resolução alternativa de litígios

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Resolução Alternativa de Litígios Perfil, Estatuto e Deontologia do Árbitro Ana Parreira, nº706 Catarina Silva, nº671 Rita Chambel, nº674

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Resolução Alternativa de Litígios. Perfil, Estatuto e Deontologia do Árbitro Ana Parreira, nº706 Catarina Silva, nº671 Rita Chambel, nº674. Arbitragem. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Resolução Alternativa de Litígios

Resolução Alternativa de Litígios

Perfil, Estatuto e Deontologia do Árbitro

Ana Parreira, nº706

Catarina Silva, nº671

Rita Chambel, nº674

Page 2: Resolução Alternativa de Litígios

Arbitragem

“A Arbitragem voluntária é um modo de resolução jurisdicional de controvérsias em que, como base na vontade das partes, a decisão é confiada a terceiro. Entende-se, aqui, por terceiro um particular distinto de qualquer das partes e que não actua como seu representante”. (Professor Lima Pinheiro)

Page 3: Resolução Alternativa de Litígios

Arbitragem- síntese

Natureza voluntária Facilidade Rapidez Eficácia Confiança das partes Justiça de proximidade

Page 4: Resolução Alternativa de Litígios

Arbitragem – objectivo central

Apesar da proximidade com a justiça tradicional, a arbitragem distingue-se desta, na medida em que procura para o caso concreto uma solução de cariz mais social do que jurídico, tendo como preocupação central o equilíbrio das posições entre as partes e não tanto o respeito cego pelas regras processuais.

Page 5: Resolução Alternativa de Litígios

Árbitro e Juiz

O juiz age como garante das regras e procedimentos legais. A sua função é de ordenamento social e cuidado na aplicação correcta das leis.

O árbitro age para satisfazer as necessidades das partes que o designam, com o objectivo de solucionar o litígio que as opõe e que não conseguem resolver de forma directa.

Page 6: Resolução Alternativa de Litígios

Árbitro: que papel?

Confiança: como se obtém? Experiência : o que significa? Reputação : o que se procura? Carácter : firme ou permissivo? Capacidades linguísticas: necessidade apenas

em arbitragem internacional? Disponibilidade : exige-se exclusividade?

Page 7: Resolução Alternativa de Litígios

Árbitro: que papel?

“ While selecting the arbitrators, we should keep in mind that the essencial qualifications of an arbitrator should be honesty, integrity, impartiality and his competence, and he must demonstrate his ability to exercise these qualities faithfully and diligently.”

Page 8: Resolução Alternativa de Litígios

Árbitro e juiz: figuras próximas?

“ O juiz de hoje tem por competência não somente os litígios particulares de interesse de particulares, mas também os conflitos colectivos. Ele fez-se também o guardião dos valores fundamentais da família, dos direitos da pessoa nos seus aspectos morais, físicos sociais e económicos”.

Page 9: Resolução Alternativa de Litígios

A deontologia dos Juizes Juiz Conselheiro Arala Chaves

“ De que poderes dispõe o juíz para cumprir esta missão essencial na nossa sociedade nos três planos fundamentais: circunscrever os litígios, assegurar a igualdade no jogo processual, terminar com uma verdadeira solução do litígio?”

Page 10: Resolução Alternativa de Litígios

A deontologia dos juizes –Juiz Conselheiro Arala Chaves

Esta ideia aponta num sentido diferente daquele que era desenvolvido na época napoleónica ( duelo que se desenrola sob as vistas do juiz árbitro).

Agora o juiz tem que ser activo na condução do processo, em ordem a discipliná-lo, em assegurar às partes posições iguais e com equivalentes garantias, em ordem a conduzi-lo a uma decisão pacificadora e portanto correspondente à justiça real”

Page 11: Resolução Alternativa de Litígios

A deontologia dos juizes –Juiz Conselheiro Arala Chaves

Virtudes desejáveis num juiz: Reflexão Moderação Auto-domínio Actuação não arbitrária Humildade na aplicação do direito

Page 12: Resolução Alternativa de Litígios

A deontologia dos juizes –Juiz Conselheiro Arala Chaves

Para além de certas regras essenciais e definíveis com suficiente abstracção, a deontologia da profissão de juiz decorre da própria experiência dessa profissão e da consciência e sensibilidade dos homens que a exercem.

Dos juizes se espera que sejam honestos, imparciais, sensatos segundo padrões comuns, (mesmo que deles discordem), cultos, bons técnicos e humildes.

Page 13: Resolução Alternativa de Litígios

Da deontologia do árbitro- Dr. Augusto Lopes Cardoso

Segundo o referido autor não é importante saber se o árbitro é ou não um verdadeiro juiz. O que é facto é que o árbitro julga efectivamente, resolve um litígio, tendo a sua decisão força vinculativa para as partes.

Não há nenhuma disposição legal que defina claramente pela positiva os deveres do árbitro, apenas se faz pela negativa quando a lei remete para o regime das escusas e impedimentos.

Page 14: Resolução Alternativa de Litígios

Da deontologia do árbitro- Dr. Augusto Lopes Cardoso

“ Os deveres de independência e de imparcialidade ou isenção são a matriz de todos os casos em que se enquadram as recusas, ou seja, esses deveres são o cerne da deontologia dos árbitros”.

A deontologia dos juizes é a referência da deontologia dos árbitros na nossa lei. Contudo, existem especificidades na deontologia dos árbitros:

Page 15: Resolução Alternativa de Litígios

Da deontologia do árbitro- Dr. Augusto Lopes Cardoso

Artigo 10º da LAV:

1. Aos árbitros não nomeados por acordo das partes é aplicável o regime de impedimentos e escusas estabelecido na lei de Processo civil para os juizes.

2. A parte não pode recusar o árbitro por ele designado, salvo ocorrência de causa superveniente de impedimento ou escusa, nos termos do número anterior.

Page 16: Resolução Alternativa de Litígios

Que especialidades quanto àarbitragem se podem retirar daqui?

Há regimes diferentes consoante:

O árbitro não tenha sido nomeado pela partes mas por outrém

O árbitro tenha sido nomeado só por uma parte O árbitro tenha sido nomeado por acordo das partes

Page 17: Resolução Alternativa de Litígios

Árbitro não nomeado pelas partes

Regime de impedimentos aplicável aos juizes

Tanto os impedimentos como as escusas podem fundar-se quer nas ligações do julgador como o objecto da causa, quer no relacionamento dele com as partes litigantes

Page 18: Resolução Alternativa de Litígios

Árbitro nomeado só por uma parte

Relação de manifesta confiança Tem-se levado a suscitar recusa em casos em que o árbitro

tenha trabalho doutrinal firmado em que sustente posição jurídica que é discutida na causa.

Levando este raciocínio ao extremo, corremos o risco de ir longe demais, de ir contra o espírito que presidiu a uma das vantagens dos sistema da arbitragem que é a particular competência em certa área dos direito.

É também de esperar que os árbitros sejam pessoas escolhidas de entre pessoas com créditos firmados (artigos 122º e 127º do CPC)

Page 19: Resolução Alternativa de Litígios

O árbitro nomeado por acordo das partes

“A ideia que preside à designação simultânea pelas partes de um árbitro ou a conjunto de árbitros por acordo entre eles não é a da confiança pessoal, mas a da imagem da isenção e objectividade que o ou os assim nomeados possuem aos olhos dos designantes.

“ Não se justifica uma recusa se não pela virtude da superveniência de causa de impedimento ou de escusa, ou de superveniência no conhecimento dessa causa.”

Page 20: Resolução Alternativa de Litígios

Síntese

Desde a nomeação o distanciamento tem que ser a regra e a prática – o árbitro muda de estatuto para uma verdadeira prática jurisdicional:

Julgador neutro e imparcial Dever geral de isenção Lealdade e confidencialidade

Page 21: Resolução Alternativa de Litígios

Árbitro: que papel?

É necessário escolher um especialista na matéria em discussão ou será melhor uma pessoa sem conhecimentos técnicos?

Qual a natureza jurídica do vínculo? Como escolher um árbitro? Quais as suas

características intrínsecas?

Page 22: Resolução Alternativa de Litígios

Árbitro: que papel?

Ordem jurídica portuguesa: vazio jurídico, inexistência de regulamentação directa.

Solução possível: aplicação por analogia do estatuto dos magistrados judiciais – regime de escusas e impedimentos?

Page 23: Resolução Alternativa de Litígios

Entrevistas

Professor Doutor Rui Pinto Duarte

Professor Armindo Ribeiro Mendes

Page 24: Resolução Alternativa de Litígios

Diferenças entre o Processo Arbitral e o Processo Judicial

Existem diferenças sobretudo no secundário e são muito mais sociológicas que jurídicas (exemplos):

1) Levar as testemunhas a depor

2) Desenrolar da audiência em julgamento

3) Depoimento de parte

Page 25: Resolução Alternativa de Litígios

Conclusão

Se a função do árbitro é tão igual à do juíz, como se explica que o recurso à Arbitragem seja, ainda, tão reduzido?

1) Custos

2) Celeridade

3) Imparcialidade