou a gerar altos custos de manuteno e vigilncia, tornando premente, assim, a sua alienao.Diante dessa situao, de acordo com a Lei n 8.666/1993, o EstadoPORTAL EDUCAON405 - FCC - TRE-SP - Tcnico Judicirio est obrigado a realizar nova licitao, podendo, contudo, adotar a modalidade leilo, na qual poder alienar o imvel por at 50% do valor de avaliao.poder declarar a inexigibilidade de licitao, por inviabilidade de competio, e alienar o imvel diretamente a eventual interessado, por preo de mercado.est obrigado a realizar nova licitao, na modalidade concorrncia, podendo reduzir o preo mnimo do imvel, independentemente de nova avaliao, at o limite de 25%. poder dispensar o procedimento licitatrio para alienar o imvel, desde que comprovado que a repetio da licitao gerar prejuzo para a Administrao, e mantidas todas as condies preestabelecidas.poder dispensar o procedimento licitatrio apenas se comprovar situao de emergncia ou de calamidade pblica que determine a venda forada.PORTAL EDUCAON416 - CESPE - ANAC - Tcnico Administrativo A administrao, diante da necessidade premente de determinado servio tcnico de natureza singular, contratou a empresa de Ricardo L., de notria especializao em auditoria financeira e tributria, sem a realizao de licitao. A partir desse exemplo hipottico, e com base na Lei n. 8.666/1993, julgue os itens a seguir.

Caso a empresa de Ricardo L. preste servios tcnicos de publicidade e divulgao, ainda assim, no seria necessria a realizao de licitao.

( ) Certo( ) Errado

PORTAL EDUCAONX427 - CESPE - ANAC - Tcnico Administrativo

A administrao agiu de acordo com a legislao, sendo inexigvel a licitao quando houver inviabilidade de competio.

( ) Certo( ) Errado

PORTAL EDUCAONX438 - CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle ExternoJulgue os itens seguintes, relativos s licitaes e aos contratos administrativos.O princpio da adjudicao obrigatria ao vencedor a garantia de que a administrao pblica celebrar o contrato com o vencedor do certame.

( ) Certo( ) Errado

PORTAL EDUCAONX449 - CESPE - TCU - Tcnico de Controle ExternoJulgue os itens seguintes, acerca de licitao.Poder o cidado, mesmo no sendo licitante, impugnar edital de licitao pblica que no esteja em conformidade com a lei.

( ) Certo( ) Errado

PORTAL EDUCAONX4510 - CESPE - TCU - Tcnico de Controle ExternoDado que o instrumento convocatrio da licitao no imutvel, pode haver modificaes no edital, entretanto, de acordo com a referida lei, duas condies nunca podem ser alteradas: a de que a divulgao ocorra pela mesma forma que se deu o texto original, e a de que o prazo inicialmente estabelecido seja reaberto.

( ) Certo( ) Errado

PORTAL EDUCAONX46Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal, institui normas para licitaes e contratos da Administrao Pblica e d outras providncias.PORTAL EDUCAONLei n 8.666, de 21 de junho de 1993Direito AdministrativoProf. Mrcio Azevedo

Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-. (Bblia Mt 7:8)4748