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2 Resoluções do 7º Congresso

Editoração:Fotos:

Impressão:Tiragem:

Rosimeiri MoriDouglas MansurPrivilégio Artes Gráficas - Fone: 6954-05592 mil exemplares

Sindsaúde-SP: Rua Cardeal Arcoverde, 119 - Pinheiros - CEP: 05407-000 - São Paulo/SPFone: (11) 3083-6100 - Fax: (11) 3083-0261

www.sindsaudesp.org.br - E-mail: [email protected]

Publicação da Diretoria do Sindsaúde-SP

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Resoluções do 7º Congresso 3

Apresentação

Nos dias 10, 11 e 12 de Abril de 2003 concluímos o nosso

Congresso realizando sua Etapa Estadual. Iniciado com as

discussões nos locais de trabalho, tendo continuidade com as

discussões aprofundadas nas Etapas Regionais, este fórum mais

abrangente, com representantes de todo o estado de São Paulo,

chegou às resoluções finais do Congresso.

Como priorizamos os locais de trabalho mais organizados,

podemos concluir que entre o 6o e o 7o Congresso crescemos em

nossa organização, pois, abrangendo menos locais, mesmo assim,

participaram das etapas locais 3.717 trabalhadores, das regionais

327 delegados e 112 observadores. Da etapa estadual tivemos um

total de 282 participantes, sendo 266 delegados e 16 observadores.

Mesmo com este crescimento, vimos que o lema FORTALECER E

CRESCER se justificou plenamente, pois temos que consolidar nossa

organização na base e avançar para a organização de novos locais

de trabalho. As Resoluções do 7o Congresso darão o norte para este

trabalho nos próximos três anos.

A consecução de nossas metas vai requerer empenho,

planejamento e avaliação sistemática do trabalho, nos fóruns do

sindicato, desde as Comissões Sindicais de Base, Plenárias

Regionais, Conselho das Comissões Sindicais de Base e Assembléias,

espaços privilegiados para garantir a continuidade deste processo de

construção coletiva.

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das e de lutas.

Debatemos e delineamos os nossos desafios emrelação à conjuntura. Vimos que não são poucos, umavez que estão em jogo não só nossos interesses en-quanto trabalhadores e categoria profissional, masnossos interesses em relação a um projeto mais am-plo, de sociedade. Se temos um governo estadual,que lutamos para mudar, que está na contramão dosnossos interesses, por outro lado, temos no contextonacional o governo Lula, que trabalhamos para ele-ger e que expressa anos de lutas dos trabalhadores.

Memória:Nosso encontro em São Pedro

Esse cenário político e econômico reforça aindamais a importância da nossa organização dentro e forados locais de trabalho, seja para enfrentar os desafi-os, seja para identificar as inúmeras oportunidadesque se abrem, as quais devemos estar preparados paraaproveitar.

Discutimos em grupos a nossa estratégia da Cam-panha Salarial de 2003 e em plenária as propostas deresolução sistematizadas a partir da contribuição dasbases.

Enfim, após dois dias e meio de reflexões e deba-tes, saímos com as Resoluções do 7o Congresso sis-tematizadas neste caderno. Este deve se transformarem nosso livro de consultas cotidiano, pois as resolu-ções nele inscritas são o nosso compromisso de açãopara o próximo período.

Os três dias que estivemos reunidos em SãoPedro foram extremamente enriquecedores.Contamos com a presença de companheiros daCUT-SP, da CNTSS-CUT - Confederação Na-cional dos Trabalhadores em Seguridade Soci-al e de vários sindicatos, parceiros de caminha-

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Conjuntura

Onde estamos?

Quarta-feira, 19 de março de 2003. Bush afirma queDeus está ao seu lado no ataque ao Iraque. E que seu ata-que é para defender a liberdade dos norte-americanos elevar a liberdade aos outros.

Pelo visto desde 1898, quando Deus ordenou ao presiden-te McKinley que invadisse as ilhas Filipinas, existe uma li-nha direta entre Deus e a presidência dos Estados Unidos euma vocação incontrolável do pentágono de esparramar “li-berdade” pelos quatro cantos do mundo, à custa de bombas.

Esta guerra é o coroamento da política liderada pelosEstados Unidos, de liberação da economia mundial. O fimdas barreiras comerciais, o predomínio dos interesses dasmultinacionais, a abertura dos mercados e a completa li-beralização dos capitais especulativos ao redor do mundochegaram ao seu destino anunciado: desemprego, desin-dustrialização, sucateamento do patrimônio público, de-sestruturação das políticas públicas, estagnação econômi-ca, disseminação da pobreza e da miséria.

Os únicos países que apresentaram crescimento econô-mico neste período, ou que enfrentaram as crises retoman-do um relativo crescimento, foram os que desobedeceramas regras. Usaram o poder de seu Estado Nacional paralevantar barreiras de proteção às suas economias e desen-volver políticas agressivas de ordenamento de seu desen-volvimento interno.

Historicamente, os acordos com o Fundo Monetário In-ternacional vêm subordinando a economia dos países emdesenvolvimento a uma política de redução de investimen-tos nas políticas públicas, considerando gastos públicos comodéficit e não como uma demanda essencial ao fortalecimen-to do papel do Estado na oferta de serviços que trarão maisjustiça social e cidadania aos excluídos. Neste sentido é ne-cessário que os trabalhadores atuem em suas organizaçõesvisando fortalecer e ampliar as políticas públicas, acumu-lando forças para superar o modelo imposto.

A falência do modelo, o desmascaramento de suas pro-messas de uma era de prosperidade infinita para os povosdo mundo, estão cada vez mais claros. E a reação se faz,cada vez mais enérgica. O grande acontecimento políticoatual de enfrentamento da globalização neo liberal é oFórum Social Mundial.

Porto Alegre se tornou a Meca de todos os que lutampor “um outro mundo”. Organizações não-governamen-tais, sindicatos, organizações populares, administraçõesdemocrático-populares de todo o mundo, trocam as suas

experiências e avançam para uma coordenação cada vezmaior de suas ações. A mobilização mundial contra a agres-são ao Iraque, a maior manifestação pela paz já ocorridano mundo, inclusive nos EUA, antes mesmo do início dasoperações bélicas, é o resultado mais espetacular destecontra-poder que a humanidade constrói, vis-a-vis o Im-pério. Um outro mundo é possível.

Face ao questionamento do modelo, ao acordar dospovos e à recessão que ameaça a economia norte-america-na, o governo de plantão nos Estados Unidos resolveu usaro recurso que garante em última instância o seu predomí-nio no mundo: o poder militar. Contrastar a Europa, como seu euro, se apoderar das maiores jazidas de petróleo domundo, tomar fôlego para continuar como o grande geren-te da globalização.

No ambiente latino-americano a demonstração destapolítica imperial é a tentativa de imposição de uma doutri-na e de um calendário de implantação da Alca, que violamtodas as regras de soberania e de independência na relaçãoentre as nações, ficando patente as suas características deanexação econômica. Como não poderia deixar de ser,política acompanhada da militarização do combate ao nar-cotráfico, e da presença de tropas norte-americanas no soloda América Latina.

Por outro lado, é na América Latina que o movimentoanti-globlização tem conseguido as suas primeiras vitóri-as eleitorais. Desde simples rejeições ao que existia antes,como a derrota do “menemismo” na Argentina e do PRI -Partido Revolucionário Institucional no México, até elei-ções de presidentes com programas de mudanças estrutu-rais, como Hugo Chávez na Venezuela, Lúcio Gutierrezno Equador e Luís Inácio Lula da Silva no Brasil.

A eleição de Lula à presidência da República simboli-za a mais importante vitória política já alcançada pela clas-se trabalhadora no Brasil. Completa um ciclo históricocom um significativo avanço da democracia política nopaís. É uma vitória de nossas lutas ao longo de três déca-das - desde a resistência à ditadura militar, as jornadaspela Anistia e pela Constituinte, as Diretas Já, o impeach-ment de Collor e os oito anos de combate às políticas neo-liberais implantadas por FHC.

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O governo Lula já mudou: no plano externo com umaagenda latino-americana voltada para o fortalecimento doMercosul. No plano interno, abrindo o governo para a so-ciedade, criando espaços institucionais de debates entre osdiferentes setores da sociedade; no caso específico dos sin-dicatos, privilegiando o diálogo com as centrais e com ossindicatos de trabalhadores públicos e, ainda, dando prio-ridade a ações sociais que dizem respeito aos setores tra-dicionalmente marginalizados.

Mas o governo Lula é um governo de uma ampla ali-ança e seus passos tem de ser dados com a velocidadepermitida pelo conjunto do governo. Ademais, os setoressociais têm que se mobilizar para pressionar, cobrar e,também, sustentar as medidas que forem de seu interesse,transformando as suas críticas e propostas em ações polí-ticas efetivas.

Nestes primeiros meses o governo Lula manteve a po-lítica econômica anterior em clara contradição com as ex-pectativas de mudança acenadas e com o desejo dos seus52 milhões de eleitores. Porém é preciso acompanhar acapacidade do governo de fugir da armadilha dos jurosaltos e do pagamento das dívidas. É evidente que o Estadotem que recuperar sua capacidade de investimento e o se-tor privado tem que ter crédito também para retomar seusinvestimentos.

Só assim poderemos, além de aumentar o investimentosocial, aumentar nossas exportações e substituir as im-portações, retomando o necessário desenvolvimento auto-sustentado. O aumento dos nossos superávits na balançacomercial apontam para uma possibilidade de alívio decurto prazo para a economia.

Em prazo mais longo, esta capacidade de retomadados investimentos passa pelas reformas agrária, previ-denciária, tributária e trabalhista, inclusive no setor pú-blico, criando mecanismos de negociação e contrataçãocoletiva. Devemos participar ativamente, discutindo eapresentando propostas diretamente pelo sindicato e atra-vés de nossos espaços de atuação (confederação, CUT,conselhos, etc).

Por melhores que sejam as propostas e a equipe queesteja à frente do governo federal, a garantia de que o go-verno Lula realize as alterações que vêm sendo anuncia-das dependem principalmente do papel que os diversossegmentos da sociedade vão ter em participar e garantirmobilização social para que as mudanças sejam as quesempre defendemos.

O início de discussão sobre a reforma da Previdênciajá mostra essa necessidade. Só nossa participação garan-tirá que essas reformas, além de servirem para aplainar ocaminho do desenvolvimento, sejam também caminhos deuma melhor distribuição de renda em nossa sociedade.

O Reverso da Medalha: O GovernoAlckmin no Estado de São Paulo

O governo FHC, como nos filmes de terror que infes-tam os cinemas, apesar de aniquilado, deixou alguns bra-ços que vão tratar de enforcar a alternativa democrático-popular. O mais importante desses braços é o governoPSDB/Alckmim no Estado de São Paulo. A eleição dogerente da política de privatizações do PSDB para gover-nador significa a continuidade da política em que o ajustefinanceiro sempre vem antes das políticas sociais e, tam-bém, a continuidade da forma autoritária como se relacio-na com a sociedade.

O governador já anunciou que vai retomar o projeto defundo de previdência com todos os problemas que já de-nunciamos e que para um bom funcionamento da máquinaé necessário o aumento dos salários... dos secretários deestado. A tendência do governo Alckmim será intensificaras ações coerentes com a crença de que a privatização e aracionalidade dos mercados são o “máximo” da moderni-dade. Perseguirá tenazmente o êxito, já que este é condi-ção necessária para a sua candidatura a presidente da Re-pública em 2006.

Porém, o processo eleitoral, se não resultou na vitóriado candidato a governador que apoiamos, o Genoíno, ex-plicitou um avanço considerável, tendo em vista a tradi-ção conservadora do eleitorado paulista. O campo demo-crático-popular transformou-se na segunda força políticado estado, derrotando o populismo conservador do Maluf.

Este crescimento eleitoral resultou, também, no aumentoda representação democrático-popular na Assembléia Le-gislativa do Estado de São Paulo, possibilitando uma pres-são maior sobre o executivo. Nós, do Sindicato, tivemosum importante papel neste desempenho, porém, não con-seguimos eleger os candidatos que apoiamos na área dasaúde, o que nos coloca a tarefa de desenvolver contatoscom os candidatos mais próximos, construindo uma in-terlocução da nossa área dentro da Assembléia.

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A Política Pública de Saúde:um embate exemplar

O embate que se delineia entre as políticas públicas desaúde do âmbito federal e estadual é, em microcosmo, opossível embate mais geral entre o governo democrático-popular no seu todo e a oposição PSDB/PFL.

O ministro da Saúde, ao ser anunciado, disse que vaiaplicar os princípios do SUS, construídos desde a 8ª Con-ferência Nacional de Saúde, executar um programa de saú-de da família com um “sotaque regional”, investir na as-sistência, na saúde bucal e nos medicamentos, rever asestruturas das agências nacionais e na Fundação Nacionalde Saúde, criar uma Secretaria de Recursos Humanos eum fundo próprio para pessoal.

Recentemente em audiência pública no Congresso, disseque vai rever todos os contratos com fundações, a fim deavaliar o correto uso das verbas públicas.

Essa postura, posta em prática, porá fim ao viés cen-tralizador e autoritário que marcou o Ministério da Saúdeno governo FHC.

Já o Secretário Estadual da Saúde elaborou um projetode agência que vai reunir as vigilâncias e os institutos dasaúde, incluindo a Sucen e o CRTA. Essa agência disporádos recursos que hoje são captados pelos diversos institu-tos, avaliará se os atuais trabalhadores têm o perfil ade-quado para servirem à agência (caso contrário serão rea-locados, sabe-se lá onde) e não prevê nenhum instrumentode controle social.

É o aperfeiçoamento da política de privatização da saú-de, uma nova versão das “organizações sociais” que ge-renciam os hospitais estaduais novos, sem transparêncianas contas, com contratação de pessoal sem concurso pú-blico e com salários diferenciados.

Para os hospitais e demais unidades da administraçãodireta, por enquanto, restará a política de “humanização”,com a contratação de estagiários e frentes de trabalho, ouseja, o avanço da flexibilização e precarização das rela-ções de trabalho.

Quanto à postura do novo secretário, ele já disse emreunião conosco que é pouco democrático, que primeiroelabora a proposta e depois discute, mas, se o exemplo danegociação da gratificação de campo da Sucen vingar, te-remos uma Secretaria da Saúde nada democrática, mas100% autoritária, pois não mudou uma vírgula do que foraanteriormente elaborado.

Se em 2001 não respeitou a nossa luta, cortando pontoe reprimindo trabalhadores em greve, agora vai quererampliar ainda mais sua truculência, atacando a jornada de30 horas semanais e a organização sindical.

Nossa ação deverá ser no sentido de reafirmar os prin-cípios cutistas que norteiam a criação do Sindsaúde: umsindicato classista, cidadão, autônomo, de luta, democrá-tico, organizado desde o local de trabalho.

Estes princípios, nós os concretizaremos nas seguintesações: desenhar diferentes formas de luta que poderemosutilizar segundo nossas avaliações e necessidades; lutarpela saúde pública de acordo com os princípios do SUS,reforçando os projetos do governo federal que tenham esteobjetivo e combatendo as propostas de privatização nosetor; ampliar os fóruns de discussão, avaliação e delibe-ração do Sindicato, trazendo novos trabalhadores para aluta sindical; reforçar nossa organização sindical no ramoda seguridade social no âmbito estadual e nacional; rearti-cular o funcionalismo público para enfrentar de formaunitária o governo Alckmim; ampliar a representação doSindsaúde/SP; preparar candidatos da área da saúde e/oucomprometidos com ela para as eleições municipais de2004.

Em relação à Previdência, vamos nos organizar paraque não haja perdas para os trabalhadores e, a exemplo doSUS, lutar para que seja uma política pública transparen-te, com espaço de discussão e mecanismos de controle so-cial. Para instrumentalizar o debate a ser aprofundado coma categoria, vamos confeccionar material de apoio (carti-lhas, textos etc) e, também, utilizarmos os materiais pro-duzidos pela CUT e CNTSS.

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8 Resoluções do 7º Congresso

Sistema de Saúde/Usuário

Balanço

Conforme vimos na conjuntura e já havíamos aponta-do no 6º Congresso, o serviço público está longe de serprioridade do governo. Continuamos na saúde no maiscompleto abandono, com falta de materiais e equipamen-tos, com um quadro de pessoal cada vez mais reduzido ecom uma demanda enorme de trabalho, que é resultado doaumento da pobreza e da queda de qualidade de vida dapopulação.

O foco da nossa reflexão no 6º Congresso foram osconflitos gerados com os usuários por sermos cobrados eresponsabilizados pela baixa resolutividade dos serviços,quando na verdade a responsabilidade é do governo, queao invés de implantar o SUS, investir na prevenção e nofortalecimento da rede pública estadual, tem investido naschamadas organizações sociais, fundações e parcerias decaráter privado e implantado de forma distorcida o PSF -Programa de Saúde da Família.

As ações que definimos em nosso 6º Congresso paraenfrentar os conflitos com os usuários foram na linha detornar pública a real situação dos serviços de saúde, bus-car melhorias na qualidade do atendimento, a valorizaçãodos trabalhadores da saúde e fortalecer a nossa atuaçãonos Conselhos de Saúde.

Conseguimos fazer parte do que nos propusemos:

a Tornamos pública a real situação da saúde atravésdo dossiê de 2002 - “Saúde Doente Terminal - arealidade da saúde que o governo Alckmin não mos-tra”, no qual denunciamos a precariedade da estru-tura física de 17 unidades de trabalho, a falta de equi-pamentos, medicamentos, materiais e os arranjos quesomos obrigados a fazer no dia-a-dia para garantiro atendimento aos usuários devido a falta de condi-ções de trabalho;

a Na Campanha Salarial de 2000 buscamos conscienti-zar a população quanto aos seus direitos, através daCartilha dos Direitos dos Usuários;

a Investimos na capacitação de dirigentes e militantes danossa categoria para atuar nos Conselhos de Saúde,através dos cursos da Rede Estadual de Formação daCUT, bem como participamos desses espaços fazendopalestras e seminários sobre o SUS;

a Continuamos participando em diversas regiões dosConselhos Municipais de Saúde e de alguns ConselhosGestores, do Conselho Estadual e do Conselho Nacio-nal de Saúde;

a Construímos e iniciamos as negociações com o gover-no sobre uma proposta de Plano de Carreira, que con-tribui para melhoria da qualidade dos serviços.

Temos encontrado uma série de obstáculos para atin-gir os objetivos a que nos propusemos. O governo Alck-min se negou a implantar o Plano de Carreira e tem trata-do com desrespeito e truculência as nossas reivindicações.

Também temos encontrado dificuldades para fortale-cer de forma mais ampla a nossa visão de Sistema Únicode Saúde através de alianças mais consistentes com osusuários para intervir nos conselhos de saúde.

Assim, temos pela frente os seguintes desafios:

a Avançar nas conquistas referentes ao plano de carreira.Somente com profissionais motivados, valorizados equalificados o serviço público de saúde poderá prestaro serviço a que a população usuária tem direito. Seavançarmos nas relações de trabalho, seguramente esteavanço se refletirá em maior eficiência de nosso traba-lho e na melhoria de nossa relação com os usuários;

a Fortalecer a nossa participação e a participação dosusuários nas instâncias de controle social do SUS. So-mente com a pressão organizada dos usuários e dostrabalhadores da saúde conseguiremos a efetiva implan-tação do Sistema Único de Saúde previsto nas leis. So-mente com a elaboração de políticas de saúde constru-ídas a partir da base, com a colaboração dos trabalha-dores e dos usuários, é que as tão sonhadas igualdade,eqüidade e universalidade previstas no SUS se torna-rão realidade.

Conselhos Municipais de Saúde

Considerando

P Que a política municipal de saúde, elaborada pelo gestorlocal, determina a qualidade do atendimento à popula-ção e, em grande parte, as condições de trabalho nasunidades do sistema em questões como estrutura, equi-pamentos, medicamentos/insumos e recursos humanos;

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P Que a legislação determina que política mu-nicipal de saúde para ser implantada deveser aprovada pelos Conselhos Municipais deSaúde;

P Que pelas suas atividades o Sindsaúde-SP temacumulado significativa experiência em suaparticipação nestes conselhos,

o 7º Congresso decide

Ø Fortalecer nossa intervenção nos ConselhosMunicipais de Saúde do Estado de São Pau-lo, através de mecanismos de capacitação emobilização da categoria como cursos, se-minários, debates etc. e grupo de apoio à representa-ção do Sindsaúde no Conselho Estadual de Saúde;

Ø Divulgar e incentivar a participação da categoria e dosnossos representantes nos Conselhos Municipais deSaúde nos cursos de capacitação de conselheiros de-senvolvidos pelo Ministério da Saúde.

Ø Elaborar e distribuir os materiais necessários para ca-pacitar os trabalhadores da saúde a ter uma interven-ção qualificada nos conselhos;

Ø Planejar em todo o Estado de São Paulo a nossa inter-venção, priorizando os Conselhos Municipais de Saú-de que tenham capacidade de irradiar a experiência pelasua região;

Ø Desencadear nos Conselhos Estadual e Nacional deSaúde um debate sobre regulamentação da participa-ção dos trabalhadores nos Conselhos Municipais, como objetivo de garantir sua representatividade;

Ø Divulgar, acompanhar e orientar os trabalhadores paraconquista de Conselhos Gestores, seja ao nível das uni-dades de trabalho, seja em outros níveis, como de Con-sórcios Inter municipais, Organizações Sociais, Fun-dações, etc.

Relação com o usuário

Considerando

P A desconsideração do governo estadual para com a saú-de pública e a reafirmação da sua política privatizante;

P A importância de estreitarmos nossas relações com osusuários, que são os principais beneficiários da políticapública da qual nós somos os agentes,

o 7º Congresso decide

Ø Buscar formas mais permanentes de comunicação earticulação com os usuários, movimentos e conselhosde saúde, a fim de envolvê-los tanto em nossas lutasmais gerais, como nas lutas específicas de um local detrabalho, município ou região.

Sistema de Saúde/Processo de Trabalho

Balanço

As Resoluções do 6º Congresso apontavam principal-mente para o desenvolvimento de ações em saúde do tra-balhador e para a reversão das perdas salariais com osprocessos de municipalização.

Em algumas regiões conseguimos ampliar o nosso de-bate com os governos municipais, seja do ponto de vistadas políticas de saúde em defesa do SUS ou nas mesas denegociação sobre recursos humanos, questões salariais,manutenção e ampliação de direitos e jornada de trabalho.Porém, ainda não conseguimos aproveitar o acúmulo des-tas experiências para construir uma linha de ação comumnos diversos municípios, inclusive na capital.

Em relação a saúde do trabalhador foi dado um passoimportante com a assinatura do acordo de regularizaçãodas COMSAT’s - Comissão de Saúde do Trabalhador, fir-mado entre o Sindsaúde-SP, o Ministério do Trabalho e aSucen. As COMSAT’s substituem as CIPAS - ComissãoInterna de Prevenção de Acidentes, com diferenças impor-tantes: são mais democráticas por serem totalmente eleitaspelos trabalhadores - presidente, vice-presidente, etc; omandato é de 2 anos; não há limite para recandidatura;prevê espaços de construção e atuação coletiva e espaçosde negociação com a participação do sindicato.

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10 Resoluções do 7º Congresso

Desafios para o próximo período

As mudanças que vêm sendo introduzidas nos últimosanos no modelo de gerenciamento do Sistema Público deSaúde têm resultado consequências negativas nos proces-sos e nas relações de trabalho. As parcerias, as terceiriza-ções, o investimento em organizações privadas em detri-mento dos equipamentos públicos, a imposição de umalógica de trabalho baseada em esquemas da produção in-dustrial etc, têm piorado significativamente as nossas con-dições de trabalho.

Diante desse quadro de privatização da saúde e demaisreformas do Estado, não faz parte dos planos do governoAlckmin a recuperação dos salários, muito menos a quali-ficação do trabalho e o investimento nos equipamentospúblicos de saúde. Ao contrário, a tendência é acentuarainda mais o abandono, a negligência com a saúde e asegurança dos trabalhadores, a falta de materiais de tra-balho e os métodos autoritários de gerenciamento.

O uso do prêmio de incentivo para punir os trabalha-dores, o corte de ponto, trocas constantes de plantão, hu-milhação e desvios de função submetendo os trabalhado-res a tarefas sem sentido, têm sido alguns dos métodos degerenciamento utilizados pelas chefias para desestabilizaremocionalmente os trabalhadores e impedir quaisquer ques-tionamentos e reivindicações.

Essas situações de abuso de poder, somadas aos bai-xos salários, à falta de materiais para trabalhar e ao cres-cente aumento das demandas, têm elevado enormemente asobrecarga física e psíquica do trabalho, colocando seria-mente em risco a nossa saúde.

Não podemos aceitar essas situações como naturais,como se fizessem parte da vida, tampouco entendê-las comose fossem problemas individuais de cada trabalhador. Tra-tam-se de situações que podemos e devemos mudar, atra-vés da nossa ação coletivamente organizada em cada setore em cada local de trabalho.

Um dos nossos grandes desafios é nossa organizaçãopara conquistarmos o Plano de Carreira, prevendo a valo-rização profissional das diversas categorias necessáriaspara a execução dos serviços de saúde, com evolução fun-cional, formação e qualificação profissional; incorpora-ção das gratificações, carreira multifuncional e jornada de30 horas.

Entendemos que uma política adequada de recursoshumanos, obedecendo os princípios básicos aprovados naIX e X Conferências Nacionais de Saúde e na II Conferên-cia Nacional de Recursos Humanos é fundamental para amelhoria das relações de trabalho, bem como para a me-lhoria da qualidade do serviço.

Assim, temos como tarefas para o próximo período

a Solidificar nossa proposta de Plano de Carreira noslocais de trabalho, avançar na luta por sua conquista enos prepararmos para sua efetiva implementação.

a Ampliar e fortalecer a nossa organização nos locais detrabalho para avançarmos na negociação e na contra-tação de melhores condições de trabalho;

a Desenvolver ações que possibilitem aos trabalhadoresmaior controle sobre os processos de trabalho, sobre-tudo para modificar situações que coloquem em risco asua saúde;

a Desenvolver programas permanentes de saúde do tra-balhador e estender o acordo das COMSAT’s para todaa rede estadual de saúde;

Qualificação profissional

Considerando

P O avanço técnico na área da saúde, bem como a ampli-ação necessária do atendimento para que ele cumpra oprincípio da universalidade;

P A necessidade de que o atendimento e a prevenção emsaúde sejam cada vez mais efetuados por equipes multi-profissionais;

P A urgente necessidade de atualização e valorização dosprofissionais da saúde;

o 7º Congresso decide

Ø Lutar para que o Estado retome o investimento em qua-lificação e formação profissional;

Ø Negociar com o governo do Estado de São Paulo asformas de acesso aos cursos de formação profissional,de modo que elas sejam as mais democráticas possí-veis;

Ø Garantir na negociação do Plano de Carreira que o cum-primento de etapas na formação profissional garantaa ascensão na carreira.

Municipalizados/municipalização

Considerando

P Que a municipalização tem trazido problemas para os

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Resoluções do 7º Congresso 11

trabalhadores nas suas relações de trabalho, tanto como município, quanto com o Estado;

o 7º Congresso decide

Ø Envolver os trabalhadores municipalizados na luta maisgeral;

Ø Preparar em cada região ou local de trabalho represen-tantes do Sindicato para negociar com as prefeiturasmunicipais e seus representantes;

Ø Fazer levantamentos periódicos das condições de tra-balho, apresentando relatórios nas Mesas de Negocia-ção e nos Conselhos Municipais de Saúde, mobilizan-do outros setores/orgãos da sociedade para pressionarpela resolução dos problemas;

Ø Subsidiar a atuação dos representantes do Sindsaúdenos municípios através de materiais que sintetizem anossa experiência de municipalização;

Ø Elaborar em conjunto com os parlamentares do campopopular e lutar pela aprovação de uma lei estadual quenormatize a relação de trabalho dos trabalhadores mu-nicipalizados. Enquanto esta lei não for aprovada, va-mos buscar articular com o COSEMS - Conselho deSecretários Municipais de Saúde uma proposta de re-gulamentação das relações de trabalho.

Ø Elaborar junto com a CNTSS, buscando envolver osfóruns nacionais do SUS, os órgãos afins do Ministé-rio da Saúde e parlamentares, um Plano de Carreira eum código de trabalho do trabalhador do SUS que re-solva a relação dos diversos níveis de contratação e arelação entre os trabalhadores de diferentes gestoresdo SUS.

Iamspe

Considerando

P Que o atendimento prestado pelo Iamspe foi alvo de umamá avaliação na quase totalidade das regiões do Estadode São Paulo;

P Que nós contribuímos para a sustentação do Instituto,

o 7º Congresso decide

Ø Lutar para a aprovação do projeto de lei que está trami-tando na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulotransformando o Iamspe em uma autarquia especial.

Ø Participar/acompanhar as Comissões Consultivas

Mistas Estadual, Regionais, Municipais e grupos detrabalho visando intervir e propor melhorias no aten-dimento;

Ø Continuar a luta com as demais entidades do funciona-lismo para que o governo contribua com a sua parte;

Ø Lutar pela ampliação dos convênios para um númeromaior de cidades.

Coren

Considerando

P Que o Coren tem se pautado por uma atitude autoritá-ria, que não tem feito nada para a melhoria das condi-ções de trabalho que propiciem um bom desempenhoprofissional, e cuja única preocupação é a cobrançada mensalidade,

o 7º Congresso decide

P Articular uma ampla discussão sobre a atuação do con-selho profissional da área de enfermagem, envolvendooutros conselhos, outros sindicatos, a CNTSS e os con-selhos de saúde, objetivando contribuir para que o con-selho profissional assuma sua verdadeira função que égarantir o bom atendimento ao usuário.

Representatividade/Estrutura Organizativa

Balanço

A implantação de uma estrutura organizativa quepossibilitasse o diálogo permanente entre os trabalhadorese os fóruns de decisão do sindicato e o fortalecimento danossa ação desde o local de trabalho até o nível nacional,através da Confederação Nacional dos Trabalhadores daSeguridade Social da CUT, foram dois dos grandes desa-fios deliberados por nós no 6º Congresso.

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12 Resoluções do 7º Congresso

Podemos dizer que a estrutura organizativa do sindi-cato está parcialmente construída, pois ainda não conse-guimos enraizar fortemente o sindicato na maioria dos lo-cais de trabalho. Boa parte das Comissões Sindicais deBase, que são o alicerce da nossa estrutura, ainda não sevê com poder de representação e de negociação nas unida-des, bem como ainda intervém timidamente nos fóruns dosindicato, o que compromete a qualidade do fluxo preten-dido com a estrutura proposta, que é a relação e o diálogopermanente entre sindicato-base/base-sindicato.

Como o alicerce ainda é relativamente frágil, a estru-tura que se assenta a partir dele também se fragiliza. Nonível regional essa fragilidade fica mais evidente, pois nãoconseguimos implementar de forma satisfatória as Plená-rias Regionais e as Comissões Sindicais Regionais. Naprática, pulamos do local de trabalho para o ConselhoEstadual de Delegados Sindicais de Base, Assembléia eCongresso. Damos conta mais ou menos bem dos debatesmais gerais, geralmente ligados às questões salariais, masacabamos não conseguindo dar resposta satisfatória aosproblemas cotidianos nos locais de trabalho, que são umponto de partida excelente para construir e fortalecer anossa representatividade.

O avanço obtido na representação e nas negociaçõesem alguns municípios ainda não tem se traduzido em mo-bilização dos trabalhadores municipalizados em torno daslutas mais gerais da categoria. A mesma situação se veri-fica em relação aos trabalhadores aposentados.

Faz parte também do projeto organizativo do sindi-cato representar os trabalhadores da saúde das fundaçõese organizações sociais, porém o caráter privado dessas ins-tituições tem colocado dificuldades jurídicas e políticasque teremos que superar para que os representemos.

Temos buscado superar essas dificuldades através doinvestimento em cursos de formação, nos quais buscamosavaliar a atuação do Sindicato e fornecer instrumentos detrabalho para as Comissões Sindicais de Base. Temos in-troduzido também novos métodos de planejamento e deavaliação do trabalho da diretoria, principalmente na ca-pital, onde o trabalho apresenta mais dificuldades e já te-mos percebido alguns resultados, como a participaçãomaior dos trabalhadores nas últimas Campanhas Salari-ais. Elegemos um total de 549 delegados sindicais de base,distribuídos em 120 locais de trabalho, e investimos naampliação da nossa representação, buscando organizar osagentes comunitários de saúde.

Mas ainda há muito que fazer!

Desafios para o próximo período

a Fortalecer o papel negocial e representativo das Co-missões Sindicais de Base, através dos programas de

formação e de um trabalho de acompanhamento siste-mático e mais eficiente dos locais de trabalho;

a Redimensionar as regiões e reorganizar o trabalho dadiretoria;

a Implementar de fato as plenárias regionais;

a Qualificarmos a nossa ação para representarmos os tra-balhadores das organizações sociais, das fundações etrabalhadores municipais da saúde, bem como buscarmecanismos jurídicos e políticos que garantam os pro-cessos de negociação e contratação de condições de tra-balho nestes setores.

Estrutura sindical

Considerando

P Que o enfrentamento dos desafios que estão colocadospara nossa categoria impõem um urgente aumento donosso nível de organização;

P Que o recrudescimento do controle exercido sobre ostrabalhadores tem se manifestado através do aumentodas perseguições políticas no local de trabalho;

P Que, como já temos definido, temos que avançar nossarepresentatividade, envolvendo outros trabalhadores doSUS que não sejam os da administração direta;

o 7º Congresso decide

Ø Fortalecer as Comissões Sindicais de Base, aumentan-do a sua capacidade de auto-avaliação e de planeja-mento estratégico, transformando seu trabalho em umtrabalho efetivamente coletivo;

Ø Rever o dimensionamento das regiões e do número dediretores, com respaldo da categoria na região;

Ø Realizar reuniões periódicas nos locais de trabalho, cujaduração permita a participação de companheiros detodos os setores do local de trabalho;

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Resoluções do 7º Congresso 13

Ø Realizar as plenárias regionais, consolidar calendáriodas mesmas, imediatamente após o 7º Congresso;

Ø Imediatamente após o 7º Congresso, realizar planeja-mentos em todas as regiões, considerando a viabilida-de de constituir as Comissões Sindicais Regionais, le-vando em conta a realidade de cada região;

Ø Propiciar que trabalhadores municipais da saúde parti-cipem de nossas reuniões, visando fortalecer um traba-lho conjunto;

Ø Procurar as direções dos sindicatos municipais em cadaregião, para estabelecer uma estratégia conjunta de atu-ação, visando entre outras coisas, fortalecer os traba-lhadores nas mesas de negociação locais. Envolver aCUT nesta discussão, através de suas subsedes;

Ø Acompanhar o funcionamento das mesas de negocia-ção existentes objetivando consolidá-las. Capacitar ostrabalhadores da saúde para a participação nelas. Con-quistar mesas de negociação onde elas não existam;

Ø Abrir debate com os delegados sindicais de base, paraelaborar e aprovar em fórum apropriado um regimentopara o funcionamento das Comissões Sindicais de Base,visando seu melhor desempenho e um comprometimen-to maior daqueles que forem eleitos seus membros;

Ø Promover a sindicalização, entendendo que a sindicali-zação é tarefa dos militantes, da comissão sindical debase, dos diretores e que é uma ação permanente.

Formação

Considerando

Ø A importância de desenvolvermos atividades para qua-lificar a ação dos delegados sindicais de base e militan-tes para que, cada vez mais, possam responder e politi-zar as demandas apresentadas pela categoria e resol-ver na própria unidade os problemas específicos do localde trabalho;

Ø A necessidade de ampliarmos o nosso quadro de mili-tantes e lideranças para consolidarmos a nossa organi-zação a partir dos locais de trabalho e aumentarmos onosso poder para enfrentar os desafios colocados paraa categoria e para classe trabalhadora;

o 7º Congresso decide

Desenvolver um programa de formação permanente esistemático que contenha, dentre outras coisas:

Ø Curso para cipeiros, adequado à realidade da saúde edo serviço público, e para os comsateiros;

Ø Atividades locais e regionais sobre os direitos dos tra-balhadores (aposentadoria, licenças, etc);

Ø Plenárias, debates e palestras sobre temas da atualida-de;

Ø Atividades sobre temas como municipalização, ques-tões jurídicas, etc;

Ø Intercâmbio de informações entre as regiões;

Saúde do Trabalhador

Que o sindicato tenha saúde do trabalhador como umade suas prioridades e venha a desenvolver ações mais con-cretas que dêem conta de:

a) avançar a discussão sobre o que é medicina ocupacio-nal, medicina do trabalho e saúde do trabalhador;

b) investir, a partir da demanda nos locais de trabalho, naorganização de Comsat’s;

c) preparar os comsateiros e cipeiros para entenderem seupapel político, representativo e de intervenção de acor-do com as políticas do Sindsaúde/CUT;

d) o departamento deve ajudar na implantação e no acom-panhamento dessas organizações;

e) promover debates sobre temas variados e relacionadosà saúde, tais como assédio moral e seus reflexos, insa-lubridade, condições de trabalho, etc;

f) que a partir dessa organização, haja uma atuação maisefetiva junto ao Governo, SES, Ministério Público,Ministério do Trabalho, Fundacentro, etc;

g) desenvolver um trabalho que permita ter uma leituradas doenças e acidentes em decorrência do processo detrabalho, recuperação, reabilitação, CATs e relatóriospara os demais registros e encaminhamentos, para quepossamos interferir propondo mudanças, levando emconta o que já se tem e conseguimos até hoje;

h) que a partir da aprovação da Norma Regulamentadoranº 32 - NR 32, legislação que estabelecerá normas deprevenção de acidentes e doenças nos estabelecimentosde saúde - em discussão com a sociedade para suges-tões e modificações, haja cobrança/mobilização porparte do sindicato para que seja efetivamente implanta-da, bem como outras medidas eventualmente não pre-vistas nesta norma;

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16 Resoluções do 7º Congresso

i) preparar e qualificar os trabalhadores para intervir nosConselhos Municipais de Saúde frente à Renast - RedeNacional de Saúde do Trabalhador instituída pelo Mi-nistério da Saúde em 2001, cuja estruturação prevê, alémde centros de referências em saúde do trabalhador mu-nicipais e regionais, a instrumentalização do sistemapúblico de saúde, em todos os níveis de atenção, para oatendimento de acidentes e doenças causadas e/ou rela-cionadas com o trabalho.

Sustentação Financeira/Orçamento Participativo

Balanço

Durante o 6º Congresso refletimos sobre a importânciados trabalhadores sustentarem política e financeiramenteo seu instrumento de luta, o sindicato, e deliberamos aimplantação do Orçamento Participativo como forma dedemocratizar e, ao mesmo tempo, estabelecer um proces-so de co-responsabilidade com a categoria na gestão dosrecursos.

Deliberamos também desenvolver ações para atrairnovos associados, trabalhando ao mesmo tempo a cons-cientização dos trabalhadores e a melhoria da qualidadedos serviços oferecidos (ampliação dos convênios, me-lhorias na assistência jurídica, etc.) através de uma am-pla campanha de sindicalização e o estabelecimento dodesconto de 2% na folha de pagamento. Para fortalecer asolidariedade, otimizar a utilização dos recursos e redu-zir custos, decidimos continuar investindo na organiza-ção de estruturas solidárias da CUT, que são subsedesorganizadas com os outros sindicatos e com a própriaCentral.

Não avançamos na implementação do Orçamento Par-ticipativo, pois, como vimos no tema anterior, a nossa or-ganização nos locais de trabalho e nas regiões ainda nãose consolidou e a idéia central do Orçamento Participativoé planejar de forma participativa o trabalho e os recursosnecessários para viabilizá-lo.

Porém, avançamos em outros pontos: estamos adotan-do uma série de medidas de redução de custos; implemen-tamos um novo modelo de prestação de contas; atualiza-mos a mensalidade em aproximadamente 2% e lançamosa Campanha de Sindicalização Premiada.

Do ponto de vista dos serviços oferecidos, considera-dos como um estímulo para a sindicalização, ampliamosa rede de convênios e estamos reorganizando o Departa-mento Jurídico para atender melhor as necessidades dacategoria.

Considerando que a sustentação financeira é de res-ponsabilidade do conjunto de trabalhadores filiados e queo Sindsaúde-SP se sustenta única e exclusivamente com amensalidade dos associados temos como tarefas para opróximo período:

a Intensificar a Campanha de Sindicalização, em cursodesde junho de 2002 e prevista para encerrar em de-zembro de 2003;

a Incorporar no trabalho cotidiano as atividades de sindi-calização permanente;

a Instituir nas Plenárias Regionais rotina de planejamen-to participativo do trabalho e mecanismos de avalia-ção e prestação de contas política e financeira do tra-balho efetuado, envolvendo os locais de trabalho daregião;

a Avaliar e intensificar a implementação das estruturassolidárias.

Orçamento Participativo

Considerando

P Que os trabalhadores filiados ao Sindsaúde têm que seapropriar cada vez mais das estratégias político-organi-zativas do sindicato;

P Que um fator importante desta apropriação é o conheci-mento dos recursos de que dispõe o sindicato e a deci-são política de onde e quando eles devem ser emprega-dos;

o 7º Congresso decide

Ø Agendar e apresentar nas plenárias as prestações decontas regionais. Consolidada esta prática, as plenári-as devem passar a planejar a execução do orçamentoda região.

Considerando

Ø A importância de termos nossa sede como referênciapara o conjunto da categoria;

Ø Que precisamos de uma sede com espaço e equipamen-tos que dêem condições para o desenvolvimento de nos-sas atividades;

o 7º Congresso decide

Ø Que uma parte da arrecadação seja destinada à comprado atual prédio para sede própria.

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Resoluções do 7º Congresso 17

Sustentação Financeira

Considerando

P Que o Sindsaúde-SP desde a sua origem se constituiucomo exemplo de liberdade sindical, construindo-se en-quanto direção dos trabalhadores da saúde sem cobran-ça de taxas compulsórias;

o 7º Congresso decide

Ø Reafirmar sua posição contra a cobrança do impostosindical;

Ø Participar do debate sobre liberdade e autonomia sindi-cal e a reforma sindical e trabalhista, propondo, nesteitem da sustentação financeira do sindicato, que ela sejafeita através de contribuições livremente deliberadaspelos trabalhadores;

Ø Lutar para instituir a taxa negocial a ser cobrada detodos os trabalhadores quando de conquistas salariaisadvindas de campanha liderada pelo Sindsaúde-SP.

Foto’

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18 Resoluções do 7º Congresso

ESTATUTO DO SINDSAÚDE-SP

CAPÍTULO IDA DENOMINAÇÃO, FINALIDADES, FUNDAÇÃO ESEDE

Art. 1º - O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saú-de no Estado de São Paulo, que para efeito deste Estatuto,denominar-se-á SINDSAÚDE, fundado nos termos quedispõe o art. 37, VI, combinado com o art. 8º, I, II, III eseguintes da Constituição Federal promulgada em 05/10/88, é o órgão sindical dos trabalhadores na saúde públicada administração direta, indireta, autarquias, fundações,organizações sociais, agências, consórcios e entidades,empresas e instituições públicas ou privadas, prestadorasde serviço na área de saúde pública na base territorial doEstado de São Paulo, com sede no município de São Pau-lo, à Rua Cardeal Arcoverde, 119, Pinheiros; com CNPJnº 61.410.825/0001-79.

Art. 2º - O SINDSAÚDE tem por finalidades:

a) representar e defender os interesses e direitos dos traba-lhadores na saúde pública da administração direta, in-direta, autarquias, fundações, organizações sociais,agências, consórcios e entidades, empresas e institui-ções públicas ou privadas, prestadoras de serviço naárea de saúde pública na base territorial do Estado deSão Paulo;

b) unir todos os trabalhadores da base na luta em defesados seus interesses imediatos e futuros e na defesa in-transigente da saúde pública e gratuita para todos e doserviço público competente e com qualidade;

c) desenvolver atividades em busca de soluções para osproblemas da categoria, tendo em vista a melhoria desuas condições de vida e trabalho, agindo no interessemais geral do povo brasileiro;

d) apoiar todas as iniciativas populares que visem a me-lhoria das condições de vida para o povo brasileiro;

e) implementar a formação política e sindical de novaslideranças na categoria;

f) financiar e intensificar a união de todos os trabalhado-res na saúde pública no Estado de São Paulo e entida-des conveniadas e a integração das diversas categoriasprofissionais;

g) lutar pela participação dos trabalhadores bem como dapopulação em todas as instâncias de decisão nas secre-tarias de saúde e entidades conveniadas;

h) incentivar todas as realizações de interesse coletivo quevisem a melhoria das condições de saúde da população;

i) promover e desenvolver atividades recreativas, esporti-vas, culturais, artísticas e turísticas, visando o estabe-lecimento de maior aproximação entre seus sindicali-zados;

j) organizar cursos, promover reuniões, conferências, pa-lestras e debates sobre assuntos de interesse dos sindi-calizados;

k) manter o intercâmbio com entidades congêneres nacio-nais e estrangeiras sobre assuntos pertinentes às suasfinalidades culturais, sociais e trabalhistas;

l) lutar ao lado de outros trabalhadores por liberdade deorganização e manifestação, e melhoria das condiçõesde vida para toda a população;

m) defender os interesses difusos na forma da lei.

Art. 3º - Constituem prerrogativas e deveres do SIND-SAÚDE:

a) representar perante as autoridades administrativas ejudiciárias os interesses individuais, coletivos e difusosda categoria e de seus sindicalizados;

b) celebrar convenções, acordos e dissídios coletivos;c) eleger os representantes da categoria;d) estabelecer contribuições de todos aqueles que partici-

pam da categoria representada, de acordo com as deci-sões tomadas em assembléias convocadas especifica-mente para este fim;

e) colaborar como órgão técnico e consultivo no estudo esolução dos problemas que relacionem com sua catego-ria;

f) instalar subsedes, nas regiões abrangidas pelo sindicatode acordo com suas necessidades;

g) filiar-se à federação do grupo e a outras organizaçõessindicais inclusive de âmbito internacional, de interessedos trabalhadores, mediante aprovação de assembléiasdos sindicalizados;

h) manter relações com as demais entidades de categoriasprofissionais para concretização da solidariedade soci-al e da defesa dos interesses nacionais;

i) colaborar e defender a solidariedade entre os povos paraconcretização da paz e do desenvolvimento em todo omundo;

j) lutar pela defesa das liberdades individuais e coletivas,pelo respeito à justiça social e pelos direitos fundamen-tais do homem;

k) estabelecer negociações com a representação da cate-goria econômica, visando a obtenção de melhorias paraa categoria profissional;

l) constituir serviços para a promoção de atividades cultu-rais, profissionais e de comunicação;

m) colaborar com os órgãos públicos visando a consecu-ção dos interesses nacionais;

n) estimular a organização da categoria por local de traba-lho;

Art. 4º - Constitui patrimônio do SINDSAÚDE:

a) as mensalidades ou anuidades devidas pelos sindicali-zados;

b) as taxas de administração dos cursos, os saldos doscongressos e as contribuições de outras naturezas;

c) as subvenções ou donativos de qualquer natureza quelhe forem doados e/ou destinados;

d) os juros dos valores depositados em estabelecimentosde créditos;

e) os bens imóveis que possua ou venha a possuir assimcomo bens móveis.

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Resoluções do 7º Congresso 19

CAPÍTULO IIDO QUADRO SOCIAL, DIREITOS E DEVERESDOS SINDICALIZADOS E REGIME DISCIPLINAR

Art. 5º - Têm direito a ser sócio do SINDSAÚDE todosos trabalhadores na saúde pública, ativos e aposentados.

Parágrafo Único - os desempregados, a contar da data derescisão contratual gozarão de todos os direitos dos asso-ciados por um período de 6 (seis) meses.

Art. 6º - Os sócios serão excluídos do SINDSAÚDE:

a) por manifestação de vontade própria do sindicalizado;b) por aplicação de sanção de expulsão com processo en-

caminhado pelas comissões sindicais com aprovação de50% (cinqüenta por cento) mais 1 (um), maioria de seuscomponentes, depois de julgados pelo Conselho de De-legados Sindicais e referendado por assembléia geral,assegurado amplo direito de defesa em todas essas ins-tâncias;

c) quando deixar de pagar as contribuições por 6 (seis)meses.

Art. 7º - São direitos dos sindicalizados:

a) votar e ser votado nas eleições gerais para cargos eleti-vos constante deste estatuto;

b) votar e ser votado como delegado para os congressos;c) requerer a convocação de assembléias gerais na forma

que determina este estatuto;d) solicitar e obter da diretoria vistoria dos livros e docu-

mentos do sindicato;e) utilizar todos os serviços do sindicato;f) requerer a revogação de mandatos de acordo com esse

estatuto.

Art. 8º - São deveres dos sindicalizados:

a) respeitar e cumprir o presente estatuto;b) pagar pontualmente as contribuições;c) acatar e pôr em prática todas as decisões tomadas pelos

órgãos de deliberação do sindicato;d) denunciar aos órgãos de deliberação do sindicato todos

os casos de não cumprimento e repressão dos direitosdos trabalhadores em saúde, dos quais tenham conheci-mento.

CAPÍTULO IIIDOS ÓRGÃOS DO SINDSAÚDE

Art. 9º - São órgãos deliberativos do SINDSAÚDE:

a) Congresso;b) Assembléia Local, Regional e Geralc) Conselho Estadual de Delegados Sindicais.d) Plenária Regional de Comissões Sindicais de Basee) Reunião da Comissão Sindical de Base

SEÇÃO IDO CONGRESSO

Art. 10º - O Congresso ordinário é o fórum máximo dedeliberação do sindicato.

Art. 11º - O Congresso ordinário do sindicato se realizaráa cada 3 anos, podendo ainda haver o Congresso extraor-dinário.

Art. 12º - O Congresso ordinário será realizado para ava-liar a situação do período anterior e deliberar as metas elinhas gerais de ação para os anos seguintes.

Parágrafo Único - O Congresso ordinário será convoca-do pela diretoria e organizado pelo Conselho de Delega-dos Sindicais que definirá, no mínimo 90 (noventa) diasantes de sua realização o temário, a dinâmica, o regimentoe os critérios de participação, divulgando-o amplamentecom no mínimo 90 (noventa) dias de antecedência para acategoria.

Art. 13º - O Congresso extraordinário poderá ser realiza-do, quando circunstâncias o exigir e poderá ser requeridopelas seguintes instâncias:

a) Assembléia Geral;b) Conselho Estadual de Delegado Sindicais, observan-

do o quorum de 20% (vinte por cento) de seus com-ponentes;

c) diretoria;d) subscrição de 30% (trinta por cento) dos sindicalizados

em dia com suas contribuições.

Parágrafo Único - Caberá a instância que o requerer fi-xar data, regimento, critérios de participação, bem como oórgão organizador.

SEÇÃO IIDA ASSEMBLÉIA LOCAL, REGIONAL E GERAL

Art. 14º - As Assembléias serão ordinárias e extraordi-nárias.

Art. 15º - A Assembléia Geral é a assembléia de toda acategoria do SINDSAÚDE, abrangendo todo o Estado,tendo como função: decidir soberanamente sobre todos osassuntos que digam respeito ao SINDSAÚDE, desde quenão contrariamente a este estatuto, respeitando as delibe-rações dos congressos.

Art. 16º - As Assembléias Gerais ordinárias serão convo-cadas pela diretoria:

a) dois meses antes do término de cada gestão de umadiretoria para a prestação de contas e instalação oficialdo processo eleitoral;

b) anualmente no primeiro trimestre de cada ano, convo-cada com antecedência acima de um mês para deliberarsobre contas e relatórios da diretoria e fazer previsãoorçamentária para o ano.

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20 Resoluções do 7º Congresso

Art. 17º - Haverá Assembléias Gerais extraordináriasquantas vezes se fizerem necessárias, e serão convocadasamplamente em todos os órgãos de divulgação disponíveispelo SINDSAÚDE contendo: pauta, data, local, com an-tecedência de 10 (dez) dias entre sua convocação e insta-lação.

Art. 18º - As Assembléias Gerais extraordinárias poderãoser convocadas pelas seguintes instâncias:

a) Assembléia Geral;

b) Conselho Estadual de Delegados Sindicais, observan-do-se o quorum de 20% (vinte por cento) dos compo-nentes;

c) diretoria;

d) subscrição de 10% (dez por cento) dos sindicalizadosem dia com suas contribuições.

Art. 19º - A Assembléia Regional é a assembléia da cate-goria do SINDSAÚDE convocada pela Plenária Regionaldas Comissões Sindicais de Base ou pela Comissão Sindi-cal Regional, e/ou durante o processo de mobilização e/ouantecedentes a grandes eventos, deliberar sobre assuntosque digam respeito ao Sindsaúde na região e desde quenão contrariamente a este estatuto, respeitando as delibe-rações dos Congressos.

Art. 20º - A Assembléia Local é a assembléia da catego-ria do SINDSAÚDE convocada pela Comissão Sindicalde Base, e/ou durante o processo de mobilização e/ou an-tecedentes a grandes eventos, deliberar sobre assuntos quedigam respeito ao Sindsaúde no local de trabalho e desdeque não contrariamente a este estatuto, respeitando as de-liberações dos Congressos.

Art. 21º - As Assembléias Locais, Regionais e Gerais ex-traordinárias serão convocadas com até 24 (vinte e qua-tro) horas após o recebimento da solicitação e instalada nodia, hora e local previstos pelos solicitados respeitando ointervalo mínimo de dez dias entre a convocação e instala-ção das mesmas, amplamente divulgadas, através de to-dos os meios disponíveis do sindicato.

Art. 22º - As Assembléias Gerais serão instaladas com10% (dez por cento) da categoria em primeira chamada,5% (cinco por cento) em segunda chamada e com os pre-sentes em terceira chamada.

Art. 23º - Poderão ainda ser convocadas Assembléias Lo-cais, Regionais e Gerais, a juízo da Diretoria ou da As-sembléia Geral ou do Conselho Estadual de DelegadosSindicais, respeitando o mínimo de 48 horas (quarenta eoito) horas de intervalo entre a convocação e a instalaçãodas mesmas.

Art. 24º - Todas as solicitações de Assembléias deve-rão incluir pauta dos trabalhos, que farão parte das con-vocatórias.

SEÇÃO IIIDO CONSELHO ESTADUAL DE DELEGADOSSINDICAIS

Art. 25º - O Conselho Estadual de Delegados Sindicais éa reunião dos Delegados Sindicais de Base eleitos nas Ple-nárias Regionais das Comissões Sindicais de Base e a Di-retoria do SINDSAÚDE.

Art. 26º - Compete ao Conselho Estadual de DelegadosSindicais:

a) deliberar sobre todos os assuntos de interesse do SIND-SAÚDE na forma que determinar este estatuto respei-tada as deliberações do Congresso e das AssembléiasGerais;

b) propostas indicativas às Assembléias Gerais;c) conflitos entre a diretoria e os departamentos ou comis-

sões de trabalho;d) casos omissos de interpretação deste estatuto;e) convocações de Assembléias Gerais ou reuniões extra-

ordinárias do Conselho Estadual de Delegados Sindi-cais;

f) aprovação em primeira instância do projeto de orça-mento anual da diretoria;

g) aprovação do regimento interno do Conselho Estadualde Delegados Sindicais;

h) analisar e deliberar em primeira instância sobre os pro-cessos de expulsão de sindicalizados;

i) elaborar o regimento das eleições dos membros do Con-selho Estadual de Delegados Sindicais;

j) manter o contato com entidades congêneres da região;k) avaliar e aprovar planos de trabalho para criação de

Comissões Sindicais Regionais.l) definir a porcentagem de participação das Plenárias

Regionais no Conselho Estadual de Delegados Sindi-cais.

Art. 27º - O voto nas reuniões do Conselho Estadual deDelegados Sindicais é individual e as decisões (salvo ex-ceção explícita) serão por maioria simples.

Art. 28º - Haverá reuniões ordinárias do Conselho Esta-dual de Delegados Sindicais a cada 4 (quatro) meses.

Art. 29º - Haverá reuniões extraordinárias do ConselhoEstadual de Delegados Sindicais quantas vezes se fizeremnecessárias, desde que solicitadas por:

a) 20% (vinte por cento) dos membros do Conselho Esta-dual de Delegados Sindicais;

b) Assembléia Geral;c) Conselho Estadual de Delegados Sindicais;d) Diretoria.

Art. 30º - As reuniões extraordinárias do Conselho Esta-dual de Delegados Sindicais serão convocadas até 24 (vintee quatro) horas pelos solicitantes, respeitando o prazo mí-nimo de 5 (cinco) dias entre a convocação e a instalaçãodas mesmas.

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Resoluções do 7º Congresso 21

Art. 31º - As pautas das reuniões constarão das convoca-tórias e poderão ser modificadas por decisão da maioriaabsoluta dos membros presentes.

Art. 32º - O quorum será de 20% (vinte por cento) dosmembros do Conselho Estadual de Delegados Sindicais,ou com representação de 2/3 (dois terços) das ComissõesSindicais de Base presentes.

SEÇÃO IVDAS PLENÁRIAS REGIONAIS DE COMISSÕESSINDICAIS DE BASE

Art. 33º - A plenária regional de comissões sindicais debase é a reunião bimestral das comissões sindicais de baseeleitas nos locais de trabalho. A reunião deverá ser abertaà participação de todos os associados. Apenas os delega-dos sindicais de base eleitos por local de trabalho têm di-reito a voto. A plenária indicará os representantes da re-gião para participar do Conselho Estadual de DelegadosSindicais.

SEÇÃO VDAS COMISSÕES SINDICAIS DE BASE

Art. 34º - A Comissão Sindical de Base será constituídapelo conjunto dos delegados sindicais de base de um localde trabalho ou município proporcionalmente, conformetabela de eleição de delegados sindicais de base. A Comis-são Sindical de Base é o organismo de base do Sindicato erepresenta os trabalhadores nas respectivas unidades ondeestiveram organizados.

Art. 35º - Compete à Comissão Sindical de Base:

a) representar o Sindsaúde no âmbito do local de traba-lho;

b) representar os trabalhadores perante a direção das uni-dades e nas instâncias do Sindicato;

c) levar para dentro dos locais de trabalho a cultura daunidade de classe a todos os trabalhadores, incenti-vando e promovendo a sindicalização;

d) encaminhar reivindicações, negociações e todos os de-mais atos decorrentes da luta sindical no âmbito daunidade;

e) encaminhar e implementar junto aos trabalhadores, noslocais de trabalho, as lutas e questões relativas aosinteresses específicos dos trabalhadores da saúde de-mandados pelo Sindicato;

f) acompanhar e fiscalizar o cumprimento, por parte dasdireções das unidades, das cláusulas dos acordos es-tabelecidos em nível estadual, municipal e local;

g) trabalhar de forma articulada com outras representa-ções internas de trabalhadores, quando houver coinci-dências nos objetivos e princípios fundamentais;

SEÇÃO VIDOS DELEGADOS SINDICAIS DE BASE

Art. 36º - Até 6 (seis) meses após a posse da diretoria,deverão ser eleitas as Comissões Sindicais de Base na se-guinte proporção:

- até 20 sindicalizados 1 delegado;- de 21 a 45 sindicalizados 2 delegados;- de 46 a 95 sindicalizados 3 delegados;- de 96 a 145 sindicalizados 4 delegados;- de 146 a 195 sindicalizados 5 delegados;- de 196 a 245 sindicalizados 6 delegados ...

Parágrafo Único - O mandato das Comissões Sindicaisde Base é de 3 (três) anos

Art. 37º - Serão eleitos suplentes na mesma proporção.

Art. 38º - Delegado sindical de base é o sindicalizado doSINDSAÚDE, eleito pelos sindicalizados do local de tra-balho, na proporção do artigo anterior, para representaros trabalhadores junto à Direção local e à Plenária Regio-nal das Comissões sindicais de base, devendo manter ostrabalhadores informados dos encaminhamentos e das ati-vidades desenvolvidas pelo SINDSAÚDE, realizar reu-nião dos trabalhadores do local de trabalho pelo menos acada 30 dias.

SEÇÃO VIIDA DIRETORIA

Art. 39º - A diretoria é o principal órgão executivo dosindicato e responsável pelas deliberações nos intervalosdas reuniões do Conselho de Delegados Sindicais, respei-tadas as deliberações deste.

Parágrafo Único - A Diretoria será composta de 51(cinquenta e um) membros efetivos:

1. Presidente;2. Vice-presidente;3. Secretário Geral;4. Primeiro Secretário;5. Tesoureiro Geral;6. Primeiro Tesoureiro;7. Secretário de Imprensa e Divulgação;8. Secretário de Formação Sindical;9. Secretário de Organização Sindical;10. Secretário de Saúde do Trabalhador;11. Secretário de Assuntos Jurídicos;12. Secretário de Políticas e Gestão em Saúde;13. Secretário de Atividades Sociais e Culturais;14. Secretário dos Aposentados;15. Diretor da Região Norte I da Capital;16. Diretor da Região Norte II da Capital

(incluindo Guarulhos)17. Diretor da Região Sul I da Capital;18. Diretor da Região Sul II da Capital;19. Diretor da Região Sudeste20. Diretor da Região Leste I da Capital;21. Diretor da Região Leste II da Capital;

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22 Resoluções do 7º Congresso

22. Diretor da Região Leste III da Capital(incluindo ABCDM)

23. Diretor da Região Oeste I da Capital;24. Diretor da Região Oeste II da Capital;25. Diretor da Região Oeste III da Capital

(incluindo Franco da Rocha);26. Diretor da Região do Quarteirão da Saúde;27. Diretor da Região Central;28. Diretor da Região de Mogi das Cruzes/

Ferraz de Vasconcelos29. Diretor da Região de Osasco/Itapecerica da Serra;30. Diretor da Região da Baixada Santista;31. Diretor da Região do Vale do Paraíba/Litoral Norte;32. Diretor da Região do Vale do Ribeira;33. Diretor da Região de Ribeirão Preto/Franca;34. Diretor da Região de Araraquara/São Carlos;35. Diretor da Região de Barretos;36. Diretor da Região de Marília;37. Diretor da Região de Presidente Prudente;38. Diretor da Região de Araçatuba;39. Diretor da Região de Sorocaba;40. Diretor da Região de Bauru;41. Diretor da Região de São José do Rio Preto/

Catanduva;42. Diretor da Região de Campinas;43. Diretor da Região de Lins/Promissão;44. Diretor da Regiãode Votuporanga/Fernandópolis/

Santa Fé do Sul e Jales;45. Diretor da Região de Itapeva/Capão Bonito;46. Diretor da Região de Assis;47. Diretor Executivo;48. Diretor Executivo;49. Diretor Executivo;50. Diretor Executivo;51. Diretor Executivo.

Art. 40º - Compete à Diretoria:

a) cumprir e fazer cumprir este estatuto, os regulamentose as normas administrativas do SINDSAÚDE, assimcomo as idéias das Assembléias Gerais e Conselho deDelegados Sindicais;

b) organizar os serviços administrativos do SINDSAÚ-DE;

c) elaborar projetos de orçamentos anuais remetendo-osao Conselho de Delegados Sindicais que deverá apro-vá-lo em sua primeira reunião anual;

d) reunir-se em sessão ordinária uma vez por mês e emsessão extraordinária sempre que for necessário;

e) integrar o Conselho Estadual de Delegados Sindicais;f) criar Comissões de Trabalho desde que avisadas as de-

vidas competências e seus membros responsáveis;g) assegurar o bom andamento das diversas Comissões de

Trabalho e Secretarias, tendo o direito de veto desdeque os trabalhos firam as normas estatutárias, decisõesdo Conselho Estadual de Delegados Sindicais, ou deAssembléias Gerais. O impasse, caso seja criado, deve-rá ser resolvido pelo Conselho de Delegados Sindicais;

h) contratar e dispensar funcionários do Sindicato;i) responsabilizar-se por toda a publicação oficial em nome

do SINDSAÚDE;

j) solicitar convocação de Assembléias Gerais, bem comoreuniões do Conselho Estadual de Delegados Sindicais.

Parágrafo Único - O não comparecimento do diretor atrês reuniões ordinárias consecutivas ou seis reuniões in-tercaladas da diretoria, sem justificativa, ou o não enca-minhamento das propostas aprovadas nas instâncias daentidade deverá ser encaminhado ao Conselho de Delega-dos Sindicais que convocará Assembléia específica paraexclusão do diretor.

Art. 41º - São atribuições do Presidente:

a) representar o sindicato em atividades políticas e sindi-cais podendo, no seu impedimento, indicar quem o re-presente;

b) representar a categoria nas negociações salariais;c) representar o sindicato pelos seus atos pessoais e pelos

de sua Diretoria, em juízo e fora dele podendo inclusivedelegar poderes e subscrever procurações judiciárias;

d) presidir todas as reuniões ordinárias e extraordinárias,do Conselho Estadual de Delegados Sindicais, da Dire-toria, das Assembléias e outros eventos que venha par-ticipar dentro das normas previstas por este estatuto;

e) assinar contratos, convênios ou quaisquer outros atos erecebimentos de domínio, posse, direitos, prestações eações de todas as naturezas legais, desde que aprova-das pela Diretoria;

f) alienar, após decisão da Assembléia, bens móveis e imó-veis do sindicato, tendo em vista a obtenção de meios erecursos necessários para atingir os seus objetivos so-ciais;

g) assinar, juntamente com o tesoureiro do sindicato, che-ques e outros títulos;

h) autorizar pagamentos e recebimentos;i) ser sempre fiel às resoluções da categoria, tomadas em

suas instâncias democráticas de decisão;j) solicitar ao conselho fiscal a emissão de pareceres sobre

matéria contábil e financeira da entidade;k) autorizar a abertura de conta corrente em nome do sin-

dicato em cidades sedes de região pelo Diretor da Re-gião e pelo Secretário de Finanças da Região;

Art. 42º - São atribuições do Vice-presidente:

a) substituir o Presidente nas suas ausências e impedimen-tos;

b) auxiliar o Presidente em todas as suas atividades e na-quelas em que for designado.

Art. 43º - São atribuições do Secretário Geral:

a) supervisionar e dirigir todos os trabalhos e serviços dasecretaria;

b) zelar pela boa ordem e contribuir para a administraçãodo sindicato;

c) apresentar à diretoria relatório anual das atividades sin-dicais;

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Resoluções do 7º Congresso 23

d) zelar pelo enquadramento do sindicato nas exigênciaslegais e fiscais assim como tratar de seus registros nasrepartições competentes;

e) lavrar e subscrever as atas das reuniões da Diretoria,Conselho de Delegados Sindicais e Assembléias Gerais;

f) substituir o presidente em seus impedimentos e ausências.

Art. 44º - São atribuições do Primeiro Secretário:

a) substituir o Secretário Geral nas suas ausências ou im-pedimentos;

b) auxiliar o Secretário Geral no desempenho de suas ati-vidades.

Art. 45º - São atribuições do Tesoureiro Geral:

a) administrar e zelar pelos fundos da entidade;b) efetuar todas as despesas autorizadas pela Diretoria e

Conselho Fiscal, bem como as previstas no orçamentoanual do sindicato;

c) organizar e responsabilizar-se pela contabilidade sindi-cal;

d) apresentar à diretoria propostas de orçamento, plano dedespesas, relatórios, para efeitos de estudos e posterioraprovação;

e) assinar, com o presidente, cheques e outros títulos;f) ter sob sua guarda e responsabilidade todos os valores

numerários, documentos contábeis, livros de escritura-ções, contratos e convênios atinentes a sua área de ação,e adotar todas as providências necessárias para que sejaevitada corrosão das finanças do Sindicato.

Art. 46º - São atribuições do Primeiro Tesoureiro:

a) substituir o Tesoureiro Geral nas suas ausências e im-pedimentos;

b) auxiliar o Tesoureiro Geral nas suas atividades.

Art. 47º - São atribuições do Secretário de Imprensa eDivulgação:

a) implementar a Secretaria de Imprensa e Divulgação;b) zelar pela busca de divulgação de informações entre

sindicato, categoria e o conjunto da sociedade;c) manter os jornais e os boletins do sindicato, divulgando

sempre notícias de interesse da categoria e de interessegeral;

d) divulgar amplamente as atividades do sindicato;e) manter os contatos com os órgãos de comunicação de

massa;f) ter sob seu comando e responsabilidade os setores de

propaganda, arte, publicidade e gráfico do sindicato.

Art. 48º - São atribuições do Secretário de Formação Sin-dical:

a) implementar a Secretaria de Formação Sindical, man-tendo setores responsáveis pela educação sindical, pre-paração para negociação coletiva, pesquisas e documen-tação, socializando as informações disponíveis;

b) propor a realização e coordenar a organização de semi-nários, cursos, palestras, encontros de áreas dentro dosinteresses mais gerais dos trabalhadores da base;

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24 Resoluções do 7º Congresso

c) propor planos de ação do sindicato, específicos para asua secretaria;

d) realizar estudos, pesquisas e análises sobre a situação dacategoria, procurando sempre dar mais ampla divulga-ção dessas atividades, bem como dos seus resultados;

e) formar dirigentes sindicais, delegados e representantes,organizando cursos de sindicalismo e de capacitaçãopolítica.

Art. 49º - São atribuições do Secretário de Saúde do Tra-balhador:

a) implementar a Secretaria de Saúde do Trabalhador;

b) responsabilizar-se pelos estudos dos problemas relati-vos à insalubridade, periculosidade e penosidade do tra-balho;

c) elaborar programas e estudos sobre as condições desaúde e segurança do trabalho;

d) estar em contato e acompanhar a ação de todas asCOMSAT’s e CIPA’s das unidades da área do sindicato.

Art. 50º - São atribuições do Secretário de OrganizaçãoSindical:

a) acompanhar e coordenar as questões referente à organi-zação sindical no Estado.

Art. 51º - São atribuições do Secretário de Assuntos Ju-rídicos:

a) coordenar e acompanhar as atividades relacionadas aoencaminhamento jurídico tanto nas questões coletivascomo nas questões individuais.

Art. 52º - São atribuições do Secretário de Atividades Cul-turais e Sociais:

a) coordenar e acompanhar as atividades sociais e cultu-rais envolvendo os trabalhadores representados pelo sin-dicato, contribuindo inclusive com o fortalecimento daorganização sindical.

Art. 53º - São atribuições do Secretário de Políticas e Ges-tão em Saúde:

a) coordenar e acompanhar as atividades relacionadas aosprocessos de negociação junto às prefeituras munici-pais de assuntos e interesses dos trabalhadores repre-sentados pelo sindicato;

Art. 54º - São atribuições do Secretário de Aposentados:

a) coordenar e acompanhar ações e atividades relaciona-das e de interesse dos aposentados .

Art. 55º - São atribuições dos Diretores de Regiões:

a) acompanhar e contribuir na organização e desenvolvi-mento das atividades das Comissões Sindicais da re-gião de sua responsabilidade;

b) participar de todas as instâncias das Comissões Sindi-cais bem como coordenar as atividades das Subsedesna região de sua responsabilidade.

c) zelar pelo patrimônio e movimentação de conta-corren-te em nome do sindicato na região.

Art. 56º - São atribuições dos Diretores Executivos:

a) desempenhar atribuições integradas às diversas secre-tarias do Sindsaúde, deliberadas nos planos gerais deação e/ou em reuniões da direção.

SEÇÃO VIIIDAS COMISSÕES SINDICAIS REGIONAIS

Art. 57º - Serão criadas Comissões Sindicais Regionais,composta de Delegados Sindicais de Base, por base terri-torial regional.

Parágrafo Primeiro - Para criação das Comissões Sindi-cais Regionais, deverá ser elaborado na região, plano detrabalho que será encaminhado ao Conselho Estadual deDelegados Sindicais para avaliação e aprovação.

Parágrafo Segundo - Será eleita entre os delegados sindi-cais da região uma coordenação composta de 4 membros:Secretário Geral, Secretário de Imprensa e Divulgação,Secretário de Finanças, que atuarão conjuntamente com oDiretor responsável pela região.

Parágrafo Terceiro - Só poderão fazer parte da coorde-nação das Comissões Sindicais Regionais os DelegadosSindicais de Base da região.

Art. 58º - Ao Secretário Geral da Comissão Regionalcabe organizar toda a documentação da região;

Art. 59º - Ao Secretário de Imprensa e Divulgação daRegião cabe coordenar as atividades de imprensa na re-gião;

Art. 60º - Ao Secretário de Finanças cabe a movimenta-ção de conta corrente em conjunto com o Diretor de Re-gião, além da prestação de contas.

Parágrafo Primeiro - O quorum para a deliberação emAssembléias Regionais é de 10% (dez por cento) em pri-meira chamada, 5% (cinco por cento) em segunda chama-da, e com os presentes em terceira chamada.

SEÇÃO IXDO CONSELHO FISCAL

Art. 61º - O Conselho Fiscal do SINDSAÚDE será inte-grado por 3 (três) membros titulares e igual número desuplentes, eleitos pelo voto direto e secreto dos sindicali-zados conjuntamente com as eleições gerais para a esco-lha da diretoria do sindicato.

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Resoluções do 7º Congresso 25

Art. 62º - Ao Conselho Fiscal compete:

a) cumprir e fazer cumprir o presente estatuto;b) reunir-se, no mínimo, a cada 6 meses para examinar os

livros registrados e todos os documentos de escritura-ção contábil do sindicato;

c) analisar e aprovar os balanços e balancetes mensaisaprovados pela diretoria para encaminhamento e poste-rior aprovação na Assembléia Geral;

d) fiscalizar a aplicação das verbas do sindicato utilizadaspela diretoria;

e) participar das reuniões da diretoria quando houver ne-cessidade e for convidado pela mesma

f) emitir parecer e sugerir medidas sobre qualquer ativida-de econômica e contábil da entidade, sempre que solici-tada pela diretoria;

g) requerer a convocação de Assembléias, do ConselhoEstadual de Delegados Sindicais e da Diretoria sempreque forem constatadas irregularidades em assuntos re-lacionados a sua área de atuação;

h) avaliar e aprovar o orçamento anual elaborado pelaDiretoria submetendo-o posteriormente a Assembléia;

i) aprovar reforços de valores solicitados pela Diretoriaque forem necessários para a boa atividade da entidade.

CAPÍTULO IVDAS ELEIÇÕES SINDICAIS

Art. 63º - Haverá eleições gerais para a Diretoria e doConselho Fiscal durante o segundo semestre do último anodo mandato. O mandato é de 3 (três) anos.

Art. 64º - Os membros da Diretoria serão eleitos por vota-ção direta e secreta em chapa completa pelos associados.

Art. 65º - Os Diretores de Região deverão trabalhar naregião correspondente ao cargo que é candidato.

Art. 66º - Até 60 (sessenta) dias antes das eleições a as-sembléia geral ordinária marcará as datas das mesmas,assim como designará a comissão eleitoral.

Art. 67º - Da composição da comissão eleitoral, suas atri-buições e do processo:

a) a comissão eleitoral será formada por associados dosindicato entre esses, um presidente;

b) a comissão eleitoral registrará em livro próprio as chapasconcorrentes, com até 30 (trinta) dias antes das eleições;

c) só serão registradas chapas completas;d) cada chapa poderá indicar um representante para fisca-

lizar os trabalhos da comissão eleitoral.

Art. 68º - O Conselho Estadual de Delegados Sindicaisdividirá entre as chapas concorrentes os recursos disponí-veis para fins eleitorais.

Art. 69º - A comissão eleitoral expedirá normas específi-cas, locais de votação, modelo de cédula, atas eleitorais econdições da apuração de votos.

Art. 70º - Será garantido o livre acesso às chapas concor-rentes a todos os meios de divulgação do sindicato.

Art. 71º - Os conflitos surgidos na comissão eleitoral se-rão resolvidos pelo Conselho de Delegados Sindicais.

Art. 72º - Em caso da Diretoria ter 50% (cinqüenta porcento) dos seus cargos vagos serão convocadas novas elei-ções de acordo com os critérios previstos neste estatuto.

Art. 73º - Não há impedimento à candidatura simultâneaa Diretoria e ao Conselho de Delegados Sindicais. Ficaentretanto proibida a acumulação de cargos, isto é, o asso-ciado eleito para o Conselho de Delegados Sindicais e paraa Diretoria do sindicato terá seu mandato de DelegadoSindical extinto, assumindo o primeiro suplente em cará-ter definitivo.

Art. 74º - Os Delegados Sindicais de Base serão eleitospelos sindicalizados do seu local de trabalho.

Parágrafo Primeiro - Serão eleitos suplentes em igual nú-mero de Delegados Sindicais de Base.

Parágrafo Segundo - Em locais que não forem eleitosDelegados Sindicais de Base poderão haver eleições ex-traordinárias para mandatos até a próxima eleição geral.

Art. 75º - Só terão direito a voto os sindicalizados compelo menos três meses de sindicalização e que estiveremem dia com as suas contribuições.

Art. 76º - Só terão direito a se inscreverem para concorreraos cargos de Diretoria os trabalhadores com pelo menos6 (seis) meses de sindicalização em dia com as suas con-tribuições.

Art. 77º - Por decisão soberana da Assembléia Geral, aDiretoria poderá ser destituída no todo ou em parte, desdeque a Assembléia Geral tenha:

a) sido convocada especificamente para esse fim com as-sinatura de 50% (cinqüenta por cento) mais 1 (um), mai-oria simples dos sindicalizados;

b) sido convocado com antecedência mínima de 20 (vinte)dias;

c) o quorum será de 70% (setenta por cento) dos sindicali-zados que convocaram a assembléia;

d) a decisão será tomada por maioria simples.

Parágrafo Primeiro - No caso de eleição imediata, elaserá feita por maioria simples.

Parágrafo Segundo - Essa diretoria eleita deverá preen-cher o mandato da diretoria destituída.

Art. 78º - O Presidente convocará a Assembléia Geralpara destituição da Diretoria até 24 (vinte e quatro) horasapós receber a solicitação em local e horário aprovadospelos solicitantes.

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26 Resoluções do 7º Congresso

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 79º - Constituem-se como receitas do SINDSAÚDE:

a) as contribuições mensais dos associados;b) as rendas decorrentes da utilização dos bens e valores

do sindicato;c) outras rendas de qualquer natureza.

Art. 80º - As mensalidades dos sindicalizados serão defi-nidas em assembléia geral extraordinária, devidamenteconvocada para este fim.

Art. 81º - Será garantido 30% (trinta por cento) das men-salidades da região às Comissões Sindicais Regionais.

Parágrafo Primeiro - Quando não houver Comissão Sin-dical Regional em determinada região o percentual da ar-recadação ficará com a sede central.

Art. 82º - Esse estatuto poderá ser alterado no todo ou emparte, apenas por deliberação do Congresso, de maioriasimples dos participantes da Assembléia Geral, especifi-camente convocada para esse fim, com o quorum previstonesse estatuto.

Art. 83º - Este estatuto entrará em vigor na data de seuregistro no cartório de registro civil das pessoas jurídicas.

Art. 84º - O Sindicato só poderá ser dissolvido por As-sembléia Geral extraordinária convocada para esse fim quese reunirá com a presença mínima de 2/3 (dois terços) dossindicalizados em primeira convocação e da maioria sim-ples na segunda convocação. Na mesma Assembléia serádeliberado o destino do patrimônio social do sindicato sem-pre a favor de uma entidade congênere.

Art. 85º - Os sindicalizados não respondem nem subsidi-ariamente pelos atos praticados em nome do sindicato.

Art. 86º - Os membros da diretoria exercerão seus man-datos voluntariamente e não poderão sob quaisquer pre-textos receber remuneração direta ou indireta pela funçãogestora da entidade, bem como distribuir lucros a qual-quer título.

CAPÍTULO VIDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 87º - Excepcionalmente, o mandato da gestão 2001-2004 terminará em novembro de 2003, quando serão rea-lizadas eleições para o novo mandato. A nova diretoriatomará posse em primeiro de janeiro de 2004, com man-dato até 31 de dezembro de 2006.

Art. 88º - Serão definidas as funções para os diretoresexecutivos.

Art. 89º - O mandato das Comissões Sindicais de Baseeleitas entre 2001 e 2003 fica mantido até maio de 2004.

Art. 90º - No item recomposição da diretoria, foram elei-tos Marcelo Manoel Alves para ocupar o cargo de DiretorAdjunto do Departamento de Saúde do Trabalhador, Hé-lio Christiano Martins para o ocupar o cargo de DiretorAdjunto do Departamento Jurídico, André Luiz Vieira paraocupar o cargo de Diretor do Departamento de AssuntosMunicipais e Francisco Antonio Prudêncio para ocupar ocargo de Diretor Adjunto do Departamento de AssuntosMunicipais, todos cargos vagos pela desistência de MariaCecília Francelino Miguel, Suely Maria Pinto Tozato, Eli-ane Aparecida Cruz, Rivaldo Ferreira Alves e LucileneFernandes de Gouvêa.

Art. 91º - Extinção e criação de cargos da Diretoria cons-tantes no artigo 39º passam a valer a partir do próximomandato.

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Resoluções do 7º Congresso 27

Pesidente :

Sonia Maria Takeda

Vice-Presidente :

Mauri Bezerra da Santos

Secretária Geral :

Célia Regina Costa

Primeira Secretária :

Roseli Aparecida Ilídio

Tesouraria Geral :

Maria Aparecida do Godói Faria

Primeiro Tesoureiro :

Luiz Batista de Souza

Diretora do Depto. de Imprensa e Divulgação :

Sílvia Maria de Lima

Diretora Adjunta do Depto. de Imprensa e Divulgação :

Inez Guimarães Pistelli

Diretora do Depto. de Formação Sindical :

Yoshiko Miyake

Diretor Adjunto do Depto. de Formação Sindical :

Gervásio Foganholi

Diretor do Depto. de Organização Sindical :

Hélcio Aparecido Marcelino

Diretor Adjunto do Depto. de Organização Sindical :

Rinaldo de Novaes Gomes

Diretora do Depto. de Saúde do Trabalhador:

Glacia Maria dos Passos

Diretor Adjunto do Depto. de Saúde do Trabalhador :

Marcelo Manoel Alves

Diretora do Depto. Jurídico :

Maria Araci dos Santos

Diretor Adjunto do Depto. Jurídico :

Hélio Christiano Martins

Diretora do Depto. de Assuntos Municipais :

André Luiz Vieira

Diretor Adjunto do Depto. de Assuntos Municipais :

Francisco Antonio Prudêncio

Diretora do Depto. de Atividades Sociais e Culturais :

Maria da Guarda Rocha

Diretora do Depto. dos Aposentados :

Benedita Lyra Bruni

Diretor da Região Norte da Capital :

Florisvaldo Rodrigues

Diretor da Região Sul da Capital :

Emerson Trindade

Diretor da Região Leste da Capital :

José Anjuli Maia

Diretor da Região Oeste da Capital :

Adelson Lúcio dos Santos

Diretora da Região do Quarteirão da Capital:

Maria Regina S. Freitas

Diretora da Região de Osasco:

Juraci de Paula Pereira

Diretora da Região de Mogi das Cruzes/Ferraz de Vasconcelos :

Cleonice Ferreira Ribeiro

Diretora da Região da Baixada Santista :

Maria Aparecida dos Santos Ortiz

Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São PauloSINDSAÚDE-SP – GESTÃO 2001/2004

Diretora da Região do Vale do Paraíba/Litoral Norte :

Eva Gomes de Oliveira

Diretor da Região do Vale do Ribeira :

Eurico Gonçalves da Silva

Diretor da Região de Ribeirão Preto :

Ricardo de Oliveira

Diretora da Região de Araraquara/São Carlos :

Nodete dos Santos R. de Jesus

Diretor da Região de Barretos :

Antonio Clareti do Nascimento

Diretora da Região de Marília :

Domingos Benedito

Diretor da Região de Presidente Prudente :

Agenor Carvalho do Nascimento

Diretora da Região de Araçatuba :

Maria Aparecida de Deus Cornacine

Diretor da Região de Sorocaba :

Benedito Augusto de Oliveira

Diretora da Região de Bauru :

Mariuze Inês Pereira Miranda

Diretor da Região de São José do Rio Preto :

Alcino Antunes de Macedo

Diretor da Região de Campinas :

Jorge Odair Krassuski

Diretor da Região de Lins/Promissão :

Alessandro Neri

Diretora da Região de Votuporanga /Fernandópolis /Santa Fé do

Sul e Jales : Cilmara Aparecida Figueira dos Santos

Diretora da Região de Itapeva/Capão Bonito :

Maria Aparecida Brazil

Diretor da Região de Assis :

Benedito Aranha da Costa

Diretor Executivo :

Angelo D’Agostini Júnior

Diretora Executiva:

Denise Motta Dau

Diretor Executivo :

Amir do Carmo Sales Fernandes Pires

Diretor Executivo :

Flávio de Souza Gomes

Diretor Executivo :

José Geraldo Dias da Cunha

1ª Conselho Fiscal Efetiva :

Júlia Maria Roland

2ª Conselho Fiscal Efetiva :

Inês Maria Thomitão

3º Conselho Fiscal Efetivo :

Neide Gomes Ramos

1ª Conselho Fiscal Suplente :

Sérgio de Oliveira

2º Conselho Fiscal Suplente :

Vera Lúcia de Freitas Costa

3º Conselho Fiscal Suplente:

Vago

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História do Brasil

Eu vi

Não vou esquecer jamais

De alguém que fez dos desiguais

Um povo unido em mutirão

Numa só direção

Pra não ser vencido

Pelas garras da opressão

Eu vi

Das planícies e serras

Dos confins desta terra

Elevar-se um anseio

Tão forte, mas acabou como veio

Quando a sombra da morte

Encobriu todos nós

Juro que...

Eu vi

Quase tudo deu certo

Quem não viu chegou perto

Mas nos legou um sonho

Risonho

Hoje, vejo meu povo

Merecendo de novo

Ser feliz

Agora é lutar

Por tudo que ele quis

É hora de mudar

Conheço o meu país

Agora é lutar

Por tudo que ele quis

É hora de mudar

Conheço o meu país

Jorge Aragão