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RESOLUÇÃO CONSEPE Aprova o Manual de Segurança em Laboratórios. O CONSELHO SUPERIOR, em reunião plenária, RESOLVE: Art.1º Aprovar o Manual de Segurança em laboratórios, conforme anexo único a esta resolução. Art.2º A presente resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Cidade, data. Diretor Geral

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RESOLUÇÃO CONSEPE

Aprova o Manual de Segurança em

Laboratórios.

O CONSELHO SUPERIOR, em reunião plenária,

RESOLVE:

Art.1º Aprovar o Manual de Segurança em laboratórios, conforme anexo único a

esta resolução.

Art.2º A presente resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas

as disposições em contrário.

Cidade, data.

Diretor Geral

ANEXO ÚNICO

Manual de Segurança em Laboratórios

INTRODUÇÃO

A variedade de riscos nos laboratórios é muito ampla, devido à presença de

substâncias letais, tóxicas, corrosivas, irritantes e inflamáveis, além da

utilização de equipamentos que fornecem determinados riscos, como alteração de

temperatura, radiações e ainda trabalhos que utilizam agentes biológicos e

patogênicos.

São inúmeras as causas para ocorrência de acidentes nos laboratórios,

porém as principais, resumidamente, são: instruções inadequadas, supervisões

insuficientes e ou inaptas do executor, uso incorreto de equipamentos ou

materiais de características desconhecidas, alterações emocionais e

exibicionismo.

O usuário de laboratório deve, portanto, adotar sempre uma atitude

atenciosa, cuidadosa e metódica no que faz. Deve concentrar-se que faz e não

permitir qualquer distração enquanto trabalha. Da mesma forma não deve

distrair os demais enquanto desenvolvem trabalhos no laboratório.

BIOSSEGURANÇA

Biossegurança é conjunto de medidas voltadas para a prevenção,

minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa,

produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais

possam comprometer a saúde do homem, dos animais do meio ambiente ou a

qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

Biossegurança é um processo e conduta, onde no processo a biossegurança

é uma ação educativa e pode ser representada por um sistema ensino-

aprendizagem, onde se entende como um processo de aquisição de conteúdos e

habilidades, com o objetivo de preservação da saúde do homem e do meio

ambiente, e como conduta quando se soma conhecimentos, hábitos,

comportamentos e sentimentos, que devem ser incorporados ao homem para que

ele desenvolva de forma segura sua atividade profissional.

Biossegurança ou segurança biológica refere-se à aplicação do

conhecimento, técnicas e equipamentos com a finalidade de prevenir a exposição

do trabalhador, laboratório e ambiente a agentes potencialmente infecciosos ou

biorriscos.

Biossegurança é o conjunto de medidas técnicas, administrativas,

educacionais, médicas e psicológicas empregadas para prevenir acidentes em

ambientes biotecnológicos. Esta definição inclui as medidas educacionais para a

prevenção de acidentes em ambientes ocupacionais.

Todo profissional envolvido no trabalho laboratorial deve ter o

conhecimento de biossegurança, a ser sensibilizado quanto aos riscos

ocupacionais que estão expostos em seu dia a dia, para que os mesmo se

conscientizem e possam se prevenir, usando medidas de controle e proteção

contra os riscos.

1. SEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS

Os equipamentos de segurança, listados a seguir, devem estar ao alcance

de todos os que trabalhem nos laboratórios e o funcionário deve certificar-se de

que sabe usá-los:

Extintores de incêndios;

É necessário conhecer os tipos de extintores, pois cada classe

de incêndio há um agente extintor mais indicado, sendo eles:

água, espuma, pó químico seco, gás carbônico e gases

halogenados.

Chuveiro de emergência;

Equipamento de proteção coletiva destinada à lavagem das roupas e da

pele dos colaboradores e alunos, quando esta for atingida

acidentalmente por grande quantidade de produtos químicos, material

biológico ou, ainda quando as vestimentas estiverem em chamas.

Kit de Primeiros Socorros

Está disponível em todos os setores e constar de material

necessário para tratamentos, como pequenos ferimentos na pele

ocorridos na área de trabalho.

Lavador de olhos;

Destinado à lavagem dos olhos no caso de terem sido

atingidos acidentalmente por produtos químicos.

Protetores faciais: máscaras;

São utilizados máscaras com filtros que protegem o aparelho

respiratório podendo ter: respiradores com filtros mecânicos

para proteção contra partículas suspensas no ar, respiradores

com filtros químicos que protegem contra gases e vapores

orgânicos e respiradores com filtros combinados mecânicos e

químicos.

Protetores oculares (Óculos de proteção)

Equipamento de proteção individual, destinado

à proteção dos olhos, o qual protege contra

respingos de material infectante, substâncias

químicas, partículas ou outros que possam

causar irritação nos olhos ou lesões, sendo

necessário em tarefas que oferecem riscos aos olhos e devem ser compatíveis

com os demais EPIs.

Avental/Jaleco

O avental (jaleco) é o EPI para a proteção da pele mais utilizado, o

qual é de uso obrigatório para todos os que

trabalham nos ambientes

laboratoriais onde ocorre a

manipulação de microorganismos

patogênicos, manejo de animais, lavagem de

material, esterilização, manipulação de produtos

químicos, estocagem, transporte e preparação de

reagentes, pois ele atua como barreira de

proteção para a roupa e a pele contra a exposição a

sangue, fluidos corpóreos, respingos de material biológico ou produto químico.

Luvas de proteção;

As luvas são de uso obrigatório para todos aqueles que trabalham em

ambientes laboratoriais onde se manipulam microorganismos

patogênicos, coleta de amostras para análise, esterilização, operação

com materiais quentes ou frios, manuseio de animais, lavagem de

material, preparação de reagentes, manipulação, transporte e estocagem de

produtos químicos, ou em qualquer outra atividade com risco conhecido ou

suspeito.

Luva de látex

Luva de couro

Protetores para cabeça: Gorro

Nos ambientes laboratoriais, os cabelos longos devem ficar

presos, para evitar acidentes e dependendo da atividade

desenvolvida devem ser protegidos por tocas (gorro),

especialmente em locais onde há poeiras ou microorganismos

em suspensão. As toucas têm a função de proteger os cabelos dos

contaminantes existentes no local, ou evitar que os cabelos

contaminem uma área estéril.

Protetor para os pés: Calçado

O calçado é um EPI destinado à proteção dos pés contra

umidade, respingos de substâncias químicas ou material

biológico, derramamento de líquidos quentes e solventes,

impacto de objetos diversos, cacos provenientes da

quebra de vidrarias, materiais perfurocortantes e outros.

Paramentação com equipamento

de proteção individual

2. SEGURANÇA DE ORDEM PESSOAL

Trabalhar com seriedade, atenção e calma. As brincadeiras devem ser

evitadas;

Planejar sua experiência, procurando conhecer os riscos envolvidos e as

precauções a serem tomadas. Os resíduos devem ser descartados

corretamente;

Não trabalhar sozinho e fora do horário de trabalho;

Em caso de acidente, manter a calma, desligar os aparelhos próximos e, em

caso de incêndio, iniciar o combate ao fogo, isolando os inflamáveis e

chamar imediatamente os Bombeiros;

Não entrar em locais de acidentes sem máscara contra gases;

Usar roupas adequadas como calças compridas, sapatos fechados, jaleco e

EPI´s. O jaleco deve ser de mangas compridas e abotoadas;

Conservar os cabelos presos;

Nunca abrir frascos reagentes antes de ler o rótulo e não testar

substâncias químicas pelo odor ou sabor;

Não direcionar a abertura de tubos de ensaio ou frascos contra si próprio

e as outras pessoas;

Não colocar alimentos nas bancadas, armários e geladeiras dos

laboratórios;

As lentes de contato sob vapores corrosivos podem causar lesões aos

olhos;

Ao pipetar, utilizar sempre uma pêra ou pipetado;

Não levar as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manuseando produtos

químicos;

Lavar cuidadosamente as mãos com bastante água e sabão, antes de sair

do laboratório;

Não se alimentar, beber ou fumar no laboratório;

Realizar os trabalhos dentro de capelas ou locais bem ventilados;

Ao trabalhar com reações perigosas, explosivas, tóxicas, ou cuja

periculosidade não é conhecida, usar a capela e ter um extintor por perto;

Em caso de acidente (por contato ou ingestão de produtos químicos)

procurar o médico, indicando o produto utilizado, ou levar uma amostra

do mesmo;

Se alguma substância atingir os olhos, abrir bem as pálpebras e lavar com

bastante água. Ao atingir outras partes do corpo, retirar a roupa

impregnada e lavar a pele com bastante água;

Comunicar todos os acidentes ao professor responsável que deverá

tomar as providências necessárias.

3. SEGURANÇA REFERENTE AO LABORATÓRIO

O Laboratório deve estar sempre organizado; não deixar sobre as

bancadas, materiais estranhos ao trabalho, como bolsa, livro, blusa, etc;

Durante as atividades didáticas não será permitida a professor, aluno e

funcionário, a permanência em laboratório durante a aula prática sem o uso

de jalecos, trajando bermudas, ou shorts, sem sapatos e meias;

As aulas práticas deverão ter o acompanhamento contínuo do professor

durante todo o seu desenvolvimento;

Rotular imediatamente qualquer reagente ou solução preparada e as

amostras coletadas com o nome do reagente, nome da pessoa que preparou

e a data;

Fazer uma limpeza prévia, com água, ao esvaziar um frasco de reagente,

antes de colocá-lo para lavagem;

Jogar papéis usados e materiais que não são úteis na lata de lixo, somente

quando não representar risco para as pessoas ou meio ambiente;

Nunca jogue no lixo restos de reações;

Usar pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de

conservação;

Antes de executar uma reação desconhecida fazer uma, em menor escala,

na capela;

Limpar imediatamente qualquer derramamento de reagentes (no caso de

ácidos e bases fortes, o produto deve ser neutralizado antes de proceder

a sua limpeza). Em caso de dúvida sobre a toxidez ou derramado, consultar

seu superior antes de efetuar a remoção;

Ao realizar uma experiência, informar a todos do laboratório;

Ao final, o último a sair do laboratório deve desligar tudo, verificando se

tudo está em ordem.

4. MATERIAIS DE VIDRO

Não jogar caco de vidro em sacos plásticos, mas sim em um recipiente

preparado para isto - Descarpack;

Usar luvas antitérmicas sempre que manusear peças de vidro que estejam

quentes;

Não utilizar materiais de vidro quando trincados;

Usar luvas e óculos de segurança sempre que:

Atravessar e remover tubos de vidro ou termômetros em relhas de

borracha ou cortiça;

Remover tampas de vidros emperradas;

Remover cacos de vidro (usar também em pá de lixo e escova);

Colocar frascos quentes sobre placas antitérmicas;

Não usar frascos para amostras sem certificar-se de que são

adequados ao serviço executado;

Não inspecionar o estado das bordas dos frascos de vidro com as

mãos sem antes fazer uma inspeção visual;

Tomar cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta.

5. USO DE CHAMAS

De preferência, usar chama na capela e somente nos laboratórios onde for

permitido;

Ao acender o bico de busen verificar e eliminar os seguintes problemas:

Vazamentos;

Dobra no tubo de gás;

Ajuste inadequado entre o tubo de gás e suas conexões;

Existência de inflamáveis ao redor;

Não acender maçaricos, bico de busen, etc., com válvula de gás

combustível muito aberta;

Apagar a chama imediatamente após o término do serviço.

6. USO DE CAPELAS

A capela somente oferecerá proteção ao usuário se for adequadamente utilizada.

Nunca inicie um trabalho sem verificar se:

O sistema de exaustão está funcionando;

O piso e a janela da capela estejam limpos;

As janelas da capela estejam funcionando perfeitamente.

Nunca inicie um trabalho que exija aquecimento sem antes remover os

produtos inflamáveis da capela;

Deixe na capela apenas o material (equipamentos e reagentes) que serão

efetivamente utilizados, removendo todo e qualquer material

desnecessário, principalmente produtos químicos. A capela não é local para

armazenamento de produtos e equipamentos;

Mantenha as janelas das capelas com o mínimo possível de abertura;

Nunca coloque o rosto dentro da capela;

Sempre instalar equipamentos ou frascos de reagentes a pelo menos 20 cm

da janela da capela;

Em caso de paralisação do exaustor, tome as seguintes providências:

Interrompa o trabalho imediatamente;

Feche ao máximo a janela da capela;

Coloque máscara de proteção adequada, quando a toxidez for

considerada alta;

Avise ao pessoal do laboratório o que ocorreu;

Coloque uma sinalização na janela da capela, por exemplo “capela com

defeito, não use”;

Verifique a causa do problema, corrija-o ou procure o setor de

manutenção para que o façam;

Somente reinicie o trabalho somente no mínimo 5 minutos depois da

normalização do sistema de exaustão.

7. USO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Nunca ligar equipamentos elétricos sem antes verificar a voltagem

correta;

Só opere equipamentos quando:

Fios, tomadas e plugues estiverem em perfeitas condições;

O fio terra estiver ligado;

Não operar equipamentos elétricos sobre superfícies úmidas;

Verificar periodicamente a temperatura do conjunto de plugue-tomada,

caso esteja fora do normal, desligar o equipamento e comunicar ao

responsável do laboratório;

Não usar equipamentos elétricos que não tiver identificação de voltagem;

Não deixar equipamentos elétricos ligados no laboratório, fora do

expediente;

Remover frascos de inflamáveis das proximidades do local onde serão

utilizados equipamentos elétricos;

Combater o fogo em equipamentos elétricos somente com extintores de

CO2;

Enxugar qualquer líquido derramado no chão antes de operar com

equipamentos elétricos.

8. USO DE ESTUFAS

Não deixar a estufa aquecida ou em operação sem o aviso “estufa quente”;

Desligar a estufa e não colocar em operação se:

O termômetro deixar de indicar a temperatura;

A temperatura ultrapassar a voltagem ajustada.

Não abra a porta da estufa de modo brusco quando a mesma estiver

aquecida;

Não tentar remover ou introduzir cadinhos na estufa sem utilizar:

Pinças adequadas;

Protetor facial;

Aventais e protetores de braços, se necessário;

Não evaporar líquidos, nem queimar óleos em estufas;

Empregar para calcinação somente cadinhos ou cápsulas de materiais

resistentes a altas temperaturas.

9. CUIDADOS

A – Fogo

1. Quando o fogo irromper em um béquer ou balão de reação, basta tapar o

frasco com uma rolha, toalha ou vidro de relógio, de modo a impedir a entrada

de ar.

2. Quando o fogo atingir a roupa de uma pessoa algumas técnicas são

possíveis:

a) Levá-la para debaixo do chuveiro;

b) Há a tendência da pessoa correr, aumentando a combustão, neste caso,

deve derrubá-la e rolá-la no chão até o fogo ser exterminado;

c) Pode-se também usar o extintor de CO2, se este for o meio mais

rápido.

3. Jamais use água para apagar o fogo em um laboratório. Use extintor de

CO2 ou de pó químico;

4. Fogo em sódio, potássio ou lítio: use extintor de pó químico (não use o gás

carbônico, CO2). Também se pode usar o reagente carbonato de sódio

(Na2CO3) ou cloreto de sódio (NaCl – sal de cozinha).

B – Ácidos

5. Ácido Sulfúrico: derramado sobre o chão, ou bancada, pode ser

rapidamente neutralizado com carbonato ou bicarbonato de sódio em pó.

6. Ácido Clorídrico: derramado, será neutralizado com amônia, que produz

cloreto de amônio, em forma de névoa branca.

7. Ácido nítrico: reage violentamente com álcool.

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

O técnico de laboratório deve ter o conhecimento da classificação dos

resíduos, a RDC 306, da Agência de Vigilância Sanitária – ANVISA, de 2004

classifica os resíduos de serviços de saúde em cinco grupos, sendo:

Grupo A: resíduos biológicos

Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que por suas

características, podem apresentar risco de infecção.

Classificação

Segundo a resolução da Anvisa enquadram-se os seguintes subgrupos:

A1

Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de

produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de

microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados

para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios

de manipulação genética;

Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com

suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4,

microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou

causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou

cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido;

Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas

por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e

aquelas oriundas de coleta incompleta;

Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos

corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à

saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

A2

Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de

animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de

microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos

de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco

de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou

confirmação diagnóstica.

A3

Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem

sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25

centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor

científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares.

A4

Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados;

Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante

de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares;

Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes,

urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam

suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância

epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença

emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de

transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;

Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou

outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;

Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde,

que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de

procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação

diagnóstica.

Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de

animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de

microorganismos, bem como suas forrações.

Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.

A5

Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou

escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos

ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.

Acondicionamento

A1

Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, que devem ser

substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada

24 horas e identificados

A2 e A3

Devem ser acondicionados em saco vermelho, que devem ser substituídos

quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e

identificados com a inscrição “PEÇAS ANATÔMICAS”.

A4

Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, que devem ser

substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada

24 horas e identificados

A5

Devem ser acondicionados em saco vermelho, que devem ser substituídos

após cada procedimento e identificados. Devem ser utilizados dois sacos como

barreira de proteção, com preenchimento somente até 2/3 de sua capacidade,

sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

Os resíduos do Grupo A, gerados pelos serviços de assistência domiciliar,

devem ser acondicionados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou

por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este Regulamento, e

encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.

Existe um Plano de Gerenciamento de Resíduos Institucional que deve ser

seguido. Envolve todas as etapas do gerenciamento desde a segregação até o

destino final.

Identificação

O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante, com

rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

Simbologia dos resíduos

biológicos.

Grupo B: resíduos químicos

No que tange a produtos químicos, é importante considerar não somente a

sua toxicidade, mas também a quantidade manipulada. Algumas drogas, por

exemplo, são efetivas na cura de doenças até uma certa dosagem, que se

excedida, podem provocar efeitos nocivos. Compostos de mercúrio, arsênio e

antimônio, que são considerados pelos leigos como altamente venenosos, têm sido

empregados no tratamento de doenças.

Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à

saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de

inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

Estocagem e Manuseio

Muitos riscos potenciais são associados com a estocagem e manuseio de

materiais usados em laboratório químico. Estes riscos sempre existirão, mas os

acidentes podem ser eliminados por maior conhecimento das propriedades dos

materiais estocados e manuseados: planejando procedimentos de segurança para

estocagem e informando todas as pessoas que entrarão em contato com estes

materiais, dos riscos envolvidos e as medidas de segurança que devem ser

tomadas.

O grande número de problemas de estocagem em laboratório químico deve-

se à diversidade de produtos químicos que devem ser estocados. A estocagem

descuidada associada com a falta de planejamento e controle é um convite para

acidentes pessoais e danos materiais. Por outro lado, uma área de estocagem

cuidadosamente planejada e supervisionada pode prevenir muitos acidentes. Os

produtos químicos que necessitam estocagem podem ser sólidos, líquidos e

gasosos, podem estar contidos em embalagens de papel, plástico, vidro ou metal

que podem ser caixas, garrafas, cilindros ou tambores. A natureza de cada

produto pode ser considerada individualmente ou em relação a outros produtos

estocados na mesma área. Para facilitar as considerações feitas anteriormente,

os produtos químicos podem ser agrupados nas seguintes categorias gerais:

Inflamáveis; Tóxicos; Explosivos; Agentes Oxidantes; Corrosivos; Gases

Comprimidos; Produtos sensíveis à água; Produtos incompatíveis.

1. Produtos inflamáveis

Na maioria dos laboratórios químicos existem líquidos inflamáveis

estocados. Para projetar ou selecionar as instalações adequadas, as propriedades

de cada produto devem ser conhecidas. Devem ser conhecidas as seguintes

propriedades dos produtos inflamáveis: ponto de ebulição (temperatura em que o

material passa ao estado de vapor), ponto de fulgor, (temperatura na qual o

material se inflama se houver fonte de ignição próxima embora a chama não se

mantenha) e tipo de extintor adequado para ser usado em caso de incêndio. O

tipo de recipiente adequado para líquidos inflamáveis depende em parte do

volume estocado e da freqüência com que é manipulado. A quantidade de líquido

inflamável em estoque deve ser a mínima necessária, sendo que grandes

quantidades de inflamáveis, devem ser estocadas em almoxarifados especiais.

Quando for necessária a estocagem de grandes quantidades de inflamáveis em

laboratórios, é necessário um sistema automático de “sprinklers”. Uma ventilação

adequada para remoção dos vapores deve ser providenciada além de um sistema

de drenagem de líquidos derramados, com descarga em local seguro.

Embora seja prático, recipientes de vidro devem ser evitados na

estocagem de líquidos inflamáveis. Pequenas quantidades de líquidos inflamáveis

(menos de 20 litros podem ser estocados em latas devidamente rotuladas.

Recipientes em aço inoxidável são mais adequados quando é considerada a pureza

do inflamável).

É proibido fumar nas imediações do local de estocagem. O equipamento

elétrico deve atender aos requisitos de segurança específicos para o caso.

Materiais sólidos também podem apresentar inflamabilidade (materiais

pirofóricos).

2. Tóxicos

Grandes partes dos produtos químicos são considerados tóxicos. Para uma

avaliação adequada do risco envolvido na manipulação de um produto químico,

devem ser conhecidas as relações entre toxicidade, freqüência de manipulação e

concentração durante a exposição.

As substâncias tóxicas podem entrar no corpo por inalação, ingestão,

absorção através da pele ou pela combinação desses caminhos. Alguns compostos

químicos se decompõem gerando material tóxico quando submetidos ao calor, à

umidade ou presença de outros produtos químicos. As informações concernentes

à toxidez ou risco potencial de toxidez podem ser obtidas do fornecedor do

produto, da literatura ou por testes laboratoriais com cobaias. Tais informações

são importantes para que se determine o tipo de EPI (equipamento de proteção

individual) contra a exposição e o tratamento médico adequado adotado no caso

de exposição.

A quantidade de produtos tóxicos estocados deve ser mantida o mínimo

necessário. Se possível grandes quantidades de material tóxico devem ser

estocadas fora dos prédios onde circulem pessoas.

Quando a estocagem for feita, por extrema necessidade e curto intervalo

de tempo, no próprio local de trabalho, a área deve ser ventilada e o local de

estoque deve ser sinalizado, de forma que todas as pessoas que por ali circulem,

sejam instruídas sobre o risco potencial de tais materiais. Em tais locais, é

proibida a ingestão de alimentos sólidos ou líquidos e somente pessoas

autorizadas devem ter acesso a tais materiais. Estas pessoas devem Ter

recebido treinamento no uso de EPI`s adequados e devem conhecer os sintomas

de uma exposição aos tóxicos, além de poderem aplicar os primeiros socorros.

Qualquer efeito tóxico nocivo proveniente da exposição de um organismo

vivo a uma substância estranha (xenobiótico) pode ser considerado como

manifestação de toxicidade. Os efeitos causados pelas substâncias tóxicas

podem ser locais ou sistêmicos e considerados ao nível de organismos, sistemas,

órgãos, tecidos, células organelas e moléculas. A ação tóxica depende da

quantidade de agente químico (ou produto de biotransformação) presente no sítio

de ação considerado. Em decorrência da ação tóxica o dano pode ser reversível

ou irreversível. A maioria dos casos de câncer humano é de origem química. A

ação carcinogênica de várias substâncias químicas foi identificada a partir da

observação de várias incidências de neoplasias em indivíduos a ela expostos

ocupacionalmente. O número de compostos químicos com ação carcinogênica para

animais de experimentação e para o homem está ao redor de 1000. Vários

compostos orgânicos e inorgânicos nos estados sólidos, líquido e gasoso podem

apresentar ação carcinogênica. A introdução destas substâncias no organismo

humano pode se dar através das vias pulmonar, dérmica e oral.

Substâncias Reconhecidamente Carcinogênicas para o homem

Arsênico em pó Pentóxido de arsênico

Tricloreto de arsênico Trióxido de arsênico

Asbestos (amianto) Benzeno

Benzidina Crômio em pó

Óxido de crômio (IV) Arseniato de chumbo

Arseniato de sódio Arsenito de sódio

Substâncias Provavelmente Carcinogênicas para o homem

Acrilonitrila Cádmio em pó

Cloreto de cádmio Sulfato de cádmio

Tetracloreto de carbono Clorofórmio

Óxido de etileno Níquel em pó

o-Toluidina

Fatores que ainda devem ser considerados são a mutagênese química e a

teretogênese, associadas ao uso de substâncias químicas. A mutagênese química é

a capacidade que uma substância possui de induzir mutações, isto é promover

alterações no patrimônio genético do indivíduo. A teratogênese é o aparecimento

de um efeito degenerativo sobre um sistema em desenvolvimento.

3. Explosivos

Alguns produtos químicos são sensíveis a choque, impactos ou calor. Os

explosivos estão nesta categoria. Estes materiais expostos a choques impactos,

calor, podem liberar instantaneamente energia sob a forma de calor ou uma

explosão. É necessário um sério controle de estocagem destes reagentes e

severas medidas de segurança. A área de explosivos deve ser bem identificada e

isolada das outras áreas. O tipo de área de estocagem requerida dependerá do

tipo de produto e da quantidade estocada. É freqüente o uso de blindagem na

estocagem de explosivos. A melhor fonte de informação para seleção e projeto

da área de estocagem de explosivos é o próprio fornecedor do produto. Existem

tabelas contendo as distâncias necessárias para a estocagem dos produtos

classificados como altamente explosivos.

· Lista de algumas substâncias explosivas

Peróxido de benzoíla

Dissulfeto de carbono1

Éter di-isipropílico2

Éter etílico2

Ácido pícrico3

Ácido perclórico4

Potássio metálico2

4. Agentes Oxidantes

1. O ponto de fulgor do dissulfeto de carbono (-300ºC) é bem abaixo da

temperatura ambiente e pequenas quantidades de vapor no ar podem ser

explosivas.

2. Estas substâncias tornam-se perigosas pelo envelhecimento durante o

armazenamento. Os éteres e o potássio metálico podem formar peróxidos

explosivos, sob exposição ao ar. Recipientes abertos e antigos de éter

devem ser tratados com muito cuidado, assim como os de potássio

metálico, quando o metal não está imerso em querosene.

3. O ácido pícrico deve conter 10-20% de água e os frascos devem ser

rejeitados depois de dois anos. O ácido pícrico seco é explosivo.

4. Embora a mistura de 70% ácido/ água não seja explosiva, o uso do ácido

perclórico leva freqüentemente á formação de percloratos, que são

altamente explosivos.

São exemplos de agentes oxidantes os peróxidos, nitratos, bromatos,

cromatos, cloratos, dicromatos, percloratos e permanganatos. Como os agentes

oxidantes não devem ser estocados na mesma área que combustíveis, tais como

inflamáveis, substâncias orgânicas, agentes desidratantes ou agentes redutores.

Qualquer vazamento de material deve ser imediatamente removido pois a limpeza

da área é essencial para a segurança. A área para estocagem de agentes

oxidantes deve ser resistente ao fogo (blindada inclusive), fresca, bem ventilada

e preferencialmente longe das áreas de trabalho. O piso da sala de estocagem

deve ser resistente ao fogo, impermeável e sem rachaduras que possam reter

algum material. São recomendados “sprinklers” para a área de estocagem.

· Classes de Produtos Químicos Oxidantes mais perigosos

Bromatos Bromo

Cloratos Percloratos

Cromatos Bicromatos

Iodados Nitratos

Perbromatos Periodatos

Permanganatos Peróxidos

5. Corrosivos

Muitos ácidos e bases corroem materiais de embalagem ou outros

materiais em estoque na área bem como a pele do corpo humano. Os ácidos

reagem com muitos metais formando hidrogênio. Os álcalis podem formar

hidrogênio quando em contato com alumínio. Como o hidrogênio forma uma

mistura explosiva com o ar, a acumulação de hidrogênio nas áreas de estocagem

de materiais corrosivos deve ser prevenida. Os líquidos corrosivos devem ser

estocados em uma área fresca, porém, mantidos em temperatura superior ao de

seu ponto de congelamento. Esta área deve ser seca e bem ventilada com ralos

que possibilitem a remoção de qualquer vazamento. Com alguns líquidos

corrosivos, como o ácido sulfúrico, é necessário que os tambores sejam

periodicamente aliviados da pressão causada pelo hidrogênio gerado pela ação do

corrosivo com o tambor metálico. Os chuveiros de emergência e lava olhos devem

ser operados periodicamente para avaliar o equipamento e habituar as pessoas da

área com seu uso.

6. Gases Comprimidos

Os gases comprimidos podem ser classificados como gases liquefeitos,

gases não liquefeitos e gases em solução. Todos apresentam um risco potencial no

laboratório, devido à pressão dentro dos cilindros e ainda sua flamabilidade e

toxidez. Os gases comprimidos são fornecidos aos laboratórios em cilindros de

diversas capacidades. Os cilindros devem ser manipulados com cuidado para

prevenir que sejam derrubados ou atinjam outros objetos. Todos os cilindros que

não estejam em uso devem estar com a cápsula protetora da válvula. Quando os

cilindros de baixa pressão são fornecidos sem cápsula protetora da válvula,

devem ser providenciados outros suportes ou garras que evitem a queda do

cilindro pondo em risco a integridade da válvula. Sendo a válvula do cilindro

arrancada ou o cilindro rompido de alguma forma, pode o gás impelir o cilindro

com muita força e causar sérios acidentes. Os cilindros devem ser identificados

e estocados em áreas bem ventiladas e livres de materiais inflamáveis. Os

cilindros estocados ao ar livre devem ser protegidos contra variações excessivas

na temperatura ambiente e de contato direto com o chão. Possíveis corrosões

externas no cilindro causadas por líquidos ou vapores corrosivos devem ser

evitadas. Os cilindros de gases comprimidos devem ser estocados na posição

vertical e garantidos contra eventuais quedas. Os cilindros cheios devem ficar

separados dos cilindros vazios. Se os espaço para estocagem exigir que os

cilindros contendo gases de diferentes tipos sejam estocados juntos, deve-se ao

menos agrupá-los por tipo de gás. Os gases inflamáveis devem ser separados dos

gases oxidantes usando os cilindros dos gases não combustíveis. Sendo possível,

os cilindros de gases inflamáveis e oxigênio devem ser mantidos fora dos prédios

e distribuídos por sistemas de tubulação até os locais de uso. É da maior

importância que algumas das propriedades dos gases comprimidos, que

representam perigos (como inflamabilidade, toxidez, atividade química e efeitos

corrosivos) sejam bem conhecidos pelos usuários do gás. Na capela de um

laboratório, em presença de chama aberta, a inflamabilidade do Monóxido de

Carbono pode ser o maior risco, ao passo que uma fábrica-piloto usando Monóxido

de Carbono como reagente, um vazamento e em conseqüência, a toxidez possa

representar o maior risco.

7. Produtos Sensíveis à Água

Alguns produtos químicos reagem com a água com evolução de calor e de

gases inflamáveis ou explosivos. O potássio e o sódio metálico e hidretos

metálicos reagem em contato com a água produzindo hidrogênio com calor

suficiente para uma ignição com explosiva violência. Áreas de estocagem para

produtos químicos sensíveis à água devem ser projetadas para evitar qualquer

contato com água, e isto é feito da melhor forma mantendo todas as possíveis

fontes de água fora da área. Os “sprinklers” devem ser eliminados onde grande

quantidade dos materiais está guardada ou aonde a reação irá definitivamente

propagar um incêndio ou causar uma explosão, contudo tem sido demonstrado que

os “sprinklers” têm sido efetivos no controle de incêndios causados por materiais

tais como o magnésio. A construção do prédio deve ser resistente ao fogo e não

se devem estocar outros materiais combustíveis na mesma área.

8. Produtos Incompatíveis

Áreas separadas de estocagem devem ser providenciadas para produtos

químicos incompatíveis (produtos podem reagir e criar uma condição de perigo

devido a esta reação).

Em todas as frases da construção do laboratório deve haver perfeito

entrosamento entre o responsável, o engenheiro e o arquiteto. Deve ser sempre

dada prioridade absoluta à segurança. As improvisações devem ser evitadas tanto

quanto possível. No entanto, está provado que 90% dos acidentes ocorridos em

laboratórios são devidos ao comportamento do pessoal e somente 10% são

provocados pelas instalações. Isto demonstra claramente que o maior risco

dentro do laboratório é o próprio laboratorista e como é importante o seu

desempenho correto e consciencioso.

Identificação e Rotulagem

O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado com

discriminação de substância química e frases de risco.

Simbologia dos resíduos químicos.

Os técnicos ao manipular substâncias químicas, devem ter o conhecimento

da identificação e rotulagem do produto químico, há um padrão para indicar a

toxidade, a inflamabilidade e a reatividade de produtos químicos através da

etiqueta NFPA – Diagrama de Hommel, onde é considerada muito simples,

informativa e de rápido entendimento, nela consta quatro cores que identifica o

produto químico quanto sua periculosidade, onde cada cor significa um tipo de

risco.

AZUL - Riscos à Saúde

4 – Mortal -morte por exposição breve;

3 – Extremamente perigoso - Sérios ferimentos por exposição

curta;

2 – Perigoso - ferimento temporário por exposição intensa;

1 – Pequeno risco;

0 – Ausência de perigo - não oferece riscos à saúde.

VERMELHO – Inflamabilidade

4 – inflamam facilmente;

3 – inflamam sob condições de temperatura ambiente;

2 – precisa de aquecimento para se inflamar;

1 – precisa de muito aquecimento para inflamar;

0 – Não é inflamável.

AMARELO – Reatividade

4 - Pode detonar - pode explodir em condições normais de pressão e

temperatura;

3 - Explosivo - pode explodir quando aquecida ou em contato com

água;

2 – Instável - Reage violentamente à alta temperatura, pressão ou

com água;

1 – Normalmente estável - instável à alta temperatura e/ou

pressão;

0 - Não provoca reações violentas.

BRANCO - Riscos Específicos

OX Y – Agente Oxidante;

ACID – Ácido;

ALK – Álcalis;

COR – Corrosivo;

W – Reação com água.

Etiqueta NFPA Diagrama de Hommel

Grupo C: rejeitos radioativos

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham

radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados

nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.

Classificação

Enquadra-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com

radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clinicas, serviços de

medicina nuclear e radioterapia.

Os rejeitos radioativos sólidos devem ser acondicionados em recipientes

de material rígido, forrados internamente com saco plástico resistente e

identificados.

Acondicionamento

Os rejeitos radioativos líquidos devem ser acondicionados em frascos de

até dois litros ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado,

sempre que possível de plástico, resistentes, rígidos e estanques, com tampa

rosqueada, vedante, acomodados em bandejas de material inquebrável e com

profundidade suficiente para conter, com a devida margem de segurança, o

volume total do rejeito, e identificados.

Identificação

O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de

radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e

contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO.

Simbologia dos resíduos radioativos.

Grupo D: resíduos comuns

Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à

saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

Classificação

Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças

descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em

anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não

classificados como A1;

Sobras de alimentos e do preparo de alimentos;

Resto alimentar de refeitório;

Resíduos provenientes das áreas administrativas;

Resíduos de varrição, flores, podas e jardins;

Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.

Identificação

Para os resíduos do Grupo D, destinados à reciclagem ou reutilização, a

identificação deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda de

recipientes, usando código de cores e suas correspondentes nomeações,

baseadas na Resolução CONAMA nº. 275/2001, e símbolos de tipo de material

reciclável:

I - azul - PAPÉIS

II - amarelo - METAIS

III - verde - VIDROS

IV - vermelho - PLÁSTICOS

V - marrom - RESÍDUOS ORGÂNICOS

Para os demais resíduos do Grupo D deve ser utilizada a cor cinza nos

recipientes. Caso não exista processo de segregação para reciclagem, não existe

exigência para a padronização de cor destes recipientes.

Simbologia dos resíduos comuns.

Grupo E: perfurocortantes

Materiais perfurocortantes.

Classificação

Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas

endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares;

micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro

quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e

outros similares.

Acondicionamento

Em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com

tampa, devidamente identificados, sendo expressamente proibido o esvaziamento

desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem

ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo

proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.

Simbologia do perfurocortantes.

Identificação

O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante, com

rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de

RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo.

Simbologia do perfurocortantes.

É importante um programa de gerenciamento de resíduos nas instituições

de ensino e pesquisa, pois são responsáveis desde sua origem até o seu destino

final, de acordo com Amaral (2001) citado por Takeyama e colaboradores (2006)

e segundo Brasil (2006), o destino final do resíduo pode ser através da

incineração, radiação, aterramento controlado ou outra técnica.

C - Compostos Tóxicos

Um grande número de compostos orgânico e inorgânico é tóxico. Manipule-os com

cuidado, e evitando a inalação ou contato direto.

10. O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES

Derramamento de produto químico:

Limpar o local o mais rapidamente possível;

Ventilar o local: abrir portas e janelas;

Se o produto for extremamente tóxico, evacuar o local e usar máscara

adequada na operação de limpeza;

Os resíduos da limpeza, papel ou materiais impregnados devem ser

descartados como resíduos químicos.

Princípio de incêndio:

Não tente ser herói. Chame ajuda imediatamente;

Desligar o quadro de energia elétrica;

Se souber usar o extintor, use-o. Se não souber, não arrisque;

Evacue o local.

Acidentes com vítimas:

Respingo de produto químico na região dos olhos:

Lavar abundantemente no lava olhos, pelo menos 15 minutos. Manter os

olhos da vítima abertos;

Encaminhar imediatamente ao médico;

Jamais tentar neutralizar o produto.

Respingo em qualquer região do corpo:

Retirar a roupa que recobre o local atingido;

Lavar abundantemente com água, na pia ou no chuveiro de emergência,

dependendo da área atingida, por pelo menos 15 minutos;

Encaminhar ao médico, dependendo da gravidade;

Jamais tentar neutralizar o produto.

Queimaduras:

Cobrir área afetada com vaselina estéril;

Não utilizar nenhum outro tipo de produto.

Cortes:

Lavar o local com água, abundantemente;

Cobrir o ferimento com gase e atadura de crepe;

Encaminhar imediatamente ao pronto-socorro.

Outros acidentes:

Encaminhar ao pronto-socorro

Chamar o RESGATE (193).

COORDENAÇÃO DE LABORATÓRIOS

REFERÊNCIAS

BEZERRA, Ana Lúcia Queiroz. O contexto da educação continuada em enfermagem. São

Paulo: Lemar e Martinari, 2003

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA. RDC 306 2004 - Resíduos de

serviços de saúde. Obtido via Internet, http://www.anvisa.gov.br, 2006.

DEFFUNE, Elenice. Biossegurança: pequenas soluções para grandes problemas. Botucatu:

UNESP, 2006.

FIOCRUZ , Fundação Oswaldo Cruz. Curso de biossegurança. Rio de Janeiro: ENSP, 2006.

HIRATA, Mario Hiroyuki; FILHO, Jorge Mancini. Manual de biossegurança. Barueri-SP:

Manole, 2002.

KURCGANT, Paulina. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU, 1991.

MASTROENI, Marco Fábio. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. São

Paulo: Atheneu, 2005.

NORMAS REGULAMENTADORAS. In: Segurança e medicina do trabalho. Normas

regulamentadoras – NR, aprovadas pela portaria nº 3.214 de 8 de julho de 1978. 57. ed. São

Paulo: Atlas, 2005.

PARANÁ, Secretaria de estado do meio ambiente e recursos hídricos. Resíduos de

saúde. Desperdício zero: programa da secretaria de estado do meio ambiente e recursos

hídricos. Curitiba: SEMA, 2005.

RIBEIRO, Maristela de Azevedo. Dissertação de mestrado: Avaliação da necessidade de

implantação de normas e rotinas de biossegurança, para a qualificação dos estudantes do

curso de odontologia. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.

TAKEYAMA, Oquendo; KOSEKI, Aline Lie; MACEDO, Juice Ishie; BERBETE,

Josiane. Plano de gerenciamento, racionalização, recuperação e descarte de resíduos

químicos das Faculdades Cesumar. Maringá: 2006.