resumão de fisiologia medicina

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Caso 7 e 8 Fisiologia Berne (Pag 417 a 420): Estrutura e Função do Sistema Respiratório: a troca gasosa, defesa imunológica (barreira primária), e o pulmão é um órgão metabólico e sintetizador. Anatomia Pulmonar: tem volume de 4L e área de superfície de 85m², pesa cerca de 1kg e é uma unidade funcional. 1.Vias aéreas superiores: nariz, seios nasais e laringe (até pregas vocais). Condiciona o ar inspirado. O nariz secreta imunoglobulinas. Os seios paranasais, frontais, maxilares, o seio esfenoide e o etmoide são revestidos por epitélio ciliado e circundam as vias nasais, deixam o crânio mais leve, protegem o cérebro de trauma frontal , dão ressonância a voz. As estruturas da laringe são epiglote, aritenoide e pregas vocais. 2. Vias aéreas Inferiores: traquéia, brônquio, bronquíolos e unidade respiratória. O pulmão direito, localizado no hemitórax direito, é dividido em lobo superior, inferior e intermediário por duas fissuras interlobulares (obliqua e horizontal). O pulmão esquerdo é dividido em lobo superior e inferior por uma fissura obliqua. Há a pleura visceral e parietal. A traquéia se divide em brônquios principais, que dividem-se em brônquios lobares, que se dividem em brônquios segmentares, e, em seguida, em bronquíolos até chegarem no alvéolo. A estrutura funcional anatômica do pulmão é o segmento broncopulmonar (suprida por um bronco segmentar). Guyton – Capítulo 37 Ventilação Pulmonar: Mecânica da Ventilação Pulmonar: Músculos: Durante a inspiração, há a contração do diafragma e aumento do volume crânio-caudal do tórax. Na expiração, há o relaxamento do diafragma e o recuo elástico do pulmão. Na respiração vigorosa, os músculos abdominais podem ajudar nesse processo. O diâmetro antero-posterior é controlado, na inspiração, pelos músculos intercostais externos, esternocleidomastoídeos (eleva esterno), serráteis anteriores (eleva costelas) e escalenos (elevam duas primeiras costelas) e na expiração pelos intercostais internos e retoabdominal. Movimento do ar para dentro e fora do pulmão e pressões que causam o movimento: o pulmão “desliza”, devido ao líquido pleural. a)Pressão Pleural: é a pressão do líquido pleural, que está entre as pleuras visceral e parietal. É negativa em repouso e durante a inspiração (-5 e -7,5 cm). b)Pressão Alveolar: é a pressão do ar dentro dos alvéolos pulmonares e quando a glote está fechada, é dita “0”. Para ocorrer a inspiração, a pressão fica negativa (-1), e para ocorrer a expiração, positiva (+1). c)Pressão Transpulmonar: é a diferença entre a pressão alveolar e a pleural. É uma medida de força elástica que tende a colapsar o pulmão (pressão de recuo). 1.Complacência Pulmonar: é a expansão dos pulmões por unidade de aumento na pressão transpulmonar até ocorrer o equilíbrio. Geralmente é 200ml/cmH²O. O diagrama de complacência dos Pulmões relaciona mudanças no volume pulmonar com alterações no volume transpulmonar. É composto por curvas de complacência inspiratória e expiratória. É caracterizado pelas forças elásticas dos pulmões. A força elástica do tecido pulmonar propriamente dito é devido à elastina e colágeno. A força elástica causada pela tensão superficial dos líquidos que revestem os alvéolos. 2. Surfactante: é um agente ativo na superfície da água, que reduz a tensão superficial, diminuindo a pressão alveolar. Quanto menor o alvéolo, maior a pressão alveolar causada pela tensão superficial. Sindrome da angustia respiratória no recém nascido é a dificuldade de respirar devido a pouco surfactante, tendendo, o pulmão, a colabar. 3. Efeito da caixa torácica na expansibilidade pulmonar: tem características elásticas e viscosas. Complacências Torácicas e Pulmonares combinadas: é medida durante a expansão dos pulmões de uma pessoa totalmente relaxada. É metade da do pulmão ( 110ml/cmH²O). O trabalho da respiração: as contrações do musculo ocorrem na inspiração, a expiração é um movimento

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Resumão de Fisiologia medicina

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Caso 7 e 8 FisiologiaBerne (Pag 417 a 420): EstruturaeFunodoSistemaRespiratrio:atroca gasosa,defesaimunolgica(barreiraprimria),eo pulmo um rgo metablico e sintetizador. AnatomiaPulmonar:temvolumede4Lereade superfcie de 85m, pesa cerca de 1kg e uma unidade funcional. 1.Viasareassuperiores:nariz,seiosnasaiselaringe (at pregas vocais). Condiciona o ar inspirado. O nariz secreta imunoglobulinas. Os seios paranasais, frontais, maxilares, o seio esfenoide e o etmoide so revestidos por epitlio ciliado e circundam as vias nasais, deixam ocrniomaisleve,protegemocrebrodetrauma frontal , do ressonncia a voz. As estruturas da laringe so epiglote, aritenoide e pregas vocais. 2.ViasareasInferiores:traquia,brnquio, bronquoloseunidaderespiratria.Opulmodireito, localizadonohemitraxdireito,divididoemlobo superior,inferioreintermedirioporduasfissuras interlobulares(obliquaehorizontal).Opulmo esquerdodivididoemlobosuperioreinferiorpor umafissura obliqua.Ha pleuravisceraleparietal. A traquiasedivideembrnquiosprincipais,que dividem-seem brnquios lobares, quesedividem em brnquiossegmentares,e,emseguida,em bronquolosatchegaremnoalvolo.Aestrutura funcionalanatmicadopulmoosegmento broncopulmonar (suprida por um bronco segmentar). Guyton Captulo 37 Ventilao Pulmonar:Mecnica da Ventilao Pulmonar: Msculos: Durante a inspirao, h a contrao do diafragma e aumento do volume crnio-caudal do trax. Na expirao, h o relaxamento do diafragma e o recuo elstico do pulmo. Na respirao vigorosa, os msculos abdominais podem ajudar nesse processo. O dimetro antero-posterior controlado, na inspirao, pelos msculos intercostais externos, esternocleidomastodeos (eleva esterno), serrteis anteriores (eleva costelas) e escalenos (elevam duas primeiras costelas) e na expirao pelos intercostais internos e retoabdominal.Movimentodoarparadentroeforadopulmoe pressesquecausamomovimento:opulmo desliza, devido ao lquido pleural. a)PressoPleural:apressodolquidopleural,que est entre as pleuras visceral e parietal. negativa em repouso e durante a inspirao (-5 e -7,5 cm). b)PressoAlveolar:apressodoardentrodos alvolos pulmonares e quando a glote est fechada, dita0.Paraocorrerainspirao,apressofica negativa (-1), e para ocorrer a expirao, positiva (+1). c)Presso Transpulmonar: a diferena entre a presso alveolareapleural.umamedidadeforaelstica que tende a colapsar o pulmo (presso de recuo). 1.Complacncia Pulmonar: a expanso dos pulmes por unidade de aumento na presso transpulmonar at ocorreroequilbrio.Geralmente200ml/cmHO.O diagramadecomplacnciadosPulmesrelaciona mudanasnovolumepulmonarcomalteraesno volumetranspulmonar.compostoporcurvasde complacnciainspiratriaeexpiratria. caracterizadopelasforaselsticasdospulmes.A fora elstica do tecido pulmonar propriamente dito devido elastina ecolgeno. A fora elstica causada pelatensosuperficialdoslquidosquerevestemos alvolos. 2. Surfactante: um agente ativo na superfcie da gua, quereduzatensosuperficial,diminuindoapresso alveolar.Quantomenoroalvolo,maiorapresso alveolar causada pela tenso superficial. Sindrome da angustia respiratria no recm nascido adificuldadederespirardevidoapoucosurfactante, tendendo, o pulmo, a colabar. 3. Efeito da caixa torcica na expansibilidade pulmonar: tem caractersticas elsticas e viscosas. Complacncias Torcicas e Pulmonares combinadas: medidaduranteaexpansodospulmesdeuma pessoa totalmente relaxada. metade da do pulmo ( 110ml/cmHO). Otrabalhodarespirao:ascontraesdomusculo ocorremnainspirao,aexpiraoummovimento passivo de recuo elstico da caixa torcica. A inspirao podeserdividiaemtrabalhodecomplacnciaou elstica(foranecessriaparaexpandirospulmes contra a fora elstica dos pulmes etrax),trabalho de resistncia tecidual (contra a viscosidade tecidual) e trabalho de resistncia das vias areas (para entrar ar nos pulmes).A energia necessria para a ventilao 3a5%dagastapelapessoa,masnoexercciofsico aumenta 50 vezes.Volume e Capacidades Pulmonares (espiometria): a)VolumeCorrente(Vc):volumeinspiradoeexpirado normalmente (500ml). Volume de reserva inspiratrio (VRI): volume que pode ser inspirado alm (3000 ml).Volume de reserva expiratrio (VRE): volume que pode ser expirado alm do corrente (1100ml). Volume residual (VR): o volume que fica nos pulmes aps expirar com fora (1200ml). b)CapacidadeInspiratria(CI):acapacidademxima, 3500ml). Capacidade residual funcional (CRF): o mais vazio que opulmopodeficar(1200ml).Podeserdeterminada pela diluio em hlio. Capacidadevital(CV):aquantidadedearquepode serexpelidaapsenchertotalmenteopulmo (4600ml).Capacidadepulmonartotal(CPT):ovolumemximo que os pulmes podem ser expandidos (5800ml). c)Ventilao-Minuto:aquantidadetotaldearnovo inspirado por minuto. calculado assim: VC x FR/min. d)VentilaoAlveolar:avelocidadecomqueoar chega nas reas de troca gasosa. Espao morto o ar quenochegaaoslocaisdetrocasgasosas.Podeser medidoaoinspiraroxigniopuroerelacionarocom nitrognioexpirado.Ovolumenormalde150ml. Existe o espao morto anatmico e o fisiolgico (inclui os alvolos no funcionantes). Ventilaoalveolar(Va)avolumetotaldearque entra nos alvolos. calculado assim: FR x(Vc-Vmorto). normalmente de 4200L/min. Funes das vias respiratrias:A traqueia e os brnquios tm anis cartilaginosos que evitamcolabamento.Osbronquolossomantidos abertospelapressotranspulmonar.Sorevestidos por msculo liso, exceto os bronquolos terminais, que compostoporepitliorespiratrioefibras.A resistncia ao fluxo areo da arvore brnquica baixo, jmaiornosbronquolosmaioresebrnquios adjacentes a traqueia (devido a rea de passagem). O controledosbrnquiosfeitapelasfibrasnervosas simpticas e pela estimulao simptica da medula da adrenal,queproduznereepinefrinaeepinefrina,que estimulamreceptoresbetaadrenrgicos,dilatandoa rvorebrnquica.Aconstrioparassimpticafeita pela liberao de acetilcolina pelas fibras nervosas, que pode ocorrer por irritao por fumaa, por exemplo. Os fatores secretados no local que causam constrio so histaminaesubstanciadereaolentadaanafilaxia, quesoliberadosemreaesalrgicas.Omuco produzidonasviasrespiratriaslevadoatravsde clios para a faringe. Reflexodatosse:comum estmulo,quepodeserum gs toxico ou irritao, impulsos neuronais passam das viasrespiratriasparaonervovagoparaamedula oblonga, causando os efeitos: rpida inspirao de 2,5L de ar, fechamento de glote e cordas vocais, contrao dos msculos respiratrios e abdominais, aumento da pressopulmonar,aberturadagloteecordasvocais sadabruscadear,levandoconsigoomaterial estranho. Funes respiratrias normais do Nariz: Aquecimento, filtrao (pelos, precipitao turbulenta) e umidificao (condicionamento do ar). Controle da Respirao Cap 40 Guyton 1.Centros Respiratrios:a)GrupoRespiratrioDorsal:situa-senapartedorsal do bulbo, onde est o ncleo do trato solitrio, onde se ligamonervovagoeglossofarngeo(levam informaes de quimiorreceptores perifricos, pulmo ebarorreceptores).Gerapotenciaisdeaoneuronal inspiratriarepetitiva,sendoresponsvelpeloritmo respiratrio debase. Osinal inspiratrio em rampa, ouseja,aoestimularmsculosinspiratrioscomea dbil,aumentapor2segundosesofreinterrupo abrupta por 3 segundos, retraindo a parede torcica e pulmes(expirao).Osinalemrampavantajoso, pois se pode controlar a velocidade do sinal em rampa eopontolimtrofedeinterrupodosinal (controlando a frequncia respiratria).b)CentroPneumotxico:situa-senoncleo parabraquial da parte superior da ponte, transmitindo sinaisarearespiratria.Elelimitaainspirao, aumentandoafrequnciarespiratria,jqueacaba influenciandotambmaexpirao.Umsinaldbil diminuiafrequnciarespiratria,umsinalforte aumenta. c)Grupo Respiratrio Ventral: situa-se no ncleo retro ambguocaudamenteenoncleoambguo rostralmente.Nohparticipaonaoscilao respiratrianormal.Quandoaventilaoaumenta,o grupoventralcontribuiparaocontrolerespiratrio extra.Contribuotantoparaainspiraoquantopara expirao. OReflexodaInsuflaodeHering-Breuer:ossinais provenientes dos pulmes tambm ajudam a controlar arespirao,atravsdosreceptoresdeestiramento ligados ao nervo vago, atuando com feedbak negativo edesligandoarampa,aumentandoafrequncia respiratria.2.Controle Qumico da Respirao: necessrio mantertaxasnormaisdeCO,OeH+no sangue.Existeumareaquimiossensvel localizadabilateralmentenobulboque estimula o centro respiratrio. a) Os ons H+ estimulam diretamente essa rea atravs deumestmuloprimrio,jquenoatravessama barreirahematoceflicacomfacilidade,porissotem menor efeito.b)OCOtemefeitodiretoeindireto,logo,mais potente,jqueoCOsedifundocom maisfacilidade pelabarreirahematoceflica,reagingocomHO, formandoH+eHCO-,atuandonarea quimisossensivel. Quando a PCO aumenta no sangue, aumentanolquidocefalorraquidianoenofluido intersticial do bulbo tambm. Oestmulo pelo PCO alto nas primeiras horas, mas diminuicom1ou2diaspoishreajusterenal, absorvendoHCO-,queatravessaabarreira hematoliquriaehematoceflica,juntando-seaoH+, reduzindo a um nvel prximo da normalidade. Logo, o PCOtemefeitoagudonasprimeirashoraseefeito crnico em longo prazo. OBS: A PCO pode variar de 30 at 75 mmhg enquanto o pH pode variar de 7,3 at 7,5. A PO pode variar de 60 a 1000 mmhg. c)A reduo de O no tem efeito direto no controle da respirao, mas atua nos quimiorreceptores perifricos atravsdasclulasglomosas,quefazemsinapsecom terminaesnervosas.Osquimiorreceptores perifricos tambm identificam tambm alteraes de CO e H+, em pequena proporo. Os corpos articos e carotdeos ligam-seaos nervos vago e glossofarngeo, respectivamenteeambosestoemcontatocom sanguearterial(suaPOarterial).Sobcondiesde baixa de O, mas nveis normais de CO e H+, ele age de maneira intensa no controle da respirao.OBS: Aclimatao ocorre pois em 2 ou 3 dias o tronco cerebral perde 80%desua sensibilidadeao CO eH+, no ocorrendo a eliminao compensatria desse gs, logo,baixasquantidadesdeOpodemconduzira ventilao, que aumenta muito. 3.RegulaodaRespiraoduranteexerccio fsico: O consumo de O e a formao de CO pode aumentar at20vezes.Aventilaoalveolaraumenta diretamentecomaelevaodometabolismodeO, mantendoaPCO,POeH+quaseconstantes.O aumento da ventilao ocorre com o inicio do exerccio antesquetenhamsidoalteradosnveisplasmticos, induzindo os msculos a contrarem. Osistemanervosoquetemessafuno antecipatria devido a uma resposta aprendida. 4.Outros Fatores que influenciam na ventilao: Controlevoluntrio,efeitodosreceptoresirritativos pulmonares(presentenatraqueia,brnquiose bronquolos),funodosreceptoresJpulmonares (terminaesemjustaposionosalvolos, estimuladosemcasosdecongestodecapilares pulmonaresouemcasosseinsuficinciacardaca congestiva,causandodispneia),emcasosdeedema cerebral e anestesia. Princpios Fsicos da Troca Gasosa Cap 39 Todos os gases da fisiologia respiratria so molculas simplesquesedifundemfacilmente,devido diferenanogradientedeconcentrao.Presso parcial em uma mistura diretamente proporcional concentrao das molculas do gs. Ex: 1.Presso dos Gases dissolvidos na gua e nos tecidos: os gases continuam exercendo presso e tendo energia cintica,masocoeficientesesolubilidadeinfluencia, logo,quantomaissolvelogs,menorsuapresso parcial. Lei de Henry: 2.Difusoresultante:ocorredevidodiferenade pressesparciais,jqueasmolculassedifundem tanto para os alvolos quanto para o sangue. Os gases passamsemdificuldadepelasmembranas,porissoa difusodosgasesnostecidosigualdifusodos gasesnagua.Adifusoocorredolugardemaior presso(maismolculas)paraodemenorpresso (menos molculas). Outros fatores influenciam como a solubilidadedogsnoliquido,areadecorte transversaldolquido,opesomoleculardogs,a temperatura do lquido e a distncia que o gs tem que percorrer. Frmula: 3.PressodeVapordagua(PHO):quandooar inspirado no umidificado, a gua das vias respiratrias passa para o estado gasoso. A presso parcial da gua variadeacordocomatemperatura.A37C,elade 47mmHg. 4.Composiodoaralveolar:oaralveolarmais mido,temmaisCOemenosOqueoar atmosfricos.Ovapordguadiluiosgases atmosfricos, diminuindo suas presses parciais.Acapacidadefuncionalresidualpulmonarde2300 ml, mas apenas 350ml so trazidos aos alvolos a cada inspiraonormal,oqueajudanaestabilizaoda composioqumicadosangue,semcausardrsticas alteraes.As concentraes e presses parciais do O e do CO so determinadas pela absoro ou excreo dos dois gases e pela ventilao alveolar. A PO alveolar mxima149mmHgaonveldomar.APCO operacional 49mmHg. OBS: Ar expirado composto pelo ar alveolar e pelo ar do espao morto. 4. Difuso de gases atravs da membrana respiratria:a)Unidaderespiratriaoulbulorespiratrio: compostopelobronquolorespiratrio,ductos alveolares, trios e alvolos, sendo o local onde ocorre trocas gasosas. b)Membranasrespiratriasoupulmonares: compostaporsurfactante,epitliopulmonar, membranabasaldoepitlioalveolar,lquido intersticial,membranabasaldocapilar,epitliodo capitar.Areadeaproximadamente70mea quantidadedesanguede140ml.Odimetrodos capilares de 5 micrometros, logo, a hemcia precisa se espremer por ele. c)Fatoresqueafetamataxadedifusogasosapela membranarespiratria:espessura,reasuperficial, coeficiente de difuso e diferena de presso. Edema e fibroseaumentamareasuperficialdamembrana. Enfisemaeretiradadospulmespodemdiminuira rea superficial e quando h reduo a da rea inicial, hdificuldaderespiratriamesmoemrepouso.O coeficiente de difuso do CO 20 vezes maior que o do O que 2 vezes maior do que o do N. A diferena de presso a diferena das presses parciais.d)CapacidadedeDifusodaMembranaRespiratria: volumedeumgsquesedifundiracadaminuto atravsdamembranaparadiferenadepresso parcialde1mmHg.AdoOnormalde 21mL/min/mmHg,masquandorealiza-seexerccios fsicos aumenta at 65 devido a abertura de capilares e pelarazoventilao-perfuso,ouseja,amaior oxigenaodadapelamaiorventilaoemaior capacidadedifusoradamembrana.Acapacidadedo CO de 450mL/min/mmHg normalmente e at 1200 durante exerccio. 5.EfeitodaRazoVentilao-Perfusona concentraodeumgsalveolar:a PCOea POso determinadaspelaventilaoalveolarepelataxade transfernciadeCOeOpelamembrana. determinada assim: Va/Q. a)Va/QZero:nohventilaoalveolar,oPOeo PCOdosalvolosecapilaresentramemequilbrio. PO 40mmHg e PCO 45mmHg (sangue venoso). b)Va/QNormal:ventilaoeperfusonormais,as trocas gasosas so quase ideais. O PO de 104mmHg (149-43) e a PCO de 40 (45-0). c)Va/Q Infinito: no h fluxo sanguneo. PO 149 e PCO 0mmHg. OBS: Desvio Fisiolgico (Va/Q abaixo do normal): ventilao inadequada,logonemtodoosangueoxigenado (sangue desviado). O montante quantitativo do sangue desviado o desvio fisiolgico que, quanto maior for, maioraquantidadedesanguequenoconsegueser oxigenada. Espao Morto (Va/Q acima do normal): quando existe maisOnosalvolosdoquepodesertransportado para os capilares, sendo desperdiado. Transporte de O e CO no sangue e nos tecidos Cap 40 o O passa do sangue para os tecidos pela diferena de pressoparcial,assimcomooCOpassadostecidos para o sangue. Oxignio:oOpassadoalvoloparaocapilarpela diferenadepressoparcialde64mmHg(104-40). Duranteoexerccio,hoaumentodareacapilar, assimcomoumamaiorrazoventilao-perfuso. Alm disso, o sangue, em condies normais, torna-se saturadodeOquandopercorre1/3docaminho. Portanto,apesardoaumentododbitocardacoea reduodotempoqueosangueficanocapilar,ho fator de segurana que permite que o sangue seja todo ou quase todo oxigenado. a)Transporte de O no sangue arterial: 98% do sangue quechegaaotrioesquerdoprovenientedos pulmes e 2% vem da aorta (supre tecidos brnquicos, porissono expostaao O).Ofluxododesviogera misturavenosadesangue,fazendocomqueaPO diminua para 95mmHg.b)DifusodoOdoascapilarespulmonaresparao lquidotecidual:aPOdolquidointersticial 40mmHg,oquepromoveadifuso, transformando o POcapilaremquase40mmHg.APOtecidual controladapelotransportedeOaostecidosepela taxa de uso de O pelas clulas teciduais. c) Difuso do CO das clulas teciduais perifricas para oscapilaresedoscapilarespulmonaresparaos alvolos: O oxignio usado nas clulas (PCO 46 mmHg) transformadoemCO,aumentadoaPCO intercelular,levadoaointerstcio(PCo45mmHg), difundindoparaoscapilares(PCOvenoso45mmHg), sendotransportadoatospulmes,difundindo-se paraosalvolos(PCO40mmHg).OCOsedifundo commuito maisfacilidadequeoO,porissoaddp pequena. OBS: Efeito da taxa do metabolismo tecidual e do fluxo sanguneotecidualnaPCOintersticial:afetamde maneira oposta ao PCO tecidual.Hemoglobina: 1.Oxignio: transportado 97% por hemoglobina e 3% difundidonoplasma.ligadofrouxamenteede maneira reversvel. Quando a PO alta (como o caso dosanguearterial,95mmHgeopercentualde saturaodahemoglobina97%),elecombina-sea hemoglobinaequandobaixa(nocasodosangue venoso,40mmHgeopercentualdesaturaoda hemoglobina 75%), liberado. Em 100 ml de sangue h 15 g de Hb, e cada grama de Hb transporta 1,34 ml deO,logoh20mldeOseaHbestiver100% saturada,j97%saturada,19,4mle75%,14,4ml, portanto,%mldeOpassamdospulmesparaos tecidosacada100 mldesangue.Duranteo exerccio fsico,oPOdolquidointersticialmuscularcaide40 para15mmHg,baixandopara4,4mldeoxignio ligados a 100 ml de sangue. Isso levaa liberao de 15 ml de 0 a casa 100 ml de sangue, potencializado com oaumentododbitocardacoem6a7vezes, resultandonoaumentode20 vezesnotransportede oxignio aos tecidos. Coeficientedeutilizao:aporcentagemdosangue queliberaseuOenquantoatravessaoscapilares teciduais.Vaide25%emcasosnormaisat85%em exerccios. Efeito tampo da Hb na PO tecidual: a Hb estabiliza a POnostecidos.Ostecidosnecessitamde5mldeO para cada 100ml de sangue. Fatores que desviam a curva de dissociao de O-Hb:a diminuio do pH, maior concentrao de CO, maior temperaturaeaumentodoBPBaumentama dissociao(desvioparadireita)eseusinversos diminuem.QuandoopHdiminuieoCOaumentano sangue, ocorre o efeito Bohr, intensificando a liberao deOdosangueparaostecidoseaoxigenaodo sangue.Emcondiesdehipoxiaempoucashoras,o BPGaumenta,sendoimportanteparaaadaptaoa hipoxia.Ex: exerccios fsicos. UtilizaometablicadoOpelasclulas:em condiesfuncionais,ataxadeutilizaodoOpelas clulas controlada pela taxa de ADP, j que PO acima de 1mmHg torna a taxa de utilizao do O constante. Porm,quandoautilizaodeOestlimitadapela difuso,nomaisdeterminadapelaquantidadede ADPnasclulas.AquantidadedeOdisponvel depende da quantidade de O transportada a cada 100 ml e pelo fluxo sanguneo. Quando no h fluxo, ou o fluxo muitolenta,autilizaodeOlimitadapelo fluxo. Transporte de O dissolvido (3%): a PO arterial normal (95mmHg),cercade0,29mldeOtransportado dissolvidoequandotransportadoparaostecidos (PO40mmHg),diminuiparao,12 ml, ouseja,0,17ml restantes.Emexercciosfsicosintensos,ooxignio dissolvido diminui (1,5%), mas se a pessoa respirar O anveisdePOmuitoelevados,podelevara intoxicao por O. 2.MonxidodeCarbono:combina-secomaHb250 vezesamisfacilmentequeoO,ouseja,PCOde apenas0,6mmHgpodeserletal.Emcasosde intoxicaocomCO,aPOestnormalenoh indcios,deixandoapessoadesorientadae inconscientemuitorpido.Podesertratada ministrando-seOpuroeCO5%(paraativarcentro respiratrio) 3.DixidodeCarbono:emmdia4mldeCO transportadasdostecidosparaospulmesemcada 100ml de sangue. A PCO venosa 45mmHg e a arterial 40mmHg, e 7% do CO transportado dissolvido, logo 2,7mlsotransportadosnosanguevenosose2,4no sangue arterial a cada 100 ml. O CO combina-se com HO das hemcias, levando a transformao em HCO, catalisadopelaanidrasecarbnica,maslogose dissocia em H+ (combina-se a Hb) e HCO-, que vai para oplasmaesubstitudoporCl-,atravsdaprotena carreadoradebicarbonato-cloreto.Essefenmeno responsvel pelo transporte de 70% do CO sanguneo. OCOtambmreagecomradicaisaminadaHb, formandocabaminoemoglobina(COHgb),sendo responsvel por 30% da quantidade transportada (1,5 mlpor100ml).OCOreduzopHsanguneo,logoa reaocomostampescido-basedosangueevita que o pH caia muito. O pH varia se 7,37 at 7,41. 4.EfeitoHaldane:quandooOliga-seaHb,oCO liberado,aumentandootransportedeCO.A combinao de O com Hb nos pulmes torna a Hb um cidomaisforte,deslocandooCOdosanguepraos alvolos, pois quanto mais cida a Hb, menos ela tende a se combinar com CO(deslocando o CO na forma de carmino) e a acidez na Hb a faz liberar H+, que se ligam ao HCO-, dissociando-se em CO e HO, que liberado. 5. Razo da Troca Respiratria( R): o transporte normal deO5mleodeCO$mlacada100ml,ou seja,82% do CO expirado. Se a pessoa alimenta-se s de carboidratos, a razo 1, j se alimenta de gordura, 0,7, pois o O oxida as gorduras. Casos 9 e 10 Fisiologia Diarria:umdistrbiodointestinoGrosso, resultandodomovimentorpidodomaterial fecal. Causas: a)Enterite:inflamao,geralmenteporvrusou bactrias no trato intestinal. Na diarreia infecciosa comum, localiza-se no intestino grosso ou na parte distaldoleo.Ondehirritaodamucosa,h maiorsecreoe maior motilidade,nointuitode expulsaroagentedebilitante.Porexemplo,a cleraqueaumentaasecreodeeletrlitose lquidos, necessitando de sua reposio. b)DiarriaPsicognica:osistemanervoso parassimpticoestimulaamotilidadeea hipersecreo se muco no clon distal. c)ColiteUlcerativa:umadoenaqueprovoca inflamaoeulceraodegrandepartedo intestinogrosso,aumentandoamotilidade, ocorrendomovimentosemmassa,gerando diarreia.Adoenatemcartergenticoepode levar a remoo do intestino grosso. Vmito:aeliminaodocontedodosistema gastrointestinalsuperior(faringe,esofago, estomagoepartessuperioresdointestino delgado)porconsequnciadeirritao, hiperdistenoouhiperexcitao.Osimpulsos nervosossotransmitidosporfibrasnervosas aferentesvagaisesimpticasporncleosdo trancoceflico,ondeseencontraocentrodo vmito.Osimpulsosmotoresquecausamo vmito so transmitidos pela 5, 7, 9, 10 e 12 nervoscranianosparaotratogastrointestinal superioratravsdenervosvagaisesimpticos pararegiesmaisdistaisdotratoepornervos espinais para o diafragma e abdome.Ocorreoantiperistaltismo,quecomeaa acontecerminutosantesdovmito,queorigina-senaregiodoleoemdireoaboca,de2a3 cm/s, empurrando a comida do intestino delgado inferior de volta para o estmago e duodeno. No inciodovmito,hacontraodoestmagoe duodenoerelaxamentodoesfncter esofagogstrico.O ato do vmito: respirao profunda, elevao do ossohioideedalaringeparaabriresfncter esofgicosuperior,fechamentodaglotee elevaodopalatomoleparafecharasnarinas posteriores,contraododiafragmaemsculos abdominais,aumentodapressoestomacal associadoacontraodaparedegstrica, relaxamentodoesfncteresofgicoinferiore liberao do contedo estomacal.ZonadeDisparodeQuimiorreceptoresparao vmitonobulbopordrogasecinetose:No assoalho do 4 ventrculo, bilateralmente, h a tal zona na qual certas drogas podem causar vmitos. A mudana rpida de direo pode causar vmito tambm:omovimentoestimulareceptoresdo labirintovestibulardoouvidointerno,queso transmitidososncleosvestibularesdotronco para o cerebelo, da vai para a zona de disparo dos quimiorreceptores,e,porfim,nocentrodo vmito. Febre: o aumento da temperatura acima do normal, podendosercausadaporanomaliasnocrebroou substncias txicas. 1.Reajustesnocentroderegulaohipotalmicoda temperatura(EfeitoPirognico):protenaseseus produtos de degradao, lipossacarieos de membrana de bactrias e produtos de tecidos degradados elevam o ponto deajustedo termostato hipotalmico, sendo pirognios,queelevamatemperaturacorporale conservam esse calor. 2.MecanismosdeAodosPirognios:alguns pirogniosestimulamdiretaeindiretamenteo hipotlamo,joutros,indiretamenteetemhorasde latncia.Asbactriasouprodutosdedegradaoso fagocitadosporleuccitos,macrfagoselinfcitos TCD4, liberando interleucina-1 (pirognio de leuccito ouendgeno)agindoimediatamentonohipotlamo, produzindo febre em 8 a 10 minutos, devido a induo daformaodeprostaglandinaE,queatuano hipotlamo.Asdrogasantipirticasbloqueiama formao de prostaglandinas. 3.FebreCausadaporlesesCerebrais:tumorou cirurgias. 4.Caracteristicas das Condies Febris: a)Calafrios: sentido at a elevao sbita do ponto de ajustedatemperaturaem39,4C,devidoa vasoconstrico, piloereo, secreo e epinefrina . b)Crise ou Rubor: ocorre quando o que est causando alta temperatura removido, logo o hipotlamo tenta abaixaratemperaturapara37C,causando vasodilatao e sudorese. c)Intermao:ocorrequandoatemperaturacorporal seeleaat40,5a42,2C,causandodesorientao, desconfortoabdominal,vmito,delrios,perdade conscincia.Soexacerbadosporumaperdade lquidos e eletrlitos ou por um choque circulatrio. prejudicialparatecidos,crebro,podendoserfatais. Pode ser tratado com banho de gelo ou borrifamento. d)Efeitos Prejudiciais: hemorragias locais, degenerao parenquimatosadeclulasdocorpoedocrebro, lesesnofgado,rinseoutrosrgos,levandoa falncia e bito. Guyton Captulo 62 Motilidade: O trato alimentar abastece o corpo, e para que isso ocorra, necessria a motilidade, a liberao desoluesdigestivas,adigesto,aabsorode HO, eletrlitos e produtos, a circulao de sangue peloaparelhogastrointestinaleocontrolepelo sistema nervoso e hormnios locais. 1.Motilidade: as funes motoras do intestino so definidaspormsculoliso.Ascamadasdo intestinoso:serosa,camadamuscular longitudinal,circular,submucosa,(feixesde msculodamucosa)emucosa.Asfibras muscularesapresentammuitasjunes comunicantes, que facilitam a passagem dos sinais eltricosmaisrapidamentenosentido longitudinal do que radial. Cada camada muscular composta por uma rede de feixes separados por tecido conjuntivo, mas que se fundem em diversos pontos,funcionandocomoumsinccio,ouseja, quandoumpotencialdeaogeradoem qualquerpartedomsculo,elesepropagapara todasadireesdacamada,inclusive,algumas vezes, de uma camada para outra. A distancia que elepercorredependedaexcitabilidadedo msculo. 2.AtividadeEltricadoMsculoLiso gastrointestinal:excitadoporatividadeeltrica intrnseca,contnuaelentanamembranadas fibrasmusculares,estandoavoltagemem diferentes nveis. A atividade consiste em: a)OndasLentas:ascontraesrtmicasdo gastrointestinal coordenada pelas ondas lentas, quesomudanaslentaseondulatriasnas membranas, mas no so potenciais de ao. Suas intensidades vo de 3 a 15 milivolts, dependendo da regio do sistema gastrointestinal. Parecem ser causadaspelainteraoentreasclulasdo msculo liso e as clulas intersticiais de Cajal, que somarcapassoseltricosdomusculoliso.As clulas intersticiais formam uma rede entre si e se dispeemcamadasentreomusculolisocom contatosinptico.Ospotenciaisdemembrana dessasclulasofremmudanascclicasdevidoa abertura peridica dos canais inicos, permitindo correnteparadentro(marcapasso),gerandoa atividade de onda lenta. b)PotenciaisemEspcula:sopotenciaisdeao que ocorrem quando os potenciais de repouso da membrana domsculoliso(normalmente-60 a -50 milivolts) chega a -40 milivolts. Quando os picos de onda lenta ocorrem temporariamente superior a-40milivolts,hpotenciaisemespculas superpostosnessespicos.Ospotenciaisdeao do msculo liso so gerados a partir da entrada de muito Ca+ e um pouco de Na+ atravs dos canais declcio-sdio.Acinticadeaberturae fechamentomaislenta,porissoduramais tempo que o das fibras nervosas.E quanto maior opotencialdeondalenta,maiorapotenciados potenciais em espcula.3.Mudana na voltagem do potencial em repouso damembrana:Opotencialderepousononvel basalde-56milivoltsepodeserdespolarizado (maisexcitveis)ouhiperpolarizado(menos excitveis).Adespolarizaoestimuladapelo estiramentodomsculo,pelaacetilcolina,pela liberaodeacetilcolinapornervos parassimpticoseporhormnios gastrointestinais. A hiperpolarizao estimulada por noroepinefrina ou epinefrina, e liberao dos nervos simpticos de noroespinefrina. 4.onsclcioeContraoMuscular:oclcio, atravs da calmodulina, ativa filamentos de actina emiosina,desmitulandosuaatrao,resultando nacontrao muscular. Nasondaslentas,noh entradadeclcio,apenassdio,oquenogera contrao muscular, j nos potenciais em espcula, entra clcio e gera contrao muscular. 5.ContraoTnicadealgunsmsculos gastrointestinais:contnua(masasvezes aumentaoudiminui)enoassociadaaoritmo eltrico bsico das ondas lentas, durando minutos athoras.Podeocorrerporrepetidospotenciais em espculas (quanto maior a frequncia, maior a contrao), porhormniosououtrosfatores que produzamadespolarizaocontnuada membrana ou por entrada de clcio desassociado a despolarizao. ControleNeuraldaFunoGastrointestinal (Sistema Nervoso Entrico): 1.Est disposto do exfago at o anus. So 100 milhes de neurnios que controlam movimento e secreo do sistema gastrointestinal. dividido em dois plexos: a)PlexoMioentricooudeAuerbach:externo, dispostoentreascamadasdemsculolongitudinale circularnumacadeialineardeneurnios.Controlaos movimentosgastrointestinais,gerandoacontrao tnica,aumentandooritmoeaintensidadeda contraoeaumentandoavelocidadedasondas excitatriasdaparededointestino,aumentandoo peristaltismo.Almdisso,existemneurnios inibitrios,queliberamumtransmissorinibitrio,o peptdeointestinalvasoativo,atuandonainibiode msculos de alguns esfncteres. b)Plexo Mucoso ou de Meissner: interno, localizado nasubmucosa.Controlacadasegmentodiminutoda parede interna do intestino, o fluxo sanguneo local, a secreo,aabsoroeacontraodomsculo submucoso. Asfibrasnervosasdosplexossecomunicamentresi. ExistemterminaesnervosasdoSNsimpticoe parassimptico que podem intensificar muito ou inibir suasfunes,apesardeserautossuficiente.As terminaesnervosasdoepitliolevaminformaes para os plexos, para os gnglios pr vertebrais, para a medula ssea e para o tronco cerebral atravs do nervo vago, gerando estmulos. 2.TiposdeNeurotransmissoressecretadospos neurniosentricos:acetilcolina,noroepinefrina, trifosfatodeadenosina,serotonina,dopamina, colecistocinina,substanciaP,polipeptdeointestinal vasoativo,somatostatina,leuencefalina, melencefalina,bombesina.Aacetilcolinaaumentaas contraes,enquandoanoroepinefrinaeaepinefina diminuem. 3.Controle Autnomo: a)Inervaoparassimptica:divide-seemcranial (quase todas pelo nervos vagos), inervando estmago, esfago e pncreas, e sacral (originam-se do 2, 3 e 4 segmentossacraisdamedulaespinhal,quepassam atravsdosnervosplvicos),inervandodointestino grosso at o anus. Os neurnios ps ganglionares esto localizadosnosplexosmioentricoesubmucoso.A estimulao no SN parassimptico estimula as funes dosistemagastrointestinal,principalmentearegio anal, retal e sigmoidal. b)Inervao Simptica: origina-se de fibras nervosas da T5 at a L2.As fibras pr ganglionares que inervam o intestino,depoisdedeixaramedula,entramnas cadeiassimpticasatosgngliosmaisdistantes, comoogngliocelacoeosgngliosmesentricos, ondeestamaiorpartedoscorposdosneurnios simpticos ps ganglionares. As fibras ps ganglionares distribuem-senos nervos simpticos ps ganglionares em todas as partes do intestino igualmente, liberando norepinefrinaeepinefrina.OSNsimpticoinibea atividadegastrointestinalatravsdasecreode norepinefrinaqueinibeosmsculoslisos(mas estimulamsculomucoso)eosneurniosdetodo sistemanervosoentrico,podendoatbloqueara passagem de alimento. 4.FibrasNervosasSensoriaisAferentesdoIntestino: alguns neurnios tem seus corpos no intestino, outros namedulaespinhal.Soestimuladospeladistenso, substanciasqumicasouirritaodamucosa.Podem levaraestimulaoouinibiodomovimentoe secreo.Muitos sinais intestinais vo para a medula ou para o troncocerebral.Muitosnervos(80%dosvagais)so aferentes, transmitindo sinais para a medula cerebral, quedesencadeiamsinaisvagaisreflexos,queso responsveis pelo controle de muitas funes.5.Reflexos Gastrointestinais:a)Completamente integrados a parede intestinal do SN entrico:controlamsecreo,peristalse,efeitos inibidores locais, contraes de mistura, etc. b)Intestinais para os gnglios simpticos pr-vertebrais equevoltamaogastrointestinal:transmitemsinais quevoltamparaotratogastrointestinal.Ex:reflexo gastroclico(estomacaisquecausamevacuaodo clon),enterogstricos(doclonedointestino delgado para inibir secreo e motilidade estomacal) e colonoileal(docolnqueinibeesvaziamentodoleo para o clon). c)Do intestino para a medula espinhal ou para o tronco cerebralequevoltamparaogastrointestinal:reflexo doestmagoedoduodenoparaotroncocerebral, atravsdosnervosvagos,quecontrolaaatividade secretora e motora gstrica, reflexo de dor que causam inibiodetodotratogastrointestinal,reflexode defecaoquevodocloneretoparaamedulae voltamproduzindocontraesdocoln,retoe abdominais. 6.Controle Hormonal de Motilidade gastrointestinal: a)Gastrina:produzidapelasclulasGdoantrodo estmagoemrespostaaestmulosassociadosa ingestodealimentos,aosprodutosdedigestodas protenas e ao peptdeo liberador de gastrina. Estimula a liberao gstrica de cido e crescimento da mucosa gstrica.b)Colecistocinina: secretadas pelas clulas I da mucosa doduodenoejejuno,emrespostaaosprodutosde digesto degordura, cidos graxos e monoglicerdeos nos intestinos. Contrai a vescula biliar, para que a bile emulsifique a gordura, inibe a contrao do estmago, assegurando tempo adequado. c)Secretina:secretadospelasclulasSdamucosado duodeno em resposta ao contedo cido que provm do estmago. Tem pequeno efeito na motilidade e faz comqueopncreasliberebicarbonatopara neutralizao. d)PeptdeoInibidorGstrico:produzidopelamucosa dointestinodelgadosuperioremrespostaacidos graxos,aminocidosecarboidratos,retardandoa atividade do estmago. d)Motilina:secretadopeloduodenosuperiordurante ojejum,aumentandoamotilidadegastrointestinal. liberadaciclicamenteeestimulaondasdemotilidade gastrointestinal(complexosmioeltricos interdigestivos)quesepropagampeloestmagoe intestinodelgadoacada90minutosemumapessoa em jejum. inibida aps a digesto. TiposFuncionaisdeMovimentosnoTrato Gastrointestinal: 1.MovimentosPropulsivos(Peristalse):umanel contrctilforma-senomsculolisosincicialcirculare moveparabaixooalimento.estimuladapela distenso do trato gastrointestinal (o anel se forma 2 a 3cmantes),porirritaoqumicaoufsicaepela estimulao do SN parassimptico. A peristalse efetiva requeroplexomioentricoativo.Omovimentodas ondasperistlticasvoemambasasdirees,mas cessarapidamenteemdireoabocaecontinuaem direo ao anus, pois polarizado.ReflexoPeristalticoouLeidointestino:adistenso estimula o anel, que vai do sentido oral-anal 5 a 10 cm antesdecessar,aomesmotempoemqueho relaxamento receptivo facilitando o movimento. 2.MovimentodeMistura:ascontraesperistlticas misturamoalimento,principalmentequandoh esfncteres,poisagitaoalimentoaoinvsd eimpulsion-los.Existemtambmcontraes constritivasintermitenteslocais,quetriturame separamoalimentodurante5a30segundos periodicamente. FluxoSanguneoGastrointestinal:Acirculao esplnicaOsanguedointestino,baoepncreasfluiparao fgadoatravsdaveiaporta,ondefiltrado,passa pelossinusideshepticosquedesembocanaveia heptica,quedesembocanaveiacava.Osnutriente hidrossolveisenolipdicospassamparaos sinusideshepticos,ondeasclulas reticuloendoteliais e hepticas absorvem, armazenam etransformamquimicamentea.Asgorduras absorvidassotransportadaspelosistemalinftico intestinal,levadapeloductotorcicoparaosistema, sem passar pelo fgado. 1.Anatomia da circulao sangunea gastrointestinal: asartriasmesentricassuperioreinferiorsuprem intestinodelgadoegrossoporumsistemaarterial arqueado.Aartriacelacasupreoestmago.As artriasseespalhamparadasvilosidades,osfeixes musculares e a submucosa 2.Efeito da atividade intestinal e fatores metablicos nofluxosanguneogastrointestinal:hmaisfluxo sanguneoquandohrealizaodasfunes intestinais.3.Possveiscausasdoaumentodofluxosanguneo duranteaatividadegastrointestinal:soliberadas substnciasvasodilatadoraspelamucosa,como colescistocinina,gastrina,secretina,peptdeo vasoativointestinal.Asglndulasgastrointestinais liberamcalidinaebradiquinina(vasodilatadores poderosos).Almdisso,areduodofluxodeO aumenta o fluxo sanguneo e a liberao de adenosina, vasodilatador. 4.Fluxosanguneocontracorrentenasvilosidades:o fluxo arterial e venoso ocorrem em direes opostas, e osvasossoparaleloseprximo,da80%dosangue passadasarterolasparaas vnulassempassarpelos vilos. Em condies patolgicas, pode levar a isquemia. 5.ControlenervosodoFluxoSanguneo Gastrointestinal:aestimulaodosnervos parassimpticosestimulamofluxoeasecreo( provvelqueofluxoaumentepeloaumentodo trabalho glandular). O simptico diminui o fluxo devido avasoconstrico(oescapeautoregulatrio provocado pela isquemia, dilatando as arterolas). Importnciadareduonervosadofluxo gastrointestinalquandooutraspartesdocorpo precisam de fluxo extra: vasoconstrico simptica das veias esplnicas e mesentricas. Ex: exerccios. Captulo 63Propulsoemisturadosalimentosnotrato alimentar: necessrioumtempo,umamisturaepropulso, controladosporfeedback.IngestodeAlimentos:a fome determina a quantidade de alimento e o apetite, o tipo. 1.Mastigao:osincisivosservemparacortar,tem fora de 25kg e os molares, para triturar e tem fora de 91 kg. Osmsculos da mastigao so inervados pelo ramomotosdo5nervocraniano.Amastigao controladapelotroncoenceflico,maspodeser estimulada pelo hipotlamo, amigdalas e crtex.Reflexodamastigao:oboloalimentarestimulaa inibioreflexadosmsculosmandibulares,fazendo com que a mandbula se abaixe, o que leva a contrao reflexa,levantandoamandbula.Esseprocesso repetido. Atrituraodoalimentonecessriaparaaodas enzimas, evita escoriao e facilita transporte. 2.Deglutio: a)EstadoVoluntrio:oalimentoprontoparaser degluitidoempurradopelalnguavoluntariamente para a faringe. b)Estado Farngeo: o bolo alimentar estimula reas de receptores epiteliais da deglutio, de onde sinais vo paraocentrodadeglutionotroncoceflico, produzindo contraes automticas: traqueia se fecha, esfago se abre, onda peristltica empurra o alimento em2segundos.umatoreflexoiniciadopelo movimentovoluntriodoalimento,excitando receptores sensoriais farngeos, que executam a parte involuntria do reflexo da deglutio. -Opalatomoleempurradoparacimaparaqueo alimento no passe para a cavidade nasal -Aspregaspalatofarngeassoempurradas medialmente, formando uma fenda sagital para que o alimento passena parte posteriorda faringe. H uma ao seletiva dos alimentos. Dura menos de 1 seg. -Ascordasvocaisseaproximam,alaringepuxada para cima e para frente e a epiglote fecha a laringe para que no haja engasgo. -Omovimentoascendentedalaringetambmpuxae dilataaaberturadoesfagoeoesfncter faringoesofgico relaxa. -Comalaringeelevadaeoesfncterrelaxado,j peristaltismo. Iniciao Nervosa do Estado Farngeo da Deglutio: as reastteisdaregioposteriordabocaedafaringe estoemumanel,commaiorsensibilidadenos pilarestonsilares.Osimpulsossotransmitidospelos nervostrigmeoeglossofarngeoparaamedula oblongadotratosolitrio.Osestgiossucessivosda deglutio so desencadeados por aes neuronais da ponte e da medula (centro da deglutio), levados at afaringepelos5,9.10e12nervoscranianose alguns nervos cervicais superiores. EfeitodoEstgioFarngeodaDeglutiosobrea Respirao:ocentrodadeglutioinibeocentroda respirao por curto espao de tempo. c)EstgioEsofgicodaDeglutio:conduzoalimento da faringe para o esfago. A peristalse primria uma continuaodaondaperistlticadafaringe.A secundriaresultadadistensodoesfagopelo alimentoretido,atuandocomoajudaadicionalcaso necessrio.Sodeflagradaspeloscircuitosneurais intrnsecosdoSNmioentricoeporreflexosquese iniciamnafaringe,sotransmitidosporfibrasvagais aferentesparaamedulaeretornamporfibras nervosaseferentesvagaiseglossofarngeas.A musculatura da faringe e de 1/3 superior do esfago compostopormsculoesqueltico(porissocontrole porfibrasnervosas),j2/3inferiores,musculoliso, controladospornevosvagos,queatuamnaconexo com o SN mioentrico esofgico. RelaxamentoReceptivodoEstmago:neurnios inibidores mioentricos relaxam o estmago. FunodoEsfncterGastroesofgico:quandoh deglutio, h um relaxamento receptivo frente a onda peristltica.Atnicadoesfncterimpederefluxodos contedosestomacaisaoesfago.Almdisso,o esofago fechado como um vlvula ao ser pressionado paradentrodoestomagopeloaumentodapresso abdominal. Funes Motoras do Estmago: Oestmagotemcomofunesoarmazenamento,a misturadoalimentocomsecreesgstricaspara formao do quimo e o esvaziamento para o intestino delgado. A fluidez do quimo depende da quantidade de alimento,deguaesecreesestomacais;tem consistncia semilquida a pastosa. 1.Armazenagem:adistenodoestmagopelo alimentoprovocaumreflexovagovagaldoestmago paraotroncoenceflicoquerelaxaoestmago, aumentando sua capacidade armazenatria. 2.Mistura e Propulso: os sucos digestivos produzidos pelasglndulasgstricasentramemcontatocomo alimento.Enquantooalimentoestivernoestmago, ondasconstritivasperistlticasfracas(demistura), desencadeadas pelo ritmo eltrico bsico, resultam em ondaseltricaslentasqueocorrem espontaneamente,fornecendopotencialdeao peristltica(formadoporanisconstritivos)acada 15/20 seg. Osaniscontritivostambmsoimportantena misturadevidoaomovimentoderetropulso,jque partenoalimentoempurradoaopilorovoltaao estmago. Contraes de Fome: so contraes rtmicas do corpo do estomago quando ele fica vazio por horas. 3.Esvaziamento do Estmago:a)ContraesperistlticasAntraisIntensas(Bomba Pilrica):constriesperistlticasatravsdeanis, compresses6vezesmaioresqueasondas peristlticas de mistura. b)Opapeldopiloronocontroledoesvaziamento estomacal:omsculocircular(esfncterpilrico) maior queo antro eestem constrio quase todo o tempo.Permiteapassagemdoquimo.Ograude constrio aumenta ou diminui pelos reflexos nervosos e humorais do estmago e duodeno. c)Regulao do Esvaziamento Estomacal: I.Fatores Gstricos: -Omaiorvolumedealimentospromovemaior esvaziamentoestomacalpoisadistensodaparede estomacaldesencadeiareflexosmioentricoslocais que inibem o piloro e aumentam a bomba piltica -Gastrina:estimulasecreodosucogstricoeas funes motoras no corpo do estmago e intensifica a atividade da bomba pilrica. II.Fatores Duodenais Poderosos: -Efeito Inibitrio de Reflexos Nervosos Enterogstricos deOrigemDuodenal:reflexosnervososretardamou inibem as contraes da bomba pilrica e aumentam o tnusdoesfincter.Osreflexospodemser:(1)do duodeno para o estomago pelo SN entrico, (2) nervos extrnsecosquevoparaosgngliossimpticospre-vertebraiseretornamatravsdefibrasnervosas simpticasinibidorase(3)nervosvagosvoparao troncoenceflico,ondeinibemsinaisexcitatrios normais,voltandopeloseferentesvagos.Osfatores monitoradospeloduodenoso:graudedistenso, irritao da mucosa, grau de acidez e osmolaridade do quimo, presena de produtos de degradao. -FeedbackHormonaldoDuodenoinibeo esvaziamentogstrico:oestmuloaentradade gorduras,queprovocamliberaodehormniosque inibemabombapilricaeaumentamaforado esfncter(feedbackinibitrio).Ohormniomais potente a colecistocinina (CCK) (liberada pela mucosa do jejuno), mas tambm existem a secretina (mucosa duodenal em resposta ao cido gstrico) e o peptdeo inibidor gstrico (GIP) (intestino delgado superior) Movimentos do Intestino Delgado: 1.ContraesdeMistura(deSegmentao):quando umaporodistendida,hcontraesconcntricas localizadas, quesegmentam o intestino. Quando uma contrao relaxa, outra inicia. Elas divem o quimo duas as3vezesporminuto,promovendoamistura..A frequncia e determinada pelas ondas eltricas lentas, com um mximo de 12 por minuto. As contraes no so efetivas sem o plexo nervoso mientrico. 2.Movimentos Propulsivos:a)PeristalsenoIntestinoDelgado:oquimo impulsionadoatravsdasondasperistlticas,que movem-seemdireoaoanusa0,5a2cm/s.So necessria s3 a 5 horas at a passagem pdo quimo do piloro at a vlvula ileocecal. b)ControledaPeristalseporsinaisnervosose Hormonais:oreflexogastroestrico,causadopela distensodoestmago,conduzidopeloplexo mientricodoestmagoatointestinodelgado.A gastrina,CCK,insulina,motilinaeserotonina intensificamaperistalse,enquantosecretinae glucagoninibem.Apreistalsedistribuioquimopela mucosa intestinal e leva o quimo at a vlvula ileocecal, ondeficaretidoathaverreflexogastroileal,que empurra o alimento atravs da vlvula ileocecal. c) Efeito Propulsivo dos movimentos de segmentao: duramalgunssegundos,maspercorremum centmetronadireoanaleajudamnaimpulsodo alimento. d)ExarcebaoPeristaltica:desencadeadapor reflexos nervosos do SN autnomo e tronco cerebral e pelaintensificaodosreflexosdoplexomientrico, varrendo em minutos contedos intestinais. e)MovimentosCausadospelaMucosaeporFibras MuscularesdasVilosidades:amusculardamucosa causa pregas, queaumentam a superfciede contato. As fibras musculares das vilosidades causam contrao dasmesmas,massageando,permitindofluxoda linfados ductos para o sistema linftico.FunodaVlvulaIleocecal:evitarefluxodo contedofecaldoclonparaointestinodelgado. fechadaquandohaumentodapressonointestido grosso.Oesfncterileocecal,acimadavlvula, permance contrado e retarda o esvaziamento. 1.Controle por Feedback do Esfincter Ileocecal: o grau decontaoeintensidadedaperistalseso controladosporreflexodoceco.Quandoocecose distende,acontraodoesfncterseintensificaea peristalse diminui.Os reflexos do ceco so controlados peloplexomientricoepornervosautnomos extrnseco. 2.MovimentosdoClon:asfunesdoclonso absorodeguaeeletrlitosearmazenamentodas fezes. Os movimentos so lentos e podem ser divididos em: a)MovimentosdeMistura(Haustraes):omsculo circulareolongitudinalcontraem-se,ocircularat quaseaoclusodolmen.Soinfladasaspartesso estimuladas, formando haustraes. O material fecal revolvido para que seja absorvido. As haustraes tem pico em 30 segundos e desaparecem em 60, quando se formamoutras.Contribuemtambmparaa movimentao at o nus. b)Movimentos Propulsivos (Movimentos em Massa): a propulsonocecoeclonascendenteresultade contraes haustrais lentas e persistentes; Do ceco ao sigmoide.Dosecoaosigmoidesoosmovimentosemmassa, que um tipo modificado de peristalse. Forma-se um anelconstritivodevidoirritao/distenso.Cessam-seashaustraesdosprximos20cm.Ocorre contraoemunidade,ocorrendomovimentoem massa.Uma srie dura de 10 a 30 minutos, e se fazem presentes 1,2 ou 3 vezes por dia. Omovimentodemassafacilitadoporreflexos gastroclicoseduodenoclicos,resultantesda distenso do estmago e duodeno e transmitidos pelo SN autnomo. Defecao: o reto est na maior parte do tempo vazio, devido constrico do esfncter anal interno (msculo liso)eexterno(msculoestriadovoluntrio, controladoporfibrasnervosasdonervopudendo)e porcausadaangulao,quecontribuinaresistncia. Quando o movimento de massa empurra as fezes para o reto, h vontade de defecar, com contrao reflexa e relaxamento dos esfncteres.Reflexos da Defecao: a)ReflexoIntrinseco:adistensoprovocadapelas fezesnoretocausamsinaisaferentesparaoplexo mienterico, dando inicio a ondas peristlticas (coln, sigmoideereto),empurrandofezesemdireoao reto.OEsfncteranalinternorelaxaporsinais inibitrios. b)ReflexodeDefecaoParassimptico:quanto terminaesnervosasdoretosoestimuladas,sinais sotransmitidosparaamedulaespinhalevoltamao clondescendente,sigmoide,retoeanusporfibras nervosasparassimpticasnosnervosplvicos.H intensificao das ondas peristlticas, relaxamento do esfncter anal interno tornando o processo intenso. H outrossinais,comoinspiraoprofunda,fechamento daglote,contraodosmsculosabdominaisque, inclusive,desencadeiamadefecaoemmomentos oportunos. OBS:outrosreflexosautnomosqueafetama atividade intestinal: alm dos reflexos duodenoclicos, gastroclicos,gastroileais,enterogstricosede defecao,hoperitoneointestinal,renointestinale vesicointestinal. Captulo 65Digesto de Diversos Alimentos por Hidrlise: 1.Hidrlise de Carboidratos: so polissacardeos, onde osmonossacardeosestoligadosporcondensao. Pode ser quebrada por enzimas digestivas. R-R + HO -> ROH + RH 2.HidrlisedeGorduras:soinseridas 3 molculasde guanotriglicerdeo,formando3cidosgraxose glicerol. 3.HidrolisedeProtenas:soinseridosonsH+eOH- entre os AA, quebrando as ligaes peptdicas. Digesto de Carboidratos:Os principais so sacarose, lactose e amido. 1.Boca e Estmago: a ptialina (alfa-amilase), secretada pelasglndulaspartidas,hidrolisaoamidono dissacardeomaltoseeempolmerosdeglicose. Chegandonoestmago,opHbaixocessaaaoda ptialina, logo, 30 a 40% do amido hidrolisado. 2.IntestinoDelgado:devidoaamilasepancreticado sucopancretico,muitomaispotente.Emalguns minutos,quasetodoamidodigeridoemmaltosee polmeros de glicose. 3. Hidrlise de Dissacardeos e Pequenos Polmeros de GlicoseemMonossacardeosporenzimasdoepitlio intestinal:osentercitosdointestinodelgado secretamlactase,sacarase,maltaseealfa-dextrinase, queseparamrespectivosdissacardeosem monossacardeos. OBS:Lactose(glicose+galactose),Sacarose (glicose+frutose), Maltose (glicose+glicose). DigestodeProtenas:ProtenassoAAconectados porligaespeptdicas.Ascaractersticassodadas pelos tipos e sequencias de AA. 1. Estmago: pepsina ativa em pH 2/3 e inativa com pH acima de 5. O HCl secretado pelas clulas parietais, misturadocomasoutrassecreesestomacais responsvelporessepH.10a20%daprotena digeridaemproteoses,peptonasepoplipeptdeos. Digere colgeno. 2.Intestinodelgadosuperior,duodenoejejuno: atravsdassecreespancreticas;tripsinae quimotripsinaclivamempequenospeptdeos, carboxipolipeptidaseliberaAAindividuaisdos terminaiscarboxilaeproelastaseconvertidaem elastase que digere elastina. A maioria digerida em di e tripeptdeos, no totalmente. 3.Entercitos que Revestem as Vilosidades do Intestino Delgado: suas bordas em escova possuem peptidades (aminopolipeptidadesedipeptidades)hidrolisamdie tripeptrideosemAA,quesotransportadosparaa membranamicrovilarparaointeriordoentercito, ondesohidrolizadososquenoforamtotalmente quebrados.99%dosprodutossoAA,raramente peptdeos. DigestodeGorduras:Asmaisabundantessoos triglicerdeos(glicerol estereficado a3cidosgraxos), almdefosfolipdeos,colesterolesteresde colesterol).Umapequenaquantidadedigeridano estmagopelalipaselingual(liberadapelasglndulas linguais) e gstrica, mas geralmente sem impotncia. 1.Intestino:Asgordurassoemulsificadas(quebra fsicadosglbulosdegordura)porcidosbiliarese lecitina. Comea no estmago com a agitao, mas no duodenohaodabile(secreodofgadosem enzimadigestiva).Abilecompostaporsaisbiliares (removemosmonoglicerdeosecidosgraxosdas adjacncias das partculas de digesto quase to rpido quantoessesprodutossoformados)elecitina, formando micela (aumenta a superfcie de contato). A partepolarinteragecomaguaereduzatenso superficial,agitandoosglbulosequebrando-osem gotas menores. A lipase pancretica, presente no suco pancretico,digeretodosostriglicerdeos.Alipase pancreticasagecomaaodacolipase,poisela abreumcaminhoparaaodalipase.Osentercitos do intestino delgado contm lipaseentrica, mas no muito utilizada. Os produtos so cidos graxos livres e 2-monoglicerdeos. Ossaisbiliaressocompostosporncleodeesterol lipossolvelegrupopolarhidrossolvel,comcarga negativa, que dissolve na gua. A micela fica estvel at aabsorodagordura,nasbordasdeescovadas clulasepiteliaisintestinais,ondesoabsorvidos,daas micelas retornam ao quimo. 2.DigestodesteresdeColesteroleFosfolipdios: hidrolizadosporlipasesdasecreopancretica (hidrolasedesterdecolesterolefosfolipaseA).As micelastemomesmopapelnocarregamentodos produtosdedigesto.Essencialmente,nenhum colesterol absorvido sem micela. Princpios Bsicos da Absoro Gastrointestinal: 1.BasesAnatmicasdaAbsoro:deveserabsorvido 1,5Ldelquido+7Ldesecrees.Noestmago,h pouca absoro, como lcool e frmacos. 2.AsuperfcieAbsortivadasvilosidadesdointestino delgado:compostasporvlvulasconvenientes (pregas de Kerckring), vilosidades e bordas em escova (composta por microvilosidades). Tudo junto aumenta 1000vezes,cercade250m.Existetambmcerta absoro por pinocitose. Absoro no Intestino Delgado: A absoro diria consiste em muito carboidrato, 100g ou mais de gordura, 50 a 100 g de AA, 50 a 100 g de on de7a8LdeHO.Suacapacidadeabsortivamuito maior e o grosso pode absorver muito mais gua e on, porm poucos nutrientes. 1.Absorodegua(Isosmtica):passapordifuso atravsdamucosaparaosanguedasvilosidades obedecendo a osmose. 2.Absoro de ons: a)TransporteAtivodeNa:20a30gramasdeNaso secretadasnassecreesintestinaispordiae5a8g so ingeridos por dia, logo, necessrio absorver de 25 a35gdesdiopordia.Osdioimportantena absoro de acares e AA. O Na passa para as clulas por difuso (142mEq/L 50 mEqL)etransportadoativamenteatravsdas membranasbasolateraisparaosespaos paracelulares.OClabsorvidopeladiferenade potencial gerada pelo transporte ativo do sdio. Aaldosteronaintensificaaabsorodesdioegua, poisativamecanismosdetransporteedeenzimas associadas, principalmente no clon. b)Osmosedagua:atravsdasjunesentreos borodos apicais eda clula mesmo. Ocorrepor que gerado um grande gradiente osmtico. c)Absoro de Cl- no duodeno e jejuno: rpida e se d principalmenteporeletrodifuso(aabsorodeNa+ gera ddp transepitelial, daos ons Cl- movem-se nesse gradiente eltrico). d)Absoro de ons bicarbonato no duodeno e jejuno: o bicarbonato secretado para o duodeno na secreo pancretica e biliar, por isso precisa ser absorvido, de maneira indireta. e)SecreodeonsBicarbonatonoleoeIntestino GrossoAbsoroSimultneadeonsCloreto:aisso ocorreparaneutralizaodeprodutoscidosde bactrias. -SecreoExtremadeonsCloreto, sdioeguapelo epitlio do intestino grosso em alguns tipos de diarreia: nos espaos profundos das pregas h clulas epiteliais imaturas que formam novas clulas, que migram para asregiessuperficiais.Essasclulassecretamcloreto desdio,masreabsorvidopelasclulasepiteliais superficiais.Toxinasdebactriaspodemestimulara secreomuitosuperiorcapacidadeabsortiva, estimulandoaformaodemonofosfatocclicode adenosina(abrecanaisdecloreto),aumentandoa secreo d cloreto de sdio que provoca sada de gua, eliminando bactrias. f)Absoro de Outros ons: ons clcio, ferro, potssio, magnsio, fosfato e outros so absorvidos ativamenteem quantidades diferentes. 3. Absoro de Nutrientes: a)Carboidratos:soabsorvidosprincipalmentena formademonossacardeos:glicose(80%),frutosee galactose , por transporte ativo. -AbsorodeGlicose:cotransportecomosdio.O sdiotransportadopelamembranabasolateraldas clulasepiteliaisparaosangue,reduzindoa concentrao.Adiferenadeconcentraopromove difusofacilitada,ouseja,oNa+combina-secom protenatransportadoraassimcomoaglicose.A glicoseatravessaamembranabasolateralparao espaoextracelulareparaosangueporoutros transportadores. Resumindo, o transporte ativo de Na e K proporciona fora motriz para absoro da glicose. -OutrosMonossacardeos:agalactosetransportada comoaglicoseeafrutosepordifusofacilitadano acopladaaosdio.Aoentrarnaclula,afrutose fosforiladaetransforma-seemglicose.Suataxade absoro metade da de glicose. 2.Protenas:soabsorvidasatravsdasmembranas luminais na forma de AA, di e tripeptdeos. A energia supridapelocontransporte(outransporteativo secundrio)comsdio,atravsdaligaodos peptdeos e AA no transportador, que necessita do Na. 3.Gorduras:os monoglicerdeosecidosgraxoslivres (produtos da digesto de gordura) so incorporados a micelas,quepenetramnosvilos,ondesedifundem paraasmembranas(sosolveis).Atravsdo transportedegorduraexgena,Elesso transformadospeloREemnovostrigicerdeose transportadosnaformadequilomcronsparaos lactferosdasvilosidadese,peloductolinftico torcico so transferidos para o sangue portal. OBS:OfgadoproduzVLDL(lipoprotenademuito baixa densidade). 4.cidosGraxos(cadeiacurtaemdia):so diretamenteabsorvidospelosangueportal,poisso mais hidrossolveis, levando a difuso do epitlio para o capilar. Acontece por transportadores. Absoro no Intestino Grosso: Formao das Fezes Aabsorosedquasetodanametadeprximado clon(clonabsortivo).Oclondistalfuncionapara armazenamento.1500mlpassamatravsdavlvula ileocecal, mas apenas 100 ml so excretados nas fezes. 1.AbsoroeSecreodeEletrlitosegua:absorve muitosdioeaddpeltricopromoveaabsorode cloreto.Oscomplexosjuncionaissomenos permeveis que no delgado, evitando retrodifuso de ons,devidoaaldosterona.Amucosasecreta bicarbonatoeabsorvecloretoparaneutralizarcidos daaobacteriana.AabsorodeNaeClriaum gradiente osmtico que absorve gua. 2.CapacidadeAbsortiva Mxima: 5a8Ldelquidos e eletrlitospordia.Osexcessosaparecemnasfezes como diarreia. a)AoBacteriananoClon:bactrias(bacilos)esto presentesnoclon,capazesdedigerirpequenas quantidadesdeceluloses,formamvitaminaK,B12, tiamina, riboflavina e gases. b)ComposiodasFezes:34degua,14ematria slida(bactrias mortas,gordura,matriainorgnica, protenas e restos indigeridos). A cor marrom devido a estercobilina eurobilina, derivadas da bierrubina. O odor causado por ao bacteriana. Caso 11 Fisiologia Captulo 26 1.FormaodaUrina:filtraoglomerular, reabsoroesecreotubular.Soreguladosde acordo com as necessidades corporais. Para a maioria dassubstancias,ataxadefiltraoereabsoroso bem maiores que a de secreo Tx de excreo urinria = Tx de filtrao (TFG) Taxa de Reabsoro + Tx de Secreo Ureia,creatinina,cidorico,uratos,drogase substnciasestranhassosecretadosepouco reabsorvidos(altataxadeexcreo).Eletrlitosso bem absorvidos e AA e glicose, completamente. Uma alta TFG permite que produtos indesejveis sejam eliminados (atravs da pouca absoro) e a filtrao de todos os lquidos corporais, controlando seu volume e composio. 2.Filtrao Glomerular:a)Composio do Filtrado Glomerular: A concentrao de substancias no filtrado glomerular e a da capsula de Bowmanamesmadoplasma,poisapenasas protenas(assimcomosubstanciastransportadas: metadedoclcioecidosgraxos)eelementos celulares no so filtrados. b)ATFGdeterminadapeloequilbriodasforas hidrostticasecoloidosmticasagindoatravsda membrana capilar e coeficiente de filtrao capilar (Kf, produtodapermeabilidadeereadesuperfciede filtraodoscapilares).20%doplasmaquefluipelos rins filtrado atravs dos capilares glomerulares. TFG = Kf x Presso Lquida de Filtrao (Pg-Pb-g+b) PressoLquida(10mmHg)asomadasforas hidrostticas e coloidosmticas que favorecem e ope a filtrao. composta por: Pg(60mmHg):pressohidrostticaglomerular (promove filtrao). Pb(18mmHg):pressohidrostticanacapsulade Bowman (se ope a filtrao). G(32mmHg):pressocoloidosmticadasprotenas plasmticas (se ope a filtrao). B (0mmHg): presso coloidosmtica das protenas da capsula de Bowman (promove filtrao). Frao de Filtrao = TFG/Fluxo plasmtico renal OKfamedidadoprodutodacondutividade hidrulicaedareadesuperfciedoscapilares glomerulares.O aumento no Kf eleva a TFG, e a diminuio, diminui aTFG.AlgumasdoenasdiminuemoKfpelareduo decapilares(rea)ouamentodaespessurada membranacapilar,comoahipertensocrnicae diabetes melitus, que levam a leso dos capilares. ApressohidrostticanacapsuladeBowman aumentadadiminuiaTFG.Doenascomocalculo renalobstruemasadadaurinaeaumentama presso na capsula de Bowman, reduzindo a TFG. Apressocoloidosmticacapilaraumentadareduza TFG. Quando o sangue passa da arterola aferente para aeferente,aconcetraodeprotenasaumentaem 20%(de22para36mmHg),aumentandoapresso coloidosmticacapilar.Aumentandoafiltrao, tambmeleva-seaconcentraodeprotenas, elevando a presso coloidosmtica glomerular. Apressohidrostticaglomerularaumentadaelevaa TFG. A presso hidrosttica glomerular determinada pelapressoarterial,pelaresistnciaarteriolar aferenteeeferente.Aconstricoarteriolaraferente diminuiaTFG,enquantoaconstricoeferente moderada eleva a TFG e a grave reduz. c)MembranaCapilarGlomerularbemmaisespessa queoutroscapilares,masmuitomiasporosa.Tem3 camadas:endotliocapilarfenestrado(cargasfixas negativasimpedempassagemdeprotenas), membranabasal(colgenoefibrilasproteoglicanas espaadasquepossuemcarganegativa) ecamadade clulasepiteliais(podcitosdescontnuos,separadas pelasfendasdefiltrao,quecontmrestries adicionaissprotenas),quejuntas,temcapacidade maiordefiltrao.Afiltrabilidadedossolutos inversamenteproporcionalaotamanho,portanto, seletiva.Grandesmolculasnegativassomenos filtradas que molculas positivas e neutras do mesmo tamanho. Em algumas doenas renais, as cargas negativas da me damebranabasalsoperdidas,causandonefropatia comalteraomnima,causandoproteinriaou albuminria. 3.FluxoSanguneoRenal:de1100mlporminuto (22%dodbitocardaco),paraquehajafiltrao glomerularpararegulaodosvolumesdoslquidos corporaiseconcentraodesolutos.Recebeduas vezes maisOqueocrebro etemfluxosanguneo 7 vezes maior, ou seja, h um excedente nas atividades metablicaseaextraoarteriovenosadeoxignio baixa.BoapartedoOconsumidoemrelaoa absoro ativa de Na+. obtido assim: (P artria renalP veia renal) Resistencia Vascular renal total OBS:aresistnciavascularrenaldevidoaartrias interlobulares,arterolasaferenteseeferentes. controladapeloSNsimptico,hormniose mecanismoslocais. Oaumentodaresistnciadiminui fluxo,eadiminuio,aumentaofluxo.Osrinstem capacidade de manter o fluxo sanguneo renal e a TFG relativamenteconstantes(entre80e170mmHg) devido a autorregulao. O fluxo sanguneo cortical muito maior que o meduar, queesupridopelosistemadecapilarperitubulr chamado vasa recta, paralela as alas de Henle. 4.ControleFisiolgicodaFiltraoGlomerulareFluxo Sanguneorenal:osdeterminantesdaTFGmais sujeitosacontrolesoapressohidrosttica glomerulareapressocoloidosmticacapilar glomerular,quesoinfluenciadaspeloSNsimptico, hormnioseautacoides(substanciasvasoativasque agem no local, liberadas pelos rins) e feedback. A ativao do SN Simptico diminui a TFG. Quase todos os vasos sanguneos renais tem terminaes nervosas doSNS,quefazemconstricodasarterolasrenais e diminuem o fluxo sanguneo renal e TFG. A estimulao leve ou moderada tem pouco efeito no fluxo sanguneo real e na TFG. Controle Hormonal e autacoide da circulao renal: a)Norepinefrinaeepinefrina:hormniosdamedula adrenalqueprovocamconstricodasarterolas aferentes e eferentes, reduzindo TFG e fluxo sanguneo renal. So acompanhadas pelo SNS. b)Endotelina: autacoide vasoconstrictor liberado pelas clulasendoteliaislesadasdorim.Contribuiparaa hemostasia e diminui a perda sangunea. c)Angiostensina II: hormnio circulante e autacoide, quecausaconstricodasarterolaseferentes, aumentandoapressohidrostticaglomerulare reduzindoofluxosanguneorenal.Aformao aumentadadeangiotensinaIIocorrepeladiminuio daPA,dietahipossdicaoudiminuiodavolemia, tendendoareduziraTFG.Aconstriodasarterolas eferentesreduzofluxosanguneorenal,reduzindoo fluxoparaoscapilaresperitubulares,aumentandoa reabsoro de Na e HO. Logo, a angiotensina ajuda a preservaraTFG,mantendoaexcreonormalde substancias,ajudandoarestaurapressoevolume sanguneos. d)xidoNtricoderivadodoendotliovascular:este autacoide diminui resistncia vascular real e aumenta aTFG.OnvelbasaldeNOimportantepara manutenodavasodilataodosrins,permitindo excreo normal de Na e HO e)Prostaglandinas(PGEePGI)ebradicininas: hormnioseautacoidesvasodilatadoreseque aumentamofluxosanguneorenaleaTFG, amenizandoefeitosvasoconstritoresrenaisdoSNSe da angiotensina II. 5.AutorregulaodaTFGeFluxoSanguneoRenal: feedbackrenalmantemfluxosnguineorenaleTFG constantes,mesmocomalteraodePA,conhecida comoautorregulao.Apricipalfunoda autorreulaorenalamanutenodeTFGeo controle da excreo renal de HO e solutos. Almdisso,humbalanoglomerulotubular,que aumentam a taxa de reabsoro quandoa TFG. Porm mesmocomosmecanismosdecontrole,alterao significativasnaPAprovocamaiorexcreorenalde HOeNa(diureseounatidiuresepressrica)para regulao do volum corporal. PapeldoFeedbackTubuloglomerularna autorregulao da TFG: o feedback relaciona mudana na concentrao de NaCl na mcula densa e o controle daresistnciaarteriolarrenal,permitindoassegurar fornecimentoconstantedeNaClaotbulodistal,a autorregulao do fluxo sanguneo renal e a TFG.Ofeedbacktemdoiscomponentes:ofeedback arteriolaraferenteeeferente.Elesdependemdo arranjoantomicodocomplexojustaglomerular,que consiste em clulas da mcula densa (grupo de clulas localizadas no tbulo distal que esto em contato com asarterolasaferenteseeferentes,secretando substanciasdirecionadasaelas)naporoinicialdo tbulodistaleclulasglomerularesnasparedesdas arterolas aferentes e eferentes. AdiminuiodaconcentraodeNaClnamcula densacausadilataodasarterolasaferentese aumento da liberao de renina. Drogasinibidorasdaenzimaconversorade angiotensina ou que bloqueiam a ao da angiotensina (antagoniastas)causamreduomaiorqueonormal da TFG, podendo causar insuficincia renal aguda, mas podeterefeitoteraputicoemtratamentode hipertenso. Autorregulaomiognicadofluxosanguneorenale TFG: O mecanismo miognico a capacidade dos vasos individuaisresistiremaoestiramentodurantea pressoarterial.Oestiramentoprovocaentradade onsclcionasclulas,promovendocontraodos msculoslisos.Issoevitahiperdistensoeprevine aumento excessivo no fluxo sanguneo renal e na TFG quando ocorre aumento da PA. Outros Fatores que aumentam o fluxo sanguneo renal eTFG:altaingestoproteicaeglicosesangunea aumentada.Aaltaingestoproteicaaumentao tamanhodosrinseaTFG,areabsorodeAAeNa juntos no tbulo proximal. Isso diminui o aporte de Na namculadensa,oquediminuiaresistnciada arterola aferente, elevando o fluxo sanguneo renal e a TFG. A TFG aumentada mantm a excreo normal de sdioeeliminaprodutosindesejveis.Aglicose aumentada,comonodiabetesmelitos,fazcomque sejaabsorvidaglicoseeNanotbuloproximal, diminuindo aporte de NaCl na mcula densa. Isso ativa ofeedbackquedilataasarterolasaferentese aumento do fluxo sanguneo e a TFG. O principal objetivo do feedback assegurar o aporte de NaCl ao tbulo dista, onde ocorre o processamento finaldaurina.Portanto,distrbiosqueaumentama reabsoro de NaClantes da mcula densa aumentam ofluxosanguneoeaTFG,normalizandooaportede NaCl para que taxas normais de excreo de Na e HO sejam mantidas. Captulo 27 Areabsorotubularseletivaequantitativamente grande.Afiltraoglomerular(noseletiva)ea reabsoro tubular (altamente seletiva) so superiores excreourinriadealgumassubstnicas(a diminuio na reabsoro poderia levar ao aumento da quantidadedeurina).Ataxadefiltraodecada substncia dada: Filtrao=TFG x Concentrao Plasmtica 1.AreabsoroTubularIncluiMecanismosPassivose Ativos:assubstanciasabsorvidasdevempassardas clulasepiteliaisparaointerstcioedepoispelas membranas dos capilares peritubulares. a)TransporteAtivo:movesolutocontragradiente eletroqumico e requer energia. O TA primrio o que acoplado diretamente a uma fonte de energia (como abombasdio-potssioATPase).OTAsecundrio acoplado indiretamente (transporte de glicose). A gua absorvida por osmose. b)Ossolutospodemsertransportadosatravsde clulas epiteliais (via transcelular) ou entre clulas (via paracelular), pelas junes oclusivas. c)TransporteAtivoPrimrioatravsdaMembrana TubularestligadoahidrlisedeATP:movesoluto contragradienteeletroqumico.Ostransportadores sosdio-potssi,hidrognio,hidrognio-potssioe clcio ATPase. Ex:reabsorodeonsNa+pelamembranatubular proximal: Na membrana basolateral, h sdio-potssio ATPasequemanda o Na+ da clula para o interstcio, enquanto o K+ faz o caminho inverso (dentro da clula ficacomcargade-70milivoltsemaisK+).Esse bombeamentobasolateraldesdiofavorecedifuso passiva de sdio atravs da membrana luminal, devido ao gradiente de concentrao e o potencial eltrico.No tbulo Proximal, h borda em escova na membrana luminalqueaumentaareadecontatoeprotenas transportadorasdesdioquepermitemaadifuso facilitadaparadentrodaclula(importantesparao transporte ativo secundrio de outra substnicias). Ocorre, ento a ultrafiltrao (reabsoro de Na, HO e outras substncias passiva do interstcio para o capilar porgradientedepressohisdrostticae coloidosmtica). d)TransporteAtivoSecundrioatravsdaMembrana Tubular: duas ou mais substancias interagem com uma protena especifica e so transportadas juntas atravs da membrana. No necessita diretamente de ATP, pois usadaumafontesimutaneaafavordogradiente eletroqumico. Ex: sdio e glicose. e)SecreoAtivaSecundrianosTbulos:envolveo contratransportecomosdio(aenergialiberada dissipativamenteutilizadaparamovimentaode outrasubstncianadireooposta).Ex: contratransporte de sdio-hidrognio. f)Pinocitose:transporteativoparareabsorode protenas,formaodevesculaefragmentaoem AA. g)TransporteMximoparaSubstnciasqueso reabsorvidasativamente:devidoasaturaodos sistemasdetransporteenvolvidosquandoa quantidadedesolutoliberadaparaotbulo(carga tubular)excedeacapacidadedasprotenas transportadoras e de enzimas especficas. Ex: glicose. h)Substnciasquesotransportadasativamentemas que no exibem um transporte mximo: As substancias absorvidas passivamente no demonstram transporte mximo,poisseutransportedeterminadopelo gradienteeletroqumico,pelapermeabilidadeda substancia a membrana e pelo tempo que a substancia permanecedentrodotbulo(transportegradiente-tempo).Porm, algumas substancias transportadas ativamente possuemcaractersticasdetransportegradiente-tempo. Ex: reabsoro de Na no tbulo proximal. Isso ocorre,poishumretrovazamentodaclulaparao lmenatravsdasjunes,devidoapermeabilidade dasjunesaderenteseforasfsicasintersticiaisque determinamaabsorodoultrafiltrado.Porm,nas poresmaisdistaisdonfron,asjunessobem mais estreitas, fazendo com queo sdio se comporte comoasoutrassubstncias.Aaldosteronapode interferir nessa capacidade mxima. j)AreabsoroPassivadeguaporOsmoseest acoplada principalmente a reabsoro de sdio. Ocorre atravs das junes oclusivas. Ela pode trazer consigo alguns solutos (arrasto de solvente). O ADH aumenta a permeabilidade de gua nos tbulos distais e coletores. No tbulo prxima, a permeabilidade agua elevada. NoramoascendentedaaladeHenle,a permeabilidadebaixa,apesardograndegradiente osmtico.Nasporesmaisdistais,podeseraltaou baixa, dependendo do ADH. k)ReabsorodeCloreto,Ureiaeoutrossolutospor difusopassiva:Ocloretoreabsorvidoatravsda clulaepitelialtubularjuntoaosdiodevidoao potencialeltrico(absoropassivaporvia paracelular). Alm disso, h aumento da concentrao luminal de Cl-, o que leva a reabsoro passiva. Podem sertambmtransportadosportransporteativo secundrio(cotransporte de cloreto e sdio atravs da membrana luminal). Auriareabsorvidapassivamentepeloaumentoda concentraoluminal.Aabsoronotogrande comoadeHO,sendofacilitadaportransportadores deuriaespecficos.Apenasmetadedaureia reabsorvida, o restante sai na urinaOBS: praticamente toda a creatinina excretada na urina. ReabsoroesecreoaoLongodePores Diferentes do Nfron: 1.Reabsoro Tubular Proximal: 65% de Na+, Cl- e HO so reabsorvidos pelo tbulo proximal. a)Tbulosproximaistmcapacidadeelevadapara reabsoroativaepassiva:suasclulastem metabolismo elevado e muitas mitocondrias, borda em escova,labirintosemcanaisintercelularesebasais. Existemmuitasprotenascarreadoras,ondeh cotransportedesdio,glicoseeAA.Orestantedo sdioabsorvidoporcontratransportedesdioe hidrognio (importante na remoo de on bicarbonato dotbulo).Abombasdio-potssioATPasefornece fora princial para reabsoro de sdio, cloreto e gua. Mas na primeira metade do tbulo , h o cotransporte e na segunda metade, menos glise e AA so absorvidos, pois a concentrao de cloreto est elevada (devido a preferencia por glicose e AA), o que favorece a difuso. b)ConcentraesdeSolutosaolongodotbulo proximal:AconcentraodeNa+permanece constante, mesmo sua quantidade diminuindo.Glicose, AAebicarbonatotemsuaconcentraodiminuda.A creatininaaumentadeconcentrao.Aconcentrao totaldesoluto,refletidapelaosmolaridade, permanece praticamente a mesma ao longo do tbulo prxima, em funo da permeabilidade a gua alta. c)SecreodecidoseBasesOrgnicospeloTbulo Proximal:saisbiliares,oxalato,uratoecatecolaminas (produtosfinaisdemetabolismo)sorapidamente eliminadasdocorpo.Almdisse,sosecretados frmacos,toxinasdanosasePAH(cido paraminoiprico). 2.Transporte de Soluto e de gua na Ala de Henle: A ala de Henle composta pelo segmento descendente fino, ascendente fino (membranas epiteliais finas sem bordadeescova,poucasmitocondiasenvel metablico baixo) e ascendente espesso.Adescendentealtamentepermevelaguae moderadamenteamaioriadossolutos(ureia,sdio). Ele permite a difuso simples de substncias atravs de suasparedes.Oascendentequasetotalmente impermevel a gua.O ramo espesso tem alta atividade metablica, capaz deabsorverativamentesdio,cloretoepotssio (bombasdio-potssioATPase),almdeoutrosons, comoclcio,bicarbonatoemagnsio.Abaixa concentrao intracelular de sdiofornece o gradiente deconcentraoparaentradadelenaclula.Naala ascendente espessa, a movimentao de Na atravs da membranaluminalmediadapelocotrasportador1-sdio,2-cloreto,1-potssio(cotransportedesdioe potssio).nessapartedotbuloqueagemos diurticosdealafurosemida,cidoetacrnicoe bumetanida. H tambm uma absoro alta de Mg, Ca, NaeKporviaparacelular.Humpequeno retrovazamento de K para o lmen criando uma carga positiva no lumn, que faz a difuso de Mg e Ca para o espaoparacelulardolquidointersticial.Almdisso, hummecanismodecontratransportedesdio-hidrognio.Essesegmentopraticamente impermevelagua,oquepossibilitaocontroleda concentrao da urina. 3. Tbulo Distal: a sua primeira parte forma o complexo justaglomerularquecontrolaporfeedbackaTFGeo fluxo sanguneo. A poro seguinte reabsorve ons, mas quaseimpermevelaguaeuria(segmentode diluio, pois dilui o lquido tubular). H o cotransporte desdio-cloretodolmenparaa clula.Umabomba sdio-potssiotransfereosdioparaointerstcioao passo que o Clse difunde atravs ddos canais de cloreto para a membrana basolateral. Os diurticos de tiazida sotratamentodehipertenso,inibindoo cotransportador de sdio-cloreto. 4.TbuloDistalFinaleTbuloColetorCortical:so compostos de clulas principais e clulas intercaladas. Asclulasprincipais:reabsorvemsdioeguado lmen e secretam ons potssio (bomba sdio-potssio ATPase).Hmanutenodebaixaconcentraode sdiointracelular,portantofornecimentodadifuso desdioporcanaisespeciais.Opotssioentrana clula pela bomba e secretado para o lmen a favor do gradiente de concentrao. As clulas principais so locais de ao primrios dos diurticos poupadores de potssio.Elesagembloqueandoocanaldesdio (amiloridaetriamtereno)oucomoantagonistasdo aldosterona,competindo com receptores (eplerenona e espironolactona). ClulasIntercaladas:reabsorvemonspotssioe bicarbonato e secretam ons hidrognio para dentro do lmen(hidrognio-ATPase).Hformaodecido carbnico,quedissociadoformahidrognioe bicarbonato. CaractersticasFuncionais:membranasquasetotais impermeveisaureia;reabsorodesdio (aldosterona),secreodepotssio(aldosterona, concentrao),clulasintercaladasatravsda secreoativasecundriasecretamhidrognio (hidrognio-ATPase,regulaodoequilbriocido-base);permeabilidadeaguacontroladapeloADH (vasopressina),ouseja,quandohADH,so permeveis a gua, quando no h, so impermeveis. 5.DutoColetorMedular:reabsorvem10%deguae sdio,processamentofinaldaurina(quantidadede sada de gua e solutos). As clulas so cuboides lisas. ApermeabilidadedeguadependedoADH. permevelaureia(elevaaosmolaridade,regulaa concentraodaurina).SecretaonsH+(equilbrio cido base. 6.Resumo das Concentraos de diferente solutos nos diferentessegmentostubulares:oquedeterminaa concentrao a taxa de absoro do soluto e de gua. Substnciasnonecessriassoexcretadas,as necessrias so altamente reabsorvidas. A inulina, polissacardeo utilizado para medir a TFGno absorvidaousecretadapelostbulosrenais. Alteraoesnaconcentraodeinulinarefletem mudanas na quantidade de gua. RegulaodaReabsoroTubular:controlenervoso, hormonal e local. A reabsoro de alguns solutos pode ser regulada independentemente de outros. 1.EquilbrioGlomerulotubular:AHabilidadedos TbulosemAumentaraTaxadeReabsoroem RespostaCargaTubular Aumentada(influxo tubular aumentado).Podeocorrerindependentementede hormniosepodeserdemonstradoisoladamente.A importncia que evita-se a sobrecarga dos segmentos tubularesdistaisquandoaTFGaumenta.Atuacomo segunda linha dedefesa para amortizar alteraesna TFG sobre o dbito urinrio (a primeira o feedback). 2.ForasFsicasdoLquidoCapilarPeritubulare IntersticialRenal:forashidrostticase coloidosmticascontrolamataxadereabsoroao longo dos capilares peritubulares da mesma forma que controlamafiltraonoglomrulo.Alteraesna reabsoropodeminfluenciarnaspresses hidrostticasecoloidosmticasdointerstcio,na reabsoro de gua e solutos. a)ValoresNormaisparaasForasFsicaseTaxade Reabsoro: 99%da gua ea maioria dos solutos so reabsorvidos.Ataxanormaldereabsorode 124mL/min.Reabsoro = Kf x Fora Lquida de Reabsoro AForalquidadeReabsoroasomadasforas hidrostticasecoloidosmticasquepodemfavorecer ou se opor a reabsoro nos capilares peritubulares. Pc(13mmHg):pressohidrostticadentrodos capilares peritubular (se ope). Pif (6 mmHg): presso hidrosttica no interstcio renal (favorece reabsoro). C(32mmHg):Pressocoloidosmticadasprotenas plasmticasnoscapilaresperitubulares(favorecea reabsoro). If(15mmHg):Pressocoloidosmticadasprotenas no interstcio renal (se ope). a)RegulaodasForasFsicasdosCapilares Peritubulares:Apressohidrostticadoscapilares peritubularesinfluenciadapelaPAepelas resistncias das arterolas aferentes e eferentes. Oaumentodapressocoloidosmticadoplasma aumentaareabsorodoscapilaresperitubulares. determinadapelapressocoloidosmticasistmicae pela frao de filtrao (quanto maior, maior a frao do plasma filtrada pelo glomrulo e mais concentrada aprotenaqueficanoplasmadocapilaremaiora reabsoro).Afraodefiltraodeterminadapela TFG/fluxo plasmtico renal, portanto pode ocorrer por uma alta da TFG ou uma baixa do fluxo. OBS: aumentado o Kf, aumenta a reabsoro. b)PressesHidrostticaseColoidosmticas IntersticiaisRenais:asforasqueaumentama reabsorodoscapilaresperitubularestamm aumentamaabsorodostbulosrenais.Alteraes hemodinmicas que inibem a reabsoro dos capilares peritubulares tambm inibem a reabsoro tubular de gua e solutos.3.EfeitodapressoArterialsobreoDbitoUrinrio: MecanismosdeNatiuresePressricaeDiurese Pressrica:fenmenosqueaumentamaexcreo urinria de gua e sdio devido ao aumento da PA. O discreto aumento da TFG que realmente contribui para oefeitodaPAaumentadasobreodbitourinrio.O segundoefeitodaPAaumentadaqueeladiminuia reabsoropoishdiscretoaumentonapresso hidrosttica capilar peritubular e no lquido intersticial. Almdisso,hamenorformaodeangiostensinaII (queaumentaareabsorodesdiopelostbulose tambmestimulaasecreodealdosterona,que aumenta ainda mais a reabsoro de sdio). 4.Controle Hormonal de Reabsoro Tubular: a)Aldosterona: secretadas pelo crtex daadranal tem local de ao no tbulo e ducto coletores. Aumenta a reabsorodeNaCl(sdio-potssioATPasena membranabasolateralepermeabilidadedesdiona membrana luminal) e HO e aumenta a excreo de K+. b)ADH (hormnio antidiurtico): atua no tbulo distal, coletor e ducto coletor reabsorvendo gua, ajudando a prevenirdesidratao.Temimportncianadiluioe concentraodaurina.OADHseligaareceptoresV especfico0s, aumentando a formao de AMP cclico e a ativao de quinases. Isso estimula o movimento das aquaporina-2 (AQP-2) para a membrana luminal onde sefundemeformamcanaisparadifusodegua rpida.AsAQP3e4estonasmembranas basolaterais.QuandohdepleodeADH,asAQP-2 retornam ao citoplasma. c)AngiostensinaII:atuanotbuloproximal,poro ascendenteespessadaaladeHenle,tbulodistale tbulocoletoraumentandoareabsorodeNaCl (hormnioderetensodesdiomaisimportante)e HO e a secreo de H+. A agiostensina formada por umapressosanguneaouvolemiabaixas,auxiliando no retorno da presso sangunea e volemia normais. A angiostensinaIIestimulaasecreodealdosterona, contrai a arterolas eferenteseestimula a reabsoro desdio(sdio-potssio-ATPasenamembrana basolateraletrocasdio-hidrognionamembrana luminal). d)PeptdeoNatiurticoAtrialdiminuia reabsorode sdioegua.Atuamnostbulosdistaetbulose ductos coletores. e)PTH: aumenta a reabsoro de clcio e diminui a de fostato.. 5.OSNSaumentaareabsorodesdioediminuia excreo: contraindoasarterolasrenais,reduzindo a TFG..Almdisso,aumentaaliberaodereninae angiostensina II. Captulo 28 RegulaodaOsmolaridadeedaConcentraode SdiodoLquidoExtracelular:asclulas,para funcionarembem,precisamestarnumlquido extracelular que tenha uma concentrao constante de eletrlitosesolutos.Aconcentraodesdioea osmolaridade so reguladas pela quantidade de gua, quecontroladapelaingestodelquidoeexcreo renal. 1.Os rins excretam o excesso de gua pela produo de urina diluda.a)OADH(vasopressina)controlaaconcentrao urinria:ocorreumprocessodefeedback.Quandoa osmolaridadedoslquidoscorpreosseeleva,a neurohipfisesecretamaisADH,aumentandoa permeabilidade dos tbulos distais e dutos coletores gua,aumentandoareabsoroediminuindoo volumeurinrio.Quandohexcessoegua,ouseja, diminuiodaosmolaridade,hmenorsecreode ADHdiminuindoareabsoroedeixandoaurina diluda. b)MecanismosRenaisparaExcreodaUrina Diluda: aquantidadedesolutoexcretadapermanece constante,apesardaurinaformadaserbastante diluda.Olquidotubularpermaneceisosmticono tbulo proximal, diludo no ramo ascendente da ala deHenle(impermevelagua,mesmocomADH), aindamaisdiludonostbulosdistaisecoletoresna ausnciadoADH(reabsoroadicionaldesdioe cloreto) 2.Osrinsconservamguaexcretandourina concentrada:aosmolaridademximade 1200mOsm/L(cincovezesaosmolaridadedo plasma).OvolumeUrinrioObrigatriopreditopela capacidademximadeconcentraodaurinapara eliminao de resduos metablicos e ons (0,5L por dia numapessoade70kg).Essaperdacontribuiparaa desidratao quando no hdisponibilidade de gua. a)Requerimentosparaaexcreodeumaurina concentrada nveis elevados de ADH e medula renal hiperosmtica(produzgradiente osmticonecessrio para reabsoro de gua na presena de altos nveis de ADH, retornando a circulao atravs da vasa recta). O lquidointersticialdamedularenalsetorna hiperosmtico pelo mecanismo de contracorrente, que depende da disposio anatmica peculiar das alas de Henleedosvasarecta(capilaresperitubulares especializados na medula renal). b) O mecanismo de contracorrente gera um interstcio medularrenalhiperosmtico,devidoentradade sdio, cotransporte de outros ons do ramo ascendente espesso da ala de Henle, transporte ativo de ons dos ductoscoletores,difusofacilitadadegrande quantidade de ureia dos ductos coletores e difuso de pequenaquantidadedeguadostbulosparao interstcio. Caractersticas especiais da ala de Henle que mantm solutosnamedularenal.Acausamaisimportanteda altaosmolaridademedularocotransporte1Na-2K-2Clatravsdoramoascendenteespessodaalade Henle.HarecirculaodeCleK,deixandoolmen positivo, o que faz o Na se mover pela via paracelular. Oramoascendenteespessoquaseimpermevela gua,ossolutosnosoacompanhadospelofluxo osmtico,quesefazpelotransporteativo.Oramo descendentebempermevelagua,fazendocom que haja isosmolaridade. Geraodeuminterstciomedularrenal hiperosmtico: o processo retm solutos na medula e multiplicaogradientedeconcentraoestabelecido pelobombeamentoativoparaforadoramo ascendenteespessodaaladeHenle,elevandoa osmolaridade do lquido intersticial para 1.200 a 1400 mOsm/L.Areabsororepetidadecloretodesdio peloramoascendenteespessodaaladeHenleeo influcocontnuodenovocloretodesdiodotbulo proximalparaaladeHenlesochamadosde multiplicador de contracorrente. c)OpapeldoTbuloDistaledosDuctosColetoresna Excreo de Urina Concentrada: no tbulo contorcido distal,olquidosofrediluio,poishabsoroativa de NaCl e impermevel a HO na ausncia de ADH.O fatodagrandequantidadedeguaserabsorvidano crtexenonamedulaconservaaosmolaridadedo interstcio.Quandochega-seaosductoscoletores medulares, h reabsoro hdrica adicional.Ureiacontribuiparaointerstciomedularrenal hiperosmticoem50%eparaaformaodeurina concentrada:reabsorvidapassivamentepelos transportadores de uria (UT-AI), ativado pelo ADH. A recirculaodaureiadoductocoletorparaaalade henlecontribuiparaahiperosmolaridadedamedula renal. A taxa de concentrao da ureia determinada pela concentrao plasmtica e pela TFG. Casos 12 e 13 Fisiologia Captulo 9: O msculo cardaco; o corao como uma bomba e a funo das valvas cardacas: Ciclo Cardaco: o conjunto de eventos que ocorre do iniciodeumbatimentoatoiniciodoprximo. iniciado pela gerao espontnea de potencial de ao donodosinusal,naparededoAD.Opotencialse difundecomretardode0,1sparaosventrculos, dizendoassimqueostriosagemcomobombade escorva para os ventrculos, principal fonte de fora. Distole o relaxamento e sstole a contrao.1.Ostriosfuncionamcomobombasdeescorvapois 80% do sanguepassa para o ventrculo mesmo sem a distole,ouseja,asstolefuncionacomobombade escorvaparamelhoraraeficciasoaventrculosem 20%.Quandoostriosdeixamdefuncionar, dificilmente a diferena ser notada, a no ser durante o exerccio. 2.Os ventrculos funcionamcomo bombas: operodo deenchimentorpidosedno1terodadiastole peladiferenadepressoapsasstoleatrial.No2 tero, uma quantidade adicional chega aos ventrculos. No 3 tero, o trio se contrai, impulsionando os 20% de sangue. 3.Esvaziamento Ventricular Durante a Sstole: a)PerododeContraoIsovolumtrica:cominicioda contraoventricular,apressosobedemodo abrupto, fazendo com que as valvas A-V sefechem. necessrio0,02sparaqueasvalvassemilunaresse abram. Esse perodo o de contrao isovolumtrica. b)PerododeEjeo:quandoapressodointerior aumenta,osanguecomeaaserlanado,70%no1 tero (perodo de ejeo) e 30% nos outros (perodo de ejeo lenta). c)PerododeRelaxamentoIsovolumtrico:aofinalda sstole,orelaxamentoventricularcomeademodo repentino,fazendocomqueaspresses intraventricularesdireitaeesquerdadiminuam rapidamente,fechandoasvalvas.Durante0,03so musculoventricularcontinuaarelaxar,mesmoqueo volumenosealtera,gerandooperodode relaxamento isovolumtrico. d)Volume Diastlico e Sistlico Final e Dbito Sistlico: durante a distole, o enchimento normal de 110 ml (volume diastlico final). Na sstole, o volumediminui por 70 ml (dbito sistlico). A quantidade restante (40 ml) o volume sistlico final. A frao do volume final diastlico (de ejeo) que impulsionada geralmente de 60%. 4.Funcionamento das Valvas: a)ValvasAtrioventriculares:tricspideemitral evitam orefluxodosanguedosventrculosparaostrios duranteasstole(somaisfinasemembranosas).As semilunares(maispesadas)impedemoretornodo sanguedaaortaedasartriaspulmonaresparaos ventrculosduranteadistole.Elasseabrem (gradiente de presso para diante) e fecham (gradiente de presso retrgada) passivamente. b)FunodosMsculosPapilares:estoligadosaos folhetosdasvalvasA-Vpelascordastendneas.Eles contraemcomasparedesdosventrculos,masno ajudamasvalvasasefecharemesimevitaquese abalem. c)ValvasdasArtriasPulmonareAortica:tem fechamentorepentino,velocidadedeejeomaiore maisincidnciadeabraso.Socontidaspelas cordaolhas tendineas. 5.Curva da Presso Aortica: a presso sistlica de 120 mmHg.Ocorreumaincisuranomomentoemquea valva aortica se fecha, causada pelo breveperodo de fluxosanguneoretrgado,imediatamenteantesdo fechamentovalvar,seguidoporcessaoabruptado pluco. A presso diastlica 80 mmHg. 6.RelaoentreSonsCardiacoseBombeamento Cardiaco:quandoosfolhetosvalvaressefecham,os lquidosqueabanhamvibram,originandosons.O primeirosomcardacoofechamentodavalvaA-V. Quandoavalvaarticaepulmonarsefechamo segundo som cardaco. 7.ProduodeTrabalhoPeloCorao:otrabalho sistoloico do corao a quantidade de energia que o corao converte em trabalho a cada batimento. Existe o trabalho sistlico-minuto. Aproduocardacadetrabalhotemdois componentes: a)1(consomemaisenergia):Propelirsanguevenoso debaixapressoparaarterial,dealta(trabalho volume-presso ou externo). b)2: Acelera o sangue at velocidade de ejeo pelas valvas articas e pulmonar (energia cintica no fluxo). OBS: a produo de trabalho externo pelo VD 6 vezes menor que o VE. 8.Bombeamento Ventricular (VE): Diagrama Volume-Presso durante o ciclo cardaco: O Trabalho Cardaco: a)Fase I:Periodo de Enchimento: P: 0mmHg > 5 mmHg V: 45 mmHg > 115 mmHg b)Fase II: Perodo de Contrao Isovolumetrica: P: 5mmHg > 80mmHg. c)FaseIII:PerododeEjeo:aumentodepressoe diminuio do volume d)Fase IV: Perodo de Relaxamento Isovolumetrico: Retorno aos valores iniciais. OBS:Pr-carga:pressodiastlicafinalquandoo ventrculoestcheio.Ps-carga:pressonaartria aps a sada do ventrculo. 9.EnergiaQumicaNecessriaparaacontrao cardaca:ousodoOpelocorao,dometabolismo oxidativo de cidos graxos e outros nutrientes (lactato e glicose). A eficincia de contrao cardaca mxima de 25% ( o resto vira calor). Regulao do Bombeamento Cardaco: 1.Regulao Intrnseca do Bombeamento Cardaco O mecanismo de Frank-Starling: a quantidade de sangue bombeada pelo corao a cada minuto determinada peloretornovenoso.Essemecanismoafirmaque quantomaisomiocrdiofordistendidodurante enchimento, maior ser a fora de contrao ou maior seraquantidadedesanguebombeada(dentrodos limitesfisiolgicos, o coraobombeiatodoosangue que a ele retorna pelas veias). OBS:amedidaqueaPAaumentaemqualquerdos ladosdocorao,otrabalhosistlicodessemesmo ladotambmaumentaatalcanarolimitede capacidade de bombeamento ventricular. 2.ControledoCoraopelaInervaoSimpticae Parassimptica: ocorre atravs dos nervos simpticos e parassimpticos(vagais).ODCpodeaumentar100% ou diminuir at quase 0. 3.Efeito dos ons K+ e Ca+ no funcionamento cardaco: o excesso de K+ no liquido extracelular faz com que o coraodilateefiqueflcido,diminuindoos batimentoscardacos,poisdiminuiopotencialde repousodasfibrasmiocrdicas,podendoserletais. O excessodeCa+induzcontraesespasmticaseo dficit, flacidez. 4.EfeitodaTemperatura:aumentodafrequncia cardaca,quandohfebre,ediminuioquandoh hipotermia. 5.O aumento da PA at certo limite no reduz o DC. Captulo14VisoGeraldaCirculao,Fsica Mdica da Presso, Fluxo e Resistncia: Afunodacirculaosuprirasnecessidadesdos tecidos.A intensidade do fluxo controlada de acordo comasnecessidadesnutricionais.Ocoraoea circulaosocontroladosparaproduzirdbito cardaco e presso arterial necessria. Caractersticas Fsicas da Circulao A circulao dividida em sistmica (grande circulao ou perifrica) e pulmonar (pequena circulao). Asartriastransportamsanguesobaltapressoe velocidadeparaostecidos,poistemfortesparedes vasculares. As arterolas so condutos de controle que podemcontrairourelaxar,alterandoofluxo sanguneo. Os capilares fazem as trocas entre sangue e lquidointersticial.Vnulascoletamosanguedos capilares,formandoveiasquelevamdevoltaparao corao.Asparedesdasveiassomaisfinas,poisa pressomaisbaixa,massosuficientemente muscularesparacontraremeexpandirem,agindo como reservatrio controlvel. Volumes:Sistmica:84%(64%nasveias,13%nas artrias, 7% nas arterolas e capilares), Pulmonar:16%, Corao: 7%. reasdeSecoTransversalevelocidadesdofluxo sanguneo: so inversamente proporcionais. O sangue permanecenoscapilaresde1a3segundos,quando ocorre a difuso. As veias tem maior seco transversal que as artrias, o que explia o armazenamento venoso. Presses nas Diversas Partes da Circulao: -Sistlica: 120 mmHg -Diastlica: 80 mmHg Circulao Sistmica: A presso na aorta de 100 e o sangue chega pelas veias cavas com presso quase 0. A presso capilar funcional de 17. Acirculaopulmonartemvaloresbemmenoresde presso,paraexporosangueaoscapilares pulmonares. A presso capilar de apenas 7. Teoria Bsica da Funo Respiratria: 1.A intensidade ou velocidade do fluxo sanguneo para cadatecidocorporalquasesemprecontroladade acordo com as necessidades. 2.O dbito cardaco controlado, principalmente pela soma de todos os fluxos teciduais locais. 3.Emgeral,apressoarterialcontroladademodo independentedofluxosanguneolocaloudbito cardaco. Isso se d pelo sistema de controle da presso sanguneaarterial.Seelacaimuito,sinaisnervosos aumentamaforadebombeamentocardaco, constringemgrandesreservatriosvenososedar arterolas,paraquemaissangueseacumulenas grandesartrias,aumentandoapresso.Almdisso, h a participao dos hormnios renais. Inter-relaes entre presso fluxo e resistncia: Lei de Ohm: Ofluxodependedadiferenadepressoeda resistncia vascular. Fluxo sanguneo a quantidade de fluidoquepassapordeterminadopontonumcerto intervalo de tempo. O fluxo total na circulao de um adultoemrepousode5000mlporminuto(dbito cardaco=quantidadedesanguebombeadopelo coraoparaaaortaacadaminuto).medidapelo fluxometro(fluxometroeletromagntico,fluxometro doppler utrassonico,Fluxo Laminar do Sangue nos Vasos: quando o sangue fluideformaestvel,seorganizandoemlinhasde corrente,comcama