resumo 1 - paz e guerra

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Capitulo 1: Estratégia e diplomacia ou a unidade de politica externa Segundo o texto de Raymond Aron, a guerra pode ser considerada como uma contraposição de vontades, uma coletividade politicamente organizada, onde cada nação quer se impor à outra. Tanto as guerras entre países civilizados como as guerras entre povos selvagens são as mesmas; em teoria, as guerras podem acontecer sem ódio. Existem dois tipos de guerra: A guerra absoluta ou a guerra real. Na guerra absoluta temos o Filósofo Clausewitc que é um teórico em guerra absoluta, ele não congratula muito menos indigna com a seguinte afirmação: “ Toda vez que houver uma confrontação de grandes interesses, a guerra tenderá a se aproximar de sua forma absoluta”. Na guerra absoluta uma nação só quer impor à outra nação, que seria no caso seu adversário, sua autoridade, fazendo com que sigam suas leis. Na guerra real, o exército de uma nação nunca será encontrado reunido em um só ponto, a guerra é considerada um jogo onde quem tiver o melhor cálculo e coragem ganha. Para que uma guerra se inicie, é preciso pelo menos três elementos: - Animosidade, que seria o impulso natural e cego das nações; - Ação bélica, que seria a atividade livre da alma, indicando um jogo de azar e de probabilidade; - Ato politico, que seria o elemento principal, já que ele comanda os dois outros elementos, e ele surge de uma situação politica e resulta de uma razão politica; Temos que lembrar, que sempre que estivermos em época de guerra, sempre terá envolvimento politico dos países. Esses envolvimentos politicos podem ser considerados a estratégia de guerra e a diplomacia entre os países; a estretégia é um conjunto de operações militares, é a arte de vencer de uma modo mais direto, já a diplomacia é uma condução do intercambio com outras unidades politicas, é a arte de 1

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Page 1: Resumo 1 - Paz e Guerra

Capitulo 1: Estratégia e diplomacia ou a unidade de politica externa

Segundo o texto de Raymond Aron, a guerra pode ser considerada como uma contraposição de vontades, uma coletividade politicamente organizada, onde cada nação quer se impor à outra. Tanto as guerras entre países civilizados como as guerras entre povos selvagens são as mesmas; em teoria, as guerras podem acontecer sem ódio.

Existem dois tipos de guerra: A guerra absoluta ou a guerra real. Na guerra absoluta temos o Filósofo Clausewitc que é um teórico em guerra absoluta, ele não congratula muito menos indigna com a seguinte afirmação: “ Toda vez que houver uma confrontação de grandes interesses, a guerra tenderá a se aproximar de sua forma absoluta”. Na guerra absoluta uma nação só quer impor à outra nação, que seria no caso seu adversário, sua autoridade, fazendo com que sigam suas leis. Na guerra real, o exército de uma nação nunca será encontrado reunido em um só ponto, a guerra é considerada um jogo onde quem tiver o melhor cálculo e coragem ganha.

Para que uma guerra se inicie, é preciso pelo menos três elementos:

- Animosidade, que seria o impulso natural e cego das nações;

- Ação bélica, que seria a atividade livre da alma, indicando um jogo de azar e de probabilidade;

- Ato politico, que seria o elemento principal, já que ele comanda os dois outros elementos, e ele surge de uma situação politica e resulta de uma razão politica;

Temos que lembrar, que sempre que estivermos em época de guerra, sempre terá envolvimento politico dos países. Esses envolvimentos politicos podem ser considerados a estratégia de guerra e a diplomacia entre os países; a estretégia é um conjunto de operações militares, é a arte de vencer de uma modo mais direto, já a diplomacia é uma condução do intercambio com outras unidades politicas, é a arte de convencer sem usar a força. A diplomacia mesmo em época de guerra é muito usada pelos países, pois a partir da diplomacia que é que se consiguirá os aliados e consiguirá uma relação com os países que estam neutros na situação. A politica estará envolvida em todos os sentidos durante a guerra e até mesmo antes da guerra acontecer, pois a guerra deve corresponder às intenções politicas, já que a politica e sua influência são decisivas no plano do conjunto de uma guerra.

Quando se usa a demonstração de força é para que o adversário possa acabar cedendo sua posição (se ele for mais fraco em questão de força); a superioridade de armamento é o ato de tentar convencer os aliados, rivais ou adversários sem precisar usar as armas (época de paz); mas em época de guerra, o Estado vai preferir usar um processo de persuasão no lugar da imposição.

Quando os países estam em guerra, eles devem adotar um plano de estratégia ou então os lideres podem acabar se perdendo durante o processo e a guerra que eles achavam que duraria apenas um certo periodo, pode acabar de extendendo e dando mais prejuizo do que eles achavam que daria; como aconteceu nas guerras do inicio do século XX, que acabaram se aproximando da forma absoluta de conflito armado, onde se tornaram incapazes de saber o que fazer com as razões politicas da guerra.

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Os países muitas vezes entram na guerra com um unico pensamento, o pensamento de ganhar, o pensamento de vitória, como foi no caso da guerra de 1942 (segunda guerra mundial). Esse pensamento levou a distruição rápida das forças dos inimigos, revelando a incompreensão dos vinculos que ligaram a estratégia à guerra. A capitulação incondicional, foi criada e usada pelos americanos na guerra de Sucessão, sendo usada na Segunda Guerra Mundial, onde tinha por objetivo apos a distruição das forças armadas da Alemanha, a capitulação incondicional de Reich.

A vitória militar influi necessariamente sobre o rumo dos acontecimentos e a condução de guerra deve levar certos aspectos em consideração (rivalidade e hostilidade). Quando não há uma aliança entre as nações, deve ficar claro quem são os aliados permanente, quem são os adversários e quem são os aliados ocasionais; o crescimento do poder de um aliado ocasional não pode ser considerado bom a medio ou longo prazo, pois por ideologia, podem ter uma inimizade profunda e só acabaram sendo aliados porque era conveniente para ambos naquele periodo serem aliados, não significando que devam ser aliados para sempre.

Existem vários tipos de conduto de guerra, como a conduta dos EUA em relação a guerra da Koreia, onde ajudou a Koreia do Sul, porém a China ajudou a Korei do Norte, que não deixou as tropas ultrapassarem a linha do tratado. Essa vitória da China sob os EUA fez com que ganhasse prestigio, já o envolvimento dos EUA na guerra, mostrou os valores adotados pelos EUA, confirmando esses valores nos quatro cantos do mundo. Também tem o tipo de conduto de guerra da segunda guerra mundial, da qual já comentamos sobre.

Com esses exemplos, chegamos na conclusão de que nã basta determinar os três elementos (objetivo, aliado e inimigo) para conseguir a vitória, mas se o Estado não definir claramente isso, a vitória das armas será apenas uma vitória politica sem significado algum.

Durante a história houve certas guerras onde a questão não era ganhar, mas sim não perder. Quando a relação de forças exclui totalmente a possibilidade de vitória, os Estados podem ter como seu objetivo não perder, desencorajando a vontade de vencer. Alguns exemplos disso seria a questão da guerra fria, ou até mesmo a Guerra dos sete anos. Muitas vezes isso acaba acontecendo por conta do erro nos calculos estrategicos como foi no caso do ataque do Japão à Pear Harbor o que acabou levando o Japão a ser atacado pelos Eua, fazendo com que milhares de pessoas morassem por conta da bomba que os EUA lançou em duas cidades japonesas. O calculo era falso, no que se refere à psicologia, as democracias cultivam muitas vezes a ideologia pacifista, mas nem sempre são pacifistas.

Outro exemplo, que não precisa necessariamente ser uma guerra entre nações mais pode ser uma guerra entre o povo de uma nação contra o Estado, como foi no caso da França em 1830 e 1843. Os rebeldes quase sempre não tem qualquer chance de ganhar, os detentores do poder comandam a policia e o exército, porém no caso de Paris, nem a guarda nacional nem ninguém estavam decididos em combater os rebeledes, fazendo com que os governantes renunciassem e fossem viver em exilio.

As revoltas não pertencem à teoria das Relações Internacionais. As guerras subversivas são intermediárias entre a guerra civil e a guerra externa. O direito

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internacional irá consisderar um conflito sendo uma guerra civil quando o território foi integrado juridicamente com o da metrópole, porém os rebeldes irão considerar isso uma guerra externa; como foi no caso na Indochina, Tunisia e Marrocos – o conflito internacional ganhou maior importancia do que o aspecto de guerra civil mesmo sob o ponto do direito internacional.

No caso das guerras subversivas, na qual um dos lados detém a admisnistração pública e a policia mantem a ordem e mobiliza o exército regular, a desproporção de forças é tão grande que só um das parte pode pretender uma vitória militar total; muitas vezes chegando a um impasse onde uns querem a vitória e outros só não querem perder. Se o partido rebelde não é eliminado, e acaba conseguindo o poder, e a independencia, ele conseguiu uma vitória politica total, antingindo seu pleno objetivo, assim o Estadi protetor acaba abandonando a autoridade que tinha.

Um exemplo disso, seria o que aconteceu na guerra dos sete anos – Frederico II contra uma coalização esmagadora.

A solução da politica de um conflito militarmente indeciso vem devido a relação rebelde-colonizador, confirmando-se pelas modificações das responsibilidades coloniais, a derrota do poder colonizador, ainda quando é formalmente total, não é sentida como tal pela metropole, ou então o novo país formado e sua antiga metropole seriam eternamente inimigos, o que não foi o que aconteceu quando as colonias americanas começaram seu processo de independencia, seria impossivel qualque reconciliação pois sua existência já seria uma agressão; porém não foi bem assim que as coisas aconteceram.

Um exemplo de tal acontecimento seria no caso entre a França e a Argélia ou entre a Indochina também. Nas guerras subversivas, a potencia colonizadora encontrava tres tipo de adversarios: os comunistas, os nacionalistas intransigentes e os nacionalistas moderados; a partir do momento em que a potencia colonizadora renunciou sua soberanidade, restou como inimigos os comunistas e os nacionalistas em relação a ruptura com o mundo Ocidente. Com isso, chegaram na conclusão de que o inimigo de ontem pode acabar sendo seu amigo de amanha, e assim, não tem como haver uma polotica razoavel se as nações não tiverem a capacidade de esquecer.

Como já sabemos a politica está envolvida com a guerra, mas não só na concepção do conjunto de guerras mas também determina uma batalha, os riscos que a nação deve aceitar e os limites estratégicos. Pessoas importantes como o comandante do exército não pode adotar um lema onde seu único objetivo é a vitória, ele tem que pensar em tudo, como foi no caso do Almirante Jallicoe durante a Segunda Guerra Mundial, mostrando assim, o cálculo politico-militar que estava em suas mãos.

Podem ver que nas guerras atuais do seculo XXI os governantes, não estam mais podendo fazer tudo a qualquer preço para conseguirem o que querem, criando-se um regra geral da qual generai precisam renunciar certas ações por respeito a legalidade internacional, devido aos interesses dos aliados ou dos neutros. Podemos assim chegar na conclusão de que durante as guerras sempre terá uma relação entre a politica e o exército, equilibrando assim as forças de cada um, e ambos tentam entrar em acordo, já que muitas vezes as considerações de ordem politica se opoem às considerações de natureza militar. Sempre tem argumentos politicos que vão contradizer os argumentos

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militares parciais, mas isso não quer dizer que há um conflito entre a área da estratégia e a diplomacia, pois em ambas as àreas surgem razões contrárias e favoráveis a uma certa decisão.

Uma das fórmulas de Clausewitz é: “ A politica deve conhecer o instrumento do qual se vai servir” sendo verdadeira até mesmo nos tempos de paz. O intercambio entre as nações é continuo, a diplomacia e a guerra nunca andam separados, sempre que houver uma guerra, a diplomacia estará envolvida, a não ser nos casos extremos de inimizade absoluta, amizade total ou federação.

A indiferença militar nos tempos de paz pode se apresentar de duas formas:

- consiste em confundir o potencial de armamentos com a força real, onde a nota diplomatica tem a mesma capacidade de pesuasão que se apoie em navios e aviões ou em estatisticas de produção siderurgica;

- não sintonizada com a estratégia, caracteriza-se pela contradição entre os meios de guerra existentes e o tipo de guerra que os acordos diplomáticos obrigam a fazer.

As vezes a diplomacia não interage com um exército efetivo, assim dispõe de forças armadas incapazes de executar as missões exigidas por certos objetivos: estes dois contra a razão, podem ser explicados pela psicologia dos governantes e da população, quanto por erros intelectuais especificos.

Depois de 1945, a interação entre a diplomacia e a estratégia adqueriu caracteristicas inéditas, graças a pluralidade das técnicas de combate. Hoje em dias, as guerras não se pode mais usar qualquer tipo de armas, não se pode usar armas nucleares. Teve uma época em que a natureza do conflito determinava o volume das forças desejadas. Com isso, tudo indica que a condução das guerras será ainda mais politica do que era no passado, não dando aos militares a autonomia que eles custumavam ter.

Cada exército tem seus meios de conseguir cada conquista, cada exército tem seus instrumentos, cabendo à eles decidirem quais instrumentos devem ser usados em certas ocasiões; a organização de defesa é sempre a expressão de uma doutrina estratégica, porém cada vez mais a diplomacia corre o risco de tornar-se cada vez mais prisioneira aos mecanismos militares que é preciso montar antecipadamente, os quais que os governantes tem o privilegio de decidir se querem usar ou não.

Nos dias de hoje, o que chamamos de estratégia de dissuasão é quando exige-se o aparelho de represália seja colocado em funcionamento antes de que seja necessario acioná-lo. Os Estados de tamanho médio devem situar-se internacionalmente não só como uma referencia a uma coalização de adversarios mas tambem com relação a aliados que pretendem a derrota do inimigo comum podendo ser hostis com respeito aos objetivos especiais de seus aliados.

A subordinação da guerra à politica não significa a pacificaçãodo intercambio entre os países, a natureza da guerra vai depender do conjunto dos acontecimentos históricos. A politica pode ser considerada uma proposição teórica, esta proposição pode acabar por fazer mais bem do que mal, se admitirmos como desejavel a diminuição da violênica.

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De certa forma podemos dizer que a subordinação da guerra à politica não significa a pacificação entre as nações, entre o intercambio das nações. A natureza da guerra vai depender muito dos acontecimentos históricos; algumas vezes os calculos feitos durante a guerra vai deixar claro aos lideres que o sabor da guerra vai ser mais forte que o gosto da vitória – surge-se a partir dessa relação entre os lideres, o conceito de polaridade: onde não vai depender de só um lider limitar a guerra.

Assim, para que uma relação diplomatica continue sendo razoavel, é preciso que os dois agentes queiram mater sua relação estável; mostrando assim que a politica e a guerra sempre estaram interligados.

Capitulo 2: O poder e a força ou os meios da política externa

Quando falamos de guerra, sempre podemos pensar em politica – diplomacia, entratégia, mas também devemos pensar em força e poder ou potência. De forma mais gerial, podemos falar que o poder ou potência é a capicidade de fazer, produzir ou distruir algo. O poder de um individuo é diferente do poder no campo das relações internacionais, o poder de um individuo é a capacidade de fazer, de ter influencia sobre a conduta ou sentimento de outros individuos; já o poder no campo das relações internacionais é a capacidade que uma unidade politica tem de impor sua vontade às demais unidades politicas, concluindo que o poder politico não é um valor absoluto, e sim uma relação entre os homens.

Também há uma diferença entre potência defensiva e potência ofensiva; diferenças em relação aos recursos, forças militares e o poder do país. Essa diferença de força segundo Aron é considerado mais nociva do que util; mais nociva tanto para os estadistas como para os cientistas.

A força potencial é o conjunto dos recursos materiais, humanos e morais de que cada unidade estadista dispoem teoricamente. A força pode ser desmembrada em dois tipos de forças: a força real (conduçaõ da politica externa) e a força militar, mas dependendo da época essas forças podem acabar de afastando ou se aproximando, por exemplo, em época de paz a força real diferencia-se da força militar – tanto a força real como a força potencial intervem à mobilização.

A relação entre as duas noções (poder e potencia) é perceptivel: os homens de poder são ao mesmo tempo os homens de potencia, tendo assim uma grande influência em seus semelhantes na maneira de conduzir. Porém muitas vezes ha complicação entre ambas já que os homens de potencia tiveram exito no cenario internacional, as unidades politicas e os regimes constitucionais devem suas origens à violencia, toda sua base vem da violencia, foi o que os reis durante mil anos fizeram na França.

Mas, toda essa interpretação, segundo Aron, falseia o sentido da politica, que é ao mesmo tempo uma luta entre as pessoas e os grupos pelo acesso aos postos de comando e a busca de uma ordem que de igualdade à todos. E esse grupos tem uma influência nas decisões dos governantes relacionadas à politica externa e na relação com outros grupos, dependendo assim dos meios de ação à disposição entre tais, e também do talento que cada um revela no emprego de tais meios.

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Mesmo com a participação dos grupos ainda temos que incluir que os atores do mundo politico são encorajados pelo desejo de ambição que são animados pelas convicções ideológicas, porém a pratica dos parlamentos não nos permitem saber a distribuição real da potência dentro dos países.

A teoria da politica externa pode atribuir aos atores independencia das leia e de qualquer outra possibilidade de guerra, já a teoria da politica será equivocada porque seus conceitos não são isentos de controvérsia. Assim chegamos na conclusão de que os Estado que sabem e reconhecem sua soberania ao mesmo tempo, não tem autoridade uns sobre os outros, com isso a potência em cenário internacional vai diferenciar-se da potência em cenário interno de cada país.

As potências devem ter seus elementos, porém sempre houve uma grande discussão quais seriam esses elementos, uns dizem que são 10 elementos, outros dizem que são 8 elementou e outros dizem que são apenas 3 elementos. Porém para chegarmos em tal conclusão temos que levar em conta de que os fatores a serem considerados tem que ser homogêneos. Os três elementos que chegarem perto de tal definição, foram os elementos propostos por Fischer às vesperas da Segunda Guerra Mundial ( Fatores politicos, psicológicos e econômicos).

Clausewitz acentuava muito a importância de sorte na guerra, e umas de suas frases ficou muito conhecida “ A guerra é o dominio da sorte. Nenhuma outra esfera da atividade humana deixa margem maior a essa intrusa: ela acentua a incerteza, em todas as circunstancias, e entrava o curso dos acontecimentos”, com isso ele nos mostrava de que a guerra é sim um jogo de sorte.

Assim, chegamos na conclusão de que os fatores principais e determinantes da potência seriam: meio (lugar ocupado pelas unidades politicas), recursos (transforma-los em armas) e ação coletiva (organização do exército), esses elementos são validos em todos os niveis na análise de potência – desde o escalão tatico das pequenas unidades até o nivel estratégico.

Mesmo com esses fatores em vista, muitas vezes nenhum estadista acaba seguindo eles, ou seja, não seguem a teoria, nenhum dos tres elementos estam imunes às influências históricas, tanto no campo diplomatico como no campo de batalha, o que irá definir será o numero – mas como ja vimos antes, isso não pode ser uma afirmação valida já que grandes exércitos acabaram perdendo por erros em outras partes. Podemos considerar segnificativos quando juntamos os tres elementos e não separando cada um deles.

Em alguns casos é melhor para tal Estado ficar com a potência ofensiva, principalmente se o relevo do país ajudar nessa tatica, como por exemplo, com o auxilio de montanhas, rios que podem acabar freando e fazendo com que o adversário cometa algum deslise. Assim não seguindo os tres elementos citados.

A força das unidades politicas divide-se em duas partes: é preciso estabelecer quais são os fatores da força militar e em segundo lugar às relações entre a força militar e a própria coletividade; dentro desse segundo podemos então analisar o coeficiente de mobilização, que depende da estrutura da sociedade, do numero de cidadãos em relação aos não-cidadãos. A mobilização efetiva é determinada pelos fatos sociais, o modo de

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combate e o temor das armas, assim a proporcionalidade entre a coletividade e a força militar acabou tornando-se mais densa enquanto a guerra vai se racionalizando.

A potência em tempo de paz irá seguir os mesmo critérios, terá os mesmos elementos em tempos de guerra, a única diferença é que a potência em tempos de paz vai considerar os meios não-violentos.

As grandes potências de acordo com o texto, é definida pelo volume de recurso à sua disposição, assim como também pela sua força militar. Quando se é considerado uma grande potência tal país ganha um status, esse status muitas vezes acaba sendo privilegiado, mas será vantojoso somento na medidade em que o intercambio pacifico e os acordos negociados tendem a ajudar as relações de força. Com isso, os Estados menores, acabam saindo prejudicados, isolando-se em negociações e assunto politicos e militares também – segundo a diplomacioa tradicional europeia.

Hoje em dia, com as inovações nucleares, essa tradição acaba por ser quebrada, já que nenhum Estado menos acha mais necessário se submeter aos países maiores desde que tais países possam exercer sua força, seu poder; a diplomacia com essa inovações acabaram também perdendo sua força, não tendo muito o que fazer no relacionamento entre adversários. Com isso um outro meio de obrigar um país menor a ceder, seria recorrer a pressão economica, mas muitas vezes pode não dar certo, como foi o caso com a Italia por decisão da liga das nações, que ficaram conhecidos como tentativas de coerção economica, da utilização de meios economicos como substitutos de meios militares.

Os meios economicos seram uteis nos meios bilaterais, revigorando uma aliança por exemplo, foi o que acorreu com a criação do plano Marshall que levou à Carta do Atlântico Norte. A partir desse meio, alguns países pordem ficar dependentes de outros pois dependem da assistência financeira dos países maiores. Até mesmo no plano economico há uma diferença entre “capacidade ofensiva e capacidade defensiva”, assim os fatores de cada uma das partes são diferentes, como por exemplo, na defensiva o principalm aspecto sera a coesão da coletividade, e a adesão das massas ao regime.

Porém em tempo de paz, a violência está cada vez mais presente, como violência simbolica (a ação nunca é necassaria) e como violência clandestina (muitas vezes praticada a ceu aberto – ataques de redes clandestinas). A violência, porém, será determinante na potência defensiva.

A capacidade de ação coletiva irá influenciar na passagem do potêncial economico para a força militar, em forma de capacitação tecnico-administrativo. A administração pública tem que ser capaz de distribuir mão-de-obra nos setores produtivos, onde cada um exerça uma tarefa em que seu esforço seja cada vez mais produtivo, assim toda a nação estará trabalhando para a guerra. Criando-se uma mobilização geral.

Em época de guerra, chega uma hora em que o esforço de guerra não pode aumentar a não ser que se diminua o nível de vida da população civil, e fica sobre os cuidados da capacidade administrativa. A diferença entre as condições boas da população e o minimo incompreensivel é maior nos países ricos do que nos países mais

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miseraveis. É preciso lembrar de que os beligerentes fazem a guerra com forças mobilizadas, dependendo do meio, do tempo e das hostilidades.

Com o dominio nos mares, faz com que países neutros aumente seus potenciais; que foi o que aconteceu com os EUA enttre 1914 a 1917, com vantagem para os aliados. As forças militares estam muito conectadas com o potencial humano e industrial. Muitos problemas que ocorrem nas forças militares são também encontrados na industria e no transporte, mostrando assim tais conexões, ou seja, as ideias do lider com a ajuda da boa sorte levará seu país a uma posição importante na cena mundial, porém não é mais possivel atualmente.

Chegamos assim na conclusão de que a qualidade da classe militar e a eficiência do exercito sejas influenciadas pelo regime politico e pela psicologia na nação; Renam custumava dizer: “Não há disciplina no exército quando falta disciplina na nação” – ou seja, ambas estam conectadas entre elas.

No texto, Aron, mostra que a rivalidade entre as nações nunca vai deixar com que a competição tecnica e cientifica chegue ao fim, fazendo com que a vantagem passe de um lado para o outro, de um campo para o outro. Ele ainda reforça no texto que dentro do sistema internacional, o status de uma unidade politica é determinada pelo volume de recursos, materiais e humanos; as grandes pontencias são consideradas capazes de dedicar recursos consideraveis à ação externa e de conseguir muitos seguidores. Concluindo que se os Estados quisessem ser podereosos para poder ter segurança, seriam vitimas de uma ilusão mas ou mesmo tempo a grandeza coletiva tem sido a recompensa de si própria.

Aron coloca a guerra no centro politico das nações, antigamente as relações internacionais era só guerra, ninguem dicutia a paz, a paz era uma consequencia – fala que isso não é mais possivel, que a gente precisa pensar nessa questão moral e pratica. Mostra que as guerras não podem ser quentes, porque se for quente nós iremos acabar com a humanidade; ou seja que as guerras a partir da criação das armas nucleares só pode ser fria.

Com isso chegamos na conclusão de que esse texto é composto por 4 partes – toeria pura e prática, vai abrir a teoria das Relacoes internacionais (sociologia), analise das armas nucleares (história) e na última parte seria a pratica no ponto de vista puramente sociologico. Ele não monta um caminho para a paz, ele só fala das guerras e suas consequencias, ele também relaciona as quatro partes do texto através de uma analise.

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