respostas da 1ª lista de exercicios do 4º trimestre
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Respostas Da 1ª Lista de Exercícios Do 4º TrimestreTRANSCRIPT
FACULDADE FIGUEIREDO COSTA
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
DISCIPLINA SISTEMA DE PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
PROFª CÁSSIA VANESSA ALBUQUERQUE DE MELO 4º trimestre
1ª Lista de Exercícios do 4º trimestre
1) Com suas palavras, quais os benefícios da troca rápida de ferramentas?
Uma das principais consequências da troca rápida de ferramentas é a redução do estoque.
Com a redução do setup das máquinas, a empresa não precisa preocupar-se em produzir um
lote de tamanho maior para absorver os custos dos altos setups. Além disso, reduz-se o custo
do inventário, o custo de armazenamento, o custo de controle, evita-se a obsolescência, a
deterioração, o desgaste e preserva-se espaço valioso.
2) Explique o modelo proposto por Shigeo Shingo de Troca rápida de ferramentas, também denominado de SMED.
O modelo de TRF proposto por Shingo consiste em 4 estágios, cujo primeiro pode ser também
chamado de estágio preliminar, cuja melhoria do setup evolui através destes de forma
progressiva:
Estágio 1 ou estágio preliminar: Setup interno e externo não se distinguem. São realizados
levantamentos dos tempos e atividades necessários para a realização do setup completo,
através de cronometragens e filmagens, além de conversas com os operadores para o
entendimento das atividades.
Estágio 2: Distinção das operações em setup interno e externo. É o estágio mais importante da
implantação da TRF,verificando todas as condições de operação e medidas que tenham de ser
tomadas enquanto a máquina estiver em operação, para evitar esperas durante o setup
interno.
Estágio 3: Conversão do setup interno e externo. Busca reavaliar os procedimentos existentes
visando possibilidades de melhoria, onde as atividades que forem consideradas desnecessárias
devem ser eliminadas.
Estágio 4: Racionalizando todos os aspectos da operação de setup. Adotar melhorias e
padronização das atividades de setup, colocando em prática as ações definidas na observação
e análise.
3) Cite algumas atividades de setup interno que podem ser convertidas para setup externo.
Padronizar a altura de matrizes com o uso de placas espaçadoras, de forma a evitar que a
máquina necessite regular sua abertura para o encaixe da matriz. Outro exemplo é o
aquecimento externo de matrizes em fundição de forma que ao entrar em operação ela já
esteja na temperatura indicada. Outro exemplo é o ajuste do ferramental, que normalmente é
feito com a máquina parada (setup interno). Entre outros exemplos, tem-se: limpeza,
lubrificação, testes, ajustes etc.
4) Qual a sua opinião sobre a padronização de ferramentas e dispositivos para
redução do tempo de setup? O uso da padronização de ferramentas e de dispositivos intermediários padronizados permite
com que sejam eliminadas algumas esperas que ocorrem devido a ajustes durante o setup
interno. Além disso, a transparência de processos na troca rápida de ferramentas depende
principalmente da eficácia da padronização de procedimentos de setup e do treinamento para
que os operadores saibam separar as atividades de setup interno e externo, ou seja, simplifica
a operação de setup.
5) Por que a metodologia de troca rápida de ferramentas enfatiza a eliminação de ajustes no setup interno?
Porque, apesar das atividades de setup ser auxiliares ao processo, o valor destas não é
reconhecido pelo cliente final, que não aceita pagar pelos recursos e nem esperar pelo tempo
que consomem. Os ajustes e testes são responsáveis por 50% a 70% do tempo de setup
interno. E, tratando-se de setup interno, é necessário reduzir o tempo de máquina parada para
realizar ajustes através da racionalização através da eliminação de operações de setup interno
ou transformação para setup externo.
6) Cite algumas atividades mais comuns que contribuem para perda de tempo durante a troca.
Procurar e transportar ferramentas; espera por materiais e itens que estão perdidos; encontrar
porcas, parafusos etc.; espera e procura por carrinhos de transporte; procura por dispositivos,
instrumentos de medição e panos de limpeza; checagem de desenhos técnicos e
especificações; procura por palletes e containers etc.
7) Em sua opinião, uma empresa que não tem sistema de produção enxuta pode
implantar a técnica de troca rápida de ferramentas?
Sim. É importante que se faça um estudo da produção da empresa e adapte da melhor forma
possível a metodologia, de forma a auxiliar na mudança rápida de uma linha de produção,
possibilitando, conseqüentemente, respostas rápidas diante da necessidade do mercado.
8) É possível conseguir com o método de TRF, em preparações de máquinas,
reduções do tempo que gasta com setup sem praticamente nenhum investimento? Comente.
Sim. A troca rápida de ferramentas é uma metodologia que propõe reduzir o tempo de setup a
partir de medidas que venham a aumentar a eficiência da produção, buscando otimizar o uso
dos recursos disponíveis no chão-de-fábrica e a ênfase em exigir repetidos treinamentos com
os operários, ensinando-os a reduzir os lotes e tempo de troca de ferramentas. Chega-se a
conseguir a redução de 40% a 50% do tempo que gasta com setup em preparações de
máquinas, sem praticamente nenhum investimento. A TRF também consiste num método
científico baseado na análise de tempos e movimentos relativos às operações de setup. Se for
feito algum investimento, que deve ser justificado, pode-se chegar a SMED (9min e 59s) ou
menos ainda em pouquíssimo tempo.
9) Em sua opinião, qual é a principal barreira de ser implantado o método de troca rápida de ferramentas nas empresas? Muitas das vezes, adaptação cultural e o romper dos velhos hábitos são a principal barreira à
implantação de melhorias do processo, além da falta de treinamento e da conscientização.
10) Qual é a contribuição da troca rápida de ferramentas em corridas de Fórmula 1 e
na aviação, por exemplo?
A contribuição da troca rápida de ferramentas em corridas de Fórmula 1 e na aviação, por
exemplo, é o emprego de procedimentos, ferramentas e dispositivos padronizados que
permitem obter a redução do tempo de parada para realizar determinadas operações, tais
como reabastecimento e troca de pneus, por exemplo, onde as equipes buscam se especializar
em técnicas para fazer com que este tempo seja cada vez menor. A preparação interna ou
setup interno, tanto de um avião como de um carro de Fórmula 1 (em Pit-stop) podem ser
realizados com o carro parado. A preparação externa ou setup externo ocorre quando todas as
atividades são preparadas e realizadas antecipadamente, como preparação de pneus,
combustíveis, bagagens etc.