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ECONOMIA DEFINIÇÃO DE ECONOMIA: ciência social q estuda como pessoas e sociedade decidem empregar recursos escassos na produção de bens e serviços (p/ distribuí-los entre pessoas e grupos da sociedade p/ satisfazer necessidades humanas). Bem: tudo q permite satisfazer necessidades humanas. Podem ser classificados em bens livres e bens econômicos. Bens livres: existem em quantidade ilimitada (luz solar, ar, mar, etc). Bens econômicos: são relativamente escassos e supõem ocorrência de esforço humano na sua obtenção; podem ser transferidos entre os agentes econômicos. Recursos produtivos: são escassos, limitados. Necessidades humanas: são ilimitadas (é por isso que há escassez). Escassez ≠ pobreza. Escassez é ter + necessidades do q bens p/ satisfazê-las; escassez existe em qq sociedade; dela decorre necessidade da escolha (já q não se pode produzir tudo q as pessoas desejam). Pobreza significa ter poucos bens. Escassez ≠ limitação. Um bem pode ter oferta limitada; mas se não for desejado (se não tiver procura), não será escasso. Escassez: preocupação básica da Economia (pq só devido à escassez de recursos em relação às ilimitadas necessidades humanas é que se justifica a preocupação de utilizá-los da forma mais racional e eficiente possível). O q e quanto produzir? Como há escassez, sociedade decide q bens serão escolhidos e a quantidade (eficiência alocativa). Como produzir? Sociedade decide como bens escolhidos serão feitos, e c/ menor custo (eficiência produtiva). P/ quem produzir? Sociedade decide quem receberá bens feitos e como será distribuição (eficiência distributiva). Nas economias de mercado, essas respostas são dadas pela concorrência e pelo sistema de preços. Nas economias centralmente planificadas, tais decisões competem ao órgão central de planificação. Nas economias mistas, cabe tanto às empresas estatais (e ao plano central indicativo) quanto às empresas privadas. Custo de oportunidade: ao escolher uma alternativa de consumo, abre-se mão de algo associado a outras alternativas. Às vezes é possível mensurar o custo de oportunidade. Fluxo circular da atividade econômica Sistema econômico deve ter: tipos de agentes econômicos q nele atuam e fluxos por ele gerados. Numa economia fechada (isto é, s/ relações econômicas c/ países - ex: s/ exportações e importações) há 3 agentes econômicos: famílias, empresas e governo. Famílias : fornecem recursos produtivos p/ empresas (recursos naturais, mão-de-obra, capital, etc) e recebem, em troca, remuneração/renda (salários, aluguéis, juros e lucros) q depois será voltada p/ adquirir das empresas bens e serviços de q necessitam. E mpresas : demandam das famílias recursos produtivos de q precisam, remunerando-as c/ renda (salários, aluguéis, juros e lucros), enquanto ofertam p/ elas bens e serviços q produzem. G overno : regula a economia, provém bens públicos (segurança nacional, polícia, etc) e garante fornecimento dos bens meritórios (educação, saúde, etc). P/ desempenho dessas atividades, arrecada impostos dos agentes econômicos (ex: IR e IPI). Como governo não visa lucro, empresas públicas e sociedades de economia mista das quais governo seja acionista entram no item “Empresas”. Num modelo aberto, há um 4º agente econômico: Resto do mundo (q responde pelas importações e exportações de bens e serviços do país). No fluxo só c/ 2 agentes econômicos (famílias e empresas) há 2 mercados: mercado de fatores de produção (terra, trabalho, capital, tecnologia e capacidade empresarial) e mercado de bens e serviços finais (bens disponibilizados pelas empresas). A integração desses 2 mercados pelos agentes econômicos forma o fluxo real da Economia, com suas ofertas e demandas.

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Page 1: Resumo de Economia 22 Pág - Pronto

ECONOMIA

DEFINIÇÃO DE ECONOMIA: ciência social q estuda como pessoas e sociedade decidem empregar recursos escassos na produção de bens e serviços (p/ distribuí-los entre pessoas e grupos da sociedade p/ satisfazer necessidades humanas).Bem: tudo q permite satisfazer necessidades humanas. Podem ser classificados em bens livres e bens econômicos. Bens livres: existem em quantidade ilimitada (luz solar, ar, mar, etc). Bens econômicos: são relativamente escassos e supõem ocorrência de esforço humano na sua obtenção; podem ser transferidos entre os agentes econômicos. Recursos produtivos: são escassos, limitados. Necessidades humanas: são ilimitadas (é por isso que há escassez).Escassez ≠ pobreza. Escassez é ter + necessidades do q bens p/ satisfazê-las; escassez existe em qq sociedade; dela decorre necessidade da escolha (já q não se pode produzir tudo q as pessoas desejam). Pobreza significa ter poucos bens.Escassez ≠ limitação. Um bem pode ter oferta limitada; mas se não for desejado (se não tiver procura), não será escasso.Escassez: preocupação básica da Economia (pq só devido à escassez de recursos em relação às ilimitadas necessidades humanas é que se justifica a preocupação de utilizá-los da forma mais racional e eficiente possível).O q e quanto produzir? Como há escassez, sociedade decide q bens serão escolhidos e a quantidade (eficiência alocativa).Como produzir? Sociedade decide como bens escolhidos serão feitos, e c/ menor custo (eficiência produtiva).P/ quem produzir? Sociedade decide quem receberá bens feitos e como será distribuição (eficiência distributiva).Nas economias de mercado, essas respostas são dadas pela concorrência e pelo sistema de preços.Nas economias centralmente planificadas, tais decisões competem ao órgão central de planificação.Nas economias mistas, cabe tanto às empresas estatais (e ao plano central indicativo) quanto às empresas privadas.Custo de oportunidade: ao escolher uma alternativa de consumo, abre-se mão de algo associado a outras alternativas. Às vezes é possível mensurar o custo de oportunidade.

Fluxo circular da atividade econômicaSistema econômico deve ter: tipos de agentes econômicos q nele atuam e fluxos por ele gerados. Numa economia fechada (isto é, s/ relações econômicas c/ países - ex: s/ exportações e importações) há 3 agentes econômicos: famílias, empresas e governo. Famílias: fornecem recursos produtivos p/ empresas (recursos naturais, mão-de-obra, capital, etc) e recebem, em troca, remuneração/renda (salários, aluguéis, juros e lucros) q depois será voltada p/ adquirir das empresas bens e serviços de q necessitam. E mpresas : demandam das famílias recursos produtivos de q precisam, remunerando-as c/ renda (salários, aluguéis, juros e lucros), enquanto ofertam p/ elas bens e serviços q produzem. G overno : regula a economia, provém bens públicos (segurança nacional, polícia, etc) e garante fornecimento dos bens meritórios (educação, saúde, etc). P/ desempenho dessas atividades, arrecada impostos dos agentes econômicos (ex: IR e IPI). Como governo não visa lucro, empresas públicas e sociedades de economia mista das quais governo seja acionista entram no item “Empresas”. Num modelo aberto, há um 4º agente econômico: Resto do mundo (q responde pelas importações e exportações de bens e serviços do país). No fluxo só c/ 2 agentes econômicos (famílias e empresas) há 2 mercados: mercado de fatores de produção (terra, trabalho, capital, tecnologia e capacidade empresarial) e mercado de bens e serviços finais (bens disponibilizados pelas empresas). A integração desses 2 mercados pelos agentes econômicos forma o fluxo real da Economia, com suas ofertas e demandas.

P/ q haja fluxo real entre os 2 mercados, é preciso moeda (p/ remunerar fatores d produção e pagar bens e serviços). Logo, ao lado do fluxo real da economia há o fluxo monetário. Unindo os 2 fluxos, ocorre o fluxo circular da renda/atividade econômica.

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Tributação: vazamento no fluxo circular da economia (pq reduz valor corrente da renda, diminuindo gastos c/ bens e serviços).Esse fluxo básico é entre Famílias e Empresas. O fluxo completo soma o Governo (adicionando-se efeito dos impostos e dos gastos públicos) e o Resto do mundo (q inclui todas as transações c/ o resto do mundo).Fluxo Real (produto): total dos bens finais feitos no sistema econômico pelas unidades produtoras; é a “oferta” da economia (ou seja, aquilo q foi produzido e está à disposição dos consumidores).Fluxo Nominal (monetário/renda): total da remuneração dos fatores de produção empregados pelas unidades produtoras; é a “procura” da economia (ou seja, aquilo que as pessoas procuram p/ satisfazer suas necessidades).Setores da economiaO agente “Empresas” engloba os 3 grandes setores da economia (encarregados de reunir os recursos produtivos, p/ produzir bens e serviços p/ atender à demanda dos consumidores):- Setor Primário: atividades feitas perto das bases dos recursos naturais (ex: agrícola, pesqueira, pecuária, extrativismo).- Setor Secundário: atividades industriais (mediante as quais os bens são transformados).- Setor Terciário/de Serviços: atividades p/ satisfazer necessidades humanas de serviços q não se transformam em material (ex: comércio, transportes, saúde, sistema financeiro, segurança, educação, lazer).MICROECONOMIA (Teoria de Preços)Estuda o comportamento das famílias e das empresas, e os mercados nos quais operam. Preocupa-se mais c/ análise parcial, c/ as unidades (consumidores, firmas, mercados específicos), c/ a formação dos preços e o funcionamento do mercado de cada produto. Ex: no estudo da floresta, a microeconomia se preocupa c/ árvores animais de cada espécie, de forma isolada; já a macroeconomia se preocupa c/ a floresta como um todo, e nas interações entre animais e plantas da floresta.MACROECONOMIAEstuda o comportamento das variáveis econômicas agregadas (crescimento econômico, recessão, inflação, desemprego, etc). Análise é feita como um todo (não há preocupação c/ comportamentos individuais de cada agente). Propõe-se a responder questões tais como: Qual o motivo de tanto desemprego? Por que o Brasil é deficitário no Balanço de Pagamentos? A inflação voltará? O que fazer p/ baixar a taxa de juros? Estuda evolução dos mercados de forma geral; analisa comportamento dos grandes agregados (renda nacional, produto nacional, investimento, poupança, consumo agregado, inflação, emprego e desemprego, quantidade d moeda, juros, câmbio). Não analisa em profundidade comportamento das unidades econômicas individuais (famílias, empresas, fixação de preços em mercados individuais, etc); trata mercados de forma global, agregada. Objetivos da Política MacroeconômicaSão objetivos da política macroeconômica:- alto nível de emprego; ===> é conjuntural (curto prazo)- estabilidade de preços (controle da inflação); ===> é conjuntural (curto prazo)- distribuição equitativa de renda; ===> é estrutural (extrapola análise meramente econômica)- crescimento e desenvolvimento econômicos. ===> é estrutural (extrapola análise meramente econômica)• Alto nível de emprego: emprego é o uso dos recursos disponíveis na economia; desemprego é o não uso de mão-de-obra disponível p/ trabalhar (há ociosidade). • Estabilidade de preços (controle da inflação): inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços.• Distribuição equitativa de renda: nem sempre crescimento econômico é acompanhado d distribuição d renda (e vice-versa). • Crescimento e desenvolvimento econômicos: quando nível de emprego está baixo (desemprego) pode-se aumentá-lo fazendo economia crescer. Políticas econômicas voltadas p/ o crescimento geralmente tentam alterar o comportamento dos agentes econômicos, provocando variações no consumo, poupança e investimento agregado. Os Trade-Off’s (dilemas de escolha) da Política EconômicaHá trade-off entre crescimento econômico e inflação; e tb entre crescimento e equidade: afirmam q modo + rápido de crescer é pela distribuição desigual de renda (pq seria + fácil realizar políticas públicas q visassem aumento dos lucros e da poupança dos + ricos, p/ depois distribuir os excedentes aos + pobres (teoria do bolo: 1º, o bolo deve crescer, p/ só depois ser repartido, e não o contrário; logo, 1º a economia deve crescer, p/ só depois haver preocupação c/ distribuição equitativa de renda).

PROCURA (DEMANDA)Procura/demanda do bem: quantidade do bem q consumidores desejam adquirir a certo preço, num certo período de tempo. C urva de demanda do bem : quantidade q consumidores desejam comprar à medida que o preço unitário muda.Quantidade procurada/demandada do bem varia inversamente em relação ao seu preço, ceteris paribus (lei da demanda).A curva de demanda tem inclinação p/ baixo/decrescente/descendente/negativa.Função da Demanda: relação d dependência entre quantidades demandadas e preços é dada por função linear de coeficiente angular negativo (quantidades no eixo X e preços no eixo Y indicam curva decrescente/descendente/negativa). A curva de demanda é dada pela função y = -ax + b (onde “a” é o coeficiente angular (inclinação da reta) e “b” é o coeficiente linear). Substituindo y por P (preço) e x por Q (quantidade) surge a equação da demanda: P = -aQ + b. O sinal negativo antes de “a” é pq há uma relação inversa entre P e Q. Vale destacar q nem sempre a demanda será linear.

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Coeficiente angular (“a”) => indica a inclinação da reta (q, no caso da demanda/procura, é negativa pq há uma relação inversa entre P e Q). Variável “a” = - ∆P / ∆Q (∆P = diferença entre P1 e P2; ∆Q = diferença entre Q1 e Q2) Coeficiente linear (“b”) => indica ponto onde reta intercepta eixo das ordenadas Y (no caso da demanda, Y=P, onde Q=0).

Cálculo de “a” e “b” no caso específico: a = - (3 - 2) / (40 - 30) => a = -0,1; na equação P = -aQ + b p/ achar “b” é só substituir os valores de “a”, P e Q (P1 e Q1 ou P2 e Q2, indiferentemente); P1=2 e Q1=40 => 2 = -0,1(40) + b => b = 6.

Equação da demanda do caso específico: P = -0,1 + 6

FATORES QUE AFETAM A DEMANDAAlteração da QUANTIDADE DEMANDADA => deslocamento NA/AO LONGO/SOBRE curva de demanda ● Preço do bem (X): varia inversamente em relação à quantidade demandada. Mudança de preço gera deslocamento na/ao longo/sobre curva de demanda (curva não sai do lugar).

Alteração da DEMANDA => deslocamento DA curva de demanda ● Preços de outros bens (Y): - Bem substituto: quando seu consumo substitui/exclui consumo de outro bem (ex: carne e frango).

PY aumenta ; QDY diminui QDX aumenta p/ mesmo preço de X curva de demanda de X se desloca p/ direita

- Bem complementar: quando seu consumo é associado ao consumo de outro bem. (ex: arroz e feijão).

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PY aumenta ; QDY diminui QDX diminui p/ mesmo preço X curva de demanda de X se desloca p/ esquerda

● Renda do consumidor: p/ bens normais/superiores, aumento da renda gera aumento da demanda (é a regra geral). Após aumento da renda, curva de demanda se desloca p/ direita, indicando maiores quantidades demandadas pelo mesmo preço. Exceções: bens inferiores e bens de consumo saciado/familiar. Bens inferiores: quantidade adquirida varia inversamente à variação da renda, dentro de certa faixa de renda. Ex: carne de 2ª (pq se renda do consumidor aumentar, ele poderá comprar carne de 1ª). Bens de consumo saciado/familiar: aqueles p/ os quais desejo do consumidor está completamente satisfeito após certo nível de renda. Aumento da renda além desse nível não terá nenhum efeito nas quantidades compradas desses bens.

PY aumenta ; QDY diminui QDX aumenta p/ mesmo preço de X curva de demanda de X se desloca p/ direita

PY aumenta ; QDY diminui QDX diminui p/ mesmo preço X curva de demanda de X se desloca p/ esquerda

O mesmo raciocínio é válido p/ os bens de consumo saciado (bens familiares).

● Outros fatores: gostos e expectativas dos consumidores, mudanças demográficas/climáticas, etc. Como nas variações d preços de outros bens ou da renda do consumidor, há deslocamento da curva de demanda (p/ direita/esquerda, conforme o caso), e não deslocamento na/ao longo/sobre a curva de demanda (q só ocorre na variação do preço do bem X).● Mudança no preço do bem X: gera deslocamento na/ao longo/sobre curva de demanda (curva não sai do lugar); ● Mudança em qq fator q não seja preço do bem X: gera deslocamento da curva de demanda (curva sai do lugar).

Curva da demanda original é D. Alteração da demanda (q é causada por qq fator diferente da mudança no preço do bem X) pode ser representada pelas curvas D’ (curva D se desloca p/ direita) ou D’’ (curva D se desloca p/ esquerda). Alteração da quantidade demandada é representada pelo deslocamento na/ao longo/sobre a própria curva D (do ponto “A” p/ ponto “B”).

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Observações:- Demanda composta: bem pode ser usado p/ várias formas. Ex: couro é composto da demanda por cintos, sapatos, etc.- Demanda conjunta: bens são complementares (um produto é procurado junto c/ outros). Ex: raquete e bola de tênis.- Demanda derivada: procura por bem advem da procura de bem final. Ex: demanda de pedreiro deriva da procura por casa.Há 2 exceções à lei de demanda/procura: os bens de Giffen e bens de Veblen.- Bens de Giffen : bens de pequeno valor, mas d grande importância no orçamento das pessoas d baixa renda. C/ alta de seus preços, seu consumo tende a aumentar (pq, embora seu preço tenha aumentado, são ainda + baratos q os demais - e como a renda do consumidor é baixa, ele não poderá adquirir outros bens e optará por consumir + quantidades do bem de Giffen).- Bens de Veblen : bens de consumo ostentatório (ex: obras de arte). Como objetivo do consumidor é mostrar aos outros q tem renda alta (e não o consumo do bem em si) quanto mais caros, mais são procurados.Os bens de Giffen e de Veblen têm curvas de demanda c/ inclinação positiva (são ascendentes da esquerda p/ direita).CURVA DE PROCURA DO MERCADOProcura de mercado: soma das procuras individuais. Ex: a um preço, consumidor “A” quer adquirir 10 maçãs e “B” quer 6; a procura de mercado será de 16 maçãs ao preço dado. A curva de procura de mercado é a soma horizontal das curvas de procura dos indivíduos desse mercado (é horizontal pq sempre se somam as quantidades - e não os preços). A demanda total depende do nº de indivíduos economicamente aptos a participar do mercado (ou seja, depende do tamanho da população).

OFERTA Oferta do bem: quantidade do bem q vendedores desejam vender a certo preço, num certo período de tempo. C urva de oferta do bem : informa quantidade q vendedores desejam vender à medida que o preço unitário muda.Quantidade ofertada do bem varia diretamente em relação ao seu preço, ceteris paribus (lei da oferta); mas é a partir de um preço q seja suficiente p/ fazer face ao custo de produção (e vai até o limite superior de pleno emprego dos fatores). Logo, quanto maior for o preço do bem, maior será sua quantidade ofertada (e vice-versa) mas essa relação entre quantidade ofertada e preço tem um limite mínimo (custo de produção) e um limite máximo (pleno emprego dos fatores ). A curva de oferta tem inclinação p/ cima/crescente/ascendente/positiva.Função da Oferta: relação de dependência entre quantidades ofertadas e preços é representada por função linear de coeficiente angular positivo (quantidades no eixo horizontal X e preços no eixo vertical Y indicam curva crescente/ascendente/positiva). A curva de oferta é representada pela função y = ax + b (onde “a” é o coeficiente angular (inclinação da reta) e “b” é o coeficiente linear). Substituindo y por P (preço) e x por Q (quantidade) surge a equação da oferta: P = aQ + b. O sinal positivo antes de “a” é pq há uma relação direta entre P e Q.

Coeficiente angular (“a”) => indica a inclinação da reta (q, no caso da oferta, é positiva pq há uma relação direta entre P e Q). Variável “a” = ∆P / ∆Q (∆P = diferença entre P1 e P2; ∆Q = diferença entre Q1 e Q2) Coeficiente linear (“b”) => indica ponto onde reta intercepta eixo das ordenadas Y (no caso da demanda, Y=P, onde Q=0).

Cálculo de “a” e “b” no caso específico: a = - (3 - 2) / (40 - 30) => a = -0,1; na equação P = -aQ + b p/ achar “b” é só substituir os valores de “a”, P e Q (P1 e Q1 ou P2 e Q2, indiferentemente); P1=2 e Q1=40 => 2 = -0,1(40) + b => b = 6.

Equação da demanda do caso específico: P = -0,1 + 6

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FATORES QUE AFETAM A OFERTA

Alteração da QUANTIDADE OFERTADA => deslocamento NA/AO LONGO/SOBRE curva de demanda ● Preço do bem (X): varia diretamente em relação à quantidade ofertada. Mudança de preço gera deslocamento na/ao longo/sobre curva de demanda (curva não sai do lugar).

Alteração da OFERTA => deslocamento DA curva de demanda● Custo de produção: quanto maior o custo de produção, menor o estímulo p/ ofertar o bem ao mesmo nível de preços. Exemplos de custos de produção: tributos, salários dos empregados, taxas de juros, preço das matérias-primas, etc.● Tecnologia: o aumento de tecnologia estimula o aumento da oferta (pq o desenvolvimento da tecnologia implica reduções do custo de produção e aumento da produtividade).● Preços de outros bens relacionados: se os preços de outros bens (c/ mesmo método de produção) subirem enquanto o preço do bem X não se altera, os produtores ofertarão o bem que tiver o maior preço e q lhe trarão maiores lucros.● Concorrência: nº de empresas no mercado influencia na oferta (pq quanto maior o nº de empresas no mercado, maior será a oferta de produtos). Assim, na medida em q novas empresas entram no mercado, a curva de oferta se desloca p/ direita (e, a preços constantes, a quantidade ofertada será maior).● Outros fatores: super oferta de produto agrícola pode ter sido causada por excelente safra (por boas condições climáticas).Da mesma forma q ocorre na curva de demanda, alterações de preços provocam deslocamentos ao longo da curva de oferta (ela continua no mesmo lugar); alterações no custo de produção, tecnologia, preços de outros bens relacionados, concorrência e outros fatores provocam deslocamentos da curva de oferta (ela vai p/ esquerda ou direita).

FUNÇÃO GERAL DA OFERTACurva de oferta é positivamente inclinada: preço é marcado no eixo vertical (Y); quantidade ofertada, no eixo horizontal (X). Variação no preço do bem altera quantidade ofertada (curva de oferta não se desloca; há deslocamento na curva). Qualquer variação de outro fator de influência na oferta (q não seja o preço) provocará deslocamento da curva (p/ esquerda/direita). Logo, “quantidade ofertada” se refere a um ponto da curva (movimento na curva representa aumento/queda na quantidade ofertada); “oferta” se refere a toda curva (movimento da curva representa aumento/queda na oferta).

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EQUILÍBRIOPreço e quantidade de equilíbrio: ponto onde a demanda se iguala à oferta (ou seja, onde as curvas se cruzam).Preço abaixo do equilíbrio: quantidade demandada > quantidade ofertada (diferença entre as 2 mostra escassez deste bem; p/ restabelecer o equilíbrio, preço deverá ser elevado p/ q quantidade ofertada aumente e a quantidade demandada diminua).Preço acima do equilíbrio: quantidade ofertada > quantidade demandada (diferença entre as 2 mostra excesso deste bem; p/ restabelecer o equilíbrio, preço deverá ser reduzido p/ q quantidade ofertada diminua e a quantidade demandada aumente).Exemplo 1: Qual efeito sobre preço e quantidade de equilíbrio de um bem X (em mercado competitivo) após aumento do preço de um bem Y, substituto de X? Após aumento de preço de Y, quantidade demandada de Y diminuirá. Como X e Y são substitutos, consumidores substituirão consumo de Y pelo de X (demanda de X aumentará: curva de demanda de X se deslocará p/ direita). Aumento de preço de bem substituto gera aumento de preços e quantidades transacionadas do bem X.Exemplo 2: Qual efeito sobre preço e quantidade de equilíbrio de um bem X (em mercado competitivo) após aumento do preço de um bem Y, complementar de X? Após aumento de preço de Y, quantidade demandada de Y diminuirá. Como X e Y são complementares, consumidores, ao diminuírem consumo de Y, tb diminuirão consumo de X (demanda de X diminuirá: curva de demanda de X se deslocará p/ esquerda). Aumento de preço de bem complementar gera redução de preços e de quantidades transacionadas do bem X.Exemplo 3: Qual efeito sobre preço e quantidade de equilíbrio de um bem X (em mercado competitivo) após aumento de tributação sobre a produção? Aumento de tributação sobre produção aumentará custos de produção (diminuirá oferta: curva de oferta se deslocará p/ esquerda). Aumento de tributação sobre produção gera aumento de preços e redução de quantidades transacionadas. Já se aumento de tributação fosse sobre renda das pessoas, alteraria a demanda.Exemplo 4: Qual efeito sobre preço e quantidade de equilíbrio de um bem X (em mercado competitivo) após desenvolvimento de tecnologia de produção? Desenvolvimento de tecnologia diminuirá custos de produção (aumentará oferta: curva de oferta se deslocará p/ direita). Desenvolvimento de tecnologia gera redução de preços e aumento de quantidades transacionadas.Exemplo 5: Qual efeito de um congelamento de preços, abaixo do equilíbrio, por parte do governo? Não haverá deslocamento de nenhuma das 2 curvas.P/ descobrir efeitos de um acontecimento sobre o preço e quantidade de equilíbrio de determinado bem:1º) Se acontecimento for só alteração de preço: haverá deslocamento NA curva => gerará escassez (se preço for abaixo do equilíbrio) ou excesso (se preço for acima do equilíbrio).2º) Se acontecimento afetar demanda ou oferta: mudança na renda do consumidor e no preço de bem c/ consumo relacionado geram deslocamentos DA curva de demanda; mudança no custo de produção (salários, tributos, taxa de juros, preços de matérias-primas), tecnologia, preço de bem c/ produção relacionada e concorrência geram deslocamentos DA curva de oferta.3º) Aumentos (na demanda/na oferta) deslocam as curvas p/ direita, no sentido de aumento de quantidades transacionadas; reduções (na demanda/na oferta) deslocam as curvas p/ esquerda.4º) Após o deslocamento das curvas, verificar as consequências sobre o novo preço e a quantidade transacionada do bem.

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PREÇO E QUANTIDADE DE EQUILÍBRIOPreço de um bem é a razão de troca entre este bem e qq outro (todos bens são úteis e escassos e tem um valor).Equilíbrio: quantidade demanda = quantidade ofertada (no mesmo mercado e unidade de tempo). No ponto de equilíbrio, não há excesso nem escassez do bem e o mercado é normal; preço e quantidade de equilíbrio tendem a persistir no tempo.DESLOCAMENTO NA PROCURA (DEMANDA)Aumento na procura de um produto aumenta preço (consumidores pagarão mais) e quantidade (vendedores ofertarão mais).Fatores causadores de deslocamento p/ direita (aumento na procura/demanda):- mudança no hábito do consumidor;- aumento na renda;- aumento dos preços de bens substitutos/sucedâneos;- redução dos preços de bens complementares.

DESLOCAMENTO NA OFERTAAumento na oferta de um produto diminui preço (consumidores pagarão menos) e aumenta quantidade (vendedores terão q aumentar a quantidade pq o preço diminuirá).Fatores causadores de deslocamento p/ direita: - aumento na oferta;- aperfeiçoamento das técnicas de produção;- redução dos custos de produção;- clima favorável;- entrada de empresas no mercado.

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ELASTICIDADESElasticidade=sensibilidade; mede quanto 1 variável pode ser afetada por outra (numerador: efeito (ΔQ); denominador: causa).ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA (EPD): mede sensibilidade da variação da quantidade demandada do bem em função da variação do preço (ΔQd/ΔP). Quando preço aumenta, quantidade demandada em geral cai: EPD < 0; mas usa-se seu valor absoluto (ex: se EPD = -1, a elasticidade é 1). - EPD > 1 (queda na quantidade demandada é superior ao aumento no preço): demanda é elástica ao preço.- EPD = 1 (queda na quantidade demandada é igual ao aumento no preço): demanda é unitária em relação ao preço. - EPD < 1 (queda na quantidade demandada é inferior ao aumento no preço): demanda é inelástica em relação preço.- Quanto + essencial o bem, + inelástica será sua demanda (aumento no preço gerará pouca redução na demanda: EPD < 1).- Quanto - peso do bem no orçamento, + inelástica será sua demanda (caneta simples é barata e pode durar bastante tempo; se preço aumentar, seu consumo não diminuirá muito - pq produto é muito barato, não pesa muito no orçamento das famílias).- Quanto + bens substitutos tiver, + elástica será sua demanda (aumento no preço fará consumidores adquirirem bens substitutos; diminuição das quantidades demandadas será grande).- Quanto maior nº de possibilidades de usos do produto, maior será sua elasticidade (pq nº de substitutos tb deverá ser alto).- No longo prazo, EPD tende a ser maior q no curto prazo (pq consumidores demoram p/ se ajustar ou achar bens substitutos).ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA (ERD): mede sensibilidade da variação da quantidade demandada do bem em função da variação da renda (ΔQd/ΔR).ERD > 1 ===> bem de luxo/superior (tipo de bem normal) ; elasticidade renda da demanda elástica.ERD = 1 ===> bem normal ; elasticidade renda da demanda unitária.ERD > 0 ===> bem normal ; elasticidade renda da demanda é positiva.0 < ERD < 1 ===> bem normal ; elasticidade renda da demanda inelástica.ERD = 0 ===> bem de consumo saciado ; elasticidade renda da demanda é nula (pq demanda permanece constante).ERD < 0 ===> bem inferior ; elasticidade renda da demanda é negativa.ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA (EXY): mede efeito q mudança no preço de um bem (causa) gera na quantidade demandada de outro bem (efeito). (ΔQd de x/ΔP de y). EXY > 0 ===> bens substitutos EXY < 0 ===> bens complementares EXY = 0 ===> bens independentesELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA (EPO): mede sensibilidade da variação da quantidade ofertada do bem em função da variação do preço. (ΔQo/ΔP).EPO>1 (oferta elástica ao preço) EPO=1 (oferta unitária ao preço) EPO<1 (oferta inelástica ao preço) Assim como na demanda, oferta é + elástica no longo prazo (a resposta em quantidade ofertada p/ alteração no preço é maior, pq no longo prazo produtores podem aumentar/diminuir a produção conforme necessário). Já na alteração no preço no curto prazo, nem sempre produtores podem ajustar a oferta dos produtos; logo, nesse intervalo de tempo a oferta será inelástica.EFEITOS DOS TRIBUTOS INDIRETOS SOBRE SISTEMA DE PREÇOS: Tributos Indiretos (II/IE/IPI/ICMS/ISS/PIS/COFINS): incidem sobre produtores, c/ base na produção/venda/compra/uso de bens e serviços. O contribuinte de fato é o consumidor final. Geralmente são embutidos no preço final dos produtos (“por dentro”) e, nestes casos, carga tributária efetiva é maior q carga tributária nominalmente informada. Como tributo “por fora” há o IPI. Imposto progressivo atua como freio ao crescimento excessivo da renda (pq a renda adicional é taxada mais pesadamente); funciona como estabilizador automático.

ESTRUTURAS DE MERCADO (REGIMES DE PREÇOS)3 fatores diferem estruturas de mercado: nº d firmas produtoras ; diferenciação do produto ; barreiras à entrada d novas firmasHá 6 tipos de mercados: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística, oligopólio, monopsônio e oligopsônio. - Concorrência perfeita: grande nº de produtores e consumidores; produto transacionado é homogêneo; não há barreiras à entrada de novas firmas e consumidores; perfeita transparência de informações entre consumidores e vendedores; perfeita mobilidade dos fatores de produção. Exemplo mais próximo: mercados agrícola e de ações.- Concorrência monopolística: bem parecido c/ concorrência perfeita; diferença: produto transacionado não é homogêneo (mas é substituível; logo, cada firma tem o monopólio do seu produto, que é diferenciado dos demais). Ex: lojas de roupas (muitas firmas e compradores, mas o produto é diferenciado - cada loja tem o monopólio da sua marca).- Monopólio: antítese da concorrência perfeita. Há só 1 firma p/ vários consumidores. O produto não tem substitutos próximos e há barreira à entrada de novas firmas. Ex: companhias de energia elétrica dos Estados/Municípios.- Monopsônio: antítese do monopólio (só há 1 comprador). Ex: regiões em q há várias fazendas de gado e só 1 frigorífico p/ comprar a carne das fazendas.- Oligopólio: pequeno nº de firmas domina o mercado; produtos podem ser homogêneos/diferenciados, c/ barreiras à entrada de novas empresas.- Oligopsônio: antítese do oligopólio (há 1 grupo de compradores q domina o mercado). Ex: mercado de peças automotivas em que um pequeno grupo de compradores (Ford, GM, Fiat, etc) adquirem grande parte da produção.Maximização dos lucros (teoria neoclássica/marginalista): receita marginal (Rmg) = custo marginal (Cmg). Tal condição vale p/ qq estrutura/tipo de mercado, independente se é curto/longo prazo. Receita total (RT): produção (Q) multiplicada pelos preços dos produtos (P). RT=P.QLucro total (LT): diferença entre receita total e custo total. LT = RT – CTReceita marginal (Rmg): acréscimo na receita total (ΔRT) pelo acréscimo de produção (ΔQ). Rmg = ΔRT/ΔQCusto marginal (Cmg): acréscimo no custo total (ΔCT) pelo acréscimo de produção (ΔQ). Cmg = ΔCT/ΔQRmg>Cmg (produção aumenta) Rmg=Cmg (produção constante - maximização dos lucros) Rmg>Cmg (produção diminui)

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CONCORRÊNCIA PERFEITAEssência do modelo de concorrência perfeita: o mercado é inteiramente impessoal: é tão diversificado e tem tantos produtores e consumidores que não sobra espaço p/ rivalidades pessoais. Basicamente, 4 condições definem a concorrência perfeita:1ª) Atomicidade (grande número de pequenos vendedores e compradores): Todos agentes econômicos são pequenos em relação ao mercado (não exercem influência significativa sobre o todo). Assim, compradores e vendedores são como “átomos” (pq 1 só “átomo” não afeta os preços). Principal consequência da atomicidade (grande nº de vendedores e compradores) é q as empresas e os consumidores aceitarão o preço q mercado impõe. Curva de demanda p/ firma é uma reta horizontal no nível do preço de mercado; demanda p/ firma na concorrência perfeita é infinitamente/perfeitamente elástica.2ª) Produto homogêneo: Produto de vendedor é homogêneo ao produto de outro vendedor; produtos são substitutos perfeitos entre si. Ex: produtos primários (produtos agrícolas (feijão, milho, algodão), petróleo, gás, minérios, metais). Produtos homogêneos são chamados de commodities; são rigorosamente iguais (não se distinguem por qq tipo de característica).3ª) Livre mobilidade dos fatores de produção (livre entrada e saída): Fator de produção mão de obra é móvel (pode mudar de uma empresa p/ outra); requisitos p/ exercer qq trabalho por parte da mão de obra são poucos e fáceis de aprender; os fatores de produção estão disponíveis p/ todas empresas; novas empresas podem entrar e sair livremente (salvo no caso específico de grandes investimentos ou quando patentes/licenças iniciais são necessárias).4ª) Perfeito conhecimento (transparência): Os consumidores têm perfeito conhecimento dos preços; os produtores conhecem seus custos tão bem quanto os preços (p/ atingir o lucro máximo).Diante das 4 características, não há nenhum mercado perfeitamente competitivo (concorrência perfeita); mas várias bancas aceitam os mercados agrícolas e os de ações como exemplo clássico de concorrência perfeita. Resumo da concorrência perfeita:- todos agentes são tomadores/aceitadores de preço;- curva de demanda da firma é perfeitamente elástica (horizontal);- única estrutura de mercado em que o preço é igual à receita marginal (logo, o ponto de maximização de lucros (equilíbrio) é atingido quando o preço é igual ao custo marginal => P=Cmg);- curva de oferta é a curva do custo marginal acima do custo variável médio;- no curto prazo, a firma pode obter prejuízo, lucro zero (normal) ou lucro econômico; no longo prazo, obterá obrigatoriamente lucro normal (zero), onde lucro total é igual ao prejuízo total (ou Rme=Cme);- no longo prazo, no equilíbrio (ponto de mínimo da curva de custo médio): Rmg=Cmg=P=Rme=Cme;- limita o poder da exploração no sistema econômico (pq há grande nº de vendedores e compradores realizando transações de compra e venda de produtos/serviços homogêneos - mas sem interferirem na condução do mercado).

CONCORRÊNCIA IMPERFEITA: tipos d mercado q deixam d atender qq característica da concorrência perfeita - concorrência monopolística (sinônimo de concorrência imperfeita p/ algumas bancas), monopólio, monopsônio, oligopólio e oligopsônio.

MONOPÓLIOÉ a antítese da concorrência perfeita; representa a inexistência de competição.Características básicas do monopólio:01) Só há 1 empresa produtora do bem/serviço (e sua curva de demanda é a própria curva de demanda do mercado);02) Não há produtos substitutos/sucedâneos próximos;03) Existem barreiras à entrada de novas firmas concorrentes;04) Receita marginal é menor q o preço (curva da receita marginal fica abaixo e à esquerda da curva de demanda;05) Monopolista não possui curva de oferta;06) Monopolista nunca atua no setor inelástico da curva de demanda (nunca atua quando EPD<1);07) Equilíbrio do monopólio geralmente é c/ preços maiores e quantidades produzidas menores q as da concorrência perfeita;08) Mark up (índice aplicado sobre o custo p/ formação do preço de venda) é a faixa de preço acima do custo marginal;09) O índice de Lerner (meio d medir poder de monopólio) é inversamente proporcional à elasticidade q monopolista enfrenta; 10) Discriminação de preços de 1º grau/perfeita: quando monopolista cobra o preço q consumidor está disposto a pagar; o mercado não perde eficiência (pq perda de excedente do consumidor é capturada pelo produtor);11) Discriminação de 2º grau: quando monopolista cobra preço diferente, segundo quantidade comprada por cada consumidor;12) Discriminação de 3º grau: quando monopolista cobra preços diferentes d pessoas diferentes independente d quantidades consumidas por essas pessoas;13) Monopólio é ineficiente economicamente (só a concorrência perfeita é eficiente, pq excedentes são maximizados);14) Solução de regulação de monopólio natural exige q monopolista aproxime preço do custo médio (e não do custo marginal).O monopolista é o mercado; tem completo controle sobre a quantidade de produto que será colocada à venda. Porém, não significa q poderá cobrar preço q quiser. P/ maximizar os lucros, monopolista deve determinar características da demanda de mercado e seus custos. Barreiras à entrada de novos concorrentes podem ser tecnológicas ou legais. Barreiras tecnológicas derivam do fato de ser possível q economias de escala, geradas por empresa de grandes dimensões, tornem a produção dela mais econômica: 1 só empresa pode suprir todo o mercado a custos + baixos do q um grupo de empresas concorrentes. São os “monopólios naturais/puros”, formados por empresas c/ grandes plantas industriais, que atuam nos setores em q oferta feita por firmas menores e concorrentes fica menos eficiente e + custosa aos consumidores; acontece c/ frequência nos serviços públicos. Ex: empresa de gás q usa tecnologia de ponta e tem custos fixos elevados (instalação e manutenção de canos p/ passagem do gás) e um custo marginal baixo p/ ofertar unidades extras de gás. Após instalada a tubulação, custa muito pouco bombear gás p/ seu interior. De forma análoga, existem mesmas condições nas áreas de comunicação, ferrovias, etc. Logo, quando há custos fixos elevados e custos marginais pequenos, a empresa alcança o status de monopólio natural. Quanto às barreiras legais, são exemplos: patentes, licenças e marcas registradas, ou quando uma lei assegura ao vendedor a primazia no mercado (ex Petrobrás - q, até 1995, possuía, por lei, o monopólio das atividades de extração e refino do petróleo).

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Basicamente, as barreiras à entrada de novas firmas concorrentes têm 4 origens principais:- recursos de monopólio: só 1 empresa tem os recursos chave p/ produção de certo produto; - regulamentações do governo: às vezes, os monopólios surgem pq o governo concede só a 1 empresa o direito exclusivo de vender algum bem/serviço (monopólio legal);- produção: 1 só empresa pode produzir a custo médio menor do q se tivessem + empresas (monopólio natural/puro); principal característica do monopólio natural/puro é a existência de economias de escala no processo de produção;- tradição no mercado q algumas firmas possuem muitas vezes funciona como barreira à entrada.

CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICAÉ um meio termo entre a concorrência perfeita e o monopólio; se aproxima da concorrência perfeita pq há competição entre as empresas e nenhuma delas tem alto poder sobre o mercado; se aproxima do monopólio pq cada firma, ao ter exclusividade sobre seu produto/marca, possui poder de monopólio.Características da concorrência monopolística:- Várias firmas (geralmente de pequeno porte) produzem produtos parecidos (não são homogêneos como na concorrência perfeita, mas são substituíveis entre si; apesar disso, prevalece atomização do mercado - poder de monopólio é pequeno);- Entrada/saída de novas firmas no mercado é fácil (incentivo é lucro supernormal no curto prazo); no longo prazo, lucro supernormal é absorvido pelo aumento de novos concorrentes - firma ficará em equilíbrio c/ lucro zero (lucro normal);- Firma opera c/ excesso de capacidade, pq não consegue atuar no ponto de custo médio mínimo (seu nível de produção é melhor do q nível capaz de minimizar seu custo médio); tal excesso de capacidade é ineficiente (pq custos médios poderiam ser menores se existissem menos empresas atuando; tais ineficiências pioram o bem-estar dos consumidores).- Curva de demanda é bastante elástica; fica no meio termo entre a concorrência perfeita e o monopólio (alta elasticidade é explicada pela existência de vários produtos substitutos que o consumidor pode adquirir);- Ao contrário da concorrência perfeita, preço de equilíbrio > custo marginal (pq valor atribuído pelos consumidores a unidades adicionais do produto é maior do q custo de produção destas mesmas unidades).

POLÍTICAS MONETÁRIA E FISCALPOLÍTICA MONETÁRIA

Conceito de moedaMoeda: tudo aquilo q é aceito p/ liquidar transações (isto é, p/ pagar pelos bens/serviços e p/ quitar obrigações). Espécie de direito q seu detentor tem perante a sociedade, exercido/cobrado quando o detentor da moeda compra bens/serviços. Qualquer coisa pode ser moeda, desde q sirva p/ comprar bens/serviços (ou seja, desde q aceita como forma de pagamento). Funções básicas p/ q um ativo desempenhe seu papel de moeda:- Meio de troca: ser intermediária das trocas (principal função da moeda); tal função decorre da aceitação geral da sociedade;- Reserva de valor: decorre da 1ª função (meio de troca); só há sentido em usar a moeda como meio de troca se, entre uma transação em certo momento e outra em momento posterior, ela mantiver o seu valor/seu poder de compra; - Unidade de conta: a moeda fornece o referencial p/ q os valores das demais mercadorias sejam cotados.Atributos/características da moeda: aceitação geral, divisibilidade, durabilidade, baixo custo d carregamento e transferibilidade.Demanda de moeda- As pessoas demandam moeda p/ fazer transações - adquirir bens/serviços (demanda por motivo transacional - depende da renda das pessoas e não rende juros; quanto maior a renda das pessoas, + demandam moeda por motivos transacionais).- Como as pessoas não recebem renda diariamente mas realizam gastos diariamente, precisam guardar moeda (demanda por motivo precaucional - depende da renda das pessoas e não rende juros; não é a quantidade de moeda na poupança, mas sim a q é guardada sem render juros, p/ realizar transações em momentos futuros).- As pessoas podem escolher manter sua riqueza como moeda (q tem liquidez absoluta) ou em títulos diversos (q, apesar de terem menor liquidez q a moeda, geram rendimentos ao seu portador). Quando demandam títulos, significa q estão abrindo mão de demandar moeda - e vice-versa (demanda por motivo especulativo/portfólio - depende tanto da renda como da taxa de juros). A demanda de moeda por motivo especulativo é inversamente proporcional à taxa de juros (pq quanto maior a taxa de juros, maior será a demanda por títulos; logo, menor será a demanda por moeda). Oferta de moedaTransações feitas pelos agentes econômicos podem ser por: papel-moeda (dinheiro em espécie) ou moeda bancária/escritural (cheques, transferências bancárias, e/ou cartões de débito) - moeda q os agentes (público) mantêm nos bancos comerciais.Meios de pagamento da economia (M1) - principal agregado do sistema monetário: papel-moeda (dinheiro em espécie) + moeda bancária/escritural c/ disponibilidade imediata (dinheiro em conta corrente: depósitos à vista). Características de M1: ativos c/ liquidez absoluta (podem prontamente ser usados como poder de compra) e não rendem juros ao seu detentor. Expansão da moeda pelos bancos comerciais: bancos captam recursos dos depositantes e emprestam como crédito bancário. Maior parte do lucro dos bancos é a diferença entre o q pagam como remuneração aos depósitos e os juros q recebem dos empréstimos q concedem (spread bancário). Na prática, banco “cria moeda” (ao usar dinheiro d alguns p/ emprestar a outros). Há 3 destinos p/ depósitos captados pelo banco: reservas, empréstimos a outras pessoas ou investimentos (compra d títulos do governo/de outro banco, compra de moeda estrangeira, etc). Depósitos à vista = Reservas + Empréstimos + Investimentos.As reservas podem ser de 2 tipos:- reservas compulsórias: parcela dos depósitos q os bancos são obrigados legalmente a depositar em suas contas junto ao BACEN (autoridade monetária) p/ poderem fazer frente a suas obrigações;- reservas voluntárias: recursos q os bancos mantêm junto ao BACEN por opção.

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Nota 1: em questões de prova, a palavra “reservas” pode aparecer como encaixes/depósitos (que difere de depósitos à vista). Logo, reservas compulsórias são o mesmo que encaixes/depósitos compulsórios.Nota 2: além dessas 2 reservas q os bancos comerciais fazem junto ao BACEN, o próprio banco pode ter reserva em caixa. Existência das reservas (voluntárias e compulsórias) permite ao banco criar moeda por empréstimo de parcela dos depósitos à vista (pq os bancos confiam q essas reservas garantem o atendimento das demandas de saque dos depositantes). Por meio de sua capacidade de criar moeda, os bancos multiplicam a injeção de moeda inicial no sistema (base monetária).Criação e destruição de moeda: criação/destruição de moeda = criação/destruição de meios de pagamento (M1). São 2 as condições p/ haver criação/destruição de moeda: transação entre os setores bancário e não-bancário da economia; troca de haveres monetários e não monetários.• Exemplos de criação de moeda:- pessoa faz saque de seu depósito a prazo: há transação entre banco (setor bancário) e pessoa (setor não bancário); ao mesmo tempo, banco entrega p/ pessoa um haver monetário (M1) e a pessoa entrega p/ banco o título do depósito a prazo (haver não monetário).- empresa desconta duplicata no banco: há transação entre banco (setor bancário) e empresa (setor não bancário); ao mesmo tempo, empresa entrega p/ banco um haver não monetário (duplicata) e recebe um haver monetário (M1).- exportador recebe em reais o valor de venda ao exterior: exportador (setor não bancário) recebe haver monetário (M1) e entrega haver monetário ao banco (setor bancário). A moeda estrangeira não é M1 (logo, é um haver não monetário).- banco adquire títulos governamentais do público, creditando suas contas correntes: banco (setor bancário) entrega um haver monetário (M1) p/ setor não bancário (governo) e recebe, em troca, um haver não monetário (títulos públicos).• Exemplos de destruição de moeda:- pessoa faz depósito em sua caderneta de poupança: pessoa (setor não bancário) entrega M1 (haver monetário) p/ banco (setor bancário) e recebe em troca um haver não monetário (título de caderneta de poupança - q não é M1).- banco vende títulos governamentais ao público: setor bancário entrega haveres não monetários (títulos públicos) ao setor não bancário (público), recebendo em troca haveres monetários (supondo q o público esteja pagando c/ M1).- importador paga ao banco valor de compra no exterior: importador (setor não bancário) entrega ao banco haver monetário (M1) e recebe do banco haver não monetário (valor correspondente em moeda estrangeira p/ realizar pgto da compra).- banco vende imóvel a empresa, recebendo pagamento em dinheiro: setor bancário entrega haver não monetário (imóvel) ao setor não bancário, recebendo em troca um haver monetário.- pessoa paga empréstimo bancário, sendo debitado na conta corrente: setor não bancário (pessoa) entrega haver monetário (ela é debitada em conta corrente) ao setor bancário e, em troca, tem sua dívida (haver não monetário) cancelado.• Exemplos em que não há criação/destruição de moeda: - pessoa faz depósito à vista em sua conta corrente: não há operação c/ troca de haver monetário e não monetário. O dinheiro q entra na conta é M1 (DV); o q sai tb (papel moeda). Além disso, a transação não envolve setores bancário e não bancário.- banco comercial realiza empréstimo (redesconto) junto ao BACEN: não há criação/destruição de moeda (pq operação não ocorre entre setores bancário e não bancário - os 2 lados representam o setor bancário).- União solicita empréstimo ao FMI e o valor recebido é depositado no BACEN: ocorre transação entre setor não bancário (União) e setor bancário (FMI é como se fosse um banco emprestador). Porém, FMI emprestará o valor em moeda estrangeira - q não é M1 (p/ ser M1, tem que ser moeda nacional). Logo, a transação não envolve haver monetário (M1).Instrumentos de política monetáriaPolítica monetária: atuação do BACEN p/ definir as condições de liquidez da economia: quantidade ofertada de moeda e nível de taxa de juros. P/ exercer seu papel, o BACEN dispõe dos seguintes instrumentos:- Emissões monetárias: BACEN tem o monopólio das emissões e deve colocar em circulação o volume de notas necessárias ao bom desempenho da economia; caso queira aumentar a quantidade de meio circulante, basta emitir mais moeda.- Reservas obrigatórias dos bancos comerciais: aumento dessa taxa de reservas representará diminuição de M1, pq bancos comerciais emprestarão menos ao público e o farão c/ juros maiores (como há menos dinheiro disponível p/ emprestar, taxas de juros sobem). Assim, se governo opta por política de crescimento da demanda agregada (aumento do nível de emprego), poderá, p/ isso, reduzir a taxa de compulsório; por outro lado, numa política restritiva, anti-inflacionária, poderá aumentá-la.- Redescontos: empréstimos q BACEN faz p/ bancos comerciais. Se taxa de juros do redesconto for baixa, haverá incentivo p/ os bancos comerciais tomarem dinheiro emprestado; logo, haverá melhores possibilidades (mas não certeza) p/ expansão dos meios de pagamento (pq bancos poderão usar dinheiro do empréstimo tomado junto ao BACEN p/ emprestá-lo ao público). Redesconto ≠ taxa de redesconto. Redesconto elevado: há + expansão monetária (pq bancos tomaram + empréstimos junto ao BACEN). Taxa de redesconto elevada: há - expansão monetária. Taxa de redesconto reduzida: só há uma possibilidade de expansão dos meios de pagamento (mera possibilidade de expansão monetária).- Operações de mercado aberto (open market): compras e vendas de títulos públicos no mercado de capitais. Quando BACEN compra títulos no mercado, depósitos e reservas no sistema bancário aumentam, permitindo ampliação da oferta de moeda pelos bancos (pq governo, neste caso, entrega moeda ao mercado e retira os títulos). Quando BACEN vende títulos, enxuga a quantidade de moeda (pq estará recebendo moeda (reduzindo depósitos no sistema bancário) e entregando títulos).- Regulamentação e controle de crédito: pode ser feito via política de juros, controle de prazos, regras p/ financiamentos, etc. - Uso das reservas internacionais: reservas internacionais: quantidade de M1 aceitos internacionalmente (moeda estrangeira) no caixa do BACEN. Quando BACEN compra moeda estrangeira, p/ aumentar reservas internacionais, há aumento de M1 (política monetária expansiva), pq BACEN despeja reais na economia (aumentando M1) e recolhe moeda estrangeira (q não é M1). Já quando BACEN vende moeda estrangeira e diminui seu estoque de reservas internacionais, provoca enxugamento da liquidez na economia (diminui M1), pq despeja moeda estrangeira (não é M1) e recebe reais em troca (diminui M1).

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=> Taxa de juros é objetivo da política monetária (e não instrumento de política monetária). Quando governo visa determinar a taxa de juros e deixa oferta de moeda variar (p/ garantir nível da taxa de juros q quer) a política monetária é passiva. Quando governo controla oferta de moeda (e taxa de juros pode variar livremente) a política monetária é ativa.Relação entre política monetária, renda, inflação e taxa de jurosPolítica monetária expansionista/inflacionária: é voltada p/ aumento da quantidade de meio circulante (M1) na economia. Política monetária restritiva/contracionista/pró-cíclica/anti-inflacionária: governo adota medidas p/ reduzir quantidade de M1.- Política monetária e renda: aumento de M1 (política monetária expansiva) provoca aumento da renda/demanda agregada, aumentando níveis de emprego.- Política monetária e inflação: política expansiva (e política fiscal) provoca pressão inflacionária (aumento de preços).- Política monetária e taxa de juros (preço da moeda): na política monetária expansionista, há + $ circulando (está + barato). Mais M1 (política monetária expansionista): moeda fica + barata (taxa d juros diminui). Menos M1 (política monetária restritiva): moeda fica + cara (taxa de juros aumenta). Equilíbrio monetário (pode ser visto sob 2 óticas: Teoria Clássica e Teoria Keynesiana)Equilíbrio monetário pela Teoria Clássica (teoria quantitativa da moeda - TQM)TQM é fundamentada pela fórmula MV = PT (M = oferta de moeda (base monetária); V = velocidade de circulação da moeda; P = nível geral de preços; T = quantidade de transações ocorrida no sistema econômico). Na teoria clássica, coeteris paribus, aumento da oferta monetária gera só aumento do preço (inflação). Tal teoria não é aceita por todos (pq há 2 condições difíceis de serem verificadas: economia deve estar em pleno emprego e velocidade de circulação da moeda deve ser constante). TQM desconsidera totalmente o papel da taxa de juros sobre a renda; p/ os clássicos, a demanda por moeda depende só da renda.Equilíbrio monetário pela Teoria KeynesianaEquilíbrio monetário: oferta = demanda de moeda. Oferta e demanda de moeda influenciam taxa de juros (e esta, a renda). P/ Keynes, se economia estiver abaixo do pleno emprego, a expansão monetária causa 2 efeitos:- c/ + moeda, taxa de juros fica diminui (incentiva investimentos das empresas); - investimentos das empresas é elemento da demanda agregada (+ investimentos => + renda ; nível de emprego aumenta).Já na economia em pleno emprego, aumento da oferta de moeda gerará só inflação (aumento de preço), como apregoa TQM.POLÍTICA FISCALPolítica fiscal: atuação do governo na arrecadação de impostos e nos gastos. Arrecadação afeta nível de demanda agregada (pq influi na renda q indivíduos poderão usar p/ consumo e poupança; impostos altos: sobra - renda p/ consumo, pela redução na demanda agregada gerada pela redução no consumo). Como gastos públicos agem de forma direta na demanda agregada (renda) e arrecadação de forma indireta, política fiscal via gastos é + eficaz q política fiscal via arrecadação (tributação). Se o governo quiser aumentar renda da economia (diminuir desemprego), aumento de gastos públicos será + eficaz q redução de impostos (pq aquele age diretamente na renda; esta age indiretamente); isso sob condição do coeteris paribus. Se o governo quiser reduzir nível de renda (reduzir demanda agregada), fará o inverso: reduzirá gastos públicos e/ou aumentará impostos. Quando política é feita p/ aumentar renda (demanda agregada) da economia, ela é expansionista/inflacionária (como aumenta demanda agregada, há aumento do preço). Quando política é feita p/ reduzir renda agregada, é restritiva/anti-inflacionária (como reduz demanda agregada, há diminuição do preço). Outra consequência da política fiscal é alteração da taxa de juros. Sendo constante a oferta de moeda, aumento da renda (política fiscal expansiva) fará c/ q agentes demandem + moeda p/ realizar + transações. Como aumento da demanda d um bem faz c/ q preço do bem tb aumente, aumento da demanda do bem “moeda” aumentará preço do bem “moeda” (q são os “juros”). Política fiscal expansiva: aumenta renda=>aumenta demanda por moeda=>aumenta preço da moeda=>aumenta taxa de juros.Problema da intervenção pública pela política fiscal: déficit público e dívida pública (e formas de financiamento p/ saná-los). Déficit Público e Dívida Pública• Carga tributária bruta (CTB) = Total de impostos arrecadados• Carga tributária líquida (CTL) = (CTB) - Transferências do governo• Poupança do governo (Poupança Pública) = (CTL) - Gastos correntes ===> quando governo apresenta poupança positiva, é pq sobrou dinheiro q poderá ser usado p/ despesas de capital: investimentos públicos (construção de escolas, estradas, etc).• Superávit público = Poupança do governo (Poupança pública) - Investimento público (gastos de capital)• Déficit público = Investimento público (gastos de capital) - Poupança do governo (Poupança pública) Déficit/superávit público = Total de impostos - Transferências do governo - Gastos correntes - gastos de capital (investimentos)Superávit público: governo arrecadou + do q gastou => fez política fiscal restritiva (diminuiu a demanda agregada). Déficit público: governo gastou + do q arrecadou => fez política fiscal expansiva (aumentou a demanda agregada). Neste caso, Governo deverá financiar gasto q superou receita de 2 formas: poderá “tirar” dinheiro de algum lugar ou “fabricar” dinheiro.OBS: Demanda Agregada = Produto Interno Bruto (PIB), pq soma das variáveis componentes (consumo, investimento, gastos do governo, exportações e importações) é igual ao total de riqueza gerada e consumida pelo país.As 2 principais maneiras de se obter recursos para financiar o déficit público são:- emissão de moeda: BACEN emite moeda e entrega p/ Tesouro Nacional (União);- venda de títulos públicos ao setor privado (interno e externo).Emissão de moeda (política monetária expansiva) => gera inflação (conforme TQM), mas não gera endividamento do governo (pq ele simplesmente “imprime” o dinheiro de que necessita).Venda de títulos públicos => aumenta endividamento público (o qual, por sua vez, traz nova categoria de gastos: rolagem e pagamento dos serviços (juros, custas, emolumentos, etc) dessa dívida), mas não gera pressões inflacionárias adicionais além das provocadas antes pelo excesso de gastos públicos (pq, ao vender títulos, governo não cria + moeda p/ sanar seu déficit).Déficit público: excesso de gastos sobre arrecadação; dívida pública; acumulado de déficits (espécie de passivo do Estado). O déficit é uma variável “fluxo”; a dívida é uma variável “estoque”.

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Método de apuração do déficit público é o método tradicional, mas como este só considera governo a Administração Direta (U/E/DF/M), Brasil passou a usar (após década de 80) método + abrangente (usado pelo FMI): Necessidade de Financiamento do Setor Público Não Financeiro (NFSP). Antes de definir as NFSP, deve-se diferenciar os critérios “acima” e “abaixo” da linha.- Acima da linha: mede-se déficit c/ base na execução orçamentária d entidades q o geram (direto das receitas e despesas);- Abaixo da linha: mede-se déficit pelo lado do financiamento. Pergunta-se: quanto tenho q pagar (quanto tenho q financiar)? Dados oficiais das NFSP são gerados pelo BACEN ; o método usado é o “abaixo da linha”.Outras entidades governamentais (geralmente unidades orçamentárias de menor escalão) usam o método “acima da linha”. NFSP podem ser conceituadas por qq um dos 2 critérios (ainda q cálculo oficial feito pelo BACEN use só o “abaixo da linha”).As NFSP segundo critério “acima” da linhaHá 3 conceitos de Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP):- Déficit nominal/total: qq necessidade de novos financiamentos p/ fazer frente a qq despesa (gastos totais - receitas totais);- Déficit primário/fiscal: déficit nominal/total - juros/correções (juros nominais) de dívida passada ; gastos não financeiros - receitas não financeiras; despesas primárias - receitas primárias; - Déficit operacional: déficit primário/fiscal + juros/correções (juros reais) de dívida passada.=> Juros reais = juros nominais - correção monetária (efeito inflacionário).=> Quando se fala em NFSP sem especificar o conceito, intenção é tratar do conceito nominal/total (q é o + amplo dos 3).Os mesmos conceitos se aplicam no caso de superávit (mas aí não haverá NFSP - ou pode-se dizer q serão negativas):As NFSP segundo critério “abaixo” da linha (Manual de Finanças Públicas do BACEN)As NFSP serão iguais à variação da dívida pública num certo período.Há 3 conceitos de Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) quase iguais aos do Manual do BACEN:- Resultado nominal s/ desvalorização cambial: variação nominal da dívida líquida - ajustes patrimoniais feitos no período (privatizações e reconhecimentos de dívidas) - variação cambial sobre dívida externa e sobre dívida mobiliária interna. Abrange componente de atualização monetária da dívida, juros reais e resultado fiscal primário.- Resultado nominal c/ desvalorização cambial: variação nominal da dívida líquida - ajustes patrimoniais feitos no período (privatizações e reconhecimentos de dívidas) - variação cambial sobre dívida externa. Abrange componente de atualização monetária da dívida, juros reais, resultado fiscal primário e apropriação da variação cambial sobre dívida mobiliária interna.=> NFSP nominal: variação da dívida fiscal líquida entre 2 períodos de tempo.- Resultado primário: juros sobre dívida líquida dependem da taxa de juros nominal e do estoque de dívida (q é determinado pelo acúmulo de déficits nominais passados). Assim, inclusão dos juros no cálculo do déficit dificulta mensuração do efeito da política fiscal feita pelo governo (é por isso q se calcula resultado primário do setor público: déficit nominal (NFSP) - juros nominais apropriados por competência, incidentes sobre dívida pública). A parcela dos juros externos sobre dívida mobiliária vinculada à moeda estrangeira é convertida pela taxa média de câmbio de compra.MODELO IS-LMEquilíbrio da Renda: investimento (I) = poupança (S) (ou oferta agregada = demanda agregada). Tal condição reflete equilíbrio da demanda agregada/equilíbrio do lado real da economia/equilíbrio no mercado de bens e serviços. Equilíbrio: curva IS.Equilíbrio no mercado d bens e serviços => equilíbrio no lado real da economia => investimento (I) = poupança (S) => curva ISEquilíbrio no mercado d moeda acontece quando oferta de moeda = demanda de moeda. Equilíbrio: curva LM (Liquid Money). Equilíbrio no mercado de moeda => equilíbrio no lado monetário da economia => demanda = oferta de moeda => curva LM

IS-LM NA ECONOMIA FECHADACurva IS (equilíbrio no mercado de bens e serviços)Investimento (I) é função da taxa de juros; Poupança (S) é função da renda.Quanto maior a taxa de juros, menor será o investimento.Quanto maior a renda da economia, maior será a poupança.Curva IS possui inclinação negativa/descendente/decrescente/para baixo. ↑ taxa de juros ===> ↓ investimento ===> ↓ renda Curva IS é negativamente inclinada devido à relação inversa entre o investimento e a taxa de juros. Deslocando a curva ISCurva IS é influenciada pela política fiscal. Política fiscal expansiva: curva IS é deslocada p/ direita. Política fiscal restritiva: curva IS é deslocada p/ esquerda. Alterações das taxas de juros só provocam deslocamentos ao longo da curva IS.Inclinação da curva ISInclinação da curva IS depende de 2 fatores:- sensibilidade (elasticidade) do investimento quanto à taxa de juros; quanto + elástica demanda do investimento em relação à taxa de juros, - inclinada (+ horizontal/achatada) será curva IS; quanto - elástica demanda do investimento em relação à taxa de juros, + inclinada (+ vertical) será curva IS. - propensão marginal a consumir: se propensão marginal a consumir/o multiplicador de gastos forem elevados, qq mudança nos investimentos gerada por variações nas taxas de juros causará grande variação na renda. Assim, quando multiplicador de gastos é elevado, uma pequena variação nos juros causa grande variação na renda. Se multiplicador e a propensão marginal a consumir são baixos, uma alteração nos juros provocará variação proporcionalmente menor sobre a renda.

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Curva IS: resumo1. Curva IS é negativamente inclinada;2. Curva IS representa equilíbrio no lado real da economia, ou no mercado de bens e serviços (investimento=poupança), representando combinações de valores de renda e de taxa de juros q produzem equilíbrio no mercado real;3. Investimento é função da taxa de juros; poupança é função direta da renda;4. Curva IS será deslocada p/ direita quando houver aumento da renda;5. Curva IS será deslocada p/ esquerda quando houver redução da renda;6. Curva IS é afetada pela política fiscal do governo;7. Alterações da taxa de juros não deslocam curva IS;8. Curva IS será - inclinada (+ horizontal) se elasticidade da demanda por investimento em relação à taxa de juros for alta;9. Curva IS será - inclinada se propensão marginal a consumir e multiplicador de gastos forem altos e propensão marginal a poupar for baixa.Curva LM (equilíbrio no mercado de ativos)Curva LM mostra equilíbrio no mercado de moeda => oferta (M=Money) = demanda (L=liquidity) de moeda. Oferta de moeda é uma variável exógena (externa ao modelo), pq é fixada institucionalmente pela autoridade monetária.Moeda é demandada por 3 motivos: transação, precaução e especulação. Em relação aos 2 primeiros, demanda por moeda será função direta da renda (quanto maior a renda, maior será demanda por moeda). Em relação ao 3º motivo (especulação), a demanda por moeda será função inversa da taxa de juros (quanto maior for a taxa de juros, menor será a demanda por moeda). A demanda por moeda é, ao mesmo tempo, função crescente da renda e decrescente dos juros. A curva LM (ao contrário da curva IS) tem inclinação ascendente e é positivamente inclinada (relação positiva entre demanda de moeda e a renda e relação negativa entre demanda de moeda e a taxa de juros). Quando há aumento da renda, há aumento da demanda de moeda p/ fins de transação e precaução. Como oferta de moeda (=estoque de moeda) é mantida fixa pelo BACEN, há redução de liquidez (aumento de renda gera aumento da demanda de moeda, e esse aumento não é suprido pelo BACEN; logo, “preço da moeda” aumenta => “preço da moeda” é a taxa de juros). Assim, aumento de renda gera aumento de demanda de moeda e tb aumento da taxa de juros. Logo, como há relação direta entre renda e taxa de juros (aumento da renda provoca aumento da taxa de juros), curva LM será positivamente inclinada.Deslocando a curva LMCurva LM será deslocada por alterações na oferta de moeda (q é fixada exogenamente, de fora) e na demanda de moeda. Quando governo aumenta gastos ou reduz tributação, tais decisões são externas ao modelo; logo, deslocam curva IS. Então, quando estas variáveis exógenas mudam a renda, desloca-se a curva IS. Se houver alteração de alguma variável endógena da curva IS (alteração de juros/renda), haverá deslocamento ao longo da curva IS (e não da curva). Alterações da demanda de moeda q sejam exógenas (não geradas por alterações dos juros e da renda) tb provocam deslocamento da curva LM. Resumido: quando há aumento da oferta de moeda (política monetária expansiva) curva LM é deslocada p/ direita e p/ baixo, no sentido do aumento da renda. Quando há redução da oferta de moeda (política monetária restritiva) curva LM é deslocada p/ esquerda e p/ cima, no sentido da redução da renda. No aumento da demanda de moeda (por mudança de comportamento das pessoas) curva LM é deslocada p/ esquerda e p/ cima, no sentido da redução da renda (e do aumento da taxa de juros). Na redução da demanda de moeda (por mudança de comportamento das pessoas) curva LM é deslocada p/ direita e p/ baixo, no sentido do aumento da renda e da redução da taxa de juros. Após aumento das operações de redesconto, haverá + moeda circulando (+ oferta de moeda): q curva LM será deslocada p/ direita e p/ baixo. Após aumento da exigência de depósitos compulsórios, haverá - moeda circulando (- oferta de moeda): curva LM será deslocada p/ esquerda e p/ cima. Inclinação da curva LMFatores q afetam inclinação da curva LM: elasticidades da demanda de moeda em relação à renda e à taxa de juros. Na curva LM, demanda de moeda é função de 2 fatores (renda e juros). Demanda de moeda + elástica em relação à renda: curva LM + inclinada (+ vertical) e demanda de moeda - elástica em relação à taxa de juros. Demanda de moeda - elástica em relação à renda: curva LM - inclinada (+ horizontal) e demanda de moeda + elástica em relação à taxa de juros.Curva LM: resumo1. Curva LM é positivamente inclinada;2. Curva LM representa equilíbrio no lado monetário da economia, ou no mercado de moeda (oferta de moeda=demanda de moeda), representando combinações de valores de renda e taxa de juros q produzem equilíbrio no mercado monetário;3. Demanda de moeda é função direta da renda (transação e precaução) e função inversa da taxa de juros (especulação);4. Curva LM será deslocada p/ direita e p/ baixo quando houver aumento da oferta de moeda (política monetária expansiva) ou redução da demanda de moeda gerada por mudanças no comportamento dos agentes (menor preferência pela liquidez);5. Curva LM será deslocada p/ esquerda e p/ cima quando houver redução da oferta de moeda (política monetária restritiva) ou aumento da demanda de moeda gerada por mudanças no comportamento dos agentes (maior preferência pela liquidez);6. Curva LM é afetada pela política monetária do governo;7. Alterações da taxa de juros e da renda não deslocam curva LM (pq juros e renda são variáveis endógenas);8. Curva LM será - inclinada (+ horizontal) quando elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros for elevada e/ou quando a elasticidade da demanda de moeda em relação à renda for baixa;9. Curva LM será + inclinada (+ vertical) quando elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros for baixa e/ou quando elasticidade da demanda de moeda em relação à renda for alta.O equilíbrio (curvas IS e LM combinadas)Curva LM tem inclinação positiva e mostra todos pontos de equilíbrio no mercado monetário (ou mercado de ativos). Curva IS tem inclinação negativa e mostra todos pontos de equilíbrio no mercado de bens e serviços. O ponto de intersecção entre as 2 curvas é o único ponto de equilíbrio geral p/ ambos os mercados.

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Alterando o equilíbrio por meio das políticas fiscal e monetáriaExemplo 1: Política fiscal expansivaAumento dos gastos do governo (política fiscal expansionista) gera aumento da taxa de juros e aumento da renda (emprego).Exemplo 2: Política fiscal restritivaAumento da tributação (política fiscal restritiva) gera redução da taxa de juros e redução da renda (emprego).Exemplo 3: Política monetária restritivaVenda de títulos públicos (política monetária restritiva) gera aumento da taxa de juros e redução da renda (emprego).Exemplo 4: Política monetária expansivaCompra de títulos públicos (política monetária expansiva) gera redução da taxa de juros e aumento da renda (emprego). P/ sistematizar o raciocínio:1º) Verificar se acontecimento desloca curva IS ou curva LM. Mudança em C, I ou G desloca curva IS. Mudança na oferta de moeda ou na demanda de moeda (desde q esta última seja por mudança de comportamento das pessoas) desloca curva LM. A curva IS é relacionada à política fiscal; a curva LM é relacionada à política monetária.2º) Verificar p/ onde será deslocada a curva (direita ou esquerda). Política expansionista (fiscal ou monetária) desloca curva p/ direita, no sentido de aumento da renda (eixo horizontal). Política restritiva (fiscal ou monetária) desloca curva p/ esquerda.3º) Verificar o novo ponto de equilíbrio e as consequências sobre a nova taxa de juros e o novo nível de renda da economia.O efeito deslocamento (crowding out)Efeito deslocamento: governo tem espaço maior na economia, em relação ao setor privado. Quanto + investimento for elástico aos juros (quanto - inclinada (+ deitada) curva IS) maior será o efeito deslocamento. Quanto + investimento for inelástico aos juros (quanto + inclinada curva IS) menor será o efeito deslocamento.Eficácias das políticas monetária e fiscal e as inclinações das curvas IS e LMPolítica fiscal é ligada à curva IS; política monetária é ligada à curva LM. Quanto + estas curvas forem inclinadas (+ verticais) maior será a eficácia (elevação da renda) da política a ela relacionada.Casos especiais1) Modelo keynesiano simplificado : investimento é totalmente inelástico à taxa de juros (curva IS é 100% vertical).Neste modelo, investimento não depende da taxa de juros (é 100% inelástico em relação a ela); a curva IS será reta vertical (p/ qq taxa de juros, renda será igual); política monetária será totalmente ineficaz p/ aumentar renda (emprego). Por outro lado, política fiscal será muito eficaz (deslocamento da curva IS refletirá totalmente na alteração da renda - pq investimento não depende da taxa de juros; logo, não haverá crowding out). Assim, na política fiscal expansiva, o aumento da taxa de juros não fará com q os investimentos sejam reduzidos (pq estes são 100% inelásticos aos juros) e não haverá alteração na renda. 2) Armadilha da liquidez : elasticidade demanda de moeda quanto à taxa de juros é infinita (curva LM quase 100% horizontal ).Demanda por moeda é função inversa da taxa de juros (quando taxa de juros diminui, demanda por moeda aumenta: pessoas preferem guardar moeda). Logo, política monetária p/ aumentar renda será ineficaz (pq pessoas já terão bastante moeda; não será motivo p/ aumento da renda); além disso, não baixará taxa de juros (pq já estará bem baixa). Tal situação de juros baixos, pessoas c/ muita moeda e ineficácia da política monetária chama-se armadilha da liquidez (pq pessoas já estarão bastante líquidas (por causa dos juros baixos) e política monetária expansiva será ineficaz p/ aumentar a renda). Curva LM, na armadilha da liquidez, é horizontal (elasticidade da demanda por moeda em relação à taxa de juros tende ao infinito). Área da curva LM na armadilha da liquidez chama-se trecho keynesiano. Na armadilha da liquidez, só política fiscal aumentará renda. 3) Caso clássico : demanda de moeda depende só da renda, e é totalmente inelástica à taxa de juros .P/ clássicos, economia fica no equilíbrio no produto/renda de pleno emprego e não depende da taxa de juros; não há demanda por moeda motivo especulação (só demanda por moeda motivos transação e precaução): demanda por moeda depende só da renda (já q relação demanda de moeda x taxa de juros decorre do motivo especulação). Assim, p/ eles, demanda por moeda é 100% inelástica à taxa de juros (trecho clássico da curva LM será 100% vertical, e estará em cima do nível da renda de pleno emprego). No caso clássico da curva LM, política fiscal é ineficaz p/ aumentar renda (emprego); só política monetária é eficaz. IS-LM NA ECONOMIA ABERTAGeneralidadesAo abrir economia, equação da renda incluirá exportações e importações (curva IS se deslocará como na economia fechada). Aumentos de exportações aumentam a renda (curva IS irá p/ direita); reduções de exportações fazem o contrário. Aumentos de importações diminuem renda (curva IS irá p/ esquerda); reduções de importações fazem o contrário.Exportações e importações dependem da taxa de câmbio. Câmbio desvalorizado: redução de importações (pq produtos importados ficam + caros) e aumento de exportações (pq exportadores recebem + $ pelos seus produtos vendidos no exterior) => curva IS irá p/ direita; câmbio valorizado: aumento de importações e redução de exportações => curva IS irá p/ esquerda.Taxa de juros interna > taxa de juros externa: estímulo à entrada de moeda estrangeira (pq investidores estrangeiros preferirão investir aqui, c/ juros maiores; oferta excessiva de moeda estrangeira fará seu valor cair: moeda nacional será valorizada). Interna > Externa: entrada de capitais; aumento da oferta de divisas; desvalorização da moeda estrangeira; valorização da moeda nacional; piora do saldo de exportações - importações.Curva LM é a mesma e será deslocada em razão dos mesmos fatores estudados quando a economia é fechada.Hipóteses do modelo2 principais hipóteses do modelo: nível d preços interno e externo é constante (logo, nível d preços não deve ser considerado); mobilidade perfeita de capitais (só essa cai na prova: no modelo IS-LM, pode haver 3 situações sobre mobilidade de capitais: mobilidade perfeita (modelo Mundell-Fleming), mobilidade imperfeita e ausência de mobilidade).Mobilidade perfeita de capitais: país é pequeno em relação ao resto do mundo e tem livre acesso ao mercado internacional de capitais. Resto do mundo tb tem livre acesso ao mercado de capitais interno. Como capitais transitam livre (s/ qq controle),

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única variável relevante analisada pelos investidores ao decidir aplicar capital é taxa de juros. Juros internos > juros externos: haverá entrada de capitais externos no país (investidores estrangeiros serão atraídos pelo maior rentabilidade da taxa interna; único ponto de equilíbrio é taxa interna = externa; BP em equilíbrio; curva BP infinitamente elástica aos juros - reta horizontal; qq alteração da taxa interna provocará déficits/superávits no BP).Na economia aberta, equilíbrio ocorre no ponto onde as 3 curvas se encontram: IS, LM e BPPolíticas fiscais e monetárias com regime cambial FLUTUANTEPolítica fiscal expansiva: é ineficaz: renda não muda; saldo da balança de bens e serviços exportações - importações diminui.Política monetária expansiva: é eficaz; renda aumenta; saldo da balança d bens e serviços exportações - importações aumenta.Políticas fiscais e monetárias com regime cambial FIXOPolítica fiscal expansiva: é eficaz; renda aumenta; saldo da balança de bens e serviços exportações - importações não muda; nível de reservas internacionais aumenta.Política monetária expansiva: é ineficaz; renda não muda; saldo da balança de bens e serviços exportações - importações não muda; nível de reservas internacionais diminui.MODELO DE DEMANDA E OFERTA AGREGADANo modelo IS-LM, preços são irrelevantes. No modelo de demanda e oferta agregada, servem p/ determinação da renda. A CURVA DE DEMANDA AGREGADACurva de demanda agregada (DA): demanda agregada sob 2 pontos do modelo IS-LM: lado real e lado monetário (logo, curva DA é derivada do modelo IS-LM). Influência do aumento de preços (P):• Lado real da economia: reduz eXportações e aumenta iMportações (reduzindo saldo de (X - M) e reduzindo renda).• Lado monetário da economia: reduz oferta monetária real (aumentando taxa de juros, reduzindo investimentos e reduzindo demanda agregada/renda).Aumento de preços (tanto pelos lados real/monetário) reduz demanda agregada/renda (curva DA é negativamente inclinada). Deslocando a curva de demanda agregadaPolítica fiscal/monetária expansiva: desloca curva p/ direita. Política fiscal/monetária restritiva: desloca curva p/ esquerda.Fatores q deslocam curva IS p/ direita (e, portanto, tb deslocam curva DA p/ direita, no sentido de aumento da renda):- aumento do consumo autônomo;- aumento dos investimentos autônomos;- aumento dos gastos do governo;- aumento das transferências;- aumento das exportações líquidas;- redução de impostos.Fatores q deslocam curva LM p/ direita (e, portanto, tb deslocam curva DA p/ direita, no sentido de aumento da renda):- aumento da oferta de moeda;- redução da demanda por moeda.Expectativas boas (confiança do consumidor/empresários) quanto ao futuro da economia deslocam curva de DA (expectativas positivas aumentam consumo (C) e investimento (I); deslocam curvas IS e DA p/ direita, no sentido de aumento da renda).Agentes esperarem aumento na inflação desloca curva DA p/ direita (agentes reduzirem demanda por moeda: desloca curva LM p/ direita; logo, curva DA tb será deslocada p/ direita).CURVA DE OFERTA AGREGADAOferta agregada (OA): valor total da produção d bens/serviços. Análise da curva d OA considera 2 óticas: curto e longo prazo.No curto prazo, muitos preços são fixos em algum nível (e não mudam independente das condições e estímulos/desestímulos das variáveis macroeconômicas). No longo prazo, preços são flexíveis e reagem a mudanças na conjuntura econômica.Oferta agregada de curto prazoNo curto prazo, nível geral de preços afeta capacidade de produção da economia.Curva de OA de curto prazo tem inclinação positiva; 3 teorias explicam inclinação positiva da curva de AO de curto prazo: - teoria dos salários rígidos;- teoria dos preços rígidos;- teoria da informação imperfeita.Teoria da rigidez salarial: curva de AO de curto prazo tem inclinação positiva pq salários não respondem rápido às variações das condições da economia. Essa rigidez salarial é causada por fatores sociais e institucionais (ex: contratos de trabalho de longo prazo, poder d negociação coletiva (sindicatos), pisos salariais, legislação trabalhista). Tais fatores impedem diminuição dos salários. Nível de preços abaixo do esperado + rigidez salarial faz c/ q empresa reduza contratações e produção (redução de preços provoca redução de produção/renda).Teoria da rigidez dos preços: preços d alguns bens e serviços se ajustam lentamente em resposta às variações das condições econômicas (logo, apresentam alguma rigidez). Assim como contratos de trabalho, os acordos de compra e venda de produtos podem ser fixados por contratos de longo prazo entre empresas e clientes (e mesmo sem acordos formais, empresas podem manter preços fixos no curto prazo p/ não incomodar clientes c/ mudanças frequentes de preços). Outra razão q explica rigidez de preços são custos de menu (ajustar preços gera custos de impressão e distribuição de catálogos, confecção de novas etiquetas de preços, atualização de sistemas e contabilidade, etc). Tais custos de menu fazem empresas ajustarem preços de modo intermitente (só de tempos em tempos). Logo, como nem todos preços se ajustam rápido a oscilações da economia, queda no nível de preços deixa algumas empresas c/ preços + altos; assim, vendas, produção e emprego caem nas empresas c/ rigidez de preços. Essa associação direta entre o nível de preços e a produção (quando uma variável cai, a outra tb cai - e vice-versa) leva à inclinação positiva da curva de oferta agregada.

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Teoria da informação imperfeita: inclinação da curva de OA d curto prazo é resultado da percepção equivocada dos produtores em relação aos preços. Havendo redução dos preços, não afetará decisões de produção, mas 1 produtor, individualmente, pode enxergar isso de maneira equivocada: pode concluir q produzir não é tão lucrativo quanto antes (e, assim, decidir reduzir a produção). A relação entre produção/emprego e preços é direta (positiva): indica q a curva de OA tem inclinação positiva.Produto natural e a taxa de desemprego naturalProduto natural/de pleno emprego: todos fatores de produção estão empregados/utilizados. Especialmente quanto ao fator de produção mão-de-obra, produto natural é o nível de produto em q há só a taxa natural de desemprego; mas esta taxa não significa q todos trabalhadores estão empregados; mesmo a uma taxa natural de desemprego (=produto natural/de pleno emprego), ainda há trabalhadores s/ emprego (por fatores institucionais/conjunturais). Políticas fiscal e monetária não servem p/ reduzir taxa natural de desemprego (p/ reduzi-la, só políticas q melhorem funcionamento do mercado de trabalho).Deslocando curva de oferta agregada de curto prazoTodos fatores q deslocam curva de longo prazo tb deslocam curva de OA de curto prazo, salvo no caso de preços esperados; estes últimos são externos (exógenos) ao modelo (logo, deslocarão a curva de OA como um todo).Fatores que deslocam a curva de OA de curto prazo:- alterações na disponibilidade de capital;- alterações na disponibilidade de recursos naturais;- alterações da tecnologia;- alterações na disponibilidade de mão de obra;- alterações salariais;- alterações dos custos;- alterações no nível de preços esperados. O caso extremo: rigidez total de preços e saláriosCurva de OA é reta horizontal (nível de preços não muda); esta curva chama-se “caso keynesiano extremo da curva de OA”. Se questão não afirmar q curva de OA é infinitamente elástica aos preços (reta horizontal; rigidez total de preços e salários), entender q curva de OA de curto prazo é inclinada positivamente. Se questão afirmar q curva de OA é totalmente inelástica aos preços (reta vertical; caso clássico de preços e salários flexíveis), entender q se trata de curva de OA de longo prazo.Oferta agregada de longo prazo Curva de OA de longo prazo é vertical, ao nível de pleno emprego (igual à teoria clássica, onde equilíbrio ocorre na produção de pleno emprego). Ao mesmo tempo, alteração dos preços no longo prazo não afeta quantidade ofertada de bens e serviços.Curva de OA de longo prazo é perfeitamente inelástica aos preços (pq alterações de preços não mudam AO). Pleno emprego corresponde à situação em q fatores de produção (mão de obra, capital, recursos naturais) são plenamente utilizados. Assim, possibilidade de deslocamentos da curva de OA de longo prazo se resume a alterações na quantidade d fatores de produção:- aumento de fatores de produção => curva de OA a longo prazo será deslocada p/ direita (pleno emprego maior);- redução de fatores de produção => curva de AO a longo prazo será deslocada p/ esquerda (pleno emprego menor).Fatores que deslocam curva de OA de longo prazo:- alterações na disponibilidade de capital;- alterações na disponibilidade de recursos naturais;- alterações da tecnologia;- alterações na disponibilidade de mão de obra;- alterações salariais;- alterações dos custos.RESPOSTAS A MUDANÇAS DA DEMANDA AGREGADAAs empresas (próprias responsáveis pela oferta agregada) respondem aos acréscimos de demanda agregada de 3 maneiras:- aumentam só a produção (OA), sem aumentar os preços;- aumentam só os preços, sem aumentar a produção (OA);- aumentam a produção (OA) e os preços.• Aumentar só produção (s/ aumentar preços) => há desemprego dos fatores de produção (mão-de-obra desempregada, capacidade ociosa). Modelo keynesiano (desemprego de recursos e preços invariáveis/rígidos; curva de OA é reta horizontal).• Aumentar só preços (s/ aumentar produção) => há pleno emprego (fatores de produção estão todos utilizados). Economia já está no pleno emprego: curva de OA é reta vertical ao nível de renda de pleno emprego (q não muda c/ aumento da demanda agregada). Modelo clássico (economia está no pleno emprego). Renda só aumentará se fatores de produção tb aumentarem.• Aumentar produção e preços => situação entre casos keynesiano e clássico (só alguns setores estão em pleno emprego). Curva de OA tem inclinação positiva e aumento de demanda faz renda e preços aumentarem (mas aumentos de renda são menores q os do caso keynesiano; e aumento de preços são menores q os do caso clássico). Se a banca não for específica sobre q curva de OA de curto prazo considerar (reta horizontal ou positivamente inclinada), usar o caso intermediário (curva positivamente inclinada).EQUILÍBRIO ENTRE DA e OARoteiro p/ descobrir qual será efeito de política/acontecimento sobre a renda e os preços:1º) verificar se a política/acontecimento desloca a curva DA ou a curva OA;2º) verificar curva de OA usada: se de curto prazo, identificar se é horizontal ou positivamente inclinada;3º) verificar se a política/acontecimento desloca a curva DA ou OA p/ direita ou p/ esquerda;4º) verificar o novo ponto de equilíbrio e as consequências sobre os novos índices de preços e de renda (emprego).

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A NEUTRALIDADE DA MOEDAAumento de oferta de moeda (política monetária expansiva) desloca curva DA p/ direita e p/ cima. No curto prazo (curva de OA é inclinada positivamente) aumento de oferta de moeda aumentará preços e renda; no longo prazo (curva de OA é vertical) aumento de oferta de moeda aumentará só os preços (nível de emprego permanecerá o mesmo).OS CHOQUESChoques econômicos: variações econômicas q provocam deslocamentos das curvas de demanda (procura) e de oferta.Choque de demanda (procura): desloca a curva de DA; choque de oferta: desloca a curva de OA (altera o custo da produção de bens e serviços e, consequentemente, os preços q as empresas cobram). Como exercem impacto nos preços, os choques de oferta tb são chamados de choques de preços - e se dividem em 2 tipos:- choque adverso (negativo) de oferta: há redução da oferta ou produção das empresas c/ aumento dos preços; desloca curva de OA p/ esquerda e/ou p/ cima; provoca aumento dos preços e redução do emprego (estagflação: pior cenário da economia); - choque favorável (positivo) de oferta: há aumento da oferta ou produção das empresas c/ redução dos preços; desloca curva de OA p/ direita e/ou p/ baixo; provoca redução dos preços e aumento do emprego.Se questão só disser q houve choque de oferta (sem especificar se foi adverso/favorável) considerar q foi choque adverso.

TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA => Flutuação dos preços é proporcional à quantidade de moeda existente; apóia-se na equação das trocas (MV = PT) M: quantidade de moeda à disposição do público; V: sua velocidade de circulação; P: preços ; T: volume de transações. Como V e T são constantes no curto prazo, restam como variáveis M (variável independente) e P (variável dependente).EFEITO DA INFLAÇÃOInflação: aumento persistente e generalizado dos preços, gerando perda de poder aquisitivo da moeda (de modo q sua função de reserva de valor fique prejudicada). Aumento de preço de bem/grupo específico de bens não pode ser tido como inflação. Os movimentos inflacionários diferem de altas esporádicas de preços (ex: flutuações sazonais). Hiperinflação: perda do poder aquisitivo da moeda é tão grande q pessoas abandonam tal moeda, preferindo usar outro instrumento de meio de pagamento (moeda estrangeira, títulos, bens, etc) pq a moeda já não tem, em nenhum grau, a característica de reserva de valor.Inflação (aumento dos preços) ≠ aceleração inflacionária (aumento da taxa de inflação).Inflação de demanda: excesso de DA quanto à produção. Probabilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta se produção estiver perto do pleno emprego (pq aumento de DA de bens e serviços perto do pleno emprego gera aumento de preços). P/ combater processo inflacionário de demanda, deve-se focar em instrumentos q gerem redução da DA por bens e serviços (redução dos gastos do governo, aumento da carga tributária, arrocho salarial, controle de crédito, aumento da taxa de juros).Inflação de custos : poder ser associada à inflação de oferta. Nível de demanda continua igual, mas custos de certos fatores aumentam; c/ isso, há diminuição da produção e aumento dos preços. Inflação de custos tb está associada ao fato de certas empresas (c/ alto poder de monopólio/oligopólio) poderem elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção.Inflação inercial: deriva do processo de indexação (q ocorre quando os agentes, p/ se proteger dos efeitos da inflação futura, remarcam os preços e salários baseados na inflação passada - provocando, assim, um círculo vicioso de inflação).I nflação estrutural : supõe q causas da inflação em países subdesenvolvidos são de caráter estrutural; estrutura oligopólica de alguns mercados tb causa inflação estrutural (pq tais firmas têm poder de aumentar preços de seus produtos).Distorção séria gerada pela inflação é a redução do poder aquisitivo das classes q dependem de rendimentos fixos, c/ prazos legais de reajustes (ex: assalariados - c/ o tempo, vão ficando c/ seus orçamentos cada vez + reduzidos, até novo reajuste). Já os comerciantes, industriais e o próprio Governo têm condições de repassar os aumentos de custos provocados pela inflação.O Governo tb perde poder aquisitivo c/ inflação (pq esta corrói valor da arrecadação fiscal pela defasagem entre o fato gerador dos impostos, o recolhimento deles e a efetiva utilização da receita fiscal pelo Governo); tal fenômeno chama-se E feito Tanzi .Ainda quanto à arrecadação do Governo, há efeito inverso do Efeito Tanzi: contração de despesas num momento e seu pagamento em momento posterior gera relevante redução real dos gastos públicos; tal fenômeno chama-se Efeito Patinkin.Por causa da inflação, Governo emite moeda - gerando perda do poder aquisitivo das pessoas e aumento de recursos do Governo. Esse mecanismo de transferência de renda da população p/ o Governo chama-se imposto inflacionário. Inflação gera vários custos: custo de sola de sapato (ir e vir do banco gasta sola do sapato); c ustos de transação (tempo q pessoas perdem p/ saber preço de bens/serviços); custos de menu (tempo q empresas perdem fixando e remarcando preços). Taxas de inflação acima do aumento dos preços internacionais encarecem o produto nacional quanto ao produzido fora; logo, geram estímulo às importações e desestímulo às exportações (diminuem o saldo da balança comercial).Há 5 efeitos da inflação: sobre a distribuição de renda, sobre o mercado de capitais, sobre o balanço de pagamentos, sobre as expectativas de futuro e sobre pagamento de empréstimos e impostos. O impacto + forte da inflação recai sobre a distribuição da renda (os salários são os que + perdem c/ a alta de preços - pq os trabalhadores assalariados não têm como reajustar os preços da força de trabalho automaticamente e não têm como repassar a alta de preços). O 2º efeito é sobre o mercado de capitais: como o processo inflacionário gera deterioração do valor da moeda, há desestímulo à aplicação no mercado de capitais. O 3º efeito é sobre o balanço de pagamentos: dependendo da política cambial, altas internas de preços tendem a elevar o valor do produto nacional lá fora. Além disso, a inflação gera estímulo às importações de bens, o q diminui o saldo da balança comercial (quando não gera déficit); decorrente disso, há desvalorização cambial (q tende a gerar alta nos preços internos). O 4º efeito é sobre expectativas q os agentes têm sobre o futuro: empresários, diante da instabilidade/incerteza, tendem a evitar investir em atividades produtivas; além disso, muitos agentes (prevendo perdas c/ inflação) aumentam o preço de seus bens e serviços. O 5º efeito se dá sobre o pagamento de empréstimos e impostos: todos q contraem dívidas líquidas ganham com a inflação (pois não incorporam em suas dívidas expectativas inflacionárias: o credor é quem perde); mas c/ advento da correção monetária nos contratos (às quais são acrescidos os juros), este efeito tende a desaparecer.

CURVA DE PHILLIPS

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A Curva de Phillips mostra a relação entre o desemprego e a inflação (níveis baixos de desemprego significam alta inflação); sugere que os formuladores de políticas econômicas enfrentam trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego (baixa inflação c/ baixo desemprego não é possível, em virtude do trade-off existente entre inflação e desemprego).- Versão simples da Curva de Phillips: quanto menor a taxa de desemprego efetiva, maior será a inflação.- Versão aceleracionista (há expectativas adaptativas e inflação esperada): agentes tentam se adaptar à inflação remarcando preços dos produtos c/ base na inflação passada; assim, há sempre taxa de inflação esperada (q tende a aumentar a inflação presente). Taxa de inflação depende da diferença entre taxas de desemprego efetiva e natural, e do nível esperado d inflação. Quanto maior o nível esperado de inflação, mais os agentes remarcarão os preços e maior será a taxa de inflação. Depois q inflação acelerar, a única maneira de deter seu avanço será aumentando a taxa de desemprego; tal custo de redução da inflação chama-se taxa de sacrifício (mede o quanto se perde de produto p/ reduzir 1% de inflação).- Versão c/ choques de oferta: choques adversos/negativos aumentam preços; choques favoráveis/positivos reduzem preços.- Curva de Phillips de longo prazo (expectativas racionais): no longo prazo, agentes acertam + suas previsões (erram menos). Regra geral, taxa de desemprego estará na sua taxa natural (Curva de Phillips será reta vertical). A Curva de Phillips vertical mostra q, no longo prazo, combate à inflação não precisa de sacrifício (pq não há trade-off entre inflação e desemprego).MEDIÇÃO DE INFLAÇÃOInflação é medida, acompanhada e regulamentada pelo Governo Federal (q é auxiliado pelo BC, Ministério da Fazenda, etc).Os índices usados na medição da inflação e regulação de preços do mercado brasileiro são:INPC (Índices Nacional de Preços ao Consumidor): verifica custo de vida médio das famílias c/ renda mensal entre 1 e 5 SM, residentes nas principais capitais. IPCA (Índice Nacional de Preços Ao Consumidor Amplo): verifica custo de vida das famílias c/ renda mensal entre 1 e 40 SM, residentes nas principais capitais. É o índice oficial do Governo Federal p/ medição das metas da inflação.IGP (Índices Gerais de Preços) da Fundação Getúlio Vargas (mede evolução de preços): há 3 versões: - IGP-10 (Índice Geral de Preços): é coletado entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência;- IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado): é coletado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência;- IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna): é coletado entre o 1º e o último dia do mês de referência. IGP: média aritmética ponderada de 3 índices de preços: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Pesos de cada um desses 3 índices correspondem a parcelas da despesa interna bruta: 60% para o IPA ; 30% para o IPC ; 10% para o INCC.IGP desempenha 3 funções: indicador q mostra evolução dos preços; deflator de valores nominais de abrangência compatível c/ sua composição; referência p/ correção de preços e valores contratuais. IGP-M corrige contratos de fornecimento de energia elétrica ; IGP-DI é o indexador das dívidas dos E c/ a U.IPV (Índice de Preços no Varejo): verifica variações dos preços no mercado varejista (analisando individualmente os produtos de acordo c/ o consumo). 

INVESTIMENTO E POUPANÇA Tributos IndiretosOs tributos indiretos são receitas públicas (pela facilidade de sua cobrança, por gerarem menores pressões sobre Governo e pelo menor descontentamento público, comparando c/ formas diretas de tributação); isso se deve pq são constituídos por valor q compõe preços dos bens e serviços pagos pelos consumidores; seu ônus geralmente se transfere ao consumidor (q o paga indiretamente). Tais tributos tb são usados como instrumentos de política econômica, influindo sobre objetivos de crescimento, de repartição ou de estabilidade. Quanto ao crescimento, a tributação indireta é usada p/ proteger indústrias nascentes (como barreiras aduaneiras ou como isenções p/ tornar preços da produção interna competitivos em relação aos externos). Quanto à repartição, uso dos tributos indiretos é na diferenciação de suas alíquotas (pela essencialidade dos bens e serviços e por suas participações nos orçamentos das diferentes camadas da sociedade) e tb p/ estimular produção nas regiões economicamente carentes (via isenções p/ indústrias instaladas nessas áreas - ou imposição de barreiras aduaneiras p/ proteção, no mercado interno, dos produtos delas originários). Quanto à estabilidade, a tributação indireta encontra amplo campo de aplicação (estabilidade dos preços; estabilidade da produção e do emprego; equilíbrio das transações econômicas c/ exterior).Série de métodos pelos quais Estado obtém recursos econômicos e financeiros sob obrigação jurídica d pagar juros.Atividade financeira estatal: visa obter (receita pública), despender (despesa pública), gerir (orçamento público) e criar (crédito público) meios p/ satisfazer necessidades sociais. Estado, ao exercer 3 principais funções de Governo (alocativa, distributiva e estabilizadora) precisa de recursos p/ investimentos. Essa é visão clássica (Keynesiana) de Estado (em oposição às teorias liberais, q visavam participação incidental do Estado). À medida em q demandas de capital crescem, Estado aumenta tributos até limite q população suporta pagar. Após esse ponto, desenvolvimento terá q ser financiado por ampliação do débito público. Relação entre a dívida pública e a economiaDívida pública, se bem usada, alavanca desenvolvimento e ajuda Governo a financiar gastos/investimentos; se descontrolada, trava o desenvolvimento, pela geração contínua de grandes superávits primários (q comprometem gastos/investimentos do governo); além disso, juros elevados drenam recursos de um setor da sociedade (empresas e indivíduos q pagam impostos) p/ outro setor (credores da dívida), agravando problema da concentração de renda. Indicador relevante p/ analisar evolução da dívida pública é relação dívida/PIB; se tal relação cresce, percepção de detentores do título da incapacidade do governo em pagar a dívida faz c/ q tendam a se proteger, migrando suas aplicações p/ outros ativos. Governo tem elevado a taxa de juros p/ segurar a inflação; essa alta taxa de juros tende a elevar a dívida pública; p/ tentar diminuir esse impacto, Governo se propõe a gerar elevados superávits primários (sacrificando gastos sociais e investimentos).

Tributação como meio de política econômica (fiscalidade, extrafiscalidade, cumulatividade e não-cumulatividade)

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Tributação visa corrigir desequilíbrios conjunturais e obter crescimento; logo, tributos devem ser vistos tanto de forma restrita (c/ relação à sua eficiência econômica) quanto de forma ampla (c relação à sua adequação aos objetivos da política fiscal).- Tributo fiscal: visa gerar recursos ao Estado; só há o interesse monetário. Em sua arrecadação não há qq preocupação social, econômica/política. Exemplos: os impostos internos, as taxas e as contribuições de melhoria.- Tributo extrafiscal: tributo é extrafiscal quando se juntam à sua cobrança interesses q não os de simples arrecadação de recursos financeiros (intervenção do Estado no domínio econômico/social). Linha q separa fiscalidade da extrafiscalidade é tênue (não há entidade tributária q realize só 1 das figuras). Exemplos de tributos extrafiscais: II e IE. Estado não intervém na economia, mas tem de fazer justiça social; logo, tributos vão perdendo suas funções fiscais e adquirindo funções extrafiscais. Extrafiscalidade é importante p/ Estado lutar pelo desenvolvimento econômico e contra desigualdades sociais; mas muitas vezes impostos são usados p/ intervenção/regulação pública; função fiscal é sobrepujada pelas funções extrafiscais. Exercício do poder de tributar é político (logo, está mais sujeito a fatores políticos q econômicos). Os impostos não estão sempre ligados à despesa estatal (muitas vezes visam impor/coibir comportamentos aos particulares - fenômeno da extrafiscalidade). Política fiscal é opção política de quem exerce poder soberano; de acordo c/ ela, certos comportamentos são incentivados pela concessão de isenções, pela previsão constitucional de imunidades, ou coibidos por grande carga tributária. A tributação funciona tb como arma de reforma social (cujos efeitos se refletem sobre redistribuição da fortuna/renda entre indivíduos). Nessa promoção do desenvolvimento econômico pelo Estado, funções extrafiscais dos tributos adquirem importância crucial. Tributos como II e ITR são impostos com funções extrafiscais. Ao contrário, ICMS é pouco vocacionado à extrafiscalidade. Os tributos têm 2 funções: fiscal (arrecadar receitas p/ financiar o Estado), e extrafiscal (função reguladora da atividade dos particulares, c/ objetivos diversos de obter receitas tributárias). A 1ª função dos tributos decorre do “poder de tributar”; a 2ª decorre do “poder de polícia”. As finalidades impõem critérios distintos p/ determinação do valor cobrado: na finalidade fiscal observa-se capacidade contributiva (de forma q o ônus da manutenção do Estado seja repartido igualitariamente entre todos); p/ se atingir tal intento surgem critérios p/ dimensionamento da tributação (como progressividade das alíquotas em razão da base de cálculo e a seletividade); por outro lado, surgem limites p/ tributação (como preservação do mínimo vital e vedação do confisco - q impedem q tributação incida de forma muito onerosa e destrua patrimônio/prejudique subsistência do contribuinte); na finalidade extrafiscal, critério é distinto: como visa financiar certa atividade ou estimular/desestimular condutas, valor do tributo deverá ser adequado a tais finalidades; logo, se tributo visar financiamento de atividade, seu valor deverá ser suficiente p/ permitir arrecadação suficiente p/ tal fim; da mesma forma, se tributo visa desestimular certa conduta, valor cobrado deverá ser suficiente p/ q tal efeito seja obtido. 2 princípios norteiam a teoria da tributação: neutralidade e equidade. O princípio da neutralidade se refere à não-interferência sobre decisões de alocação de recursos tomadas c/ base no mercado (pois qq mudança nos preços relativos gerados por modificações na tributação contribuiria p/ torná-los menos eficientes às decisões econômicas, implicando redução no nível geral de bem-estar). Do ponto de vista + amplo (adequar tributos aos princípios da Política Fiscal) teoria da tributação se aproxima de sistema tributário ideal pelos princípios da equidade, progressividade, neutralidade e simplicidade. Pela equidade, cada indivíduo deve contribuir c/ quantia "justa"; pela progressividade, alíquotas devem aumentar à medida q são maiores níveis d renda dos contribuintes; pela neutralidade, tributação não deve desestimular consumo, produção e investimento; pela simplicidade, o cálculo, a cobrança e a fiscalização relativa aos tributos devem ser simplificados (p/ reduzir custos administrativos). A preocupação, no caso da equidade, é dar mesmo tratamento, em termos de contribuição, aos indivíduos iguais (equidade horizontal), assegurando, ao mesmo tempo, q os desiguais serão diferenciados segundo algum critério a ser fixado (equidade vertical). Quanto ao critério a ser utilizado p/ classificação dos q são tidos como iguais e p/ o estabelecimento de normas adequadas de diferenciação, 2 critérios têm sido propostos: - critério do Benefício (atribui a cada indivíduo ônus equivalente aos benefícios q usufrui dos programas governamentais); e- critério da Capacidade de Contribuição (reparte ônus tributário em função das suas capacidades individuais de contribuição).O 1º fixa critério de igualdade a partir das preferências individuais pelo consumo de bens e serviços produzidos pelo Governo; o 2º se refere a possibilidades de pagamento. Ambos apresentam dificuldades de ordem prática c/ relação ao propósito de identificar os iguais (identificando e quantificando benefícios, num caso, ou capacidade de contribuição, no outro).Critério do benefício: cada indivíduo deve contribuir p/ produção de serviços governamentais (p/ igualar o preço unitário do serviço ao benefício marginal q ele recebe c/ sua produção). Há restrições à aplicação genérica do critério do benefício na tributação: a 1ª se refere à dificuldade de obter versões quantitativas de curvas de demanda individual por bens públicos p/ posterior identificação dos benefícios q cada indivíduo atribui ao consumo de diferentes quantidades do bem em questão; a 2ª consiste em atentar q, mesmo q pudessem ser obtidas curvas de demanda a partir da identificação de preferências individuais, não seria possível agregar essas preferências (q refletem padrões subjetivos de avaliação); a 3ª é q , se o consumo é coletivo, não haveria incentivo p/ indivíduos revelarem corretamente suas preferências, se isso servisse p/ diferenciar o montante individual de contribuição. Se aplicação do critério do benefício é quase impossível no caso do financiamento d bens públicos, o mesmo não vale quanto a alguns bens privados (onde intervenção do Governo na produção é + acentuada). Aplicação do critério do benefício determina simultaneamente o total da tributação e a distribuição da carga tributária (divergindo do critério da capacidade de contribuição, q trata as 2 coisas separadas). Tal característica do critério do benefício é 1 d suas vantagens. Critério da capacidade de contribuição: indivíduos deveriam, na medida de suas capacidades, colaborar p/ financiamento dos gastos governamentais. Assim, se capacidade de contribuição é medida em termos de renda, a "equidade horizontal" seria obtida quando indivíduos com um mesmo nível de renda anual contribuíssem c/ a mesma quantidade. Modelo de SOLOWÉ o modelo de longo prazo. Modelo de Solow explica como poupança, crescimento demográfico e progresso tecnológico afetam aumento do produto c/ correr do tempo; tb identifica razões da grande diversidade de padrões de vida encontrada entre países. Fornece elementos p/ q parcela do produto deveria ser consumida hoje e q parcela deveria ser poupada p/ consumo futuro. No modelo de Solow, quantidade q será produzida é função de 2 itens: capital e trabalho (quantidade dependerá do nº de máquinas q serão usadas na produção e da quantidade de trabalhadores q estarão disponíveis p/ produzir). Uma característica básica do modelo é admitir q a função de produção tem retorno constante de escala. Empresa tem retorno constante de escala se, ao dobrar capital e trabalho, o produto agregado tb duplicar (função de produção c/ rendimento constante de escala é pressuposto básico do modelo de SOLOW; à medida q aumenta o capital per capita, produção per capita tb aumenta: aumento do nº de

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máquinas por trabalhador sempre provocará aumento da produção per capita). O produto per capita, no modelo de SOLOW, divide-se em consumo per capita e investimento per capita: investimento gera aumentos no estoque de capital (e, dessa forma, no produto). Quantidade de capital q estabilizará economia no longo prazo não depende do capital inicial. Estoque de capital é afetado por 2 fatores: investimento (gastos de empresas c/ compra de novas máquinas) e depreciação (desgaste das máquinas e equipamentos já existentes - reduz estoque de capital). Modelo de Solow mostra q taxa de poupança é principal determinante do estoque de capital no estado estacionário; se poupança é alta, economia tem amplo estoque de capital e grande produção. A poupança maior gera crescimento + rápido de forma temporária até o atingimento do novo estado estacionário. No modelo SOLOW só faz sentido poupar hoje p/ consumir amanhã. A Regra de Ouro tenta encontrar ponto ótimo de consumo e poupança na data 0 (p/ q seja dado à população o máximo de bem-estar possível q é dado c/ máximo de consumo). O modelo de Solow mostra q só acumulação de capital não explica contínuo crescimento da economia mundial (pq capital crescerá rapidamente e atingirá ponto do estado estacionário; p/ explicar esse contínuo crescimento, o modelo deve incluir o crescimento demográfico e o progresso tecnológico). No estado estacionário, variação do capital é igual a 0. O modelo de SOLOW mostra q só o progresso tecnológico pode explicar contínuo crescimento dos padrões de vida. Na Regra de Ouro e neste caso o estado estacionário maximiza nível de consumo por unidade de eficiência do trabalho. O PIB per capita de um país cresce pq melhoria tecnológica leva a realização de investimentos por empresas, a partir da poupança disponível.A Equivalência Ricardiana e a restrição orçamentária do governoNa visão Ricardiana, aumentos d gastos governamentais ou diminuição da tributação (geradores d déficit e dívida) não geram impactos sobre crescimento da renda; redução nos impostos (financiada pelo aumento da dívida pública) deixam consumo inalterado (famílias poupam acréscimo de renda (agora disponível) p/ pagar, no futuro, aumento dos impostos). Equivalência ricardiana defende q consumidores não aumentarão consumo se houver corte dos impostos (pq julgam q virão novos impostos p/ pagar endividamento do governo; assim, pouparão renda extra q tiveram c/ corte dos impostos - p/ poderem pagar impostos de amanhã). Diferentemente, visão tradicional defende q consumidores (pq não entendem efeitos de déficit orçamentário/pq sofrem restrições quanto à possibilidade de contraírem empréstimos/pq acreditam q impostos de amanhã recairão sobre maior nº de indivíduos) optam por aumentar consumo presente sempre q houver corte de impostos q aumente sua renda disponível.Investimento e poupançaFundos emprestáveis: quantia q pessoas decidem poupar/emprestar em vez de gastar; mercado onde quem quer poupar oferece recursos e quem quer investir demanda empréstimos. Oferta de fundos emprestáveis vem da renda disponível p/ poupança, ao passo q demanda vem da intenção de investimentos das famílias e empresas. Quando governo aprova redução nos tributos de empresas q realizam investimentos, tal incentivo ao investimento aumenta demanda por fundos emprestáveis, o q aumenta taxa de juros de equilíbrio e quantidade de equilíbrio dos fundos emprestáveis. Quando governo cria um incentivo p/ poupança (reduzindo imposto de renda sobre rendimento em aplicações financeiras) tal incentivo à poupança aumenta a oferta de fundos emprestáveis (o q implica na redução da taxa de juros de equilíbrio e incremento na quantidade de equilíbrio dos fundos emprestáveis). Quando governo tem déficits orçamentários, ocorre redução da oferta de fundos emprestáveis (o q eleva a taxa de juros de equilíbrio e reduz a quantidade de equilíbrio dos fundos emprestáveis).Determinantes do InvestimentoOs investimentos podem ser:- investimento fixo: equipamentos e construções feitos pelas empresas p/ produzir seus bens;- investimento em residências: habitações adquiridas pelas pessoas físicas p/ serem usadas como moradia ou p/ alugar;- investimento em estoque: bens estocados pelas empresas.Investimentos têm 2 funções: são importante componente da demanda e aumentam capacidade produtiva ao longo do tempo. Ao estimular investimentos, governo (além de aumentar utilização da capacidade produtiva) eleva capacidade produtiva ao aumentar estoque de capital. Investimento é o componente + volátil do PIB. Quando gastos c/ bens e serviços caem durante recessão, boa parte da redução é nas despesas d investimento. Empresa comprará certa máquina se o q esta máquina puder aumentar em sua produção compensar aumento de custo q ela gerou. Ao comprar máquina adicional (mantendo constante o nº de funcionários) mudaria a quantidade produzida. A variação dessa quantidade produzida chama-se Produtividade Marginal do Capital. Enquanto quantidade marginal produzida c/ aquisição da máquina adicional x preço de venda do produto superar o custo de investimento da compra dessa máquina + custo dos insumos das unidades produzidas, investidor deverá efetuar o investimento (ou seja: se aquisição da máquina provocar aumento no lucro da empresa, essa máquina deverá ser adquirida). Se produto marginal do capital exceder custo do capital, empresas consideram lucrativo aumentar seu estoque de capital. Se produto marginal do capital for inferior ao custo do capital, elas deixarão o estoque de capital diminuir.

Segundo a Teoria q de Tobin:- q < 1 => investidor não deverá investir mais recursos na empresa;- q = 1 => investidor é indiferente entre investir ou não;- q > 1 => investidor deverá investir mais na empresa.PrivatizaçãoPrograma de privatização tem 3 partes: Programa Nacional de Desestatização (PND) - federal; programas estaduais e programa de privatização do setor de telecomunicações - Telecom (federal; programa separado e simultâneo ao PND). Principal justificativa p/ privatizações é repassar ao setor privado atividades em q atuação do governo não é fundamental (p/ q Estado se encarregue só da provisão de serviços essenciais, como segurança, educação e saúde); outra razão importante é incapacidade financeira do Estado p/ fazer frente aos altos investimentos necessários em áreas como telecomunicações e transportes; por fim, receitas obtidas c/ venda das estatais servem p/ reequilibrar situação fiscal do Estado.