resumo do príncipe

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  • 8/10/2019 Resumo Do Prncipe

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    Autor: Machiavelli, Niccol Di Bernardo(1469,1527)

    (Traduo de Candida Sampaio Bastos)

    Obra: O Prncipe

    Local de publicao do texto: So Paulo - SP

    Editora: Golden Books

    Ano de publicao: 2008

    Nmero de pginas: 255

    Gnero: Assemelha-se a um manual de poltica (cincia poltica)

    Em sua obra O Prncipe, Niccol Di Bernardo Machiavelli

    (Maquiavel) se detm em classificar os diversos tipos de principados e

    analisar fatos notrios ocorridos ao longo da histria, de modo a servir de

    argumentos a suas teses de como deve ser a conduta do prncipe face

    atualidade de seu tempo.

    O Prncipe, livro dado a Lorenzo de Mdice como um presente,

    consiste de um manual de conselhos prticos, o qual envolve experincia e

    reflexes do autor. Maquiavel analisa a sociedade de maneira fria e

    calculista e no se intimida quanto ao carter de seus conselhos, quando

    trata de como obter e sustentar o poder. Tal audcia pode ter sido o motivo

    de ter sido preso e torturado sob acusao de conspirao em 1512.

    A obra dividida em 26 captulos, que podem ser agregados em

    cinco partes, a saber:

    Captulo I a XI:anlise dos diversos grupo de principados e meios de

    obteno e manuteno destes;

    Captulo XII a XIV: discusso da anlise militar do Estado;

    Captulo XV a XIX: estimativas sobre a conduta de um Prncipe;

    Captulo XX a XXIII: conselhos de especial interesse ao Prncipe;

    Captulo XXIV a XXVI: reflexo sobre a conjuntura da Itlia sua poca

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    Na primeira parte (cap.I a XI), Maquiavel mostra, atravs de claros

    exemplos, a importncia do exrcito, a dominao completa do novo

    territrio atravs de sua estadia neste; a necessidade da eliminao do

    inimigo que no pas dominado encontrava-se e como lidar com as leis pr-

    existentes sua chegada; o consentimento da prtica da violncia e de

    crueldades, de modo a obter resultados satisfatrios, onde se encaixa

    perfeitamente seu to famoso postulado de que os fins justificam os

    meios como os pontos maisimportantes.

    J na segunda (cap.XII ao XIV), reflete sobre os perigos e

    dificuldades que tem o Prncipe com suas tropas, compostas de foras

    auxiliares, mistas e nacionais, e destaca a importncia da guerra para com

    o desenvolvimento do esprito patritico e nacionalista que vem a unir os

    cidados de seu Estado, de forma a torn-lo forte.

    Do captulo XV ao XIV, v-se a necessidade de certa versatilidade

    que deve adotar o governante em relao ao seu modo de ser e de pensar

    a fim de que se adapte s circunstncias momentneas-qualidades, emcertas ocasies, como afirma o autor, mostram-se no to eficazes quanto

    osdefeitos, que, nesse caso, tornam-se prprias virtudes; da temeridade

    dele perante a populao afeio, como medida de precauo revolta

    popular, devendo o soberano apenas evitar o dio; da utilizao da fora

    sobreposta lei quanto disso dependeram condies mais favorveis ao seu

    desempenho; e da sua boa imagem em face aos cidados e Estados

    estrangeiros, de modo a evitar possveis conspiraes.

    Em seguida, constata-se um questionamento da utilidade das

    fortalezas e outros possveis meios de proteo ao Prncipe; o modo em que

    encontrar mais serventia em pessoas que originalmente lhe apresentavam

    suspeitas em contrapartida s primeiras que nele depositavam confiana;

    como deve agir para obter confiana e maior estima entre seus sditos; a

    importncia da boa escolha de seus ministros; e uma espcie de guia sobre

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    o que fazer com os conselhos dados, estes, raramente teis, quando se

    considera o interesse oculto de quem os d.

    Na ltima parte, que abrange os trs captulos finais, Maquiavel

    foge de sua anlise propriamente maquiavlica na forma de um apelo

    famlia real, de modo que esta adote resolues em favor da libertao da

    Itlia, dominada ento pelos brbaros.

    Concluso do autor

    Percebe-se que Maquiavel, concluiu ser tamanha a complexidade

    organizacional de um Estado, que se justifica recorrer a todo e qualquer

    meio, justo ou injusto, da repblica tirania, inclusive recorrendo-se a

    aes criminosas, para ter-se como consequncia no um pas justo no

    sentido prprio da palavra- ao menos no se julga, habitualmente, haver

    uma possibilidade de fazer-se justia com relao a todos os integrantes de

    uma sociedade ou grupo de extenso considervel, j que os interesses so

    os mais variados-, mas estvel, governvel e prprio de orgulho por suas

    partes e, principalmente, de respeito perante as demais naes, o que

    certamente propiciaria um meio sadio e mais tranquilo de viver-se, tanto ao

    Prncipe quanto aos seus seguidores.