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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL RESPOSTAS DE PANICUM MAXIMUM CV. MASSAI A DOSES DE BIOFERTILIZANTE OU ADUBAÇÃO COM NITROGÊNIO E FÓSFORO LEONARDO EUFRÁZIO SOARES MACAÍBA/RN BRASIL JUNHO/2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL

RESPOSTAS DE PANICUM MAXIMUM CV. MASSAI A DOSES

DE BIOFERTILIZANTE OU ADUBAÇÃO COM

NITROGÊNIO E FÓSFORO

LEONARDO EUFRÁZIO SOARES

MACAÍBA/RN – BRASIL

JUNHO/2015

LEONARDO EUFRÁZIO SOARES

RESPOSTAS DE PANICUM MAXIMUM CV. MASSAI A DOSES

DE BIOFERTILIZANTE OU ADUBAÇÃO COM

NITROGÊNIO E FÓSFORO

Trabalho apresentado à Universidade Federal do

Rio Grande do Norte – UFRN, Campus de

Macaíba, como parte das exigências para

obtenção do título de Mestre em Produção

Animal.

Orientador: Prof. Dr. Gualter Guenther Costa da

Silva

MACAÍBA/RN – BRASIL

JUNHO/2015

Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da Publicação na Fonte.

Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba

Biblioteca Setorial Professor Rodolfo Helinski

Soares, Leonardo Eufrázio.

Respostas de panicum maximum cv. massai a doses de biofertilizante ou

adubação com nitrogênio e fósforo / Leonardo Eufrázio Soares. – Macaíba, RN,

2015.

54 f. -

Orientador (a): Prof. Dr Gualter Guenther Costa da Silva.

Dissertação (Mestrado em Produção Animal). Universidade Federal do Rio Grande

do Norte. Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba.

Programa de Pós- Graduação em Produção Animal.

1. Adubo Orgânico - Dissertação. 2. Biodigestor - Dissertação. 3. Capim-

massai - Dissertação. 4. Sustentabilidade - Dissertação.I.Silva, Gualter Guenther

Costa da II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III.Unidade Acadêmica

Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba. IV. Título.

RN/UFRN/BSPRH CDU: 631.86/.87

A toda minha família em especial a

minha mãe, Edneide, minha vó,

Dona Margarida e minhas irmãs,

Loisiana e Laisa.

DEDICO

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pai divino que nunca desampara um filho;

A minha família pelo apoio de sempre, em especial a minha mãe, Edneide Eufrázio, a quem

devo tudo que sou;

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e ao Programa de Pós-Graduação

em Produção Animal (PPGPA-UFRN);

A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela concessão

da bolsa durante parte do mestrado;

Ao Prof. Dr. Gualter Guenther Costa da Silva, por ter me orientado na graduação,

especialização e mestrado, pelos compartilhamento do saber, pelo exemplo de ética e pela

confiança depositada a mim.

Ao Prof. Dr. Gelson dos Santos Difante pela atenção e apoio na execução deste trabalho;

A Profª. Dra. Ermelinda Maria Mota Oliveira pelo grande apoio prestado o qual sou

imensamente grato;

Aos Professores Dr. Henrique Rocha, Dr. Luciano Patto e Dra. Nívea Felisberto pelas

palavras de apoio e incentivo durante o curso;

A Márcio Gleybson pela ajuda imprescindível na execução deste experimento;

A Jucier Magson que tive o prazer de conhecer e pela ajuda incondicional;

A Allan, Eldo, Eduardo, Iara, Ciro, Daniel, Izadora, Yanka, Ana Paula, Jefferson, Mary Anne

e os demais membros do Grupo de Estudo em Solos (GESOLO), grupo do qual me orgulho;

A João Neto pela ajuda na conclusão deste trabalho e ao Grupo de Estudo em Forragicultura

(GEFOR), pelo espaço cedido para realização deste estudo;

Aos amigos Apauliana, Fernanda, Jully Anne, Fabrício, Kivya, Priscila, Karen, Victor e

Guevara, que tive a honra de conviver durante o curso;

A Francisco (Chico) e Kaline pelo companheirismo, força e apoio fundamentais em minha

vida.

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS

CAPÍTULO I: REFERENCIAL TEÓRICO 10

REFERENCIAL TEÓRICO 10

1. Biofertilizante 10

1.1. Uso de biofertilizante 11

2. Adubação em pastagem 13

2.1. Adubação mineral 14

2.2. Adubação orgânica 15

3. Capim-massai 16

4. Conceitos e variáveis da forragicultura 18

4.1. Acúmulo de forragem (AF) 18

4.2. Taxa de acúmulo de forragem (TAF) 18

4.3. Levantamento da composição botânica 18

4.4. Altura (AL) 19

4.5. Interceptação de luz (IL) 20

4.6. Índice de área foliar (IAF) 20

4.7. Clorofila 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22

CAPÍTULO II: Respostas de Panicum maximum cv. Massai a doses de

biofertilizante ou adubação com nitrogênio e fósforo.

33

INTRODUÇÃO 35

MATERIAL E MÉTODOS 38

RESULTADO E DISCUSSÃO 42

CONCLUSÕES 50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 51

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Médias de altura do pasto (AL) (A), interceptação de luz (IL) (B), índice de

área foliar (IAF) (C) e clorofila total (CLO) (D) de Panicum maximum cv.

Massai em função das doses de biofertilizante aplicadas ao solo.

42

Figura 2 – Médias da produção de matéria seca (PMS) (A), taxa de acúmulo de

forragem (TAF) (B), acúmulo de folha (AFo) (c), acúmulo de material

morto (AMM) (D) e acúmulo de invasoras (AIn) (E) de Panicum maximum

cv. Massai em função das doses de biofertilizante aplicadas ao solo.

46

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tratamentos e estimativa de nutrientes adicionados ao solo pela aplicação

de biofertilizante e da adubação mineral (NP).

40

Tabela 2 – Médias da altura do pasto (AL), interceptação de luz (IL), índice de área

foliar (IAF) e clorofila total (CLO) em pasto de capim-massai adubado com

doses de biofertilizante em comparação com a adubação mineral.

43

Tabela 3 – Média da produção de matéria seca (PMS), taxa de acúmulo de forragem

(TAF), acúmulo de folha (AFo), acúmulo de material morto (AMM) e

acúmulo de invasoras (AIn) em pasto de capim-massai adubado com doses

de biofertilizante em comparação com adubação mineral (NP).

47

LISTA DE ABREVIATURAS

AF – Acúmulo de Forragem

AFo – Acúmulo de Folha

AIn – Acúmulo de Invasoras

AMM – Acúmulo de Material Morto

AL – Altura do Pasto

CLO – Clorofila

C/N – Relação carbono-nitrogênio

CV – Cultivar

EAJ – Escola Agrícola de Jundiaí

GEE – Gases do Efeito Estufa

GEFOR – Grupo de Estudos em Forragicultura

GESOLO – Grupo de Estudo em Solo

IAF – Índice de Área Foliar

ICF – Índice de Clorofila Falker

IL – Interceptação de Luz

MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

MF – Massa de Forragem

MO – Matéria Orgânica

MS – Matéria Seca

NP – Nitrogênio e Fósforo

NPK – Nitrogênio, Fósforo e Potássio

PB – Proteína Bruta

PMS – Produção de Matéria Seca

PPGPA – Programa de Pós-Graduação em Produção Animal

PRNT – Poder Relativo de Neutralização Total

TAC – Taxa de Acúmulo de Forragem

UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

10

CAPÍTULO I

REFERENCIAL TEÓRICO

1. Biofertilizante

De acordo com o MAPA, a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980; decreto nº

4.954, de 14 de janeiro de 2004; capítulo I; artigo 2º, diz que biofertilizante é:

Produto que contém princípio ativo ou agente

orgânico, isento de substâncias agrotóxicas, capaz

de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou

parte das plantas cultivadas, elevando a sua

produtividade, sem ter em conta o seu valor

hormonal ou estimulante.

Partindo desse princípio, Diesel et al. (2002), também definem o biofertilizante

como um efluente resultante de um processo de fermentação anaeróbica da matéria

orgânica, na ausência do oxigênio, por um determinado período de tempo; Timm et al.

(2004), acrescentam, que para tal processo de fermentação basta uma simples mistura de

água e esterco fresco para facilitar a ação dos microrganismos que atuam na

decomposição do material orgânico.

Na composição dos biofertilizantes, encontram-se compostos bioativos, resultantes

do processo de biodigestão de compostos orgânicos de origem animal e vegetal. Em seu

conteúdo são encontradas células vivas ou latentes de microrganismos de metabolismo

aeróbico, anaeróbico (bactérias, leveduras, algas e fungos filamentosos) e também

metabólitos e quelatos organominerais em solutos aquoso (MEDEIROS e LOPES,

2006).

O processo de fermentação é complexo e para entendê-lo, Medeiros et al. (2003),

dividiram o processo de produção de um biofertilizante em quatro fases distintas: 1)

Latência - compreende o período de adaptação dos microrganismos, após o qual as

células dão início à fermentação; 2) Crescimento exponencial – nessa fase ocorre

elevado processo de divisão celular, com a produção de biomassa e liberação dos

metabólitos primários: carboidratos, aminoácidos, lipídeos, nucleotídeos, vitaminas,

11

proteínas e enzimas; 3) Fase estacionária – as células param de se dividir e as colônias,

após juntarem-se, iniciam um processo de diferenciação celular produzindo metabólitos

secundários como forma de defesa (antibióticos, toxinas, fenóis, ácidos orgânicos e

outras proteínas de cadeia longa de alto interesse biotecnológico); 4) Morte Celular –

esgotadas todas as reservas de energia, as células começam a morrer numa velocidade

exponencial.

1.1. Uso de biofertilizante

O uso excessivo de fertilizantes minerais em sistemas de produção agrícola pode

causar sérios danos ao meio ambiente, além de desencadear desequilíbrio nas reservas

naturais de nutrientes essências para plantas (VILLELA JUNIOR et al., 2007).

Em alguns lugares do mundo, os danos causados pela falta da tratamento dos

resíduos orgânicos produzidos pelo setor agropecuário superam àqueles do setor

industrial, considerados os principais poluidores dos recursos hídricos. Dependendo do

manejo, os resíduos gerados na atividade agrícola, podem apresentar enorme potencial

de poluição ou alternativa sustentável, através da geração de energia e de biofertilizante

(MESQUITA FILHO, 2011. apud REVISTA LEITE DPA, 2006).

No Brasil, o uso indiscriminado de fertilizantes químicos e de defensivos sintéticos

na agricultura contribuem para o aumento do custo de produção e da contaminação do

meio ambiente; dessa forma, coloca-se em evidência a importância do aperfeiçoamento

de técnicas de cultivo, com menor custo de produção e menores impactos ambientais

negativos. Um exemplo claro dessas técnicas, que tem crescido tanto no mundo quanto

no país, é a substituição dos agroquímicos por produtos alternativos, como os

biofertilizantes, para o aumento da produtividade e controle de pragas e doenças das

plantas (DIAS et al., 2004). Menezes Júnior et al. (2004), recomendam a utilização de

insumos de princípios orgânicos, como o biofertilizante, para composição de soluções

nutritivas no solo.

Existem várias alternativas tecnológicas de aproveitamento da biomassa para

geração de energia e biofertilizante. Uma destas alternativas que tem despertado grande

interesse é a tecnologia de biodigestão anaeróbia, que viabiliza, através da implantação

de biodigestores, a utilização dos resíduos dos sistemas de produção animal com o

12

objetivo de produzirem dois subprodutos de base sustentável, energia e biofertilizante

(ESPERANCINI et al., 2007).

Essa técnica tem sido implantada em muitas propriedades em razão, principalmente,

do processo ser eficiente e estar envolvido no tratamento dos dejetos dos animais, na

geração de energia (biogás) e na reciclagem de nutrientes (biofertilizante). O destino e

uso adequado dos efluentes dos biodigestores podem ser fertilizantes eficientes para

diversas culturas (FARIA et al., 2009).

As fontes alternativas de nitrogênio, como o biofertilizante, tem recebido especial

atenção nos últimos anos, devido ao custo elevado dos fertilizantes químicos, que

dificulta a aquisição e, consequentemente, o uso por pequenos produtores, além de ser

prática de agricultura sustentável (URQUIARA e ZAPATA, 2000). Nesse contexto,

Werner et al. (2001) afirmam a importância do nitrogênio para plantas, visto que este é

um dos nutrientes absorvidos em maior quantidade pelos vegetais, daí sua alta

exigência. Além disso, é o nutriente mais importante, em termos quantitativos, para

maximizar a produção de matéria seca das gramíneas forrageiras e, consequentemente,

propiciar maior taxa de lotação e maior produção de carne por área.

Os biofertilizantes quando utilizados como fertilizante apresentam uma maior

expressividade no que se refere à qualidade em comparação com a quantidade, uma vez

que possuem em sua composição quase todos os macros e micronutrientes essenciais às

plantas, mas em proporções marcadamente inferiores em relação aos fertilizantes

minerais. A sua composição química, em geral, apresenta grande variabilidade em

função da natureza do material utilizado, época do ano, determinação dos constituintes,

idade após a preparação, métodos de análises utilizados e método empregado para o

preparo (DANTAS et al., 2006).

O biofertilizante pode ser utilizado tanto na forma líquida quanto na forma sólida,

além de possuírem diversas utilidades, como por exemplo, efeitos fungicida,

bacteriostático e repelentes, combate à pragas e doença, reposição nutricional de plantas

e solo, além de ser utilizado na forma de composto, atuando na melhoria das

características químicas, físicas e biológicas do solo (DIESEL et al., 2002; DUENHAS

et. al., 2004; MEDEIROS e LOPES, 2006). Os biofertilizantes podem ser aplicados via

solo, no caso dos biofertilizantes sólidos; ou via líquida, para sistemas de irrigação ou

pulverização sobre as plantas (RIBEIRO et al., 2011).

13

Vem sendo observado aumento no uso do biofertilizante sólido em substituição aos

produtos agroquímicos; esses compostos orgânicos exercem no solo efeitos nutricionais

e biológicos que auxiliam no crescimento vegetativo e melhorias nos atributos

químicos, físicos e biológicos do solo, os quais contribuem para obtenção de

produtividade economicamente viável (MARROCOS, 2011).

Em experimento na Rússia, Nikmane et al., (1990) concluíram que o biofertilizante

proveniente de esterco suíno, processado em biodigestor, pode substituir as soluções

nutritivas à base de minerais na produção de forrageiras hidropônicas. Já em

experimento no Brasil, em cultivo de meloeiro em sistema hidropônico aberto com

substrato, Villela Júnior et al. (2003) demonstraram que o biofertilizante produzido com

efluente de biodigestor pode substituir parcialmente a adubação mineral. De forma,

Albuquerque Neto et al. (2008), recomendaram a substituição parcial da solução

química pelo biofertilizante, em crescimento do milho cultivado em substrato inerte.

Tanaka et al. (2003), além destes, verificaram que o uso do biofertilizante sem

adição de micronutrientes, promoveu efeitos nutricionais consideráveis, apresentando

maior acúmulo de biomassa nas plantas, quando aplicado em concentrações acima de

12%, por via foliar.

Enquanto que, Villela Júnior et al. (2007), utilizando o biofertilizante sólido moído

na cultura do meloeiro, em substituição à adubação química, o observaram maior

precocidade na colheita, frutos maiores e maior produtividade da cultura.

2. Adubação em pastagem

A fertilidade do solo é um dos fatores determinantes no processo de produção de

forragem, principalmente quando se almeja alcançar a sustentabilidade da exploração

intensiva. A prática da adubação, nitrogenada e fosfatada, melhora a produção de massa

e a composição química do capins, como do gênero Panicum, aumentando de forma

satisfatória o seu valor nutritivo (PATÊS et al., 2008).

Contudo, embora o gênero Panicum apresente elevado valor nutritivo e alta

produtividade, o manejo inadequado e a perda de fertilidade do solo podem promover

rápida degradação destas pastagens, comprometendo tanto sua qualidade quanto sua

produtividade (DIAS FILHO, 2007). Pois, segundo Corsi e Nascimento Júnior (1986) a

14

produtividade das gramíneas forrageiras é decorrente da produção de biomassa, a qual

irá definir a capacidade de suporte da pastagem. Este aporte de biomassa é uma resposta

das plantas à fertilidade do solo, associada à época, à frequência e ao intervalo entre

cortes.

Entretanto a qualidade da forragem tem como um de seus principais componentes o

teor de proteína bruta (PB), a qual pode ter influência direta ou indireta no consumo

voluntário de matéria seca e consequentemente, na produção animal (SNIFFEN et al.,

1992), tendo em vista que o teor de PB é resultado direto da concentração de nitrogênio

na planta. Desta forma, se houver baixa disponibilidade de nitrogênio no solo, as plantas

manifestarão menor crescimento, reduzindo o teor de PB, podendo tornar a forragem

inapropriada para fins de nutrição animal (RODRIGUES et al., 2004).

2.1. Adubação mineral

O fornecimento de nutrientes em quantidades e proporções adequadas, em especial o

fósforo e o nitrogênio, é de suma importância no processo produtivo das forragens, pois,

em geral, o nível desses nutrientes no solo não é suficiente para atender à demanda de

gramíneas com alto potencial produtivo (FAGUNDES et al., 2006).

Dessa forma, o fósforo desponta como nutriente limitante na produção das

forrageiras, devido a sua importância na nutrição das plantas e à escassez nos solos das

regiões tropicais (POLITI e PRADO, 2009). Em experimento realizado por Rossi e

Monteiro (1999) com o Panicum maximum cv. Colonião, constatou-se expressivos

incrementos na produção da parte aérea e raízes, em função de doses crescentes de

fósforo, demonstrando que a qualidade da forrageira também pode ser alterada pelo

fósforo. Em outro estudo realizado por Oliveira et al. (2004) foi verificado que as

plantas adubadas com fósforo apresentam maior digestibilidade in vitro da matéria seca.

A importante do nitrogênio para a produção de pasto se deve à sua influência no

valor nutritivo do mesmo, consequentemente aumentando a eficiência da sua utilização

pelos animais. Esta eficiência está diretamente ligada à dependência da qualidade e da

quantidade de forragem disponível na pastagem ou pasto, além do potencial do animal

(FRANÇA et al., 2007).

15

Segundo Nabinger (2001) o nitrogênio é o nutriente que mais influencia os

diferentes processos de crescimento e desenvolvimento das plantas e, assim,

proporciona aumento na biomassa devido ao incremento na fixação de carbono. Isso o

torna imprescindível na manutenção da produtividade de plantas forrageiras, pois além

de culminar em aumentos de produção de massa vegetal, confere também aumentos nos

teores de nitrogênio e proteína bruta, propiciando diminuição da relação C/N e aumento

nos níveis de clorofila no tecido foliar (MAZZA et al., 2009).

Mesmo que o potencial produtivo das forrageiras na pastagem possa ser melhorado

com a adubação nitrogenada, a utilização do nitrogênio tem sido limitada pelo custo, em

virtude da extensão das áreas envolvidas e da necessidade de aplicações frequentes,

além de poder ser facilmente perdido quando não associado à parte orgânica do solo

(VITOR et al., 2008).

Mesmo assim, quando feito de forma correta, o uso da adubação em pastagens

aumenta a produtividade e, consequentemente, pode gerar diminuição nas derrubadas de

matas nativas, contribuindo de forma sutil com o meio ambiente, pois o desmatamento

resulta em pastagens degradadas é fonte de emissão de GEE, sendo a maior parte da

emissão dos GEE resulta da queima de combustíveis fósseis e da transformação de

florestas em área agrícola (ALBRECHT e KANDJI, 2003).

2.2. Adubação orgânica

Apesar de representar pequena parcela do total dos solos, a matéria orgânica é um

componente fundamental para a manutenção da qualidade do solo, essencial em vários

processos químicos, físicos e biológicos do ecossistema terrestre (CONCEIÇÃO et al.,

2005).

A adubação orgânica com resíduo de origem animal influência decisivamente em

muitas propriedades físico-químicas do solo, tais como: manutenção da fertilizade,

capacidade de troca de cátions, formação de complexos quelatos com numerosos íons,

retenção de água, diminui a poluição e aumenta a eficiência de uso e qualidade

nutricional nos sistemas de produção (CALEGARI, 1998; WHALEN et al., 2001; VAN

KESSEL e REEVES, 2002; MENEZES e SALCEDO, 2007; ARAUJO et al., 2011).

16

A adubação orgânica com resíduos vegetais geralmente é utilizado em função de sua

disponibilidade, variando entre as regiões e com a cultura na qual se fará seu emprego

(KIEH, 1985). Dessa forma, as fontes mais comuns de adubo orgânico são

representadas pelos adubos verdes, resíduos de culturas, estercos, compostos e outros

(CALEGARI, 1998). Tais adubos orgânicos contêm vários nutrientes minerais,

especialmente N, P, e K, e embora em concentrações mais baixas, deve-se levar em

conta, também, o efeito físico benéfico que exercem sobre o solo (BRATTI, 2013).

Segundo Bayer & Mielniczuk (1999), em solos tropicais e subtropicais altamente

intemperizados, a matéria orgânica tem grande importância no fornecimento de

nutrientes às culturas, retenção de cátions, complexação de elementos tóxicos e de

micronutrientes, estabilidade da estrutura, infiltração e retenção de água, aeração e

atividade microbiana, constituindo-se em componente fundamental da sua capacidade

produtiva.

3. Capim-massai

Gramíneas do gênero Panicum estão entre as forrageiras mais utilizadas em sistema

de produção animal no Brasil devido a sua adaptação a climas tropicais e subtropicais e

elevada produtividade (GOMES et al., 2011). Dentre elas, o capim-massai é um híbrido

espontâneo entre Panicum maximum e Panicum infestum coletado na Tanzânia na rota

entre Dar es Salaam e Bagamoyo em 1969; lançado em 2001, a cultivar Massai

(EMBRAPA, 2001) caracteriza-se por ser uma gramínea perene que possui hábito de

crescimento cespitoso, com folhas finas (1 cm) e decumbentes, raízes profundas e altura

média das plantas de 65 cm, destaca-se das demais cultivares por apresentar maior

adaptabilidade ao estresse hídrico e menor estacionalidade de produção (VALENTIN et

al., 2001).

Essa cultivar tem alcançado produção média de massa seca de folhas de 15,6 t ha-1,

concentração de proteína bruta de 12,5% nas folhas e de 8,5% no colmo (LEMPP et al.,

2001). Segundo Andrade et al. 2004, este capim apresenta-se mais adaptado às

condições de baixa fertilidade do solo, com resistência ao ataque de pragas, alta

produtividade e tolerância ao sombreamento.

17

O capim-massai é uma gramínea promissora para uso intensivo, devidos suas

características relevantes e desejáveis, como alta produção de biomassa foliar, baixa

produção de colmo, elevada relação lâmina foliar/colmo, alta capacidade de

perfilhamento, boa cobertura de solo, entre outras (LOPES, 2012). Em relação as outras

cultivares de Panicum maximum, a cultivar Massai apresenta diferenças morfológicas

acentuadas, como maior tolerância à acidez e a baixa fertilidade dos solos e a outros

estresses ambientais, mas seu valor nutritivo é inferior (BRÂNCIO et al., 2003;

VALENTIM et al., 2001).

Estudo realizado por Euclides et al. (2008), observaram para a cv. Massai no pré-

pastejo 3,5 t ha-1 de massa de matéria seca total e 2,0 t ha-1 de matéria seca verde, da

qual 45,5% eram de material morto, 12,7% de colmo e 41,8% de lâmina foliar; Brâncio

et al. (2003), avaliaram três cultivares de P. maximum (Tanzânia, Mombaça e Massai)

com adubação nitrogenada em regime de pastejo e concluíram que o capim-massai

apresentou a menor exigência em fertilidade, com maior disponibilidade de MS total,

maior densidade de forragem e relação folha:colmo.

Em experimento realizado por Valentim et al. (2001), foram observados produções

de MS do capim-massai crescentes no período chuvoso, variando de 1,83 t ha-1 em 4

semanas a 6,70 t ha-1 em 12 semanas. As taxas de acúmulo de forragem variaram de 65

para 80 kg ha-1 dia-1 de MS entre 4 e 12 semanas de crescimento, respectivamente. No

período seco apresentou produções de MS variando de 0,88 t ha-1 em 4 semanas a 3,76 t

ha-1 em 16 semanas, apesar das taxas de acúmulo de forragem terem sido prejudicadas

pelo déficit hídrico.

Enquando isso, Emerenciano Neto et al. (2013), avaliaram duas cultivares de

Panicum maximum (Aruana e Massai) e duas de Brachiaria brizantha (Marandu e

Piatã), tendo encontrado maior teor de matéria seca, maior quantidade de massa seca de

forragem e maior massa de lâminas foliares na cultivar Massai para o estrato de 25-50

cm de altura em pré-pastejo. Apesar de poucos, alguns trabalhos vem sendo realizados

com essa cultivar no Nordeste do Brasil, avaliando-se características produtivas da

forrageira, estratégias de manejo, desempenho e produtividade de ovinos de corte

(EMERENCIANO NETO et al., 2013; LOPES et al., 2013).

18

4. Conceitos e variáveis da forragicultura

Disponibilidade de forragem, altura, densidade e composição botânica são

características do pasto usualmente mensuradas, que propiciam informações básicas do

quanto e de que forma a forragem está disponível, embora amostragens estratificadas

contribuam mais para detalhar o perfil do pasto. As proporções dos componentes folha,

colmo e material morto no pasto têm sido estimadas por meio da separação manual de

amostras colhidas no campo, e são importantes na caracterização da massa de forragem,

pois, além de apresentarem composição química e digestibilidade características, a

proporção destes componentes podem influenciar a apreensão de forragem pelos

animais (TORREGROZA SANCHEZ et al., 1993; SANTOS, 1997).

4.1. Acúmulo de forragem (AF)

Segundo Aguiar (2009), o acúmulo de forragem é calculado pela equação:

AF = MF pré-pastejo – MF pós pastejo do ciclo anterior

onde:

AF = Acúmulo de forragem;

MF pré-pastejo = massa de forragem no pré-pastejo do ciclo de pastejo atual;

MF pós-pastejo = massa de forragem no pós-pastejo do ciclo de pastejo anterior.

4.2. Taxa de acúmulo de forragem

Segundo Aguiar (2009), a taxa de acúmulo de forragem é expressa em kg de

MS/ha/dia e calculada pela seguinte equação:

Taxa de acúmulo =AF

período de descanso

4.3. Levantamento da composição botânica

Segundo Lopes (2012), nos estudos de produção de forragem é de grande

importância uma análise fracionada dos componentes da biomassa de forragem total, a

saber: biomassa de forragem verde, de lâmina foliar verde, de colmo verde e de

19

forragem morta, devido a importância de cada componente em termos quantitativos e

qualitativo da forragem produzida. Dessa forma, a técnica que procura fornecer dados

mais confiáveis, consiste nas etapas de corte da forragem, separação manual dos

componentes e espécies, secagem, pesagem e classificação em unidade de produção

(AGUIAR, 2009).

4.4. Altura

A facilidade de coletar os dados de altura do dossel faz com que esta seja uma

ferramenta importante no manejo de pastejo (GOMIDE et al., 2003; MORENO, 2004;

PEDREIRA et al., 2007; DIFANTE et al., 2010).

A altura do dossel é uma característica estrutural que afeta diretamente a

produtividade animal em pasto, pois exerce um efeito direto sobre a massa de forragem

e a profundidade do bocado (HODGSON,1990; BRÂNCIO et al., 2003), além de alterar

os componentes das plantas e a dinâmica do pastejo (PEDREIRA et al., 2009). Esta

variável tem alta correlação com o nível de interceptação de luz (IL) pelo dossel, sendo

um parâmetro eficiente para ser utilizado como indicador de IL em pastagens tropicais

(PEDREIRA et al., 2007) e consequentemente relacionado ao IAF e a massa de

forragem do dossel (HODGSON, 1990).

A maior importância da altura, no entanto, é a competição por luz, uma vez que, em

estandes mistos, plantas mais altas podem interceptar quase toda a radiação e limitar o

crescimento de plantas mais baixas (WARREN WILSON, 1961).

Deve-se levar em consideração também a altura do resíduo pós-pastejo e/ou pós-

corte, pois esta exerce um importante efeito sobre o vigor da rebrotação, visto que uma

altura residual elevada apesar de favorecer o crescimento da planta sem mobilizar as

reservas orgânicas, pode elevar o alongamento das hastes, com a consequente elevação

do meristema apical (LOPES et al., 2011a). A altura de corte pode influenciar também o

acúmulo e a composição morfológica da forragem produzida (PENA et al., 2009),

podendo ser usada para controlar o alongamento de colmos, fração indesejável e de

composição bromatológica inferior àquela de lâminas foliares (BUENO, 2003).

Dessa forma, para determinação da altura ideal para cada gramínea, deve-se levar

em consideração a estratégia de manejo, o pastejo mais adequado para a região, a

20

espécie ou cultivar, além do tipo animal. Para isso tomam-se por base os parâmetros

ecofisiologicos, como interceptação de luz, índices morfogênicos e características

estruturais do dossel (EMERENCIANO NETO et al., 2014).

4.5. Interceptação de Luz (IL)

O início do período de rebrotação é marcado pelo acúmulo quase que exclusivo de

folhas, porém quando o dossel atinge um nível de interceptação de aproximadamente 95

% da luz incidente começa a acumular de maneira significativa no dossel os

componentes colmo e material morto (PEDREIRA et al., 2009), este ponto deve ser o

limite máximo do período de rebrotação, devendo ser interrompido pela desfolhação ou

pelo corte (CUTRIM JUNIOR et al., 2011).

4.6. Índice de área foliar (IAF)

O IAF é definido por Watson (1947) como sendo a razão entre a área de folhas e a

área de solo ocupada pela cultura, sendo o principal determinante da interceptação e

utilização da radiação solar pelas plantas. Tal conceito passou a ter grande importância

em estudos sobre crescimento e manejo de pastagens, pois contempla aspectos físicos e

fisiológicos da comunidade de plantas (BROWN e BLASER, 1968). A distribuição do

IAF ao longo do dossel pode explicar, ao menos parcialmente, as eventuais diferenças

em produção, além de definir a necessidade de diferentes regimes de desfolha devido às

diferenças morfológicas entre plantas (RHODES, 1971). O IAF no qual o dossel atinge

máxima taxa de acúmulo é chamado de IAF ótimo (MURTAGH e GROSS, 1966); o

IAF crítico é aquele no qual 95 % da radiação incidente é interceptada (RHODES,

1971) e, embora sejam muito próximos, não são necessariamente coincidentes

(BROWN e BLASER, 1968).

4.7. Clorofila

Segundo Taiz e Zeiger (2009), as clorofilas são pigmentos responsáveis pela

conversão da radiação luminosa em energia, sob a forma de ATP e NADPH; por essa

21

razão, são estreitamente relacionadas com a eficiência fotossintética das plantas e,

consequentemente, com seu crescimento e adaptabilidade a diferentes ambientes. As

clorofilas são constantemente sintetizadas (com ajuda do nitrogênio) e destruídas, sendo

os processos influenciados por fatores internos e externos às plantas. Entre os fatores

externos, os nutrientes minerais se destacam por integrarem a estrutura molecular das

plantas, como também por atuarem em alguma etapa das reações que levam à síntese

desses pigmentos.

Como base nisso, a determinação indireta do teor de clorofila na folha, empregando-

se o clorofilômetro, constitui ferramenta relevante na quantificação de nitrogênio

(MENGEL e KIRKBY, 2001), pois estudos têm revelado a influência positiva da

adubação nitrogenada sobre o índice relativo de clorofila nas forrageiras (ABREU e

MONTEIRO, 1999; MATTOS e MONTEIRO, 2003; LAVRES JÚNIOR e

MONTEIRO, 2006; COSTA et al., 2008; LOPES et al., 2011b).

Avaliando o índice relativo de clorofila em P. maximum x P. infestum cv. Massai

adubado com nitrogênio, Lopes et al. (2011b) observaram valores estimados de 17,6 a

25,4 unidades SPAD (soil plant analysis development) para as doses de N de 0,0 e 600

mg dm-3 de solo, respectivamente, com essa variável revelando incremento de 44,4 %

na dose de N de 600 mg dm-3 em relação à ausência de adubação nitrogenada.

Costa et al. (2009), concluíram que a utilização do clorofilômetro de marca

ClorofiLOG® modelo CFL 1030 - FALKER, constitui um procedimento apropriado

para estimar teores de N foliar, de forma rápida e não destrutiva, pois relacionaram as

leituras do clorofilômetro com os teores de N foliar do capim tifton 85 e encontraram

94,1 % de correlação para essas características. Esses autores concluíram que esse tipo

de relação linear é adequado para propósitos de diagnose nutricional, uma vez que

produz informações sobre teores de N e, portanto, de proteína bruta em função da leitura

do clorofilômetro, aos 16 dias do período de rebrota.

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potentials of soils receiving repeated annual cattle manure applications. Biology and

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33

CAPÍTULO II

Respostas de Panicum maximum cv. Massai a doses de biofertilizante ou adubação

com nitrogênio e fósforo

Resumo: A utilização da adubação mineral e principalmente da adubação orgânica em

sistemas de produção a pasto ainda são pouco adotadas no Nordeste do Brasil.

Objetivou-se nesse trabalho avaliar diferentes doses de biofertilizante e de adubação

mineral em Panicum maximum cv. Massai em Neossolo Quartzarênico. O experimento

foi realizado na Escola Agrícola de Jundiaí, Macaíba –RN, conduzido em campo com

delineamento experimental em blocos ao acaso com seis tratamentos e quatro

repetições, sendo os tratamentos: 0, 10, 20, 30 e 40 t ha-1 de biofertilizante. Além destes,

utilizou-se um tratamento com adubação mineral (NP). As variáveis analisadas nos

experimentos foram: altura do pasto (AL), interceptação de luz (IL), índice de área

foliar (IAF), clorofila total (CLO), produção de matéria seca (PMS), taxa de acúmulo de

de forragem (TAF), acúmulo de folha (AFo), acúmulo de material morto (AMM) e

acúmulo de invasoras (PIn) em pastos de capim-massai. A coleta dos dados foram feitas

a cada 60 dias durante seis meses, totalizando três coletas. Os dados foram retirados da

área útil de cada parcela (8,16 m²). Houve efeito linear positivo para todas variáveis

estudadas a medida que aumentou-se a dose de biofertilizante, exceto para as variáveis

AMM e AIn. A adubação mineral promoveu melhores resultados que as doses de

biofertilizante para as variáveis IL, IAF, PMS, TAF e AFo e se assemelhou a dose de 40

t ha-1 de biofertilizante, para variáveis AL, CLO, AMM e AIn. Recomenda-se novos

experimentos para avaliação de doses maiores que 40 t ha-1, a fim de identificar a

máxima produção do capim-massai adubado com biofertilizante.

Palavras-chave: Adubo orgânico. Biodigestor. Capim-massai. Sustentabilidade.

34

Responses of Panicum maximum cv. Massai at biofertilizers doses or fertilization

with nitrogen and phosphorus

Abstract: The use of mineral fertilizers and especially of organic manure on pasture

production systems are still poorly adopted in Brazilian northeastern. This work aimed

to evaluate different doses of biofertilizers and mineral fertilizer in Panicum maximum

cv. Massai in Quartzipsamment. The experiment was conducted at the Escola Agrícola

de Jundiaí, Macaíba, RN, led in experimental design fields in random blocks with six

treatments and four replications, as treatments: 0, 10, 20, 30 and 40 t ha-1 of

biofertilizer. In addition, we used a treatment with mineral fertilizer (NP). The variables

analyzed in the experiments were: height of pasture (AL), light interception (IL), leaf

area index (IAF), total chlorophyll (CLO), dry matter production (PMS), forage

accumulation rate (TAF), leaf accumulation (AFo), dead material accumulation (AMM)

and accumulation of weeds (PIn) in massai grass pastures. Data collection were made

every 60 days for six months, in three collections. Data were taken from the useful area

of each parcel (8.16 m²). There was a positive linear effect for all variables as they

increased the dose of biofertilizers, except for the AMM and AIn variables. The mineral

fertilizer promoted better results than the doses of biofertilizers for IL, IAF, PMS, TAF

and AFo variables were similar to dose of 40 t ha-1 of biofertilizers for AL, CLO, AMM

and AIn variables. It is recommended to do new experiments to evaluate higher doses

than 40 t ha-1 to identify the maximum capacity of massai grass fertilized with

biofertilizer.

Key words: Biodigester. Massai grass. Organic fertilizer. Sustainability

35

INTRODUÇÃO

No Brasil, as gramíneas do gênero Panicum estão entre os cultivos de pastagens

mais utilizados em sistema de produção animal, devido a sua adaptação a climas

tropicais e subtropicais além de apresentar elevada produtividade (GOMES et al., 2011).

Na região Nordeste, destaca-se o Panicum maximum cv. Massai, pelo grande

potencial para ser utilizado sob corte, por apresentar boa produção de matéria seca

determinada pelas elevadas taxas de acúmulo de lâminas foliares (LUNA et al., 2014).

Porém, segundo Costa et al. (2010), um dos principais problemas das pastagens

cultivadas é a ausência de adubação, que leva ao esgotamento da fertilidade do solo e,

consequentemente, à degradação do pasto.

Contudo, no manejo de pastagens, o custo alto da adubação mineral pode, em

alguns casos, onerar o custo de produção e assim obrigar, em muitos casos, o produtor a

reduzir a quantidade ou não utilizar adubo na área de pastagem além de poder

desencadear desequilíbrio nas reservas naturais de nutrientes essenciais para as plantas

(VILLELA JUNIOR et al., 2007). Em consequência disto, muitos produtores buscam as

fontes de fertilização mais baratas, sem que estas causem problemas às plantas e aos

animais em pastejo (ORRICO JUNIOR et al, 2013). Dentre estas fontes de fertilização,

destaca-se os resíduos da produção animal, pois além de serem ricos em nitrogênio

também possuem quantidades significativas de fósforo, potássio e, praticamente, todos

os micronutrientes importantes para o crescimento das gramíneas forrageiras

(ASSMANN et al., 2007).

O nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes na produção das gramíneas

forrageiras (FRANÇA et al., 2007), por apresentar em sua estrutura compostos

orgânicos essenciais, como aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos, hormônios e

clorofila (LAVRES JUNIOR e MONTEIRO, 2003); por isto, Menezes Júnior et al.

(2004), recomendam a utilização de insumos de princípios orgânicos, como o

biofertilizante, para composição de soluções nutritivas no solo. O fósforo também é um

dos macronutrientes mais importantes, pois trata-se de um elemento limitante na

produção das forrageiras, devido a sua importância na nutrição da planta (POLITI e

PRADO, 2009).

36

Além disso, segundo Betioli Júnior et al. (2012), uma das formas de melhorar a

qualidade estrutural do solo é por meio da conservação e adição de matéria orgânica,

pois a adição de compostos orgânicos nos mais diferentes sistemas de manejo pode

trazer benefícios químicos, mas também melhoria na qualidade física do solo. Isso por

que a matéria orgânica pode reduzir a densidade do solo, elevar o volume de poros,

favorecendo a infiltração e aeração para desenvolvimento das plantas (CUNHA et al.,

2011; JORDAN et al., 2010).

Dessa forma, o biofertilizante, advindo de biodigestores, pode ser usado para

fornecer nutrientes para pastagens e outras culturas, além de contribuir para a

minimização do efeito poluidor, causado pelo descarte indiscriminado dos dejetos de

animais. Além disso, torna-se econômico em relação a adubação química ao melhorar a

estrutura do solo, devido à grande incorporação de matéria orgânica, devolvendo

nutrientes que foram consumidos pela planta juntamente com a fixação de uma nova

população de microrganismos (MORAES et al., 2006), o que contribui nos aspectos

físicos, químicos e biológicos do solo (ARAÚJO et al., 2011), principalmente para solos

como os Neossolos Quartzarênicos que são naturalmente distróficos, apresentam acidez

média e são bastante arenosos com baixa capacidade de retenção de água. Segundo

Araújo et al. (2011), solos com essas características são pobres em nutrientes, e a

adubação com matéria orgânica vai favorecer o bom desenvolvimento das gramíneas.

A facilidade de coleta os dados de altura do dossel, faz com que esta seja uma

ferramenta potencial no manejo de pastejo (GOMIDE et al., 2003; PEDREIRA et al.,

2007; DIFANTE et al., 2010). Esta variável tem alta correlação com o nível de

interceptação de luz (IL) pelo dossel, sendo um parâmetro eficiente para ser utilizado

como indicador de IL em pastagens tropicais (PEDREIRA et al., 2007) e,

consequentemente, relacionado ao IAF e a massa de forragem do dossel (HODGSON,

1990). Outro parâmetro que constitui importante potencial de utilização no manejo de

pastagem é a determinação indireta do teor de clorofila na folha, empregando-se o

clorofilômetro, que se constitui em ferramenta relevante na quantificação de nitrogênio

(MENGEL e KIRKBY, 2001).

O uso de pastagens cultivadas no Nordeste do Brasil, ainda é pouco adotada,

existindo grande número de propriedades onde não existe cultivo de pastos

37

(EMERENCIANO NETO et al., 2013). Associado a isto, preciso é, entender assim

como em qualquer cultivo, o manejo adequado para seu desenvolvimento satisfatório.

Portanto, objetivou-se nesse trabalho avaliar as respostas do Panicum maximum

cv. Massai submetido a doses de biofertilizante e adubação com nitrogênio e fósforo em

Neossolo Quartzarênico.

38

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido de agosto de 2014 a janeiro de 2015 na área do

Grupo de Estudos em Forragicultura (GEFOR), situado na Unidade Acadêmica

Especializada em Ciências Agrárias - Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ) – Campus de

Macaíba da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, em Macaíba – RN.

A área experimental apresenta como coordenadas geográficas, latitude 5° 53' 35.12" Sul

e longitude 35° 21' 47.03" Oeste.

A área experimental foi de 825 m² (15 m x 55 m), dividida em quatro blocos

com seis parcelas cada; as parcelas possuíam área total de 12 m² (4 m x 3 m), das quais

desprezou-se 30 cm das bordaduras de cada parcela, restando 8,16 m² de área útil. O

espaçamento entre parcelas foi de 1 m e entre blocos de 2 m.

O solo foi classificado originalmente como Neossolo Quartzarênico de onde

foram coletadas amostras do solo em 20 pontos da área experimental em profundidade

de 0-20 cm, das quais após homogeneizadas, foi retirada amostra composta com as

seguintes características química: pH em H2O: 5,88; 10,60 g.dm-3 de M.O; 4,00 mg dm-

3 de P; 96 mg dm-3 de K; 0,74 cmolc dm-3 de Ca2+; 0,25 cmolc dm-3 de Mg2+; 0,0 cmolc

dm-3 de Al+3; 1,21 cmolc dm-3 de H+Al; 35 mg dm-3 de Na+; 10,86 mg dm-3 de Fe2+;

0,95 mg dm-3 de Zn2+; 0,13 mg dm-3 de Cu2+ e 3,86 mg dm-3 de Mn.

Foram aplicados 2 t ha-1 de calcário dolomítico (PRNT 45 %) em toda área

experimental, distribuído a lanço uma semana antes da aplicação das doses de

biofertilizante e adubação mineral, com o intuito de elevar o pH para 6,5 e os teores de

cálcio e magnésio do solo próximo aos requerimentos médios da pastagem (RIBEIRO

et al, 1999).

O pasto utilizado foi o Panicum maximum cv. Massai, estabelecido no primeiro

semestre de 2011 por método de semeadura convencional em linhas, adubado com

superfosfato simples e pastejada por ovinos desde então.

O biofertilizante foi obtido de Biodigestor Sertanejo (MATOS e FARIAS

JÚNIOR, 2011), implantado no setor de suinocultura da Escola Agrícola de Jundiaí,

Macaíba – RN. A matéria prima utilizada para alimentar o biodigestor foi esterco suíno

e cavacos de madeira utilizada na cobertura do piso das matrizes no período de

39

aleitamento. Tal resíduo foi armazenado em caixa de fibra de vidro com capacidade de

1000 L; logo após, o biofertilizante foi homogeneizado para coleta de amostra e

realização da seguinte análise. A composição química do biofertilizante foi: 7,28 g kg-1

de N; 5,90 g kg-1 de P; 1,36 g kg-1 de K; 9,36 g kg-1 de Ca2+; 2,18 g kg-1 de Mg2+; 52 g

kg-1 de Na+; 117 mg kg-1 de Zn2+; 75 mg kg-1 de Cu2+; 363 mg kg-1 de Fe2+ e 62 mg kg-1

de Mn.

Os tratamentos utilizados foram doses crescentes de biofertilizante, calculadas

conforme sua composição mineral, levando-se em consideração o nitrogênio como

nutriente em maior teor. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso

com seis tratamentos e quatro repetições, sendo os tratamentos doses de 0; 10; 20; 30 e

40 t ha-1 de biofertilizante e um tratamento adicional, utilizando apenas adubação

mineral com nitrogênio e fósforo (NP).

As quantidades dos principais macronutrientes essenciais adicionadas ao solo em

cada tratamento pela aplicação das doses de biofertilizante estão descritas na Tabela 1.

Para adubação mineral (NP) utilizou-se as recomendações de acordo com Ribeiro et al.

(1999), considerando a análise química das amostras de solo utilizadas para

caracterização da área experimental.

Realizou-se corte de uniformização do capim-massai a 15 cm do solo, em agosto

de 2014.

As doses de biofertilizante foram aplicadas com auxílio de regador de 10 litros

diluídas em água na proporção de 1:1 e fracionada em duas etapas, sendo os primeiros,

50 % aplicados após o corte de uniformização e os 50 % restantes logo após o primeiro

corte. Como adubação mineral foram utilizados a uréia e superfosfato simples como

fontes de N e P2O5, respectivamente (Tabela 1). A adubação mineral (NP) foi dividida

em duas aplicações, sendo aplicada a lanço seguindo a mesma ordem cronológica da

adubação com biofertilizante.

Após a aplicação dos tratamentos foi realizada irrigação durante o período

experimental por meio de aspersão convencional, com lâmina bruta média d’água de 9,6

mm, por duas horas, três vezes por semana.

40

Tabela 1 – Tratamentos e estimativa de nutrientes adicionados ao solo pela aplicação de

biofertilizante e da adubação mineral (NP).

As variáveis analisadas foram as seguintes: altura do pasto (AL), interceptação

de luz (IL), índice de área foliar (IAF), clorofila total (CLO), produção de matéria seca

(PMS), taxa de acúmulo de MS de forragem (TAF), acúmulo de folha (AFo), acúmulo

de material morto (AMM) e acúmulo de invasoras (PIn) do pasto de capim-massai. A

coleta de dados destas variáveis foram feitas a cada 60 dias durante seis meses,

totalizando três coletas. Os dados foram obtidos da área útil de cada parcela (8,16 m²).

A altura do planto (AL) foi medido antes de cada corte, utilizando-se régua

graduada em centímetros, sendo medidos dez pontos aleatórios por parcelas. A altura de

cada ponto correspondeu à altura média da curvatura das folhas em torno da régua.

A medição da IL foi realizada imediatamente antes do corte. Utilizando-se o

aparelho analisador de dossel – AccuPAR Linear PAR/LAI ceptometer, Model PAR –

80 (DECAGON Devices), com o qual foram realizadas cinco leituras acima do dossel

forrageiro e cinco ao nível do solo por parcela, sempre no horário entre as 9:00 e as

14:00 h. Para obter-se o percentual de interceptação de luz pelo dossel (%IL) utilizou-se

a seguinte formula: % IL = 100% - (solo / acima x 100). O IAF foi obtido por leitura

direta no mesmo aparelho utilizado para IL e no mesmo ponto de amostragem.

As estimativas da CLO foram realizadas em cinco leituras em diferentes plantas

dentro da mesma parcela, com clorofilômetro ClorofiLOG® modelo CFL 1030, o qual

fornece estimativas dos teores de clorofila total (a+b), expressas em unidades chamadas

Índice de Clorofila Falker (ICF). As leituras foram realizadas sempre na primeira folha

Tratamento e doses de

biofertilizante (t ha-1) N P K Ca Mg Na

kg ha-1

0 - - - - - -

10 75 61 14 96 22 5

20 150 122 28 193 45 11

30 225 182 42 289 67 16

40 300 243 56 386 90 21

NP 150 33 0 - - -

41

completamente expandida (do topo para a base do dossel) e exposta à radiação solar, no

terço médio da lâmina foliar.

Para determinação das demais variáveis foi coletada toda forragem contida na

área útil de cada parcela, cortada a 15 cm do nível do solo e pesadas individualmente

para determinação do peso verde. Retirou-se uma sub-amostra (mínima de 300 g), para

estimativa de matéria seca (MS) total, multiplicando o peso da matéria natural pelo

percentual de matéria seca. Em seguida, no restante do material coletado, foi realizada

separação botânica do capim-massai nas frações lâmina foliar, material morto e espécies

indesejáveis. Após separação dos componentes morfológicos, os mesmos foram levados

à estufa de ventilação forçada a 55 ºC por 72 horas; Em seguida foram pesados para

estimar o peso seco de cada fração da amostra, a fim de estimar a porcentagem de

matéria seca e cálculos de acúmulo de folha, material morto e espécies indesejáveis. A

taxa de acúmulo diário de matéria seca foi obtida através da razão entre a produção total

de matéria seca e o número de dias do período experimental.

Os dados foram submetidos à análise de variância e à comparação entre médias

foram realizadas por meio de análise de regressão para as doses de biofertilizante e para

equivalência com a adubação mineral utilizou-se o teste de Tukey adotando-se 5 % de

nível de significância.

42

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores de altura do pasto (AL) do capim-massai foram influenciados pelas

doses crescentes do biofertilizante (Figura 1 A), verificando-se incremento de 26,27 %

quando comparada à dose máxima (40 t ha-1 de biofertilizante) em relação à testemunha

(0 t ha-1 de biofertilizante).

Figura 1 – Médias de altura do pasto (AL) (A), interceptação de luz (IL) (B), índice de

área foliar (IAF) (C) e clorofila total (CLO) (D) de Panicum maximum cv. Massai em

função das doses de biofertilizante aplicadas ao solo.

Ao comparar as doses de biofertilizante com a adubação mineral (Tabela 2),

constata-se que não houve diferença significativa na AL entre os tratamentos 40 t ha-1

(dose máxima de biofertilizante) e a adubação mineral (NP). Tal resultado demonstra o

efeito positivo do uso do biofertilizante para esta variável, assim como em um estudo

realizado por Araújo et al. (2011), em que avaliaram a produtividade do Brachiaria

brizantha cv Marandu após a incorporação de proporções de esterco bovino e nitrogênio

em Neossolo Quartzarênico e observaram que a utilização de adubos orgânicos como

fonte de nitrogênio promoveu respostas positivas para altura de plantas.

y = 0,1863x + 27,845

R² = 0,956

0

10

20

30

40

0 10 20 30 40

AL

(cm

)

Dose de Biofertilizante (t ha-1 )

A

y = 0,665x + 45,441

R² = 0,9671

0

20

40

60

80

0 10 20 30 40

IL (

%)

Dose de Biofertilizante (t ha-1 )

B

y = 0,033x + 1,1812

R² = 0,9098

0

1

2

3

0 10 20 30 40

IAF

Dose de Biofertilizante (t ha-1 )

C

y = 0,1224x + 20,74

R² = 0,8932

0

10

20

30

0 10 20 30 40

CL

O (

ICF

)

Dose de Biofertilizante (t ha-1 )

D

43

Tabela 2 – Médias da altura do pasto (AL), interceptação de luz (IL), índice de área

foliar (IAF) e clorofila total (CLO) em pasto de capim-massai adubado com doses de

biofertilizante em comparação com a adubação mineral.

Variável Doses de biofertilizante (t ha-1)

NP 0 40

AL (cm) 27,84 c 35,29 ab 40,66 a

IL (%) 45,44 d 72,04 b 83,28 a

IAF 1,18 d 2,50 b 4,02 a

CLO 20,74 d 25,63 ab 28,06 a

Médias seguidas de letras distintas na linha diferem entre si pelo teste de Tukey

(p<0,05).

Observou-se também efeito linear positivo para interceptação de luz (IL) em

relação as doses crescentes de biofertilizante (Figura 1 B), com incremento de 58,53 %

da dose máxima (40 t ha-1) em relação a testemunha (0 t ha-1), sem adição do

biofertilizante. Apesar dos resultados positivos da aplicação do biofertilizante, foi

observado que mesmo na maior dose utilizada, que a interceptação de luz ficou abaixo

dos 95 % que seria o ideal para a ótima produção preservando aspectos qualitativos do

pasto como afirma Reis et al. (2013). Mesmo assim, a adição do biofertilizante

propiciou aumento significativo na IL. Ainda, segundo Difante et al. (2009) a partir de

95 % de IL pode ocorrer alterações na estrutura do dossel forrageiro, levando ao

aumento no acúmulo de colmos e material morto, em consequência, diminuição do

valor nutritivo do pasto.

Quando se compara as doses de biofertilizante com a adubação mineral (Tabela

2), constatou-se diferença significativa entre as doses de biofertilizantes e o tratamento

NP. Apesar disto, este tratamento obteve média de 83,28 % de IL, média inferior a 95 %

de IL, que seria o ideal (REIS et al., 2013).

Desta forma, para que houvesse maior elevação no percentual de interceptação

de luz pela planta, provavelmente seria necessário um maior intervalo entre o corte ou

pastejo, maior que 60 dias, para otimizar o acúmulo de biomassa, ou ainda a utilização

44

de doses mais elevadas de biofertilizante, já que a mesma promoveu efeito linear para

essa variável.

Capistrano (2014) trabalhando com desempenho de matrizes e crias ovinas em

pastos de capim-massai na mesma área experimental que foi realizado este experimento,

encontrou média 77,95 % de IL em dois ciclos de pastejo com período de descanso de

35 dias. Média semelhante, 72,04 % de IL, foi encontrada neste experimento para o

tratamento com dose de 40 t ha-1 de biofertilizante e inferior a 83,28 % de IL encontrado

no tratamento NP (Tabela 3).

O índice de área foliar (IAF) apresentou efeito linear positivo (Figura 1 C), com

acréscimo de 111,86 % quando comparado a dose máxima (40 t ha-1 de biofertilizante) e

a dose mínima (0 t ha-1 de biofertilizante).

Comparando os tratamentos com biofertilizante e o tratamento NP, para variável

IAF, foi observado (Tabela 2) que houve diferença significativa entre os tratamentos

com biofertilizante e o NP. Segundo Reis et al. (2013) quando a interceptação da luz

incidente chega a 95 %, atinge-se o IAF denominado crítico, que em pastagens situam-

se normalmente entre 3,0 e 5,0, apenas o IAF de 4,02 para adubação mineral, alcançou a

média ideal. Nesse ponto a rebrota dos pastos deve ser interrompida, com o intuito de

alcançar maior produção de forragem com elevada proporção de folhas e baixa

proporção de material morto, pois a diferença entre o crescimento e a senescência é

máximo, permitindo maior acúmulo de forragem.

Quando a IL for acima de 95 % ou o IAF acima do crítico, as plantas iniciam o

alongamento de colmos, responsável pelo sombreamento e senescência de folhas basais,

o que resulta em aumento na proporção de colmos e material morto na massa de

forragem antes do pastejo (DIFANTE et al., 2009).

Capristrano (2014) encontrou média de 0,97 para IAF em capim-massai com

dois ciclos de pastejo com período de descanso de 35 dias. IAF abaixo daqueles

encontrados neste experimento, talvez devido ao período de descanso ser inferior aos 60

dias utilizado neste experimento. Enquanto que Emerenciano Neto et al. (2014)

observaram IAF de 4,26 em pasto de capim-massai com altura de 50 cm de pré-pastejo,

45

média semelhante a 4,02 obtida nesse experimento para o tratamento NP. Segundo

LARA et al. (2012) o IAF ótimo para capim-massai na época das águas é de 3,60.

A clorofila total (CLO) apresentou efeito linear positivo para os tratamento com

biofertilizante (Figura 1 D), obtendo incremento de aproximadamente 23,57 % quando

comparando a dose máxima (40 t ha-1 de biofertilizante) e dose mínima (0 t ha-1 de

biofertilizante).

Comparando-se as dose de biofertilizante com o tratamento NP (Tabela 2),

constata-se que o tratamento NP e a dose máxima de biofertilizante (40 t ha-1 de

biofertilizante) não apresentaram diferença significativa. Entretanto, Lopes et al.

(2011b), trabalhando com pastos de capim-massai, adubado com nitrogênio e pastejado

com ovinos e períodos de descanso de 22, 18, 16 e 13 dias para as doses 0, 400, 800 e

1200 kg N ha-1ano-1, respectivamente, encontraram o índice relativo de clorofila (IRC),

obtido a partir do clorofilômetro Chlorophyll Meter SPAD-502, de 24,07 e 37,70

unidade SPAD (IRC) para doses de 0 e 1200 kg N ha-1ano-1, respectivamente, o valor de

24,07 unidade SPAD (IRC) foi semelhante a 24,41 índice de clorofila Falker (ICF),

encontrado nesse experimento para o tratamento com a dose de 30 t ha-1 de

biofertilizante, equivalente a aplicação de 225 kg/ha de N (Tabela 1).

Avaliando o índice relativo de clorofila em P. maximum x P. infestum cv.

Massai adubado com nitrogênio, Lopes et al. (2011a) observaram valores estimados de

17,6 a 25,4 unidades SPAD para as doses de N de 0,0 e 600 mg dm-3 de solo,

respectivamente, com essa variável revelando incremento de unidades SPAD de 44,4%

na dose de N de 600 mg dm-3 em relação à ausência de adubação nitrogenada.

De acordo com Costa et al. (2009), a utilização do clorofilômetro de marca

ClorofiLOG® modelo CFL 1030 - FALKER, constitui um procedimento apropriado

para estimar teores de N foliar, de forma rápida e não destrutiva, pois relacionando as

leituras do clorofilômetro com os teores de N foliar do capim tifton 85 encontraram

precisão de 94,1 % de correlação para essas características.

A utilização do biofertilizante promoveu efeito linear positivo na produção de

matéria seca (PMS) (Figura 2 A), com incremento de 114,50 % quando se compara a

dose máxima de 40 t ha-1 de biofertilizante com tratamento.

46

Figura 2 – Médias da produção de matéria seca (PMS) (A), taxa de acúmulo de

forragem (TAF) (B), acúmulo de folha (AFo) (c), acúmulo de material morto (AMM)

(D) e acúmulo de invasoras (AIn) (E) de Panicum maximum cv. Massai em função das

doses de biofertilizante aplicadas ao solo.

Comparando-se a PMS obtida com a utilização de adubação mineral (NP) e os

demais tratamentos com biofertilizante (Tabela 3), constata-se que o tratamento NP

apresentou maior PMS do que a dose máxima de biofertilizante (40 t ha-1 de

biofertilizante). Tal resultado pode ser explicado pela lenta liberação do nitrogênio

advinda de compostos orgânicos, como pode ser comprovada por estudo realizado por

y = 16,016x + 531

R² = 0,907

15

515

1015

1515

0 10 20 30 40

PM

S (

Kg h

a-1)

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

(A)

y = 0,2569x + 8,8504

R² = 0,8493

0

5

10

15

20

25

0 10 20 30 40TA

F(k

g d

e M

Sh

a-1/d

-1)

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

(B)

y = 16,614x + 447,26

R² = 0,9083

15

515

1015

1515

0 10 20 30 40

AF

o (

Kg h

a-1)

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

(C)

y = -0,2034x + 35,68

R² = 0,8062

0

10

20

30

40

0 10 20 30 40

AM

M (

Kg h

a-1)

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

(D)

y = -0,3955x + 48,065

R² = 0,4026

0

20

40

60

0 10 20 30 40

AIn

(kg h

a-1)

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

(E)

47

Silva et al. (2014), em que foi avaliado o efeito da liberação de nitrogênio no esterco

bovino (EB), cama de frango (CF) e esterco misto (EM) em diferentes períodos, e aos

quais constataram que após 270 dias (período máximo do experimento) a liberação de

nitrogênio, em média, foram de 5,0; 15,0; e 28 % para EB, CF e EM, respectivamente.

Tabela 3 – Média da produção de matéria seca (PMS), taxa de acúmulo de forragem

(TAF), acúmulo de folha (AFo), acúmulo de material morto (AMM) e acúmulo de

invasoras (AIn) em pasto de capim-massai adubado com doses de biofertilizante em

comparação com adubação mineral (NP).

Variável Dose de biofertilizante (t ha-1)

NP 0 40

PMS (kg de MS ha-1) 589,81 c 1265,12 b 2304,38 a

TAF (kg de MS ha-1 d-1) 8,85 c 19,52 b 38,40 a

AFo (kg de MS ha-1) 521,10 c 1221,21 b 2273,76 a

AMM (kg de MS ha-1) 30,83 a 21,21 b 22,81 b

AIn (kg de MS ha-1) 37,88 a 22,70 ab 5,58 b

Médias seguidas de letras distintas na linha diferem entre si pelo teste de Tukey

(p<0,05).

Vale ressaltar também que o período de avaliação deste experimento foi de 180

dias e que ainda houve fracionamento da aplicação das doses, sendo que no primeiro

corte, apenas 50 % das doses tinham sido fornecidos ao solo, e que os demais 50 %

foram ofertados faltando 120 dias para o término do experimento.

Emerenciano Neto et al. (2013) avaliaram acúmulo de forragem em pastagens no

mesmo local deste experimento sob lotação intermitente na época das águas e

encontraram para o capim-massai 3663,4 kg ha-1 de massa seca de forragem no estrato

de 25 – 50 cm. Já Euclides et al. (2008) avaliando a produção do capim-massai em

sistema de produção de bovinos de corte, obtiveram valores médios para PMS de 3197

kg ha-1 e 2925,25 kg ha-1 no período das águas e seco respectivamente em pré-pastejo

(35 dias de descanso). Obtiveram também 2399 kg ha-1 e 2294 kg ha-1 no período das

águas e seco respectivamente no pós pastejo, sendo este último valor semelhante ao

encontrado no tratamento NP neste trabalho de 2304,38 kg ha-1.

48

Sob efeito da utilização do biofertilizante, a taxa de acúmulo de forragem (TAF),

apresentou efeito linear positivo (Figura 2 B), quando comparamos o tratamento

máximo (40 t ha-1 de biofertilizante) com o mínimo (0 t ha-1 de biofertilizante),

constatou-se um aumento 120,56 % na TAF.

Quando compramos os resultados obtidos em todos os tratamentos para TAF

(Tabela 3), foi verificado que houve diferença significativa entre as doses de

biofertilizante e o tratamento NP, sendo este último o de maior TAF.

Observou-se que a TAF seguiu o mesmo comportamento, de forma

proporcional, ao da PMS, pois a TAF está intimamente ligada com o acúmulo de

forragem e, consequentemente, com os aspectos ligados as possíveis causas que levaram

as diferenças entre os cortes da mesma. Mesmo assim, Luna et al. (2014) avaliaram o

acúmulo de forragem em várias espécies forrageiras em regime de corte, incluído o

capim-massai, e encontraram TAF de 56,16 kg de MS ha-1 d-1, bem acima de 38,40 kg

de MS ha-1 d-1 do tratamento NP, maior TAF encontrada nesse experimento. Já Andrade

et al. (2004) encontraram TAF de 56,3 e 28,6 kg ha-1 d-1 do capim-massai sem

sombreamento no período das águas e período seco respectivamente. E Emerenciano

Neto et al. (2013) encontraram TAF de 73,4 kg ha-1 d-1 de MS para capim-massai

manejado a alturas de 25 – 50 cm no pós e pré pastejo, respectivamente.

Para variável acúmulo de folha (AFo), constatou-se efeito linear positivo com

incremento do biofertilizante em 134,35 %, quando comparado as doses mínima e

máxima de biofertilizante, 0 e 40 t ha-1 respectivamente (Figura 2 C). Tal resultado se

mostrou favorável a dose máxima de biofertilizante neste experimento, visto que a parte

foliar ser a mais nobre dentre os componentes morfológicos de uma planta forrageira no

que diz respeito ao seu valor nutritivo. Tendo em vista que as lâminas foliares são mais

ricas em nutrientes, e de mais fácil ingestão pelo animal em pastejo, desta forma, um

pasto com maior quantidade de massa de folhas, credencia-se também como de melhor

qualidade (BRÂNCIO et al., 2003; PRADO, 2008).

Andrade et al. (2004) avaliando espécies forrageiras em sombreamentos

artificiais, encontraram média de 80 % de folhas em capim-massai sem sombreamento,

média semelhante a encontrada nesse estudo para tratamento 0 t ha-1 de biofertilizante,

que foi de 88,35 %. Difante et al. (2010) avaliaram o Panicum maximum Jacq. cv.

49

Tanzânia manejado em duas intensidades de pastejo rotativo e obtiveram 61,7 e 59,6 %

de lâmina foliar, no pré-pastejo, para as alturas de resíduos de 25 e 50 cm

respectivamente, médias também inferiores as encontradas nesse experimento com

capim do mesmo gênero Panicum.

Comparando as doses de biofertilizante com a adubação mineral (Tabela 3)

constata-se que houve diferença significativa entre os tratamentos com doses crescentes

de biofertilizante e o tratamento com adubação mineral. Sendo o tratamento NP que

propiciou maior AFo, possivelmente reflexo também da maior PMS para esse

tratamento (Tabela 3).

A dinâmica do acúmulo de forragem durante o período de rebrotação é

caracterizado pelo acúmulo quase exclusivo de lâminas foliares, até que o dossel

alcance a altura em que aproximadamente 95 % da luz incidente é interceptada, deste

ponto em diante os componentes colmo e material morto começam a acumular de

maneira significativa (PEDREIRA et al., 2007). Talvez isto explique porque a fração

colmo neste experimento tenha sido insignificante. Mas, vale ressaltar que só foi

coletada a forragem a partir de 15 cm do nível do solo, restando portanto, uma poção

residual do pasto que não foi contabilizado nesse trabalho.

O acúmulo de material morto (AMM) apresentou efeito linear negativo para os

tratamento com as doses de biofertilizante (Figura 2 D), indicando redução de 45,35 %

com aplicação da dose máxima de biofertilizante 40 t ha-1 em relação a dose zero, sem

adição de biofertilizante, o que demonstra o efeito da adição do biofertilizante na

diminuição no acúmulo de material morto.

Já a comparação das doses de biofertilizante com a adubação mineral (Tabela 3),

constata-se que as duas menores doses de biofertilizante (0 e 10 t ha-1 de biofertilizante)

apresentaram maior AMM, diferenciando-se significativamente dos tratamentos 40 t ha-

1 de biofertilizante e NP, que apresentaram menor AMM. Destacando o potencial do

biofertilizante na diminuição do material morto e aumento da massa verde do pasto.

Emerenciano Neto et al. (2013) encontraram 873,4 kg ha-1 de massa de material

morto sob lotação intermitente na época das águas no estrato de altura entre 25 – 50 cm

50

para capim-massai. Valor bem acima do encontrado nesse estudo em todos os

tratamentos avaliados.

O acúmulo de invasoras (AIn) no capim-massai também apresentou efeito linear

negativo em relação ao aumento das doses de biofertilizante (Figura 2 E). A dose

máxima (40 t ha-1 de biofertilizante) promoveu diminuição de 66,87 % do AIn em

relação ao tratamento testemunha. Esse fato indica que houve redução na quantidade de

plantas indesejáveis ou invasoras ao uso do biofertilizante, principalmente nas maiores

doses (30 e 40 t ha-1 de biofertilizante).

Comparando as doses de biofertilizante com a adubação mineral no AIn (Tabela

3) constatou-se que a adubação mineral não diferença significativa da dose máxima, 40 t

ha-1 de biofertilizante. Outro aspecto que pode explicar a diminuição gradativa do AIn à

medida que aumenta a dose de biofertilizante e acrescenta o tratamento NP é o possível

favorecimento da mato-competição por parte do capim-massai.

Emerenciano Neto et al. (2013) encontraram 372,0 kg/ha de massa de espécies

indesejadas para capim-massai sob lotação intermitente na época das águas no estrato de

altura entre 25 – 50 cm.

CONCLUSÕES

1 – Todas as variáveis estudadas apresentaram efeito linear e foram influenciados pelas

doses crescentes de biofertilizante;

2 – A máxima dose de biofertilizante (40 t ha-1 de biofertilizante) e a adubação mineral

(NP) apresentaram valores significativamente semelhantes de AL, CLO, AMM e AIn;

3 – A adubação mineral, com nitrogênio e fósforo, apresentou melhor resultado que a

dose máxima de biofertilizante na IL, IAF, PMS, TAF e AFo.

AGRADECIMENTOS

A CAPES pela concessão da bolsa de estudos. Aos integrantes do Grupo de

Estudo em Solo (GESOLO) pelo apoio na realização do trabalho e ao Grupo de Estudos

em Forragicultura (GEFOR) pela contribuição prestada.

51

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