resumo autismo - revisado

8
A importância da Inclusão A deficiência não deve ser vista como um fator impeditivo da criança no meio educativo onde está inserida, deve sim ser um ponto de partida para uma junção de forças e apoios educativos que a orientem e integrem na sociedade. É importante enfatizar que a inclusão, quando realizada de maneira adequada, faz com que haja um desenvolvimento efetivo do aluno em sala de Ensino Regular, pois há um aumento significativo em seu vocabulário e sua socialização, melhora de contato visual e minimização de comportamentos agressivos. Naturalmente um enriquecimento na parte da alfabetização quando o educando está em parceria com os demais colegas da classe, pois a aprendizagem torna-se mais agradável e eficaz por meio de troca de informações no coletivo. O ser humano tem medo da diferença ou de ser diferente por não saber lidar com ela? __________________________________________________________ _______ A humanidade busca a homogeneidade, pois o que é conhecido nos parece mais seguro e confortável!

Upload: edmeura-maria-alves

Post on 15-Nov-2015

236 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

AutismoInstrução CGEB

TRANSCRIPT

A importncia da Incluso

A deficincia no deve ser vista como um fator impeditivo da criana no meio educativo onde est inserida, deve sim ser um ponto de partida para uma juno de foras e apoios educativos que a orientem e integrem na sociedade. importante enfatizar que a incluso, quando realizada de maneira adequada, faz com que haja um desenvolvimento efetivo do aluno em sala de Ensino Regular, pois h um aumento significativo em seu vocabulrio e sua socializao, melhora de contato visual e minimizao de comportamentos agressivos. Naturalmente h um enriquecimento na parte da alfabetizao quando o educando est em parceria com os demais colegas da classe, pois a aprendizagem torna-se mais agradvel e eficaz por meio de troca de informaes no coletivo.

O ser humano tem medo da diferena ou de ser diferente por no saber lidar com ela? _________________________________________________________________

A humanidade busca a homogeneidade, pois o que conhecido nos parece mais seguro e confortvel!

Instruo CGEB, de 14 de janeiro de 2015 Dispe sobre a escolarizao de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) da Rede Estadual de ensino de que trata a Resoluo SE n 61 /2014.1- DEFINIO DE TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO O Manual Diagnstico e Estatstico de Transtornos Mentais - DSM-IV (APA, 2002) utiliza o termo Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) para caracterizar os quadros com prejuzos nas habilidades de interao social, de comunicao e de comportamento, e com presena de interesses e atividades estereotipados. Os TGD englobam o Transtorno Autista, o Transtorno de Rett, o Transtorno Desintegrativo da Infncia, o Transtorno de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificao. Atualmente, a Associao Americana de Psiquiatria lanou o DSM-5 que discute critrios clnicos diferenciados e a elaborao de uma nova categoria diagnstica para incluir o autismo. Prope excluir da condio de TGD o Transtorno Desintegrativo da Infncia e a Sndrome de Rett. De acordo com o pargrafo 1, do artigo 1, da Lei Federal n 12.764/2012, que Institui a Poltica Nacional de Proteo dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de sndrome clnica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II: I - deficincia persistente e clinicamente significativa da comunicao e da interao sociais, manifestada por deficincia marcada de comunicao verbal e no verbal usada para interao social; ausncia de reciprocidade social; falncia em desenvolver e manter relaes apropriadas ao seu nvel de desenvolvimento; II - padres restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderncia a rotinas e padres de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos. Assim, especificamente em relao legislao e s orientaes para a modalidade, a Secretaria da Educao do Estado de So Paulo ir utilizar a denominao Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com o DSM- 5, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), subdividido em trs nveis:

Nvel III para casos que exigem apoio muito substancial, com: a) graves dficits na capacidade de comunicao social, verbal e no verbal; b) graves prejuzos no funcionamento, muito limitado em dar incio a interaes sociais, resposta mnima s propostas sociais de outros; c) inflexibilidade de comportamento, extrema dificuldade em lidar com a mudana ou outros comportamentos repetitivos/restritos que interferem significativamente no funcionamento, em todas as esferas; d) grande sofrimento/ dificuldade em alterar o foco ou ao. Nvel II para casos que exigem apoio substancial, com: a) dficits acentuados das habilidades de comunicao social, verbal e no verbal; b) prejuzos sociais aparentes, mesmo com apoio; c) limitao em dar incio a interaes sociais e respostas reduzidas ou anormais a aberturas sociais de outros; d) inflexibilidade de comportamento, dificuldade em lidar com a mudana, ou outros comportamentos repetitivos/restritos; e) sofrimento e/ou dificuldade em alterar o foco ou ao.

Nvel I para casos que exigem apoio. Na ausncia de apoios, podem apresentar:dficits na comunicao social, causando prejuzos visveis; b) dificuldade em iniciar interaes sociais e exemplos claros de resposta atpica ou mal sucedida de incurses sociais dos outros; c) interesse reduzido em interaes sociais; d) inflexibilidade de comportamento; e) dificuldade em alternar atividades; f) problemas de organizao e planejamento so obstculos independncia.2- FORMAS DE ATENDIMENTO PEDAGGICO ESPECIALIZADO (APE) O Atendimento Pedaggico Especializado (APE), disponibilizado aos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), matriculados em classe comum, ser garantido sob a forma de: 2.1- Salas de Recursos; 2.2- Itinerncia; 2.3- Classe Regida por Professor Especializado (CRPE):,para os alunos que no se beneficiarem da escolarizao no ensino regular por exigirem apoio muito substancial. Trata-se de fase transitria, oferecido no contexto da educao inclusiva, a alunos at a idade de 17 anos; 2.4 Escolas Credenciadas e Conveniadas, de acordo com a legislao especfica. 3- MATRCULA A matrcula de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em unidades escolares da Rede Estadual de ensino seguir os trmites definidos para todos os alunos em idade escolar. A caracterizao como alunos com TEA somente dever ser registrada na ficha individual e no Sistema de Cadastro de Alunos, a partir da apresentao de avaliao inicial do aluno (Anexo I) e do laudo mdico.

3- 3.1- MATRCULA EM SALA DE RECURSOS Para matrcula do aluno em Sala de Recursos, e garantia do respectivo atendimento, a avaliao inicial do aluno (Anexo I) e o laudo mdico devero fazer parte da documentao. 3.1.1- MATRCULA EM CRPE CLASSE REGIDA POR PROFESSOR ESPECIALIZADO Para matrcula do aluno em CRPE, dever ser instrudo um processo contendo a matrcula do aluno no sistema (print da tela), a avaliao inicial do aluno (Anexo I), o laudo mdico e um relatrio circunstanciado que comprove a necessidade de apoio muito substancial ou substancial, acompanhado das justificativas da necessidade desse atendimento. Ateno especial deve ser dispensada ao disposto no inciso II do artigo 3 da Resoluo SE n 61/2014, bem como ao fluxo do processo a ser encaminhado, via Diretoria de Ensino, CGEB/DEGEB/CAESP/CAPE, que dever conter parecer da Equipe de Educao Especial da Diretoria de Ensino, ratificado pelo Dirigente de Ensino. 3.2- MATRCULA DE ALUNOS ORIUNDOS DE OUTRAS REDES PBLICAS DE ENSINO Alunos oriundos de outras redes pblicas de ensino podero ser matriculados no Atendimento Pedaggico Especializado APE, em Sala de Recursos na Rede de Ensino do Estado de So Paulo desde que a rede de origem no oferte esse tipo de atendimento.

7- ADAPTAES CURRICULARES E DE ACESSO AO CURRCULO 7.1 Adaptaes curriculares: a adaptao do currculo regular implica no planejamento das aes pedaggicas dos docentes, de forma a possibilitarvariaes no objetivo, no contedo, na metodologia, nas atividades, na avaliao e na temporalidade do processo de aprendizagem dos alunos com TEA. 7.2 Adaptaes curriculares de acesso ao currculo: so modificaes ou proviso de recursos espaciais, materiais, pessoais ou de comunicao que auxiliaro no desenvolvimento global dos alunos com TEA. 7.3 Entende-se por currculo regular: 7.3.1 - para os anos iniciais do Ensino Fundamental: as expectativas de aprendizagem, sendo o ponto de partida para a adaptao de acesso a rotina semanal e as modalidades organizativas; 7.3.2 - para os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e das sries do Ensino Mdio, o ponto de partida para a adaptao de acesso o Currculo do Estado de So Paulo para as diferentes disciplinas e seus materiais de apoio. 7.4 - Entende-se por currculo funcional natural uma proposta metodolgica para atendimento de pessoas com dificuldades de comunicao, interao social, comportamento e aprendizagem. O trabalho de adaptao curricular e de acesso ao currculo para os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) deve resultar da interao entre o professor especializado da Sala de Recursos (ou Itinerante) e os professores da classe comum. Sugere-se no Anexo III um roteiro para registro da adaptao curricular realizada pelo professor da classe/aula regular.

9- AVALIAO DO ALUNO COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA A avaliao do aluno com TEA, na classe comum, obedecer aos mesmos critrios gerais previstos no regimento escolar e nas normas vigentes da SEE, que dispem sobre o registro do rendimento escolar dos alunos das escolas da Rede Estadual. Entretanto, dever ter por base as adaptaes que foram realizadas para o aluno.

10- HISTRICO ESCOLAR Os alunos com Transtornos do Espectro Autista recebero o histrico escolar definido pela legislao vigente destinado a todos os alunos e tero certificao, seja ao final do Ensino Fundamental, seja ao final do Ensino Mdio. Na expedio do certificado, entretanto, dever ser registrada no campo "Observaes a seguinte informao: Para a expedio do presente histrico escolar foram atendidas as condies estabelecidas na Resoluo SE n 61/2014. 11- TERMINALIDADE ESPECFICA Os alunos com Transtorno do Espectro Autista com 17 anos, que frequentam Classes Regidas por Professor Especializado (CRPE) nas escolas da rede estadual de ensino, e que j se beneficiaram do currculo funcional oferecido, podero receber o Certificado de Terminalidade Especfica, conforme orientaes constantes nos Anexos IV, V e VI desta instruo. Fazem jus certificao apenas os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que: apresentam significativa defasagem entre idade e srie/ano; exigem apoio muito substancial de nvel III e substancial de nvel II segundo DSM 5, e que, portanto apresentam inflexibilidade nos comportamentos constantes e grande dificuldade para gerir sua vida; revelam esgotadas todas as possibilidades de avano no mbito/escola e, portanto, no processo de escolarizao.

12- TRANSFERNCIA Nos casos de transferncia de aluno entre unidades pertencentes mesma rede de ensino, a escola de origem dever encaminhar a avaliao inicial do aluno (Anexo I), acompanhada de relatrio que descreva os avanos do aluno em relao a essa avaliao, e do laudo mdico. Os alunos transferidos de outras redes (particular, municipal ou de outros Estados), com laudo mdico de Transtorno do Espectro Autista, tero garantido o Atendimento Pedaggico Especializado (APE) mediante avaliao inicial (Anexo I) conforme Item 3 desta Instruo. 13- DOCUMENTAO Os alunos com transtornos do espectro autista devem possuir: 13.1- Portflio com os seguintes documentos: a) planejamento geral; b) roteiro para relatrio da avaliao inicial do aluno Anexo I; c) plano de Atendimento Individual (PAI) Anexo II;d) registro de adaptao curricular; e) ficha de acompanhamento dirio do aluno - Anexo III; f) registro de atendimento aos pais, professores e outros; g) registros das atividades. 13.2- Pronturio com os seguintes documentos: a) ficha de identificao do aluno; b) cronograma de atendimento; c) frequncia na Sala de Recursos TEA; d) frequncia da sala regular; e) laudo mdico por neurologista ou psiquiatra.

Nosso maior medo encarar a prpria mudana interna que deveremos provocar em ns mesmos para nos preparar e buscar o novo.

O que eu posso fazer para conviver com a diferena? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________