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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes práticas institucionais de externalização cultural

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade

e dos transportes

práticas institucionais de externalização cultural

Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Nas organizações cuja missão e atribuições se concentram na prossecução e

exercício de competências outras que não a salvaguarda patrimonial arquivística

a função arquivo assenta

Na gestão do ciclo vital da documentação, produzida e recebida no âmbito da

atividade institucional,

na manutenção de um sistema de recuperação da informação, que garanta os

direitos e deveres do organismo e de quem com ele se relaciona do ponto de

vista jurídico-administrativo,

Na implementação dos instrumentos necessários à preservação da memória

histórica dos organismos e do seu contexto.

EIA, 4 outubro 2013 2

Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Responsabilidade social é quando,

“as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais

justa e para um ambiente mais limpo. Com base nesse pressuposto, a gestão das

empresas não pode, e/ou não deve, ser norteada apenas para o cumprimento de

interesses dos proprietários das mesmas, mas também (…) dos trabalhadores, das

comunidades locais, dos clientes, dos fornecedores, das autoridades públicas, dos

concorrentes e da sociedade em geral.” *

é

Interna - quando tem como objetivo os colaboradores da própria empresa,

Externa - quando visa beneficiar as comunidades locais ou a sociedade em geral.

*http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/site/pt/com/2001/com2001_0366pt01.pdf [acedido a 05/09/2013]

EIA, 4 outubro 2013 3

Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Extensão cultural

Neste tipo de entidades, a assunção de uma política de extensão cultural, marginal

ao seu core business, surge como um ato voluntarista e discricionário, que,

ademais, implica a afetação de recursos escassos e raramente transpostos para

planos de médio/longo prazo. Ainda assim, e cada vez mais, a extensão cultural tem

vindo a ganhar espaço no âmbito da responsabilidade social das instituições, gerando

valor acrescentado, nem sempre fácil de se traduzir em números.

EIA, 4 outubro 2013 4

Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Direção-Geral de Transportes Terrestres (1951-2005)

Direção-Geral de Transportes Terrestres e Fluviais (2005-2007)

Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. (2007-2012)

Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. (2012- )

EIA, 4 outubro 2013

Uma longa história institucional…

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Fatores que se conjugaram na concretização destas 4 ações de extensão

cultural, tendo como foco o arquivo institucional

Direção superior proactiva e sensibilizada

Necessidade de afirmação institucional

Património arquivístico e iconográfico relevante

Efemérides passíveis de comemoração

Departamento com visão e espírito de missão

As oportunidades inclinam, não determinam

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

A Linha do Sol : a linha de Cascais 100 anos depois

Resultou da vontade de três entidades, DGTT, CP e REFER

“Dos roteiros literários que lhe traçaram um percurso de fantasia, (…)

simultaneamente moderno e romântico, até ao estatuto de equipamento

social da Grande Lisboa (…), deixamos-lhe uma leitura apaixonada da linha

de Cascais, a Linha do Sol dos dias que vivemos.” *

Gare do Oriente

Cais do Sodré

Museu DECivil, IST,

27 jun. / 6 dez. 2001

* do texto de divulgação

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

EIA, 4 outubro 2013

Título A Linha do Sol : a linha de Cascais 100 anos depois

Objetivos Divulgar o caminho de ferro, em torno do tema “A Linha do Sol”, nas suas vertentes histórica e técnica, no contexto das preocupações culturais e no entendimento da responsabilidade social das entidades organizadoras

Organização: Exposição distribuída por três núcleos, três locais e três momentos cronológicos, da responsabilidade de três entidades, uma por cada núcleo

Colaborações BAHMOP, CP, REFER, Arquivo Fotográfico da CML, BN, AN/TT, coleções particulares

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Transportes terrestres, 1951-2003 : mobilidade, coordenação, regulação

Integrada nas comemoração dos 150 anos do Ministério das Obras Públicas

Transportes e Comunicações

“As inflexões políticas não foram totalmente traduzidas nos normativos

reguladores dos transportes, pelo que (…) coexistem diversos regimes que

se sucederam no tempo sem que tivessem sido clarificados ou

regulamentados os limites das competências, sem que fossem redefinidos

direitos e deveres dos intervenientes”*

Museu DECivil, IST,

4 nov. / 16 dez. 2003

* do texto de abertura da brochura

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

EIA, 4 outubro 2013

Título Transportes Terrestres 1951-2003: Mobilidade, Coordenação, Regulação

Objetivos Dar a conhecer à comunidade a evolução do setor dos transportes terrestres em Portugal e a intervenção dos organismos públicos na coordenação e regulação do mercado setorial dos transportes públicos.

Iniciativas Associadas Realização do Colóquio “A Coordenação dos Transportes Terrestres” (IST, Lisboa, 4 nov. 2003); Edição da Brochura “Transportes Terrestres 1951-2003: Mobilidade, Coordenação, Regulação” (Dez. 2003)

Colaborações Amibus, Carris, IEP, Shell, Centro Português de Fotografia, ACP, Metropolitano de Lisboa; CP, Arquivo Fotográfico da CML, SM Transportes Urbanos de Coimbra; Soflusa/Transtejo; coleções particulares

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Arquivo Histórico dos Transportes Terrestres : mostra documental

Por ocasião da abertura ao público das novas instalações do arquivo e do

centro de documentação

“A organização do Arquivo Histórico dos Transportes Terrestres (AHTT) tem

sido, desde 1998, uma aposta assumida pela DGTTF, integrada num amplo

esforço de modernização das redes de informação, de modo a valorizar o

seu património documental como um ativo estratégico da sociedade do

conhecimento”*

DGTTF, Sede

24 Out. 2005 / 31 Jan. 2006

* do texto do folheto

EIA, 4 outubro 2013 14

Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

EIA, 4 outubro 2013

Título Arquivo Histórico dos Transportes Terrestres : mostra documental

Objetivos Comemorar a abertura ao público do Arquivo Histórico dos Transportes Terrestres (AHTT), dar a conhecer os seus fundos arquivísticos e as novas instalações do Arquivo e do Centro de Documentação

Iniciativas Associadas Edição do folheto “Arquivo Histórico dos Transportes Terrestres”

Colaborações EP, TERTIR, Amibus, Carris, Centro Português de Fotografia, ACP, Metropolitano de Lisboa; CP, Arquivo Fotográfico da CML, Soflusa/Transtejo; SMTUC , APL, Revista Visão, coleções particulares

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Uma rede que nos une

100 anos de transportes e ordenamento do território

Integrou as comemoração oficiais do Centenário da República

“A valorização do património natural e cultural, a recuperação da paisagem e

sua fruição, a avaliação ambiental de projetos estruturantes são campos de

inovação, associados aos transportes e à transformação do território”*

Estação do Rossio,

18 maio / 18 jul. 2003

* do folheto da exposição

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

EIA, 4 outubro 2013

Título Uma rede que nos une : 100 anos de transportes e ordenamento do território

Objetivos Mostrar a evolução dos transportes terrestres, do território e da mobilidade, em Portugal, através de uma abordagem diacrónica mas também prospetiva da interação destes domínios, no espaço de 100 anos.

Iniciativas Associadas Produção de video com entrevistas a antigos profissionais do setor dos transportes; realização de “O dia de…” aberto a entidades parceiras do IMTT

Colaborações REFER, CARRIS, Fundação do Museu Nac. Ferroviário, EP Estradas de Portugal, CP, IRHU, Clube Port. Automóveis Antigos, Metropolitano de Lisboa, Metro do Porto, RTP, Parque Expo 98, entre outros. Coleções particulares

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Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Sai o último visitante, encerra-se a porta. E depois?

Constrangimentos Oportunidades

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•Caráter efémero dos eventos •Orçamentação muito negociada com a direção •Inexistência de patrocínios por equidistância institucional •Temáticas restritivas •Difícil comunicação com o grande público •Difícil avaliação do impacto das ações •Inexistência de serviço educativo

•Necessidade de afirmação institucional •Exploração de oportunidades por via da comemoração de efemérides •Leque bem definido de parceiros •Bom relacionamento interinstitucional •Externalização dos locais de exposição •Valorização de fundos arquivísticos específicos •Oferta variada de materiais iconográficos e museológicos

Responsabilidade social nos arquivos da mobilidade e dos transportes

Obrigado pela vossa atenção

EIA, 4 outubro 2013 20

Margarida Luís [email protected]

Miguel Lobato [email protected]