Reviso TRT/BA (FCC) Direito Civil

Professora: Jesica Loureno

Queridos alunos,

Aqui est a prometida Reviso para a prova do TRT-BA, sem esgotar o tema, claro, mas apenas para refrescar a memria. Dividi as dicas de acordo com os tpicos trazidos no edital para que vocs possam fazer um estudo bem sistematizado. Ento, vamos l!

1. Lei. 2. Eficcia da lei. 3. Aplicao da lei no tempo e no espao. 4. Interpretao da lei. 5. Lei de Introduo s normas do Direito Brasileiro.

1. A lei comea a vigorar em todo o pas 45 dias depois de oficialmente publicada, salvo disposio em contrrio. Porm, se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicao de seu texto para correo, o prazo comear a correr da nova publicao. Lembre-se que , nesse contexto, as correes a texto de lei j em vigor consideram-se lei nova.

2. A lei ter vigor at que outra a modifique ou revogue, exceto se tiver vigncia temporria (princpio da continuidade). Importante lembrar tambm que a lei posterior revoga (tacitamente) a anterior nos seguintes casos: quando declarar de modo expresso, quando for com ela incompatvel ou quando regular inteiramente a matria tratada na lei anterior. No entanto, se a lei nova estabelecer disposies gerais ou especiais a par das j existentes, no haver revogao nem modificao da lei anterior.

3. EC 66/10 alterou o artigo 226, 6, CRFB retirando a separao como requisito do divrcio. A doutrina entende que a EC 66 revogou os institutos da separao. Mas CUIDADO! Enunciado 514, V Jornada CJF: A Emenda Constitucional n. 66/2010 no extinguiu o instituto da separao judicial e extrajudicial.

4. Revogao parcial: derrogao. Revogao total: ab-rogao. Lembre-se da dica: revogao total, absoluta = ab-rogao.

5. Repristinao: retorno da vigncia da uma lei em virtude da perda de vigncia da sua norma revogadora. Pode ser expressa ou tcita, sendo certo que no ordenamento jurdico brasileiro apenas admitida a repristinao expressa.

6. O art. 2.035, CC, contempla a teoria da retroatividade mnima, segundo a qual os efeitos futuros de fatos pretritos podem ser regulados por lei nova. Em que pese ser controvertida sua aplicao na jurisprudncia, nesse estilo de prova deve ser adotada a teoria da retroatividade mnima.

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7. Quanto aplicao do direito no espao incide a teoria do domiclio, segundo a qual a lei do pas em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o comeo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de famlia.

8. Mtodos de Interpretao das leis:

Quanto sua origemAutntica seu sentido explicado por outra lei. Doutrinria seu sentido provm da doutrina. Jurisprudencial realizada pela jurisprudncia

Quanto ao mtodoGramatical baseada nas regras de lingustica. Lgica reconstitui o pensamento do legislador Histrica estudo do momento em que foi editadaSistemtica harmonizao do texto em exame com o ordenamento jurdicoTeleolgica examinam-se os fins para os quais a lei foi editada

Quanto ao resultadoDeclaratria se limita a dizer o sentido da lei.Restritiva o legislador disse mais do que deveria e o intrprete deve restringir. Ampliativa o legislador disse menos e cabe ao intrprete ampliar o sentido da lei

6. Das Pessoas Naturais: Da Personalidade e Da Capacidade; Dos Direitosda Personalidade.

PERSONALIDADE

a) Conceito: O art. 1 do CC traz a acepo clssica: capacidade de adquirir direitos e deveres. Quem tem personalidade chamado de sujeito de direito, que pode ser pessoa natural ou jurdica. Eis o vis patrimonialista do direito civil.

No vis moderno, personalidade o conjunto de caractersticas do ser humano. Aqui a preocupao tutelar as situaes existenciais. So os direitos da personalidade. a despatrimonializao do direito civil, pessoa humana como centro do ordenamento. atributo somente pessoa natural. Pessoa jurdica no tem direito da personalidade.

Enunciado 286 CJF Pessoa jurdica no possui direito da personalidade, porque tais direitos decorrem da dignidade humana.

Art. 52, CC. Aplica-se s pessoas jurdicas, no que couber, a proteo dos direitos da personalidade.

Art. 52 CC no diz que pessoa jurdica tem direito de personalidade, mas sim que podem se utilizar no que couber os institutos de proteo dos direitos da personalidade.

Smula 227 STJ pessoa jurdica pode sofrer dano moral, quando h leso a sua honra objetiva, analisando a credibilidade no mercado etc.

b) Incio da Personalidade

Art. 2o A personalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro.

Art. 2 CC nascimento com vida. Logo, o nascituro no tem personalidade. Mas protege os direitos do nascituro desde a sua concepo. Assim, pode o nascituro receber doao, por exemplo, sendo a doao negcio jurdico condicional j que para se aperfeioar depende do implemento da condio nascimento com vida.

O maior direito da personalidade garantido ao nascituro a vida. O que exemplifica isso a Lei dos Alimentos gravdicos, j que pode ser autor de ao representado por sua me, contra o suposto pai. Outro exemplo o aborto como crime.

Portanto, nascituro nao tem personalidade, mas desde a concepo seus direitos sao assegurados, inclusive os da personalidade.

Art. 45. Comea a existncia legal das pessoas jurdicas de direito privado com a inscrio do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessrio, de autorizao ou aprovao do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alteraes por que passar o ato constitutivo.

Art. 45 CC incio da personalidade da pessoa jurdica. Inicia com o registro dos atos constitutivos.

c) Extino da personalidade

A personalidade da pessoa natural se extingue com a morte.

Morte real: consta na declarao de bito.

Morte civil pessoa viva no pode mais participar do ato jurdico. Ex: indignidade no direito de famlia. Caso da Suzane que foi declarada indigna e no sucedeu na herana.

Morte presumida: ausncia; ou morte presumida sem declarao de ausncia em procedimento de justificao da morte (essas pessoas no so ausentes), aps a

declarao pelo juiz por sentena feito o registro no livro de bito e equipara-se morte real. Essa sentena no faz coisa julgada material.

H 2 casos de morte presumida:

Morte presumida da ausncia em que momento do processo de ausncia ocorre a morte presumida: da abertura da sucesso definitiva, art. 6 do CC.

Ausncia ocorre quando o individuo desaparece sem deixar paradeiro. Ausncia instituto patrimonial. O objetivo do processo de ausncia declarar a morte presumida. Tem que analisar quando isso ocorre. A ausncia formada por um choque de presunes.

Na presuno de que o ausente est vivo, h a fase da curadoria dos bens do ausente. Juiz nomeia um curador para administrar os bens do ausente. Aqui ojuiz declara a ausncia.

Na presuno de que o ausente pode estar vivo ou morto, h a fase da sucesso provisria. Ocorre a partilha provisria dos bens, os herdeiros j so imitidos na posse, mas como provisria no pode vender.

Na presuno de que o ausente est morto, h a fase da sucesso definitiva. A partilha torna-se definitiva. Aqui ocorre a presuno da morte do ausente. Ou seja, na abertura da sucesso definitiva ocorre a declarao de morte presumida.

Decretao de morte presumida (sem declarao de ausncia)

Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretao de ausncia:I - se for extremamente provvel a morte de quem estava em perigo de vida;II - se algum, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, no for encontrado at dois anos aps o trmino da guerra.

Art. 7 CC as declaraes de morte presumida nesses casos necessita de declarao judicial. Esta deve ser registro no Registro Civil de Pessoas Naturais.

OBS: averbao retificao. Registro o primeiro ato. Art. 9 e 10 do CC (ler!).

COMORINCIA: Art. 8, CC: Se dois ou mais indivduos falecerem na mesma ocasio, no se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-o simultaneamente mortos.

O dispositivo trata da Comorincia, que uma presuno legal e relativa quanto ao momento da morte. Repare que no se exige que a morte tenha ocorrido no

mesmo local, mas sim ao mesmo tempo, tendo aplicao tal regra nos casos em que os falecidos forem familiares com direitos sucessrios recprocos.

Assim, no havendo um laudo mdico atestando o momento preciso da morte real dos cnjuges, tem-se a comorincia, caso em que as heranas ficam mantidas nas famlias consanguneas correspondentes, j que o efeito da comorincia determinar que no h transmisso de direitos hereditrios entre os comorientes.

Art. 8 CC presuno de morte simultnea entre pessoas reciprocamente herdeiras. A consequncia que no h sucesso entre os comorientes.

CAPACIDADE

a medida da personalidade. Pode ser de fato ou de direito.

Espcies de capacidade

Capacidade de direito (genrica) (de gozo, jurdica) prpria de todo ser humano. Equivale ao conceito de personalidade. Adquire com o nascimento com vida.

Capacidade de fato (de exerccio) nem todos possuem. a aptido para a prtica pessoal dos atos da vida civil. Quem no tem considerado incapaz absoluta (3) ou relativa (4).

No confundir capacidade com legitimao, sendo esta uma condio especial uma capacidade especfica para um determinado ato.

1.1. ESTUDO DAS INCAPACIDADES

Em primeiro lugar, sabemos que nem todos possuem capacidade plena (de fato + de direito). Todos tm capacidade de direito, mas nem todos tm a de fato. Da o estudo das incapacidades.

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES

Art. 3o So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:I - os menores de dezesseis anos;II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos;III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

O absolutamente incapaz no tem aptido para sozinho praticar atos jurdicos, mas pode desde que esteja representado.

Se praticar ato sem representao este ato em regra ser nulo art. 166, I, c/c art. 104, I, CC. Sendo o negcio nulo, essa nulidade pode ser arguida por qualquer interessado ou pelo MP. Art. 168, CC.

Art. 166. nulo o negcio jurdico quando:

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; Art. 104. A validade do negcio jurdico requer:I - agente capaz;

OBS: Teoria o ato-fato o que permite que atos praticados por absolutamente incapazes sem representao no sejam nulos. (Ex: compra de um lanche na escola, passagem no nibus etc).

RELATIVAMENTE INCAPAZES

Art. 4o So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;II - os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental, tenham o discernimento reduzido;III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os prdigos.

O relativamente incapaz no tem aptido para sozinho praticar atos jurdicos, mas pode desde que esteja assistido.

Se no estiverem assistidos, os atos praticados sero anulveis, conforme art.171, I, CC.

OBS: Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, no pode, para eximir-se de uma obrigao, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Porm, existem atos que o menor entre 16-18 anos (relativamente incapaz) pode praticar sem assistncia:

- depor como testemunha art. 228- ser mandatrio (procurador) art. 666- celebrar testamento art. 1.890, nico- votar

Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos no emancipado pode ser mandatrio, mas o mandante no tem ao contra ele seno de conformidade com as regras gerais, aplicveis s obrigaes contradas por menores.

Existem hipteses em que a capacidade de exerccio antecipada para o menor:

EMANCIPAO: hipteses: art. 5 nico.

Voluntria; Judicial; Legal.

I - pela concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento pblico, independentemente de homologao judicial, // ou por sentena do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

A primeira parte a EMANCIPAO VOLUNTRIA: Requisitos:

- menor ter no mnimo 16 anos;

- concesso por ambos os pais;

Se um dos pais tiver falecido, o outro pode sozinho. Mas se os dois vivos no se entenderem, o menor, representado pelo pai que admite pode propor ao de suprimento de vontade.

- concesso por instrumento pblico.

Se feita por instrumento particular, a emancipao nula. Art. 166, IV CC. O instrumento pblico deve ser registrado no RCPN. Art. 9, II CC.A segunda parte EMANCIPAO JUDICIAL.

Os prximos incisos so da EMANCIPAO LEGAL. Independe de autorizao dos pais.

II - pelo casamento;

- Pode casar com 16 anos, mas precisa de autorizao de ambos os pais. Se um deles no quiser: ao de suprimento de vontade.

Hiptese de gravidez: art. 1.520 CC (a primeira parte foi tacitamente revogada, porque o casamento hoje no CP no mais causa de extino da punibilidade). OBS: tem que casar com o pai da criana.

III - pelo exerccio de emprego pblico efetivo;IV - pela colao de grau em curso de ensino superior;V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de relao de emprego, desde que, em funo deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia prpria.

DIREITOS DA PERSONALIDADE

Os direitos da personalidade esto disciplinados no Cdigo Civil de 2002 dos artigos11 ao 21, CC. Representam uma inovao em relao ao Cdigo Civil de 1916, embora doutrina e jurisprudncia j reconhecessem tais direitos s pessoas. E preciso lembrar tambm, claro, que alguns direitos da personalidade j haviam sido previstos pela CF como direitos fundamentais.

O primeiro ponto importante saber que os direitos da personalidade esto elencados do CC/02 de forma no exaustiva. Alm disso, so expresso da clausula geral de tutela da pessoa humana.

Direitos da personalidade so direitos subjetivos que tem por objeto os bens e valores essenciais da pessoa, no seu aspecto fsico, moral ou intelectual. Embora no exaustivos, temos aqui 5 grandes grupos: direito vida e integridade fsico- psquica; proteo ao nome; imagem, honra e intimidade.

Nesse tipo de prova, a cobrana desse tema com base na letra dos arts. 11 a 21, CC. Tem que ler, no tem jeito!

7. Das pessoas jurdicas.

PESSOAS JURDICAS

1. CONCEITO: conjunto de seres humanos ou de bens constitudos na forma da lei com personalidade jurdica distinta da dos seus integrantes.

OBS1: Pessoa jurdica formada por conjunto de bens: fundaes.

OBS2: Princpio da Separao das Personalidades. Personalidade da Pessoa Jurdica Personalidade da Pessoa Fsica

A desconsiderao da personalidade jurdica a mitigao do princpio da separao das personalidades. Ocorrer quando houver desvio de finalidade ou confuso patrimonial.

2. CLASSIFICAO

Direito Pblico

Interno art. 41 CC. Rol exemplificativo (demais entidades...).Pessoas jurdicas de direito pblico com estrutura de direito privado: fundaes pblicas e entes de fiscalizao profissional.

Externo art. 42 CC.

Repblica Federativa do Brasil (Estado nacional soberano)

Direito Privado art. 44 CC. Rol exemplificativo.

Enunciado 144 CJF. A relao das pessoas jurdicas de Direito Privado, constante do art. 44, incs. I a V, do Cdigo Civil, no exaustiva.

Entes Despersonalizados (pessoas formais)

Conjunto de seres humanos ou de bens que no possuem personalidade jurdica prpria.

Sua personalidade se confunde com a de seus integrantes.

- condomnio- esplio- massa falida- sociedade de fato

No possuem personalidade jurdica prpria porque lhe falta a caracterstica essencial do affectio societatis (inteno de estar junto com objetivo comum).

O nico ente que possui affectio societatis, mas mesmo assim no tem personalidade jurdica prpria a sociedade de fato, porque no preencheu o requisito legal do registro.

Em um ente despersonalizado quem so sujeitos de direito:

- condminos (representado pelo sndico);

OBS: a teoria dos entes despersonalizados adotada no Brasil no produz efeitos no mbito processual. Art. 12, VII CPC. Podem integrar relao jurdica processual, embora no possuam legitimidade jurdica prpria. Possuem personalidadejudiciria.

3. AS SOCIEDADES, ASSOCIAES E FUNDAES.

SOCIEDADES: Disciplinadas pelo direito empresarial. Sua principal caracterstica a finalidade de lucro que ser repartido entre os scios. H affectio societatis.Ato constitutivo contrato social.

ASSOCIAES: So entidades de direito privado formadas pela unio de pessoas com propsito de realizarem fins no econmicos. Podem at obter lucro, desde que esse seja revertido para a prpria associao.

O que distingue a associao da sociedade que na associao no h affectio societatis (art. 53, nico) em razo de no haver qualquer relao reciproca entre os associados. J as sociedades tem como ponto central o desempenho de atividades econmicas em proveito dos scios.

Ato constitutivo estatuto, registrado do Cartrio de Registro Civil de PJ. OBS: sindicato e centrais sindicais tem natureza de associao.A excluso do scio s admissvel havendo justa causa e aps procedimento que assegure direito de defesa e recurso.

FUNDAES: As fundaes no so grupos humanos personificados; resultam da afetao de um patrimnio, por testamento ou escritura pblica, que faz o seu instituidor com o objetivo de realizar uma finalidade ideal.

CONSTITUIO DA PESSOA JURDICA

Registro do ato constitutivo no registro pblico competente, seja estatuto ou contrato social.

Se no houver registro haver:Sociedade de fato sequer h ato constitutivoSociedade irregular h ato constitutivo, mas no foi levado a registro. Consequncia da ausncia de registro: ser uma sociedade no personificada, art.990, CC.

DESCONSIDERAO DA PERSONALIDADE JURDICA

a mitigao ao princpio da separao das personalidades. Permite que o patrimnio do scio responda por dvida que da pessoa jurdica. Art. 28 do CDC foi que introduziu no ordenamento jurdico.

Hipteses previstas no CDC:

- art. 28 caput elemento necessrio para desconsiderar imprescindvel a presena de fraude. Para provar fraude necessita de um contedo probatrio maior. Teoria Maior da Desconsiderao. Tambm chamada de TeoriaSubjetiva.

- art. 28, 5 no necessrio comprovar fraude. Desconsidera sempre que a personalidade for um obstculo para ressarcir o consumidor. Teoria Menor da Desconsiderao.

Os dispositivos so antagnicos. O STJ at 2004 s admitia a desconsiderao com base na teoria maior. De 2004 em diante, o STJ passou a admitir a desconsiderao

com base na teoria menor. Portanto, a jurisprudncia admite a aplicao das duas teorias, casusticamente.

Hiptese do CC:

- art. 50 para as relaes civis adota a Teoria Maior da Desconsiderao.

O juiz no pode de ofcio desconsiderar a personalidade jurdica. Isso s ocorre na justia do trabalho. Isso j ocorria antes mesmo da previso do CC.

OBS1: No necessria a comprovao de insolvncia para que ocorra a desconsiderao.

OBS2: o direito brasileiro admite a desconsiderao das pessoas jurdicas de direito privado sem fins lucrativo (ex: associao)

OBS3: o direito brasileiro admite a desconsiderao inversa.

A desconsiderao bem como sua deciso pode ser a qualquer momento.

Desconsiderao no Direito de Famlia: STJ: possvel. Scio transfere bens pessoais para o patrimnio da pessoa jurdica.

Desconsiderao na Administrao Pblica: possvel. Ocorre quando desconsidera a personalidade jurdica para, por exemplo, ampliar uma sano em procedimento licitatrio.

8. Domiclio Civil.

RESIDNCIA E DOMICLIO: DIFERENAS

Residncia: a estada habitual do indivduo em determinada localidade, semanimus de ali permanecer em definitivo.

Domiclio: a estada habitual do indivduo em determinada localidade, comanimus de ali permanecer em definitivo.

imprescindvel a anlise do elemento volitivo (animus), abstrato.

O Brasil adota a Teoria da Pluralidade Domiciliar. Art. 71 CC. Pode ter quantos domiclios quiser e escolhe seu domiclio, desde que esteja em todos com animus definitivo. Regra da voluntariedade.

MODALIDADES DE DOMICLIO:

Domiclio Profissional: art. 72 CC. Se + de 1, todos eles.

Domiclio ocasional: aquele em que a pessoa natural no tem residncia habitual, sendo aquele onde for encontrada (ex: caixeiro-viajante, circenses).

Domiclio da Pessoa Jurdica. Art. 75 CC.

Domiclio Necessrio: art. 76 CC. aquele que imposto pela lei. Rompe com a regra da voluntariedade.

- Incapazes: onde residem seus responsveis;- Servidor Pblico: onde exerce permanentemente suas funes;- militar:-> Se for do Exrcito: onde est servindo-> Se for da Marinha ou Aeronutica: na sede do comando militar a que est subordinado- martimo: onde o navio estiver matriculado.- do preso: onde cumpre pena.

Domiclio Especial, contratual ou de eleio: art. 78 CC. Clusula de eleio de foro permitida. Deve haver respeito aos princpios da funo social e da boa-f objetiva.

H pessoas sem domiclio: so os adnidas. Art. 73 CC. Seu domiclio ser o local onde forem encontrados. (circo, ciganos, nmade, morador de rua).

9. Bens.

Todo direito subjetivo traz em seu objeto um bem jurdico.

As relaes jurdicas so formadas por trs elementos (sujeitos, objeto e vnculo), de modo que o objeto o bem sobre o qual recair o direito subjetivo do sujeito ativo, permitindo-lhe exigir do sujeito passivo o comportamento esperado.

Podem ser objeto de relaes jurdicas bens economicamente apreciveis, os atributos ou manifestaes da personalidade do prprio sujeito (direitos da personalidade) e as atividades e servios de natureza intelectual ou tcnica.

Os bens jurdicos podem ser dotados ou no de economicidade, bem como podem ter existncia material ou no. Nesse momento os exemplos assumem relevncia:

- Bens economicamente apreciveis

Bens materiais: carro

Bens imateriais: direitos autorais, software, know-how.

- Bens sem expresso econmica

Materiais: patrimnio cultural de uma localidade (Pelourinho, Ouro Preto

Imateriais: honra e privacidade.

NOES SOBRE PATRIMNIO

Representa um complexo de relaes jurdicas apreciveis economicamente (ativas ou passivas) de uma determinada pessoa.

Portanto, o patrimnio que representa economicamente uma pessoa, vinculando- se personalidade do seu titular.

Assim, o patrimnio uma vez aderido personalidade do titular se presta como elemento de afirmao da dignidade da pessoa humana estampada no art. 1,III, CRFB/88.

Tanto assim que h no art. 548, CC a vedao doao universal, ou seja, a pessoa no pode no ato de liberalidade doar todo seu patrimnio, sem reservar um mnimo de renda para garantir a sua subsistncia.

Importante lembrar que a finalidade funcionalizada do patrimnio servir como garantia dos credores do titular em caso de descumprimento voluntrio de eventuais obrigaes avenadas pelas partes. Portanto, o patrimnio do devedor, atual e futuro, responde pelas suas dvidas, conforme bem dispe o art. 591, CC.

TEORIA DO PATRIMNIO MNIMO DA PESSOA HUMANA

Com a definio de uma nova tbua axiolgica pela Constituio impe-se a releitura dos institutos clssicos do estatuto patrimonial das relaes privadas, funcionalizando-as para a promoo da dignidade da pessoa humana e da solidariedade social, alm da impositiva igualdade substancial. Aqui o sentido o de despatrimonializar as relaes jurdicas dando relevo ao ser e no mais ao ter.

A leitura dos artigos do CC fundamental. Destaco, em especial, os bem mveis e imveis por destinao legal (Arts. 81 e 83, CC). Ler tambm o art. 84, CC.

CLASSIFICAO DOS BENS

- CORPREOS: So bens que tem existncia material.

- INCORPREOS: So bens que NO tem existncia material.

A distino importante porque os bens incorpreos no contam com tutela possessria, conforme a Smula 228, STJ, que diz o seguinte:

inadmissvel o interdito proibitrio para a proteo do direito autoral.

Apenas rapidamente para contextualizar, interdito proibitrio a ao de preceito cominatrio utilizada para impedir agresses iminentes que ameaam a posse de algum.

uma ao de carter preventivo, manejada quando h justo receio de que a coisa esteja na iminncia de ser turbada ou esbulhada, apesar de no ter ocorrido ainda ato material nesses dois sentidos, havendo apenas uma ameaa implcita ou expressa.

CLASSIFICAO DOS BENS DENTRO DO CDIGO CIVIL

BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS

IMVEIS: Tambm chamados de bens de raiz so aqueles que no podem ser transportados sem destruio, ou seja, no podem ser removidos sem alterao da sua substancia.

Modalidades de bens imveis:

Art. 79. So bens imveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

ENUNCIADO CJF I JORNADA

11 Art. 79: No persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imveis por acesso intelectual, no obstante a expresso tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente, constante da parte final do art. 79 do Cdigo Civil.

Bens imveis por sua natureza o solo, a superfcie, o subsolo, o espao areo. Tudo que aderir ao solo ser considerado acesso.

Acesses artificiais qualquer bem que esteja preso ao solo por fora do ser humano, no podendo ser retirado sem causar destruio. So as construes e plantaes.

Acesses naturais rvores e frutos, ou seja, o que se prende naturalmente ao solo.OBS: Acesso tambm forma de aquisio da propriedade imvel, No confundir. Bens Imveis por imposio legal art. 80 CC. Cai muito!

So tratados como imveis para conferir maior proteo jurdica.

Art. 80. Consideram-se imveis para os efeitos legais:I - os direitos reais sobre imveis e as aes que os asseguram;II - o direito sucesso aberta. (e no a sucesso em si). Art. 1.784, CC.

Por fim, em alguns casos, dada a provisoriedade da separao de determinados bens, o legislador determinou que no perdero o carter de imveis mesmo separados:

Art. 81. No perdem o carter de imveis:I - as edificaes que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;II - os materiais provisoriamente separados de um prdio, para nele se reempregarem.

MVEIS: Art. 82. So mveis os bens suscetveis de movimento prprio, ou de remoo por fora alheia, sem alterao da substncia ou da destinao econmico-social.

Modalidades de Bens Mveis

Bens mveis por natureza bens que se deslocam de um lugar para o outro sem perder a substncia. Ex: carros, navios, aeronaves.

Semovente animais.

Bens mveis por imposio legal art. 83, CC.

Art. 83. Consideram-se mveis para os efeitos legais:I - as energias que tenham valor econmico;II - os direitos reais sobre objetos mveis e as aes correspondentes; III - os direitos pessoais de carter patrimonial e respectivas aes.

Bens mveis por antecipao no est no CC. Construo doutrinria.

So bens que embora imveis pela sua natureza foram mobilizados pela vontade humana em face de sua funo econmica.

Ex: rvores convertidas em lenha e frutos separados antecipadamente. OBS: os direitos autorais so bens mveis. Art. 3, Lei 9.610/98.MAIS ALGUMAS DIFERENAS ENTRE BENS MVEIS E BENS IMVEIS

Os bens imveis s podem ser adquiridos por escritura pblica registrada noCartrio de Imveis, enquanto que os mveis o so pela tradio.

Os prazos para aquisio dos bens imveis pela usucapio so mais dilatados (15,10 ou 5 anos) do que os prazos para os mveis (5 ou 3 anos)

Os imveis de incapazes no podem ser alienados ou gravados com nus reais pelos representantes ou assistentes sem autorizao judicial, ouvido o Ministrio Pblico.

Bens imveis podem ser objeto de comodato, enquanto que bens mveis podem ser objeto de mtuo.

A hipoteca garantia real, em regra, destinada aos bens imveis, ao contrrio do penhor, que garantia real dos mveis.

- FUNGVEIS: Art. 85. So fungveis os mveis que podem substituir-se por outros da mesma espcie, qualidade e quantidade.

So aqueles que podem ser substitudos por outros de mesma espcie, qualidade e quantidade.

- INFUNGVEIS: So aqueles que NO podem ser substitudos por outros de mesma espcie, qualidade e quantidade.

A fungibilidade ou no vai resultar da individuao do bem. Ex: um livro bem fungvel. Porm, se tiver autografado pelo autor, infungvel.

- CONSUMVEIS: Art. 86. So consumveis os bens mveis cujo uso importa destruio imediata da prpria substncia, sendo tambm considerados tais os destinados alienao.

So aqueles cujo uso importa a destruio imediata da sua substncia. Alimentos.

- INCONSUMVEIS: Admitem uso constante como, por exemplo, um livro.

- DIVISVEIS: Art. 87. Bens divisveis so os que se podem fracionar sem alterao na sua substncia, diminuio considervel de valor, ou prejuzo do uso a que se destinam.

So os bens cujo fracionamento possvel sem alterao de suas qualidades essenciais. A desvalorizao econmica obsta a divisibilidade da coisa.

- INDIVISVEIS: Ex: livro, animal.

A importncia da distino diz respeito possibilidade de cumprimento parcial das obrigaes divisveis ao contrrio das indivisveis. Art. 259, CC.

Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestao no for divisvel, cada um ser obrigado pela dvida toda.

- SINGULARES: Art. 89. So singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.

- COLETIVOS: Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes mesma pessoa, tenham destinao unitria.

So ligados pela vontade humana para a consecuo de um fim. Ex: biblioteca; galeria de quadros.Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relaes jurdicas, de uma pessoa, dotadas de valor econmico.

Ex: herana; massa falida.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

- BENS PRINCIPAIS: So aqueles que tem existncia prpria (ex: solo; crdito).

- BENS ACESSRIOS: No possuem existncia prpria. Princpio da gravitao universal ou jurdica: o acessrio segue o principal. (Ex: rvore; juros)

Uma inovao trazida pelo CC/02 so as pertenas. Art. 93 CC. As pertenas substituiram os antigos bens por acesso intelectual que no esto no CC/02, sendo estes bens que a vontade humana imobiliza.

Pertenas so as coisas destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que destas sejam parte integrante.

Ex. Esttua. Ex de pertena: esttua (nao constitui parte integrante, mas se destina de forma duradoura ao seu aformoseamento).

Ex2 de pertena: tratores de uma fazenda.

Ex3: ar condicionado numa casa. // Mquinas numa fbrica.

E o que seriam ento partes integrantes? So bens que se unem ao principal, formando um todo desprovido de existncia prpria. Ex: lmpada do abajur, pneu de um carro, telha de uma casa.

Art. 94 CC: as pertenas no so bens acessrios, portanto no seguem o principal. Por isso que quando adquirido um apartamento no se presume includo, por exemplo, o ar condicionado.

venda de porteira fechada (com tudo dentro).

No confundir com benfeitorias. Benfeitoria um melhoramento na coisa. Pertena melhora o uso da coisa.Benfeitorias

Volupturias: sunturias. So as que se destinam exclusivamente ao embelezamento ou deleite. Ex: piscina.

teis: aumentam ou facilitam o uso da coisa, dando maior conforto ao usurio. Instalao de um aparelho hidrulico em casa.

Necessrias: indispensveis conservao da coisa. Ex: reforo das fundaes de um prdio.

O que importa salientar que o que vai determinar o tipo de benfeitoria a destinao e a finalidade. Uma piscina numa academia de natao uma benfeitoria necessria, enquanto que numa casa uma benfeitoria volupturia.

BENS CONSIDERADOS EM RELAO AO SUJEITO

- BENS PBLICOS: Art. 98. So pblicos os bens do domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno; todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. So bens pblicos:I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praas; II - os de uso especial, tais como edifcios ou terrenos destinados a servio ou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial ou municipal,inclusive os de suas autarquias;III - os dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.Pargrafo nico. No dispondo a lei em contrrio, consideram-se dominicais os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico a que se tenha dado estrutura de direito privado.

BENS DE USO COMUM

Pode ser utilizado por qualquer cidado. Ruas, praas, avenidas.

A cobrana para ingressar neles no os desnatura como bem de uso comum. So taxas de utilizao, chamadas de pagamento de retribuio.

ex: pedgio nas estradas // cobrana de ingresso em museus.

O estabelecimento de regras e horrios pelo poder pblico para sua utilizao no retiram seu carter. Ex: jadins botnicos, zoolgicos.

OBS2: Praias: todas as praias sao de uso comum do povo. Porm, as ilhas no, mas as praias das ilhas so sempre de uso comum do povo.

BEM DE USO ESPECIAL: So bens utilizados pelo prprio poder pblico para instalaes do prprio servio pblico.

BENS DOMINICAIS: So os bens que compem o patrimnio estatal. Admitem, excepcionalmente, alienao atravs de autorizao legislativa.

OBS: os bens dominicais podem ser afetados para ficarem livres de alienao, se tornando bens de uso especial. Da mesma forma, em sentido contrrio, os bens de uso especial precisam ser desafetados para serem alienados.

CARACTERSTICAS DOS BENS PBLICOS

- Impenhorveis: a garantia do pagamento das dvidas por precatrios.

- Imprescritveis: no podem ser usucapidos.

- Inalienveis: para ser alienado tem que acontecer a desafetao. Desafetao de um bem pblico ocorre por lei. Competncia do Legislativo.Apenas os bens dominicais podem ser alienados sem afetao (art. 101 CC).

A desafetao de um bem pblico o torna um bem dominical.

Para todas as hipteses, mesmo que nao precise desafetar, precisa de lei para alienar.

10. Dos Fatos Jurdicos: Dos negcios jurdicos; Dos atos jurdicos lcitos; Dos Atos Ilcitos.

1. FATO, ATO E NEGCIO JURDICO: CONCEITO E ELEMENTOS, CLASSIFICAO, A FORMA DO ATO JURDICO E SUA PROVA.

Fatos Jurdicos qualquer fato que cria, modifica ou extingue um direito, que tenha relevncia e gere consequncias para o direito.

Natural: causado pela natureza. Humano: causado pelo ser humano.Fatos Jurdicos Humanos:

Ato Ilcito ao ilegal. Art. 186 CC. Ato ilcito um conceito genrico, amplo.Principal fonte da responsabilidade civil.

O CC/02, art. 187 inova com a figura do abuso de direito. H quatro limites ao exerccio de um direito:

- fim econmico- fim social- bons costumes- boa-f objetiva

Rompido um desses limites, o direito est sendo praticado de forma abusiva, praticando ato ilcito.

Ato Jurdico negcio jurdico. Diferena est nos efeitos. Os efeitos do atojurdico esto previstos em lei. Ex: pagamento.

Negcio Jurdico Os efeitos do negcio jurdico decorrem da autonomia da vontade.

Pode ser unilateral, bilateral ou plurilateral. Unilateral se aperfeioa pela manifestao de apenas uma vontade. Ex: promessa de recompensa. Bilateral precisa do encontro de 2 vontades. Ex: contratos. Plurilateral: encontro de mais de2 vontades. contrato bilateral (gera obrigao para as duas partes).

NEGCIO JURDICO

Elementos essenciais gerais so aqueles que devem estar presentes em todo e qualquer negcio jurdico.- partes- objeto- consentimento

Elementos essenciais especiais devem estar presentes no NJ quando a lei determinar.- forma- solenidade

Elementos acidentais devem estar presentes no NJ quando as partes convencionarem.

-termo- condio- encargo

Negcio Jurdico inexistente: quando no possui um dos elementos essenciais gerais [partes, objeto ou consentimento]. No plano da existncia analisa somente os elementos essenciais gerais.

Negcio Jurdico invlido (nulo): 2 hipteses:

- quando possui elementos essenciais gerais, mas um deles est viciado.- quando no possui um dos elementos essenciais especiais que a lei determina

Nulidade Absoluta nulo Nulidade Relativa anulado

A lei que vai dizer quando uma ou outra.

As hipteses de nulidade absoluta e relativa elencadas na parte geral do NJ no CC:decorar.

- Nulo: arts. 166, 167 e 170 CC.- Anulvel: arts. 171.

Hipteses de nulidade absoluta

Art. 166. nulo o negcio jurdico quando:I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;II - for ilcito, impossvel ou indeterminvel o seu objeto;III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilcito; IV - no revestir a forma prescrita em lei;V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prtica, sem cominar sano.

Art. 167. nulo o negcio jurdico simulado, mas subsistir o que se dissimulou, se vlido for na substncia e na forma.

PLANO DA EXISTNCIA art. 104,CC no h artigo expresso.Agente, vontade, objeto, forma.

PLANO DA VALIDADE Art. 104, CC: Capacidade, liberdade, licitude, possibilidade, determinabilidade, adequao.

PLANO DA EFICCIA: Condio, termo, encargo, juros, multas, perdas e danos. Anlise dos elementos acidentais: termo, condio e encargo.TERMO: Evento futuro e certo, que pode decorrer da lei ou da vontade das partes.

Termo inicial: marca o incio da produo de efeitos. No produz efeitos na data de sua celebrao, mas na data estipulada.

Termo final: marca o final da produo de efeitos. Inicia produo de efeitos na data da celebrao at determinada data ja preestabelecida.

CONDIO: Evento futuro e incerto, que deriva exclusivamente da vontade das partes.

Condio suspensiva os efeitos do NJ ficam suspensos at o implemento da condio. Ex: doao para nascituro.

Condio resolutiva os efeitos do NJ so produzidos desde a data da celebrao at o implemento da condio.

Condies proibidas so aquelas que no podem estar no negcio jurdico. Art.123 CC.

- condio impossvel suspensiva. Invalida o negcio jurdico

Se a condio impossvel for resolutiva, art. 124, o NJ vlido, mas a condio inexistente.

ENCARGO OU MODO: um presente de grego nos contratos benficos.

No suspende a aquisio nem o exerccio do direito, salvo se o disponente impuser no negcio jurdico como condio suspensiva.

clausula acessria. Difere da condio suspensiva porque no inibe a aquisio de direitos.

Condio suspensiva SE Encargo PARA QUEVCIOS DO CONSENTIMENTO

ESTADO DE PERIGO: Art. 156 CC. Requisitos:

- perigo de vida do prprio contratante, de um familiar ou amigo ntimo;- dolo de aproveitamento;- grave dano conhecido da outra parte;- obrigao excessivamente onerosa

LESO: Art. 157, CC.

Instituto de natureza contratual. Questo de celebrar ou no um contrato. Desequilbrio econmico-financeiro no contrato.Requisitos:

- premente necessidade de celebrar um contrato ou celebr-lo por inexperincia.- Aproveitamento (nao necessita de dolo)- desproporo entre as prestaes no momento da celebrao do pacto. Quando os requisitos dos 2 estiverem presentes: escolher estado de perigo.ERRO: Falso conhecimento da realidade.

Erro essencial a causa do negcio jurdico. Somente o essencial capaz de anular o negcio jurdico.

Erro acidental no a causa do negcio jurdico

DOLO: um ardil, um artifcio praticado por um indivduo para obter proveito econmico em face do prejuzo de outrem. Instituto de natureza econmica.

Dolo essencial gera nulidade do negcio.

Dolo bonus o exagero em relao ao produto. Nao configura dolo.

Dolo malus o que anula o negcio jurdico.

Art.150 CC dolo recproco. Os dolos se compensam. Nao anulam o negcio jurdico.

COAO: Art. 151 CC.

Pela via absoluta aquela em que o perigo imediato. A vtima nao tem tempo de reflexo, to forte que como se o consentimento nao estivesse presente. Assim, sendo o consentimento elemento essencial, o negocio juridico inexistente pela sua ausncia.

Pela via compulsiva torna o negcio jurdico anulvel.

Requisitos:- perigo iminente- mal certo e determinado- mal injusto- proporcionalidade entre o mal praticado e o prejuzo sofrido

Art. 153 CC temor reverencial no se confunde com coao!!! (relao de subordinao).

OBS: ART. 171, II c/c 178, CC.

VCIOS SOCIAIS

FRAUDE CONTRA CREDORES: a transferncia de bens realizada pelo devedor com o intuito de dificultar o adimplemento da obrigao.

Uma transferncia pode ser gratuita ou onerosa e os efeitos sero diferentes. Requisitos para configurar fraude contra credores [quando a transferncia for gratuita]: art. 158 CC.

- insolvncia.

Requisitos para configurar fraude contra credores [quando a transferncia for onerosa]: art. 159 CC.

- insolvncia;

- conluio na fraude: notoriedade da insolvncia.

SIMULAO tambm considerada vcio social, j foi tratada acima.

11. Prescrio e decadncia.

Direito subjetivo poder que a lei confere ao indivduo, de exigir determinada prestao de outrem. Quando uma pretenso violada surge o direito subjetivo. A prescrio extingue a pretenso.

Direito potestativo possibilidade que o individuo tem de influenciar a esfera jurdica alheia. A decadncia extingue o prprio direito.

PRESCRIO

Pressupostos:

- existncia de um direito subjetivo;- violao desse direito subjetivo- inrcia do titular do direito subjetivo- decurso do tempo previsto em lei.

Excees pessoais: qualquer direito que o devedor pode opor em face do credor. Ex: compensao.

As excees pessoais prescrevem no mesmo prazo da pretenso. Art. 190 CC

Renncia da prescrio: O juiz pode reconhecer a prescrio de ofcio, 219, 5 CPC. S que a parte pode renunciar a prescrio. Art. 191 CC. O fato de o juiz reconhecer de oficio nao exclui a possibilidade da parte renunciar.

Momento para arguir a prescrio: Art. 193 CC. Pode ser alegada em qualquer grau de jurisdio pela parte a quem aproveita. No possivel alegar pela primeira vez a prescrio em recurso especial, porque nao ocorreu o prequestionamento. S de ofcio.

Causas preclusivas

So causas que impedem, suspendem ou interrompem os prazos prescricionais.

Uma mesma causa pode impedir o inicio da contagem de um prazo prescricional, como pode suspender um prazo que ja se iniciou. Arts. 197 a 199 CC.

Art. 197: causas que decorrem de uma relao jurdica.Art. 198: causas que decorrem de uma situao pessoal do titular. Art. 199: causas externas.

Decorar esses 3 artigos.

Para saber se a causa impeditiva, interruptiva ou suspensiva, tudo depender do momento em que o direito subjetivo for violado.

Se no momento em que o direito subjetivo for violado, a causa preclusiva j estiver presente, ela causa impeditiva, impedindo o inicio da contagem do prazo prescricional.

Se no momento em que o direito subjetivo for violado, a causa preclusiva nao estiver presente, ela causa suspensiva.

Causas interruptivas: Art. 202, nico: volta a contar do zero a prescrio, a partir da data do ato que a interrompeu.

So causas pontuais. S poder interromper uma vez.

Prazos Prescricionais: Prazos ordinrios art. 205 CC. Dez anos. Tem carter residual, s utiliza quando o legislador nao tiver dado um prazo especfico para aquela situao.

Prazos extraordinrios art. 206 CC. Decorar os prazos prescricionais.

DECADNCIA

Causas preclusivas: Essas clusulas preclusivas, em regra, no se aplicam decadncia. Art. 207 CC.

Exceo: art. 208. Absolutamente incapaz. 198, I CC.

Renncia: A parte pode renunciar decadncia convencional. A decadncia legal as partes no podem renunciar. O juiz pode reconhecer de ofcio apenas a decadncia legal. Art. 210.

A convencional no. A convencional s poder ser alegada pela parte. Tanto a decadncia legal quanto decadncia convencional poder ser alegada pela parte em qualquer grau de jurisdio.

12. Dos Direitos das Obrigaes.

Obrigaes de dar coisa incerta

Conforme o art. 243, CC a coisa incerta quando ela possui apenas gnero e quantidade. Somente aps a escolha da qualidade que a coisa se torna certa. Em regra, a escolha da qualidade chamada de concentrao do dbito cabe ao devedor. Concentrado o dbito, a obrigao passa a ser de coisa certa.

Obrigao de dar coisa certa

Perda total Sem culpa do devedor = Obrigao resolvida.

Perda total Com culpa do devedor = Obrigao resolvida + perdas e danos

Perda parcial Sem culpa do devedor = O credor tem 2 opes: resolver a obrigao.

aceitar a coisa com abatimento no preo

Perda parcial Com culpa do devedor = O credor tem 2 opes: resolver a obrigao.

aceitar a coisa com abatimento no preo

+

Aqui, em ambos os casos, pode exigir perdas e danos.

Dica: Ler os artigos 234-240 do Cdigo Civil. Em destaque:

Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder TOTAL, sem culpa do devedor, antes da tradio, ou pendente a condio suspensiva, fica resolvida a obrigao para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor,responder este pelo equivalente e mais perdas e danos.

Art. 235. Deteriorada a coisa (PARCIAL), no sendo o devedor culpado, poder o credor resolver a obrigao, ou aceitar a coisa, abatido de seu preo o valor que perdeu.

Art. 236. Sendo culpado o devedor, poder o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenizao das perdas e danos.

Art. 238. Se a obrigao for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradio, sofrer o credor a perda, e a obrigao seresolver, RESSALVADOS os seus direitos at o dia da perda.

Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responder este pelo equivalente, mais perdas e danos.

Obrigaes de Fazer e Contrato Preliminar

O contrato preliminar, conforme art. 462, CC aquele pelo qual uma ou ambas as partes se comprometem a celebrar um contrato futuro.

O objeto do contrato preliminar uma obrigao de fazer, que a celebrao do contrato futuro. Todas as modalidades de promessa so espcies do gnero contrato preliminar.

Obrigaes Solidrias

Pressupostos da Obrigao Solidria

- Pluralidade de partes,

- Multiplicidade de vnculos (une o polo plural da relao obrigacional). Art. 260 CC

Por isso que solidariedade no se presume. Decorre de Lei ou Conveno das Partes. H essa vinculao subjetiva.

CREDORES Solidariedade Ativa (Art. 267-274).

Cada um dos credores solidrios tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestao por inteiro.

Se um dos credores solidrios falecer, deixando herdeiros, cada um destes s ter direito a exigir e receber a quota do crdito que corresponder ao seu quinho hereditrio, salvo se a obrigao for indivisvel (quando ento poder exigir toda a obrigao). Porm, ter sempre em mente que a solidariedade no se transmite pela sucesso.

DEVEDORES Solidariedade Passiva (Art. 275-285).

O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dvida comum.

Se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.

No importar renncia da solidariedade a propositura de ao pelo credor contra um ou alguns dos devedores.

A sub-rogao extingue a solidariedade.

Se um dos devedores solidrios falecer deixando herdeiros, nenhum destes ser obrigado a pagar seno a quota que corresponder ao seu quinho hereditrio, salvo se a obrigao for indivisvel (OBRIGAO TODA); mas todos reunidos sero considerados como um devedor solidrio em relao aos demais devedores(AO DEVEDOR QUE SUB-ROGOU-SE).

Sub-rogao extingue a solidariedade. A lei imps uma solidariedade aos herdeiros, no em relao ao credor, mas apenas frente ao devedor que sub-rogou-se.

13. Da Responsabilidade Civil.

Responsabilidade um dever secundrio ou sucessivo, nasce em razo da violao de um dever originrio, dever esse que pode ser pautado na lei ou no contrato. Dentro da responsabilidade civil existe uma mxima, que chamada de neminem laedere, ou seja, no causar danos a outrem.

Responsabilidade Civil Contratual ou Negocial: Ocorre nos casos de inadimplemento de uma obrigao, previsto dos arts. 389 a 391, CC, sendo este ltimo com a consagrao do princpio da responsabilidade patrimonial, ou seja, pelo inadimplemento da obrigao respondem todos os bens do devedor. Lembrando sempre, claro, que de acordo com o art. 649, CPC alguns bens so impenhorveis.

Responsabilidade Civil Extracontratual ou Aquiliana: No Cdigo Civil de1916, essa responsabilidade tinha como nico pilar o ato ilcito do art. 159 daquele diploma. Hoje, no CC/2002, a responsabilidade est baseada no ato ilcito do art.186, CC e no abuso de direito do art. 187, CC.

>> Sistema dual ou binrio de responsabilidade, mas a doutrina ressalva que a tendncia a unificao da responsabilidade civil, tal qual ocorre no CDC. Vale lembrar que esta aula restrita responsabilidade civil no Cdigo Civil de 2002, em relao s questes consumeiristas propriamente ditas analisaremos com a devida densidade na aula de Direito do Consumidor que teremos.

>> Do Ato Ilcito

Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

O que preciso lembrar? Que esse ilcito pode ser punido em trs esferas: a)administrativa; b) criminal; c) cvel.

Art. 935, CC, segundo o qual a responsabilidade civil independe da criminal.

Consequncia do ato ilcito: Obrigao de indenizar, reparar os danos = art.927, CC

>> Do Abuso de Direito

Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

a chamada Teoria dos Atos Emulativos. Amplia-se aqui a noo de ato ilcito, para considerar que um ato originariamente lcito enseje responsabilizao civil, por ter sido exercido fora dos limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f objetiva ou pelos bons costumes.

Pela leitura do artigo conseguimos encontrar 4 clusulas gerais: a) fim social; b)fim econmico; c) boa-f; d) bons costumes.

1. ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL

1.1. Conduta

1.2. Culpa (lato sensu) engloba tanto o dolo quanto a culpa estrita. Dolo a violao intencional de um dever jurdico com o objetivo deliberado de prejudicar outrem. a ao ou omisso voluntria mencionada no art. 186, CC. Nesse caso, todos os danos causados devero ser indenizados.

Na responsabilidade civil, o dolo ter o mesmo tratamento que o da culpa gravssima. De toda forma, a consequncia ser a mesma: o dever de indenizar. O que pode mudar , de acordo com os arts. 944 e 945, CC haver uma reduo equitativa dessa indenizao a depender do caso.

Quanto culpa:

Imprudncia falta de cuidado + ao

Negligncia falta de cuidado + omisso

Impercia falta de qualificao para desempenhar determinada funo prpria dos profissionais liberais art. 951, CC.

A culpa tem uma srie de classificaes e hoje o objeto de estudo est focado na classificao da culpa quanto a sua gradao:

Culpa grave ou culpa lata o agente no queria o resultado, mas agiu de tal forma que parecia que queria aquilo. Nesse caso, o ofensor dever reparar integralmente o dano.

Culpa leve ou culpa mdia a culpa intermediaria, ou seja, a conduta foi realizada sem a ateno devida, tendo em vista como padro abstrato a pessoa humana comum. Nesse caso, aplica-se o art. 944 e 945, tendo em vista que a indenizao mede-se pela extenso do dano e pelo grau de culpa dos envolvidos. Alm disso, o juiz poder proceder reduo equitativa da indenizao.

Culpa levssima no menor grau possvel, ou seja, s teria sido evitado mediante o emprego de cautelas extraordinrias ou de especial habilidade

1.3. Nexo de Causalidade

o elemento virtual da responsabilidade civil. Um elo invisvel constituindo relao de causa e efeito entre a conduta culposa ou risco criado e o dano suportado por algum.

Importante verificar que a responsabilidade, mesmo sendo objetiva, no pode existir sem relao de causalidade entre o dano e a conduta do agente. Isso porque se o dano for proveniente de algo que no a conduta do agente, no haver obrigao de indenizar.1.4 Dano ou prejuzo: Ler os arts. 927 e seguintes! SMULAS DO STJ RESPONSABILIDADE CIVIL

SMULA 403: Independe de prova do prejuzo a indenizao pela publicao no autorizada da imagem de pessoa com fins econmicos ou empresariais.SMULA 388: A simples devoluo indevida de cheque caracteriza dano moral. SMULA 387: lcita a cumulao das indenizaes de dano esttico e dano moral. SMULA 385: Da anotao irregular em cadastro de proteo ao crdito, no cabeindenizao por dano moral, quando preexistente legtima inscrio, ressalvado o direito aocancelamento.

SMULA 370: Caracteriza dano moral a apresentao antecipada de cheque pr-datado.

SMULA 362: A correo monetria do valor da indenizao do dano moral incide desde a data do arbitramento.

SMULA 281: A indenizao por dano moral no est sujeita tarifao prevista na Lei deImprensa.

SMULA 257: A falta de pagamento do prmio do seguro obrigatrio de Danos Pessoais Causados por Veculos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) no motivo para a recusa do pagamento da indenizao.

Smula 246: O valor do seguro obrigatrio deve ser deduzido da indenizao judicialmente fixada.

SMULA 227: A pessoa jurdica pode sofrer dano moral.

SMULA 221: So civilmente responsveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicao pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietrio do veculo de divulgao.

SMULA 186: Nas indenizaes por ato ilcito, os juros compostos somente so devidos por aquele que praticou o crime.

SMULA 179: O estabelecimento de crdito que recebe dinheiro, em depsito judicial, responde pelo pagamento da correo monetria relativa aos valores recolhidos.

SMULA 145: No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador s ser civilmente responsvel por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave.

SMULA 132: a ausncia de registro da transferncia no implica a responsabilidade do antigo proprietrio por dano resultante de acidente que envolva o veculo alienado.

SMULA 130: A empresa responde, perante o cliente, pela reparao de dano ou furto de veculo ocorridos em seu estacionamento.

SMULA 109: O reconhecimento do direito a indenizao, por falta de mercadoria transportada via martima, independe de vistoria.

SMULA 37: So cumulveis as indenizaes por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.

14. Do Penhor, Da Hipoteca e Da Anticrese.

DIREITOS REAIS DE GARANTIA

1. Aspectos Gerais

Caractersticas dos Direitos Reais de Garantia

SEQUELA: ART. 1419, CC. O objeto da garantia ficar sujeito, por vnculo real, ao cumprimento da obrigao. O direito real adere coisa de tal forma que a garantia subsiste mesmo em caso de transmisso inter vivos ou causa mortis da propriedade do bem mvel ou imvel, vinculado ao pagamento de dbito originrio.

PREFERNCIA OU PRELAO Art. 1422, CC.

A preferncia uma caracterstica apenas do penhor e da hipoteca.

O titular de uma garantia real preferir no pagamento aos outros credores apenas em relao ao produto da venda do bem dado em garantia real.

EXCUSSO faculdade do credor munido da garantia real executar judicialmente o dbito garantido pelos bens moveis ou imveis. 1422, I, CC.

INDIVISIBILIDADE o nus real grava a coisa por inteiro e em todas as suas partes. Assim, inclui seus acessrios e acrescidos.

PENHOR: Trata-se de transferncia efetiva ao credor da posse do bem mvel que objetiva garantir o pagamento por um dbito.

HIPOTECA: um direito real de garantia em virtude do qual um bem imvel (Exceto navio e aeronaves) remanesce na posse do devedor ou de

terceiro, assegurando preferencialmente ao credor o pagamento de uma dvida.

ANTICRESE: o direito real de garantia em que o devedor transmite ao seu credor a posse direta de imvel de sua propriedade a fim de que este ltimo pague-se com os frutos oriundos da explorao econmica da coisa paulatinamente abatendo os juros e debito principal.

Obs: VAI CAIR O QUE EST NO CC!!!

15 Dos Contratos: Das Disposies Gerais;

Formao dos contratos: Proposta e Aceitao

- Em regra, a proposta obriga o proponente. Art. 427, CC.

Dica: Casos em que a proposta deixa de ser obrigatria

Se feita sem prazo a pessoapresenteNo foi imediatamente aceita

Se feita sem prazo a pessoaausenteTiver decorrido tempo suficiente parachegar a resposta ao conhecimento do proponente

Se feita a pessoa ausenteNo tiver sido expedida a respostadentro do prazo dado

Se antes dela, ou simultaneamenteChegar ao conhecimento da outra parte a retratao do proponente

Pacto Sucessrio art. 426, CC (pacta corvina) No pode ser objeto de contrato a herana de pessoa viva. Ser nulo de pleno direito.Isso porque o testamento s produz efeitos aps a morte do seu titular.

Leso X Resoluo por Onerosidade excessiva art. 157, CC e art. 478, CC.

Lembrar que para ser caracterizada a leso a desproporo deve ter ocorrido no momento da celebrao do negcio.

SEGUEM ABAIXO ALGUMAS CLASSIFICAES DOS CONTRATOS:

Da Compra e Venda;

A compra e venda entre ascendentes e descendentes anulvel. No entanto, por ser uma nulidade relativa, o vcio pode ser sanado com o consentimento do cnjuge e dos demais descendentes

Dica: o consentimento do cnjuge poder ser dispensado, se o regime de bens for o da separao obrigatria. (art. 496, CC)

Da Prestao de Servio;

toda espcie de servio ou trabalho lcito contratado mediante retribuio. As regras do CC tem carter residual, ou seja, somente so aplicadas s relaes que no so regidas pela CLT e pelo CDC.

limitada a no mximo 4 anos para evitar prestaes de servio por tempo muito longo. Se celebrado sem prazo determinado pode ser objeto de resilio unilateral.

Suas causas de trmino encontram-se no art. 607, CC cuja leitura de fundamental importncia!

Do Mandato;

Ocorre quando algum recebe de outrem poderes para em seu nome praticar atos ou administrar interesses.

Sua principal caracterstica a ideia da representao, o que o distingue da locao de servios e da comisso mercantil. Por essa razo os atos do mandatrio

vinculam o mandante, se dentro dos poderes outorgados. Os atos praticados alm s vincularo se houver posterior ratificao.

Ateno especial ao art. 666, CC! O maior de dezesseis e menor de dezoito anos no emancipado pode ser mandatrio, mas o mandante no tem ao contra ele seno de conformidade com as regras gerais, aplicveis s obrigaes contradas por menores.

Da Transao.

um negcio jurdico bilateral pelo qual as partes previnem ou terminam relaes jurdicas controvertidas por meio de concesses mtuas.

Ateno pois na sua constituio se aproxima muito de um contrato por resultar de acordo de vontades; porm nos seus efeitos tem natureza de pagamento indireto.

Da Empreitada.

o contrato em que uma das partes empreiteiro obriga-se a realizar determinada obra, pessoalmente ou por meio de terceiros, mediante remunerao a ser paga pela outra parte (o dono da obra) de acordo com as instrues e sem relao de subordinao.

Recado da Professora: Tenham em mente que a leitura dos dispositivos legais quanto aos contratos em espcie fundamental, as questes sero extradas dos artigos! Agora ter f em Deus, crena em tudo que voc estudou e no quanto se dedicou, foco na resoluo das questes da prova, no deixando nenhum pensamento como medo de reprovao desviar sua ateno.

O medo enfraquece, olhe para prova e diga eu domino voc e v em frente. Estamos juntos! Contem comigo sempre! Um forte abrao, boa prova a todos, estou na torcida!!!

Prof. Jesica Loureno