resumão de biologia

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Biologia Prof. Luciano e Tati 1 INTRODUÇÃO À BIOLOGIA 1. ORIGEM DA VIDA a) Teoria da Criação Especial (Criacionismo ou Fixismo) teoria que atribuiu o surgimento da vida na Terra a um ser onipotente, sobrenatural. Os defensores dessa teoria não admitem a evolução. b) Teoria da Panspermia Cósmica (Cosmogênese) a vida poderia ter surgido em outro planeta, e através de uma grande explosão milhares de partículas teriam viajado pelo vácuo espacial e teriam caído “esporos” no solo fértil da Terra e assim surgido a vida. c) Teoria da Abiogênese (Geração Espontânea) teoria desenvolvida a mais de 2000 anos onde um princípio ativo teria dado origem à vida. Principais Defensores: Não Vivo Vivo Van Helmont Jonh Needham d) Teoria da Biogênese a vida só pode ser originada de outra pré- existente e semelhante. Principais Defensores: Vivo Vivo Francesco Redi Lazzaro Spalllanzani Louis Pasteur e) Teoria da Evolução Química inorgânico orgânico biológico Defensores: Oparin e Haldane (1927) - A vida na Terra teria se originado da matéria inorgânica, numa forma lenta e ocasional. Havia uma atmosfera primitiva constituída basicamente de: metano (CH4) - amônia (NH3) - hidrogênio (H2) - vapor d’água (H2O) * Hipótese Heterotrófica segundo Oparin os primeiros seres vivos eram heterotróficos pelas seguintes razões: seres muito simples, não apresentando o complexo mecanismo de um organismo fotossintetizante. Estavam imersos num “caldo nutritivo” onde poderiam retirar todos os seus nutrientes para o seu metabolismo. * Hipótese Quimiolitoautotrófica - defende que os seres vivos primordiais eram autótrofos, ou seja, eram capazes de fabricar seu próprio alimento. Os cientistas defendem essa teoria com o argumento que na Terra primitiva não havia alimento para todos os seres habitantes e que sustentasse o aumento da população até o aparecimento da fotossíntese. Porém, a produção do próprio alimento era bem diferente da fotossíntese atual. Eles não utilizavam água, gás carbônico e luz solar como produtos da reação. Equação da fotossíntese: 12 H2O + 6 CO2 + LUZ -> C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O A energia utilizada no processo era proveniente das reações químicas que aconteciam entre as moléculas inorgânicas da crosta terrestre. Os reagentes que eram utilizados eram formados provavelmente por ferro e enxofre, que eram muito abundantes na Terra primitiva. FeS + H2S -> FeS2 + H2 + Energia Sulfeto de ferro + gás sulfídrico -> dissulfeto de ferro + gás hidrogênio + Energia A partir desses organismos passou a surgir outros seres com capacidade de realizar fermentação, fotossíntese e finalmente, organismos que respiravam oxigênio. Cientistas descobriram um grupo de bactérias com características muito primitivas, que obtêm energia de um modo muito semelhante com o que foi descrito acima: elas utilizam sulfeto de ferro e gás sulfídrico como reagentes e obtêm dissulfeto de ferro, gás hidrogênio e energia como produtos. Essas bactérias são chamadas de quimiolitoautotróficas e vivem próximas à vulcões e em fontes de água quente, situação muito parecida com as condições da Terra primitiva. Por isso, os cientistas acreditam que os primeiros seres vivos eram quimiolitoautotróficos. 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS * ORGANIZAÇÃO CELULAR com exceção dos vírus, que são desprovidos de uma organização celular, todos os demais seres vivos são formados por células. * COMPOSIÇÃO QUÍMICA os seres vivos são formados por substâncias químicas semelhantes, que podem ser orgânicas e inorgânicas, em proporções variáveis. * REPRODUÇÃO capacidade de originar descendentes, com características semelhantes. * CRESCIMENTO acréscimo em tamanho, devido ao aumento em número e tamanho das células. * DESENVOLVIMENTO seqüência de eventos que tornam a estrutura dos seres vivos mais complexa. * METABOLISMO conjunto de processos químicos responsáveis pela transformação e utilização de matéria e energia pelo organismo. O metabolismo pode ser dividido em dois processos. anabolismo: síntese de substâncias utilizadas para o crescimento do organismo e recuperação de suas perdas. catabolismo: degradação de substâncias, com liberação da energia necessária as funções orgânicas. * EVOLUÇÃO processo de modificações por que passam os seres vivos ao longo do tempo. As modificações favoráveis à adaptação do ser vivo ao ambiente são selecionadas e mantidas ao longo das gerações (seleção natural). * RESPOSTAS A ESTÍMULOS AMBIENTAIS capacidade de detectar estímulos ambientais e de reagir a eles, permitindo a sobrevivência e a reprodução dos seres vivos. * HOMEOSTASE capacidade do organismo de manter em equilíbrio seu meio interno CITOLOGIA 1 - HISTÓRICO 1590 Microscópio (Zacharias Janssen) 1665 Conceito de célula (Robert Hooke) Imagem da cortiça observada por Hooke 1673 Observação das primeiras células animais (Leeuwenhoeck) 1833 Descoberta do núcleo celular (R. Brown) 1838-1839 - Teoria Celular (Schleiden e Schwann) “Todos os seres vivos são formados por células” 1858 Rudof Virchow “Toda célula tem sua origem em outra preexistente” Célula unidade morfofisiológica e genética dos seres vivos 2 - CLASSIFICAÇÃO CELULAR a) Quanto ao ciclo vital (Bizzozero) lábeis, estáveis e permanentes. b) Quanto á estrutura Procariontes e eucariontes - (VÍRUS são acelulares!!)

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Page 1: Resumão de biologia

Biologia Prof. Luciano e Tati 1

IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ÀÀ BBIIOOLLOOGGIIAA

11.. OORRIIGGEEMM DDAA VVIIDDAA

a) Teoria da Criação Especial (Criacionismo ou Fixismo) – teoria que atribuiu o surgimento da vida na Terra a um ser onipotente, sobrenatural. Os defensores dessa teoria não admitem a evolução.

b) Teoria da Panspermia Cósmica (Cosmogênese) – a vida poderia ter surgido em outro planeta, e através de uma grande explosão milhares de partículas teriam viajado pelo vácuo espacial e teriam caído “esporos” no solo fértil da Terra e assim surgido a vida.

c) Teoria da Abiogênese (Geração Espontânea) – teoria desenvolvida a mais de 2000 anos onde um princípio ativo teria dado origem à vida.

Principais Defensores:

Não Vivo Vivo Van Helmont

Jonh Needham

d) Teoria da Biogênese – a vida só pode ser originada de outra pré-existente e semelhante.

Principais Defensores:

Vivo Vivo Francesco Redi

Lazzaro Spalllanzani

Louis Pasteur

e) Teoria da Evolução Química

inorgânico orgânico biológico

Defensores: Oparin e Haldane (1927) - A vida na Terra teria se originado da matéria inorgânica, numa forma lenta e ocasional. Havia uma atmosfera primitiva constituída basicamente de: metano (CH4) - amônia (NH3) - hidrogênio (H2) - vapor d’água (H2O)

* Hipótese Heterotrófica – segundo Oparin os primeiros seres vivos eram heterotróficos pelas seguintes razões: seres muito simples, não apresentando o complexo mecanismo de um organismo fotossintetizante. Estavam imersos num “caldo nutritivo” onde poderiam retirar todos os seus nutrientes para o seu metabolismo.

* Hipótese Quimiolitoautotrófica - defende que os seres vivos primordiais eram autótrofos, ou seja, eram capazes de fabricar seu próprio alimento. Os cientistas defendem essa teoria com o argumento que na Terra primitiva não havia alimento para todos os seres habitantes e que sustentasse o aumento da população até o aparecimento da fotossíntese.

Porém, a produção do próprio alimento era bem diferente da fotossíntese atual. Eles não utilizavam água, gás carbônico e luz solar como produtos da reação. Equação da fotossíntese:

12 H2O + 6 CO2 + LUZ -> C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O

A energia utilizada no processo era proveniente das reações químicas que aconteciam entre as moléculas inorgânicas da crosta terrestre. Os reagentes que eram utilizados eram formados provavelmente por ferro e enxofre, que eram muito abundantes na Terra primitiva.

FeS + H2S -> FeS2 + H2 + Energia Sulfeto de ferro + gás sulfídrico -> dissulfeto de ferro + gás hidrogênio +

Energia

A partir desses organismos passou a surgir outros seres com capacidade de realizar fermentação, fotossíntese e finalmente, organismos que respiravam oxigênio.

Cientistas descobriram um grupo de bactérias com características muito primitivas, que obtêm energia de um modo muito semelhante com o que foi descrito acima: elas utilizam sulfeto de ferro e gás sulfídrico como reagentes e obtêm dissulfeto de ferro, gás hidrogênio e energia como produtos. Essas bactérias são chamadas de quimiolitoautotróficas e vivem próximas à vulcões e em fontes de água quente, situação muito parecida com as condições da Terra primitiva. Por isso, os cientistas acreditam que os primeiros seres vivos eram quimiolitoautotróficos.

22.. CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS GGEERRAAIISS DDOOSS SSEERREESS VVIIVVOOSS

* ORGANIZAÇÃO CELULAR – com exceção dos vírus, que são desprovidos de uma organização celular, todos os demais seres vivos são formados por células.

* COMPOSIÇÃO QUÍMICA – os seres vivos são formados por substâncias químicas semelhantes, que podem ser orgânicas e inorgânicas, em proporções variáveis.

* REPRODUÇÃO – capacidade de originar descendentes, com características semelhantes.

* CRESCIMENTO – acréscimo em tamanho, devido ao aumento em número e tamanho das células.

* DESENVOLVIMENTO – seqüência de eventos que tornam a estrutura dos seres vivos mais complexa.

* METABOLISMO – conjunto de processos químicos responsáveis pela transformação e utilização de matéria e energia pelo organismo. O metabolismo pode ser dividido em dois processos.

anabolismo: síntese de substâncias utilizadas para o crescimento do organismo e recuperação de suas perdas. catabolismo: degradação de substâncias, com liberação da energia

necessária as funções orgânicas.

* EVOLUÇÃO – processo de modificações por que passam os seres vivos ao longo do tempo. As modificações favoráveis à adaptação do ser vivo ao ambiente são selecionadas e mantidas ao longo das gerações (seleção natural).

* RESPOSTAS A ESTÍMULOS AMBIENTAIS – capacidade de detectar estímulos ambientais e de reagir a eles, permitindo a sobrevivência e a reprodução dos seres vivos.

* HOMEOSTASE – capacidade do organismo de manter em equilíbrio seu meio interno

CCIITTOOLLOOGGIIAA

11 -- HHIISSTTÓÓRRIICCOO

1590 – Microscópio (Zacharias Janssen)

1665 – Conceito de célula (Robert Hooke)

Imagem da cortiça observada por Hooke

1673 – Observação das primeiras células animais (Leeuwenhoeck)

1833 – Descoberta do núcleo celular (R. Brown)

1838-1839 - Teoria Celular (Schleiden e Schwann) “Todos os seres vivos são formados por células”

1858 – Rudof Virchow “Toda célula tem sua origem em outra preexistente”

Célula – unidade morfofisiológica e genética dos seres vivos

22 -- CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO CCEELLUULLAARR

a) Quanto ao ciclo vital (Bizzozero) – lábeis, estáveis e permanentes.

b) Quanto á estrutura –

Procariontes e eucariontes - (VÍRUS são acelulares!!)

Page 2: Resumão de biologia

Biologia Prof. Luciano e Tati 2

22-- BBIIOOQQUUÍÍMMIICCAA CCEELLUULLAARR

Componentes Inorgânicos

a) Água – substância mais abundante nos seres vivos.

Funções: Solvente universal Transporte de substâncias Equilíbrio térmico Ação lubrificante Atuação em reações de hidrólise

b) Sais Minerais

Íons Papel Biológico

Cálcio (Ca+2

)

Sódio (Na+1

) e Potássio (K+1

)

Ferro (Fe+2

)

Magnésio (Mg+2

)

Fósforo (P+2

)

Iodo (I-1)

Componentes Orgânicos

a) Glicídios (carboidratos ou hidratos de carbono)

Monossacarídeos - açucares simples (OSES).

CARBOIDRATO PAPEL BIOLÓGICO

RIBOSE

DESOXIRRIBOSE

GLICOSE

FRUTOSE

GALACTOSE

Dissacarídeos - formados pela união de dois monossacarídeos.

CARBOIDRATO CONSTITUINTES

SACAROSE glicose + frutose

LACTOSE glicose + galactose

MALTOSE glicose + glicose

Polissacarídeos - formados pela união de vários monossacarídeos

CARBOIDRATO CONSTITUINTES

AMIDO Glicose

CELULOSE Glicose

GLICOGÊNIO Glicose

b) Lipídios

LIPÍDIO APRESENTAÇÃO

GLICERÍDIOS óleos e gorduras

CERÍDEOS ceras

ESTERÓIDES

colesterol

testosterona

progesterona

CAROTENÓÍDES caroteno

c) Proteínas - são compostos formados pela união de aminoácidos através de ligações peptídicas, que consiste na união entre o carbono do grupo ácido de um aminoácido com o nitrogênio do grupo amina de outro aminoácido.

Desitratação e Hidrólise

FUNÇÕES

Estrutural Glicoproteínas (glicocálice), queratina, osseína, actina, miosina, etc.

Enzimática Enzimas – biocatalisadores hidrolíticos

Hormonal Insulina, calcitonina, STH, prolactina, etc.

Proteção Anticorpos (Imunoglobulina), trombina, fibrinogênio

Transporte Hemoglobina, hemocianina, citocromos

Reserva Albumina (ovo)

Estrutura das Proteínas:

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Biologia Prof. Luciano e Tati 3

a)Primária – (b)Secundária –(c) Terciária –(d) Quaternária

ENZIMAS - são proteínas com atividade catalítica. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas. Propriedades:

especificidade: cada enzima catalisa apenas uma reação, são especificas para um determinado substrato

recuperalidade: não é consumida na reação.

reversibilidade: pode catalisar o reverso da reação. Influenciam na ação enzimática:

Temperatura – pH – Concentração do substrato

d) Ácidos nucléicos

DNA RNA

Pentose Desoxirribose Ribose

Bases púricas Adenina e Guanina Adenina e Guanina

Bases pirimídicas Citosina e Timina Citosina e Uracila

Estruturas Duas cadeias helicoidais Uma cadeia

Enzima hidrolítica

Desoxirribonuclease (DNAase)

Ribonuclease (RNAase)

Origem Replicação Transcrição

Enzima sintética DNA - polimerase RNA - polimerase

Função Informação genética Síntese de proteínas

* Tipos de RNA

RNA mensageiro – leva a informação o núcleo ao citoplasma, contém a informação transcrita de cada gene.

RNA transportador – transportam aminoácidos livres no citoplasma ata os ribossomos.

RNA ribossômico – é produzido no núcleo, combina-se com proteínas para formar os ribossomos. e) Vitaminas

LIPOSSOLÚVEIS PAPEL BIOLÓGICO

DISTÚRBIOS

A (retinol)

D (calciferol)

E (tocoferol)

K (naftoquinona)

HIDROSSOLÚVEIS

B1 (tiamina)

B2 (riboflavina)

B3 (niacina)

B6 (piridoxina)

B12 (cianocobalamina)

C (ácido ascórbico)

33-- EESSTTRRUUTTUURRAA CCEELLUULLAARR

* MEMBRANA PLASMÁTICA – toda célula mantém um intercâmbio com o meio externo através de sua superfície. A membrana celular delimita a célula, retém seu conteúdo e a protege.

Composição Química – a membrana plasmática é composta por lipoproteínas (modelo do MOSAICO FLUIDO – Singer e Nicholson, 1912).

Funções: - contém e delimita o espaço da célula, - mantém condições adequadas para que ocorram as reações metabólicas necessárias. - seleciona o que entra e sai da célula, - ajuda a manter o formato celular, - ajuda a locomoção

ENVÓLTÓRIOS DA MEMBRANA PLASMÁTICA:

1. GLICOCÁLIX

2. PAREDE CELULAR

Transportes através da Membrana Plasmática

Processo Característica

Transporte Passivo Difusão

É um espalhamento de partículas de locais de grande concentração para locais de pequena concentração.

Transporte Passivo Osmose

É a difusão de moléculas de água de locais de grande concentração para locais de menor concentração.

Transporte ativo É uma modalidade em que a célula investe grande quantidade de energia (ATP) um exemplo é a bomba

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de sódio e potássio.

Fagocitose É o processo pelo qual a célula engloba "come" partículas sólidas. Processo comum aos macrófagos.

Pinocitose É o processo pelo qual a célula engloba "bebe" partículas líquidas. Ocorre pelo invaginamento da membrana.

Clasmocitose Processo pelo qual a célula expulsa partículas que não foram utilizadas ou também produtos de excreção.

Osmose:

Especializações da membrana plasmática

Microvilosodades: finíssimas evaginações que aumentam a superfície de contato.

Interdigitações: dobras profundas da membrana de uma célula acompanhada pela membrana da célula vizinha, possibilitando maior intercâmbio entre elas.

Desmossomos: especializações de contato entre duas células adjacentes formadas por áreas que incluem as membranas de duas células contíguas.

* CITOPLASMA – região compreendida entre a membrana plasmática e o núcleo celular.

Organização do Citoplasma

Hialoplasma – constituído de água, proteínas e outra substâncias.

Citoesqueleto – conjunto de filamentos (actina, miosina, microtúbulos) responsável por várias funções celulares.

Organelas Citoplasmáticas

a) Reticulo Endoplasmático – conjunto de sistemas de bolsas e canais membranosos.

Funções: síntese, transporte e armazenamento. Retículo endoplasmático liso ou agranular (REL)

Retículo endoplasmático rugoso ou granular (REG)

b) Ribossomos – essas organelas são observadas nas células ligadas ao RER ou livres no citoplasma. Função: SÍNTESE PROTÉICA.

c) Complexo de Golgi – sistema de sáculos achatados de cujas bordas destacam-se inúmeras vesículas. Cada conjunto de sáculos achatados é denominado dictiossomo. Essa organela é mais desenvolvida em células secretoras, e esta relacionada à síntese de enzimas em determinadas células.

d) Lisossomos – organelas que tem origem a partir do aparelho de Golgi. Função: Digestão intracelular.

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e) Peroxissomos – organelas ricas em enzimas (ex. catalase) que decompõem substâncias tóxicas, entre elas o peróxido de hidrogênio.

f) Centríolos – organelas são encontradas nas células animais, mas são ausentes nos vegetais superiores. Apresentam-se como uma forma de cilindro e há somente dois centríolos por células constituindo o diplossomo.

g) Mitocôndria – em forma de bastonete, seu número é bem variável nas células. As mitocôndrias apresentam em seu interior DNA, RNA e proteínas, dessa forma podem se autoduplicar.

h) Plastos – organelas exclusivas das células vegetais relacionadas com o processo de síntese de compostos orgânicos ou com o armazenamento de reserva. Dividem-se em cromoplastos (com pigmentos) e leucoplastos (sem pigmentos).

Funções:

Participam do processo de divisão celular

Formação dos cílios e flagelos.

ETAPAS DA RESPIRAÇÃO CELULAR

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Biologia Prof. Luciano e Tati 6

FOTOSSÍNTESE

FASE CLARA (FOTOQUÍMICA)

FASE ESCURA (QUÍMICA)

i) Vacúolos – são cavidades intracelulares envolvidas por uma membrana lipoprotéica. Nas células vegetais servem principalmente para armazenamento de água, pigmentos e outras substâncias (vacúolos vegetais ou de suco celular). Nos protozoários de água doce são observados vacúolos que tem como função manter o equilíbrio osmótico entre o meio e a célula (vacúolo contrátil ou pulsátil).

** NNÚÚCCLLEEOO IINNTTEERRFFÁÁSSIICCOO

Carioteca (ou membrana nuclear) - envoltório duplo de constituição lipoprotéica. A carioteca é perfurada por inúmeros poros, por onde passa os ribossomos sintetizados no núcleo.

Cariolinfa – líquido onde estão dispersos os compostos nucleares (cromatina).

Nucléolos – pequenas estruturas ricas em proteínas e RNA, responsável pela produção dos ribossomos.

Cromatina – é um conjunto de fios, sendo cada um deles formados por uma longa molécula de DNA associada a proteínas. Quando esses fios se compactam dão origem aos cromossomos.

OBSERVAÇÃO: Eucromatina e Heterocromatina

Constituição dos Cromossomos

Centrômeros - região que une os braços do cromossomo (cromátides). Conforme a sua posição podem ser classificados os cromossomos em: metacêntrico (centrômero no meio), submetacêntrico (centrômero um pouco afastado do meio), acrocêntrico (centrômero bem próximo a um dos pólos) e telocêntrico (centrômero situado em um dos pólos).

Constrições secundárias – Telômeros – Zona satélite

Cariótipo – representação total dos cromossomos da espécie

Cariótipo no sexo masculino: 44A+XY Cariótipo no sexo feminino: 44A+XX

Cromossomos Autossômicos – são cromossomos que determinam as características somáticas do organismo.

Cromossomos Sexuais – são os cromossomos que determinam o sexo do organismo.

** CCIICCLLOO CCEELLUULLAARR –– no ciclo de vida de uma célula distinguem-se dois momentos:

1. INTERFASE – período em que a célula não está se dividindo e em plena atividade metabólica.

Autoduplicação do DNA (replicação)

* Etapas: a) as pontes de hidrogênio são rompidas. b) nucleotídeos livres no citoplasma se ligam à fita. c) formação de duas fitas novas. * Enzima: DNA Polimerase * Processo semiconservativo

Transcrição – a seqüência de bases do DNA é transcrita para seqüências correspondentes no RNA. Tradução – é a passagem da informação que esta contida no RNA para a síntese de proteínas.

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Biologia Prof. Luciano e Tati 7

três nucleotídeos no DNA códon

três nucleotídeos no RNAm códon

três nucleotídeos no RNAt anticódon

nº de nucleotídeos no DNA nº de códon multiplicado por três

2. DIVISÃO CELULAR

A) MITOSE – processo no qual a célula se divide em duas novas células com o mesmo numero de cromossomos, esse tipo de divisão ocorre nas células somáticas do organismo, como pro exemplo nos eventos de cicatrização e renovação dos tecidos.

FASES

Prófase: fase preparatória, nesse período os centríolos já se encontram duplicados e migram para os pólos da célula. A carioteca fragmenta-se, as fibras do fuso mitótico começam a se formar, o nucléolo desaparece e os cromossomos iniciam sua condensação.

Metáfase: nessa fase os cromossomos dirigem-se para o equador da célula, ligando-se as fibras do fuso, é também nessa fase que os cromossomos estão no máximo de sua condensação, por isso nessa fase que é feita a analise do cariótipo.

Anáfase: as duas cromátides de cada cromossomo separam-se, sendo então agora denominadas de cromossomos-irmãos, afastando-se em direção aos pólos da célula.

Telófase: é a fase final da mitose, nessa fase ocorrem os eventos inversos da prófase (as fibras do fuso desaparecem, a carioteca e os nucléolos novamente se formam e os cromossomos desespiralizam-se), indicando o término da divisão do núcleo, ou cariocinese. À medida que a cariocinese termina, inicia-se o processo de citocinese

(divisão do citoplasma).

B) MEIOSE – divisão celular em que uma célula se divide e origina quatro células com a metade de cromossomos da célula que deu origem. Esse tipo de divisão celular ocorre na formação dos gametas. A meiose é mais complexa que a mitose e envolve duas divisões, a meiose I (reducional) e a meiose II (equacional).

FASES DA MEIOSE I

Prófase I: essa fase é subdividida em 5 subfases:

Leptóteno – Zigóteno – Paquíteno – Diplóteno – Diacinese

Metáfase I: os cromossomos entram em contato com as fibras do fuso, são então levados para a região mediana da célula.

Anáfase I: as fibras do fuso encaminham os cromossomos para cada um dos pólos da célula, separando os homólogos. Não houve divisão dos centrômeros nem separação das cromátides.

Telófase I: em torno dos cromossomos agrupados em cada pólo forma-se um carioteca, e os centríolos duplicam-se.

FASES DA MEIOSE II - os eventos são os mesmos que ocorrem na divisão mitótica.

GGAAMMEETTOOGGÊÊNNEESSEE

Os organismos que se reproduzem sexualmente produzem células haplóides especiais, denominadas de gametas destinadas à

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Biologia Prof. Luciano e Tati 8

reprodução. Tanto os gametas masculino e feminino são formados por células germinativas localizadas nas gônadas.

1- Espermatogênese – processo de formação dos gametas masculinos. Apresenta quatro períodos:

O PERÍODO GERMINATIVO é caracterizado por sucessivas divisões mitóticas, que dão origem as espermatogônias. Estas células passam por um PERÍODO DE CRESCIMENTO e tornam-se maiores, sendo denominadas de espermatócitos I. Cada espermatócito I entra no PERÍODO DE MATURAÇÃO, ocasião em que ocorre a meiose I. Ao final da meiose I (reducional), formam-se duas células haplóides chamadas de espermatócito II. Os espermatócitos II sofrem meiose II, dando origem a células haplóides denominadas de espermátides. Estas passam pela ESPERMIOGÊNESE, transformando-se em espermatozóides. 2- Ovulogênese – processo de formação dos gametas femininos. A ovulogênese processa-se em três períodos:

O PERÍODO GERMINATIVO é caracterizado por sucessivas divisões mitóticas, que dão origem as ovogônias. Estas células passam por um PERÍODO DE CRESCIMENTO e tornam-se maiores, sendo denominadas de ovócitos I. No PERÍODO DE MATURAÇÃO cada ovócito I passa pela meiose I, na qual são originadas duas células de tamanhos diferentes: o ovócito II fica com praticamente todo o citoplasma e o vitelo; a outra célula denominada glóbulo polar I, quase não possui citoplasma e logo degenera. O ovócito II sofre meiose II, dando origem a duas células de tamanhos diferentes, como ocorreu na meiose I: uma dessas células é o óvulo, grande e rica em vitelo; a outra célula, denominada glóbulo polar II é pequena e degenera. Observações: 1) O óvulo é uma célula germinativa geralmente imóvel e muito maior que o espermatozóide. O citoplasma do óvulo é rico em vitelo, substância nutritiva que serve para nutrir o embrião. A quantidade de vitelo é variável nos diferentes óvulos, variando também a sua localização em relação ao citoplasma e o núcleo. 2) Em diversos animais, incluindo a espécie humana, o ovócito II só finaliza a meiose II se houver fecundação. Na ovulação, as mulheres liberam ovócitos II estacionados em metáfase II.

Principais diferenças entre os processos da gametogênese masculina e feminina.

1. A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto a ovogênese está relacionada ao ciclo reprodutivo da mulher; 2. Na espermatogênese, cada espermatogônia produz 4 espermatozóides. Na ovogênese, cada ovogônia dá origem a apenas um ovócito II, uma ovótide e um óvulo caso ocorra fecundação, e células inviáveis denominadas corpúsculos polares; 3. A produção de gametas masculinos é um processo que se continua até a velhice, enquanto que a produção de gametas femininos cessa com a menopausa;

4. O espermatozóide é uma célula pequena e móvel, enquanto que o ovócito é uma célula grande e sem mobilidade;

5. Quanto à constituição cromossômica, existem dois tipo de espermatozóides: 23,X ou 23,Y; o homem é heterogamético. A mulher só produz um tipo de gameta quanto à constituição cromossômica: 23,X; ela é homogamética.

RREEPPRROODDUUÇÇÃÃOO

1. Reprodução Assexuada - ocorre com a participação de um único indivíduo, que dá origem a outros que são geneticamente idênticos, já que não há troca de material genético, com pouca chance de ocorrer variabilidade genética, salvo em caso de mutação genética.

a) DIVISÃO SIMPLES (cissiparidade ou divisão binária) - consiste na divisão de uma célula em duas outras iguais. Ocorre por mitose e acontece nos unicelulares. Um indivíduo se divide originando dois outros iguais. O tempo de duplicação varia com a espécie, quantidade de nutrientes, temperatura, pH e outros fatores ambientais.

b) DIVISÃO MÚLTIPLA - consiste na segmentação do corpo de alguns indivíduos, formando segmentos capazes de formar novos indivíduos completos. Os tipos de Divisão Múltipla são:

• GEMULAÇÃO (Gemiparidade, Brotamento ou Gemulação): forma novos indivíduos através de brotos ou gemas e funciona da seguinte maneira: há uma aglutinação de células indiferenciadas em certos locais do corpo do animal formando uma saliência (broto) que pode se destacar ou não, dando origem a novos indivíduos. Ocorre em Poríferos, Cnidários, bactérias e em Fungos.

• ESPORULAÇÃO: é a formação de células especializadas para a reprodução (esporos). O esporo se difere do gameta por causa da sua capacidade de "germinação" originando novos indivíduos através de mitoses completas. Ocorre em fungos, algas, bactérias, protozoários e em vegetais.

• ESQUIZOGONIA: comum em protozoários, aqui a célula sofre sucessivas divisões em seu núcleo acompanhadas de divisões de seu citoplasma; em poucas horas o organismo pode originar numerosos outros. O Plasmodium, protozoário esporozoário, agente causador da malária, penetra nas hemácias humanas, cresce e aumenta seu número de núcleos e depois divide o seu citoplasma em tantos novos indivíduos quantos forem os núcleos. • ESQUIZOGÊNESE: ocorre nos anelídeos poliquetas, onde os vermes adultos separam segmentos da região final de seu corpo, os quais formam novos indivíduos. • LACERAÇÃO: processo semelhante a esquizogênese, a diferença está no tipo de fragmentação, pois a laceração é um processo traumático e não tão natural quanto a esquizogênese. Ocorre nas Planárias. • ESTROBILIZAÇÃO (fragmentação ou segmentação): é a fragmentação de um indivíduo em várias partes sendo que cada uma tem capacidade de gerar novos indivíduos. Ocorre em Celenterados e Platelmintos.

2. Reprodução Sexuada - ocorre com a participação de gametas, células ou núcleos que se unem (cariogamia), o que proporciona maior variabilidade genética e o que é considerado um mecanismo mais interessante do ponto de vista biológico e, particularmente, evolutivo. A seleção atuará sobre populações formadas por indivíduos diferentes, com uma elevada probabilidade de sobrevivência. I. CASOS EM QUE OS GAMETAS SÃO NÚCLEOS: Autogamia: ocorre dentro de uma mesma célula. O núcleo sofrerá meiose, porém a célula não se divide, originando dois e depois 4 núcleos diferentes. Dos 4 núcleos, 3 degeneram ao acaso. A célula então se divide com o núcleo restante. As células resultantes terão informações genéticas diferentes da célula original. Exemplo: no Paramaecium, protozoário ciliado.

Conjugação: ocorre em organismos unicelulares (bactérias, cianobactérias, algas e protozoários ciliados), e consiste na união parcial por meio de uma ponte citoplasmática entre dois indivíduos unicelulares, havendo troca de material genético e, posteriormente a

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Biologia Prof. Luciano e Tati 9

separação dos conjugantes, seguida de divisão por mitose.

II. CASOS EM QUE OS GAMETAS SÃO CÉLULAS: FECUNDAÇÃO. FECUNDAÇÃO ISOGÂMICA: grupos que produzem gametas femininos e masculinos idênticos. FECUNDAÇÃO ANISOGÂMICA OU HETEROGÂMICA: grupos onde ocorre uma diferenciação morfológica entre os gametas. • Espécies monóicas: quando as gônadas femininas e masculinas estão presentes no mesmo indivíduo (unissexuados ou hermafroditas). • Espécies dióicas: quando são encontrados indivíduos femininos e masculinos (bissexuados). c) Casos Particulares de Reprodução

Metagênese – ocorre uma alternância de gerações sexuadas e assexuadas.

Partenogênese – nesse caso o óvulo se desenvolve sem ter sido fecundado, dando origem a um novo organismo que será haplóide.

Neotenia – trata-se de uma reprodução sexuada na fase de larva.

Poliovulação – no momento da ovulação são expelidos dois ovócitos, ao invés de um.

Poliembrionia – produção de vários embriões a partir de uma única célula fecundada, com o nascimento de filhotes idênticos geneticamente, como gêmeos idênticos.

EEMMBBRRIIOOLLOOGGIIAA

11-- TTIIPPOOSS DDEE OOVVOOSS

Isolécito: pouco vitelo homogeneamente distribuído no citoplasma. (mamíferos, anfioxo e equinodermos).

Heterolécito: distinção entre pólo animal e pólo vegetativo que contém vitelo (anelídeos, moluscos e anfíbios).

Telolécito: vitelo nitidamente separado do núcleo. (peixes, répteis e aves).

Centrolécito: vitelo ao redor do citoplasma e do núcleo, envolvendo todo o citoplasma, sem se misturar com ele. (artrópodes).

22-- SSEEGGMMEENNTTAAÇÇÃÃOO –– após a fecundação, a célula ovo ou zigoto formado entra em clivagem ou segmentação, isto é, ocorrem divisões sucessivas das células embrionárias.

TIPOS DE SEGMENTAÇÃO

Segmentação holoblástica igual

Segmentação holoblástica desigual

Segmentação meroblástica discoidal

Segmentação meroblástica superficial

33-- FFAASSEESS EEMMBBRRIIOOLLÓÓGGIICCAASS

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Biologia Prof. Luciano e Tati 10

ORGANOGÊNESE – DESTINO DOS FOLHETOS EMBRIONÁRIOS

44-- AANNEEXXOOSS EEMMBBRRIIOONNÁÁRRIIOOSS

Saco Vitelínico – abriga o vitelo, que participa nos processos de nutrição do embrião.

Âmnios – proteção do embrião

Alantóide – função respiratória, excretora e transportadora de cálcio.

Córion – função protetora

Placenta – trocas gasosas, alimentação do embrião e eliminação dos catabólicos.

Cordão Umbilical – atua como ligação entre o embrião e a placenta.

- Ocorência nos Vertebrados: OBS: Barreira Hemato - placentária: O sangue da mãe nunca se mistura ao sangue fetal porque os vasos sanguíneos de ambos não são contíguos, ou seja, não se encontram. Isto gera uma barreira natural que impede a passagem de algumas substâncias principalmente as de

maior peso molecular.

GGEENNÉÉTTIICCAA

11.. CCOONNCCEEIITTOOSS BBÁÁSSIICCOOSS

Gene – segmento da molécula de DNA responsável pela determinação de características hereditárias.

Genes Alelos – genes que determinam a mesma característica, situados em um mesmo lócus (local) em cromossomos homólogos.

Cromossomos Homólogos – cromossomos de mesma forma que formam pares (encontrados em células 2n).

Genótipo – conjunto de genes que um organismo recebe e transmite hereditariamente, isto é, o patrimônio genético.

Fenótipo – expressão exterior do genótipo influenciada pela ação do ambiente.

Homozigoto (ou puro) – indivíduo que apresenta genes iguais.

Heterozigoto (ou híbrido) – indivíduo que apresenta genes diferentes, formando o par de alelos.

Caráter Dominante – todo caráter cujo gene que o determina, se manifesta tanto no estado de homo ou heterozigoto, em um individuo com a mesma expressividade.

Caráter Recessivo – é todo caráter cujo gene que determina só se manifesta em homozigose.

Genes Letais – são geralmente recessivos, promovendo a morte em homozigose.

Heredogramas (genealogias) - representação gráfica de uma família que permite, através da análise dos fenótipos e do grau de parentesco, o genótipo dos indivíduos envolvidos.

Noções de Probabilidade

Regra do E X

Exemplo: Um casal quer ter dois filhos e deseja saber a probabilidade de que ambos sejam do sexo masculino.

Regra do OU +

Exemplo: Qual é a probabilidade de um casal ter dois filhos, um do sexo masculino e outro do sexo feminino?

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Biologia Prof. Luciano e Tati 11

22.. 11ºº LLeeii ddee MMeennddeell oouu ““LLeeii ddaa PPuurreezzaa ddooss GGaammeettaass”” oouu

MMoonnoohhiibbrriiddiissmmoo

“Cada caráter é condicionado por dois fatores, que se separam na formação dos gametas, indo apenas um fator para cada gameta”.

** MMOONNOOIIBBRRIIDDIISSMMOO SSEEMM DDOOMMIINNÂÂNNCCIIAA - dois alelos expressam seus efeitos no heterozigoto, daí este apresentar um, fenótipo intermediário entre os tipos parentais. O fenótipo intermediário não representa uma mistura dos dois fenótipos parentais, dado os genes que determinam mantêm suas identidades individuais.

** AALLEELLOOSS MMÚÚLLTTIIPPLLOOSS OOUU PPOOLLIIAALLEELLIIAA – existência de mais de duas formas alélicas de um gene na população.

EEXXEEMMPPLLOOSS GGRRUUPPOOSS SSAANNGGUUÍÍNNEEOOSS

a) Sistema ABO - os diferentes grupos sanguíneos na espécie humana são determinados devido à existência de antígenos presentes na superfície dos glóbulos vermelhos. Os antígenos são chamados de aglutinogênios e os anticorpos (presentes no plasma) aglutininas.

Sangue Fenótipo Aglutinogênio Aglutinina

Tipo A IAIA ou I

Ai A anti-B

Tipo B IBIB ou I

Bi B anti-A

Tipo AB IAIB

A e B nenhum

Tipo O ii nenhum anti-A e anti-B

b) Sistema do Fator Rh - um individuo é considerado Rh+ quando a

mistura de seu sangue com soro Anti-Rh, resultar em aglutinação. Em caso contrário, o individuo é Rh

-

Eritroblastose Fetal (ou Doença Hemolítica do Recém Nascido)

* Eritroblastose fetal somente ocorre quando a mãe é Rh- e o feto Rh

+

* Prevenção: injeção de anticorpos anti-Rh

33.. 22ºº LLeeii ddee MMeennddeell oouu LLeeii ddaa SSeeggrreeggaaççããoo IInnddeeppeennddeennttee oouu

DDiiiibbrriiddiissmmoo

“Quando dois ou mais pares de alelos, localizados em pares de cromossomos homólogos diferentes, cada um age e se segrega do outro de forma independente, totalmente ao acaso e com a mesma probabilidade, na formação dos gametas”.

Formação dos gametas – através do genótipo do indivíduo, pode-se determinar quantos tipos de gametas o mesmo poderá gerar.

Número de gametas = 2n

n= número de pares de alelos em heterozigose

44.. IINNTTEERRAAÇÇÃÃOO GGÊÊNNIICCAA -- fenômeno pelo qual dois ou mais pares de genes alelos, localizados em cromossomos homólogos diferentes, interagem entre si, para determinar uma mesma característica.

a) Epistasia - forma peculiar de interação entre genes não alélicos, em que um deles (impede a manifestação) a ação do outro.

Gene Inibidor – EPISTÁTICO Gene(s) inibido(s) – HIPOSTÁTICO(S)

b) Herança Quantitativa (poligenia) - fenômeno genético pelo qual dois ou mais pares de genes não alélicos contribuem para a expressão do fenótipo, apresentado vários fenótipos intermediários entre os fenótipos extremos.

55.. PPLLEEIIOOTTRROOPPIIAA -- ocorre quando o mesmo par de genes alélicos condiciona mais de uma característica.

66.. LLIINNKKAAGGEE GGÊÊNNIICCAA –– alguns genes encontram-se sempre no mesmo cromossomo e tendem a permanecer unidos durante a formação dos gametas (meiose), a não ser que ocorra permuta gênica ou crossing-over.

TIPOS DE LINKAGE:

* COMPLETA X INCOMPLETA

* CIS X TRANS

Cálculo da Taxa de Recombinação ou Permuta

TR = no de gametas recombinantes/ n

o total de gametas

MAPAS GÊNICOS – distância relativa entre os genes ↑ permuta - ↑ distância relativa ↓ permuta - ↓ distância relativa

Unidade: morganídeo ou UR (unidade de recombinação)

1% permuta = 1% UR ou morganídeos

Grupo Genótipo

Rh+

Rh-

RR ou Rr rr

Transfusões Rh

+ Rh

+

Rh- Rh

-

Rh- Rh

+

Transfusões no Sistema ABO

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Biologia Prof. Luciano e Tati 12

77.. HHEERRAANNÇÇAA LLIIGGAADDAA AAOO SSEEXXOO - são alterações que estão ligadas aos cromossomos sexuais.

Daltonismo – á uma anomalia hereditária e recessiva, cujo portador não consegue distinguir determinadas cores.

Hemofilia – ocorre a incapacidade de coagulação sanguínea devido a falta de um fator no sangue, também é hereditária e recessiva.

88.. HHEERRAANNÇÇAA RREESSTTRRIITTAA AAOO SSEEXXOO -- causada por genes localizados no cromossomo Y, portanto trata-se de herança exclusiva dos machos. O caráter é transmitido de pai para filho.

99.. HHEERRAANNÇÇAA IINNFFLLUUEENNCCIIAADDAA PPEELLOO SSEEXXOO -- alguns genes se expressam em ambos os sexos, porem de modo diferente.

1100.. GGEENNÉÉTTIICCAA DDAASS PPOOPPUULLAAÇÇÕÕEESS

Teorema de Hardy-Weinberg “Uma população em equilíbrio, as freqüências gênicas e genotípicas

permanecem constantes ao longo das gerações”.

1111.. MMUUTTAAÇÇÃÃOO –– alterações que ocorrem no material genético, que podem envolver apenas um loco gênico (mutações gênicas) ou cromossomos (mutações cromossômicas).

Aberrações Cromossômicas

a) Alterações Estruturais

Deleção – perda de uma parte do cromossomo.

Duplicação – presença de um segmento extra.

Inversão – um segmento do cromossomo destaca-se e solda-se na posição invertida.

Translocação – troca de segmentos não homólogos.

b) Alterações Numéricas

Euploidias – quando a alteração envolve o genoma inteiro do organismo

Aneuploidias – quando ocorre a perda ou ganho de um ou dois cromossomos, pode ser nulissomia (2n + 2) monossomia (2n – 1), trissomia (2n + 1).

PRINCIPAIS SÍNDROMES:

Down - 47, XX ou XY +21 - Prega Epicântica - Hipotonia - Hiperflexibilidade das Juntas - Baixa estatura com ossos curtos e largos - Deficiência Mental moderada - Frequência de 1/700 - 1/1000 nascidos vivos Patau - 47, XX (ou XY) + 13

- Deficiência mental;

- Surdez; Polidactilia

- Lábio e/ou Palato Fendido

- Anomalias Cardíacas

- Ocorrência 1/10.000

- 88% morre no 1º mês só 5% sobrevive até o 6º mês Edwards 47,XX +18 ou 47, XY +18

- Deficiência mental e crescimento

- Hipertonicidade

- Implantação baixa das orelhas

- Mandíbula Recuada

- Rim duplo

- Ocorrência 1/6.000 nascimentos

- 5% a 10% sobrevive o 1º ano Turner - 45, X0

- Desenvolvimento sexual retardado (indicando a necessidade de realização de análise cariotípica em adolescentes de baixa estatura que não apresentarem desenvolvimento das mamas até os 13 anos e apresentarem amenorréia primária ou secundária)

- Geralmente estéreis ou subférteis

- Baixa estatura;

- Tendência a obesidade

- Pescoço Alado

- Defeitos Cardíacos

- Ocorrência 1/2.500 - 1 / 10.000 nascimentos do sexo feminino Klinefelter 47, XXY

- Homens subférteis

- Desenvolvimento de seios

- Timbre Feminino

- Membros alongados

- Desenvolvimento mental entre 85-90 em média

- Problemas comportamentais

- Ocorrência 1/1000 nascimentos do sexo masculino

EEVVOOLLUUÇÇÃÃOO

O estudo da origem da vida deixou-nos a idéia de que a ciência defende a evolução química. A evolução trata das modificações sofridas pelos seres vivos ao longo do tempo. Na história da ciência a idéia evolucionista é relativamente recente; o que prevaleceu até o final do século XVIII foi a idéia de que os seres vivos eram em número fixo e imutáveis – o FIXISMO.

O Evolucionismo é transformista, antagônico ao fixismo. Admite que as espécies sejam dinâmicas e não estáticas, dando assim lugar ao aparecimento de novas espécies.

a) Lamarckismo – Jean Baptiste Lamarck, foi um dos primeiros a elaborar uma teoria evolucionista, sua teoria se baseia em:

Adaptação ao meio – os seres vivos devem adaptar-se ao meio para poderem sobreviver.

Lei do uso e desuso – o uso contínuo de um órgão determina seu desenvolvimento e o não uso sua atrofia.

Lei da transmissão dos caracteres adquiridos – todas as características adquiridas ao longo da vida serão transmitidas aos seus descendentes.

b) Darwinismo – Charles Darwin, naturalista inglês, considera o processo de seleção natural como sendo o mecanismo básico para a evolução.

c) Neodarwinismo (Teoria Sintética da Evolução) – é a teoria mais aceita atualmente, é a combinação da Seleção Natural com a genética de Mendel. Os principais fatores são:

Mutações - Recombinações gênicas - Seleção natural

1. Evidências de Evolução: órgãos vestigiais, provas paleontológicas, provas embriológicas e anatomia comparada

2. Adaptações Evolutivas

Irradiação Adaptativa – ocorre quando espécies próximas que acabem vivendo em ambientes diferentes resultam em desenvolvimento de formas completamente diferentes.

Adaptação Convergente – ocorre quando espécies diferentes, não aparentadas, evoluem para viver numa mesma região. Desta forma podem sofrer adaptações muito semelhantes.

3. Especiação - formação de novas espécies Isolamento Geográfico (especiação alopátrica) – separação de indivíduos de mesma espécie por barreiras físicas; Isolamento Reprodutivo – se o isolamento geográfico persistir, as diferenças das populações separadas vão se tornando cada vez maiores. Pode ocorrer, neste caso, mudanças tão profundas de forma a impedir o acasalamento e até a reprodução, manisfestando-se por mecanismos pré-zigóticos e pós-zigóticos. Especiação sem isolamento geográfico (simpátrica) – ocorre em populações que vivem em uma mesma área.

OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO DDOOSS SSEERREESS VVIIVVOOSS

A Taxionomia ou Sistemática tem por finalidade agrupar os seres vivos de acordo com as suas semelhanças e afinidades. 11.. VVÍÍRRUUSS -- organismos acelulares, constituídos por apenas duas classes de substâncias químicas: acido nucléico, que pode ser DNA ou RNA, e proteínas. Não apresentam nenhum tipo de organela em sua constituição.

Todos os vírus são PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS, ou seja, ativa o seu metabolismo somente quando infecta uma célula hospedeira. Estrutura dos vírus

APLICAÇÃO DO TEOREMA DE HARDY-WEINBERG p+q=1

p=freqüência do alelo dominante q=freqüência do alelo recessivo

p2+2pq+q

2=1

p2=freq. de homozigotos dominantes

2pq=freq. de heterozigotos q

2=freq. de homozigotos recessivos

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Biologia Prof. Luciano e Tati 13

Capsídio – envoltório dos vírus formado por proteínas. Protege o ácido nucléico viral, tem a capacidade de combinar com substancias presente nas células hospedeiras.

Material Genético – DNA ou RNA. Reprodução dos Vírus

Ciclo Lítico – quando a célula é destruída (vírus virulento).

Ciclo Lisogênico – quando a célula não é destruída (vírus temperado).

22.. RREEIINNOO MMOONNEERRAA -- compreende organismo procariontes, unicelulares, apresentando os ribossomos como única organela. É representado pelas bactérias e cianobactérias.

BACTÉRIAS – encontradas nos mais variados ambientes, podendo viver isoladas ou em colônias. a) Estrutura Bacteriana

Parede Celular – essa parede protege contra agressões físicas do meio. Sua composição é de peptidioglicano.

Material Genético das Bactérias – Nucleóide (região onde se encontra o cromossomo bacteriano) e Plasmídio (DNA extra-cromossomal).

b) Modo de Vida

Nutrição – autotróficas (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes) e heterotróficas (saprófitas, parasitas, mutualistas).

Respiração – aeróbica, anaeróbica e facultativa.

Reprodução – assexuada (divisão binária) e sexuada (conjugação).

c) Morfologia – cocos (arredondado), bacilo (bastonete reto), espirilo

(espiralado) e vibrião (bastonete curto).

CIANOBACTÉRIAS (cianofíceas ou algas azuis) – apresentam estrutura celular semelhante a das bactérias. São clorofiladas e por isso realizam fotossíntese (autótrofas).

IMPORTÂNCIA – Além da capacidade de realizar fotossíntese, as cianobactérias fixam nitrogênio do ar (N2), convertendo-o em nitratos (NO3).

33.. RREEIINNOO PPRROOTTOOCCTTIISSTTAA - compreende as algas e os protozoários.

AA)) AALLGGAASS –– organismos eucariontes fotossintetizantes.

Grupo Pigmentos

fotossintetizantes Substância de reserva

Euglenófitas Clorofilas A e B Paramilo

Pirrófitas (Dinoflagelados) Clorofilas A e C Óleo e amido

Crisófitas (Diatomáceas) Clorofilas A e C Clisolaminarina

Feófitas(algas pardas) Clorofilas A e C Laminarina e manitol

Rodófitas(algas vermelhas) Clorofilas A e D Amido da florídeas

Euglenophyta → organismos unicelulares com dois flagelos, possuindo em seu interior estrutura chamada estigma, desempenhando função sensorial, proporcionando orientação a partir de uma fonte luminosa. Podem, conforme a baixa disponibilidade de luz, inativar seus cloroplastos, realizando nutrição heterotrófica, retornando a situação autotrófica em condições favoráveis. Dinophyta → organismos unicelulares, com endoesqueleto formado por delgadas placas justapostas, próximas à face interna da membrana plasmática. Podem se reunir estabelecendo colônias, produzindo toxinas em quantidade suficiente para provocar grande mortandade de peixes e outros animais. Bacillariophyta → organismos com parede celular desprovidas de celulose, porém impregnada com sílica (carapaça), conferindo aspecto rijo e uma enorme variedade de formas. Phaeophyta → organismos marinhos de regiões temperadas (água fria), e dimensões consideráveis, medindo aproximadamente 70 metros de comprimento, representados por algas pardas conhecidas por kelps. Rhodophyta → organismos multicelulares marinhos (algas vermelhas), com alto teor em vitamina C, utilizados na culinária oriental para preparação de sushi. Chlorophyta → organismos clorofilados, uni ou pluricelulares com ampla distribuição nos mais diversos ambientes aquáticos, ocupando também locais onde a umidade é constante (no tronco de árvores ou aderidas na superfície de rochas).

BB))PPRROOTTOOZZOOÁÁRRIIOOSS - organismos unicelulares, eucariontes e heterótrofos (saprófitos, parasitas ou mutualistas).

CLASSES HABITAT LOCOMOÇÃO

Sarcodina ou Rhizopoda

Meios terrestre e aquático.

PSEUDÓPODES

Flagellata Meio aquático. FLAGELOS

Ciliophora Meio aquático. CÍLIOS

Sporozoa Hospedeiro Sem estrutura de

locomoção

44.. RREEIINNOO FFUUNNGGII –– representado pelos fungos, organismos eucariontes, heterotróficos e geralmente pluricelulares.

* Possuem células com reforço celulósico, com depósitos de quitina. * Apresentam nutrição externa, isto é, eliminam ao ambiente as enzimas digestivas que fragmentam as partículas a seres aproveitadas que, assim, são absorvidas pelo organismo. * Conseguem desenvolver-se praticamente em todos os ambientes onde haja umidade, matéria orgânica e pouca luz. * Suas células estão intimamente ligadas umas as outras, formando uma massa de longos filamentos multicelulares chamados de hifas.

Page 14: Resumão de biologia

Biologia Prof. Luciano e Tati 14

CLASSIFICAÇÃO

CLASSES CARACTERÍSTICAS

Ficomicetos

Ascomicetos

Basidiomicetos

Deuteromicetos

REPRODUÇÃO

a) Assexuada Fragmentação – a maioria dos fungos se reproduz por fragmentação, onde um micélio se fragmenta e origina novos micélios. Brotamento – leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento. Os brotos normalmente se separam do genitor, mas eventualmente, podem permanecer grudados formando cadeias de células. Esporulação – muitos fungos se reproduzem assexuadamente por esporos, células dotadas de paredes resistentes que, ao germinar, produzem hifas. Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio liquido.

b) Sexuada: observada em ficomicetos, ascomicetos e basiodiomicetos.

5. RREEIINNOO PPLLAANNTTAAEE OOUU MMEETTAAPPHHYYTTAA –– reúne as plantas ou vegetais, organismos eucariontes, pluricelulares e fotossintetizantes.

CLASSIFICAÇÃO

Criptógamas – as plantas criptógamas são aquelas que não apresentam flores nem sementes.

a) Briófitas – seus representantes são pluricelulares com todos os tecidos exceto os de condução, por isso são chamados de vegetais avasculares. O transporte se dá por difusão. A ausência de vasos de condução da seiva determina o seu pequeno porte de crescimento rente ao chão, principalmente em lugares úmidos. As raízes e caules e folhas não são bem desenvolvidos, denominando-se respectivamente: rizóides, caulóides e filóides. São exemplos de Criptógamas os musgos e as Hepáticas.

Reprodução – ocorre por alternância de gerações. A geração duradoura é a geração haplóide, gametofítica (forma gametas). A geração diplóide, esporofítica (forma esporos) cresce sobre a gametofitica.

b) Pteridófitas – são criptógamas vasculares, os representantes mais conhecidos desse grupo são as samambaias, avencas e xaxins. As pteridófitas apresentam raiz, caule e folhas (cormófitas). Uma das adaptações dos vegetais ao meio terrestre foi o desenvolvimento de um sistema vascular, observado pela primeira vez nesse grupo. Reprodução – apresentam alternância de gerações; FASE DURADOURA = DIPLÓIDE (ESPOROFÍTICA).

Fanerógamas - são os vegetais que apresentam flores e sementes, essas plantas apresentam seus órgãos reprodutores evidentes, ao contrário das criptógamas.

c) Gimnospermas – são plantas lenhosas, arborescentes, podendo ser arbustivas. Não possuem frutos envolvendo as sementes.

Classificação - as gimnospermas compreendem quatro ordens: 1) Cycadales (uma única família: Cycadaceae); 2) Coniferae (formada por varias famílias, dentre os quais estão representados: Araucaria angustifólia, Pinus sp., Cedro, Sequóia e Ciprestes); 3) Gnetales (única família: Gnetaceae) e 4) Ginkgoales (única família: Ginkgoaceae - Ginkgo biloba).

Reprodução - apresentam alternância de gerações, e fase mais duradoura é a diplóide (esporofítica). No esporófito são formadas as flores (estróbilos ou cones), em geral díclinas: os microstróbilos (masculinos), que produzem os grãos de pólen, e os megastróbilos (femininos), que produzem os óvulos.

d) Angiospermas – são incluídos nessa classe vegetais lenhosos, embora muitos com tendência herbácea. A maioria é conhecida pelo homem principalmente na produção de alimentos como: trigo, banana, maçã, alho, cebola, etc. A principal característica que as diferencia das gimnospermas é a presença de um fruto, envolvendo as sementes.

Page 15: Resumão de biologia

Biologia Prof. Luciano e Tati 15

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS MONOCOTILEDÔNEAS E DICOTILEDÔNEAS

Reprodução - apresentam alternância de gerações, e fase mais duradoura é a diplóide (esporofítica).

HISTOLOGIA VEGETAL De acordo com a sua fisiologia, os tecidos vegetais podem ser classificados em:

Tecidos embrionários ou meristemas – que pela divisão de suas células dão origem aos demais. Estão subdivididos em:

PRIMÁRIO

Formado por células embrionárias, com membrana celulósica delgada, citoplasma sem vacúolos ou reduzidos, núcleo volumoso; ao se multiplicarem promovem o crescimento longitudinal (alongamento) dos vegetais. Está localizado no ápice do caule e dos ramos e numa posição subterminal nas raízes.

SECUNDÁRIO

Constituído por células que readquiriram a capacidade de divisão celular. Diferenciam das células do meristema primário pela presença de grandes vacúolos no citoplasma. Está localizado na casca e no cilindro central

Tecidos adultos ou permanentes – são tecidos provenientes da diferenciação e especialização das células meristemáticas e que compõem os órgãos dos vegetais superiores. De acordo com as funções que desempenham, os tecidos adultos podem ser classificados em:

a) tecidos de revestimento - são os tecidos mais externos do vegetal, revestindo e protegendo-o contra os agentes do meio ambiente e ao mesmo tempo permitindo o intercambio de substâncias. Compreendem a epiderme e o súber.

b) tecidos de sustentação - são tecidos vivos ou mortos que tem por função sustentar e dar resistência aos vegetais. Por isso são também denominados de mecânicos ou esqueléticos. Compreendem o colênquima e o esclerênquima.

c) parênquimas - são tecidos fundamentais, não muito diferenciados e que preenchem os espaços existentes entre os tecidos especializados. Considerando sua atividade funcional e anatômica, distinguimos os

seguintes tipos de parênquima: assimilador, de reserva, aqüífero e secreção.

d) tecidos de condução - são encarregados da condução da seiva bruta, para que nas folhas ocorra a fotossíntese e, posteriormente da seiva elaborada para todo o vegetal. Compreendem o xilema (lenho) ou floema (líber).

ORGANOGRAFIA VEGETAL

1. Raiz - é a parte do eixo da planta que fixa ao solo para dele absorver sais minerais em solução, matéria-prima para a fabricação de alimentos. A raiz é um órgão vegetativo, que tem sua origem na radícula do embrião. Geralmente é subterrânea e tem as seguintes funções: fixar o vegetal a um substrato, absorver água e sais minerais, conduzir substancias nutritivas e armazenar substâncias (reserva).

Constituição

Classificação - quanto ao meio onde se desenvolvem, as raízes classificam-se em: subterrâneas, aéreas e aquáticas.

2. Caule - órgão vegetativo, originado do caulículo e da gema do embrião, e que desempenha as seguintes funções: sustentação (folhas, flores e frutos), condução da seiva, fotossíntese (quando clorofilado) e armazenamento de substâncias.

Regiões do Caule

Nós – são regiões espessadas do caule de onde partem uma gema, uma folha ou um ramo.

Internos – são os espaços compreendidos entre dois nos ou folhas sucessivas.

Gemas – são estruturas constituídas por tecido meristemático que dá origem a folhas, ramificações e flores.

Classificação dos Caules - quanto ao meio em que vivem, os caules podem ser classificados em: aéreos, subterrâneos e aquáticos

Page 16: Resumão de biologia

Biologia Prof. Luciano e Tati 16

3. Folha - órgão vegetativo geralmente laminar, cuja origem esta nos meristemas primários do caule. A folha realiza as seguintes funções: fotossíntese, respiração, transpiração e gutação (ou sudação).

Constituição da Folha

Limbo – parte laminar onde são encontrados os tecidos clorofilados revestidos por uma epiderme.

Pecíolo – pequena haste que prende o limbo ao caule

Bainha – parte basal do pecíolo que abraça total ou parcialmente o caule.

Classificação

Quanto ao Aspecto do Limbo: composta (limbo todo dividido em folíolos) ou simples (limbo é indiviso).

Quanto a Nervura: paralelódromas (folhas com nervuras paralelas) ou reticulódromas (nervuras formam um retículo).

4. Flor - conjunto de órgãos constituídos por folhas modificadas, que tem por função produzir e proteger as estruturas encarregadas de reprodução sexuada nos vegetais fanerógamos. Constituição da Flor - uma flor completa apresenta verticilos florais de: sustentação (pedúnculo e receptáculo), proteção (cálice e corola) e de reprodução (androceu e gineceu).

Polinização - transporte do grão de pólen da antera ao estigma. Há dois tipos de polinização: direta e indireta. 5. Fruto - é o desenvolvimento do ovário, cujas funções são: proteger a semente, armazenar e permitir uma disseminação. Classificação dos Frutos

Quanto à deiscência: deiscentes – frutos que se abrem naturalmente para liberará semente ou indeiscentes – aqueles que não se abrem para liberar as sementes.

Quanto ao acúmulo de substâncias: frutos secos – não apresentam acumulo de substâncias nutritivas e sofrem desidratação quase que total quando maduros ou frutos carnosos – acumulo de grande quantidade de reserva nutritiva.

Pseudofrutos - são aqueles que se originam de outras partes da flor ou de diversos ovários de uma só flor ou de diversas flores agrupadas.

Simples – origina-se de outras partes de uma só flor.

Compostos – originam-se de diversos ovários de uma só flor.

Múltiplos – originam-se de diversas flores, são também chamados

de infrutescência. Ex.: abacaxi

Disseminação de Frutos e Sementes - fenômeno extremamente desejável e necessário para a preservação da espécie que, quanto mais variado e vasto seja o seu habitat, melhor condição de sobrevivência terá.

FISIOLOGIA VEGETAL A) Fotossíntese - processo de síntese orgânica a partir da qual os vegetais transformam a energia luminosa em energia química e armazenam em compostos orgânicos denominados de alimentos.

Etapas da Fotossíntese

Etapa Fotoquímica – conhecida como fotólise da água, ocorre a decomposição da molécula de H2O, liberando O2 e formando ATP e NADPH2.

Etapa Química – também conhecida como etapa escura, é uma fase puramente enzimática, onde não é mais a presença de luz. Nesta fase, o ATP e HADPH2, que foram produzidos na primeira fase, e que em conjunto, contribuem para a absorção de CO2 do ar, formando moléculas de açucares, onde fica armazenada a energia oriunda da luz.

Fatores que atuam na fotossíntese: intensidade luminosa, concentração de gás carbônico e temperatura.

Constituição do Fruto - o fruto é constituído das seguintes partes: pericarpo e semente. Pericarpo – compreende três camadas: epicarpo (a mais externa), mesocarpo (é a parte comestível na maioria dos frutos) e endocarpo (envolve diretamente as sementes e pode sofrer lignificação). Semente – é constituída pelo tegumento ou casca, proveniente da primina e da secundina do óvulo, e pela amêndoa, proveniente das partes internas do óvulo.

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B) Fitormônios - substâncias reguladoras do crescimento vegetal e caracterizam-se por agirem afastados dos locais de formação, atuando em pequenas quantidades, acelerando ou retardando o crescimento vegetal.

AUXINA produzido pelas células meristemáticas dos ápices dos caules e raízes, das folhas jovens e embriões de sementes, deslocando-se sempre no sentido ápice-base de um determinado órgão promovendo o crescimento vegetal

GIBERELINA os principais efeitos desse hormônio é acelerar o alongamento das plantas, estimular a germinação das sementes quebrando a dormência, estimular a floração prematura e a formação de frutas carnosas.

CITOCININA Atua na divisão celular, atrasa a caulinar senescência foliar, a aplicação de citocinina pode causar a liberação da dominância apical em gemas laterais

ETILENO Gás que está relacionado à maturação dos frutos.

ÁCIDO ABSCÍSICO é usado como inibidor do desenvolvimento das raízes e esta relacionado à queda das folhas

C) Movimentos Vegetais - os vegetais apresentam manifestações de sensibilidade através de movimentos ou reações de crescimento, controladas por efeitos hormonais.

Tropismos – crescimentos orientados, induzidos por algum fator ambiental, podendo se manifestar sob forma de curvatura de caules e raízes. - Tropismo positivo: crescimento orientado no sentido do estimulo

- Tropismo negativo: crescimento orientado no sentido oposto ao estimulo.

Fototropismo – LUZ

Geotropismo – AÇÃO DA GRAVIDADE.

Quimiotropismo – SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ESPECIAIS.

Tigmotropismo – CONTATO.

Tactismo – movimentos orientados de locomoção em relação a um estímulo.

Fototactismo – LUZ

Quimiotactismo – SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS.

Termotactismo – TEMPERATURA.

Nastismos – movimentos não orientados, não importando a natureza e a direção de estímulo.

Fotonastismos – VARIAÇÕES DE LUZ

Tigmonastismos – TOQUE

Sismonastismos – CHOQUE MECÂNICO.

6. RREEIINNOO AANNIIMMAALLIIAA OOUU MMEETTAAZZOOAA –– reúne os animais, organismos eucariontes, pluricelulares e heterótrofos.

HHIISSTTOOLLOOGGIIAA AANNIIMMAALL – os tecidos animais podem ser classificados em quatro tipos funcionais:

Tecido Epitelial - tecido que apresenta pouca substancias intersticial, células justapostas, intensa atividade reprodutiva e avascular.

Tecido Epitelial de Revestimento

Tecido Epitelial Glandular

* Forra todas as cavidades do corpo e toda a superfície externa. Basicamente pode apresentar uma única camada de células (epitélio simples), várias camadas (epitélio estratificado), uma camada de células em alturas diferentes (pseudoestratificado) ou conforme a distensão ou contração do órgão suas células variam (transição).

MEMBRANAS SEROSAS x MUCOSAS

Constitui o tecido formador das glândulas, elas são classificadas em: Glândulas Exócrinas – presença de ductos e lançam seu produto para o meio externo. Glândulas Endócrinas – não apresentam ductos e a suas secreção é eliminada diretamente na corrente sanguínea (hormônio). Glândulas Mistas – possuem uma porção endócrina e outra exócrina.

Tecido conjuntivo - grande quantidade de substância intersticial, rico em fibras (colágenas, elásticas e reticulares) e vários tipos celulares.

Fibroblastos – formam fibras.

Macrófagos – células ricas em lisossomos (defesa).

Mastócitos – produção de heparina e histamina.

Plasmócitos – produção de anticorpos.

Melanócitos – produção de melanina.

Adipócitos – armazenamento de gordura.

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - localizado abaixo da epiderme, entremeado com outros tecidos, tem como principais funções: sustentação e nutrição de outros tecidos, acúmulo de gordura e resistência.

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Tecido Conjuntivo Cartilaginoso – forma as cartilagens, sem vasos sangüíneos e linfáticos, sem nervos e com nutrição a partir do pericôndrio.

Células = Condroblastos + Condrócitos

Tecido Conjuntivo Ósseo – tecido de sustentação, apresenta uma matriz óssea (substancia inorgânica 65% e substancia orgânica 35%)

Células = Osteoblastos – Osteócitos – Osteoclastos

Tecido Conjuntivo Hematopoético – é tecido formador dos elementos do sangue. É classificado em: a) Mielóide – formador das hemáceas e alguns leucócitos (medula óssea vermelha) b) Linfóide – formador de alguns leucócitos e plasmócitos (Gânglios Linfáticos).

Sangue

PLASMA - porção liquida do sangue, é basicamente formado por água (90%), corresponde a aproximadamente 55% do sangue. O fibrinogênio é a principal proteína encontrada no plasma.

ELEMENTOS FIGURADOS Hemácias – células anucleadas, responsáveis pelo transporte de gases através do pigmento hemoglobina, rico em ferro e de cor avermelhada. Leucócitos – células responsáveis pela defesa do organismo. Estão divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos. Plaquetas – não são células e sim fragmentos de célula denominadas megacariócitos. Estão relacionadas ao processo de

coagulação do sangue.

Associações da Hemoglobina com Gases

Hg + Oxigênio = Oxiemoglobina Hg + Gás Carbônico = Carboemoglobina

Hg + Monóxido de Carbono = Carboxiemoglobina

Tecido Muscular - tecido de origem mesodérmica, sendo caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas células, o que determina o movimento dos membros e das vísceras.

Tecido Muscular Estriado – representa a maior massa do organismo. Tem como características: células alongadas, multinucleadas com núcleos periféricos, presença de estrias transversais, contração voluntária.

Tecido Muscular Estriado Cardíaco – apresenta células mononucleadas com núcleos centrais, apresenta estrias transversais e sua contração é involuntária. Tecido Muscular Liso – tecido formador de algumas vísceras, com células alongadas e fusiformes; células mononucleadas e sua contração é involuntária.

Tecido Nervoso - tecido formador do Sistema Nervoso, responsável recepção de estímulos externos e condução dos estímulos recebidos para os músculos e glândulas, contraindo os primeiros e ativando as secreções das últimas.

* Sinapse – passagem de estimulo nervoso de um neurônio para outro (local entre neurônios = sinapse nervosa) * Transmissão do Impulso Nervoso

Dendrito Corpo Celular Axônio

Neurônio – possui a capacidade de receber e transmitir o impulso nervoso.

Corpo Celular – parte mais alongada do neurônio, onde está localizado o núcleo.

Axônio – eixo cilíndrico, onde em sua porção final estão ramificações.

Dendritos – prolongamento que partem do corpo celular.

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CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO 1. Filo PorIfera – representado por animais aquáticos (marinhos ou de água doce), com diferenciação histológica pouco acentuada, isolados ou coloniais, parede do corpo com numerosos poros, simetria radial e sésseis.

Estrutura: * átrio ou espongiocele – é a cavidade central que permite a circulação da água. * ósculo - é o orifício superior que permite a saída da água que circula através do corpo da esponja. * sistemas ausentes: os processos de excreção, circulação e respiração são realizados por difusão. Digestão intracelular (coanócitos). Esqueleto – formado por espículas (silicosas e calcáreas) e/ou fibras

de espongina.

Tipos Anatômicos de Esponjas

Reprodução das Esponjas

Assexuada – as esponjas podem ser reproduzir assexuadamente por brotamento ou gemulação.

Sexuada – não apresentam gônadas, mas produzem gametas que se formam a partir de células da mesogléia. A fecundação é interna e o desenvolvimento é indireto, com larvas denominadas de anfiblástulas. 2. Filo Coelenterata ou Cnidária – representado por animais diblásticos, com simetria radial e com organização tecidual superior a das esponjas, são animais aquáticos (a maioria marinhos), e se apresentam de dois tipos: pólipo (fixo) e medusa (livre natante). Os cnidários, também chamados de celenterados, são os primeiros animais a apresentar uma cavidade digestiva (gastrovascular) mas não apresentam abertura anal, que caracteriza um tubo digestivo incompleto.

Cnidoblastos - células destinadas ao ataque e defesa.

Estrutura

Respiração – por difusão.

Circulação – na cavidade gastrovascular. Digestão – extra e intracelular; sistema digestivo incompleto.

Excreção – por difusão.

Sistema Nervoso – presente (rede de células nervosas espalhada por todo o corpo).

Sistema Esquelético – nas medusas não há, mas nos corais podem apresenta um exoesqueleto calcário.

Reprodução: * Assexuada – brotamento (em pólipos). * Sexuada – algumas espécies apresentam um ciclo de vida complexo, onde alternam gerações de pólipo e medusa (alternância de gerações ou metagênese).

Classificação - estão distribuídos em três classes.

1. Classe Hydrozoa

predominam as formas polipóides. Em certas espécies há apenas pólipos como as Hydra sp. Existem hidrozoários coloniais como as caravelas.

2. Classe Anthozoa

nesta classe existe apenas forma polipóides. Os representantes mais conhecidos dessa classe são as anêmonas-do-mar e os corais.

3.Classe Scyphozoa

predominam as formas medusóides. Em certas espécies de medusas, podem medir de centímetros até 2 metros de diâmetros.

3. Filo Platyelmintes - são animais triblásticos, acelomados, com simetria bilateral, agrupa animais de corpo achatado, podem ser segmentados ou não, de vida livre ou parasita.

Estrutura

As funções de circulação e respiração são realizadas através da parede do corpo do animal (difusão).

Sistema Tegumentário – formado por epitélio simples, revestido por uma cutícula.

Sistema Digestivo – incompleto. A digestão é intra e extracelular.

Sistema Excretor – composto por células flamas.

Sistema Nervoso – ganglionar ventral.

Reprodução Assexuada: fragmentação e regeneração em turbelários. Sexuada: fecundação interna (maioria); podem ser monóicos (planárias e tênias) ou dióicos (esquistossomos); com ou sem estágio larval.

Classificação - existem aproximadamente 13000 espécies descritas neste filo, divididas em três classes:

1. Classe Turbellaria

reúne os platelmintos de vida livre (planárias), que são aquáticas ou terrestres.

2. Classe Trematoda

reúne os parasitas (ectoparasitos ou endoparasitos). Apresentam uma cutícula resistente que os protegem contra eventuais ataques do hospedeiro. Na região anterior do corpo existem geralmente ventosas especializadas na fixação do verme ao hospedeiro. Seu representante mais comum é o Schistosoma mansoni (verme causador da barriga-da-água).

3.Classe Cestoda reúne os vermes achatados com corpo alongado (semelhante à fita). Os representantes mais conhecidos são as tênias (Taenia solium e Taenia saginata).

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Fasciola

Schistossoma

Taenia

4. Filo Aschelminthes - são animais de corpo alongado e cilíndrico, não segmentados, triblásticos, pseudocelomados, com simetria bilateral. A maioria é de vida livre, mas muitos são parasitas de vegetais e animais.

Estrutura

As funções de circulação e respiração são realizadas através da parede do corpo do animal (difusão).

Sistema Tegumentário – é constituído por uma epiderme recoberta por cutícula.

Sistema Muscular – uma camada de músculos.

Sistema Digestivo – completo (boca, faringe, esôfago, intestino e ânus). Digestão intra e extracelular

Sistema Excretor – dois canais excretores, localizados um em cada lado do corpo, que se unem na porção anterior formando um poro excretor.

Sistema Nervoso – anel de células nervosas em torno da faringe com dois cordões nervosos longitudinais.

Reprodução – são animais geralmente dióicos, com fecundação interna e desenvolvimento indireto, quase sempre com dimorfismo sexual.

5. Filo Annelida - são os vermes cilíndricos, triblásticos, celomados, com simetria bilateral e nítida segmentação do corpo externa e interna. Podem ser aquáticos (marinhos ou dulcicolas) ou terrestres.

Estrutura

Tegumento – possuem uma epiderme com cutícula permeável e glândulas mucosas que a mantém úmida, para que seja feita a respiração cutânea. Encontram-se também células fotorreceptores e sensitivas.

Sistema Respiratório – branquial (marinhos) ou cutânea (terrestres).

Sistema Circulatório – sistema circulatório fechado (sangue, vasos sanguíneos e arcos aórticos ou corações).

Sistema Digestivo – completo. Digestão extracelular.

Sistema Excretor – metanefrídeos (1 par por segmento).

Sistema Nervoso – cadeia nervosa ventral, com um par de gânglios por segmento e gânglios cerebrais bem desenvolvidos. Como elementos sensoriais aparecem células e órgãos sensitivos para o tato, paladar e percepção de luz.

Reprodução - apresentam reprodução sexuada; algumas espécies são hermafroditas (como a minhoca e sanguessuga), outras são dióicas (poliquetos). Com ou sem estágios larvais.

Classificação - compreende três classes: 1. Classe

Oligochaeta a maioria vive em solos úmidos ou em ambientes

de água doce. Apresentam poucas cerdas. 2. Classe

Polychaeta com espécies marinhas, que possuem várias

cerdas corporais e parápodes. 3. Classe Hirudinea

habitam ambientes terrestres ou aquáticos, não têm cerdas nem parápodes, com corpo ligeiramente

achatado. Os representantes mais conhecidos dos hirudíneos são as sanguessugas.

6. Filo Mollusca - são animais de corpo mole, não segmentado, dividido em cabeça, pé e massa visceral, geralmente protegido por concha. Em geral são aquáticos, mas há representantes terrestres. A simetria é bilateral. São triblásticos e celomados.

Estrutura

Sistema Tegumentário – revestidos por um epitélio simples rico em glândulas mucosas. O tegumento possui uma prega, o manto que reveste a massa visceral e secreta as substâncias que formam a concha.

Sistema Digestivo – completo. Digestão predominante extracelular. Presença de rádula.

Sistema Respiratório – respiração pode ser cutânea, branquial ou pulmonar.

Sistema Circulatório – sistema do tipo aberto (cefalópodes com sistema circulatório fechado).

Sistema Excretor – nefrídios.

Reprodução – fecundação interna e cruzada, com espécies

monóicas e espécies. Desenvolvimento indireto (véliger e trocófora).

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Classificação 1. Classe Polyplacophora

possuem na superfície dorsal uma armadura calcária composta por placas parcialmente sobrepostas. São todos marinhos.

2. Classe Scaphopoda

pequenos animais dotados de uma concha cônica e alongada. São marinhos, e vivem parcialmente enterrados na areia

3. Classe Gastropoda

corresponde ao maior grupo de moluscos, aquáticos ou terrestres. A concha, quando presente, tem formato helicoidal.

4. Classe Pelecypoda ou Bivalvia

são encontrados em água doce ou salga- da. Sua concha possui duas partes que encerram completamente o corpo do ani- mal.

5. Classe Cephalopoda

moluscos sem concha externa, exclusiva- mente marinhos. O pé dos cefalópodes é dividido em tentáculos.

7. Filo Arthropoda - são animais cuja principal característica é apresentar patas articuladas e corpo segmentado. Apresentam exoesqueleto quitinoso sujeito a mudas ou ecdises. O exoesqueleto é trocado periodicamente através das mudas ou ecdises, para permitir o crescimento dos artrópodes.

Estrutura

Sistema Digestivo – completo. Digestão extracelular. Peças bucais para manipular e tritura o alimento.

Sistema Circulatório – sistema circulatório aberto, com hemolinfa.

Sistema Respiratório – branquial (crustáceos), traqueal (insetos e aracnídeos) e pulmonar ou filotraqueal (aracnídeos).

Sistema Excretor – glândula verde (crustáceos), túbulos de Malpighi (insetos e aracnídeos) e glândulas coxais (aracnídeos).

Sistema Nervoso – composto por um cérebro e por uma cadeia nervosa ventral que se ramifica por todo corpo. Como elementos sensoriais aparecem órgãos de equilíbrio, olhos compostos e pêlos sensoriais.

Reprodução – fecundação externa ou interna; espécies dióicas; desenvolvimento direto ou indireto, com metamorfose gradual

(hemimetábolos) ou completa (holometábolos).

Gráfico que mostra o crescimento de um artrópode

Classificação - as cinco principais classes do filo dos artrópodes são:

Classe Insecta * corpo dividido em: cabeça, tórax e abdome. * um par de antenas. * três pares de patas.

Classe Chilopoda

* divisão do corpo: cabeça e um tronco alongado. * 1 par de antenas. * cada segmento do corpo tem um par de patas.

Classe Diplopoda

* corpo alongado, cilíndrico dividido em cabeça e tronco. * dois pares de patas por segmentos. * duas antenas curtas.

Classe Crustacea

* corpo dividido em cefalotórax e abdome. * inúmeras e diferentes patas, sendo cinco pares no tórax. * dois pares de antenas e olhos compostos.

Classe Arachnida

* corpo dividido em cefalotórax e abdome. * possuem um par de quelíceras, um par de pedipalpos e quatro pares de patas ambulacrárias.

Aracnídeos – Ordem Acarí

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Diplópode

Quilópode 8. Filo Echinodermata – são animais com simetria bilateral ou pentarradial, triblásticos, celomados e deuterostômios. Agrupa animais com endoesqueleto e corpo não segmentado recoberto por saliências espinhosas.

Estrutura

Sistema Tegumentar – corpo recoberto por espinhos, que se movimentam lentamente por causa dos músculos presente em sua base. Possuem projeções tubulares denominadas de pés ambulacrários.

Sistema Digestivo – completo. Digestão extracelular. Lanterna de Aristóteles nos ouriços.

As funções de respiração, circulação e excreção são realizadas através do sistema ambulacral.

Sistema Nervoso – consiste de um anel nervoso, que circunda a boca e emite prolongamentos nervosos.

Reprodução - são dióicos, sem dimorfismo sexual. A fecundação é

externa e o desenvolvimento é indireto.

Classificação

Classe Holoturoidea – pepino-do-mar

Classe Echinoidea – ouriço-do-mar

Classe Ophiuroidea – serpente-do-mar

Classe Asteroidea – estrela-do-mar

Classe Crinoidea – lírio-do-mar

Ouriço-do-mar – lanterna de Aristóteles

9. Filo Chordata - compreende animais triblásticos, celomados e deuterostômios, com simetria bilateral e corpo segmentado.

Notocorda eixo longitudinal de sustentação do corpo. Forma-se dorsalmente, acima do tubo digestivo e abaixo do tubo neural. Persiste por toda a vida nos protocordados, enquanto nos adultos de cordados superiores é substituída pela coluna vertebral. Tubo Neural tubo localizado na região dorsal do embrião, acima da notocorda. Dá origem ao sistema nervoso central dos cordados adultos. Fendas Branquiais aberturas laterais da faringe. Nos cordados aquáticos, dão origem às brânquias nos adultos. Nos demais que possuem respiração pulmonar, as fendas se fecham durante o desenvolvimento.

Classificação - compreende três subfilos:

1. SubFilo Urochordata - compreende animais protocordados exclusivamente marinhos, apresentando notocorda apenas na fase larval (cauda). São fixos sobre rochas e alguns coloniais. 2. SubFilo Cephalocordata – reúne animais que apresentam, em todas as fases de desenvolvimento, as três características básicas dos cordados. Os cefalocordados são considerados um grupo de transição entre os protocordados e os vertebrados mais simples. 3. SubFilo Vertebrata - a característica fundamental dos vertebrados é a presença de um eixo longitudinal de sustentação do corpo: a coluna vertebral. A coluna substitui a notocorda do embrião e é formada por numerosas vértebras.

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Urocordados – Tunicados

Cefalocordado- - anfioxo

VERTEBRADOS

a) Superclasse Agnatha - são os vertebrados mais primitivos, sendo conhecidos como lampréias e peixe-bruxa. Os agnatos não possuem mandíbula e possuem uma boca circular. São animais exclusivamente aquáticos, dióicos e com fecundação externa.

Padrão Evolutivo:

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b) Superclasse Gnathostomata – reúne os vertebrados que possuem mandíbula. Divide-se em:

1. Classe Chondrichthyes – reúne os peixes que possuem esqueleto totalmente cartilaginoso. São predominantemente marinhos, mas algumas espécies são dulcícolas.

2. Classe Osteichthyes – reúne os peixes que possuem o esqueleto predominantemente ósseo. Habitam tanto o meio marinho como dulcícola.

Fisiologia das classes Chondrichthyes e Osteichthyes

corpo recoberto por escamas, locomoção por nadadeiras.

Sistema Digestivo – completo, com glândulas anexas. * Peixes cartilaginosos: fendas na faringe; intestino com a válvula em espiral (aumento de absorção); aparelho digestivo termina em cloaca. * Peixes ósseos: estômago desenvolvido (secreção de enzimas digestivas); aparelho digestivo termina em ânus.

Sistema Respiratório – branquial. Nos peixes cartilaginosos as fendas braquiais não possuem opérculos e nos ósseos está presente.

Sistema Excretor – renal, sendo o produto final a uréia e a amônia.

Sistema Circulatório – é do tipo fechado, coração com duas cavidades, um átrio e um ventrículo.

Sistema Nervoso – O SNC apresenta um pequeno encéfalo e a medula espinhal.

Reprodução – espécies dióicas. Nos cartilaginosos, a fecundação é interna, podem ser ovíparos e vivíparos, com desenvolvimento direto. Nos peixes ósseos a fecundação geralmente é externa, maioria são ovíparos e seu desenvolvimento é indireto (alevino).

Evolução – Peixes - Anfíbios

3. Classe Amphibia (Anfibios) - possuem vida dupla, iniciando na água doce e posteriormente no meio terrestre. Apresentam quatro patas (tetrápodos), esqueleto mais reforçado e musculatura mais desenvolvida, para facilitar a locomoção no ambiente terrestre.

Fisiologia da Classe Amphibia

Sistema Tegumentário – são revestidos por uma pele resistente, úmida e com função respiratória.

Sistema Respiratório – branquial (larva), pulmonar e cutânea (adulto).

Sistema Circulatório – circulação dupla, fechada e incompleta, pois o coração possui apenas dois átrios e um ventrículo.

Sistema Digestivo – completo. Não possuem dentes. O estomago é grande e o intestino termina em cloaca.

Sistema Excretor – renal, com dois ureteres e bexiga urinária que desemboca na cloaca.

Sistema Nervoso – apresenta-se dividido em SNC e SNP.

Reprodução – animais dióicos, a fecundação é externa, com cópula;

o desenvolvimento é indireto.

Sistemática - está dividida em três ordens:

Anura – anfíbios sem cauda – sapo, rãs e perereca.

Urodela – anfíbios com cauda – tritão e salamandra.

Apoda – anfíbios sem patas – cobra-cega.

4. Classe Reptilia – na evolução dos vertebrados foram os répteis que conquistaram, definitivamente, pela primeira vez, o ambiente terrestre seco.

Fisiologia da Classe Reptilia

Sistema Tegumentário – não apresentam glândulas, apresentando uma epiderme com escamas ou placas córneas.

Sistema Digestivo – completo. Boca com dentes, a língua é desenvolvida e todos possuem cloaca.

Sistema Excretor – apresentam rins, dos quais partem os ureteres e desembocam na cloaca.

Sistema Respiratório – pulmonar

Sistema Circulatório – a circulação é dupla, fechada e incompleta, pois o coração apresenta três cavidades, exceto nos répteis crocodilianos.

Reprodução – espécies dióicas, com dimorfismo sexual pouco acentuado, a fecundação é interna, em geral são ovíparos, mas podem ser ovovivíparos e vivíparos.

Sistemática – nesta classe existem cerca de 6500 espécies divididas em:

Ordem Quelônia – tartarugas, jabutis e cágados.

Ordem Crocodilia – jacaré, crocodilo e aligátor.

Ordem Escamados – Lacertílios (lagarto, iguana, camaleão, lagartixa) e Ofídios (cobras).

5. Classe Aves - originaram-se a partir de répteis, tendo características adaptadas para o vôo.

Fisiologia da Classe Aves

Sistema Tegumentário – o corpo das aves é recoberto por penas. A pele das aves não possui glândulas; glândulas uropigiais na cauda produzem uma secreção que impermeabiliza e lubrifica.

Sistema Digestivo – completo, apresentam papo e moela. Intestino termina em cloaca.

Sistema Excretor – excreção renal, com dois ureteres desembocando na cloaca e não possuem bexiga urinária.

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Sistema Respiratório – pulmonar. Pulmões ligados a sacos aéreos e a cavidades dos ossos pneumáticos.

Sistema Circulatório – circulação é fechada, dupla e completa. O coração é tetracavitário.

Reprodução – espécies dióicas, com fecundação interna e ovíparas;

desenvolvimento é direto.

Sistemática –dividide-se em dois grupos:

Ratitas – com asas reduzidas ou ausentes, e osso esterno sem quilha. Ex.: ema, avestruz e quivi.

Carinatas – asas bem desenvolvidas e esterno com quilha. Ex.: pelicano, pingüim, papagaio, pombo, etc.

6. Classe Mammalia – as principais características dos mamíferos são: presença de glândulas mamárias, viviparidade e pêlos recobrindo total ou parcial o corpo.

Fisiologia da Classe Mammalia

Sistema Tegumentário – corpo das aves recoberto por pêlos. Presença de diversas glândulas: sebáceas, sudoríparas, lacrimais, mamárias, etc.

Sistema Digestivo – completo. Intestino termina em ânus.

Sistema Excretor – excreção renal, com dois ureteres desembocando em uma bexiga urinária e uretra.

Sistema Respiratório – pulmonar.

Sistema Circulatório – circulação é fechada, dupla e completa. O coração é tetracavitário.

Reprodução – espécies dióicas, com fecundação interna; ovíparas

ou vivíparas; desenvolvimento direto.

Sistemática - os mamíferos estão divididos em três subclasses:

a) Subclasse Monotremada – são mamíferos ovíparos. Ex.: ornitorrinco e équidna.

b) Subclasse Marsupiais – são mamíferos em que a fêmea possui uma bolsa (marsúpio). Ex.: canguru, coala.

c) Subclasse Placentários – são mamíferos nos quais o seu embrião completa todo o seu desenvolvimento dentro do organismo da fêmea. As principais ordens são:

Ordem Chiroptera – morcegos

Ordem Primata – macacos, lêmures, homem

Ordem Carnívora – cães, lobos, gatos, leões, tigres

Ordem Proboscídea – elefante

Ordem Sirenia – peixe-boi

Ordem Perissodactyla – rinocerontes, cavalos, zebras

Ordem Artiodactyla – camelos, girafas, bois cabras

Ordem Cetácea – baleias e golfinhos

Ordem Rodentia – marmotas, capivaras, ratos, castores

Ordem Lagomorpha – coelhos e lebres.

FFIISSIIOOLLOOGGIIAA HHUUMMAANNAA

1. Sistema Digestório

Anexos

Fígado – local de produção da bile, que tem como função emulsificar as gorduras.

Vesícula Biliar – armazena a bile.

Pâncreas – glândula mista, libera o suco pancreático.

Glândulas Salivares – produção de saliva.

4º Etapa

Intestino Grosso - reabsorção de líquidos e formação faz fezes

3º Etapa

Intestino Delgado (duodeno, jejuno e íleo) - peristaltismo e processo químico (quilificação). Meio básico. * pâncreas (suco pancreático) * fígado (bile) * células intestinais (suco entérico)

1º Etapa

Boca: processo mecânico (mastigação e deglutição) e processo químico (insalivação – Enzima: ptialina substrato (amido) – produto (maltose). Meio neutro.

Faringe e Esôfago: conduzem o bolo alimentar até o esôfago. A

faringe é comum ao sistema digestório e respiratório

2º Etapa

Estômago: movimentos peristálticos e processo químico (quimificação – suco gástrico = HCl + pepsinogênio (enzima inativa)

pepsina (enzima ativa). Meio ácido

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2. Sistema Respiratório - é formado pelos pulmões e pelas vias respiratórias.

Evolução – Sistema Respiratório

• Alvéolos Pulmonares – cada pulmão tem cerca de 150 milhões de alvéolos, é nesse local que ocorre a hematose.

Pulmões – o pulmão humano é um órgão esponjoso envolvido por duas membranas denominadas pleuras.

Controle da Respiração – o ritmo respiratório é controlado pelo bulbo, localizado na base do encéfalo. A respiração normal é rítmica e involuntária.

Inspiração – é o movimento de expansão do tórax, com a conseqüente entrada de ar nos pulmões.

Expiração – é o movimento de contração do tórax, com a liberação do ar dos pulmões.

3. Sistema Circulatório – a circulação consiste no transporte de O2 e substâncias nutritivas para todo o organismo, com a finalidade de manter o metabolismo e a eliminação dos produtos de excreção.

Vias Respiratórias

Fossas Nasais – duas cavidades que começam nas narinas e terminam na faringe, são separadas por uma parede cartilaginosa (septo nasal). Funções: filtração do ar (pêlos), aquecimento (vascularização), umidificação (muco) e sensorial.

Faringe – canal que comunica a boca com as fossas nasais.

Laringe – tubo sustentado por cartilagens, com pregas (cordas vocais). A entrada da laringe chama-se de glote, acima dela está a epiglote, que impede que o alimento ingerido penetre pelas vias respiratórias.

Traquéia – órgão rico em células ciliadas para a retenção das impurezas do ar; células liberam muco.

Brônquios – bifurcação da traquéia (epitélio ciliado).

Bronquíolos – ramificações dos brônquios. As ramificações dos bronquíolos terminam em pequenas bolsas chamadas de alvéolos

pulmonares.

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Coração – formado por um músculo (miocárdio), que é revestido externamente por uma membrana denominada de pericárdio. Possui 4 cavidades: entre o átrio direito e o ventrículo há uma válvula a tricúspide. Entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo há a válvula mitral.

Sístole – contração de uma câmara cardíaca.

Diástole – relaxamento de uma câmara cardíaca.

OBSERVAÇÂO: Nódulo Sinoatrial

Vasos Sanguíneos

Artérias – vasos com camada elástica; são eles que levam o sangue do coração para o resto do corpo.

Arteríolas – são ramificações das artérias

Veias – vasos sem camada elástica, não pulsáteis e apresentam valvas que impedem o refluxo do sangue.

Vênulas – são ramificações das veias.

Capilares sanguíneos – são os menores vasos; estão em intimo

contato com os tecidos.

Grande Circulação ou Circulação Sistêmica

VE corpo AD.

Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar

VD Pulmões AE.

4. Sistema Linfático – constituído por uma vasta rede de vasos. Função: drenar o excesso de líquido tissular que não retorna aos capilares sanguíneos, reconduzindo-o à circulação.

Linfa – líquido que circula pelos vasos linfáticos, desprovido de hemácias e com alta quantidade de leucócitos.

Gânglios Linfáticos – filtram a linfa; nesses locais há um grande número de linfócitos e macrófagos.

5. Sistema Excretor - corresponde ao Sistema Urinário e as Glândulas sudoríparas. Função: eliminar as excretas nitrogenadas.

Sistema Urinário

Formação da Urina

Filtração – os capilares sanguíneos do glomérulo deixam extravasar, através de suas finas paredes, substâncias químicas presentes no sangue como água, uréia, glicose, sais, que passam para a cápsula de Bowmann e atingem o túbulo contorcido proximal, onde constituem o filtrado glomerular (semelhante ao plasma sanguíneo, mas só que não tem proteínas).

Reabsorção – ocorre ao longo do túbulos contorcidos; as paredes absorvem glicose, vitaminas e hormônios, etc.

Secreção – os néfrons desembocam em ductos coletores de urina, que se unem para formar canais cada vez mais grossos. A fusão dos ductos origina os ureteres.

Quanto a Excreção de Compostos nitrogenados os animais podem ser Classificados:

Amoniotélicos – produto final da redução de aminoácidos é a amônia. Ex.: invertebrados, peixes.

Uricotélicos – produto é o acido úrico. Ex.: insetos em geral, répteis em geral e aves.

Ureotélicos – produto é a uréia. Ex.: mamíferos, anfíbios, quelônios e

condríctes.

6. Sistema Nervoso - realiza a integração do organismo, comandando o funcionamento harmônico da vida vegetativa e da vida de relação.

Divisão do Sistema Nervoso

a) Sistema Nervoso Central

Encéfalo – conjunto de órgãos localizados no interior do crânio.

Medula – cordão nervoso alojado no interior da coluna vertebral. As funções da medula são: transmitir as excitações sensitivas vindas da periferia e transmitir as ordens do cérebro para a periferia.

Substância cinzenta - encéfalo (externa) e medula (interna) Substância branca - encéfalo (interna) e medula (externa)

Meninges – membranas protetoras = dura-máter, aracnóide e pia-máter. Entre a aracnóide e a pia-máter há um liquido amortecedor de choques, denominado líquor.

Rins – localizados na região dorsal da cintura, possuem uma camada externa denominada de córtex e uma camada interna denominada de medula. Os rins têm como função filtrar o sangue; são formados por unidades excretoras renais chamadas de néfrons.

Ureteres – canais que vão desembocar na bexiga urinária.

Bexiga Urinária – bolsa de parede elástica que serve para acumular a urina produzida nos rins.

Uretra – tubo que parte da bexiga e comunica-se com o meio externo.

CÉREBRO – coordenação dos atos involuntários, possui o centro de controle dos sentidos, memória, etc. CEREBELO – coordenação dos movimentos corporais e controle hídrico. TÁLAMO – estação retransmissora. HIPOTÁLAMO – atua na temperatura, pressão sanguínea e comportamento sexual. MESENCÉFALO – reflexos. PONTE – faz conexão entre o cérebro e a medula. BULBO – atua sobre os ritmos cardíacos, respiratórios e aspectos da digestão.

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b) Sistema Nervoso Periférico

Nervos Cranianos – são nervos que nascem no encéfalo.

Nervos Raquidianos – nervos que nascem na medula, trazendo excitações para a medula.

c) Sistema Nervoso Autônomo

S. N. A.

Simpático

estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse.

S. N. A.

Parassimpático

estimula atividades relaxantes, como a redução da pressão arterial, etc.

8. Sistema Endócrino – constituído pelas glândulas endócrinas, que produzem os hormônios, substâncias químicas transportadas pelo sangue que estimulam ou inibem as funções dos órgãos alvo.

Localização das Glândulas Endócrinas

.

Reprodução Humana

Aparelho Reprodutor Masculino

Canal Ejaculador – do canal deferente os espermatozóides passam para o canal ejaculador e daí para o interior da uretra.

Glândulas Bulbouretrais – também conhecidas com glândulas de Cowper, são duas estruturas que produzem uma secreção viscosa que também faz parte do sêmen que facilita a reprodução sexual devido ao caráter lubrificante.

Pênis – órgão masculino de cópula. Quando suas artérias se dilatam e uma grande quantidade de sangue fica retida em certos espaços de natureza esponjosa; isso torna o pênis ereto. O pênis abriga também a uretra, canal pelo qual o sêmen é projetado para o meio externo e também a eliminação da urina.

Aparelho reprodutor Feminino

Testículos – são as gônadas masculinas. No interior de cada

testículo existem dezenas de pequenas estruturas denominadas de túbulos seminíferos, onde os espermatozóides são produzidos. Preenchendo esse espaço entre os túbulos seminíferos encontram-se as células de Leydig produtoras de hormônio masculino.

Epidídimo – local de armazenamento temporário dos espermatozóides.

Canal Deferente – do epidídimo os espermatozóides passam para o canal deferente, um tubo longo no qual são descarregados os líquidos seminais e prostáticos. O liquido seminal é produzido pelas vesículas seminais, com função nutritiva para os espermatozóides. O liquido prostático é produzido pela próstata, apresenta-se alcalino e contribui para neutralizar a acidez das secreções vaginais e também a própria uretra do homem.

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Ciclo Menstrual – é o período que corresponde ao inicio da menstruação até um dia que antecede o inicio da próxima menstruação.

Menstruação – é a eliminação das células da mucosa uterina (endométrio). Esse fenômeno ocorre em média a cada 28 dias durante a vida fértil da mulher.

EECCOOLLOOGGIIAA

** NNOOMMEENNCCLLAATTUURRAA EECCOOLLÓÓGGIICCAA

População – grupo de indivíduos de uma mesma espécie.

Comunidade (Biocenose) – conjunto de populações existentes em uma determinada área

Ecossistema – conjunto formado pela comunidade e o ambiente

Biosfera – conjunto de todos os ecossistemas

Bioma – é a flora, a fauna e o clima da região.

Biótopo – área restrita da natureza onde determinados seres vivem

Biomassa – quantidade de matéria orgânica em um ecossistema.

Ecótono – zona de transição entre duas comunidades diferentes onde a flora e a fauna são em parte diferentes.

Habitat – é o local onde habita determinado individuo

Nicho Ecológico – é o papel desempenhado pelo individuo na comunidade.

Fatores Abióticos – são os relacionados às qualidades físicas ou químicas do ambiente.

Fatores Bióticos – são determinados pelas relações entre os seres

vivos.

** CCAADDEEIIAASS AALLIIMMEENNTTAARREESS -- é a relação entre os seres vivos que se alimentam e que servem de alimento. Componentes de uma cadeia alimentar (níveis tróficos):

produtores – são organismos fotossintetizantes, que geram a energia e a biomassa que circulam pela cadeia alimentar; são representados pelas PLANTAS e ALGAS.

consumidores – soa organismos heterótrofos, que alimenta-se dos produtores ou de outros consumidores. Podem ser: PRIMÁRIOS (alimentam-se diretamente dos produtores), SECUNDARIOS (alimentam-se dos herbívoros), TERCIÁRIOS (alimentam-se dos secundários), ETC.

decompositores – são heterotróficos, decompõem os cadáveres de produtores e de consumidores, liberando substâncias simples ao meio ambiente.

** TTEEIIAASS AALLIIMMEENNTTAARREESS -- é o conjunto de varias cadeias alimentares.

** PPIIRRÂÂMMIIDDEESS EECCOOLLÓÓGGIICCAASS -- a transferência de matéria e de energia nos ecossistemas é freqüentemente representada na forma gráfica mostrando as relações entre os diferentes níveis tróficos em termos de quantidade. Como há perda de matéria e de energia em cada nível trófico, as representações adquirem a forma de pirâmides.

Pirâmide de Números – indica o número de indivíduos em cada nível trófico.

Pirâmide de Biomassa – representa a quantidade de substância viva nos ecossistemas ou em cada nível trófico, a fim de saber as quantidades de matéria e energia disponíveis em cada nível e avaliar a eficiência nas transferências de um nível para outro.

Pirâmide de Energia – leva em consideração a energia existente em cada nível trófico.

* CCIICCLLOOSS BBIIOOGGEEOOQQUUIIMMIICCOOSS a) Ciclo do Carbono - compreende a passagem do carbono pela matéria viva (formando as cadeias de carbono dos compostos orgânicos) e pelo meio abiótico, sob a forma principalmente de CO2. Nessa condição, ele é recolhido pelas plantas, que o processam no mecanismo da fotossíntese, restaurando cadeias de carbono.

b) Ciclo do Oxigênio – ocorre paralelo ao ciclo do carbono. O oxigênio circula pelo meio abiótico participando da composição do ar atmosférico. Mas é recolhido pelos seres vivos, no fenômeno respiratório. Terminada a respiração, os organismos lançam na atmosfera o CO2, que é recolhido pelos vegetais clorofilados para ser processado na fotossíntese, com imediata liberação de oxigênio de novo para atmosfera.

c) Ciclo do Nitrogênio – o N2 é indispensável à vida, uma vez que entra na constituição das proteínas e ácidos nucléicos. Admite-se que o corpo humano é constituído de 14% de proteínas. Os itens mais importantes no ciclo do nitrogênio são: formação do húmus, amonificação, nitrozação, nitração e desnitificação.

Ovários – são as gônadas femininas, milhares de folículos (conjunto de células que circundam os ovócitos); também produzem os hormônios sexuais.

Tubas Uterinas – são tubos musculares e flexíveis que apresentam epitélio ciliado; comunicam os ovários ao útero.

Útero – é um órgão muscular de parede espessa. A porção muscular da parede uterina é denominada miométrio, internamente a parede é revestida por uma membrana mucosa chamada endométrio, onde o embrião se instala.

Vagina – é um canal situado entre a bexiga e o reto, representa o órgão de cópula feminino, apresenta grande quantidade de glândulas que mantém o meio ácido.

Vulva – genitália externa feminina, composta pelos pequenos lábios, grandes lábios e clitóris.

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d) Ciclo da Água – a água se evapora dos mares, lagos e rios e vai formar as nuvens, que se condensam ao nível das montanhas, redundando em chuvas. Surgem os rios e lençóis freáticos que drenam a água e os animais absorvem pela ingestão ou junto com os alimentos, mas depois a devolvem ao meio através da respiração, transpiração e excreção. * SSUUCCEESSSSÃÃOO EECCOOLLÓÓGGIICCAA -- é o desenvolvimento de comunidades vegetais, compreendendo a sua origem, crescimento até se atingir um estado de equilíbrio dinâmico com o meio ambiente. Uma sucessão ecológica pode ser assim representada:

espécies pioneiras – são as que primeiro habitam a área desabitada.

séries – são biocenoses que se sucedem ao longo do tempo, após a colonização pioneira.

clímax – é a ultima fase da sucessão de series.

espécies pioneiras séries clímax

As sucessões podem ser primarias ou secundárias. As primarias correspondem à instalação de seres vivos num ambiente que nunca foi habitado; as sucessões secundárias, em um ambiente que já foi povoado.

** RREELLAAÇÇÕÕEESS EENNTTRREE OOSS SSEERREESS VVIIVVOOSS

INTRA-ESPECIFICAS, quando as relações são entre mesma espécie ou INTER-ESPECIFICAS, quando ocorrem entre espécies. HARMÔNICAS são aquelas onde não há prejuízo para nenhum dos indivíduos associados ou DESARMÔNICAS, em que pelo menos uma das espécies é prejudicada. a) Relações Intra-especificas Harmônicas

Colônias – são constituídas de organismos de mesma espécie que se mantém unidos entre si, formando uma unidade estrutural funcional.

Sociedade – união permanente entre indivíduos de uma mesma

espécie, em que há divisão de trabalho.

b) Relações Intra-especifica Desarmônica

Competição – disputa entre organismo de mesma espécie por recurso do meio que não existe em quantidade suficiente para todos.

Canibalismo – relação desarmônica em que um indivíduo mata outro

da mesma espécie para se alimentar.

c) Relações Inter-especificas Harmônicas

Mutualismo – associação obrigatória entre indivíduos de espécies diferentes, em que ambos se beneficiam.

Protocooperação – associação facultativa entre indivíduos de espécies diferentes, em que ambos se beneficiam.

Inquilinismo – associação entre dois indivíduos de espécies diferentes, em que um deles se fixa ou se abriga no outro, benefeciando-se sem prejudicar o outro.

Comensalismo – associação entre indivíduos de espécies diferentes, em que um deles aproveita restos de alimento ingerido pelo outro, beneficiando-se sem prejudicar o outro.

d) Relações Inter-especificas Desarmônicas

Amensalismo – relação desarmônica em que indivíduos de uma população produzem substâncias que inibem o crescimento de outra.

Predatismo – relação desarmônica em que um animal captura e mata individuo de outra espécie.

Parasitismo – relação desarmônica em que indivíduos de uma espécie vivem sobre ou no interior do outro, retirando seu alimento.

Competição – disputa entre indivíduos de espécies diferentes por recurso do meio que não existe em quantidade suficiente para todos.

** DDIIVVIISSÃÃOO DDAA BBIIOOSSFFEERRAA a) Talassociclo

Sistema Litorâneo – corresponde à zona entre a maré alta e a maré baixa

Sistema Neritico – corresponde à região do mar até 200 metros de profundidade sobre a plataforma continental.

Sistema Batial – corresponde a região entre 200 e 2100 metros de profundidade, com grande pressão e sem luz.

Sistema Abissal – corresponde a região de 2000m até grandes profundidades (mais de 11000m), com a maior pressão e escuridão.

b) Limnociclo

Província Lêntica – águas paradas – lagos, lagoas, pântanos, brejos e poças.

Província Lótica – águas correntes – rios, riachos, córregos, cascatas.

c) Epinociclo

Província Subterrânea – tatus, minhocas, toupeiras.

Província Superficial – grande variação de organismos. Classificação dos Organismos Aquáticos

Plâncton – são arrastados passivamente pela água, deslocados pelas correntes marinhas e ondas.

Fitoplâncton – autotróficos

Zooplâncton – heterotróficos

Nécton – possuem movimentos ativos.

Bentos – vivem no fundo, fixos ou rastejantes.

** PPOOLLUUIIÇÇÃÃOO AAMMBBIIEENNTTAALL –– presença de determinadas substâncias químicas ou agentes físicos que prejudicam a vida de uma ou mais espécies de seres vivos de um ambiente. Poluição Atmosférica

Chuva ácida - Inversão Térmica – Camada de Ozônio – Monóxido de Carbono – Efeito Estufa

Poluição da Água

Eutrofização – Mercúrio – Petróleo – Poluição térmica

Poluição do Solo

Práticas Agrícolas – Biocidas – Lixões – Produtos radioativos

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Bibligrafia e imagens: - [biologia] life - the science of biology 7th ed (purves, sadava, orians and heller) - [biologia] mcgraw-hill - biology, 6ed (2002) - biology - animal kingdom - visual dictionary - macmillan - [books biology_genetics] - [prentice hall][genes viii][benjamin lewin][2004] - biology_7ed - campbell, reece - biologia vegetal - introductory plant biology 9th ed (k stern et al, mcgraw-hill, 2003) - biology (plants) - vegetable kingdom - visual dictionary - Amabis e martho - Fundamentos de Biologia - zoology (5th ed , s miller, j harley, 2001) - histology - texto atlas de histologia (gartner y hiatt, 2a edicion, español, 2002)
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