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Responsabilidade do Médico Veterinário na AQUISIÇÃO, GUARDA, TRANSPORTE E USO dos medicamentos HUMANOS controlados

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Responsabilidade do Médico Veterinário

na AQUISIÇÃO, GUARDA,

TRANSPORTE E USO dos

medicamentos HUMANOS controlados

Marcos Augusto Lopes de Castro

M.V. formado pela Uff, em 2003 Exercício da Anestesiologia Veterinária desde 2003

Bacharelado em Direito pela UFRJ em 2008 Aprovado no Exame de Ordem da OAB em 2008

Ex-assessor Jurídico do TCE/RN Oficial de Justiça Avaliador Federal do TRT da 1ª Região

“A noção de responsabilidade implica a idéia de resposta, termo que, por sua vez, deriva do vocábulo verbal latino respondere, com o

sentido de responder, replicar”.

Civil - Decorre da prática de um ato ilícito civil; Administrativa - Decorre da prática de um ato ilícito

administrativo; Penal - Decorre da prática de um ato ilícito penal;

* Filho, José dos Santos Carvalho, Manual de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, 2005, 3ª ed., p 419 apud Antonio queiroz Telles , Introdução ao Direito Administrativo

RESPONSABILIDADE

RESPONSABILIDADE

CONDUTAS:

DOLOSA: consciência e vontade

CULPOSA: inobservância do dever de cuidado➢IMPERÌCIA – falta de conhecimento técnico➢IMPRUDÊNCIA – agir sem cautela➢NEGLIGÊNCIA – não agir para evitar

Responsabilidade Civil

Código Civil lei 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Dos Atos Ilícitos

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que

exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou

social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

“Responsabilidade Administrativa”

SANÇÃO DE POLÍCIA

“SANÇÃO DE POLÍCIA: é o ato punitivo que o ordenamento jurídico prevê como resultado de uma infração adminsitrativa...”

Filho, José dos Santos Carvalho, Manual de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, 2005, 3ª ed., p 69 .

Responsabilidade Penal

Conceito Dogmático de Delito

Ação ou Omissão:

Típica + Ilícita + CulpávelTípico + Ilícito = Injusto Penal

Tipicidade: Subsunção do fato ao modelo previsto no tipo legalIlicitude: Relação de contrariedade de um fato com todo

ordenamento jurídico (p.e.:ausência de; exercício regular de direito, legítima defesa, consentimento do ofendido, etc.)

Culpabilidade: Reprovabilidade pessoal da conduta típica e ilícita (p.e.: imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa e potencial consciência da ilicitude)

PORTARIA N.º 344, DE 12 DE MAIO DE 1998SVS/MS (ANVISA – lei 9.782/99)

D.O.U de 31/12/1998

Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos (humanos) sujeitos a controle

especial.

Compra de Fármacos Controlados

PORTARIA N.º 344, DE 12 DE MAIO DE 1998 SVS/MSArt. 93 Os medicamentos destinados a uso veterinário, serão

regulamentados em legislação específica.

MAPAINSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 25, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2012

DOU de 21/11/2012 (nº 224, Seção 1, pág. 14)Art. 1º - Estabelecer os procedimentos para a comercialização das substâncias sujeitas a controle especial, quando destinadas ao uso

veterinário, relacionadas no Anexo I desta Instrução Normativa, e dos produtos de uso veterinário que as contenham.

...Art. 37 - Esta Instrução Normativa entra em vigor após decorridos 180

(cento e oitenta) dias de sua publicação.

Compra de Fármacos Controlados

PORTARIA N.º 344, DE 12 DE MAIO DE 1998 SVS/MS

DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA

Art. 35 A Notificação de Receita é o documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação de medicamentos a base de substâncias

constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso sistêmico) e "C3"

(imunossupressoras), deste Regulamento Técnico e de suas atualizações.(…)

§ 1º Caberá à Autoridade Sanitária, fornecer ao profissional ou instituição devidamente cadastrados, o talonário de Notificação de Receita "A", e a

numeração para confecção dos demais talonários, bem como avaliar e controlar esta numeração..

Compra de Fármacos Controlados

PORTARIA N.º 344, DE 12 DE MAIO DE 1998 SVS/MSLISTAS:

A1 E A2 OPIÓIDES (ENTORPECENTES)A3 ANFETAMINA E DERIVADOS(PSICOTRÓPICOS)B1 BENZODIAZEPÍNICOS E BARBITÚRICOS (PSICOTRÓPICOS)B2 ANOREXÍGENOS (PSICOTRÓPICOS)C1 DISSOCIATIVOS, ALFA 2 AGONISTAS, FENÓIS, FENOTIAZÍNICOS,

HALOGENADOS (OUTRAS SUBST SUJ ACONT)C2 RETINOICASC3 TALIDOMIDA (IMUNOSSUPRESSORAS)C4 ANTIRETROVIRAISC5 ANABOLIZANTESD1 PRECURSORES DE ENTORPECENTES OU PSICOTRÓPICOSD2 INSUMOS QUÍMICOS (MIN DA JUSTIÇA – POL. FEDERAL)E PLANTAS PRECURSORASF1 ENTORPECENTES PROSCRITOSF2 PSICOTRÓPICOS PROSCRITOSF3 OUTRAS PROSCRITAS

Compra de Fármacos Controlados

MAPAINSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 25, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2012

XI - produto sujeito a controle especial: produto de uso veterinário que contenha uma ou mais substâncias

constantes do Anexo I desta Instrução Normativa;XIII - substância sujeita a controle especial: substância constante das

listas do Anexo I desta Instrução Normativa

ANEXO I

LISTA A1 E A2 – OPIÓIDES (Entorpecentes)LISTA B - BENZODIAZEPÍNICOS, BARBITÚRICOS (Psicotrópicos)LISTA C1 - DISSOCIATIVOS, ALFA 2 AGONISTAS, FENÓLICOS

FENOTIAZÍNICOS, HALOGENADOS (OUTRAS SUBST SUJ ACONT)C2 –RETINOICOSC4 - ANTIRETROVIRAISC5 - ANABOLIZANTES LISTA D1 – PRECURSORES DE ENTORPECENTES E PSICOTROPICOS

Compra de Fármacos Controlados

MAPAINSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 25, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2012

Seção II

Notificação de Aquisição por Médico Veterinário

Art. 8º - A aquisição por Médico Veterinário de produto de uso veterinário que contenha substância sujeita a controle especial para utilização em procedimentos clínicos, cirúrgicos, contenção e sedação somente poderá

ser feita mediante a apresentação da notificação de aquisição por Médico Veterinário, a qual ficará retida no estabelecimento comercial.

Compra de Fármacos Controlados

PORTARIA Nº 34412 DE MAIO DE 1998 SVS/MS

Art. 38 As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso odontológico e veterinário,

respectivamente.

Art. 39 Nos casos de roubo, furto ou extravio de parte ou de todo o talonário da Notificação de Receita, fica obrigado o responsável a informar,

imediatamente, à Autoridade Sanitária local, apresentando o respectivo Boletim de Ocorrência Policial (B.O.).

Transporte de Fármacos Controlados

PORTARIA Nº 34412 DE MAIO DE 1998 SVS/MS

Art. 94 Os profissionais, serviços médicos e/ou ambulatoriais poderão possuir, na maleta de emergência, até 3 (três) ampolas de medicamentos entorpecentes e até 5 (cinco) ampolas de

medicamentos psicotrópicos, para aplicação em caso de emergência, ficando sob sua guarda e responsabilidade.

Parágrafo único. A reposição das ampolas se fará com a Notificação de Receita devidamente preenchida com o nome e

endereço completo do paciente ao qual tenha sido administrado o medicamento.

Transporte de Fármacos controlados

DECRETO Nº 54.216, DE 27 DE AGÔSTO DE 1964. Promulga a Convenção Única sôbre Entorpecentes.

ARTIGO 32 Disposições especiais relativas ao transporte de drogas em maletas de

socorro-urgente em navios e aeronaves das linhas internacionais

1. O transporte internacional, em navios ou aeronaves, de quantidades limitadas de entorpecentes necessários para prestação de primeiro

auxílios ou para casos de urgência no decurso da viagem, não será considerado como importação, exportação ou trânsito no sentido desta

Convenção.

Guarda de Fármacos Controlados

PORTARIA Nº 34412 DE MAIO DE 1998 SVS

Art. 67 As substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como os medicamentos que as contenham,

existentes nos estabelecimentos, deverão ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local exclusivo para este fim, sob a responsabilidade do farmacêutico

ou químico responsável, quando se tratar de indústria farmoquímica.

Guarda de Fármacos Controlados

PORTARIA N.º 344, DE 12 DE MAIO DE 1998 SVS/MS

DA ESCRITURAÇÃO

Art. 62 Todo estabelecimento, entidade ou órgão oficial que(...) utilizar, (...), armazenar ou manipular substância ou medicamento de que trata

este Regulamento Técnico e de suas atualizações, com qualquer finalidade deverá escriturar e manter no estabelecimento para efeito de

fiscalização e controle, livros de escrituração conforme a seguir discriminado:

…Art. 65 Os Livros de Registros Específicos destinam-se a anotação, em ordem

cronológica, de estoque, entradas (por aquisição ou produção), saídas (por vendas, processamento, beneficiamento, uso) e perdas.

Guarda de Fármacos Controlados

PORTARIA Nº 34412 DE MAIO DE 1998 SVS

DOS BALANÇOSArt. 69 O Balanço de Medicamentos Psicoativos e de outros Sujeitos a

Controle Especial - BMPO, destina-se ao registro de vendas de medicamentos a base de substâncias constantes das listas "A1", "A2"

(entorpecentes), "A3" e "B2" (psicotrópicos) e "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, por farmácias e drogarias

conforme modelo (ANEXO XXI) , em 2 (duas) vias, e remetido à Autoridade Sanitária pelo Farmacêutico Responsável trimestralmente até o dia 15

(quinze) dos meses de abril, julho, outubro e janeiro.(...)

§ 3º As farmácias de unidades hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, ficam dispensadas da apresentação do Balanço de Medicamentos

Psicoativos e de outros Sujeitos a Controle Especial (BMPO).

Transporte de Fármacos

DECRETO Nº 79.388, DE 14 DE MARÇO DE 1977.Promulga a Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas.

21 de fevereiro de 1971

ARTIGO 4º

Outras Disposições Especiais Relativas ao Âmbito do Controle

Com respeito às substâncias psicotrópicas diferentes das incluídas na Lista I, as partes poderão permitir:

c) o uso de tais substâncias sujeitas à aplicação das medidas de controle exigidas pela presente Convenção, para a captura de animais, por

pessoas especificamente autorizadas pelas autoridades competentes a utilizar tais substâncias para aquele fim.

Transporte de Fármacos

RESOLUÇÃO Nº 301, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012.

Art. 1º Instituir no âmbito do Sistema Conselho Federal de Biologia/Conselhos Regionais de Biologia (CFBio/CRBios) normas regulatórias que visam

padronizar os procedimentos de captura, contenção, marcação, soltura e coleta do espécime animal ou parte dele para obtenção de amostras de

material biológico de animais silvestres nativos e exóticos in situ e ex situ, para estudos, pesquisa, atividades de ensino e serviços, seja em campo,

laboratório, criatórios, estações experimentais, biotérios e zoológicos, para fins de transporte, experimentos, inventário, resgate, manejo, vigilância zoonótica, conservação, criação e produção de espécies classificadas

como filo Chordata, subfilo Vertebrata. Art. 2º O Biólogo é o profissional técnico legalmente habilitado a realizar

as atividades previstas no art. 1º. § 1º O exercício das atividades deve seguir os princípios da biossegurança

geral e do bem estar animal, utilizando métodos indolores, e quando necessário com auxílio de anestésicos e analgésicos que conduzam

rapidamente à inconsciência ou morte e requeiram o mínimo de contenção, a fim de reduzir o estresse e sofrimento do animal.

Transporte de FármacosCFMV PEDE ANULAÇÃO DE RESOLUÇÃO DO CFBIO

26/04/2013

O Conselho Federal de Medicina Veterinária ajuizou na Justiça Federal ação para anular a Resolução Nº 301/2012 do Conselho Federal de Biologia.

Entre outras medidas, a norma do CFBio confere aos Biólogos a competência para ministrar anestésicos e analgésicos em animais

vertebrados. A medida do CFMV tem por objetivo a proteção da integridade física dos

animais, pois apenas o Médico-Veterinário tem formação acadêmica para procedimentos de analgesia e anestesia e somente este

profissional tem autorização legal para realizar tais procedimentos (Lei 5517/68, artigo 5º, inciso I).

O CFMV aguarda a análise do Juiz quanto ao pedido liminar. O processo tramita perante a 15ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal sob o

número 0018964-07.2013.4.01.3400.

Transporte de Fármacos

RESOLUÇÃO Nº 1015, do CFMV 9 de novembro de 2012

Conceitua e estabelece condições para o funcionamento de estabelecimentos médicos veterinários, e dá outras providências.

(...)Seção III

Do Consultório e Ambulatório Médico VeterinárioArt. 6º Consultórios veterinários são estabelecimentos de propriedade de

médico veterinário, destinados ao ato básico de consulta clínica, curativos e vacinações de animais, sendo vedadas a realização de procedimentos

anestésicos e/ou cirúrgicos e a internação.

Transporte de FármacosRESOLUÇÃO CFM Nº 1.886/2008

(Publicada no D.O.U. de 21 de novembro de 2008, Seção I, p. 271) Dispõe sobre as "Normas Mínimas para o Funcionamento de consultórios

médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência”.

1. DEFINIÇÕESCirurgias com internação de curta permanência: são todos os

procedimentos clínico-cirúrgicos (com exceção daqueles que acompanham os partos) que, pelo seu porte dispensam o pernoite do paciente. Eventualmente o pernoite do paciente poderá ocorrer, sendo

que o tempo de permanência do paciente no estabelecimento não deverá ser superior a 24 horas.

Anestesias para cirurgias com internação de curta permanência: são todos os procedimentos anestésicos que permitem pronta ou rápida

recuperação do paciente, sem necessidade de pernoite, exceto em casos eventuais. Os tipos de anestesia que permitem rápida recuperação do

paciente são: anestesia loco-regional, com ou sem sedação, e anestesia geral com drogas anestésicas de eliminação rápida

USO EXTRA LABEL, OFF LABEL, EXTRA RÓTULO, FORA DO REGISTRO

Em Animais

BrasilDECRETO Nº 20.931 DE 11 DE JANEIRO DE 1932*

...

Do exercício da medicina veterinária Art. 34 É proibido às farmácias aviar receituário de médicos veterinários que

não tiverem seus diplomas devidamente registados no Departamento Nacional de Saude Pública.

Art. 35 Nas receitas deve o veterinário determinar o animal a que se destina a medicação, e indicar o local onde é encontrado bem como o respectivo

proprietário, mencionando a qualidade de veterinário após a assinatura da receita.*Revigorado pelo DECRETO DE 12 DE JULHO DE 1991.

PORTARIA Nº 344, DE 12 DE MAIO DE 1998Art. 38 As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só

poderão ser feitas quando para uso odontológico e veterinário, respectivamente.

USO EXTRA LABEL, OFF LABEL, EXTRA RÓTULO, FORA DO REGISTRO

Em Humanos(O uso off label) “Engloba variadas situações em que o medicamento é

usado em não conformidade com as orientações da bula, incluindo:Administração de formulações extemporâneas ou de doses

elaboradas a partir de especialidades farmacêuticas registradas; Indicações e posologias não usuais;Administração do medicamento por via diferente da preconizada;Administração em faixas etárias para as quais o medicamento não foi

testadoIndicação terapêutica diferente da aprovada para o Medicamento”. “Em pediatria, é estimado que o uso off label seja maior que 90%, enquanto em

adultos esse uso varie entre 7,5% e 40% das prescrições. Segundo consta na literatura brasileira, as classes terapêuticas mais frequentemente prescritas como off label para crianças foram os diuréticos, antimicrobianos e anti -helmínticos.”

Uso off label: erro ou necessidade?Rev Saúde Pública 2012;46(2):398-9

USO EXTRA LABEL, OFF LABEL, EXTRA RÓTULO, FORA DO REGISTRO

Em Animais

EUAExtra-label Drug Use in Veterinary Medicineby Gillian Comyn, D.V.M., M.P.H., D.A.C.V.P.M.FDA Veterinarian Newsletter March/April 2003 Volume XVIII, No 2

“Since 1994, when Congress passed the Animal Medicinal Drug Use Clarification Act of 1994 (AMDUCA), veterinarians in the U.S. have enjoyed legitimate extra-label use (ELU) privileges. Veterinarians can safeguard ELU privileges by following AMDUCA, and by educating clients (particularly food animal producers) on AMDUCA and prudent drug use principles”.

http://www.fda.gov/AnimalVeterinary/NewsEvents/FDAVeterinarianNewsletter/ucm100268.htm

USO EXTRA LABEL, OFF LABEL, EXTRA RÓTULO, FORA DO REGISTRO

Em Animais

Animal Medicinal Drug Use Clarification Act of 1994 (AMDUCA)

The Animal Medicinal Drug Use Clarification Act of 1994 (AMDUCA) allows veterinarians to prescribe extralabel uses of certain approved animal drugs and approved human drugs for animals under certain conditions. Extralabel

use refers to the use of an approved drug in a manner that is not in accordance with the approved label directions. The key constraints of AMDUCA are that any extralabel use must be by or on the order of a

veterinarian within the context of a veterinarian-client-patient relationship, must not result in violative residues in food-producing animals, and the use must be in conformance with the implementing regulations published at 21

CFR Part 530. A list of drugs specifically prohibited from extra-label use appears in the Code of Federal Regulations.

http://www.fda.gov/AnimalVeterinary/GuidanceComplianceEnforcement/ActsRulesRegulations/ucm085377.htm

USO EXTRA LABEL, OFF LABEL, EXTRA RÓTULO, FORA DO REGISTRO Em Animais

UNIÃO EUROPÉIA–Diretiva 82/2001Estabelece um código comunitário relativo aos medicamentos veterinários

Artigo 10.o1. Caso não exista nenhum medicamento permitido para uma doença e

para evitar um sofrimento inaceitável aos animais, os Estados-Membros podem excepcionalmente permitir que seja ministrado por um

veterinário, ou sob a sua responsabilidade pessoal directa, a um ou a um pequeno número de animais de uma determinada exploração agrícola:

a) Um medicamento veterinário autorizado no Estado-Membro em causa, por força da presente directiva ou do Regulamento (CEE) n.o 2309/93, para

utilização noutras espécies animais, ou para outras doenças na mesma espécie;

ou

EUROPA – Diretiva 82/2001b) Se não existir o medicamento referido na alínea a), um medicamento

autorizado para utilização em seres humanos no Estado-Membro em causa, por força da Directiva 2001/83/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 6 de Novembro de 2001, que estabelece um código comunitário relativo aos medicamentos para uso humano, ou do

Regulamento (CEE) n.o 2309/93;ou

c) Se não existir o medicamento referido na alínea b), e dentro dos limites resultantes da legislação do Estado-Membro interessado, um medicamento

veterinário preparado extemporaneamente segundo receita veterinária por uma pessoa para tal autorizada pela legislação nacional.

Para efeitos do primeiro parágrafo, a expressão «a um ou a um pequeno número de animais de uma determinada exploração agrícola», abrange

igualmente os animais de companhia e deve ser objecto de interpretação lata no que respeita à espécie de animais menores ou exóticos não

produtores de alimentos.

Uso Extra-rótulo no BrasilCFMV SOLICITA A ANVISA REVISÃO DE PORTARIA PARA GARANTIR USO

DE ANESTÉSICOS ESPECIAIS NA MEDICINA VETERINÁRIA28/07/2010

Os Médicos Veterinários que trabalham com anestesia animal encontram dificuldades para adquirir, transportar e armazenar medicamentos

como anestésicos, analgésicos e substâncias de ação tranquilizante, registrados para uso humano, os quais também são utilizados para tratamentos em animais. Com a preocupação de garantir o exercício da profissão, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) solicitou a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma proposta de alteração na Portaria 344/1998 para que os profissionais possam acessar os produtos com segurança, e assim, garantir o bem–estar dos animais,

evitando que sintam dor.De acordo com os pesquisadores representantes do CFMV, Marcelo

Weinstein Teixeira (foto), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Silvana Górniak, da Universidade de São Paulo (USP) (foto), as negociações mostram sinais positivos. “Esclarecemos à Anvisa, em duas

reuniões, as evidências científicas e a necessidade de uso dos produtos pelos Médicos Veterinários”, comenta Teixeira.

Uso Extra-rótulo no Brasil

(cont.)“Eles se mostraram convencidos para muitas das solicitações, resta esperar para a revisão da Portaria”, completa Silvana. O CFMV entende

que este é o momento oportuno para solicitar as alterações, já que a referida Portaria encontra-se em estudos e sofrerá alguns ajustes.

A solicitação do CFMV para a mudança na Portaria refere-se àqueles produtos produzidos para o ser humano, que não são comercializados em farmácias e que não apresentam registro deste para animais, mas que os

quais o Médico Veterinário também utiliza, haja vista a inexistência de produtos similares para uso específico nos animais. Além disso, para

garantir o controle, sugere-se que obrigatoriamente o profissional se cadastre na Anvisa e atenda uma série de exigências. Ele terá de

justificar a necessidade de uso e comprovar a atividade como anestesista, além de atender recomendações de armazenamento e

controle”.

http://www.cfmv.org.br/portal/destaque.php?cod=327

Fármacos Controlados

CRFB/88

Art 5º, XIII - É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

…VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que

coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

Fármacos Controlados

LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006.Estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito

de drogas

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer

consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com

determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1o desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito,

denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº

344, de 12 de maio de 1998.

Responsabilidade Penal

“A lei penal em branco pode ser conceituada como aquela em que a descrição da conduta punível se mostra incompleta ou lacunosa, necessitando de outro dispositivo legal para a sua integração ou

complementação. Isso vale dizer: a hipótese legal ou prótase é formulada de maneira genérica ou indeterminada, devendo ser

colmatada/determinada por ato normativo(legislativo ou administrativo), em regra, de cunho extrapenal, que fica pertencendo, para todos os efeitos, à lei penal. Utiliza-se do chamado procedimento de remissão ou reenvio a outra espécie normativa, sempre em obediência à

estrita necessidade”.…

“Exemplos de lei penal em branco em nosso direito:(...)sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (arts. 33 e 34 da

lei 11.343/2006-Lei de Drogas)...”

Prado, L. R., Curso de Direito Penal Brasileiro, 7ª ed, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 2007, Vol 1, p 179 e 188.

Esforço atuais

“ANEXO IPROJETO DE RESOLUÇÃO

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 16, alínea “f” e “j”, da Lei nº

5.517, de 23 de outubro de 1968.

Regulamenta a atividade do Médico Veterinário Anestesista Itinerante.

ANEXO IIPROJETO DE RESOLUÇÃO

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 16, alínea “f” e “j”, da Lei nº

5.517, de 23 de outubro de 1968.

Estabelece o uso extra-rótulo de medicamentos de apresentação humana pelo Médico Veterinário.”

Esforço atuais

Re: OfícioCRMV-RJ ([email protected]) 02/02/2010 Para: marcos castro Bom dia Dr.

Marcos, (...)“Lá no Conselho Federal todos os processos e documentos são encaminhados ao

Presidente, Dr. Benedito Fortes de Arruda. Ainda não recebemos nenhuma resposta e não tenho contato lá, pois são muitos funcionários, setores e gerências.”

Um grande abraço e boa sorte no novo endereço!Kátia”---- Original Message -----From: marcos castro To: [email protected] Sent: Friday, January 22, 2010 4:48

PM Subject: RE: OfícioOlá Kátia(...) gostaria de aproveitar minha ida a Brasília para saber pessoalmente do

andamento do projeto. Vc saberia me dizer quem é o responsável por isso lá? Vc teria algum contato”

Esforços futuros

Ingresso ao Judiciário (art 5º, XXXV CRFB/88):

Mandado de Segurança Individual (LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009);

Mandado de Segurança Coletivo (LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009);

Ação Civil Pública (LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985); Ação Ordinária com pedido de Liminar (LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO

DE 1973).

Competência: Justiça Federal (art. 109,I, CRFB/88)

Muito Obrigado!

Dúvidas, críticas e sugestões:[email protected]

Grupo de Estudos em Anestesiologia Veterinária:[email protected]

Tels 8899-7493, 82075099Boa Tarde.