resumo ao desenvolver os conhecimentos teóricos que formam ... · resumo ao desenvolver os...

33
Artigo / PDE / Lucia Maria Gadelha Título: Aprendizado Organizacional – A apropriação das Teorias Organizacionais e Administrativas do conhecimento como metodologia para o cotidiano profissional. Resumo Ao desenvolver os conhecimentos teóricos que formam as Teorias Administrativas e que a prática contemporânea exigiu e comprovou como mais que necessária para nortear a ciência administrativa e o desenvolvimento do mundo corporativo/organizacional Taylor, Fayol, Weber e todos os demais estudiosos que os sucederam, criaram há mais de um século, os paradigmas que são a base e os pilares das organizações que hoje atuam no mercado de trabalho global. Observa-se, todavia, o total desconhecimento por pare de estudantes, cidadãos, empreendedores em geral, dos saberes cientifizados. Estes se bem direcionados impediriam de sobremaneira muitos fracassos organizacionais nos primeiros anos da vida empresarial, conforme se vê frequentemente comprovado pela abundancia de estáticas, nas diversas mídias e órgão governamentais encarregados. Logo evitar-se-ia criar desestimulo a prática empreendedora de tantas pessoas bem

Upload: hanhu

Post on 25-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Art igo / PDE / Lucia Maria Gadelha

Títu lo: Aprendizado Organizacional – A apropr iação das

Teorias Organizacionais e Administrat ivas do conhecimento

como metodologia para o cot id iano prof iss ional .

Resumo

Ao desenvolver os conhecimentos teór icos que formam as

Teorias Administrat ivas e que a prát ica contemporânea exigiu

e comprovou como mais que necessária para nortear a c iência

administrat iva e o desenvolv imento do mundo

corporat ivo/organizacional Taylor, Fayol , Weber e todos os

demais estudiosos que os sucederam, cr iaram há mais de um

século, os paradigmas que são a base e os pi lares das

organizações que hoje atuam no mercado de trabalho global .

Observa-se, todavia , o tota l desconhecimento por pare de

estudantes , c idadãos, empreendedores em geral , dos saberes

c ient i f izados. Estes se bem direcionados impedir iam de

sobremaneira muitos fracassos organizacionais nos primeiros

anos da v ida empresaria l , conforme se vê frequentemente

comprovado pela abundancia de estát icas , nas diversas mídias

e órgão governamentais encarregados. Logo evitar-se- ia cr iar

desest imulo a prát ica empreendedora de tantas pessoas bem

como, obviamente, de recursos f inanceiros mal empregados e

desperdiçados por parte das mesmas.

Os conhecimentos desses pr incíp ios c ient í f icos dever iam

ser a maior base sustentadora das técnicas que se apl icam ao

cot id iano das organizações em geral ; como meio para garant ir

sua cont inuidade e o sucesso que todas e las buscam como

objet ivo princ ipal .

Na atual idade os empreendimentos , que estão sustentados

por conhecimentos que muitas vezes não são adequados às

novas real idades, requerem gestões atual izadas que tenham

aspectos mult id iscipl inares e que possam fazer parte das

ex igências de desenvolv imento das organizações atuais , para

tanto, necess itando o aprofundamento das técnicas comuns

pela c iência administrat iva como condição primordia l para a

manutenção dos empreendimentos já inic iados e garant indo o

cumprimento de planejamentos e estratégias previstas .

Palavras-Chave: Teorias Administrat ivas; aprendizado

organizacional ; conhecimento c ient i f ico ; cot id iano

prof iss ional ; metodologia; abordagem administrat iva .

2

Abstract :

In developing the theoretical knowledge that form the Administrative

Theories and demanded that the contemporary practice and proved to be

more that needed to guide the development of administrative science and the

corporate world / organizational Taylor, Fayol, Weber and all other scholars

that happened, there is created More than a century, the paradigms that are

the basis and pillar of the organizations that operate in today's global labor

market.

There is, however, stop by the total lack of students, citizens, entrepreneurs

in general, of knowledge cientifizados. These are particularly well targeted to

prevent many organizational failures in the first years of business life, often

seen as evidenced by the abundance of static, the various media and

governmental body responsible. Soon it would avoid creating entrepreneurial

discourage the practice of so many people and, of course, financial resources

and employees badly wasted by them.

The knowledge of scientific principles should be the largest sustainability of

basic techniques that apply to everyday life of organizations in general, as a

means to ensure its continuity and success that they all look as its main

objective.

Currently the ventures, which are supported by knowledge that often are not

adequate to the new realities, which have updated management require

3

multidisciplinary aspects that may be part of the requirements of

development of the current organizations, for both, requiring the

strengthening of the common technical administrative science as a

precondition for the maintenance of enterprises already started and ensuring

compliance with plans and strategies planned.

Key-Words: Administrative theories; organizational learning; scientific

knowledge; daily training; methodology; administrative approach.

Sumario

1 Introdução

5

2 Incorporação das Teorias Administrativas ao cotidiano organizacional

7

3 Contribuição das principais abordagens administrativas às organizações

atuais 11

4 Abordagem da administração do conhecimento

20

5 Metodologias organizacionais aplicadas ao cotidiano administrativo

23

6 Considerações Finais 26

4

7 Referencias.

28

Introdução

Administração como ciência é ainda jovem do ponto de vista cientifico.

Para tanto considerando-se que somente há cento e cinqüenta (150) anos sua

base cientifica foi criada e desenvolvida através dos experimentos de F.Taylor

(EUA) e H.Fayol (Europa). Tendo esses estudos sido sucessivamente

incrementados com outros trabalhos complementares de igual importância

porque baseiaram-se neles e porque foram frutos de experimento produzidos

no interior das organizações existentes na época de sua produção.

Ao compararmos a ciência administrativa com as demais ciências

existentes - Historia, Direito, Medicina, Filosofia, etc. - poderemos realmente

verificar a jovialidade de seu corpo teórico, sem, contudo, mencionar que o

advento da Administração veio junto a Revolução Industrial e foi possibilitado

aos paises, a promoção de desenvolvimento, social, tecnológico e político.

Como produzir o que é necessário e quando o trabalho

manual/artesanal já não é capaz suprir essa demanda, foi o problema que as

organizações -fábricas- da época passaram e foram buscar providencias,

procurando soluções com o aprofundamento do conhecimento cientifico, feito

por meio de consulta a estudiosos influentes e a “práticos” criativos, que

exerciam as mais diversas atividades nos locais de trabalhos existentes

porque estes sabiam o que devei ser feito e aqueles saberiam como fazer.

5

Dessa forma e no surgimento das primeiras organizações que foram

criadas, as teorias administrativas, nasceram como produto do

desenvolvimento industrial emergente. O fim do século dezenove (19) e inicio

do século vinte (20) trouxe modificações que remodelaram o perfil do mundo

como todas - criações do motor a vapor, indústria têxtil, telegrafam, telefone,

o motor a combustão, computadores, dentre outros, chegando ao ponto de

alguns estudiosos compararem o século passado (20) ao período histórico

denominado de Renascimento, devido a tamanha quantidade e gama de

grandes invenções que foram produzidas e apropriadas ao cotidiano das

pessoas no mundo, como demonstra CHIAVENATO (2003).

Desde o inicio do século passado (20), quando vieram a publico, as

primeiras experiências e estudos que fundamentaram a ciência

administrativa, ficou claro a insipiência com que todas as organizações

atuavam e a real e extrema carência de melhores estruturas para atuação

competitiva nos novos mercados.

6

2 – Incorporação das Teorias Administrativas ao Cotidiano Organizacional.

No momento em que não era mais possível manter as organizações sem

uma gerencia especializada que se fazia necessária, os proprietários foram

buscar os “especialistas” em Administração, em sua maioria, engenheiros,

que verificavam os processos de produção vigentes e incubidos de melhorá-

los, passaram a estudar, observar e anotar o que deveria ser incorporado ao

processo produtivo que existia.

Dessa forma, como em outras ciências, passou-se da experiência prática

à teoria propriamente dita; a partir de estudos ordenados e sistematizados,

segundo DAFT (p.10,2002). – “os conceitos são obtidos de organizações vivas

e em funcionamento”. Assim, para atender a uma demanda crescente por

recursos humanos especializados, fez-se necessário que esses estudos

ordenados e sistematizados dessem origem à teoria da organização para que

a mesma pudesse auxiliar as pessoas a entender, diagnosticar e resolver tais

necessidades e problemas.

7

Estudiosos da ciência administrativa tiveram em Frederick W.Taylor e

J.H.Fayol, os precursores da Administração como estudo não-empirico. Na

seqüência desses estudos segui-se o boom da ciência administrativa à luz de

requisito para o fortalecimento das organizações e do mundo corporativo em

geral.

No período em questão e de acordo com CHIAVENATO (2003), os

criadores das grandes corporações – Rochefeller, Carnegie, Swift,

Guggeheim, Westinghouse, etc. – passaram a comprar empresas menores,

integrando concorrentes e fornecedores, logo, surgindo os primeiros impérios

industriais. Tais tornaram-se grandes demais para serem comandados por

grupos familiares. Fazia-se mister a gerencia de profissionais especializados

que possuíssem conhecimentos e experiência adequados aos novos tempos,

assim como a eficiência em todos os setores, incluindo em primeiro plano, a

produção.

As estruturas organizacionais careciam de mudanças rápidas porque os

mercados se diversificavam cada vez mais e, para tanto, outros

departamentos das organizações tiveram que ser reformular para enfrentar a

modernidade e suas exigências.

Entre os fatores mais críticos que afetaram a estrutura das

organizações existentes e são mais relevantes como medida da necessidade

de uso da Administração, estão, a saber, o crescimento rápido e desordenado

das corporações e sua complexidade crescente, o imprescindível aumento de

eficiência para redução dos desperdícios, economia de mão-de-obra para

fazer em face de competição e a concorrência que aumentava

vertiginosamente entre as empresas.

8

Notamos, portanto, que a proposta dos autores clássicos, já citados, era

de desenvolvimento de uma Ciência da Administração, conforme

CHIAVANETO (idem), em que os princípios criados a partir das observações

feitas pelos referidos autores, em substituição as leis cientificas, pudessem

ser aplicadas como solução aos problemas gerenciais.

Os princípios da Administração Cientifica e os postulados – da Teoria

Clássica da Administração ao mesmo tempo em que se complementaram, de

acordo com MAXIMIANO (2007), porque enquanto aqueles orientavam às

funções do “chão-de-fábrica”, esses estavam direcionados à direção e as altas

funções da gerencia, desta maneira, fechando um ciclo. Logo as técnicas

sugeridas por Taylor, em sua Administração Cientifica, contribuíram de tal

forma para o desenvolvimento das organizações existentes que a época em

que foram aplicadas rapidamente seus métodos tornaram-se conhecidos e

postos em pratica.

A procura do aumento da eficiência da produção por meio da

racionalização do trabalho, como nos mostra MAXIMIANO (2007), era o

principal meio para se conseguir prosperidade nos negócios. Assim o trabalho

passaria a ser metódico e técnicas pré-programadas empregadas para melhor

avaliação, por meio do estudo do tempo e movimentos, onde as tarefas eram

cronometradas e chamadas de unidades básicas de trabalho e, por fim,

analisadas, passariam a compor parte do processo de produção. Alterava-se a

rotina costumeira do trabalhador, pela relação tempo-produção, este passou a

fazer parte desse sistema onde o pagamento se fazia por peça produzida por

um tempo-padrão. Além, pois, de aumentar a produção e os lucros, um dos

objetivos da proposta de Taylor e da Administração Cientifica era, de acordo

9

com MAXIMIANO (2007), que a produtividade das organizações resultasse da

eficiência do trabalho e não da maximização do esforço dos trabalhadores.

Os estudos de Taylor foram incorporados ao cotidiano organizacional

por grandes números de empresários e inclusive aperfeiçoado em alguns

aspectos, a saber – no caso de H.Ford, que após expandir sua fábrica de

automóveis com uma revolucionária linha de montagem, esta passou a

produzir em grande quantidade, fortalecida pela padronização da peças e

trabalho especializado. Em suma, ficou caracterizada a produção industrial de

massa e, por continuidade, o século XX.

Igualmente importante, o ideário de H. Fayol, esta para a Administração

tanto quanto os de Taylor, por ele ter colocado a relevância desta ciência no

patamar que lhe era devido - isso posto a partir da publicação de seus

estudos, pode-se verifica a enorme utilidade de adotá-los, pois os mesmos

possuíam uma sistematização que sendo aplicadas poriam qualquer empresa

em ordem.

Fayol, segundo MAXIMIANO (2007), provou na pratica que a

Administração é uma atividade comum a todos os indivíduos ou organizações.

Para tanto criou além de princípios, as cinco funções básicas que todo

empreendimento deveria seguir, sejam eles – planejamento, organização,

comando, coordenação e controle – fortalecendo, por meio de estudos, a

hierarquia das funções organizacionais, destacando a importância do papel de

gerentes e executivos, como de primeira instancia para a solidez de toda

organização. Ainda mais, pois, em seu legado estão: Divisão do trabalho,

autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando e de direção,

subordinação do interesses particulares ao geral, remuneração de comando,

10

ordem, equidade no tratamento pessoal, estabilidade do pessoal, iniciativa e

espírito de equipe, foram incorporados como itens indispensáveis a todo

organização que tenha como meta – crescimento e lucratividade.

Atualmente, em algumas organizações ainda pode-se ver claramente a

aplicação de princípios e técnicas criadas pela Administração Cientifica.

Porém sem a conotação de filosofia organizacional e somente como parte dos

métodos que foram concebidos e nem sempre bem aplicados, devido, em

grande medida, à falta de conhecimento especifico porque muitas

organizações, principalmente as de pequeno porte, não têm entre seus

executivos, gerentes com formação exclusiva em Administração, para aplicar

seus conhecimentos visando reduzir o empirismo empresarial vigente e

dominante nos mesmas.

11

3 - Contribuições das Principais Abordagens Administrativas às Organizações

Atuais.

Toda a base da Administração como ciência, comumente praticada, esta

contida num primeiro momento na Administração Cientifica e na Teoria

Clássica da Administração. Num segundo momento, nas teorias ou

abordagens que se seguiram, a saber - Relações Humanas, Burocrática,

Neoclássica, Comportamental, Estruturalista, dos Sistemas, Contingencial e

as demais abordagens contemporâneas. Portanto, todas estas visões da

Administração foram de grande validade para o cotidiano organizacional,

segundo CHIAVENATO (IDEM), considerando-se que por ocasião da

publicação, uma não invalida outra, ou seja, elas são complementares (não-

excludentes) ou preenchiam as lacunas abertas por situações de mudanças

organizacionais geradas por outros paradigmas surgidos com o advento de

novas tecnologias.

Os alicerces deixados pela Administração Cientificam serviriam para

nortear as organizações em suas mais básicas atividades e criaram

mecanismos mais científicos contra os imprevistos que reinavam nas mesmas.

Logo as questões de ordem, como a organização racional do trabalho que teve

seus fundamentos na divisão do trabalho em tarefas sua ênfase, e na

12

especialização do trabalhador na busca de eliminação do desperdício de

tempo e de custos de produção foram as principais proposições bem como a

herança mais tangível dessa abordagem.

Já para a Teoria Clássica, fundada por H.Fayol, concomitante a

Administração Cientifica, destaca-se como característica marcante a ênfase

na estrutura organizacional, que, de acordo com CHIAVENATO (IDEM), tinha

como objetivo a eficiência das partes envolvidas, não importando se

departamento ou pessoas, porque o foco é a organização como um todo.

Outro destaque foi dado às funções criadas por Fayol, chamadas de básicas -

técnicas comerciais, financeiras, de segurança, contábeis, e a mais

importante e condutora das demais – a administrativa. Também elegeu um

elenco de cinco “funções do administrador” – prever, organizar, comandar,

coordenar e controlar – que formam o processo de produção e que sofrem

modificações ao ligo dos tempos, porem, permaneceram as mesmas,

acrescidas de outras incorporadas por estudiosos diversos.

Os princípios gerais da Administração, anteriormente citados, criadas

por Fayol e adotadas por organizações da época, são universais, levando em

conta que são comuns a todas as organizações atuais. Contudo foram

produzidas em tempos mais estáveis e com menores usos de tecnologia

aplicada a produção, por isso recebe críticas como simplificadora, formal,

empírica, incompleta e previsível por parte dos autores. Por fim, além de

indispensável para se compreender os alicerces da teoria administrativa

moderna e contemporânea, nas organizações mais simples ou em fase de

implementação, é bastante usada por sua versão mais compacta e ordenadora

de princípios e técnicas que facilitam de sobremodo a vida corporativa.

13

Na abordagem humanística da Administração que se inicia, com a teoria

das relações humanas, com um movimento de oposição e reação, segundo

CHIAVENATO (IDEM), à teoria Clássica e à Administração Cientifica, vemos a

necessidade de mais humanização e liberalização dos conceitos rígidos e

excessivamente mecanicistas das teorias anteriores.

Com o desenvolvimento expressivo das ciências humanas,

principalmente a Psicologia Social e a Experiência de Hawtorne, coordenada

por Elson & Mayo, conforme CHIAVENATO (IDEM) tiveram conseqüência nos

postulados já conhecidos da ciência administrativa, a ponto de serem

questionados e revisados. Desse modo, a partir dos estudos, a integração e o

comportamento social dos empregados bem como suas necessidade

psicológicas e sociais, novos sistemas de recompensas e sanções psicológicas

intangíveis, passaram a fazer parte do contexto organizacional e tornou-se

necessário conciliar as funções básicas, tanto econômicas como sociais da

Administração.

Assim, em suma, a ênfase dessa abordagem recai sobre as pessoas, os

grupos e a organização informal, ou seja, destaca as relações humanas e

enfatiza o homem social e a interação com o meio, demonstrando o papel do

administrador como liderança na condução da organização.

O debate surgido, sobre as controvérsias causadas por essa visão pouco

adequada das relações industriais, parcialidade e limitação no campo de suas

conclusões e informalidade excessiva, se não lhe tira o mérito de ter

conseguido promover uma sacudida relativamente grande na formalidade e

tecnicismo vigente nas organizações da época, resultante do modelo clássico

14

que foi adotado por todas elas, mostrando que o humanismo deveria estar

presente a partir de então.

A abordagem Neoclássica da Administração surgiu como atualização da

teoria Clássica para a adequação desta aos problemas administrativos

modernos e ao gigantismo que tomou conta das organizações atuais,

redimindo alguns conceitos que eram criticados nesta ultima. Essa

abordagem também chamada de Escola Operacional ou do Processo

Administrativo, conforme CHIAVENATO (IDEM), teve como característica

mais marcante a reafirmação relativa dos princípios clássicos, harmonização

de diferentes conceitos e ênfase na pratica dos princípios gerais, nos

objetivos e resultados. Adota como idéias fundamentais da organização

formal, a divisão do trabalho, a especialização, a hierarquia e a amplitude

administrativa.

A Teoria Neoclássica da Administração além de destacar a função do

administrador, que formam o processo administrativo como eixo central de

sua abordagem, afirma e pormenoriza a função do planejamento como de

vital importância para a sobrevivência das organizações e que tem nos

objetivos a serem alcançados seus primeiros passos.

Outro tema em destaque que foi estudado nessa visão e que trouxe

contribuição ao processo administrativo, foi à centralização/descentralização

de atividades e função com vistas ao melhor funcionamento organizacional e

às vantagens/desvantagens do mesmo bem, como o detalhamento interno dos

tipos organizacionais - linha staff, comissões - o surgimento de diversos tipos

de departamentalização por funções, por produto ou serviços, por localização

geográfica, por cliente, por fases de processamento e por projetos, como

15

alternativa normativa ao crescimento desordenado das diversas organizações

e ao aumento das próprias.

O planejamento estratégico tão necessário atualmente nas organizações

da abordagem neoclássica, que por sua vez deu origem à Administração por

Objetivos (APO) criada por Peter F. Drucker, e que se fundamenta no

planejamento estratégico e nos planos táticos organizacionais, conforme

encontra-se em CHIAVENATO (IDEM), dando suporte aos objetivos traçados

para cada área departamental. Como notamos não é aplicável a todos os tipos

de situações, porque estas carecem de analise critica e a APO possui uma

serie de limitações. Esse estudo administrativo não se preocupa em como,

mas o porquê ou para que administra?!

Dentro da visão Estruturalista da Administração, temos a teoria da

burocracia que surgiu em 1909, devido às contradições que existiam entre a

teoria Neoclássica e a teoria das Relações Humanas, à necessidade de um

modelo mais racional da organização e o crescente tamanho e complexidade

das empresas. A sua vez, bem anterior à teoria Neoclássica (1954), somente

foi tratada pela ciência administrativa e seus estudiosos devido à importância

dos estudos de Max Weber, que somente foi traduzido do alemão para o

inglês, por volta de 1947, conforme CHIAVENATO (IDEM); foi o autor da

Sociologia da Burocracia e ficou famoso pela teoria das Estruturas da

Autoridade, adotada por cientistas americanos e incorporada pela

Administração sendo base da visão Estruturalista.

Baseada na racionalidade de princípios e na adequação dos meios, a

Burocracia remonta a antiguidade. Para Weber, a Burocracia é a organização

operando em força total. Algumas das características do Modelo Burocrático

16

são, a saber, a exigência legal de normas e regulamentos, a formalidade das

comunicações, a racionalidade, a divisão do trabalho, a impessoalidade nas

relações, hierarquia de autoridade, rotinas padronizadas, inflexibilidade,

previsibilidade e rotina na realização de tarefas e extrema profissionalização

dos trabalhadores.

Algumas dessas características são salutares as organizações, todavia,

dependem da época, da forma e do grau de burocratização que é necessário

em cada organização. Segundo Perrow, in CHIAVENATO (IDEM) “... erros

atribuídos à burocracia não são erros de conceito, mas conseqüências do

fracasso em burocratizar adequadamente”.

Como outras abordagens, este modelo possui algumas disfunções, p.ex.,

apego excessivo ao regulamento, formalismo e exagero de formulários,

resistência às mudanças, sinais de autoritarismo, etc., contudo, todas as

organizações possuem em menor ou maior escala, Algumas dessas

características que foram incorporadas ao cotidiano organizacional.

A teoria Estruturalista surgiu, de acordo com CHIAVENATO (IDEM), de

uma ampliação e uma convergência de teorias anteriores, transformando-se

numa abordagem múltipla das organizações, na qual foi acrescida a interação

da organização com o ambiente em que as mesmas estavam isentas.

Do ponto de vista da teoria Estruturalista, bastante abrangente, as

organizações podiam ser formais ou informais, deveriam ser consideradas as

recompensas e sanções tanto materiais quanto sociais e todos os tipos de

organização são levadas em conta bem como seus níveis hierárquicos

abrangidos e suas relações externas - de uma organização com outras. A

partir, dessa visão, o conceito de que essas organizações são sistemas abertos

17

em constante interação com o meio que as cerca, e o conceito de homem,

antes econômico (teoria Clássica) e social (teoria R.H.) é a partir de então –

organizacional.

Esse fato propicia a mais efetiva contribuição, porque o homem

organizacional, assumem vários e simultâneos papeis em variadas

organizações, passando do imobilismo engessado do período clássico para

uma maior liberalização que a modernidade exigiu.

De 1950 em diante surge à visão Comportamental ou Behaviorista que

mostra a forte influencia da ciência comportamental na Administração. Antes,

nas teorias Estruturalista e Burocrática, a base era a Sociologia industrial. Já

na abordagem Comportamental é a Psicologia organizacional que predomina,

como forma de síntese onde destaca-se o enfoque das relações humanas, e o

devido compartilhamento de alguns conceitos já vistos como ponto de partida,

porem reformulados, adaptados aos novos tempos e ampliados nos seus

conteúdos. Para tanto fundamentados no comportamento individual dos

trabalhadores, os estudos da teoria Comportamental voltaram-se para a área

da motivação humana por meio da contribuição dos estudos de Mcgregor,

Maslow e Hergberg, com a finalidade de entender e melhorar as condições e

a qualidade de vida no interior das organizações.

Na teoria comportamental, por fim, a ênfase nas pessoas e notável

considerando-se que o foco da organização passa do ponto de vista estrutural

para o comportamental, isto é, do estático para o dinâmico, onde as pessoas

são o ativo mais importante da organização, conforme CHIAVENATO (IDEM).

Por meio da teoria comportamental, ficou patente que todos os trabalhadores

são tomadores de decisões, em diferentes graus, na medida em que a

18

organização procura a metodologia mais apropriada para orientar essas

decisões. Tal procedimento demonstra o conceito de homem administrativo

que possui essa visão.

À medida que aumenta a importância do individuo no interior da

organização, também aumenta suas responsabilidades e sua participação,

logo, os conflitos aparecem, pois os objetivos particulares e os

organizacionais nem sempre caminham na mesma direção. Uma contribuição

da teoria Comportamental foi deixada pelos estudiosos com modelos e

propostas na tentativa de reduzir ao máximo os aspectos dos conflitos, que

fazem parte do cotidiano da maioria das organizações.

Uma outra teoria surgiu a partir do biólogo alemão Ludwig Von

Bostalanffy que elaborou uma teoria interdisciplinar, segundo CHIAVENATO

(IDEM), denominada de teoria Geral dos Sistemas (TGS), em que se baseia na

compreensão da interdependência de todas as disciplinas, sua necessária

integração, sejam quais forem os ramos do conhecimento, passaram a ser

estudados como sistemas. Por definição, sistema é um conjunto de partes

formando ou complementando um todo interligado, que possui propriedades

que não são encontradas em nenhuma das partes por si.

O conceito de teoria dos sistemas já domina as ciências em geral,

portanto, a Administração passou a fazer uso apropriadamente da referida

teoria que é um ramo especifico da teoria Geral dos Sistemas. A TGS não

busca a solução de problemas, mas produzir formulações conceituais para

aplicação na realidade. Possuem tipos e parâmetros dos sistemas, entradas,

processos, saída, retração e ambiente.

19

A TGS foi introduzida na Administração, pela necessidade de síntese

integradora das teorias anteriores, o desenvolvimento de novas tecnologias

(cibernética) e os demais resultados positivos da TGS em outras ciências.

Apresenta como marca principal a complexidade que envolve seus

subsistemas, mas uma vez entendida torna-se compreensível por sua vasta

aplicabilidade. Como tem seu conceito na origem das disciplinas cientificas,

tem em comum o sistema aberto, que mostram ações e interações de um

fenômeno com as organizações interagindo dinamicamente.

Os traços principais dos sistemas abertos e das organizações são, a

saber - o comportamento probabilístico e não determinístico a sua

composição como partes de im todo organizacional feito de partes menores, a

interdependência dessas partes, o homeostase, ou estado de equilíbrio, suas

fronteiras intangíveis, a morfogênese (capacidade de modificar-se

constantemente), resiliencia (capacidade de superação), da resistência a

distúrbios ou fenômenos exteriores, e entropia (processos no qual formas

organizadas tendem a exaustão).

Vários autores – Katz, Kahn, Shein - conforme CHIAVENATO (IDEM)

desenvolveram outros aspectos da teoria dos Sistemas, para aplicação na

teoria Administrativa, que por possuir significativos aspectos para

acrescentou contribuições expressivas para entendimento das organizações

como uma totalidade e não mais, partes de um complexo. Outros autores

consideram esta visão conceitual e abstrata, dificultando sua aplicação

pratica no gerenciamento das questões organizacionais.

Ao ultrapassarem os anos 80 e a partir da abordagem sistêmica,

percebe-se que o conjunto de teorias organizacionais não estava ainda

20

atendendo a todas as expectativas, porque as mudanças rápidas e constantes

e a apreensão de novas tecnologias demandavam postulados que se

adaptassem às situações que se apresentam como emergenciais. Para tanto

preencher esse vácuo organizacional, surgiu a abordagem Contingencial, bem

recente, que foi desenvolvida para enfatizar o pressuposto de que não existe

uma única e melhor maneira de se administrar.

De acordo com CHIAVENATO (IDEM), foi a partir de estudos de Paul

R.Lawrence e Jay W.Lorsch e posteriormente Woodward, Burns, Stalker e

Chandler que a teoria da Contingência adquiriu consistência criada pelo

mesmo e como elas interferem no interior das organizações com elevado

desempenho, conforme PEREIRA (2004).

Por não ser fundamentada em princípios rígidos teoria da Contingência

tem alguns aspectos que apresentam alguma superficialidade como na

relatividade conceitual e ambiguidade de circunstancias em variados graus.

Um dos conceitos mais identificados nessa visão é sua forte ênfase na

natureza do ambiente e na tecnologia. A teoria da Contingencial é baseada na

influencia ambiental e no impacto tecnológico como características

organizacionais, segundo SILVA (2005). Também possui como identificação, a

compatibilização de transmitir nos sistemas abertos e fechados, pois

necessita dessa amplitude no gerenciamento da estrutura interna e externa

da organização, conforme CHIAVENATO (IDEM).

Os novos modelos organizacionais juntam-se ao enfoque contingencial

nos seguintes aspectos prioritários – a flexibilização, com mudança na

estrutura organizacional, enfatizando o caráter do homem complexo, que se

21

constitui como característica das mais exigidas e como condição imperativa

pelas organizações.

Não sem razão, essa flexibilidade, transformou-se em marca

preponderante das complexas organizações atuais e tem colocado todos os

envolvidos no processo administrativo sob pressão, exigindo que as

transformações e adequações por que passam suas organizações, sejam

extensivas ao conjunto organizacional, incluindo principalmente as pessoas.

De acordo com SILVA (2005), o desempenho organizacional, nessa

visão, é dependente do grau em que a estrutura da organização esta ligada às

contingências ou circunstancias situacionais predominantes, portanto, uma

estrutura adequada é um impedimento para problemas futuros, que tenham

origem no entorno em que a organização esta atuando.

22

4 – Abordagens da Administração do Conhecimento

Após o detalhamento das teorias Administrativas e Organizacionais

assim como as contribuições que as referidas teorias trouxeram para a

ciência administrativa, fica em aberto o questionamento sobre como aplicar

metodologicamente essas informações, para que as mesmas transformem-se

em conhecimento explicito e técnico a ser utilizado no cotidiano das pessoas

que gravitam em torno dos complexos empresariais.

Ao levantar tal questionamento é necessário abordar, num primeiro

momento, a conceituação de conhecimento, para após definir e explicar a

Administração do Conhecimento, tendo em conta que alem do esclarecimento

- “o como?” – nos mostra o porquê, voltados para o campo das organizações,

tema dê estudo neste artigo.

Para DAFT (2003), conhecimento não e igual à informação – ou conjunto

de dados, estes são fatos ou cifras que por si mesmos tem pouca

representatividade. Noutro lado, a informação – “são dados que foram

23

conectados e convertidos em um contexto útil para uso especifico” (DAFT,

p.239- 2003). Logo, o conhecimento, é então, ainda segundo DAFT (2003),

uma conclusão tirada da informação, depois que estas forem unidas a outras

informações e comparadas com o que já se sabe, porque envolve o fator

humano, que tanto transforma como absorve informações e as coloca em

pratica. Por fim, o conhecimento tem como base, as informações previas,

experiência direta, intuição e entendimento, porque “(...) envolve a

identificação de como empreender a ação com base nas informações para

realizar as metas da organização.” (idem).

A partir da conceituação de conhecimento, é importante categorizá-los

em tipos de conhecimento, a saber, pois ele pode ser explicito (saber sobre),

quando ele formalizado e sistematizado; pode ser escrito e passado para

documentos ou instruções. Outra forma de conhecimento é chamada de tácito

ou implícito (saber como), e o que se baseiam em experiências pessoais,

profissionais, intuições, insight e bom senso e costuma ser mais complicado

para comunicar ou transmitir as outras pessoas.

A relevância em discorrer sobre o conhecimento e a Administração do

Conhecimento, tem como um dos objetivos enquadrar o termo, no seu

significado mais atual e como o conhecimento esta sendo para as ciências em

geral e a Administração em particular.

Devido às mudanças aceleradas e constantes, pelas quais tem passado o

mundo industrializado pós-capitalista e dentro desse, as organizações como

um todo, transformaram os conceitos e ate os modos de produção. A produção

do saber é desenvolvida dentro de grupo sociais e determinada por seus

objetivos, agentes, cultura e interesses, demonstrando contradições,

24

aplicações e organizações diferenciadas, conforme PEREIRA (2004) “(...)

Hoje, o recurso regulador, o fator de produção decisivo, não é mais o capital,

a terra e a mão-de-obra, mas o conhecimento, sendo as tradicionais classes de

capitalistas e proletários substituídos pelos trabalhadores de conhecimento”

(PEREIRA, p.91-2004).

Todavia, para DRUCKER (1999), conhecimento “se prova em ação” e

focaliza em resultados. Necessita ser especializado, numa sociedade

estruturada com base em conhecimento e em pessoas especializadas-experts.

Nessa publicação, DRUCKER, cita que criou o termo “trabalho de

conhecimento”, por volta dos anos 60, mas somente nos últimos anos, os

gerentes começaram a identificar no conhecimento um recurso importante

que deve ser gerenciado, como por exemplo, o fluxo de caixa ou matérias-

primas.

Se o conhecimento é tão primordial e considerado um fator de produção

básico (capital, recurso natural e mão-de-obra) urge administrá-lo em prol do

desenvolvimento da organização. Sendo assim “(...) Administração do

conhecimento é uma nova maneira de pensar sobre a distribuição e o

compartilhamento dos recursos intelectuais e criativos da organização”

(DAFT, idem).

A Administração do conhecimento denonima os esforços par

sistematizar a localização e organização do capital intelectual da empresa,

promovendo uma cultura da aprendizagem continua e compartilhando o

conhecimento dentro da organização, que é a soma de informação,

experiência, processos, inovação e descobertas, tendo a tecnologia da

25

informação como coadjuvante e auxiliar no processo de armazenagem e

propagação dos dados, por meio do acesso fácil e pratico das informações.

De acordo com DAFT (2003) existem três motivos fortes pelos quais há

grande interesse na Administração do conhecimento, sejam eles:

a) Demanda é resultante dos avanços rápidos em TI que facilitam

compartilhar conhecimento explicito e alem de conectar pessoas em

redes para compartilhar tácito;

b) A base econômica organizacional migrou dos recursos naturais para o

capital intelectual e passou a ser necessário à avaliação dos recursos de

conhecimento das organizações;

c) O interesse na administração do conhecimento está vinculado aos

esforços das empresas para se tornarem organizações de

aprendizagem.

Para termos noção do que a Administração do conhecimento lida em

sua parte pratica, dentro do conhecimento explicito, pode incluir

propriedades intelectuais como patentes e licenças, processos de trabalho

como políticas e procedimentos, informações especificas sobre clientes,

mercados, fornecedores ou concorrentes, relatórios, etc., armazenados em

bancos de dados, por meio de coleta e codificação do conhecimento, onde

possam ser acessados e reutilizados por qualquer pessoa da organização.

26

5- Metodologias Organizacionais Aplicadas à Administração do

conhecimento.

As organizações podem usar uma series de metodologias, ou mesmo,

mecanismos para orientar a coleta e o compartilhamento de recursos do

conhecimento explicito. Logo, a necessidade de sistemas explícitos

metodológicos é obvia. Temos em consideração o recente uso do

conhecimento como fator básico produtivo, sem detrimento dos demais.

Assim sendo, o compartilhamento e a exploração de dados é a primeira das

metodologias que a organização usa para que eles combinem esse dados

em gigantescos bancos façilmente acessíveis, com o objetivo de explorá-los

na busca por padrões e procedimentos que ajudem a solucionar problemas

ou levar vantagens para a organização.

O armazenamento e a exploração de dados têm a utilidade de

formar relações com clientes, ou mesmo, ingressar em novos mercados,

segundo DAFT (2003), e em algumas organizações, com a reutilização do

banco de dados, foi possível preparar propostas de trabalho como

instalações de sistemas diversos, onde a equipe poupou à empresa e ao

cliente, mais de um ano de trabalho.

Outra metodologia é o mapeamento do conhecimento no interior da

organização. Normalmente a organização identifica onde o conhecimento

está localizado e a forma de acessá-lo. Para DAFT (2003) boas vias

expressas de conhecimento são Latus Nates, videoconferências, home

page de funcionários, links de hipertexto para diretórios, e diversas outras

tecnologias. Os mapas são usados para transferir novas praticas

27

gerenciais, monitorar licenças e patentes, juntar inteligência competitiva,

dentre outras práticas.

O mapeamento do conhecimento foi usado também para dar suporte

ao conhecimento tácito, no sentido de orientar colaboradores para bolsões

de experiência, alimentando e estimulando a comunicação e o relato de

casos no interior da organização.

As bibliotecas eletrônicas são bancos de dados para usos específicos

que as organizações podem utilizar, habituando os usuários a checar e

reutilizar dados específicos sempre que necessário. Algumas organizações,

nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, criaram enciclopédias no intuito de

tornarem-se organizações de aprendizagem. Outras fazem mão dos sites-

páginas virtuais- criados pela própria organização para cursos de vendas,

especificação de produtos, perfis de clientes e indicações. A grande

maioria utiliza intranets- redes internas - para acumulo de inteligência

competitiva, como esta pratica é designada.

Para a Administração do Conhecimento tácito a ênfase recai,

conforme DAFT (2003), na intenção humana. Na metodologia aplicada,

estão o uso do dialogo, que é a forma básica de compartilhar

conhecimento, onde muitas pessoas adquirem compreensão sobre um

tema ao mesmo temo, por meio da proposição e defesa de solução podem

elaborar uma solução. À medida que soluções aparecem, cria-se um

relacionamento baseado na confiança entre os participantes.

As historias de aprendizagem e os relatos de casos são partes da

Administração do Conhecimento tácito que metodologicamente funciona

bem. O objetivo é mostrar como decisões cruciais foram tomadas e os

28

problemas foram ou não solucionados. Os relatos de casos, nas

organizações, são narrativas baseadas em recordações e insights dos

participantes - do gerente ao cliente – onde consultores especializados

fazem a condução dos trabalhos.

Segundo DAFT (2003), as historias funcionam porque são levantadas

com sutileza, questões que abertamente gerariam formalidade ao serem

apresentadas.

Por fim, as comunidades da pratica são formadas espontaneamente

no interior das organizações, à medida que as pessoas atraem umas as

outras e formam grupos que compartilham idéias e interesses

semelhantes.

O próximo passo das organizações que adotarem a Administração do

Conhecimento como metodologia organizacional será fazer alavancagem

do conhecimento promovendo a mudança da cultura organizacional

incentivando as pessoas a compartilharem o conhecimento que possuem

ao invés de acumulá-lo, estagnando e desperdiçando experiências e

oportunidades de crescimento.

29

6 – Considerações Finais.

Este artigo procurou discutir as contribuições mais relevantes das

Teorias Administrativas para o cotidiano das organizações a partir de seus

aspectos mais importantes, tendo em conta historicamente as teorias como

base para o desenvolvimento organizacional, incluindo a Administração do

Conhecimento como tendência e ferramenta gerencial para as

organizações atuais.

A incorporação e adoção de princípios e técnicas administrativas às

organizações demonstram a carência de utilização desses mecanismos

como prerrogativa ao crescimento de todas e ao desenvolvimento e

30

aplicabilidade dos postulados científicos como suporte máximo da ciência

administrativa.

O uso sistematizado desses postulados e o aprimoramento cientifico

que se buscou com o incremento da base teórica aplicada, garantiu a

coordenação e a integração dos indivíduos e o aperfeiçoamento das

organizações diante do ambiente sempre mutável do qual fazemos parte,

enquanto seres organizados.

Para tanto ao destacar, a Administração do Conhecimento, como

apoio de pratica funcional para as organizações que pretendem continuar

atuando de acordo com as tendências e exigências mercadológicas, desse

modo, delineamos um caminho que está aberto como forma de atualização

e conexão de uma organização para outra deles próprias com o ambiente

de inserção local e global. Assim, ao selecionarmos metodologias que já

fazem parte do cotidiano de organizações, em paises onde a ciência

administrativa avançou a passos largos, nos apropriamos sabia e

corretamente de modelos bem sucedidos para uso quando encontrado

terreno propicio, no interior de um meio organizacional.

Por conta da aprendizagem organizacional, que conclui-se, deve ser

continua, o objetivo em primeiro plano é acompanhar o desenvolvimento

das organizações e, num segundo momento, promover melhorias advindas

de estudos voltados para esta finalidade, mas avançados, ao ponto de

colocar a organização na dianteira da competitividade, por geração de

técnicas e métodos eficazes tanto gerenciais como administrativos.

Por fim, todas as abordagens, em maior ou menor grau, geraram

conhecimentos de significativa importância para a ciência administrativa

31

que deles se apropriou, progredindo para o campo das ciências sociais

aplicadas que após produziram efetiva contribuição para tornar a

Administração vital e de prioridade máxima para o dia-a-dia profissional

dos indivíduos e das organizações

7 – Referencias Bibliográficas.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração; RJ:

Elsevier, 2003.

32

__________________.Gestão de Pessoas, RJ: Elsevier, 2004.

DRUCKER, Peter F. Sociedade pós-capistalista; SP: Publifolha, 1999.

DAFT, Richard L. Organizações: Teorias e Projetos; SP: Pioneira Thomson

Learning, 2003.

FERREIRA, Ademir A; Reis, Ana Carla F.; Pereira, Ma. Isabel. Gestão

Empresarial: De Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da

Administração moderna de empresas; SP: Pioneira Thomson Learning,

202.

MORAES, Anna Maria Pereira de. Introdução à Administração; SP:

Prentice Hall, 2004.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração: da

revolução urbana à revolução digital; SP: Atlas, 2007.

______________________________. Introdução a Administração; SP: Atlas,

2007.

SILVA, Reinaldo de Oliveira da. Teorias da Administração; SP: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

33