resumo historia da arte

8
Resumo de historia da arte Luiza Armanelli Tradição e Inovação: Final do Sec XV na Itália A renascença foi o verdadeiro rompimento com a Idade Média. Na Idade Média a Europa era como se fosse uma coisa só. Os eruditos falavam a mesma língua e a informação rodava.No fim da Idade Média as cidades e seus burgueses eram mais imortantes que os castelos e seus barões. Começou a existir “bairrismo” contra estrangeiros. Os artistas e corporações (atuais sindicatos) zelavam pelo privilégio e direito dos seus membros e assegurar mercado para seus produtos. Dificultavam para artistas estranhos se estabelecer entre eles. Com isso o estilo internacional foi o último estilo transacional que foi visto, pelo menos até o séc 20. A arte se fragmentou em “Escolas” todas as cidades e lugares tinham a sua própria escola de pintura. “Escola” é modo de dizer, um aprendiz iria morar com seu mestre desde cedo, fazendo todo tipo de trabalho até que ia fazendo algum trabalho até poder fazer um trabalho de pintura com seu mestre. Na arquitetura Leon Battista Alberti traduziu o plano gótico para formas clássicas. Um novo programa para uma antiga tradição. Lorenzo Ghiberti era pintor e foi o maior desses mestres, ele não largou totalmente o gótico mas também usa o que há de novo do seu século. Uma técnica usada por ele é que ele não dá idéia do espaço real como fazia Donatello, mas dava apenas a sugestão de profundidade. Paolo Uccello era ficcionado pela perspectiva tanto que ele compromete a naturalidade da cena. Ele não aprenderá ainda a usar os efeitos de luz e sombra. Andrea Mantegna pegou os ensinamentos de Giotto e foi além. Enquanto pnsa em como os homens e mulheres se movimentariam e se comportariam numa situação. Mantegna vai além, pesquisa roupa, lugares, monumentos e movimentos. Segue por onde Masaccio parou, ao contrário de Gozzoli que volta um pouco para o Gótico. Uccello usa a perspectiva como perspectiva pela beleza do efeito em si. Mantegna vai além ele dirige a cena de personagens quase vivos para transmitir o movimento e o desenro vivos para transmitir o movimento e o desenrolar do episódio. Piero Della Francesa, assim como Mantegna, faz lembrar uma cena teatral. Ele dá uma maior importância ao tratamento da luz. Masaccio também se preocupava com a luz, mas o Piero o fez mais claramente, foi o maior herdeiro de Masaccio. Consideramos a evolução da arte mais lenta do que a ciência, pois a descoberta de uma nova técnica incutia em dificultar outra coisa, gerava um novo problema. Por exemplo: no quadro Martírio de São Sebastião de Antonio Pollaiuolo em 1475, ele resolver o problema da composição colocando a cena em forma triangular, utilizando movimento e contra movimento, isso gera outro problema

Upload: luiza-armanelli

Post on 18-Dec-2014

35.645 views

Category:

Career


6 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Resumo Historia da Arte

Resumo de historia da arte

Luiza Armanelli

Tradição e Inovação:

Final do Sec XV na Itália A renascença foi o verdadeiro rompimento com a Idade Média. Na Idade Média a Europa era como se fosse uma coisa só. Os eruditos falavam a mesma língua e a informação rodava.No fim da Idade Média as cidades e seus burgueses eram mais imortantes que os castelos e seus barões. Começou a existir “bairrismo” contra estrangeiros. Os artistas e corporações (atuais sindicatos) zelavam pelo privilégio e direito dos seus membros e assegurar mercado para seus produtos. Dificultavam para artistas estranhos se estabelecer entre eles. Com isso o estilo internacional foi o último estilo transacional que foi visto, pelo menos até o séc 20. A arte se fragmentou em “Escolas” todas as cidades e lugares tinham a sua própria escola de pintura. “Escola” é modo de dizer, um aprendiz iria morar com seu mestre desde cedo, fazendo todo tipo de trabalho até que ia fazendo algum trabalho até poder fazer um trabalho de pintura com seu mestre. Na arquitetura Leon Battista Alberti traduziu o plano gótico para formas clássicas. Um novo programa para uma antiga tradição. Lorenzo Ghiberti era pintor e foi o maior desses mestres, ele não largou totalmente o gótico mas também usa o que há de novo do seu século. Uma técnica usada por ele é que ele não dá idéia do espaço real como fazia Donatello, mas dava apenas a sugestão de profundidade. Paolo Uccello era ficcionado pela perspectiva tanto que ele compromete a naturalidade da cena. Ele não aprenderá ainda a usar os efeitos de luz e sombra. Andrea Mantegna pegou os ensinamentos de Giotto e foi além. Enquanto pnsa em como os homens e mulheres se movimentariam e se comportariam numa situação. Mantegna vai além, pesquisa roupa, lugares, monumentos e movimentos. Segue por onde Masaccio parou, ao contrário de Gozzoli que volta um pouco para o Gótico. Uccello usa a perspectiva como perspectiva pela beleza do efeito em si. Mantegna vai além ele dirige a cena de personagens quase vivos para transmitir o movimento e o desenro vivos para transmitir o movimento e o desenrolar do episódio. Piero Della Francesa, assim como Mantegna, faz lembrar uma cena teatral. Ele dá uma maior importância ao tratamento da luz. Masaccio também se preocupava com a luz, mas o Piero o fez mais claramente, foi o maior herdeiro de Masaccio. Consideramos a evolução da arte mais lenta do que a ciência, pois a descoberta de uma nova técnica incutia em dificultar outra coisa, gerava um novo problema. Por exemplo: no quadro Martírio de São Sebastião de Antonio Pollaiuolo em 1475, ele resolver o problema da composição colocando a cena em forma triangular, utilizando movimento e contra movimento, isso gera outro problema

Page 2: Resumo Historia da Arte

onde os movimentos são rígidos demais dentro da cena e esta, por sua vez, não combina com o fundo. Este tipo de problema, comum para a época, gerou inúmeras reuniões e debates nos ateliês da Europa para tentar uma solução. Mas ao resolver esses problemas, a geração seguinte, foi a que atingiu as maiores alturas na arte italiana. Sandro Botticelli resolveu o problema da geração anterior, o quadro O nascimento de Vênus de 1485, é harmônico, abre mão um pouco da natureza em busca do delicado eterno. Consideramos o início de uma nova era vários fatores: - Giotto (1300) - Brunelleschi (1400) - Uma mudança gradual desses 2 séculos. A função da arte medieval era a de aumentar a beleza e as graças da vida e com a renascença essa função só aumentou. ANÁLISE DE OBRAS: 1) O nascimento de Vênus – Botticelli

Ano: 1485 Técnica: Têmpera sobre Tela Dimensões: 172,5 x 278,5 cm Descrição: É uma pintura alegórica. A figura da direita é a ninfa Pomona,

descendente de uma antiga deusa das árvores frutíferas. À esquerda está Zephyrs. A imagem de Vênus foi tirada de uma antiga estátua, mas seu estilo é linear, sugerindo mais um painel do que uma forma tridimensional. Pele branca: A pele de Vênus é da cor do marfim: um branco com uma tonalidade amarelada e por vezes rósea. A imaculada perfeição do corpo não evoca a pele, mas a superfície de uma estátua. O cabelo: O cabelo de Vênus desenvolve-se em largas ondas que serpenteiam o corpo, vestindo-o. ombros estreitos: ao contrário das estátuas antigas, cujos ombros se apresentam na horizontal, os ombros desta Vênus são invulgarmente estreitos e o pescoço é anormalmente longo. O rosto: Trata-se de um rosto muito jovem, com a boca fechada e olhos claros. Apresenta uma expressão de doce melancolia. A delicadeza dos traços sugere uma bondade moral que purifica a deusa pagã. A postura: A atitude de Vênus inspira-se nas estátuas antigas e, apesar do aparente pudor, com uma mão revela um seio e os cabelos evocam a ideia dos pêlos púbicos, cuja representação estava proibida. O peso está todo para o lado direito o que nos dá uma ideia de leveza. A postura da

Page 3: Resumo Historia da Arte

deusa representa a natureza dual do amor, ao mesmo tempo sensual e casto. Interpretada à luz do neoplatonismo. 2) Batalha de São Romano – Paolo Uccelo

A batalha de San Romano foi encomendada por Lionardo Bartolini Salimbeni, em 1438, è a maior obra-prima de PAolo Uccello, enorme pintor do quattrocento renascentista italiano. O triptico foi pintado em Firenze,com base de tempera e ovo sobre pranchas de madeira de choupo, onde Uccello rompe com a tradicional forma de pintar batalhas. Procurando levar a perpectiva, para o campo de batalha... e consegue-o, levando-a mais alem. Uccello procura levar estas noções de perspectiva da arquitetura para a pintura. Em pimeiro lugar utilizando o padrao do mosaico para dar sensação de profundidade, na batalha de San Romano utiliza as setas partidas e caidas no chão para esse efeito. A obra-prima retrata a batalha entre as tropas mercenarias de Firenze e os militares de Siena aliados aos Milaneses e è composto por tres paineis. Um esta na National Gallery de Londres, outro no Louvre em Paris e o ultimo permanece na Galleria Uffizi em Firenze. Muitos criticos de arte encontram muitas semelhanças entre esta obra de Uccello e a Guernica de Picasso. Principalmente na expressão dos cavalos de Guerra.

Page 4: Resumo Historia da Arte

Realização da Harmonia: Toscana e Roma, início do século XVI Itália de séc. 15 e começo do 16 é o mais famoso período da arte italiana, foi a época de Leonardo Da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael... Essa súbita eflorescência de gênios numa mesma época foi chamada de alta renascença. Antes havia ainda um preconceito ao artista, era mais fácil aceitar um poeta (que usa o cérebro) que um artista que usa as mãos e com o tempo isso foi mudando, porque pequenas cortes que queriam muito a fama, honra, prestigio ou colocar seus nomes na história, encomendavam obras como altares para Igrejas, edifícios, túmulos... ficavam atrás dos grandes mestres para que conseguissem suas encomendas e por consequência fama. Assim os artistas começaram a escolher as encomendas que mais os agradavam e estavam fazendo um favor aceitando-as e não o contrário. O artista fazia o que ele queria, do jeito que ele queria, livrando-se das exigências das encomendas. LEONARDO DA VINCI Leonardo da Vinci o mais velho dos grandes mestres foi aprendiz de Verrochio e foi morar com ele desde pequeno, como era costume na época. Verrochio, por sua vez era “herdeiro” da arte de Donatello e estudou à fundo anatomia, natureza e sentimento empenhados nas suas obras. Leonardo se destacou entre os alunos porque era um gênio de intelecto poderoso sem formação acadêmica erudita e sim um artista florentino. Os eruditos se apoiavam nos autores antigos, mas Leonardo jamais aceitava o que lia sem verificar com os próprios olhos. Ele observava tudo e isso foi a base de sua arte. Também era músico e cientista. Ele escrevia “em espelho” com medo, talvez, de que suas idéias o metessem em encrencas. Um exemplo disso foi que ele antecipou a teoria de que o sol não se movia e era a Terra que girava ao redor dele. A ciência para ele era um meio de estudo para sua arte. Leonardo também lutava para que a pintura se tornasse uma arte liberal, isto é, uma arte como gramática, a lógica e a geometria e não uma arte somente manual, considerada inferior. Ele começava uma obra encomendada e muitas vezes não terminava, porque segundo ele só cabia a ele mesmo quando uma obra estava pronta. Poucas obras de Leonardo foram concluídas, e as concluídas chegaram até nós em péssimas condições de conservação. Na obra “Santa Ceia” há movimento, teatralidade, drama, ele realmente interpreta um movimento e pensa “como esse movimento teria acontecido” e como cada apóstolo reagiu. Por mais que os pintores estudassem a natureza, a anatomia humana e seus detalhes, as pessoas em seus quadros pareciam duras como estátuas, Leonardo foi o primeiro a resolver este problema. Deixando os contornos sem muita definição, ele deixa sempre alguma coisa para o espectador completar. Esse efeito era o “esfumaçado” onde os contornos não eram definidos. Por isso a Monalisa (Gioconda) era tão elogiada, ela parece que está viva, ela parece misteriosa, pois como ela não está rigidamente definida, cada observador a

Page 5: Resumo Historia da Arte

completa como “achar melhor” por isso temos a impressão de que ela muda a expressão quando a olhamos e depois olhamos novamente. O esfumaçado deixa algo para alimentarmos a nossa imaginação. A expressão de um desenho de rosto está no contorno da boca e de olhos e foi exatamente essa parte que Leonardo deixou deliberadamente indistinta. Outros detalhes também ajudam no mistério, o fundo de um lado e do outro são diferentes, os lados dela também não correspondem um com o outro. ANÁLISE DE OBRAS:

1) A santa Ceia – Leonardo da Vinci

A Santa Ceia (em italiano L'Ultima Cena e também Il Cenacolo) é uma pintura de Leonardo da Vinci para de seu protetor, o Duque Lodovico Sforza. Representa a cena da última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser preso e crucificado como descreve a Bíblia. É um dos maiores bens conhecidos e estimados do mundo. Ao contrário de muitas pinturas valiosas, nunca foi possuída particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem, já que esta pintada sobre a parede do refeitorio do convento. Técnica: Parcialmente pintada na forma tradicional de um afresco com pigmentos misturados com gema de ovo ao reboco úmido incluindo também um veículo de óleo ou verniz. Da Vinci testou uma nova técnica à solução das tintas com predominância da têmpera, não sendo muito feliz. Não foi testada suficientemente, não se ajustando as condições climáticas da região e antes que o painel estivesse pronto, apareceram pontos deteriorados que se agravaram durante os anos. A umidade natural da parede, diluindo as tintas, vem causando danos a esta obra-prima. Descrição: Quando o Leonardo escolhe essa pintura, que está baseada em João 13:21, no qual Jesus anuncia aos doze apóstolos que alguém, entre eles, o trairia. Essa pintura, na história evangélica, é considerada a mais dramática de todas. Ao centro, o Cristo é representado com os braços abertos, em um gesto de resignação tranqüila, formando o eixo central da composição. São representadas as figuras dos discípulos em um ambiente que, do ponto de vista de perspectiva, é exato. Personagens: Os apóstolos se agrupam em quatro grupos de três, deixando Cristo relativamente isolado ao centro. Da esquerda para a direita (do ponto de vista de quem está diante da pintura), segundo as cabeças, estão no primeiro grupo:

Page 6: Resumo Historia da Arte

Bartolomeu, Tiago Menor e André; no segundo grupo Judas Iscariotes (cabelo e barba negra), Simão Pedro e João, este o único imberbe do grupo; Cristo ao centro; Tomé, Tiago Maior e Filipe (este também imberbe) e no quarto grupo estão Mateus (aparentemente com barba rala), Judas Tadeu e Simão Cananeu também chamado de Simão, o Zelote, por último. Estas identificações provêm de um manuscrito autógrafo de Leonardo encontrado no século XIX.A história de Maria Madalena, não passa de um mito, ou uma história inventada pelo pintor Dan Brown.Não existem comprovações históricas de que Da Vinci teria tido tal intenção ao pintar o quadro.

2) Monalisa – Da Vinci

Monalisa é a mais notável e conhecida obra do pintor italiano Leonardo da Vinci. É nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do sfumato. O quadro apresenta uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O seu sorriso restrito é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador. Seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo.Este quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão, o quadro mais famoso de todo o mundo. Poucos outros trabalhos de arte são tão controversos, questionados, valiosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos.Leonardo começou o retrato em 1503 e terminou-o três ou quatro anos mais tarde. A pintura a óleo sobre madeira de álamo encontra-se exposta agora no Museu do Louvre, em Paris, e é a maior atração do museu. Análise: A Mona Lisa determinou um padrão para retratos futuros. O retrato apresenta o seu modelo visto apenas acima do busto, com uma paisagem distante visível em plano de fundo. Leonardo usou uma composição em pirâmide, onde a modelo surge no centro com uma expressão calma e serena. A mãos dobradas encontram-se no centro da base piramidal, refletindo a mesma luz que lhe ilumina o pescoço e face. Esta luminosidade estudada dá às superfícies vivas uma geometria subjacente de esferas e círculos, que acentua o arco de seu sorriso famoso. Sigmund Freud interpretou 'o sorriso' como uma atracção erótica subjacente de Leonardo para com a sua mãe; outros descreveram o sorriso como inocente, convidativo, triste ou mesmo lascivo. Os sorrisos de interpretação dúbia eram uma

Page 7: Resumo Historia da Arte

característica comum dos retratos durante o tempo de Leonardo. Detalhe da face, mostrando o efeito subtil do sfumato, particularmente nas sombras em torno dos olhos.Muitos investigadores tentaram explicar por que o sorriso é de forma tão diferente para diferentes culturas. As explicações são diversas e variam desde teorias científicas sobre a visão humana a suposições sobre a identidade de Mona Lisa e seus sentimentos. A professora Margaret Livingstone da Universidade de Harvard arguiu que a percepção do sorriso é adquirida através de frequências visuais baixas, o que torna visível através da visão periférica. [11] Christopher Tyler e Leonid Kontsevich do Instituto Smith-Kettlewell para a Investigação do Olho (São Francisco) acreditam que a natureza em mudança do sorriso é causada por níveis variáveis do ruído aleatório no sistema visual humano. [12] O historiador Maike Vogt-Luerssen discute que Isabel de Aragão (considerada como modelo) era infeliz porque o seu marido era alegadamente impotente, alcoólatra e propenso à agressão física. Isabel descreveu-se como A mais infeliz esposa do mundo. Um algoritmo de computador desenvolvido na Holanda pela Universidade de Amsterdã, em colaboração com a Universidade de Illinois nos Estados Unidos, descreveu o sorriso de Mona Lisa como uma mulher 83% feliz, 9% enjoada, 6% atemorizada e 2% incomodada. Embora utilizando uma fórmula aparentemente simples, a síntese expressiva que Leonardo conseguiu entre modelo e paisagem tornou este trabalho uma das mais populares e analisadas pinturas de todos os tempos. As curvas sensuais do cabelo e da roupa da mulher, criadas completamente através de sfumato, encontram eco nos rios ondulantes da paisagem subjacente. A harmonia total conseguida no quadro, visível especialmente no sorriso, reflecte a unidade entre Natureza e Humanidade que era parte importante da filosofia pessoal de Leonardo. Em segundo plano, a paisagem estende-se às montanhas geladas e inclui caminhos ondulantes e uma ponte que dão indicação de presença humana. Os contornos desfocados, a figura graciosa, os contrastes dramáticos entre claro e escuro que se traduzem em serenidade são característicos do estilo de Leonardo. A pintura foi um dos primeiros retratos a descrever o modelo no seio de uma paisagem imaginária. Uma característica interessante da paisagem é a sua desigualdade. À esquerda da figura, a paisagem é visivelmente mais baixa do que à direita. Isto levou alguns críticos a sugerir que este elemento foi adicionado mais tarde. A pintura foi restaurada numerosas vezes. Exames de raio X mostraram que há três versões escondidas sob a actual. O revestimento em madeira mostra sinais de deterioração numa taxa mais elevada do que se pensou previamente, causando preocupação dos curadores do museu sobre o futuro da pintura.

Page 8: Resumo Historia da Arte