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RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E EMPRESAS DIADOSK, A.; FERREIRA, A. H. RESUMO Valendo-se da real mudança de valores, as empresas estão engajadas à ideia de desenvolvimento sustentável e à preservação do meio ambiente, gerando assim o bem estar da sociedade na qual se encontra inserida. Na atualidade se tem ouvido falar muito de Responsabilidade Socioambiental Empresarial (RSE), e difere do que muitos imaginam. As ações das empresas em consonância com as necessidades sociais, garante a empresa, além de lucro e da satisfação de seus clientes, o bem estar da sociedade. Palavras-chave: Responsabilidade Socioambiental. Desenvolvimento Sustentável. Administração de empresas – meio ambiente. ABSTRACT Drawing on there all change of values, the companies will been gaged to the idea ofsustainable development and preservation of the environment, thus creating the well-being of the society in which it is inserted. Now a day one has heard much of Socio-Environmental Responsibility (CSR), and differs from what many imagine. The actions of the companies in accordance with social needs, so that the company guarantees, plus profit and satisfaction their customers, the welfare of society. Keywords: Environmental Responsibility. Sustainable development. Business Administration – environment. INTRODUÇÃO A edição da obra Legislação Ambiental Básica é uma iniciativa da Consultoria Jurídica do Ministério do Meio Ambiente e tem como principal objetivo a consolidação de atos referentes ao tema ambiental. (BRASIL, 2008). Em linhas gerais, a presente publicação engloba aspectos no que diz respeito à Política Nacional do Meio Ambiente. Nos dias de hoje, ser social e ambientalmente responsável no mundo empresarial é fator de competitividade. Nos primórdios da industrialização, o fator mais relevante era o preço, depois passou a ser a qualidade e, hoje, com a responsabilidade socioambiental, é preciso investir no constante aprimoramento das relações, de qualquer que seja a ordem. Na

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Page 1: RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E EMPRESAS · DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006. FARIAS, Talden. A repartição

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E EMPRESAS

DIADOSK, A.; FERREIRA, A. H.

RESUMO

Valendo-se da real mudança de valores, as empresas estão engajadas à ideia de desenvolvimento sustentável e à preservação do meio ambiente, gerando assim o bem estar da sociedade na qual se encontra inserida. Na atualidade se tem ouvido falar muito de Responsabilidade Socioambiental Empresarial (RSE), e difere do que muitos imaginam. As ações das empresas em consonância com as necessidades sociais, garante a empresa, além de lucro e da satisfação de seus clientes, o bem estar da sociedade.

Palavras-chave: Responsabilidade Socioambiental. Desenvolvimento Sustentável. Administração de empresas – meio ambiente.

ABSTRACT

Drawing on there all change of values, the companies will been gaged to the idea ofsustainable development and preservation of the environment, thus creating the well-being of the society in which it is inserted. Now a day one has heard much of Socio-Environmental Responsibility (CSR), and differs from what many imagine. The actions of the companies in accordance with social needs, so that the company guarantees, plus profit and satisfaction their customers, the welfare of society.

Keywords: Environmental Responsibility. Sustainable development. Business Administration – environment.

INTRODUÇÃO

A edição da obra Legislação Ambiental Básica é uma iniciativa da

Consultoria Jurídica do Ministério do Meio Ambiente e tem como principal objetivo

a consolidação de atos referentes ao tema ambiental. (BRASIL, 2008). Em linhas

gerais, a presente publicação engloba aspectos no que diz respeito à Política

Nacional do Meio Ambiente. Nos dias de hoje, ser social e ambientalmente

responsável no mundo empresarial é fator de competitividade. Nos primórdios da

industrialização, o fator mais relevante era o preço, depois passou a ser a

qualidade e, hoje, com a responsabilidade socioambiental, é preciso investir no

constante aprimoramento das relações, de qualquer que seja a ordem. Na

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atualidade se tem ouvido falar muito de Responsabilidade Socioambiental

Empresarial (RSE), e difere do que muitos imaginam. Não se trata de filantropia,

doações e ações externas que as empresas fazem, mas de compromisso ético da

empresa seus colaboradores, acionistas, prestadores de serviços, fornecedores,

consumidores, comunidades, governo e meio ambiente.

Assistimos uma frenética busca por parte dos empresários na pelo

acúmulo de capital. O que na maioria das vezes deixa em segundo plano as

estratégias com a Responsabilidade Socioambiental. “São estratégias pensadas

para orientar as ações das empresas em consonância com as necessidades

sociais, de modo que a empresa garanta, além de lucro e da satisfação de seus

clientes, o bem estar da sociedade”. (TOLDO, 2002, p.84).

Responsabilidade social corporativa é um importante instrumento

gerencial de capacitação e criação de condições de competitividade para as

organizações, seja qual for seu segmento econômico, de forma que ocorra um

desenvolvimento que seja sustentável econômica, social e ecologicamente, mas

para que isso ocorra é necessário que haja nas organizações públicas e privadas

executivos e profissionais que incorporem tecnologia de produção inovadora,

regras de decisão estruturadas e demais conhecimentos sistêmicos exigidos no

contexto em que se inserem, a responsabilidade social tem sido interpretada pelo

público como a contribuição social voluntária.

“A ética é a base da responsabilidade social, expressa nos princípios e

valores adotados pela organização. Não há responsabilidade social sem ética nos

negócios [...]”. Essa postura não condiz com uma empresa que quer trilhar um

caminho de responsabilidade social. É importante haver coerência entre ação e

discurso. (INSTITUTO ETHOS, 2003, p.6). A forma como a responsabilidade

social corporativa tem sido divulgada nos diferentes meios de comunicação, bem

como em palestras, simpósios, seminários entre outros, constitui o que Soares

(2004) chama de discurso pronunciado reservadamente.

Ou seja, é de conhecimento que tal discurso contempla informações

públicas, porém estas, não são divulgadas para a população em geral e considera

a responsabilidade social do ponto de vista da competitividade entre as

organizações e o impacto das práticas de ações socioambientais na construção

da identidade e imagem externa da empresa, junto a empregados e

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consumidores, respectivamente. (SOARES, 2004). Dias (2006) faz uma ligação

entre responsabilidade ambiental e responsabilidade social empresarial,

ressaltando que:

Responsabilidade ambiental é um conjunto de ações realizadas além das exigências legais, e responsabilidade ambiental empresarial é constituída de ações que extrapolam a obrigação, que assumem um conteúdo voluntário onde o objetivo seja manter o meio ambiente natural livre de contaminação e saudável para ser usufruído pelas gerações futuras.

De acordo com Lemos, Santos e Quelhas (2006, p.222), sustenta-se

ainda que as empresas têm obrigações morais com a sociedade que permite que

elas exerçam suas funções produtivas e dessa forma, devem fazer com que os

benefícios materiais de suas ações empresariais atinjam diretamente os mais

diversos setores da sociedade. Assumindo um papel mais ativo na resolução dos

problemas sociais já que são atores que detêm muitos recursos, o que as permite

e de certa forma as obriga assumir esse papel. Os fundamentos, ou seja, a base

de razões que levam as empresas a adotar e praticar a gestão ambiental, podem

ser considerados, desde os procedimentos obrigatórios de atendimento da

legislação ambiental, até a fixação de políticas ambientais que visem a

conscientização de todo o pessoal da organização ou de um governo. Os

objetivos e as finalidades inerentes a um gerenciamento ambiental nas empresas

evidentemente devem estar em consonância com o conjunto das atividades

empresariais. Portanto, eles não podem e nem devem ser vistos como elementos

isolados, por mais importantes que possam parecer num primeiro momento.

Vale aqui relembrar o trinômio das responsabilidades empresariais que

são, responsabilidade ambiental, responsabilidade econômica e responsabilidade

social.

CONCLUSÃO

O meio socioambiental vem sofrendo constantes mudanças na

atualidade. Por consequência acaba por obrigar as empresas a considerar o

impacto ambiental provocado por suas atividades produtivas. Os consumidores,

por sua vez, passaram a exigir das empresas além da qualidade e preço o

comprometimento com as questões éticas, sociais e ambientais. Nada mais justo,

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uma vez que as empresas exploram de forma inconsequente os recursos naturais

não levando em consideração os impactos ambientais nem tão pouco as

condições de vida da sociedade.

A Responsabilidade socioambiental e competitividade não são

antagônicos, isso porque há várias empresas que já perceberam que preservar o

meio ambiente pode ser um bom negócio.

A dimensão ambiental da responsabilidade social diz respeito aos

impactos sobre os sistemas naturais e construídos, os quais incluem os

ecossistemas, o solo, o ar e a água. Não só interessam os impactos ambientais

de curto prazo, mas também os impactos de longo prazo cujos efeitos são mais

dramáticos ao homem e à natureza. Uma empresa considerada socialmente

responsável procura minimizar os impactos ambientais negativos e maximizar os

efeitos positivos advindos de sua atividade produtiva.

A dimensão social da responsabilidade social leva em conta os valores

éticos, de equidade e solidariedade que identificam e dignificam os seres

humanos. Assim, todo e qualquer esforço no sentido de eliminar a pobreza,

reduzir as desigualdades sociais, promover a educação e possibilitar a segurança

a todos é bem-vindo.

REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Legislação Ambiental Básica. Consultoria Jurídica, Brasília, Ministério do Meio Ambiente, UNESCO, 2008.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. 14.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006. FARIAS, Talden. A repartição de Competências para o licenciamento Ambiental e a Atuação dos Municípios. Revista de Direito Ambiental, RT, n.42, 2006. FIORILO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 14.ed. São Paulo: Saraiva, 2013. FREITAS, Vladimir Passos de. A Constituição Federal e a Efetividade de suas normas. 2.ed. São Paulo: RT, 2002.

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INSTITUTO ETHOS. Criando valor: o business case para sustentabilidade em mercados emergentes. São Paulo: Instituto Ethos, 2003. Disponível em: <http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/folheto_ifc.pdf.>. Acesso em: 15 abr. 2010. LEANDRO, Eustáquio. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2008. LEMOS, H. M.; SANTOS, C. H.; QUELHAS, O. L. G. Sustentabilidade da Organizações Brasileiras. Niterói: ABEPRO, 2006. LOURES, Rodrigo C. da R. Proposições Provocativas: Ensaios sobre Sustentabilidade e Educação. Sistema de Federação das Indústrias do Estado do Paraná, 2008. MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2006. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2010. MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente. 3.ed. São Paulo: RT, 2004.

PORTER, Harvard Michael. Elas nunca estiveram tão expostas. Exame, São Paulo, p.16, dez. 2007.