resumo dirieto administrativo

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RESUMO PARA CONCURSOS DIRIETO ADMINISTRATIVO Esse ramo do Direito regula o chamado regime jurídico administrativo, que pode ser definido como o conjunto harmônico de princípios e normas que regem os bens, os órgãos, os agentes e a atividade administrativa, o qual visa realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. Regime Jurídico Administrativo: Tem como base os princípios da SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO sobre o interesse privado e a INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO. O Poder Público age em três grande atividades: Legislativa: é a elaboração das leis; Administrativa: é a execução direta e concreta da lei; Jurisdicional: é a aplicação da lei mediante provocação, com fito de compor conflitos de interesse caracterizados por pretensões resistidas. Princípios do Direito Administrativo 1. Supremacia do interesse público sobre o interesse privado : Parte da ideia de que o fim do Estado é o bem comum, e não o individual. Essa supremacia pode ser verificada nas seguintes prerrogativas: a) presunção de legalidade dos atos administrativos; b) prazos maiores no processo civil; c) prazo prescricional menor contra o Estado; d) imperatividade, exigibilidade, coercibilidade e autoexecutoriedade de boa parte dos atos administrativos.

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Resumo de Direito Administrativo para Concursos

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RESUMO PARA CONCURSOS

DIRIETO ADMINISTRATIVO

Esse ramo do Direito regula o chamado regime jurídico administrativo, que pode ser definido como o conjunto harmônico de princípios e normas que regem os bens, os órgãos, os agentes e a atividade administrativa, o qual visa realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.

Regime Jurídico Administrativo:

Tem como base os princípios da SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO sobre o interesse privado e a INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO.

O Poder Público age em três grande atividades:

Legislativa: é a elaboração das leis; Administrativa: é a execução direta e concreta da lei; Jurisdicional: é a aplicação da lei mediante provocação,

com fito de compor conflitos de interesse caracterizados por pretensões resistidas.

Princípios do Direito Administrativo

1. Supremacia do interesse público sobre o interesse privado : Parte da ideia de que o fim do Estado é o bem comum, e não o individual. Essa supremacia pode ser verificada nas seguintes prerrogativas: a) presunção de legalidade dos atos administrativos; b) prazos maiores no processo civil; c) prazo prescricional menor contra o Estado; d) imperatividade, exigibilidade, coercibilidade e autoexecutoriedade de boa parte dos atos administrativos.

2. Indisponibilidade do Interesse Público : decorre da ideia de República (coisa de todos). Ele indica que os interesses públicos não podem ser objeto de disposição, devendo o Poder Público velar por sua proteção e promoção.

3. Legalidade : Esse princípio pode ser conceituado como aquele pelo qual a Administração Pública só pode fazer o que a lei determinar ou permitir. Encontramos exceções a este princípio: a) duas estão no art. 84, VI, da CF, a primeira diz que o chefe do Executivo poderá, por decreto, fazer algo que somente a lei poderia fazer, dispor sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar

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aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, a segunda permite dispor sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; b) outra exceção é a medida provisória, que está no artigo 62 da CF, que apesar de não ser lei, tem força de lei.

4. Impessoalidade : Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe tratamento igualitário às pessoas, respeito à finalidade e também a ideia de que os atos dos agentes públicos devem ser imputados diretamente à Administração Pública e nunca à pessoa do Agente. Repare que o princípio tem três comandos: a) impõe igualdade de tratamento; b) impõe respeito ao princípio da finalidade; c) impõe neutralidade do agente que não pode fazer autopromoção.

5. Moralidade Administrativa : Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe obediência à ética da Administração, consistente no conjunto de preceitos da moral administrativa, como o dever de honestidade, lealdade, boa-fé e probidade. Dentro do tema do princípio da moralidade, vale fazer referência a outros institutos jurídicos relacionados como: a) improbidade administrativa, que consiste na imoralidade administrativa qualificada pelo prejuízo ao erário, pelo enriquecimento ilícito, ou pela ofensa aos princípios da administração pública; b) o instituto da ação popular, que é cabível para anular ato que atente contra a moralidade administrativa.

6. Publicidade : Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe ampla divulgação dos atos oficiais, para conhecimento público e início dos efeitos externos do ato. O conceito apresentado revela que o princípio tem dois grandes sentidos: a) garantir que todos tenham conhecimento das coisas que acontecem na Administração Pública; b) garantir que os atos oficiais só tenham efeitos externos após sua publicação. É importante reforçar a ideia de que a publicidade dos atos oficiais é requisito de eficácia dos atos administrativos, e não requisito de existência ou de validade destes. O princípio da publicidade tem exceções, admite o sigilo dos atos oficiais: a) para a defesa da segurança da sociedade e do Estado; b) em investigações policiais; c) para o resguardo da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.

7. Eficiência : Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe o dever de a administração Pública atender satisfatoriamente às necessidades dos administrados, bem como de o administrador público fazer o melhor, como profissional, diante dos meios de que dispõe. Para concretizar o princípio da eficiência, a EC19/98, trouxe o requisito de

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avaliação especial de desempenho para adquirir a estabilidade e avaliações periódicas de desempenho posteriormente, podendo ser exonerado o servidor que não for aprovado em qualquer delas (art. 41, §1º, III, da CF).

8. Segurança jurídica: Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe a exigência de maior estabilidade nas relações jurídicas de forma a se atender o ao interesse público. Está implícito no art. 5º, XXXVI, da CF, pelo qual a lei não pode prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. O princípio da segurança jurídica tem as seguintes consequências: a) permite a convalidação de atos anuláveis, ou seja, de atos que podem ser repetidos sem o vício que os inquinava; b) permite a conversão de atos nulos em atos de outra categoria, na qual serão válidos; c) permite a manutenção de atos nulos expedidos há muito tempo, desde que haja excepcionalíssimo interesse público; d) proíbe a aplicação retroativa de nova interpretação por parte da administração pública; e) protege expectativas legítimas de promessas firmes; f) protege a garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da CF; g) os valores recebidos de boa-fé pelo servidor público, quando pagos indevidamente pela Administração Pública em função de interpretação equivocada de lei, não devem ser devolvidos.

9. Princípio da razoabilidade: Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe o dever de agir dentro de um padrão normal, evitando-se negligência e excesso e atuando deforma compatível entre os meios e fins previstos na lei. O princípio somente tem incidência em relação a atos discricionários, não incidindo em relação a atos vinculados, tem como maior consequência a redução da margem de liberdade do administrador, que deve aferir a razoabilidade a ser empregada na sua conduta segundo os valores do homem médio e não segundo critérios personalíssimos. Uma dúvida muito frequente é se o princípio da razoabilidade é sinônimo do princípio da proporcionalidade: Na prática, costuma-se usar a expressão proporcionalidade para situações que envolvem medida, quantidade. Por exemplo, se uma multa poderia variar em R$100,00 a R$1.000,00, e acaba sendo fixada em R$ 1.000,00, diz-se que houve violação ao princípio da proporcionalidade. A expressão razoabilidade acaba sendo utilizada para outra situações que não envolvem questão matemática.

10. Princípio da motivação: Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe ao administrador público o dever de indicar, prévia ou contemporaneamente, os pressupostos de fato e de direito que determinam a decisão ou

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o ato, de forma explícita, clara e congruente. Uma dúvida muito comum é se a obrigatoriedade de motivação é regra ou exceção. A pergunta tem pertinência, pois o art. 50 da Lei 9.784/99 traz um rol de casos em que a motivação é necessária. Com isso, para alguns, ela só seria obrigatória quando a lei determinar. Porém não se deve esquecer que a motivação é um princípio e, como tal, é uma norma que tem hierarquia material em relação a algumas regras, como a mencionada acima. Não bastasse isso, o rol de casos em que a motivação é obrigatória é tão amplo que se pode afirmar: a regra é que os atos administrativos que afetem direitos devem ser motivados. Nos atos discricionários, a falta de motivação gera necessariamente sua invalidação, salvo quando a lei expressamente dispensar a motivação. A “motivação aliunde”: consiste na declaração de concordância com os fundamentos apresentados em outra manifestação anteriormente expedida, é admitida e largamente utilizada pela Administração Pública.

11. Princípio da Autotutela: Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe o dever de a Administração Pública anular seus próprios atos, quando eivados de vício de ilegalidade, e o poder de revoga-los, por motivo de conveniência e oportunidade respeitados os direitos adquiridos. Diante da ilegalidade, fala-se em dever (ato vinculado) de anular. E que diante de motivo de conveniência e oportunidade, fala-se em poder (ato discricionário) de revogar. O nome do princípio remete à ideia de que a Administração Pública agirá sozinha, ou seja, sem ter que levar a questão ao Poder Judiciário.

12. Princípio do controle judicial dos atos administrativos: Esse princípio pode ser conceituado como aquele que impõe que todo ato administrativo seja passível de controle por parte do Poder Judiciário, ainda que se trate de ato discricionário, desde que esse controle se atenha aos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade. Tal controle se justifica pelo fato de estarmos num Estado de Direito como por que existe o princípio da universalidade da jurisdição.

13. Outros princípios: a) FINALIDADE impõe à Administração que só pratique atos voltados ao interesse público; b) ESPECIALIDADE ligado à descentralização administrativa, impõe que as pessoas jurídicas criadas pelo Estado atuem de acordo com a finalidade definida em lei; c) CONTROLE OU TUTELA ligado ao princípio da especialidade, impõe que a Administração Direta fiscalize os entes que tiver criado, com o objetivo de garantir a observâncias de suas finalidades legais; d) CONTINUIDADE impõe que os serviços públicos não sejam interrompidos; e) PRINCÍPIO DA

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GENERALIDADE, o serviço deve beneficiar o maior número possível de indivíduos

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Em sentido formal (amplo), Administração Pública é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos fins do Governo. É o governo (órgãos políticos) + os órgãos da administração pública.

Em sentido material (estrito), Administração Pública é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral (órgãos administrativos).

Em sentido operacional, é o desempenho sistemático dos serviços estatais.

Conceitos básicos sobre a organização da Administração Pública:

Pessoas jurídicas estatais, são entidades integrantes da estrutura do Estado e dotadas de personalidade jurídica, ou seja, de aptidão genérica para contrair direitos e obrigações.

Órgãos Públicos, são centros de competência integrantes das pessoas estatais instituídos para o desempenho das funções públicas por meio de agentes públicos. São, portanto, parte do corpo (pessoa jurídica).

Teoria do órgão: Todo ato de um órgão é imputado diretamente à pessoa jurídica da qual é integrante, assim como todo ato de agente público é imputado diretamente ao órgão ao qual pertence. Deve-se ressaltar, todavia, que a representação legal da entidade é atribuição de determinados agentes, como o Chefe do Poder Executivo e os Procuradores.

Classificação dos órgãos públicos:

Quanto à posição:a) Órgãos Independentes: são os originários da Constituição e

representativos dos Poderes do Estado (Legislativo, Executivo, Judiciário); aqui estão todas as corporações legislativas, chefias de executivo e tribunais e juízo singulares;

b) Órgãos Autônomos: são os que estão na cúpula da Administração, logo abaixo dos órgãos independentes, tendo autonomia administrativa, financeira e técnica, segundo as diretrizes dos órgãos a eles superiores; aqui estão os

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Ministérios, as Secretarias Estaduais e Municipais, a AGU, dentre outros;

c) Órgãos superiores: são os que detêm poder de direção quanto aos assuntos de sua competência, mas sem autonomia administrativa e financeira, tais como os gabinetes, as procuradorias judiciais, os departamentos, as divisões, dentre outros;

d) Órgãos subalternos: são os que se acham na base da hierarquia entre órgãos, tendo reduzido poder decisório, com atribuições de mera execução, tais como as portarias e as seções de expediente.

Quanto à estruturaa) Simples ou unitários, constituídos por um só centro de

competência;b) Compostos, constituídos pelo conjunto de outros órgãos

menores, com atividades-fim idênticas ou auxiliares. Ex. Ministério da Saúde.

Quanto à atuação funcionala) Singulares ou unipessoais, são os que atuam por um único

agente. Ex. Presidência da República;b) Colegiados ou pluripessoais, são os que atuam por

manifestação da vontade de seus membros. Ex. corporações legislativas, tribunais e comissões.

Desconcentração e Descentralização:

Desconcentração: é a distribuição interna de atividade administrativa, de competências. Ocorre de órgão para órgão da entidade. Ex. competência no âmbito da Prefeitura, que poderia estar totalmente concentrada no órgão Prefeitura Municipal, mas que é distribuída internamente às Secretarias Municipais.

Descentralização: é a distribuição externa de atividades administrativas, que passam a ser exercidas por pessoa ou pessoas distintas do Estado. Dá-se de pessoa jurídica para pessoa jurídica como técnica de especialização. Ex. criação de autarquia para titularizar e executar um dado serviço público, antes de titularidade do ente político que o criou. A descentralização pode ser de duas espécies:

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a) Descentralização por serviço: a lei atribui ou autoriza que outra pessoa detenha a titularidade e execução do serviço, nesse caso é necessária lei, sendo uma outorga do serviço.

b) Descentralização por colaboração: o contrato ou ato unilateral atribui a outra pessoa a execução do serviço, a delegação aqui se dá por contrato, não sendo necessária lei; o particular colabora, recebendo a execução do serviço e não a titularidade deste; aqui, fala-se também em delegação do serviço e o caráter é transitório.

Administração Direta:

Compreende os órgãos integrados no âmbito direto das pessoas políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Repare que todos os órgãos dos entes políticos fazem parte da Administração Direta, de modo que a prefeitura, a câmara dos vereadores, os tribunais judiciais, os tribunais de contas, o ministérios público, dentre outros, são parte integrante da administração, já que são órgãos, e não pessoas jurídicas criadas pelos entes políticos.

Administração Indireta:

Compreende as pessoas jurídicas criadas pelo Estado para titularizar e exercer atividades públicas (autarquias, fundações públicas, agências reguladoras e associações públicas) e para agir na atividade econômica ou em atividades não típicas de Estado (empresas públicas, sociedades de economia mista, fundação privada criada pelo Estado e consórcios públicos de direito privado).

Pessoas Jurídicas de Direito Público:

São os entes políticos e mais as autarquias e fundações públicas, uma vez que todas essas pessoas são criadas para exercer típica atividade administrativa, o que impõe que tenham, de um lado, prerrogativas de direito público, e, de outro, restrições de direito público, próprias de quem gere coisa pública. São espécies de pessoas jurídicas de direito público: autarquias, fundações públicas, agências reguladoras e associações públicas (consórcios públicos de direito público).

Pessoas Jurídicas de Direito Privado Estatais:

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Criadas para exercer atividade econômica e atividades não típicas de Estado, devendo ter os mesmos direitos e restrições das demais pessoas jurídicas privadas, em que pese tenham algumas restrições adicionais, pelo fato de terem sido criadas pelo Estado. São espécies de pessoas jurídicas de direito privado estatais as seguintes: empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações privadas criadas pelo Estado e consórcios públicos de direito privado.

Hierarquia:

Consiste no poder que um órgão superior tem sobre outro inferior, que lhe confere, dentre outras prerrogativas, uma ampla possibilidade de fiscalização dos atos do órgão subordinado.

Controle, Tutela, ou Supervisão Ministerial:

Consiste no poder de fiscalização que a pessoa jurídica política tem sobre a pessoa jurídica que criou, que lhe confere tão somente a possibilidade de submeter a segunda ao cumprimento de seus objetivos globais, nos termos que dispuser a lei.

ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

Autarquias

SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

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III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4o do artigo 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;XI – a remuneração, os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

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XV – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado:

a) Se ultrapassar o teto do inciso XI deste artigo;b) Caso os acréscimos pecuniários sejam computados ou

acumulados conforme o inciso XIV deste artigo;c) No caso de acréscimos e gratificações ao valor do subsídio,

conforme artigos 39, § 4º;d) Questões relacionadas à cobrança de tributos, conforme artigo

150, II, 153, III, e 153, § 2o, I;XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:a) a de dois cargos de professor;b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público;XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação ; XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações;XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.§ 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou

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imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.§ 2º. A não observância do concurso para contratação de servidor e o respeito a ordem e ao prazo do concurso, implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.§ 3º. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo;III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.§ 4º. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.§ 5º. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.§ 6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.§ 7º. A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.§ 8º. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:I – o prazo de duração do contrato;II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;III – a remuneração do pessoal.§ 9º. O limite de remuneração disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do artigo 40 ou dos artigos 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e

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os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;II – investido no mandato de Prefeito será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicadaa norma do inciso anterior;IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.§ 1º. A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;II – os requisitos para a investidura;III – as peculiaridades dos cargos.§ 2º. A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos

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para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. § 3º. Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no artigo 7o, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

a) Inspeções e auditorias de natureza contábil e financeira pelo congresso;

b) Prestar informações ao congresso;c) Multa proporcional ao dano ao erário;d) Prazo para cumprir a lei quando incorrer em ilegalidade;

§ 4º. O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, X e XI.§ 5º. Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, XI.§ 6º. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.§ 7º. Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.§ 8º. A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4o. (subsídio)

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.§ 1º. Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3o e 17:I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

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II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; Aposentadoria integral:

a) 60 idade e 35 de contribuição para homensb) 55 idade e 30 de contribuição mulheresc) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de

idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

d) Obs. Professor com contribuição exclusiva em cargos do ensino fundamental e médio terão diminuição de 5 anos na contagem dos tempos.

§ 2º. Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.§ 3º. Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.§ 4º. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:I – portadores de deficiência;II – que exerçam atividades de risco;III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou integridade física.§ 5º. Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.§ 6º. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.§ 7º. Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual:I – ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou

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II – ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.§ 8º. É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.§ 9º. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.§ 11. Aplica-se o limite fixado no artigo 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201.§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.

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§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3o serão devidamente atualizados, na forma da lei.§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1o, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1o, II.§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3o, X.§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.§ 1º. O servidor público estável só perderá o cargo:I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.§ 2º. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. § 3º. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.§ 4o Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

DISPOSIÇÃO DA LEI 8964 SOBRE OS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVAS QUE ATENTAM CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

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        “Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

        I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;

        II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

        III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;

        IV - negar publicidade aos atos oficiais;

        V - frustrar a licitude de concurso público;

        VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; (...)

Autonomia gerencial/ Princípio da Eficiência

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes

III - a remuneração do pessoal.

BENS PÚBLICOS

São bens públicos: Os de domínio nacional pertencentes à pessoas jurídicas de direito público interno. Estão divididos em:

1. Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. São bens inalienáveis.

2. Os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, municipal, inclusive os de suas autarquias. São bens inalienáveis.

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3. Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Podem ser alienados, observado as exigências em lei.

Obs.: O uso dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertença.

Artigo 17 da lei 8.666/93: A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I – Quando imóveis dependerá de autorização legislativa, dispensada esta nos seguintes casos: a) dação em pagamento; b) doação para outro ente da Administração Pública; c) permuta por outro imóvel; d) investidura; e) venda à outro órgão da AdmP.; f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da AdmP.; (imóveis de uso comercial com área até 250m², inseridos em programas de regularização fundiária); (terras públicas rurais da União na Amazônia legal até 15 módulos fiscais ou 1.500ha, para fins de regularização fundiária).

II – Quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: a) doação para fins de uso de interesse social; b) permuta entre órgãos da AdmP.; c) venda de ações na bolsa; d) títulos; e) bens produzidos ou comercializados por órgãos da AdmP., em virtude de suas finalidades; f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos da AdmP., sem utilização previsível por quem deles dispõe.

Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% do valor do ímovel.

Os bens imóveis da AdmP, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras: a) avaliação dos bens alienáveis; b) comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; c) adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.

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Princípios da lei 9784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da AdmP Federal

A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

É vedada à Administração Pública a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação evocação legalmente admitidos.

Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Isto também se aplica à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

O que não pode ser objeto de delegação é:

I – edição de atos de caráter normativo;

II – a decisão de recursos administrativos;

II – as matérias de competências exclusiva do órgão ou autoridade.

Sobre o ato de delegação: Deve ser publicado no meio oficial; especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva d exercício da atribuição delegada; é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante; deve mencionar explicitamente a qualidade de atribuição delegada; consederar-se-ão editadas pelo delegado.

Avocação: Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial.

DA DESCENTRALIZAÇÃO

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        Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada.

        § 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:

        a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução;

        b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;

        c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.

Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada.

ATOS ADMINISTRATIVOS

Anulação, Revogação e Convalidação

A administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

O direito da Administração de anular os atos administrativo de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.

Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.

Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

De acordo com a súmula 473 do STF, a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de

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conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Decreto-lei 200/67

Administração Pública Indireta

I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

        II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. 

        III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. A Sociedade de Economia Mista, quando a atividade for submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, em caráter permanente.

        IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. As Fundações Públicas adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.

O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes deste artigo.

Segundo disposição no artigo 109 da CF, a competências para processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autores, rés, assistentes ou oponentes, é dos juízes federais, exceto na falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.

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LICITAÇÕES

Artigo 37, XXI, da CF: Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, fixação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Lei 8.666/93: Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Para os fins deste lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidade da AdmP e particulares, em que haja um acordo de vontade para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.

Licitação: a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Serviço: é toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a AdmP, tais como demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnicos-profissionais.

Compra: é toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente.

Alienação: toda transferência de domínio de bens a terceiro.

Obras, serviços e compras de “grande vulto”: aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 vezes o valor definido para concorrência para obras e serviços de engenharia que é de 1,5mi (37,5mi).

Seguro-garantia: o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos.

Execução direta: a que é feita pelos órgãos da AdmP pelos próprios meios.

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Execução indireta: a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:

a) Empreitada por preço global: quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

b) Empreitada por preço unitário: quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

c) Tarefa: quando se ajusta mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

d) Empreitada integral: quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

Projeto Básico: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras, ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.

Projeto Executivo: conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da ABNT.

Serviços Técnicos Profissionais Especializados: Para fins desta lei, considera-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:

I – estudos técnicos, planejamento e projetos básicos ou executivos;

II – pareceres, perícias e avaliações em geral;

III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;

IV – fiscalização, supervisão, ou gerenciamento de obras ou serviços;

V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;

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VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

Os contrato para prestação de serviços técnicos especializados deverão, ser celebrados preferencialmente, mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração, salvo nos casos de inexigibilidade de licitação.

Das Licitações:

São modalidades de licitação:

1) Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. [para obras acima de 1,5mi e compras e serviços acima 650mil]. A concorrência é cabível qualquer que se seja o valor do objeto

2) Tomada de preços: é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observadas a necessária qualificação. A administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos que comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação. [para obras de até 1,5mi e compras e serviços até 650mil].

3) Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 pela unidade administrativa, a qual fixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados com antecedência mínima de 24 horas da apresentação das propostas. Existindo na praça mais de 3 possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a no mínimo mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. Quando por limitação do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo (3) de licitantes, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite. [para obras até 150mil e compras e serviços até 80 mil].

4) Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital

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publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias.

5) Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração pública ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de vens imóveis prevista no artigo 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

A dispensa de licitação se dará nos seguintes casos:

I – para obras e serviços de engenharia até o valor de 15mil, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra;

II – para outros serviços ou compras até o valor de 8mil;

III – nos casos de guerra ou grave perturbação à ordem;

IV – nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizadas a urgência para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência, calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;

V – quando não tiver interessados à licitação, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para Administração;

VI – para intervir no domínio econômico regulando os preços ou para normalizar o abastecimento;

VII – Quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superior ao do mercado, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais, persistindo a situação será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços ou dos serviços;

VIII – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia.

(...)

Inexigibilidade de Licitação: ocorre quando houver inviabilidade de competição, em especial; a) para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por representante exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro comercial local, Sindicato patronal, ou ainda entidades equivalentes; b) para a contratação de serviços técnicos

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profissionais especializados, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; c) para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião público.

No caso de comprovado superfaturamento na contratação por inexigibilidade de licitação, respondem solidariamente pelo dano causado à FazP o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável.

Da Habilitação nas Licitações: Para habilitação nas licitações será exigido documentação relativa a: a) habilitação jurídica; b) qualificação técnica; c) qualificação econômico-financeira; d) regularidade fiscal e trabalhista; e) cumprimento da obrigação de combate ao trabalho infantil.

Dos Contratos: Os contratos administrativos de que trata esta lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras serviços e compras. Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:

I – caução em dinheiro ou em títulos da dívida;

II – seguro garantia;

III – fiança bancária.

Para obras, serviços e compras de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, a exigência de garantia para contratação poderá ser elevado para até 10% do valor do contrato.

O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

I – modifica-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitado os direitos do contratado;

II – rescindi-lo unilateralmente, nos casos de não cumprimento ou cumprimento irregular de cláusulas contratuais e prazos, lentidão, atraso, paralisação da obra, subcontratação do contrato não admitidas em editais, fusão, cisão, incorporação, dissolução e

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transferência da sociedade ou alteração social não permitida no edital e no contrato, cometimento reiterado de faltas na execução, decretação de falência, razões de interesse público de alta relevância e amplo conhecimento e a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato;

III – fiscalizar lhes a execução;

IV – aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

V – nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese de necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.

Constituem motivos para a rescisão do contrato por parte do contratado: a) a supressão por parte da Administração de obras, serviços ou compras acarretando modificação do valor contratado; b) suspensão de sua execução por ordem escrita da administração por prazo superior a 120 dias, salvo em caso de calamidade, grave perturbação da ordem interna ou guerra; c) a não liberação por parte da administração de área, local ou objeto para execução da obra, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificados no projeto.

As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alterados sem prévia concordância do contratado e poderão ser revistas para manter o equilíbrio contratual.

A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo qu este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

A alteração dos contratos administrativos pode será ser feita, com as devidas justificativas: a) unilateralmente pela administração; b) por acordo das partes; c) para reestabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de fatos imprevisíveis, incalculáveis, força maior, fortuito, ou fato do

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príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras até 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os seus acréscimo.

Concessão e Permissão

Artigo 175 da CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. A lei Disporá sobre:

I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão de concessão ou permissão;

II – os direitos dos usuários;

III – política tarifária;

IV – a obrigação de manter serviço adequado.

A lei 8.987/95, dispões sobre o artigo 175 da Constituição.

Serviço adequado: é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência, ou após prévio aviso, quando: a) motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; b) por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

Dos Direitos e Obrigações do Usuário.

a) receber serviço adequado;b) receber do poder concedente e da concessionária informações

para a defesa de interesses individuais ou coletivos;c) obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários

prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente;

d) levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;

e) comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do serviço;

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f) contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços.

Tarifa: A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta lei, no edital e no contrato. A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de sérvio público alternativo e gratuito para o usuário. Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. As fontes provenientes de receitas alternativas previstas no contrato em favor da concessionária serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.

Da licitação

Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra público, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da AdmP.

No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios:

I – menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;

II – a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da concessão;

III – a combinação, dois a dois, dos critérios de menor valor, maior oferta e melhor oferta (quando previamente estabelecida no edital);

IV – melhor proposta técnica, com preço fixado no edital;

V – melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com a de melhor técnica;

VI – melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor técnica;

VII – melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas técnicas.

Responsabilidade da concessionária: Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade. Sem prejuízo da responsabilidade a

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que se refere este artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados e nesses casos os contratos reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o concedente.

Subconcessão: é admitida, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizado pelo poder concedente, a outorga de concessão será sempre precedida de concorrência. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão.

Da extinção da concessão: extingue-se a concessão por: a) advento do termo contratual; b) encampação (retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo de concessão por motivo de interesse público, por lei autorizativa específica e com pagamento prévio); c) caducidade; d) rescisão; e) anulação; f) falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.

Assunção do serviço: ocorre imediatamente após a extinção da concessão, procedendo-se os levantamentos, avaliações e liquidações necessários. A assunção do serviço autoriza a ocupação das instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis.

A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

Caducidade da Concessão: O poder concedente irá declarar a caducidade da concessão quando:

I – o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou ineficiente;

II – a concessionária descumprir as cláusulas contratuais;

III – a concessionária paralisar o serviço, salvo fortuito ou força maior;

IV – a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais;

V – a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infração;

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VI – a concessionária intimada, não regularizar a prestação do serviço;

VII – a concessionária intimada, não apresentar documento de regularidade fiscal no prazo de 180 dias.

A declaração de caducidade da concessão deverá ser precedida de verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa. Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.

O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.

Lei 11.079/04, que fala sobre a licitação para Parceria Público-Privada

Parceria público-privado é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei 9.987/95, quando envolver adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a AdmP seja a usuário direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalações de bens.

Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a lei 8.987/95, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao privado.

É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

I – cujo valor seja inferior a 20mi;

II – cujo prazo de prestação do serviço seja inferior à 5 anos;

III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento de instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência.

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Lei 8.429/92, Improbidade Administrativa

Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades públicas.

As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

Atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito:

Auferir qualquer vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades públicas.

Atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário:

Qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseja perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades públicas.

Atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública

Qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições públicas.

Direito de Representação e do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. A representação que será escrita, ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação dos provas de que tenha conhecimento.

A comissão processante dará conhecimento ao MP e ao TC da existência de procedimento administrativo para apuração de ato de improbidade administrativa. O MP e o TC poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

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Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao MP ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenham enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo MP ou pela PJ interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. É vedada a transação, acordo ou conciliação.

A AdmP, no caso de absolvição do servidor em processo criminal, permanece livre para punir o funcionário, desde que verifique haver desvios na conduta funcional do servidor.

Do Servidor Público

Declaração de Bens: A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivado no Serviço de pessoal competente. Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declarações dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

Nepotismo: De acordo com a súmula vinculante nº 13 do STF: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercícios de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designação recíprocas, viola a Constituição Federal.

De acordo com as súmulas 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, do STF, dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação; funcionário nomeado por concurso tem o direito à posse. A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da posse. Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do servp. É inadmissível segunda punição do servidor público baseada no mesmo processo em que se fundou a primeira. É necessário processo administrativo com direito a ampla defesa, para demissão de funcionário admitido por concurso. Funcionário em

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estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade. O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo.

São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I – nacionalidade brasileira;

II – o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação das obrigações militares e eleitorais;

IV – o nível de escolaridade exigida para o cargo;

V – idade mínima de dezoito anos;

VI – aptidão física e mental;

As atribuições do cargo poderão justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

É assegura as pessoas portadoras de deficiências física o direito a se inscrever em concurso público, cujas vagas sejam compatíveis com sua deficiência e terão até 20% das vagas reservadas.

Provimento

O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato de autoridade competente de cada poder. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. São formas de provimento em cargo público: a) nomeação; b) promoção; c) readaptação; d) reversão; e) aproveitamento; f) reintegração; g) recondução.

Nomeação: a nomeação será em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; ou em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Concurso Público na lei 8.112/90: terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado um única vez por igual período. Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 anos de efetivo exercício.

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Da posse e do Exercício: A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidade e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. A posse ocorrerá no prazo de 30 dias contados da data de publicação do ato de provimento. A posse se dará pode meio de procuração específica. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. No ato da posse o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. É de quinze dias o prazo para servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo,

Lei 9786, processo administrativo

Lei 8429, improbidade administrativa