resumo contabilidade

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Contabilidade Princípios Contábeis Fundamentais 1) O Princípio da Entidade Pelo princípio da entidade, o patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio da empresa. O princípio da entidade determina que se reconheça o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a necessidade de diferenciação de um patrimônio particular no universo de patrimônios existentes. Logo, o patrimônio de uma entidade não se confunde com o de seus sócios ou proprietários. Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico- contábil.2) O Princípio da Continuidade O princípio da continuidade determina que, na contabilidade, deve ser considerada a continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. Uma vez iniciada a vida da empresa, espera-se que ela continue indefinidamente, todavia, a continuidade influencia o valor econômico dos bens e direitos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento das obrigações, especialmente quando a extinção da Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível. “Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. § 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.

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ContabilidadePrincpios Contbeis Fundamentais1) O Princpio da EntidadePelo princpio da entidade, o patrimnio dos scios no se confunde com o patrimnio da empresa.O princpio da entidade determina que se reconhea o patrimnio como objeto da Contabilidade e afirma a necessidade de diferenciao de um patrimnio particular no universo de patrimnios existentes. Logo, o patrimnio de uma entidade no se confunde com o de seus scios ou proprietrios.Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o Patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.Pargrafo nico O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.2) O Princpio da ContinuidadeO princpio da continuidade determina que, na contabilidade, deve ser considerada a continuidade ou no da entidade, bem como sua vida definida ou provvel quando da classificao e avaliao das mutaes patrimoniais, quantitativas e qualitativas. Uma vez iniciada a vida da empresa, espera-se que ela continue indefinidamente, todavia, a continuidade influencia o valor econmico dos bens e direitos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento das obrigaes, especialmente quando a extino da Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsvel. Art. 5 A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provvel, devem ser consideradas quando da classificao e avaliao das mutaes patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 1 A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extino da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsvel. 2 A observncia do Princpio da CONTINUIDADE indispensvel correta aplicao do Princpio da COMPETNCIA, por efeito de se relacionar diretamente quantificao dos componentes patrimoniais e formao do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de gerao de resultado.3) O Princpio da OportunidadePelo princpio da oportunidade, os acontecimentos relevantes para o patrimnio devem ser registrados por completo e no momento em que ocorrem.O princpio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, integridade e tempestividade dos registros das mutaes patrimoniais: a integridade diz respeito necessidade das variaes serem reconhecidas em sua totalidade, sem qualquer falta ou excesso; a tempestividade obriga a que as variaes sejam registradas no momento de sua ocorrncia, mesmo na hiptese de alguma incerteza.Art. 6 O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando que este seja feito de imediato e com a extenso correta, independentemente das causas que as originaram.Pargrafo nico Como resultado da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE:I desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes patrimoniais deve ser feito mesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia;II o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos fsicos e monetrios;III o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaes ocorridas no patrimnio da ENTIDADE, em um perodo de tempo determinado, base necessria para gerar informaes teis ao processo decisrio da gesto.4) O Princpio do Registro pelo Valor OriginalO Princpio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimnio sejam registrados pelos valores originais das transaes havidas com o mundo exterior entidade, expressos a valor presente, na moeda do pas.Art. 7 Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valores originais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no interior da ENTIDADE.Pargrafo nico Do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:I a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposio destes;II uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero ter alterados seus valores intrnsecos, admitindo-se, to-somente, sua decomposio em elementos e/ou sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;III o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimnio, inclusive quando da sada deste;IV Os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantm atualizado o valor de entrada;V o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.A aplicao do princpio do Registro pelo valor original, a informao gerada pela contabilidade permite determinar a relao do custo dos elementos adquiridos pela empresa e o lucro gerado na sua utilizao5) O Princpio da Atualizao MonetriaO Princpio da Atualizao Monetria determina que, para que a avaliao dos componentes patrimoniais possa manter seus valores originais, necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, mediante aplicao de indexadores que traduzam a variao do poder aquisitivo da moeda, em dado perodo.A partir do ano de 1996, foi proibida pela Lei 9.249/95 a utilizao de correo monetria para fins societrios ou fiscais.Art. 4 Fica revogada a correo monetria das demonstraes financeiras de que tratam a Lei n 7.799, de 10 de julho de 1989, e o art. 1 da Lei n 8.200, de 28 de junho de 1991.Pargrafo nico. Fica vedada a utilizao de qualquer sistema de correo monetria de demonstraes financeiras, inclusive para fins societrios.6) O Princpio da CompetnciaEsse princpio determina que as receitas e despesas devam ser includas na apurao do resultado do perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente do recebimento ou do pagamento. de fundamental importncia compreender a diferena entre o regime de competncia e o regime de caixa.No regime de caixa, as receitas e despesas so reconhecidas no momento de seu recebimento ou pagamento. Este regime intuitivo frequentemente utilizado por ns no controle pessoal dos gastos.No regime de competncia, as receitas e despesas devem ser reconhecidas na apurao do resultado do perodo a que pertencerem e, de forma simultnea, quando se co-relacionam. As despesas devem ser reconhecidas independentemente de seu pagamento e as receitas somente quando de sua realizao. Em outras palavras, no regime de competncia: uma despesa com o salrio de um empregado considerada a partir do momento que este empregado efetua o servio, independentemente do pagamento desta despesa somente ocorrer no ms seguinte; uma receita de venda de mercadorias considerada a partir do momento em que ocorre a venda independentemente do pagamento acontecer em vrias prestaes.OBS: existe, ainda, o regime misto de escriturao. Este regime somente utilizado na Contabilidade Pblica e nele as RECEITAS so registradas pelo regime de Caixa enquanto as DESPESAS so registradas pelo regime de Competncia. Art. 9 As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 1 O Princpio da COMPETNCIA determina quando as alteraes no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuio no patrimnio lquido, estabelecendo diretrizes para classificao das mutaes patrimoniais, resultantes da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE. 2 O reconhecimento simultneo das receitas e despesas, quando correlatas, conseqncia natural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao. 3 As receitas consideram-se realizadas:I nas transaes com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetiv-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes ENTIDADE, quer pela fruio de servios por esta prestados;II quando da extino, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;III pela gerao natural de novos ativos independentemente da interveno de terceiros;IV no recebimento efetivo de doaes e subvenes. 4 Consideram-se incorridas as despesas:I quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferncia de sua propriedade para terceiro;II pela diminuio ou extino do valor econmico de um ativo;III pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.7) O Princpio da PrudnciaO princpio da prudncia determina a adoo do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os componentes do Passivo, sempre que se apresentem duas alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes do patrimnio.Art. 10. O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patrimnio lquido.- As convenesOs princpios devem ser rigorosamente seguidos pelos contadores e so complementados por convenes, que definem mais precisamente os mtodos e critrios contbeis. As convenes so restries aos princpios, que determinam a delimitao de seus conceitos. Tais convenes so, entretanto, apenas indicativas e tero menor peso que os princpios.- Consistncia (Uniformidade)Adotado determinado procedimento contbil, entre outros possveis, este no dever ser mudado freqentemente, sob pena de prejudicar a comparao de sries histricas de registros.- Materialidade (Relevncia)Visando evitar desperdcio de tempo e dinheiro na aplicao do sistema contbil, os fatos devem ser registrados quando relevantes em relao ao patrimnio e na ocasio oportuna.- ObjetividadeEntre um critrio subjetivo de valor, mesmo que confivel, e outro objetivo, a contabilidade dever adotar sempre o mais objetivo. Como, por exemplo, no caso de para uma mesma operao haver a opinio de um perito e um documento, vale para registro o valor do documento.PatrimnioO Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma azienda. A azienda pode ser considerada como um ente (com personalidade ou no) possuidor de um patrimnio. A contabilidade, portanto, tanto pode ser utilizada para o controle do patrimnio de uma empresa, quanto para o controle do patrimnio de uma pessoa fsica ou ainda de uma famlia ou de um negcio informal.- AtivoO conjunto de bens e direitos de um Patrimnio denomina-se Ativo.De acordo com a lei, o Ativo se divide em :a) circulanteb) realizvel a longo prazo c) permanente (investimentos, imobilizado e diferido)- PassivoAs obrigaes de um Patrimnio para com terceiros denomina-se Passivo.De acordo com a lei, o passivo real est dividido em:a) passivo circulanteb) exigvel a longo prazo Obs.: h ainda um terceiro grupo - resultado de exerccios futuros com caractersticas simultneas de passivo exigvel e de patrimnio lquido.- Patrimnio LquidoA diferena entre o Ativo e o Passivo denominada Patrimnio Lquido (ou Situao Lquida). O Patrimnio lquido tambm pode ser considerado como uma obrigao do Patrimnio para com o seu possuidor.O Patrimnio Lquido representado basicamente pelo Capital Social, reservas e Lucros Acumulados.A lei 6.404/76 (Lei das S/A) dispe o seguinte.Art. 178. No balano, as contas sero classificadas segundo os elementos do patrimnio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da companhia. 1 No ativo, as contas sero dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) ativo circulante; b) ativo realizvel a longo prazo; c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. 2 No passivo, as contas sero classificadas nos seguintes grupos: a) passivo circulante; b) passivo exigvel a longo prazo; c) resultados de exerccios futuros; d) patrimnio lquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliao, reservas de lucros e lucros ou prejuzos acumulados. 3 Os saldos devedores e credores que a companhia no tiver direito de compensar sero classificados separadamente.

Diferenciao entre Capital e PatrimnioCAPITAL: o conjunto de elementos que o proprietrio da empresa possui para iniciar suas atividades. Ex.: Lcia vai abrir uma papelaria. Ela possui, para esse fim, R$ 10.000 em dinheiro. Logo, esses R$ 10.000 em dinheiro constituem o seu Capital Inicial. O Capital Inicial pode ser composto por: Dinheiro Mveis Veculos Imveis Promissrias a Receber etc. - Capital Social a obrigao da empresa p/ c/ os scios, ou seja, a importncia que os proprietrios investem inicialmente na empresa, contabilmente, denominadaCapitalouCapital nominal.- Capital Prprio, portanto, denota recursos (financeiros ou materiais) dos proprietrios (scios ou acionistas) aplicados na empresa. - Capital de Terceiros, por seu lado, significa recursos de outras pessoas (fsicas ou jurdicas) aplicados na empresa.- Capital Realizado corresponde ao valor dos recursos entregues pelos scios e disposio da entidade (em caixa, nos bancos, em imveis, etc).- Capital a Realizar o capital com que a entidade foi registrada mas que por algum motivo ainda no foi colocado totalmente disposio da entidade. Com o desenrolar dos negcios, este capital ser posto disposio da entidade, seja atravs de dinheiro ou outros bens.- Capital Total a disposio da empresa corresponde soma do capital prprio com o capital de terceiros. tambm igual ao total do ATIVO da entidade.PATRIMNIO: o conjunto que COMPREENDE os bens da empresa (dinheiro em caixa, contas a receber, imveis, veculos etc.), seus direitos (contas a receber) e suas obrigaes para com terceiros (contas a pagar):a) Bens: I Tangveis: bens materiais como terrenos, veculos, dinheiro em caixa etc.II Intangveis: bens imateriais (abstratos): softwares, marcas, licenas etc.b) Direitos: valores de propriedade da Entidade a receber de terceiros por fora de aplicao monetria (ex: aplicao de dinheiro no banco), ou a serem recebidos de terceiros por venda a prazo.c) Obrigaes: compromissos exigveis da Entidade em data prevista devero ser liquidados, ou seja, quitados. Compromissos podem ser dvidas ou exigibilidades perante 3s ou ainda bens q estiverem em posse da Entidade q sejam de 3s. Ex.: fornecedores (compromissos); impostos a recolher (exigibilidade), receitas antecipadas (compromissos).Equao Fundamental do Patrimnio (e variaes)PATRIMNIO LQUIDO = ATIVO - PASSIVOSituaes Patrimoniaisa) ATIVO > PASSIVO -> Patrimnio Lquido POSITIVO / SUPERAVITRIO Situao Favorvel -> PL + ou SL + Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigaes c/ terceiros (Passivo Exigvel)b) ATIVO < PASSIVO -> Patrimnio Lquido NEGATIVO / DEFICITRIO Situao Desfavorvel -> PL (-) ou SL (-) ou Passivo a Descoberto Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigaes c/ terceiros (Passivo Exigvel)c) ATIVO = PASSIVO -> Patrimnio Lquido NULO / EQUILIBRADO Situao NULA, Equilbrio Aparente -> A = PE, logo PL = 0 Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais s obrigaes c/ terceiros (Passivo Exigvel); nessa hiptese o patrimnio lquido ser nulo.d) ATIVO = PATRIMNIO LQUIDO -> Situao Plena ou Propriedade Total -> A = PL, logo PE = 0 Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais ao patrimnio lquido; nessa hiptese, as obrigaes com terceiros (Passivo Exigvel) sero nulas.e) PASSIVO EXIGVEL = PATRIMNIO LQUIDO -> Situao de Inexistncia de Ativos -> PE = ( PL ), logo A = 0 Ocorre quando as obrigaes com terceiros (Passivo Exigvel) for igual ao patrimnio lquido negativo; nessa hiptese, o ativo ser nulo.Representao Grfica dos Estados Patrimoniais

Situao Lquida Superavitria - qndo o PL > 0, ou seja, A > P.AtivoPassivo

Patrimnio Lquido

Situao Lquida Nula - qndo o PL = 0, ou seja, A = P. AtivoPassivo

Situao Lquida Deficitria - qndo o PL < 0, ou seja, A < P.AtivoPassivo

Patrimnio Lquido negativo

Fatos Contbeis e Variaes Patrimoniais O Patrimnio Lquido pode sofrer duas formas de alteraes: Direta e Indireta. A Alterao Direta ocorre quando PL modificado (aumentado ou reduzido) em conseqncia do aumento ou reduo de suas prprias contas. No caso da Alterao Indireta, o PL modificado (aumentado ou reduzido) em decorrncia apropriao de contas de receitas e despesas. Fatos contbeis so ocorrncias que alteram, qualitativa e/ou quantitativamente, o patrimnio.- TiposFatos Permutativos (Qualitativos ou Compensativos)Conhecido tambm por Fatos Qualitativos ou Compensativos, so os que no alteram (nem direta, nem indiretamente) o valor do Patrimnio Lquido (alterao quantitativa), e sim, promovem permutas na composio patrimonial de uma empresa, ou seja, alteraes na qualidade de seu patrimnio (alterao qualitativa). Ex.:DBITOCRDITO

AA

AP

PA

PP

PLPL

Fatos Modificativos (Quantitativos)Denominados tambm de Quantitativos, os Fatos Modificativos, como j foi dado a entender na introduo, ocorrem por meio da modificao (aumento ou reduo) do Patrimnio Lquido, que pode ser provocada diretamente, com o aumento ou reduo de suas prprias contas, ou indiretamente, com a apropriao de receitas e despesas. Cabe agora abordar especificamente cada alterao.I - Alterao Direta do Patrimnio LquidoOcorre quando as contas do Patrimnio Lquido (Capital Social, Reservas, Lucros ou Prejuzos Acumulados e Aes em Tesouraria) so aumentadas ou diminudas, e conseqentemente, provocam o aumento ou a reduo do Patrimnio Lquido (PL). Podem ser:* Aumentativos:Alterao positiva do Patrimnio Lquido por meio do aumento de suas contas normais (creditadas) ou da reduo de suas contas retificadoras (creditadas). Ex.:DBITOCRDITO

APL

* Diminutivos:Alterao negativa do Patrimnio Lquido por meio da reduo de suas contas normais (debitadas) ou do aumento de suas contas retificadoras (debitadas). Ex.:DBITOCRDITO

PLA

II - Alterao Indireta do Patrimnio LquidoOcorre quando as receitas ou as despesas so reconhecidas por meio de seus fatos geradores (auferimentos ou incorrncias), e conseqentemente, provocam, respectivamente, aumento ou reduo do Patrimnio Lquido. Podem ser:* Aumentativos:Alterao positiva do Patrimnio Lquido por meio da apropriao de receitas (resultado). Ex.:DBITOCREDITO

A/PR

* Diminutivos:Alterao negativa do Patrimnio Lquido por meio do vencimento de despesas (resultado). Ex.:DBITOCRDITO

DA/P

Fatos Mistos (Compostos)Os Fatos Mistos ou Compostos so aqueles em que ocorrem, simultaneamente, alterao qualitativa (permuta) e quantitativa (modificao) no patrimnio. Da mesma forma que os Fatos Modificativos, os Mistos podem ser verificados por meio da alterao direta ou indireta do Patrimnio Lquido.I - Permuta com Alterao Direta do Patrimnio LquidoRepresenta uma juno entre os Fatos Permutativos (alterao qualitativa) e os Modificativos (alterao quantitativa direta), ou seja, verificado quando simultaneamente ocorre uma permuta nas contas patrimoniais e um aumento ou reduo das contas do Patrimnio Lquido. Podem ser:* Aumentativos:Permuta mais alterao positiva do Patrimnio Lquido por meio de aumento de suas contas (creditadas). Ex.:DBITOCRDITO

AP/PL

*Diminutivos:Permuta mais alterao negativa do Patrimnio Lquido por meio de reduo de suas contas (debitadas). Ex.:DBITOCRDITO

PLPL/P

I - Permuta com Alterao Indireta do Patrimnio LquidoRepresenta uma juno entre os Fatos Permutativos (alterao qualitativa) e os Modificativos (alterao quantitativa indireta), ou seja, verificado quando simultaneamente ocorre uma permuta nas contas patrimoniais e a apropriao de receitas ou despesas. Podem ser:* Aumentativos:Permuta mais alterao positiva do Patrimnio Lquido por meio da apropriao de receitas (resultado). Ex.:

DBITOCRDITO

A/PA/R

* Diminutivos:Permuta mais alterao negativa do Patrimnio Lquido por meio da incorrncia de despesas (resultado). Ex.:DBITOCRDITO

A/P/DA

Contas- ConceitoContas so elementos do patrimnio que merecem registro e controle individualizado.Cada grupo de elementos semelhantes, integrantes do patrimnio, forma uma conta e nela sero registrados os aumentos e redues de valores.Pela diversidade de componentes do patrimnio, so utilizadas pela contabilidade inmeras contas. Por isso, cada entidade dever planejar as contas que lhe sero necessrias, considerando seu ramo de atividade, suas necessidades internas e transaes especficas. relao lgica e ordenada dos ttulos das contas que sero utilizadas d-se o nome de Plano de Contas.Um plano de contas, portanto, um conjunto de contas que representa o patrimnio por completo. Um plano de contas deve conter contas patrimoniais e contas de resultado, cada uma delas com uma respectiva explicao de sua funo, do seu funcionamento, de sua abrangncia e relacionada e um nmero de codificao.Cada conta deve possuir o registro de seus aumentos e diminuies, bem como o seu saldo no momento. Desta maneira possvel analisar-se a situao atual e o comportamento do patrimnio no que diz respeito quele elemento patrimonial.As contas que representam o Ativo so devedoras (debitadas quando aumentam de valor, creditadas quando diminuem).As contas do passivo so credoras (creditadas quando aumentam, debitadas quando diminuem).- DbitoO dbito representa uma aplicao do patrimnio. As contas com naturezas devedoras representam aplicaes de recursos com objetivo de retorno. So exemplos de contas de natureza devedora todos os bens, direitos, despesas e custos.Assim, ao observar o Balano Patrimonial afirmamos que todo o ATIVO DEVEDOR. Em contrapartida, ao observar a Demonstrao de Resultado de Exerccio (DRE) todas as Despesas e Custos so de natureza devedora.DbitocaixaCrdito1000 -> Natureza devedora, neste caso, representa um bem e do Ativo.- CrditoO crdito representa a origem de alguma aplicao do patrimnio. As contas com natureza credora representam as origens de recursos. So exemplos as obrigaes, o patrimnio lquido e as receitas.Assim, ao observar o Balano Patrimonial afirmamos que todo o PASSIVO CREDOR. Em contrapartida, ao observar o a Demonstrao de Resultado de Exerccio (DRE) todas as Receitas so de natureza credora.DbitofornecedorCrdito50 000 -> Natureza credora, representa uma obrigao e do Passivo.- Saldo a diferena entre o total dos dbitos e o total dos crditos efetuados numa conta; O saldo pode ser: devedor - quando a soma dos dbitos for maior do que a soma dos crditos; credor - quando a soma dos dbitos for menor do que a soma dos crditos; nulo - quando a soma dos dbitos for igual a soma dos crditos;Em anlise, a informao acima se rege pela regra: a) Quando o saldo do dbito for maior que o saldo do crdito o saldo ser DEVEDOR, ou seja, D < C. b) Quando o saldo do crdito for maior que o saldo do dbito o saldo ser CREDOR, ou seja, D > C. Quando o saldo do dbito for igual ao saldo do crdito o saldo ser NULO, ou seja, D = C. - Teoria das Contas

- Teoria Personalista -> as contas representam pessoas que se relacionam com a entidade em termos de dbito e crdito;- Teoria Materialista -> as contas e a entidade mantm uma relao material, e no pessoal;- Teoria Patrimonialista -> o objeto da Contabilidade o patrimnio das entidades e a sua finalidade o controle do patrimnio, a apurao dos resultados e a prestao de informaes;- Contas PatrimoniaisContas Patrimoniais so aquelas que ficam constantemente representadas no patrimnio. Ex.: Conta Caixa; caixa um elemento do patrimnio que registra o numerrio disponvel.As contas patrimoniais podem ser de Ativo, Passivo e de Patrimnio Lquido.No Ativo, encontram-se, por exemplo, as contas: caixa, mercadorias, veculos, imveis, aplicaes financeiras, etc.No Passivo, as contas: fornecedores, contas a pagar, emprstimos bancrios, salrios a pagar, etc.No Patrimnio Lquido, entre outras, esto as contas Capital e Lucros Acumulados. Ex.:Descrio da ContaClassificao

1 Caixa: Ativo

2 Veculos: Ativo

3 Devedores por Duplicatas: Ativo

4 Imveis: Ativo

5 Bancos movimento: Ativo

6 Despesas de Instalao: Ativo

7 Matrias-primas: Ativo

8 Estoques: Ativo

9 Aes: Ativo

10 Duplicatas a Pagar: Passivo

11 Credores por duplicatas: Passivo

12 Emprstimos em bancos: Passivo

13 Rendas antecipadas: Passivo

14 Capital: Patr. Lq.

15 Reservas: Patr. Lq.

16 Lucros Acumulados: Patr. Lq.

17 Produtos: Ativo

18 Suprimentos (emprstimos) a coligadas: Ativo

19 Suprimentos de coligadas Passivo

20 Marcas e Patentes: Ativo

21 Mercado aberto: Ativo

22 Acionistas, Conta Dividendos: Passivo

23 Acionistas, conta Capital: Patr. Lq.

24 Bancos-conta emprstimos: Passivo

25 Selos: Ativo

Ao final de cada perodo de apurao (exerccio), o conjunto de contas patrimoniais deve ser apresentado para identificar a situao do patrimnio da entidade naquele instante. Esta apresentao consiste em uma demonstrao financeira denominada Balano Patrimonial.- Contas de ResultadoContas de Resultado so aquelas que no representam elementos constantes do patrimnio, mas somente suas alteraes que, em ltima anlise, se incorporaro ao Patrimnio Lquido.As Contas de resultado so as receitas e despesas que, respectivamente, aumentam e diminuem o Patrimnio Lquido. Estas contas so transitrias pois ao final de um dado perodo o seu saldo incorporado ao Patrimnio Lquido.Ex.:Descrio da ContaClassificao

1Receita Bruta de Vendas:Receita

2Impostos sobre vendasDespesa

3Receitas financeirasReceita

4Juros AtivosReceita

5Variaes Monetrias passivasDespesa

Ao final de cada perodo de apurao (exerccio), devem ser relacionadas as contas de resultado e apresentado seu comportamento durante o referido perodo. Esta apresentao consiste em uma demonstrao financeira denominada Demonstrao do Resultado do Exerccio.Apurao de ResultadosPara apurar o resultado (lucro ou prejuzo) obtido pela empresa no perodo, necessrio encerrar as contas de resultado (receitas e despesas).Sistemtica de apurao do resultado:1. Passo: Apurar saldo final das contas de resultadoOs valores das despesas, quando incorridas, so levados a dbito da conta que representa o gasto correspondente, portanto, no final do exerccio, tero sempre saldo devedor.

Despesas

DbitoCrdito

Saldo Devedor

Os valores das receitas, quando realizadas, so levados a crdito da conta que representa a gerao do recurso, portanto, no final do exerccio, tero sempre saldo credor.Despesas

DbitoCrdito

Saldo Devedor

Receitas

DbitoCrdito

Saldo Credor

Apurados os saldos devedores de todas as contas de despesas e os saldos credores de todas as contas de receitas, podemos partir para o 2 passo.2. Passo: Encerrar todas as contas de receitas e despesas em contrapartida de uma conta transitria denominada Resultado do exerccio.Mas por que encerrar as contas de resultado?Porque elas servem apenas para apurar o resultado de um perodo, seus saldos precisam ser zerados para que, no perodo seguinte, volte acumular valores daquele exerccio.O saldo devedor de cada conta de despesa deve ser debitado na conta Resultado do Exerccio e creditado na prpria conta de despesa, encerrando-a.O saldo credor de cada conta de receita deve ser creditado na conta Resultado do Exerccio e debitado na prpria conta de receita, encerrando-a.3. Passo: Calcular e contabilizar o imposto de rendaA conta Resultado do Exerccio recebe, ento, todas as receitas e despesas do exerccio, se o somatrio dos crditos recebidos forem maiores que o somatrio dos dbitos, significa que a empresa apresentou um lucro no perodo. Sobre esse lucro, a empresa deve fazer uma proviso para pagamento do imposto de renda, debitando a conta Resultado do Exerccio e creditando a conta Proviso para Imposto de Renda.Resultado do ExerccioProviso p/ I.R.

Dbitos(recitas)Crditos(despesas)DbitoCrdito

I.RI.R.

Saldo Credor

Despesas

DbitoCrdito

Saldo Devedor

4. Passo: Calcular e contabilizar as participaes estatutriasCaso os estatutos da empresa contenham previso de participaes estatutrias, elas devem ser calculadas e a proviso contabilizada.Resultado do ExerccioProviso p/ P.E.

Dbitos(recitas)Crditos(despesas)DbitoCrdito

I.R.L.A.P.E.P.E.

P.E.L.L.E.

5. Passo: Transferir o L.L.E. para Lucros acumuladosVeja que a conta Resultado do Exerccio tambm uma conta transitria com a finalidade de apurar o resultado. Aps apur-lo e realizadas as provises, tambm deve ser encerrada, seu saldo deve ser transferido para uma conta patrimonial Lucros Acumulados.Resultado do ExerccioLucros Acumulados

Dbitos(recitas)Crditos(despesas)DbitoCrdito

I.R.L.L.E.

P.E.L.A.P.E.

L.L.E.L.L.E

Em caso de prejuzo, o saldo da conta Resultado do Exerccio seria devedor e seu lanamento de encerramento seria:Dbito = Prejuzos AcumuladosCrdito = Resultado do exerccioPlano de Contas constitudo pelo conjunto de normas e procedimentos sobre a utilizao das contas integrantes do sistema contbil da entidade. O Plano de Contas composto pelas seguintes partes: Elenco das contas, Codificao das Contas, Funo das Contas e Funcionamento das Contas. Elenco das Contas - conhecido como estrutura do plano de contas, consiste na relaoordenada de todas as contas utilizadas para o registro dos fatos contbeis de uma entidade.Ex.: AtivoAtivo CirculanteDisponibilidadesDireitos RealizveisEstoquesDespesas do Exerccio seguinteAtivo Realizvel a Longo PrazoAtivo PermanenteInvestimentoImobilizadoDiferidoPassivoPassivo CirculantePassivo Exigvel a Longo PrazoResultado de Exerccios FuturosPatrimnio LquidoCapital SocialReservas de CapitalReservas de LucrosLucros ou Prejuzos Acumulados Codificao das Contas - a codificao tem por objetivo simplificar a classificao dascontas nos respectivos grupos e subgrupos.Ex.: arbitramos o cdigo 1 para o Ativo e 2 para o Passivo, o restante ficaria:1. Ativo1.1. Ativo Circulante1.2. Ativo Realizvel a Longo Prazo1.3. Ativo Permanente1.3.1. Investimento1.3.2. Imobilizado Funo das Contas - tem como finalidade explicar a razo da existncia da conta, para que serve, onde se aplica, como se trabalha com ela. Ex.: a conta CAIXA representa o dinheiro, recebendo a dbito os recebimentos e a crdito os pagamentos efetuados em dinheiro; Funcionamento do Plano de Contas - a parte do Plano de Contas que demonstra o relacionamento de uma conta com as demais, assim como a sua abertura, movimentao e encerramento.Provises em Geral- Proviso para Contribuio SocialTrata-se de uma contribuio destinada ao financiamento da seguridade social devida pelas empresas ao Governo Federal, com base no Resultado do Exerccio apurado no final de cada perodo, que poder ser um ms, de um ano ou outro, conforme estabelea a legislao.Normalmente, a base para o clculo desta proviso o Resultado do Exerccio antes de calculada a Proviso para o Imposto de Renda, ajustado conforme determina a legislao. Portanto, para se calcular adequadamente o valor a ser provisionado, preciso efetuar clculos extracontbeis para se ajustar o Resultado do Exerccio e, em seguida, aplicar, nesse Resultado ajustado, a alquota que estiver em vigor no respectivo ano.- Proviso para Imposto de RendaCom base no Resultado do Exerccio apurado no final de cada perodo, que poder ser de um ms, de um ano ou outro, conforme estabelea a legislao, as empresas esto obrigadas a pagar ao Governo Federal uma importncia a ttulo de Imposto de Renda.Para fazer face a esse compromisso fiscal, como ocorre com a Contribuio Social, no momento da apurao do Resultado do Exerccio, criada uma proviso, contabilizada na conta Proviso para Imposto de Renda.Exclusivamente para fins didticos, o seguinte:- alquota igual a 25%;- base de clculo igual ao Resultado do Exerccio antes das provises (a mesma base de clculo da Proviso para Contribuio Social).- Entretanto, importante saber que esta proviso deve ser calculada, legalmente, com base no Lucro Real.- Proviso de Devedores Duvidosos (PDD) A Proviso para Devedores Duvidosos tambm chamada de Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa constituda para preparar antecipadamente a Entidade por situaes de ttulos no pagos pelos clientes. Com a vigncia da Lei 11.638/07 e Lei 11.940/09 o contabilista dever sempre atender os requisitos da gesto da Entidade. Exemplo: Uma empresa que vende veculos novos, ao vender a prazo, tem uma poltica financeira para esse tipo de negocio como: pesquisa no SERASA, cartrio, etc., para verificar a capacidade financeira desse comprador. Nos casos dos Bancos, estas instituies financeiras tm em seu poder um Rating, ou seja, informaes da capacidade financeira do cliente, sua categoria e classe. Assim, a PDD dever ser contabilizada.

Escriturao/Lanamento- ConceitoO lanamento o registro dos fatos contbeis no plano de contas da empresa. O registro dos fatos contbeis denomina-se escriturao. Ela composta pelos lanamentos contbeis e pelas demonstraes financeiras elaboradas no encerramento de cada exerccio social. A escriturao feita em Livros. Para efetuar estes registros, sero necessrio cinco itens, que so essenciais para uma boa escriturao, proporcionando assim maior fidelidade em suas informaes. Esses itens so os seguintes:- Data;- Conta(s) debitada(s);- Conta(s) creditada(s);- Histrico;- Valor.- Mtodos- Das Partidas Simples - consiste no registro de operaes especficas envolvendo o controle de um s elemento patrimonial; um mtodo deficiente e incompleto, no permitindo o controle total do patrimnio da empresa.- Das Partidas Dobradas - pelo qual cada dbito efetuado em uma ou mais contas, deve corresponder um crdito em uma ou mais contas, de tal forma que o total debitado seja sempre igual ao total creditado.- Das Partidas Mensais: admite-se a escriturao resumida no dirio, por totais que no excedam ao perodo de um ms, relativamente a contas cujas operaes sejam numerosas ou realizadas fora da srie do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares para registro individualizado e conservados os documentos que permitam sua perfeita verificao.- Processo de Escriturao Pode ser manual, maquinizado, mecanizado ou por processamento de dados. Todo lanamento deve estar apoiado em documentos hbeis e idneos e adequados ao tipo de operao. Ex.: compra de mercadorias - documento hbil a nota fiscal; Registro dos fatos no livro Dirio; Transcrio dos registros para o livro Razo; Elaborao do Balancete de Verificao; Apurao do Resultado e elaborao das demonstraes contbeis (Balano Patrimonial e Demonstrao do Resultado do Exerccio), transcrevendo-se estas demonstraes no livro Dirio.- Rotinas e FrmulasLanamentoEx.: Compra de um veculo vista, no dia 01/04/02, conforme NF n 51, no valor de $ 700.000, emitida pela MARELA.S J Rio Preto, 01 de abril de 2002Veculosa Caixa ......................... $ 700.000Frmulas de Lanamento1 - Frmula Simples apenas uma conta debitada e uma nica conta creditada. Ex.: compra de uma bicicleta, vista, por $ 1.000:Veculosa Caixa ......................... $ 1.0002 - Frmula Composta - apenas uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Ex.: compra de uma bicicleta por $ 1.000, pagando-se $ 500 com cheque do Banco do Brasil e aceitando uma duplicata pelo restante, $ 500:Veculosa Diversosa Banco c/ Movimento .. $ 500a Duplicatas a Pagar...... $ 500 $ 1.000

3 - Frmula Composta - mais de uma conta debitada e uma nica conta creditada. Ex.: Integralizao do capital Social no valor de $ 15.000, sendo $ 5.000 em mveis e $ 10.000 em dinheiro:Diversosa Capital SocialCaixa ........................... $ 10.000Mveis e Utenslios...... $ 5.000 $ 15.0004 - Frmula Complexa - mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Ex.: pagamento do aluguel do ms no valor de $ 40.000 e de uma duplicata no valor de $ 90.000, com a utilizao de $ 30.000 em dinheiro e $ 100.000 em cheque:Dbito CrditoDiversosa DiversosDespesa de Aluguel .......... $ 40.000Duplicatas a Pagar............. $ 90.000a Caixa ....................................................... $ 30.000a Bancos c/ Movimento .............................. $ 100.000Obs.: Partcula a - apenas indicadora da contra creditada, sendo seu uso facultativo.Um macete para fixar as frmulas de lanamentos: 1 frmula 11 (1D e 1C); 2frmula 12 (1D e 2C); 3 frmula 21 (2D e 1C) e a 4 frmula 22 (2D e 2C).- Escriturao de Operaes FinanceirasOperaes Financeiras so aquelas realizadas com a finalidade de CAPTAR ou APLICAR recursos financeiros. Dividem-se, portanto, em OPERAES ATIVAS (destinadas aplicao de recursos) e OPERAES PASSIVAS (praticadas com a finalidade de captao de recursos financeiros).A escriturao das operaes financeiras e patrimoniais efetuar-se-, sempre que possvel pelo mtodo de partidas dobradas.RECEITAS FINANCEIRAS: correspondem aos ingressos patrimoniais originados das aplicaes de recursos financeiros, tais como: receitas de juros; descontos obtidos; variaes monetrias ativas;DESPESAS FINANCEIRAS: correspondem aos gastos incorridos nas operaes de captao de recursos financeiros, tais como: despesas de juros; descontos concedidos; tarifa bancria;Livros de Escrituraoa) Obrigatrios:- Livro Dirio: Tem a funo de abrigar todos os fatos em ordem cronolgica, dia-a-dia. obrigatrio pelo Decreto-Lei 486/69, pela Lei 6404/76 e mais recentemente pela Lei 10.406/02, o novo Cdigo Civil. Conceituado como um dos principais livros da escriturao contbil, o Dirio requer formalidades intrnsecas (maneira de escriturar) e extrnsecas (relativas ao seu contedo).So formalidades intrnsecas do Livro Dirio: Os registros devem ser em ordem cronolgica dos fatos; Seguir mtodo uniforme de escriturao de acordo com os princpios contbeis; Escriturar em lngua nacional e moeda nacional vigente e de forma mercantil; No permitir rasuras, emendas e nem borres; No permitir espaos em branco, ocupao das margens e entrelinhas. So formalidades extrnsecas do Livro Dirio: Ser encadernado e as pginas numeradas; Ser registrado e autenticado na Junta Comercial do Estado (empresas comerciais) ou Cartrio de Registro de Ttulos e Documentos (sociedades civis); Possuir Termos de Abertura e Encerramento, constando dados da empresa, nmero de ordem do livro e a quantidade de folhas; Conter o Balano Patrimonial e o Balano de Resultado Econmico; Ser assinado por contabilista legalmente habilitado e pelo empresrio ou sociedade empresria.- Livro Razo: Tem a funo de abrigar todos os fatos de uma mesma conta. Por meio dele, o usurio pode identificar a posio de cada conta. facultativo segundo a legislao comercial e obrigatrio pelo regulamento do imposto de renda para as empresas que declararem pelo sistema de lucro real (Lei 8.218/91, artigo 18). Assim como o Dirio, o Razo um dos principais livros da escriturao contbil, os fatos so registrados por espcie de conta. O razo registra todos os fatos escriturados no Dirio, s que de forma individualizada.O Razo pode ser substitudo por fichas e no carece de autenticao pela Junta Comercial ou Cartrio.Cada registro feito no Razo deve indicar o nmero do lanamento no Dirio. Com o advento da escriturao informatizada, possvel a reproduo de outras informaes do Dirio, a exemplo do histrico e da conta que fez contrapartida com a ficha Razo.- Livro Registro de Inventrio: um dos livros fiscais de uso obrigatrio pelas pessoas jurdicas sujeitas apurao do lucro real (art. 260, inciso I, do RIR/99).Esto obrigadas tambm escriturao do Livro Registro de Inventrio:I - as pessoas jurdicas que optarem pelo pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurdica devido mensalmente por estimativa, tendo em vista a obrigatoriedade da apurao do lucro real em 31 de dezembro de cada ano-calendrio (arts. 220 e 221 do RIR/99);II - as pessoas jurdicas optantes pela tributao com base no lucro presumido (art. 527, inciso II, do RIR/99);III - as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo SIMPLES (art. 190, inciso II, do RIR/99).b) Auxiliares:- Livro Caixa: tambm auxiliar. Nele so registrados todos os fatos administrativos que envolvam entradas e sadas de dinheiro. No mantendo os registros contbeis completos, a escriturao do livro Caixa torna-se obrigatria, mesmo que a empresa mantenha os outros livros fiscais escriturados regularmente.- Livro Contas-correntes: o livro auxiliar do Razo. Serve para controlar as contas que representam Direitos e Obrigaes para a empresa.c) Outras espcies de livros:- Livros Fiscais: Registro de Apurao do ICMS; Registro de Inventrio; Registro de Entrada de Mercadorias; Registro de Sada de Mercadorias; Registro de Impresso de Documentos Fiscais;- Livros Sociais: Livro de Atas da Assemblia Geral; Livro de Presena de Acionistas; Livro de Atas da Reunio da Diretoria; Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal; Livro de Registro de Aes; Livro de Registro de Partes Beneficirias;- Livros Trabalhistas: Livro de Registro de Empregados; Livro de Inspeo do Trabalho;- Erros de EscrituraoQuando ocorrem erros na escriturao os mesmos devem ser corrigidos obviamente, e para no ocorrerem rasuras, borres, etc. o responsvel pela escriturao usar de uma das seguintes situaes:- Transferncia: utilizada no caso em que uma das contas envolvidas no registro tenha sido utilizada erroneamente. Seja o caso da operao de compra de um veculo a prazo, no valor de R$ 20.000,00: lanamento corretoD =veculosC =a contas a pagarR$ 20.000,00. o lanamento feito com erro foi o seguinte:D =veculosC = acaixa R$ 20.000,00 a retificao dever ser feita por transferncia do crdito feito na conta caixa para a conta contas a pagar:D = caixaC = a contas a pagarR$ 20.000,00- Estorno: ser usado quando ocorrer uma das situaes a seguir apresentadas: registro de valor a maior erro de ttulo duplicidade de lanamento.O estorno consiste em registrar a crdito o que havia sido erroneamente registrado a dbito e vice-versa, com o objetivo de anular o lanamento errado.O estorno pode ser total ou parcial. Veremos cada um dos casos a seguir.O estorno total um lanamento inverso ao anterior, seguido do lanamento correto. Seja uma operao de compra a vista de uma mercadoria no valor de 5.000,00. o lanamento correto seriaD = mercadoriasC = acaixa5.000,00 o lanamento com erro foi o seguinte:D = fornecedoresC = a mercadorias5.000,00 o estorno dever ser:D = mercadoriasC = a fornecedores5.000,00 para, em seguida, escriturar-se o lanamento corretoD = mercadoriasC = acaixa5.000,00O estorno total, conforme pode ser observado, anula completamente o lanamento efetuado com erro para, em seguida, efetuar o lanamento correto. O estorno parcial utilizado no caso de registro de valor a maior. Seja o caso de uma operao de compra de mveis, a vista, pelo valor de 45.000,00. o lanamento correto seria:D = mveisC = acaixa45.000,00 o lanamento com erro foi o seguinteD = mveisC = a caixa50.000,00 o estorno dever ser:D= caixaC = a mveis5.000,00- Complementao: usada quando o registro feito com valor a menor. O acerto do erro ser simplesmente efetuar o mesmo lanamento anteriormente efetuado com o valor faltante. Seja a operao de pagamento de fornecedores em dinheiro no valor de 500,00: o lanamento correto seriaD = fornecedoresC = a caixa500,00 o lanamento com erro foi o seguinteD = fornecedoresC = a caixa400,00 o complemento dever serD = fornecedoresC = a caixa100,00- Ressalva: a forma de correo da redao feita no histrico do lanamento antes do seu encerramento, usando-se uma das expresses: isto , digo, alis, em tempo, etc. e repetindo-se a expresso correta.Sistema de Partidas DobradasO registro de qualquer operao implica que a um dbito ou mais de um dbito em uma ou mais contas deve corresponder a um crdito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual soma dos valores creditados. Em resumo no h dbitos sem crditos correspondes. Ex.:

Balancete de VerificaoTem a finalidade de identificar os possveis erros aps ter feito os registros no livro dirio e no razo. uma demonstrao facultativa para as empresas ou entidades, e a sua estrutura ter trs colunas, onde na primeira encontra-se saldo inicial da conta, na Segunda a movimentao (a dbito e a crdito) do referido perodo e na terceira, o saldo final da conta. Esses saldos, no Balancete de verificao devem ser iguais, aos do Dirio e Razo.O Balancete de verificao pode ser levantado a qualquer momento. Comumente, costuma-se levantar o Balancete em dois momentos:a) Balancete de Verificao Inicial o Balancete levantado antes da apurao e encerramento do resultado do exerccio. Sua abrangncia inclui as contas de despesas e receitas. chamado de inicial por estar sujeito a ajustes como depreciaes, rateios, provises, etc.b) Balancete de Verificao Final o Balancete levantado aps a apurao, distribuio e encerramento do resultado do exerccio. Sua abrangncia no inclui as contas de despesas e receitas, visto que seus saldos estaro zerados pelo encerramento e transferncia para o Patrimnio Lquido.

Balano PatrimonialO Balano Patrimonial de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade a demonstrao contbil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posio patrimonial e financeira da Entidade. Assim, por fora da Lei 6.404/76, art. 178 alterada pela Lei 11.941/09, as contas devero ser agrupadas no Balano Patrimonial na forma: No Ativo: As contas sero dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados. No Passivo: As contas sero dispostas em ordem decrescente de grau de exigibilidade. Todas as contas devem ser classificadas segundo os elementos do patrimnio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da companhia.

I - ATIVO: De forma simplificada o Ativo a composio dos bens e direitos apresentados no curto e longo prazo, que conforme a Legislao em vigncia dever ser divido em dois grupos de contas a serem estudados a seguir: ATIVO CIRCULANTE: Em acordo com a Lei 6.404/76 so apresentadas neste grupo todas as disponibilidades e direitos realizveis at o exerccio social subseqente, bem como todos os Crditos, os Estoques e as Despesas Antecipadas. Os Crditos apresentados neste grupo so representados por direitos realizveis at o exerccio social subseqente. Os Estoques so bens adquiridos pela empresa e cada atividade fim requer um tipo de estoque. ATIVO NO CIRCULANTE: De acordo com a Lei 6.404/76, Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09 so apresentadas neste grupo: a) Realizvel a longo prazo: So direitos a serem realizados a longo prazo. Exemplo: Cliente comprou determinada mercadoria da empresa X e ir pagar em 36 parcelas. Na empresa X constar o valor a longo prazo. So exemplos de contas: duplicatas a receber longo prazo, clientes, aplicaes financeiras de longo prazo, etc. b) Investimento: So bens e direitos que a Entidade aplica para obteno de algum retorno. Em regra os bens e direitos contabilizados neste subgrupo no pertencem atividade fim da empresa. Exemplos de contas: obra de arte, ouro, participaes societrias, veiculo Ferrari, etc. c) Ativo Imobilizado (Permanente): Os direitos que tenham por objeto bens corpreos destinados manuteno das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operaes que transfiram companhia os benefcios, riscos e controle desses bens. Exemplos de contas: veculos, mquinas, equipamentos, computadores, etc. d) Ativo Intangvel: os direitos que tenham por objeto bens incorpreos destinados manuteno da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comrcio adquirido. Exemplo: Marcas, Patentes, Fundo de Comrcio etc.II - PASSIVO: So classificadas nesse grande grupo todas as obrigaes e exigibilidades, tanto a curto como de longo prazo, resultados de exerccios futuros e o patrimnio lquido. PASSIVO CIRCULANTE: Neste grupo so classificadas todas as obrigaes bem como exigibilidades at o trmino do exerccio seguinte. PASSIVO NO CIRCULANTE: Neste grupo so classificados as obrigaes e exigibilidades cujo vencimento seja aps o exerccio seguinte. Alm disso, classifica-se tambm os resultados de exerccio futuro, ou seja, os adiantamentos de clientes. PATRIMNIO LQUIDO: Diversas so as respostas para o PL, porm para compreenso desse grupo, observamos a Lei 6.404/76 e a Lei 11.638/07 que define o Patrimnio Lquido com a composio dos subgrupos a seguir: Capital Social: So classificadas neste subgrupo as discriminaes do montante subscrito e, por deduo, a parcela ainda no realizada pelos scios ou acionista da Entidade. Ex.: Capital Social Subscrito(-) Capital Social a Realizar_________________________= Capital Social RealizadoAjuste de Avaliao Patrimonial: O art. 182 ( 3) da Lei n 6.404/76, alterada pela Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09, estabelece que deve ser classificadas como ajustes de avaliao patrimonial, enquanto no computadas no resultado do exerccio em obedincia ao regime de competncia, as contrapartidas de aumentos ou diminuies de valor atribudos a elementos do ativo e do passivo, em decorrncia da sua avaliao a valor justo. Exemplo de conta: Ajuste de avaliao instrumentos financeiros. Os Instrumentos financeiros figura no Ativo. O ponto principal para classificao em AAP - Ajuste de Avaliao Patrimonial que estes papis estejam destinados negociao ou disponveis para venda. Nesse caso, deve-se ajustar e a variao dever ser classificada na conta AAP - Ajuste de Avaliao Patrimonial, instrumentos financeiros conforme trata a Lei n 6.404/76, art. 183.Reservas de Lucro: Sero classificadas neste subgrupo as contas constitudas pela apropriao de lucros da Entidade. Aes em tesouraria: Sero classificadas nesse subgrupo as aes adquiridas pela prpria Sociedade Annima emissora de aes. (-) Prejuzos Acumulados: Ao final do exerccio social a Entidade dever apurar o resultado do exerccio, sendo que em caso de resultado negativo, o mesmo dever ser classificado como prejuzo no PL.

Classificao das Contas- Classificao No balano, as contas sero classificadas segundo os elementos do patrimnio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da companhia.No ativo, as contas sero dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:a) ativo circulante;b) ativo no circulante (realizvel a longo prazo); c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo intangvel. No passivo, as contas sero classificadas nos seguintes grupos:a) passivo circulante;b) passivo no circulante (exigvel a longo prazo);c) resultados de exerccios futuros;d) patrimnio lquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliao, avaliao patrimonial, aes em tesouraria e lucros ou prejuzos acumulados.Os saldos devedores e credores que a companhia no tiver direito de compensar sero classificados separadamente.- Critrios de Avaliao do AtivoDe acordo c/ a Lei 6404/76, no Ativo as contas devem estar dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos nela registrados nos seguintes grupos:a) Ativo Circulante - As disponibilidades Ex.: Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicaes de Liquidez Imediata.- Os direitos realizveis no curso do exerccio social subseqente. Exemplos: Duplicatas a Receber, Duplicatas Descontadas, Proviso para Crditos Duvidosos, Ttulos a Receber, Bancos Conta Vinculada, Estoques etc.- As aplicaes de recursos em despesas do exerccio seguinte. Exemplos: Despesas de Seguros a Apropriar.b) Ativo Realizvel a Longo Prazo (no circulante)As contas representativas dos bens e direitos realizveis aps o trmino do exerccio seguinte e dos bens e direitos oriundos de negcios no operacionais realizados por coligadas, controladas, proprietrios, scios, acionistas e diretores. Exemplos: Contas a Receber a Longo Prazo, Emprstimos a Controladas, Depsitos Judiciais etc.b) Ativo Permanente- Em Investimentos as contas representativas dos bens e direitos por participaes permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, no classificveis no Ativo Circulante, que no se destinem manuteno da atividade da sociedade. Exemplos: Participaes em Coligadas, Provises para Perdas, Obras de Arte, Imveis no de uso etc.- No Ativo Imobilizado as contas representativas dos direitos que tenham por objeto bens destinados manuteno das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. Exemplos: Imveis, Veculos, Instalaes, Mveis e Utenslios, Benfeitorias em Propriedade de Terceiros, Depreciao, Exausto e Amortizao Acumulada, Marcas e Patentes etc.- No Ativo Diferido as contas representativas das aplicaes de recursos em despesas que contribuiro p/ a formao do resultado de exerccios futuros. Ex.: Despesas de Pr-Operao- Ativo Intangvel como Macas, Patentes, Fundo de Comrcio etc.

- Critrios de Avaliao do PassivoDe acordo com a Lei 6404/76, no Passivo as contas devem ter a seguinte disposio:Passivo Circulante as contas representativas das obrigaes da sociedade que vencerem no exerccio social seguinte. Exemplos: Fornecedores, Salrios e Encargos a Pagar, Emprstimos, Debntures, Encargos Financeiros a Pagar, Impostos a Recolher, Proviso para Imposto de Renda etc.Exigvel a Longo Prazo as contas representativas das obrigaes com vencimento aps o trmino do exerccio social seguinte. Exemplos: Financiamentos, Debntures, Encargos Financeiros a Pagar, Retenes Contratuais etc.- Levantamento do BalanoDe forma sistematizada, as etapas para a elaborao do Balano so as seguintes:a) Levantamento do Balancete de Verificao do Razo do ltimo Ms: o ponto de partida e consiste na verificao da exatido matemtica dos saldos das contas e elaborao do Balancete de Verificao do Razo.A verificao abrange todas as contas. Se existir divergncia nos saldos, sero feitos os acertos respectivos.b) Ajustes das Contas:Esta etapa se constitui no trabalho tcnico-contbil mais importante do levantamento do balano. As demonstraes financeiras obtidas na escriturao contbil devem mostrar, como conseqncia, o mais corretamente possvel, a situao patrimonial e o resultado do perodo.Para atingir esses objetivos so necessrios, muitas vezes, lanamentos de ajustes, de complementao e de saneamento das contas que aparecem no balancete de verificao, a fim de que todas elas indiquem os valores corretos.Muito facilitar, no ajuste de contas, preparar adequadamente os inventrios de cada um dos elementos patrimoniais. O termo inventrio utilizado no mais amplo sentido de informes documentados p/ fins de balano, abrangendo os inventrios propriamente ditos, os resumos, os quadros demonstrativos, os relatrios, os estatutos, os contratos, etc. necessrios p/ a correta avaliao das contas. Os inventrios so juntados ao balancete de Verificao do Razo, ou colocados disposio dos interessados, para permitir a comparao com a escriturao contbil, com a qual devem coincidir.Apreciada, conta por conta, dentro de sua funo, fazem-se os ajustes necessrios. Assim, h que se verificar se o saldo de Caixa reflete o que realmente existe de dinheiro; se o saldo bancrio confere com os extratos; se as contas a receber e a pagar conferem com os registros analticos e com os efetivos valores a receber e a pagar etc.Como regra, na hiptese de se constarem irregularidade, procede-se a criteriosa anlise de identificao das causas e dos efeitos, aps o que se efetuam os competentes lanamentos de ajuste.Para determinar o mais corretamente possvel o valor dos elementos patrimoniais, mencionam-se os seguintes trabalhos auxiliares: de converso e atualizao cambial, contagem das disponibilidades, controle e verificao dos contratos ativos e passivos; correo monetria e juros de contratos ativos e passivos etc. Da correta elaborao desses inventrios depende a justa avaliao do patrimnio.Muito importante assinalar que, simultaneamente com os lanamentos de ajuste, so preparadas as Notas Explicativas, que complementam as Demonstraes Financeiras.As partidas de ajuste so escrituradas no livro Dirio, transportadas para o Razo, e um novo Balancete de Verificao do Razo elaborado, o de antes do encerramento das contas de Receitas e Despesas, denominado Balancete de Verificao do Razo aps os Ajustes.c) Encerramento das Contas de Receitas e de Despesas: As contas Patrimoniais; e As contas de Resultado.As contas Patrimoniais permanecem com seus respectivos saldos no inicio de um novo exerccio social; onde o saldo de qualquer conta Patrimonial o saldo acumulado de todos os lanamentos efetuados nessa conta desde o incio das atividades da empresa.As contas de Resultado comeam cada exerccio social com saldo nulo, como se a conta ainda no tivesse sido movimentada. Para que essas contas comecem cada exerccio com saldo nulo, necessrio que o ltimo dia do exerccio anterior o saldo existente seja encerrado.As contas de Resultado movimentadas em determinado exerccio compem a Demonstrao do Resultado do Exerccio. O encerramento das contas consiste na transferncia dos saldos das contas de Resultado (Receitas, Despesas, Ganhos, Perdas etc.) para a conta Resultado do Exerccio, onde apurado o resultado daquele exerccio.O Resultado de um exerccio poder ser positivo (lucro), ou negativo (prejuzo) ou nulo, dependendo de o saldo da conta ser respectivamente credor ou devedor.O ponto de partida p/ o encerramento das contas de Resultado o Balancete de Verificao depois dos ajustes (balancete Ajustado), de acordo c/ os Princpios e Convenes Contbeis e os Preceitos Legais,Para melhor entendimento podemos desdobr-la em duas partes:1) Apurao do Resultado do ExerccioObrigatoriamente, apura-se o resultado obtido pela empresa no trmino de cada exerccio social, quando do encerramento de todas as contas de Resultado.A critrio da empresa, podem-se apurar resultados mensais, trimestrais, semestrais, anuais etc., sem necessidade de encerrarmos as contas de resultado.Para efeito de apurao do Resultado obtido pela empresa, em determinado perodo, transferimos todos os saldos das contas de Resultado para a conta de Apurao do Resultado, que estamos chamando Resultado do Exerccio.Essas transferncias so processadas por meio de lanamentos contbeis nos Livros Dirio e Razo, da seguinte maneira:1) Debita-se a contaResultado do Exerccio Creditando-seCada uma das contas de resultado, com saldo devedor, por seu respectivo saldo.2) Debita-seCada uma das contas de resultado, com saldo credor, por seu respectivo saldo, Creditando-se a contaResultado do Exerccio.3) Debita-se a contaResultado do Exerccio Creditando-seAs contas do passivo: Proviso para Impostos de Renda e Contribuio Social; e Participaes e Contribuio a Distribuir.O valor da Proviso para Imposto de Renda obtido extracontabilmente, no Livro de Apurao do Lucro Real LALUR de, escriturao obrigatria, por todas as pessoas jurdicas contribuintes do Imposto de Renda na base do lucro real.Os valores das Participaes e Contribuies so obtidos dos estatutos e contratos.O saldo da conta Resultado do Exerccio, que representa o Lucro (ou Prejuzo) Lquido, transferido p/ a conta Lucros ou Prejuzos Acumulados, pertencente ao grupo Patrimnio Lquido. Essa partida de Dirio, de transferncia do Resultado Lquido, constitui-se no elo de unio entre as contas Patrimoniais (demonstradas no Balano Patrimonial) e as de Resultado (apresentadas na Demonstrao do Resultado do Exerccio).Num plano de contas bem elaborado podem constar, opcionalmente, contas isoladas e/ou agrupadas de uso exclusivo pra melhor demonstrar o Resultado do Exerccio.Para efeito na Demonstrao do Resultado de um Exerccio, podemos utilizar ttulos representativos de conjuntos de contas sem necessariamente precisar constituir-se em contas.Exemplo de alguns desses ttulos: Receita Lquida de Vendas e Servios; Resultado Bruto; Despesas Operacionais; Encargos Financeiros Lquidos; Outras Despesas e Receitas Operacionais; Resultado Operacional; Resultados No Operacionais; Resultado Antes do Imposto de Renda etc.2) Distribuio do Resultado do ExerccioO Lucro ou Prejuzo Lquido do Exerccio, aps a constituio da Proviso p/ Impostos de Renda (e de Contribuio Social sobre o Lucro) e o abatimento das Participaes e Contribuies com base no Lucro, transferido p/ a conta pertencente ao grupo do Patrimnio Lquido, Lucros ou Prejuzos Acumulados.A conta Lucros ou Prejuzos Acumulados to importante para a Contabilidade q, muito embora constitua uma Reserva de Lucro, recebe um tratamento especial, sendo inclusive obrigatrio, ao trmino de cada exerccio social, q seja apresentada numa Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados.A conta Lucros ou Prejuzos Acumulados pode apresentar-se desdobrada por ano de origem, o q relevante p/ certos fins de distribuio dos scios, como no caso de impostos diferentes (conforme o ano de formao) sobre os dividendos.Na hiptese de se apurar lucro em determinado exerccio, aps ele ter se transferido p/ a conta Lucros ou Prejuzos Acumulados ser distribudo desta p/ outras contas, por meio de lanamentos contbeis (livros Dirio e Razo) de forma a atender ao seguinte:- normas legais, pela constituio da Reserva Legal;- normas estatutrias, pela constituio de Reservas Especiais, s/ prejuzos dos dividendos normais;- proposta de distribuio da administrao, ad referendum dos proprietrios (scios acionistas).O lanamento, obviamente, ser feito mediante:Dbito conta de Lucros ou Prejuzos Acumulados eCrdito s contas de Reservas e/ouCrdito conta do Passivo Lucros a Distribuir ou Dividendos Propostos ou com outra denominao.No caso de prejuzo do exerccio, ele vai, obrigatoriamente, reduzir o saldo positivo (se houver) de Lucros ou Prejuzos Acumulados. Se essa conta ficar com saldo devedor (prejuzo Acumulado), obrigatoriamente so transferidos para ela saldo das Reservas de Lucros (a ltima a ser usada ser sempre a Reserva legal) at que seu saldo fique zerado.A conta Lucros ou Prejuzos Acumulados somente pode ter saldo negativo (Prejuzo Acumulado) num Balano, se tiverem desaparecido todos os saldos de todas a s Reservas de Lucros.Aps isso podem (no obrigatrio) tambm ser usados saldos das Reservas de Capital para absorver os prejuzos acumulados.Concluda a escriturao dos livros Dirio e Razo, aps o encerramento, apurao e distribuio do Resultado do Exerccio, levantado o Balancete de Verificao do Razo e, em seguida, so elaborados os Relatrios contbeis:- Balano Patrimonial;- Demonstrao do Resultado do Exerccio;- Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados; ou- Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido;- Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos; e- Notas Explicativas.d) Elaborao das Demonstraes Financeiras e das Notas Explicativas.

Demonstrao do Resultado de Exerccio (DRE)A Demonstrao do Resultado do Exerccio discriminar:I a receita bruta das vendas e servios, as dedues das vendas, os abatimentos e os impostos;II a receita lquida das vendas e servios, o custo das mercadorias e servios vendidos e o lucro bruto;III as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;IV o lucro ou prejuzo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V - o resultado do exerccio antes do Imposto sobre a Renda e a proviso para o imposto;VI as participaes de debntures, empregados, administradores e partes beneficirias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituies ou fundos de assistncia ou previdncia de empregados, que no se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuzo lquido do exerccio e o seu montante por ao do capital social.Na determinao do resultado do exerccio sero computados:a) as receitas e os rendimentos ganhos no perodo, independentemente da sua realizao em moeda;b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.VENDAS BRUTAS(-) DEDUES DE VENDAS(=) VENDAS LQUIDAS

(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV)(=) LUCRO BRUTO / LUCRO OPERACIONAL BRUTO (LOB)

(-) DESPESAS OPERACIONAIS(+-) RESULTADO FINANCEIRO (Receitas + Despesas Financeiras)(=) RESULTADO OPERACIONAL

(+) RECEITAS NO OPERACIONAIS(-) DESPESAS NO OPERACIONAIS(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA

(-) CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO(-) PROVISO PARA IMPOSTO DE RENDA(=) LUCRO ANTES DAS PARTICIPAES

(-) PARTICIPAES(=) LUCRO LQUIDO (LL)Companhia ABCCGC n 00.000.000/0000-00Demonstrao do Resultado dos Exerccios Findos em 31 de dezembroEm $ mil, exceto por ao

20X220X1

Receita Bruta de VendasMercadoriasServios

Impostos s/ VendasReceita Lquida de VendasCusto Mercadorias e Servios VendidosLucro BrutoDespesas OperacionaisDespesas com VendasDespesas AdministrativasDespesas Financeiras Lquidas

Outras Receitas e Despesas OperacionaisResultado de Participaes Societrias

Resultado Operacional

Resultado no OperacionalGanhos no OperacionaisPerdas no Operacionais

Resultados antes do Imposto de RendaImposto de Renda e Contribuio SocialParticipao no ResultadoDos EmpregadosDos Administradores

Lucro Lquido

Lucro por Ao19.0502.15521.205

(3.130)18.075(14.087)3.988

(606)(993)(525)

(125)

1.739

48(10)

1.777(586)

(119)(59)

1.013

2,2518.6011.21019.811

(2.901)16.910(13.105)3.805

(619)(969)(347)

5

1.875

10(85)

1.800(594)

(121)(108)

977

2,17

Apurao da Receita LquidaComo apurar a Receita Operacional Lquida:Receita Operacional Bruta(-) Dedues____________________________=Receita Operacional Lquida

Receita Bruta: o total faturado pela empresa em suas operaes de vendas e servios. o total ganho pela empresa no ano, nela esto inclusos os impostos sobre vendas.Dedues: Vendas canceladas ou devolvidas, que so valores vendidos, porm no ganhos; Descontos Incondicionais e Abatimentos sobre as vendas; e Tributos incidentes sobre as vendas e servios: ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS.- Apurao das Mercadorias Vendidas (ou dos Servios)Representa o custo bsico necessrio para apurao da receita lquida. Pode ser custo dos produtos vendidos (CPV) para as atividades industriais; custo das mercadorias vendidas (CMV) para as atividades comerciais; ou custo dos servios prestados (CSP) para as atividades de prestao de servios.CMV = Custo das Mercadorias Vendidas:CMV = EI + C - EFOnde: EI = Estoque Inicial; C = Compras Lquidas; EF = Estoque FinalRCM = Resultado com Mercadorias = Lucro BrutoRCM = V - CMVOnde: V = Vendas Lquidas; CMV = Custo das Mercadorias Vendidas- Lucro BrutoO Lucro Bruto a diferena entre as vendas lquidas (Receitas Operacionais Lquidas) e o Custo das Mercadorias Vendidas. O Custo das Vendas a valor de aquisio das mercadorias vendidas.Como apurar o Lucro Operacional Bruto:Receita Operacional Lquida(-) Custos das Mercadorias Vendidas________________________________=Lucro Bruto- Lucro OperacionalO Resultado Operacional obtido atravs da diferena entre o Lucro Bruto e as despesas operacionais:- Despesas com vendas;- Despesas administrativas;- Receitas/despesas financeiras lquidas;Como apurar o lucro operacional:Lucro Bruto(-) Despesas Operacionais_____________________________________= Lucro Operacional (positivo ou negativo)- Lucro No OperacionalEste lucro advindo de operaes que no so o objetivo social da empresa. Ex.: lucro na venda de imobilizado, ganhos ou perdas na liquidao de bens do ativo permanente, perdas c/ sinistro, indenizao etc.Como apurar o lucro no operacional:Lucro Operacional(-) Despesas no Operacionais+ Receitas no Operacionais________________________________________________________= Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) e Contribuio Social- Proviso p/ o Imposto sobre a Renda (IR) e Contribuio Social sobre o LucroComo apurar o Lucro Lquido antes das Participaes:Resultado Lquido Antes da CSLL e do IRPJ (-) Imposto de Renda da Pessoa Jurdica (-) Contribuio Social Sobre o Lucro_______________________________________= Lucro Lquido antes das Participaes- Lucro Lquido do Exerccio Como apurar o Resultado Lquido do Exerccio:Lucro Lquido antes das Participaes (-) Participaes Administradores, Debntures e Partes Beneficirias___________________________________________________________= Resultado Lquido do Exerccio

- Clculo Geral do Lucro LquidoComo calcular o Resultado Lquido do Exerccio:VENDAS BRUTAS(-) DEDUES DE VENDAS(=) VENDAS LQUIDAS

(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV)(=) LUCRO BRUTO / LUCRO OPERACIONAL BRUTO (LOB)

(-) DESPESAS OPERACIONAIS(+-) RESULTADO FINANCEIRO (Receitas + Despesas Financeiras)(=) RESULTADO OPERACIONAL

(+) RECEITAS NO OPERACIONAIS(-) DESPESAS NO OPERACIONAIS(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA

(-) CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO(-) PROVISO PARA IMPOSTO DE RENDA(=) LUCRO ANTES DAS PARTICIPAES

(-) PARTICIPAES(=) LUCRO LQUIDO (LL)PIS/PASEP e COFINSa) Aspectos GeraisO PIS e a Cofins so contribuies sociais de competncia federal destinadas, respectivamente, ao custeio do seguro-desemprego e do abono aos empregados com mdia de at dois salrios mnimos de remunerao mensal e ao financiamento da seguridade social em sentido amplo. b) Fato Gerador O fato gerador do PIS e da Cofins o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurdica, independentemente de sua denominao ou classificao contbil.c) Contribuintes do PIS e da Cofins As pessoas jurdicas de direito privado.d) Sistemticas de ApuraoSistemtica Cumulativa: pela qual no permitido o aproveitamento de crditos nas aquisies para abatimento do dbito gerado, apurado a partir da aplicao sobre a base de clculo da alquota de 0,65% para o PIS/Pasep e 3,00% p/ o COFINS;A base de clculo o total das receitas da pessoa jurdica, sem dedues em relao a custos, despesas e encargos.As pessoas jurdicas de direito privado, e as que lhe so equiparadas pela legislao do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado esto sujeitas incidncia cumulativa.Nota: As receitas de venda de lcool para fins carburantes, de venda de produtos sujeitos substituio tributria, de venda de veculos usados, de energia eltrica e outras dispostas em lei tambm so considerados de incidncia cumulativa, apenas por no estarem alcanadas pela incidncia no-cumulativa estabelecida na Lei, embora tenham caractersticas prprias de incidncia. - Lucro Presumido: o regime tributrio que determina a forma de recolhimento do imposto de renda com base na presuno do lucro. Este regime determinado por perodos de apurao trimestrais, encerrados em 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendrio.O art. 22 da Lei 10.684/03 determina que a base de clculo da CSLL devida pelas pessoas jurdicas optantes pelo lucro presumido corresponder a: 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, servios hospitalares e de transporte; 32% para:a) prestao de servios em geral, exceto a de servios hospitalares e transporte; b) intermediao de negcios; c) administrao, locao ou cesso de bens imveis, mveis e direitos de qualquer natureza.Sistemtica no-cumulativa: pela qual permitido o aproveitamento de crditos nas aquisies para abatimento do dbito gerado, apurado a partir da aplicao sobre a base de clculo da alquota de 1,65% para o PIS/Pasep e 7,6% p/ o COFINS;A sistemtica da no cumulatividade visa evitar o efeito cascata, e alm de ser concebida p/ o IPI e o ICMS, agora tambm o , p/ o PIS e a COFINS nas empresas tributadas pelo Lucro Real. Sua finalidade neutralizar a incidncia em cascata, atravs da tcnica de compensao de dbitos com crditos.As pessoas jurdicas de direito privado, e as que lhe so equiparadas pela legislao do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro real, esto sujeitas incidncia no-cumulativa, exceto: as instituies financeiras, as cooperativas de crdito, as pessoas jurdicas que tenham por objeto a securitizao de crditos imobilirios e financeiros, as operadoras de planos de assistncia sade, as empresas particulares que exploram servios de vigilncia e de transporte de valores, e as sociedades cooperativas (exceto as sociedades cooperativas de produo agropecuria e as sociedades cooperativas de consumo). - Lucro Real: o Lucro Lquido do Exerccio, ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao tributria. O Lucro Real determinado com base na escrita que o contribuinte deve manter, observando as leis comerciais e fiscais, e demonstrado no Livro de Apurao do Lucro Real LALUR.Excepcionalmente, a legislao elenca determinadas receitas auferidas pelas pessoas jurdicas, ainda que tributadas pelo IRPJ com base no Lucro Real, que continuam, obrigatria ou opcionalmente, sujeitas s normas do PIS e da Cofins cumulativos.e) Sistemtica No-Cumulativa Base de ClculoDe acordo com o artigo 1 das Leis n 10.637/02 e 10.833/03, a base de clculo do PIS e da Cofins consiste no faturamento mensal, assim entendido como o total das receitas auferidas pela pessoa jurdica, independentemente de sua denominao ou classificao contbil.O total das receitas compreende a receita bruta decorrente da venda de bens e servios nas operaes em conta prpria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurdica, tal como de aluguis, de venda de ativo imobilizado, entre outras.Excluem-se, contudo, da base de clculo, as seguintes receitas: Receita na venda de ativo permanente; Recuperaes de provises e crditos baixados como perda, que no representam o ingresso de novas receitas; Resultado positivo da avaliao de investimentos pelo valor do patrimnio lquido; Lucros e dividendos decorrentes de investimentos avaliados pelo custo de aquisio; Receitas Financeiras (exceto juros sobre o capital prprio); Receitas isentas ou no-alcanadas pela contribuio; e, Vendas canceladas e descontos incondicionais concedidos.AlquotasPara determinao do valor do PIS e da Cofins devidos aplicar-se-o sobre a base de clculo apurada, respectivamente, as alquotas de 1,65%, e 7,6%, perfazendo o total de 9,25%. Crdito OrdinrioDo valor devido das contribuies, o contribuinte poder descontar crditos de PIS e da Cofins calculados a partir da aplicao da alquota total de 9,25% sobre os seguintes custos, despesas e encargos: Aquisio de insumos utilizados na fabricao ou produo de bens destinados venda, bem como na prestao de servios; Aquisio de bens destinados revenda; Energia eltrica; Aluguis de prdios, mquinas e equipamentos pagos a pessoa jurdica, utilizados na atividade da empresa; Valor das contraprestaes de arrendamento mercantil; Mquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, destinados locao a terceiros ou utilizao na produo de bens destinados venda ou na prestao de servios; Edificaes e benfeitorias em imveis prprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa; Bens recebidos em devoluo; e, Armazenagem e frete nas operaes de venda.Obs.: Para que tais itens ensejem o crdito das contribuies, a legislao taxativa ao exigir que os bens e servios (i) tenham sido adquiridos junto a pessoas jurdicas domiciliadas no pas e (ii) tenham se sujeitado ao pagamento das contribuies.