resina epoxi

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Eduardo Antonio Leite AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS PROVOCADOS PELA RESINA EPÓXI AOS TRABALHADORES DO SETOR DE MÁRMORES E GRANITOS DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES Monografia de Conclusão do curso de Especialização em Perícia Médica da Universidade Gama Filho e Fundação Unimed. Vitória – ES

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Eduardo Antonio Leite

AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS PROVOCADOS PELA RESINA EPÓXI AOS TRABALHADORES DO SETOR DE MÁRMORES E GRANITOS DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES

Monografia de Conclusão do curso de Especialização em Perícia Médica da Universidade Gama Filho e Fundação Unimed.

Vitória – ES

Dedico este trabalho aos meus funcionários;Paulo Macedo, Michael de Oliveira, Janete Rizenente e Lucineia Peterle;

Pela ajuda neste trabalho e a minha esposa Alda de Cássia Cipriano Leite,

Meus filhos Luana, Laís e Jonatan E aos diversos colaboradores.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela Saúde e Sabedoria.Aos pais pelo ensino e criação.

Aos irmãos pelas lutas gloriosas e sadias.Aos filhos pelas alegrias e oportunidades.A esposa pela sua paciência e dedicação.

Aos meus funcionários pelo empenho e pelo oficio.

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RESUMO

Os primeiros relatos de resina epóxi datam de 1927, sendo, portanto, uma substância recente.

Em 1936 foi patenteado um dos primeiros produtos com finalidade de produzir molduras e dentaduras. Hoje à aplicabilidade da resina epóxi são múltiplas e variadas indo desde a produção de adereços ou artesanatos até usos em automóveis e naves espaciais.

Por isto a sua aplicação é muito difundida em vários setores da indústria e largamente utilizada no nosso dia a dia.

No decorrer do trabalho, conceituamos e classificamos algumas resinas, mostrando a variabilidade de produtos e utilizações.

Em Cachoeiro de Itapemirim esta resina passou nesta década a ser largamente utilizada no setor de mármores e granitos como forma de eliminar algumas imperfeições, algumas rachaduras e trincas. Com isto observou-se uma grande diminuição nas perdas de matéria prima e conseqüentemente houve aumento dos ganhos. Com a evolução das técnicas observou-se uma melhoria na qualidade do material e conseqüentemente uma maior valorização dos mesmos.

Isto colocou definitivamente a resina epóxi como um componente a mais na linha de produção de mármores e granitos beneficiados e acabados.

Os despreparos dos trabalhadores que manipulam estes produtos são gritantes. Haja vista, que anteriormente não existia a função de resinador. Até então, o mesmo trabalhador que sabia fazer polimento ou acabamento, é quem punha “a mão na massa” para resinar os materiais; no caso mármore e granito.

Com isto, os trabalhos a respeito do assunto são muito recentes e contraditórios.Objetivando um conhecimento maior a respeito do assunto, e com isto, obter subsídios

para relacionar os riscos dos trabalhadores; com as resinas; em seu ambiente de trabalho. Procuramos através de uma ampla pesquisa a respeito do assunto; que inclui “internet” e revisão bibliográfica; levantamento de ficha técnica dos produtos, suas implicações para com o ser humano e fazendo observações e questionamento “in loco” a respeito do assunto e de dúvidas por ventura existentes.

Voltado para os trabalhadores foram feitos questionários apropriados para avaliar os que estão diretamente expostos e os indiretamente expostos aos prováveis danos causados pelas resinas.

Foram feitas análises dos resultados, onde se pode constatar além dos riscos a saúde dos trabalhadores de forma imperceptível ou invisível, foram observadas grandes incidências de alergias ou dermatites de contato ou atopias dos trabalhadores pesquisados.

E por fim foram feitas análises de vapores orgânicos em varias indústrias em busca de algum agente acima do limite de tolerância. Para nossa surpresa isto raramente ocorreu ou quando ocorreu foi de forma insignificante do ponto de vista estatístico.

Fica então, o legado, de que o limite de tolerância para os trabalhadores com resina epóxi no setor de mármore e granito ainda carece de uma reavaliação mais cuidadosa e criteriosa. Haja vista, que os odores e os vapores são riscos evidentes no setor.

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SUMÁRIO

CAPITULO I - INTRODUÇÃO .......................................................................................... 09

CAPITULO II – OBJETIVOS .............................................................................................11

CAPITULO III – REVISÃO BIBLIOGRAFICA .............................................................. 12

III.1 - TIPOS DAS RESINAS EPÓXI ................................................................................. 12

III.1.a. Resinas Epóxi a base de Bisfenol A ............................................................. 12

III.1.b. Resinas Epóxi a base de Bisfenol F e/ou Novolac ....................................... 13

III.1.c. Resinas Epóxi Bromadas ............................................................................... 13

III.1.d. Resinas Epóxi Flexíveis .................................................................................14

III.2 - EMPREGABILIDADE DAS RESINAS EPÓXI .....................................................14

III.2.a.Manutenção industrial e construção civil ......................................................16

III.2.b. Adesivos ilustrados .........................................................................................16

III.2.c. Laminadas com fibras ....................................................................................17

III.2.d. Confecção de Moldes e matrizes ................................................................... 17

III.2.e. Bijuterias e Brindes ........................................................................................18

III.3 - LISTA DE TABELAS PARA CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS....................... 18

III.4 - AGENTES DE CURA PARA RESINA EPÓXI ......................................................20

III.4.a. Aminas alifáticas ............................................................................................23

4.a.1. Adutos de Aminas .................................................................................... 24

4.a.2. Poliamidas ...............................................................................................24

4.a.3. Aminas cicloalifáticas ............................................................................. 25

4.a.4. Anidridos.................................................................................................. 25

III.4.b. Poliaminoamidas ou poliamidoaminas .........................................................26

III.4.c. Aminas aromáticas .........................................................................................26

5

III.4.d. Polissulfetos ................................................................................................... 27

III.4.e. Polioxipropilaminas ....................................................................................... 27

III.4.f. Polimercaptanas ............................................................................................. 27

III.4.g. Diciandiamida (Dicy) e Trifluoreto de Boro (BF3) ......................................27

III.5 - DICAS E MACETES COM RESINA EPÓXI .........................................................28

III.5.a. Orientações .....................................................................................................28

III.5.b. Dica de mistura .............................................................................................. 28

III.5.c. Substratos de Mistura e Misturadores ...........................................................29

III.5.d. Tempo de secagem ......................................................................................... 29

III.5.e. Precauções na hora da compra ..................................................................... 29

III.5.f. Diluição............................................................................................................29

III.5.g. Coloração do epóxi ........................................................................................ 30

III.5.h. Valorização da aplicação ...............................................................................31

III.5.i. Sinônimo ......................................................................................................... 31

III.5.j. Orientações ..................................................................................................... 31

III.5.k. Aplicação do epóxi ......................................................................................... 31

III.6 - INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA E FICHA TECNICA DO PRODUTO.......32

III.6.a. Identificação de perigos .................................................................................32

6.a.1. Principais riscos ......................................................................................32

6.a.2. Saúde ....................................................................................................... 32

6.a.3. Efeitos ......................................................................................................32

6.a.4. Perigos específicos................................................................................... 32

III.6.b. Medidas de primeiros socorros ......................................................................32

6.b.1. Inalação ...................................................................................................32

6.b.2. Contato com a pele ..................................................................................33

6

6.b.3. Contato com os olhos .............................................................................. 33

6.b.4. Ingestão ................................................................................................... 33

III.6.c. Proteção para os prestadores de primeiros socorros .................................... 33

6.c.1. Medidas de prevenção e combate a incêndio ..........................................33

III.6.d. Medidas de controle para derramamento/Vazamento ..................................33

6.d.1. Métodos para remoção e limpeza ........................................................... 33

III.6.e. Manuseios e armazenamentos .......................................................................34

III.6.f. Controle de exposição e proteção individual .................................................34

III.6.g. Propriedades físico-químicos ........................................................................ 35

III.6.h. Estabilidade e relatividade .............................................................................36

III.6.i. Informações toxicológicas ..............................................................................36

III.6.j. Informações ecológicas .................................................................................. 36

III.6.k. Considerações sobre tratamento e disposição ...............................................36

III.6.l. Informações sobre transporte .........................................................................36

III.6.m. Regulamentação ........................................................................................... 37

III.6.n. Outras informações ....................................................................................... 37

6.n.1. Siglas utilizadas .......................................................................................37

CAPITULO IV – METODOLOGIA ...................................................................................39

IV.1 - QUESTIONÁRIO APROPRIADO ...........................................................................39

IV.2 - AVALIAÇÃO DOS VAPORES ORGÂNICOS ......................................................39

CAPITULO V – RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................... 40

V.1 - ANÁLISES DOS RESULTADOS .............................................................................. 40

V.1.a. Questionários enviados à empresa Itamazi Indústria de Granitos Ltda. ...... 40

V.1.b. Questionários enviados à empresa M.R.D. Thomazini .................................. 40

V.1.c. Questionários enviados à empresa Nova Aurora Már. e Granitos Ltda. .......40

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V.1.d. Questionários enviados à empresa Polimento Alto São José .........................41

V.1.e. Questionários enviados à empresa Polimento Internacionale .......................41

V.1.f. Questionários enviados à empresa Serraria de Már. Santo Antonio .............. 41

V.2. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE VAPORES ORGÂNICOS

.................................................................................................................................................. 42

CAPITULO VI – CONCLUSÃO .........................................................................................43

CAPITULO VII – BIBLIOGRAFIA ...................................................................................44

ANEXO I - QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS PELOS TRABALHADORES QUE

LIDAM COM RESINA E OS COMUNICANTES............................................................. 46

ANEXO II – ANÁLISE PROBATÓRIA DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS

RESPONDIDOS..................................................................................................................... 75

ANEXO III – ANÁLISES DE VAPORES ORGÂNICOS..................................................80

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CAPITULO I

INTRODUÇÃO

Em 1927, Mr Schade cita, nos Estados Unidos, a primeira tentativa comercial de preparação de resinas epóxi através da epicloridrina. Entretanto o mérito dos materiais primeiramente designados como resinas epóxi, aqueles derivados de Epicloridrina e Bisfenol A, é dividido entre o Dr. Pierre Castan da Suíça e o Dr. S.O. Greenlee dos EUA .*

Em 1936, o Dr. Castan da suíça produziu uma resina de baixo ponto de amolecimento, com cor âmbar, a qual foi reagida com anidrido fálico para produzir um composto termo fixo. Dr. Castan trabalhando para "De Trey Freres"da Suíça, previu o uso das resinas líquidas para a fabricação de dentaduras e artigos moldados. Os seus desenvolvimentos foram subseqüentemente patenteados pela Ciba-Geigy. Conta a história que o Dr. Castan pediu um percentual da venda de toda a resina que fosse para uso odontológico. O que mais tarde se mostrou muito mais versátil.

Em 1939, o Dr. Greenlee, nos EUA, trabalhando para "Devoé-Raynolds" pesquisou a síntese entre o Bisfenol A e Epicloridrina para a produção de resinas para "casting", as quais não continham ligações éster sensíveis à soda caustica.

Com isto a palavra epóxi vem do grego EP (Sobre ou entre) e do inglês OXI (oxigênio), Por isto o termo epóxi significa oxigênio entre carbonos.

Outro conceito de epóxi em um sentido geral, é que o termo refere-se a um grupo constituído por um átomo de oxigênio ligado a dois átomos de carbono. O Grupo epóxi mais simples é aquele formado por um anel de 03 (três) elementos, cujo exemplo deste tipo é o oxido de etileno.

O uso da resina epóxi em mármores e granitos é muito defendido hoje como norma de melhoria na qualidade do produto, eliminando imperfeições, trincas, rachaduras, melhorando a impermeabilidade e garantindo um brilho adicional ao material além de uma melhor valorização final do produto.

Com isto, passou a ser a resina epóxi um componente a mais na linha de produção de qualquer tipo de granito e mármore acabado.

Os trabalhadores que manipulam diretamente a resina eram inicialmente desqualificados e exerciam a função de ajudante de beneficiamento. Com o passar do tempo foi criada as funções de ajudante de resinador, resinador, encarregado de resinagem, controle de qualidade de produção e selecionador de chapas. Estes profissionais visam aperfeiçoar o acabamento e, portanto, o uso adequado e um melhor resultado decorrente do uso destas resinas.

* ( Criado por: C. S. http://www.silaex.com.br/epoxi.htm .Última modificação: outubro 17, 2005 ).

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Mais recentemente trabalhadores com funções completamente diferentes como polidores, cortadores, acabadores, começaram a apresentar problemas de saúde que se agravam no ambiente de trabalho.

Foi aí que observando a cadeia produtiva encontramos odores e aerodispersois a vários metros de distância do local onde estavam sendo feito os trabalhos com a resina.

Se as resinas são tão úteis para tantas coisas e fazem tantos bens para a humanidade qual será seu efeito no organismo humano? Como proteger o conjunto de trabalhadores destes efeitos?

Com isto o trabalho procura acompanhar “in loco” a situação dos trabalhadores expostos diariamente a estes produtos direta ou indiretamente e trazer este conhecimento de forma mais especializada e satisfatória.

Ao angariar estes recursos práticos advindos destas observações e fazer à somatória do conhecimento adquirido no decorrer do trabalho, podemos abrir varias discussões e debates a respeito do assunto objetivando uniformizar ou padronizar conduta frente a essa nova realidade.

Ao avaliar as medidas atuais feitas através do PCMSO das empresas e anexa-las aos objetivos deste trabalho, teremos subsídios para questioná-las, altera-las e forçar uma mudança baseada em argumentos e conhecimentos específicos.

Desta forma, o trabalho não se resume nos conjuntos de trabalhadores diretos e indiretamente expostos, e sim, a uma gama de estruturas a eles associados.

Por si só, estas observações, já nos levam ao campo da medicina do trabalho, e da engenharia de segurança do trabalho, aos proprietários de empresas e aos órgãos fiscalizadores. A fim de abrir varias discussões sobre o assunto para tomar medidas preventivas no ambiente de trabalho.

Com isto, a de se questionar, qual será o efeito da resina epóxi ao conjunto de trabalhadores expostos por muitos anos e qual o tamanho do problema que estes trabalhadores terão. Ou seja, ainda é cedo para avaliar os efeitos da resina epóxi nos trabalhadores após anos de exposição.

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CAPITULO II

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é trazer conhecimentos reais e especializados sobre o uso de resina epóxi pelos trabalhadores no setor de mármores e granitos de Cachoeiro de Itapemirim-ES.

Ver e acompanhar “in loco”, a situação dos trabalhadores exposto diretamente e indiretamente a estes produtos.

Por si só, a observação anterior já nos conduz a repensar nas avaliações de medicina do trabalho dos “comunicantes” do setor de acabamento com resina epóxi.

Até onde difere o risco de um trabalhador que lida diretamente com o produto do outro que se encontra no mesmo ambiente de trabalho, mas não manipulam tais produtos.

Como demonstrar a eficácia ou não dos equipamentos de proteção individual a exposição das resinas epóxi também constitui um dos objetivos.

Objetivar uma apresentação sobre as resinas epóxi em seu amplo contexto foge do objetivo deste campo de trabalho, pois a composição química do epóxi os seus diversos subprodutos as suas diversas combinações são citadas neste trabalho, mas com objetivo de ser uma porta de entrada para estudar a respeito.

Por ser cachoeiro de Itapemirim o maior pólo produtor de rochas ornamentais do país e por ser a resina epóxi; hoje; largamente utilizada, torna-se objetivo maior a pesquisa e a divulgação dos seus resultados através de obras como esta.

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CAPITULO III

REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Antes da concepção deste trabalho foi muito importante nos reportarmos ao campo de pesquisa, fazermos uma revisão bibliográfica para agregarmos valores ao que se pretendia pesquisar.

Graças a esta revisão bibliográfica puderam-se fazer um histórico das epóxis, suas variabilidades químicas, além das suas diversas estruturas.

Foi possível ver alguns tipos de epóxi e suas múltiplas utilizações. Além, é claro, da utilização como resina e estabelecer conhecimentos antes inimagináveis a respeito do assunto.

Com a facilidade da internet tornou-se mais fácil este acesso, embora neste caso há de se ressaltar inúmeras horas de pesquisa e leitura “desperdiçadas” em que agente não achou textos pertinentes à obra.

De qualquer forma nos coube a tarefa de conseguir inúmeras matérias que enriquecesse o contexto final desta obras.

III.1 - TIPOS DAS RESINAS EPÓXI

As resinas epóxi são preparadas comercialmente por 3 (Três)métodos principais:

1º. Pela dehidrohalogenação da cloridrinas obtida pela reação da epicloridrina com adequado Di ou Polihidroxi ou qualquer outra molécula contendo hidrogênios ativos.

2º. Pela reação de olefinas com compostos contendo oxigênio, tais como peróxidos e perácidos.

3º. Pela dehidrohalogenação de cloridrinas obtidas por outros mecanismos diferentes dos primeiros.

Existem atualmente quatro tipos principais de resinas epóxi comercializadas são:

III.1.a. Resinas epóxi à base de Bisfenol A: são as mais utilizadas, pois são versáteis e de menor custo, proveniente da reação de Epicloridrina e Bisfenol A, podem ser líquidas, semi-sólidas ou sólidas dependo do peso molecular.

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• A figura acima é um exemplo de Resina epóxi à base de Bisfenol A: É utilizada geralmente no setor de odontologia, a diafanização com a resina epóxi de bisfenol A permite que o dente fique exposto ao ar sem perder sua transparência.

III.1.b. Resinas epóxi à base de Bisfenol F e/ou Novolac: a troca do Bisfenol A pelo Bisfenol F propicia as resinas epóxi maior cross-link e melhor desempenho mecânico, químico e térmico, principalmente quando curado com aminas aromáticas ou anidridos;

• A figura acima é um exemplo de resina epóxi à base de Bisfenol F e/ou Novolac: É utilizada para modelar nosso sistema epóxi mais avançado. O epóxi novolac é sintetizado por epóxidação seletiva das múltiplas hidroxilas fenólicas da resina novolac. A estrutura compacta resultante exibe resistência química a temperaturas elevadas, é utilizada no setor de mármore e granito.

III.1.c. Resinas epóxi Bromadas: são resinas à base de Epicloridrina, Bisfenol A e Tetrabromobisfenol A, com essas quatro moléculas adicionais de bromo, confere às resinas a característica de auto-extinguível;

• A figura acima é um exemplo de resina epóxi Bromadas: É usado na maioria para fabricação de venenos, esse produto é altamente inflamável e tóxico.

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III.1.d. Resinas epóxi flexíveis: são resinas que possuem longas cadeias lineares substituindo os bisfenóis por poliglicóis pouco ramificados, são resinas de baixa reatividade que normalmente são utilizados como flexibilizantes reativos em outras resinas melhorando a resistência a impacto com acréscimo da flexibilidade;

• A figura acima é um exemplo de resinas epóxi flexíveis: As resinas epóxi flexíveis têm sido largamente utilizadas como polímero para composição de moldes devidos sua grande estabilidade dimensional, baixa contração, resistência térmica e resistências químicas e mecânicas. Outra grande vantagem é à praticidade e facilidade de uso dos sistemas para confecção de moldes. Também utilizado largamente no setor de mármore e granito associado a agente de cura.

III.2 - EMPREGABILIDADE DAS RESINAS EPÓXI

As resinas Epóxi são produtos obtidos por reações de condensação (na presença de hidróxido de sódio) entre a Epicloridrina (1-cloro-2,3-epóxi-propano) e o Bisfenol A [ 2,2-bis(4`-hidroxifenil) propano ].

A resina epoxídica mais utilizada é o éter de diglicidil bisfenol A ( DGEBA ). O resultado desta reação é um polímero de cadeia longa constituída de grupos epoxídicos em suas extremidades, tal como pode ser visto logo abaixo:

É possível conseguirmos uma variedade muito grande de resinas com viscosidades que vão de líquidas até sólidas, variando seu peso molecular.

Este tipo de resina apresenta características bastante interessantes no que se refere á interação química com outras resinas termoendurecíveis, fornecendo produtos finais com muito boas propriedades de resistência á abrasão, química, dielétrica, flexibilidade e aderência.

As resinas epoxídicas não secam por si só e necessitam serem modificadas com certos ácidos graxos ou combinadas com agentes de cura, formando uma estrutura tridimensional por

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polimerização ou crosslinking com alguns materiais, para formarem um filme sólido á temperatura ambiente.

No processo de esterificação durante a modificação da resina com óleos (ácidos graxos) temos a participação de ambos os grupos: epóxi e hidroxila. Neste caso, podemos fazer uso de diversos ácidos graxos provenientes de óleos vegetais tais como, os óleos de soja, coco, mamona desidratada, linhaça, etc.

As resinas epóxi mais usadas na preparação destes ésteres, são aquelas cujo equivalente epoxídico está compreendido entre 700 e 1000 g/eq. Variando-se a quantidade e tipo de óleo, podemos obter ésteres de epóxi com características bem distintas, e possibilitando seu uso em sistemas de secagem ao ar ou estufa conforme a necessidade.

O quadro abaixo nos fornece algumas propriedades em relação ao menor ou maior teor de ácido graxo utilizados na obtenção destas resinas:

QUADRO 1: Quadro comparativo das resinas epóxi em relação ao seu teor de óleo.

Dentre as possíveis aplicações das resinas epóxis em acabamentos, podemos classificá-las de forma geral como:

RESINAS DE ACABAMENTO AO AR – como mencionado acima, referindo-se ás ésteres de epóxi. A base de bisfenol A.

RESINAS DE ACABAMENTO Á TEMPERATURA AMBIENTE – neste caso é necessária a combinação de agentes de cura tais como resinas poliamidas ou poliaminas. A base de epóxi flexível.

RESINAS DE ACABAMENTO Á ESTUFA – aqui a reticulação serão feitas com agentes cross-linking tais como resinas fenólicas ou tipo amínicas ( melamina formaldeído ou uréia formaldeído ). A base de bisfenol F e/ou Novolac.

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III.2.a. Manutenção industrial e construção civil: As resinas epóxi são utilizadas em manutenção industrial e como adesivo, calafetante, solda a frio, primer anti-corrosivo, revestimento com resistência química, etc. Na construção civil elas são utilizadas para reconstituição de concreto, adesão de concreto novo com velho, remenda de trincas e fissuras, junta de dilatação e rejunte piso industrial monolítico.

Apesar de termos vários produtos de linha, em alguns casos são necessários formular para uma aplicação especifica, por isso diversas vezes fazemos resinas especialmente formuladas para cada usuário.

Um exemplo desta parceria bem sucedida são os produtos especialmente formulados para a empresa “Stop Leaking”, especializada em reparos de emergência em situações críticas em linhas de alimentação que não podem parar em indústrias químicas e petroquímicas e plataformas marítimas, além de aplicações em revestimentos especiais em reservatórios e pisos.

Foto. 01 Foto. 02 Foto. 03

FOTOS 01; 02 e 03: Resinas Utilizadas em reparos e manutenção industrial.

III.2.b. Adesivos Industriais:

Além de uso como adesivos nas industrias eletrônicas e na construção civil, as resinas epóxi também são utilizadas como adesivos de metais e madeiras para colagem automotivas, naval, lazer (ex.: skateboard), moveis, aeronaves, estruturas, aeromodelismo e onde houver necessidade de um adesivo termofixo de grande poder aderente, com boa resistência química, térmica e mecânica.

Foto. 04 Foto: 06

FOTOS 04 e 05: Resinas epóxi utilizada em colagem automotiva e naval.

III.2.c. Laminados com fibras:

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As resinas epóxi líquidas são muito utilizadas em laminados de fibra sintéticas como o de vidro, carbono, kevlar e também com naturais como juta, sisal, algodão, etc. Devido a sua alta resistência mecânica e química, ela é utilizada em laminados especiais onde as resinas convencionais de laminação, como os poliésteres insaturados, não atendem o necessário. São muito utilizados em tubulações, tanques, aeronaves, embarcações, veículos de alta performance, artigos esportivos, revestimentos especiais, etc.

Foto. 06 Foto. 07 Foto. 08

Foto: 09

FOTOS 06; 07 e 08: Utilização de Resina epóxi em tubulações e veículos de alta performance.

III.2.d. Confecção de moldes e matrizes:

Devido a suas características de alta resistência mecânica e estabilidade dimensional, elas são usadas para confeccionar protótipos, modelos e moldes com muita rapidez, com um custo muito inferior a moldes metálicos. Possuem boa resistência à abrasão, impactos e podem ser moldados a frio sem necessidade de calor.

Foto. 10 Foto. 11 Foto. 12

FOTOS 10; 11 e 12: Utilização de Resina como molde.

III.2.e. Bijuterias e Brindes:

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As Resinas epóxi são muito utilizadas em bijuterias, em sistemas de colagem de pedras, metais, plásticos e por possuir brilho e transparência com sistemas de cura a temperatura ambiente ou em leves aquecimentos (40o C) proporcionando uma superfície lisa e brilhante. Podendo ser pigmentado ou não, são utilizados também como recobrimentos, películas rígidas ou flexíveis, preenchimentos de vãos, imitação de pedras, etc.

Foto. 13 Foto. 14 Foto. 15

FOTOS 13; 14 e 15: Bijuterias de resina.

III.3 - LISTA DE TABELAS PARA CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS

Tabela 01.

SQ 2001/SQ3140 Sistema adesivo para colagem ou preenchimento de fissuras

SQ 2004/SQ 3140 Sistema adesivo para colagem ou preenchimento de fissuras de baixa viscosidade e boa tenacidade.

SQ 2151 Sistema para colagem de concreto novo com velho ou reparo do mesmo.

Tabela 02.

SQ 2001/SQ 3131 Adesivo rápido com boa aderência

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SQ 2116 Resina com leve tixotropia, para não infiltrar em pequenos orifíciosSQ 2118 Similar a SQ 2119 porem mais líquidaSQ 2119 Resina standard para encapsulamentos em geral

SQ 2126 com SQ 3024 Sistema de baixíssima viscosidade onde se necessite grande incorporação de cargas minerais.

SQ 2151 Resina viscosa de alta isolação elétrica em cura ambiente.

SQ 2001/SQ 3140 Adesivo standard de excelente aderênciaSQ 2001/SQ 3141 Idem acima um pouco mais rápidoSQ 2050/SQ 3140 Adesivo standard de excelente aderência e menor viscosidade.Tabela 03.

SQ 2004/SQ 3131 Sistema de baixa viscosidade de secagem rápidaSQ 2004/SQ 3140 Sistema de baixa viscosidade, secagem lenta, semi rígida.SQ 2050/SQ 3131 Sistema de média viscosidade, secagem rápida.SQ 2132/SQ 3140 Sistema de média viscosidade, secagem lenta, semi-flexivel.

SQ 2001/SQ 3131 Resina líquida para enchimento com mistura de cargas em moldes maciços ou vacuum forming.

SQ 2152/SQ 3131 Resina de superfície standard de uso geralSQ 2407 AB Resina de superfície altamente resistente a abrasão.SQ 2409 AB Resina de superfície com boas propriedades mecânicasSQ 2410 AB Resina de superfície usinável e resistente a choques térmicosTabela 04.

Resinas rígidas

SQ 2001 Alta viscosidade/espessuraSQ 2050 Média viscosidade/espessuraSQ 2004 Baixa viscosidade/espessura

Resina flexível SQ 2220

Todas com o Endurecedor SQ 3154Método de resinagem de chaveiros, etiquetas, brindes e bijuterias. Tabela 05.

Lite MassMassa de baixíssima densidade composta de microesferas de vidro ocas. Usada principalmente onde necessite de flutuabilidade e isolamento térmico. Naval, petroquímico, etc..

SQ 2153 Argamassa bicomponente para preenchimento e colagem. É de fácil lixamento e usinagem. Fiberglass, tuning de carros, metais, madeira, etc..

SQ 2196 Pasta tixotrópica usado para recobrimento de terminais eletrônicos por imersão ou em revestimento das pontas das cerdas de escovas.

Tabela 06.

TABELAS 01; 02; 03; 04; 05 e 06: Classificação das resinas epóxi em relação a sua adesividade e viscosidade entre outras propriedades.

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III.4 - AGENTES DE CURA PARA RESINAS EPÓXI

O uso de aminas como agentes de cura ( DETA ou TETA ) por exemplo, implica no uso de embalagens separadas – sistema bi-componente – pois a reação entre ambos é exotérmica. Este sistema confere muito boas propriedades, porém apresenta alguns inconvenientes:

- Ocorrência de blush.- Sensibilidade á água.- Desprendimento de vapores irritantes.

Assim sendo, ao invés do uso direto da amina, pode-se optar por um aduto da resina epóxi com amina, reagindo-se aminas em excesso com resinas de epóxi de médio peso molecular. Isto feito, apenas alguns grupos reativos dessas aminas combinar-se-ão, disponibilizando-se o restante para combinações com outra parte da resina epóxi.

As poliamidas usadas como agente de cura, apresentam filmes com melhor flexibilidade e resistência á água que as poliaminas. Apresentam também excelente resistência química de um modo geral e, portanto são utilizadas para acabamentos em concreto; estruturas metálicas e tanques (neste caso as resinas do tipo Bisfenol F são as mais indicadas, devido sua

excelente resistência térmica e química), entre outras.

BI SFENOL F

Nos acabamentos á estufa com uso de resinas líquidas, ocorrem reações importantes na cura de epóxies quando usamos reticulantes á base de resina fenólica, uréia-formaldeído ou melamina-formaldeído. São reações que ocorrem com grupos metilol, hidroxila e fenólico, acima de 100ºC e oferecem alta resistência química ao filme formado, de enteresse em medicina do trabalho. As reações envolvidas podem ser vistas nos quadros abaixo.

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H2C CH

O OH

polím ero HC CH2

O

+ O H

H2 CCH

O

polí mero

O H OH

CH CH2

O

Reaç ão do grup o hid roxila

R

R

H2C CH

O OH

polím ero HC CH2

O

+ OH

H2 CCH

O

polí mero

O H OH

CH CH2

O

Reaç ão d o gru po fen ólic o

H2C CH

O OH

polím ero HC CH2

O

+

OH

H2 CCH

O

polí mero

O H OR

CH CH2O

Rea ção d o gru po m etilol

RO – H2C

H2C

O H

A cura de uma resina epóxi com poliisocianatos também é possível, conferindo uma estrutura tridimensional com alta densidade de ligações entre suas cadeias, notadamente á temperaturas em torno de 100ºC. Este tipo de reação se dá pelo mesmo princípio da que ocorre entre um álcool e um poliisocianato, formando a estrutura uretânica, desde que hajam grupos hidroxila e glicidila existentes.

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R –N CO + RO H R –N – C -O R

R = res ina e póxi

H O

=

As tintas fabricadas com resinas epóxi para uso com agentes de cura são fornecidas em duas embalagens separadas, uma contendo a tinta e outra contendo o agente de cura que pode ser á base de aminas, amidas ou isocianatos. A seguir um exemplo de formulação de primer epóxi a base de zinco. O produto oferece boas características de resistência á corrosão em metais, quando associado á tintas de acabamento para esta finalidade.

PARTE A PROPRIEDADES % resina epóxi sólida, EEW = 450-500 9,80 viscosidade, UK 90 a 100xilol 18,50 agente de reologia 1,50 espessura da camada, microns 80 a 90zinco em pó 35,00 etanol 99ºC 1,60 dureza, lápis Tºambiente - 48 horas Bn-butanol 26,00 Tºambiente - 8 dias HBMIBK 7,60 aderência, % Tºambiente - 48 horas 100 total 100,00 Tºambiente - 8 dias 100 PARTE B abrasão 1000 ciclos Tºambiente - 48 horas 18agente poliamida, valor amina = 3608,6 % perda em peso Tºambiente - 8 dias 13

QUADRO 1: Algumas propriedades das resinas epóxi e seus agentes de cura.

A mistura dos dois componentes é feita segundo uma proporção estequiométrica, assegurando um balanço tal, que cada grupo amínico combine-se na razão adequada com os grupos epóxi presentes e para que a reação entre ambos se faça de maneira completa. Logo após a mistura, dá-se início a reação entre as resinas. Recomenda-se de 15 min. a 20 min. de espera, antes da utilização do produto para que ocorra uma interação entre os componentes. Este período é chamado de tempo de indução.

Os componentes continuarão reagindo até a solidificação desta mistura ou estado no qual se tornará impossível sua utilização. Ao tempo de vida útil desta mistura denominamos pot life. As resinas epóxis são solúveis em solventes oxigenados, porém faz-se uso também de aromáticos, visando um balanço de solventes mais econômicos.

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Em resumo, a estrutura química da resina epóxi possibilita um grande número de usos e aplicações, sejam em tintas líquidas, processamentos em pó( híbridas ou não ), sistemas alto e 100% sólidos; ultra-violeta ( epóxi acriladas ); ou base aquosos.Devido a suas características, vem sendo utilizada em diversas aplicações nas indústrias de manutenção de tanques e maquinários; móveis; pisos e revestimentos cerâmicos; em juntas de dilatação e estruturas de concreto; embalagens; gráfica; pinturas de navios e plataformas; adesivos tipos estruturam; na indústria eletrônica em vernizes eletros-isolantes e encapsulamento; automotiva e muitas outras, demonstrando que este tipo de resina pode oferecer uma versatilidade muito grande; apresentando excelentes resultados aliados á custos adequados e uma ótima qualidade do revestimento final.

As resinas epóxi podem ser curadas com vários agentes de cura, também chamados de endurecedores, inclusive com ácidos de Lewis, conforme as necessidades de cura e produto final. Este artigo comentará sobre os principais produtos usados pela indústria que são:

• Aminas alifáticas: Adutos de aminas. Poliamidas. Aminas cicloalifáticas. Anidridos.

• Poliamidoaminas.• Aminas aromáticas.• Polissulfetos.• Polioxipropilaminas• Polimercaptanas• Diciandiamida e Trifluoreto de Boro

III.4.a. Aminas Alifáticas

São em sua maioria, líquidos de baixa viscosidade com odor característico e irritante. Alguns tipos mais usados são os etilenos diamina (EDA), dietileno triamina (DETA), trietileno tetramina (TETA), tetraetileno pentamina (TEPA), etc. Em geral são moléculas pequenas e muito voláteis, que basicamente, reagem através do seu radical hidrogênio livre.

Vantagens:

1. Rápida cura a temperatura ambiente 2. Baixo custo 3. Baixa viscosidade 4. Boa resistência química 5. Fácil mistura com a resina

Desvantagens:

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1. Curto tempo de trabalho 2. Alta exotermia 3. Alta toxicidade 4. Relação critica de mistura 5. Pode causar “blush”(névoa ou oleosidade superficial)

4.a.1. Adutos de Aminas:

Os adutos de aminas são resultante da mistura de resina epóxi ou diluente reativo com um excesso de amina. Com isso se obtém uma cadeia maior e menos voláteis, com seu radical hidrogênio parcialmente reagido e, conseqüentemente, possuem uma relação de mistura menos critica, geram menor exotermia, curam mais completamente e possuem menor toxicidade.

4.a.2. Poliamidas

As poliamidas são obtidos através da reação de dimerização de aminas alifáticas como o dietilenotriamina(DETA) com diácidos ou ácidos graxos de cadeia longa, resultando em polímeros de alto peso molecular que variam de um líquido viscoso até a sólidos.

Vantagens:

1. Baixa toxicidade 2. Bom poder de adesão 3. Boa flexibilidade 4. Relação de mistura não critica 5. Longo tempo de trabalho 6. Boa resistência à água

Desvantagens:

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1. Alta viscosidade 2. Custo elevado 3. Baixa resistência térmica 4. Baixa resistência química 5. Longo tempo de cura 6. Cores escuras

4.a.3. Aminas Cicloalifáticas

As aminas cicloalifáticas, diferentemente das alifáticas possuem anéis cíclicos fazendo com que apresentem menor volatilidade, maior estabilidade a luz, menor reatividade e melhor retenção de cores. Em estado puro encontram grande dificuldade de cura a temperatura ambiente, devido a sua baixa reatividade. Uma das mais usadas é a isoforonadiamina (IPDA), porém normalmente com algumas modificações, como por exemplo, o uso de aceleradores de reação.

Vantagens:

1. Baixa viscosidade 2. Excelente estabilidade de cor 3. Alto brilho 4. Boa resistência química 5. Fácil mistura com a resina 6. Pouco suscetível a “blush”

Desvantagens:

1. Alto custo 2. Cristalização 3. Baixa reatividade 4. Média resistência térmica

4.a.4. Anidridos:

Os anidridos são usados principalmente em sistemas de cura a quente, pois dificilmente reagem à temperatura ambiente. Possuem grande tempo de latência quando incorporado à resina e propiciam uma excelente resistência térmica. Os principais usados são os anidridos

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hexahidroftálico (HHPA), anidrido tetrahidroftálico (THPA), anidrido metil nádico (NMA), anidrido clorêndrico (HET), anidrido ftálico (PA), etc.

Vantagens:

1. Longo tempo de trabalho 2. Baixa viscosidade 3. Alta resistência térmica 4. Boa resistência química 5. Fácil mistura com a resina 6. Alto brilho sem "blush"

Desvantagens:

1. Alto custo 2. Grande relação de mistura 3. Necessidade de cura a quente 4. Cores escuras 5. Necessidade de pós-cura 6. Necessidade de um acelerador

Esses endurecedores comentados acima são os mais utilizados comercialmente, perfazendo aproximadamente 90% do total. Porém existem outros tipos de uso mais especificam comentados rapidamente abaixo.

III.4.b Poliaminoamidas ou Poliamidoaminas

São provenientes de uma reação de poliamida com excesso estequiométrico de amina. Com isso obtem-se um produto que terá características intermediarias entre uma poliamida e uma amina alifática. Adequadas em casos onde se queira maior tenacidade e adesividade com melhor fluidez e maior reatividade.

III.4.c. Aminas Aromáticas

As aminas aromáticas estão sendo pouco usadas devido ao seu grau de toxicidade e sua cor escura. Geralmente são aminas sólidas que necessitam ser fundidas e misturadas a quente com a resina e posteriormente curadas a altas temperaturas. Devido a todo este processo, são emitidos muitos vapores amínicos corrosivos e tóxicos. Quando curado, este sistema propicia boa resistência química, elétrica, excelente resistência a hidrólise, boa resistência térmica. Alguns tipos são o p-p'metileno dianilina (MDA), metafenileno diamina (MPDA), diaminodifenil sulfona (DADS).

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III.4.d. Polissulfetos

São produtos pouco usados pois possuem alta toxicidade, difícil aquisição e alto custo. Suas principais características são flexibilidade, impermeabilidade e excelente adesão ao vidro, todavia podem ser substituídos por outros endurecedores que conferem característica semelhante com menos toxicidade.

III.4.e. Polioxipropilaminas

As polioxipropilaminas são endurecedores que aliam a flexibilidade e adesividade das poliamidas com a boa retenção de cor e estabilidade a luz e transparência das aminas cicloalifáticas. Contudo possuem baixa reatividade e alto custo.

III.4.f. Polimercaptanas

Normalmente são utilizadas onde se necessite de cura rápida sem grande necessidade de resistência química e térmica. Muito utilizado em massas de secagem rápida para uso doméstico (ex.: Durepox ultra rápido).

III.4.g. Diciandiamida(dicy) e Trifluoreto de Boro(bf3)

São endurecedores sólidos utilizados em sistemas especiais para compostos monocomponentes para cura a quente pois possuem um grande tempo de latência em estocagem.

III.5 - DICAS E MACETES COM RESINA EPÓXI

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Foto. 16

FOTO 16: Algumas aplicações da resina epóxi.

Largamente utilizada na confecção de moscas, esta resina é muito versátil e se corretamente utilizada, produz um excelente efeito, além de prover maior resistência e durabilidade à sua isca.

Aqui vão algumas dicas para melhorar o resultado com o epóxi:

III.5.a. Orientações: Siga sempre a orientação do fabricante. Embora pareça lógico, muitas vezes alguns não seguem exatamente o que o fabricante diz de como utilizar a resina, deixando de lado algumas etapas importantes que interferem no resultado final, seja em transparência, brilho, resistência ou mesmo a secagem e cura da resina.

III.5.b. Dicas de Misturas: Misture os dois componentes (resina e acelerador) na mesma proporção. Se necessário, utilize duas seringas para fazer a medição, uma sempre para o acelerador e a outra sempre para a resina. Cuidado para não mistura-las. Ao comprar as seringas, limpe-as bem com álcool isopropílico (isopropanol - C3H8O), pois estas sempre vêm com resíduos que interferem na transparência e secagem da resina.

Foto. 17FOTO 17: Resina e acelerador para serem misturadas.

III.5.c. Substratos de Misturas e Misturadores: Lindas palavras complicadas, mas o lugar onde você irá misturar a resina e o acelerador, assim como o instrumento que será utilizado para misturá-los também influencia na transparência e brilho da resina. Lembrem-se, todos os

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materiais a entrar em contato com o epóxi devem ser inócuos, ou seja, jamais devem deixar resíduos na mistura. Existem no mercado, infelizmente não no nosso, seringas, substratos e misturadores próprios para esse processo.

Foto. 18

FOTO 18: Materias próprios para mistura de epóxi.

III.5.d. Tempo de Secagem: O brilho e a transparência são afetados ainda pelo tempo de secagem da resina. Existem epóxis com diferentes tempos de secagem, alguns ultra rápidos e outros nem tanto; epóxi 2 minutos, epóxi 5 minutos, 30 minutos (mais utilizado na montagem de varas), etc. Quanto maior o tempo de secagem, mais perfeitos serão o brilho e a transparência da resina.

III.5.e. Precauções na hora da compra: Evite comprar aqueles epóxis que vem em seringas duplas e grudadas, uma com o acelerador e a outra com a resina, pois como os componentes têm densidades diferentes, você nunca conseguirá precisão quanto à quantidade dos componentes. Outro detalhe é o desperdício que este sistema causa.

III.5.f. Diluição: Os diluentes utilizados para o epóxi são a acetona e o álcool isopropílico. Particularmente, eu, utilizo o álcool isopropílico por alguns motivos: assim como a acetona, após evaporar o isopropanol não deixam resíduos só que tem um mero detalhe, acetona não é mais encontrada à venda no mercado, apenas os removedores de esmalte, portanto, com certeza tem algo a mais além da acetona; outro fator é o cheiro, pois o odor da acetona é bem maior do que o do álcool. No final das contas, não quero entrar no mérito de qual seria o melhor, pois uns utilizam um e outros usam o outro, portanto, utilizando um desses diluentes, você estará fazendo o certo.

Foto. 19

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FOTO 19: Acetona e Isopropílico utilizado na mistura com epóxi.

III.5.g. Coloração do epóxi: Colorido chapado e colorido transparente - O epóxi é uma resina transparente, mas pode ser "tingida", tornando-se colorida. Esta colorização ainda poderá ter dois efeitos, o colorido chapado e o colorido transparente.

Foto. 20FOTO 20: Colorido epóxi transparente

Colorido Chapado: é utilizado quando a intenção não é obter qualquer tipo de transparência com a resina. Para isso utilize tinta acrílica da cor desejada. Misture uma pequena porção de tinta na mistura da resina.

Foto. 21FOTO: Colorido epóxi chapado

Colorido Transparente: quando você quiser obter um epóxi colorido, mas com transparência, por exemplo para ver os materiais por baixo da resina, utilize uma mistura de isopropanol com anilina em pó e não comestível, que será adicionada à mistura da resina. Em ambos os casos, o tempo de secagem e cura da resina aumenta.

Foto. 22

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FOTO 22: Mistura de isopropanol e anilina ao epóxi colorido.

III.5.h. Valorização da aplicação: Valorize a cabeça de suas moscas dando uma camada de epóxi diluído, tingido ou não, além da aparência, você terá maior durabilidade.

Foto. 23

FOTO 23: epóxi em cabeça de moscas

III.5.i. Sinônimo: O Araldite também é uma resina epóxi, muito embora não tenha a transparência e brilho das resinas importadas utilizadas no atado de moscas. Mas com algumas restrições quanto à sua transparência, também pode ser utilizada numa mistura com tinta acrílica para obtenção de coloridos chapados.

III.5.j. Orientações: Utilizar o calor na secagem do epoxi é benéfico para fatores como brilho e transparência, diminuição de bolhas formadas na mistura e aplicação, e também na aceleração do tempo de secagem e cura da resina. Você poderá fazer uma estufa com uma caixa de madeira e algumas lâmpadas incandescentes. Confesso, que nunca cheguei a tanto no atado de moscas, mas na montagem de varas, esse artifício é largamente utilizado para um fino acabamento da resina.

III.5.k. Aplicações do Epóxi: Basicamente dois são os instrumentos para a aplicação da resina à isca: o bodkin e o pincel. No geral, utiliza o pincel somente para acabamentos com epóxi diluído em, por exemplo, cabeças de iscas ou mesmo em grandes áreas como chapas de mármore e granito que exijam uma película mais fina. Nos outros casos, utilize o bodkin.

Espere a resina secar e curar para manuseá-la, evitando assim que suas digitais fiquem para sempre em relevo no local, tornando-a ainda opaca.

Com o tempo e/ou baixa temperatura ambiente, o componente resina tende a se aglutinar, percebendo isso, você poderá recuperá-lo, colocando-o em um recipiente com água quente e esperando que este se dissolva novamente. Isto deve ser feito assim que note que a aglutinação começou a ocorrer para que a resina não perca suas propriedades.

III.6 - INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA E FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

III.6.a. Identificação de Perigos: Perigos específicos.

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6.a.1. Principais riscos:

Parte B: irritante para os olhos, perigoso quando absorvido pela pele. Produto corrosivo. Após cura total produto é atóxico.

6.a.2. Saúde:

Inalação: Se o ambiente de trabalho não for bem ventilado, vapores do endurecedor ou da mistura podem causar irritação nas vias respiratórias: nariz, garganta e pulmão.Ingestão: Causa severos danos para mucosas, se ingerido pode causar queimaduras na boca, e estômago com dores no abdome e no peito. Pode causar indisposição, dores de cabeça, desconforto e vomito com sangue.Pele: Irritação severa. Contatos permanentes e com elevada temperatura pode causar queimaduras onde pode resultar em dano permanente. Produto pode ser absorvido pela pele e podem causar náuseas, dores de cabeça e desconforto.Olhos: Severa irritação. Pode causar irritação e conjuntivite. Contato permanente e em elevadas temperaturas pode causar queimaduras podendo o resultado ser permanente

6.a.3. Efeitos ambientais: Não apresenta um risco particular ao meio ambiente quando respeitadas as condições sobre tratamento e disposição. O produto é miscível em água e de baixa degradabilidade.

6.a.4. Perigos específicos: Quando misturado às duas partes em grandes quantidades ocorrerá um aumento elevado de temperatura, podendo ocorrer risco de queimaduras. Em caso de incêndio pode desprender gases e vapores tóxicos como monóxido de carbono, amônia e aminas orgânicas.

III.6.b. Medidas de primeiros socorros:

6.b.1 Inalação: Remova a vítima da área contaminada. Manter as vias respiratórias livres, remova dentes postiços ( chapas ) se tiver. Ministrar respiração artificial, se necessário. Administrar oxigênio e manobras de ressuscitarão se necessário. Chamar/encaminhar ao médico.

6.b.2 Contato com a pele: Remova roupas contaminadas imediatamente. Não apalpar nem friccionar partes atingidas. Lavar com água e sabão por 15 minutos (Mínimo). Chamar/ encaminhar ao médico, se necessário.

6.b.3 Contato com os olhos: Não friccionar. Remova lentes de contato, se tiver. Lavar com água por 20 minutos (Mínimo) sem esfregar. Encaminhar ao oftalmologista.

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6.b.4. Ingestão: Não provocar vômito. Dar bastante água ou leite a vítima para diluir efeito tóxico. Não fornecer líquido ou induzir ao vômito em vítima inconsciente ou em convulsão. Chamar/ encaminhar ao médico.

III.6.c. Proteção para os prestadores de primeiros socorros: Desligar fonte de ignição, usar equipamento de proteção individual.

6.c.1. Medidas de prevenção e combate a incêndio

Meios de extinção apropriados: Água neblina, CO2, Pó químico.Meios de extinção não apropriados: EspumaMétodos específicos: Não entre em local confinado sem equipamento de respiração artificial. Usar equipamentos protegendo pele e olhos.Equipamento de proteção especial para combate ao fogo: Utilizar aparelhos de proteção de respiração independente do ar ambiente.

III.6.d. Medidas de controle para derramamento / vazamentoPrecauções pessoais: Vestir equipamentos de proteção pessoal. Colocar as pessoas. Em segurança. Evitar contato com os olhos e pele. Evitar a inalação de névoas / vapores. Evite o contato direto com o líquido. Eliminar fontes quentes e de ignição e ventile a área.Controle de poeira: N.A.Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosa e olhos: Usar luvas e botas de borracha e óculos de proteção, semi - máscaras com filtros para vapores orgânicos e amônia.Precauções para o meio ambiente: Evitar que o produto vazado entre na rede de esgoto, rios, lagos e qualquer outro corpo de água ou manancial. Contatar o órgão ambiental, se houver vazamento e contaminação de água superficial.

6.d.1. Métodos para remoção e limpeza:Recuperação: Sempre que possível recupere o produto com material não inflamável (serragem, palha ou outro material absorvente ) e remova o solo contaminado colocando-os em tonéis ou container para seu reaproveitamento ou tratamento, utilize barreiras de contenção para evitar o seu espalhamento e recupere o produto.Neutralização: N.D.Descarte: Incineração ou aterramento de acordo com regulamentação.

III.6.e. Manuseio e armazenamento

Medidas técnicas apropriadas para manuseio: Manuseie de acordo com a boa higiene industrial e prática de segurança.Prevenção da exposição: Usar equipamento de proteção individual.

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Prevenção de incêndio e explosão: Elimine fontes quentes e de ignição. Todos os equipamentos elétricos usados devem ser blindados e a prova de explosão. As instalações e equipamentos devem ser aterrados para evitar a eletricidade estática. Não fumar.Precauções para manuseio seguro do produto químico: Evite quedas das embalagens.Avisos de manuseio seguro: O produto deve ser armazenado sobre estrados ou ripas de madeira, ao abrigo do sol e chuvas e longe de chamas, fogo, faíscas e fontes de calor.Medidas técnicas apropriadas para o armazenamento: Local ventilado, não armazenar junto de alimentos.Condições de armazenamento adequadas: Armazenar em temperatura ambiente, com ventilação e na própria embalagem individualmente.A evitar: Exposição ao sol, chuva, temperaturas elevadas e próximas à fonte de ignição, não armazenar próximo ou junto de alimentos.Produtos incompatíveis: Incompatível com agentes oxidantes fortes (clorados, peróxidos, ácidos).Materiais para embalagens recomendados: A própria embalagem, ou tambores de aço carbono.

III.6.f. Controle de exposição e proteção individual:

Medidas de controle de engenharia: Manter o local de trabalho ventilado mantendo a concentração abaixo dos Limites de Tolerância recomendados. Em ambientes abertos e em caso de manobras posicionar - se a favor do vento.Limites de exposição:Agente de cura poliaminico.Brasil - LT / NR 15Limite de Exp. Tipo Notas ReferênciasN.D Portaria 3214 1978ACGIHLimite de Exp. Tipo Notas ReferênciasN.D. ACGIH 1996NIOSHLimite de Exp. Tipo Notas ReferênciasN.D. IPVS NIOSH1996Resina EpoxiBrasil - LT / NR 15Limite de Exp. Tipo Notas ReferênciasN.D Portaria 3214 1978ACGIHLimite de Exp. Tipo Notas ReferênciasN.D. ACGIH 1996NIOSHLimite de Exp. Tipo Notas ReferênciasN.D. IPVS NIOSH1996Indicadores biológicos: N.D.Equipamentos de proteção individual:Proteção respiratória: Máscara com filtro para Vapores orgânicos e amônia.Proteção para as mãos: Luvas: Impermeáveis - PVCProteção para os olhos: Óculos de Segurança

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Proteção para a pele e corpo: Avental Impermeável e botas de couro ou PVCPrecauções especiais: Evitar a exposição maciça a vapores. Produtos químicos só devem ser manuseados por pessoas capacitadas. Os EPIs devem possuir o CA (Certificado de aprovação). Seguir rigidamente os procedimentos operacionais e de segurança nos trabalhos com produtos químicos. Nunca usar embalagens vazias (de produtos químicos)para armazenar produtos alimentícios. Nos locais onde se manipulam produtos químicos deverá ser realizado monitoramento da exposição dos trabalhadores, conforme PPRA (programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da NR-9.Medidas de higiene: Roupas, luvas, calçados, EPIs devem ser limpos antes de sua reutilização. Use sempre para higiene pessoal: água quente, sabão e cremes de limpezas. Lavar as mãos antes de ir ao banheiro, comer ou beber. Não usar gasolina, óleo diesel, ou outro solvente derivado de petróleo para higiene pessoal. Bons procedimentos operacionais e de higiene industrial ajudam a reduzir os riscos no manuseio de produtos químicos.

III.6.g. Propriedades físico-químicas

Parte A :Produto viscoso de cor preta.Parte B: Produto líquido rosado.Estado físico: ViscosoOdor: Parte A: Característico de epoxi. Parte B: Características de amônia. Após mistura inodoro.pH: N.D.Temperaturas específicas ou faixas de temperatura nas quais ocorrem mudanças de estado físico:Ponto de ebulição: N.D.Faixas de destilação: N.D.Ponto de fulgor: N.D.Temperatura de auto ignição: N.DLimites de explosividade: N.DPressão de vapor: N.D.Densidade de vapor: >1Taxa de evaporação: <<1 (Acetato de Butila= 1)Densidade: Parte A = 1,640 @ 20/4 ºC Parte B = 1.015@20/4ºCSolubilidade: Solventes Orgânicos: MiscívelÁgua : desprezível

III.6.h. Estabilidade e reatividade

Estabilidade: Produto estável em condições normais.Reações perigosas: Não misturar parte A e parte B em grandes quantidades, isso acarretará um aumento elevado da temperatura por causa da reação entre os componentes.Condição a evitar: Fontes de calor e de ignição.

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Produtos perigosos de decomposição: A combustão das duas partes separadas (em caso de incêndios) produz gases tóxicos como: CO2 (dióxido de carbono), CO (monóxido de carbono) aminas orgânicas e amônia.

III.6.i. Informações toxicológicas

Toxicidade aguda:Parte A: N.A .Parte B: N.A.Toxicidade aguda: DL50 ratazana: 1,030mg/KgInalação: LC50 - Oral - rato >2000mg/KgContato com a pele: CorrosivoContato com os olhos: Irritação grave.Ingestão: Se inalados ou ingeridos podem causar lesões importantes.Efeitos específicos: Oral ratazana (fêmea) NOEL (No Observed Effect Level) Teratogenicidade: 250mg/\\kg NOEL (No Observed Effect Level) maternal:50mg/Kg Método: OECD TG 414

III.6.j. Informações ecológicasEfeitos ambientais, comportamento e impactos do produto: Dados não avaliados.

III.6.k. Considerações sobre tratamento e disposição

Resíduos do produto: Incineração ou aterramento de acordo com regulamentação federal ou regional.Embalagens contaminadas: Não usar para armazenar água ou produtos para consumo humano. Queimar em incinerador ou colocar em aterro específico. Deveriam ser consideradas como lixo perigoso e tomados os cuidados de acordo com o regulamentos locais.

III.6.l. Informações sobre transporte

OBS.: Apenas para componente B, após mistura produto é inerte.Transporte rodoviário no BrasilNome apropriado para embarque: Mistura de produto perigoso com não perigosos Endurecedor a base de poliaminas e cargas )Número ONU: 2735Classe de risco / divisão: 8Risco subsidiário:Número de risco:Transporte rodoviário no MercosulNome apropriado para embarque: Mistura de produto perigoso com não perigosos (Endurecedor a base de poliaminas e cargas )Número ONU: 2735Classe de risco / divisão: 8

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Transporte aéreo doméstico e Internacional ICAO & IATA Section 4.2Proper Shipping Name: Mister de product poison with no poison ( Polialkylamines and pigments )UN Number: 2735Hazard Class / Division: 8Packing Group: IIISubsidiary Risk: (reg IATA table)IATA Packaging Instruction: 818,820Transporte Marítimo Internacional – IMDG Code Amendment 29-98Proper Shipping Name: Mister de product poison with no poison ( Polialkylamines and pigments )UN Number: 2735Hazard Class/Division: 8Packing Group: N.D.

III.6.m. Regulamentações

Frases de risco:R23,24,25,27a = Tóxico por inalação, em contato com a pele, por ingestão e muito tóxico em contato com os olhos.Frases de Segurança:S - 26 = Em caso de contato com os olhos, lavar imediatamente com bastante água e consultar um especialista.S - 36/37 = Usar roupas de proteção e luvas adequadas.S - 38 = Em caso de ventilação insuficiente, usar equipamento respiratório adequado.

III.6.n. Outras informações

Nos locais onde se manipulam produtos químicos deverá ser realizados o monitoramento da exposição dos trabalhadores, conforme PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da NR-9. Funcionários que manipulam produtos químicos, em geral, devem ser monitorados biologicamente conforme o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) da NR-7.

6.n.1 Siglas utilizadas:

N.A. = Não se Aplica N.D. = Não Disponível N.R. = Não Relevante.NR = Norma Regulamentadora V.M = Valor MáximoLT - MP = Limite de Tolerância - Média PonderadaACGIH = American Conference of Governmental Industrial HygienistsTLV TWA = Threshold Limit Value - Time Weighted AverageTLV - STEL = Threshold Limit Value - Short - Term Exposure LimitIARC = Internaional Agency for Research on CancerPPRA = Programa de Prevenção de Riscos AmbientaisPCMSO = Programa de Controle Médico de Saúde OcupacionalIPVS = Imediatamente Perigoso à Vida e Saúde

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PEL = Permissible Explosure LevelNIOSH = National Institute for Occupational Safety and Health

CAPITULO IV

METODOLOGIA

Foram realizadas duas formas de pesquisa diferente:

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1 - QUESTIONÁRIO APROPRIADO PARA OS TRABALHADORES.2 - ANALISES DE VAPORES ORGÂNICOS.

IV.2 Questionário apropriado

Foram aplicados questionários apropriados I – para os trabalhadores que lidam com resinas, e questionários apropriados II – para os trabalhadores que ficam ao redor da resina.

Estes questionários foram distribuídos nas empresas aos funcionários dos dois setores no período de 01 de novembro a 07 de dezembro de 2006, cuja metodologia usada foi à entrevista com questionários específicos.

O objetivo deste questionário é saber quais as queixas dos trabalhadores a respeito da resina exposta em seu ambiente de trabalho.

Desta forma conseguimos fazer uma radiografia do setor com incidência do lado do trabalhador fazendo assim um levantamento “epidemiológico”.

O questionário II foi elaborado para os trabalhadores que embora não trabalhem diretamente com estes produtos estão indiretamente expostos. Estes trabalhadores foram nomeados de comunicantes por se tratar de pessoas que estão se comunicando quase que durante toda jornada de trabalho com os diretamente expostos.

Os resultados destes questionários estão nas análises dos resultados, no Item V.1.

IV.2. Avaliação dos vapores orgânicos

A resina epóxi utilizada no acabamento é adicionada a um catalisador para favorecer ou acelerar a sua utilização. Normalmente são estes catalisadores que dão o odor característico nos locais que lidam com resina.

Da reação química destas duas substancias ocorre a liberação ou dispersão de vapores com odores característicos que causam irritação das vias aéreas ou respiratórias.

Baseado neste principio que se coloca um dosador de vapores orgânicos na lapela do trabalhador através do método NIOSHI e faz coleta do material. Este material é enviado a laboratórios especializados para análises dos vapores orgânicos. Então são analisados subprodutos desta reação química como benzeno, tolueno, xileno, amônia e outro. Só que após varias analises constatou-se índice de concentração de vapores orgânicos dentro do limite de tolerância permitido por leis trabalhistas vigente. No muito, raramente encontra-se um dos produtos analisados acima do permitido. Em anexo algumas análises de vapores orgânicos realizados no Item V.2.

Isto é feito porque ainda não é possível analisar a substancia epóxi e muito menos a resina epóxi pelo método até agora utilizado.

CAPITULO V

RESULTADO E DISCUSSÕES

V.1 Análise dos resultados

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• Embora haja exame médico periódico anual com hemograma e plaquetas espirometria, raios-X de tórax (dependendo da empresa) ainda não se têm parâmetros para dizer da suficiência ou não destes exames.

• Os trabalhadores que lidam com resina possuem EPI “apropriados”, mas os comunicantes não fazem uso do mesmo equipamento.

• Os comunicantes não fazem os mesmos exames médicos dos que lidam apesar de expostos em sua maioria.

• O odor, irritação nos olhos e a tontura são as queixas mais prevalentes entre os trabalhadores.

• Os acidentes com resina são raros.• Muitos não observaram aliteração no ambiente. Os que observam referem-se a

manchas ou derrame de materiais no chão. Ninguém refere à ausência de insetos, mosquitos e formigas na área de resina. Não foi observado ou não foi descritos plantas queimadas ou mortas pela resina.

V.1.a. Questionário enviado a empresa: Itamazi Indústria de Granitos Ltda.Endereço: Duas Barras Rodovia Cachoeiro x Frade, S/N, Km 2 – Zona RuralCidade: Cachoeiro de Itapemirim-ES

Questionário INome dos Funcionários:

• Juliano Ferreira• Wesley P. da Silva

V.1.b. Questionário enviado a empresa: MRD Thomazini.Endereço: Rodovia Cachoeiro X Atílio Vivacqua – k m 4,5 – Rui Pinto BandeiraCidade: Cachoeiro de Itapemirim-ES

Questionário INome dos Funcionários:

• Geilson Luiz Costa• Paulo Cândido

V.1.c. Questionário enviado a empresa: Nova Aurora Mármores e Granitos Ltda.Endereço: Fazenda Nova Aurora, S/N – Coronel Borges.Cidade: Cachoeiro de Itapemirim-ES.

Questionário INome dos Funcionários:

• João Carlos F. de Oliveira

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• Reinaldo F. Oliveira

V.1.d. Questionário enviados a empresa: Polimento Alto São José.Endereço: Rodovia Cachoeiro x Atílio Vivacqua, S/N, Km 8,5 – Alto São JoséCidade: Cachoeiro de Itapemirim-ES.

Questionário INome dos Funcionários

• Márcia Coutinho dos Santos• Odisséia Ferrareis.

Questionário IINome do Funcionário:

• Valtinho Paladini Demara

V.1.e. Questionário enviado a empresa: Polimento Internacionale.Endereço: Rodovia Cachoeiro x Frade, S/N, Km 2 – Zona RuralCidade: Cachoeiro de Itapemirim-ES

Questionário INome dos Funcionários:

• Marcelo Dirr

Questionário IINome dos Funcionários

• Rodrigo A. Varella Parreira

V.1.f. Questionários enviados a empresa Serraria de Mármores Santo Antonio.Endereço: Rodovia do Contorno, km 2,5 – Fazenda Monte Líbano.Cidade: Cachoeiro de Itapemirim-ES.Questionário INome dos Funcionários

• Adilson da Silva Basílio• Everaldo Caetano de Souza• Edson Fonseca• Fabrício Coelho• Gilberto Correa Leal• Gilson ribeiro da Silva• Jefferson Silva Almeida• José Ferreira dos Santos• Paulo Roberto Alemarg

41

• Renato Densdai• Romildo José dos Santos Assis

Questionário IINome dos Funcionários:

• Alcemir Nunes da Silva• Fabio Francisco Paes dos Santos• Geraldino C. Selva Filho• Jorge Carlos• José Antonio da Silva• Laurecy Barroso

V.2. Avaliação dos resultados da análise de vapores orgânicos.

Não é possível analisar a substancia epóxi e muito menos a resina epóxi pelos métodos utilizados. A resina epóxi utilizada no acabamento é adicionada a um catalisador para favorecer ou acelerar a sua utilização. Normalmente são estes catalisadores que dão o odor característico nos locais que lidam com resina.

Da reação química destas duas substancias ocorre a liberação ou dispersão de vapores com odores característicos que causam irritação das vias aéreas ou respiratórias.

É baseado neste princípio que se coloca um dosador de vapores orgânicos na lapela do trabalhador através do método NIOSHI e faz coleta do material. Este material é enviado a laboratórios especializados para análises dos vapores orgânicos. Então são analisados subprodutos desta reação química como benzeno, tolueno, xileno e amônia. Só que após várias análises constatou-se índice de concentração de vapores orgânicos dentro do limite de tolerância permitido por leis trabalhistas vigente. No muito, raramente encontra-se um dos produtos analisados acima do permitido. Em anexo algumas análises de vapores orgânicos realizadas.

Segue no anexo 1 os questionários respondidos pelos trabalhadores que lidam com resina, os comunicante e os resultados de cada item analisado.

Segue no anexo 2 a análise probatórias dos resultados dos questionários respondidos.

CAPITULO VI

CONCLUSÃO

Com este trabalho podemos aprender muito sobre resina epóxi e sua aplicabilidade.

42

Foi possível observar quanto é complicado para o médico entender um pouco mais sobre estas substancias.

Observa-se que os trabalhadores que lidam com estes tipos de substancias tem algum tipo de prejuízo a sua saúde.

Foi importante observar que pelos métodos empregados, ainda não temos padrões de avaliações destes riscos que estabeleça ao conjunto de trabalhadores; que as manipulam ou trabalham em setores expostos a este tipo de produtos; limites de tolerância, tempo de exposição e ambiente de exposição para estes produtos.

Sabendo do variado quadro clínico apresentado pela população exposta, observa-se a necessidade de tomar outras medidas como forma de diminuir o agravo a saúde destes operários. Por exemplo, sugerimos retirar o trabalhador do local de trabalho por pelo menos 15 minutos a cada duas horas como forma de diminuir esses efeitos nocivos e fornecer uma respiração livre dos citados odores ou ambiente livre da aspiração de tais produtos químicos.

Algumas empresas não fazem controles rigorosos de EPI e muitos menos o trabalhador tem consciência da importância deste fato.

Algumas empresas não fazem exames médicos regulares como manda o seu próprio PCMSO.

Alguns PCMSO’s apresentam discordância do outro mostrando falta de padronização de condutas frente a este problema.

Ficam ainda em aberto quais substancias química além do (álcool e acetona) resulta da diluição da resina com o catalisador que provoca estes vapores orgânicos inalados tão longe do local da exposição. Por isto há de se concordar que se trata de aerodispersois pequenos ou leves para conseguir ficar em suspensão dentro do ambiente de trabalho por tanto tempo e a tal distancia. Se fosse aerodispersois pesados rapidamente desceria ficaria pouco tempo no ar e pouco odor desprenderia ao ambiente de trabalho.

A constatação de que não são disperciveis em água e de que são danosos ao meio ambiente também é de fundamental importância para controle dos resíduos.

A constatação de que pode causar queimaduras de mucosa, nos leva a pensar, no mesmo efeito em mucosas de vias aéreas superiores, e por isto, fazendo-nos reportar a necessidade de se fazer rotineiramente exame de espirometria destes trabalhadores apesar, do nível baixo de vapores orgânicos; encontrado nas análises;

A obra em si, pode torna-se muito promissora, haja vista, que os conhecimentos aqui adquiridos, além da utilização prática dos mesmos, torna-se um grande avanço em se tratando de avaliação dos riscos ocupacionais provocados pela resina epóxi aos trabalhadores do setor de mármores e granitos de Cachoeiro de Itapemirim-ES.

CAPITULO VII

BIBLIOGRAFIA

43

[1] BARNEY, R.H., ITOH, M., SAKAKIBARA, A., SUZUKI, T., Caem. Rev., v. 95, pp. 1409, 1995.

[2] BAR-LONG, Denq, YU-SHEN, Hu, LEO-WANG, Chen, WEN-YEN, Chiu, TSENG-RONG, Wu, The Curing Reaction and Physical Proprieties of Dgeba/Deta Epoxy Resin Blended With Propyl Ester Phosphazene, pp. 229-237, 1999.

[3] HASEGAWA, J., ISHIDA, M., MOTOJIMA, S., Synt. React. Inorg. Mat – Org. Chem., v. 24, n. 7, pp. 1099, 1994.

[4] HASEGAWA, J., KURODA, K., KATO, C., BULL.; Chem. Soc. Jpn. Vol. 59, pp. 2279, 1986.

[5] HASEGAWA, I., MOTOJIMA, S.J., Organomet. Chem. pp. 441, 1992

[6] HTTP://WWW.CARBONO.COM.BR/artigo/Artigo8.pdf

[7] HTTP://WWW.CARBONO.COM.BR/artigo/Artigo8.htm

[8] HTTP://WWW.CETESB.SP.GOV.BR/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=EPICLORIDRINA

[9] HTTP://WWW.FORP.USP/resrauradora/Trabalho/diafa.html

[10] HTTP://WWW.POLIPOX.COM.BR/paginas/MODELACAO_E_FERRAMENTARIA.HTM

[11] HTTP://WWW.SILAEX.COM.BR/epoxi.htm

[12] HTTP://WWW.STONCOR.COM.BR/stonhard/stonchem.htm

[13] HTTP://WWW.QUIMATIC.COM.BR/plasteel_capa.htm

[14] HTTP://WWW.QUIMATIC.COM.BR/produtos.htm

[15] LOY, D., SHEA, K.J., Chem. Rev. v. 95, pp. 1431, 1995.

[16] MÓRAN, M., CASADO, C.M., CUADRADO, I., Organometallcs, v. 12, pp. 4327, 1993.

[17] PROVATAS, A., J.G., “Trends”, Polym. Sci., v. 327, pp 159 – 164, 1997.

[18] PROVATAS, A., LUFT, M., MU, J.C., WHITE, A.L., MATISONS, J.G., SKELTON, B.W., J. Organomet. Chem, v. 565, pp. 159, 1998.

[19] RUSHING, R.A., THOMPSON, C., CASSIDY, P.E., J. Applied Polymer Science, v. 53, pp. 1211-1219, 1994.

[20] SALIM, Yamini, YOUNG, Robert J., The Mechanical Proprieties of Epoxy Resins.Journal Mechanical Science, pp. 1814-1822, 1980.

44

[21] SALIM Yamini, YOUNG, Robert j, The Mechanical Proprieties of Epoxy Resins.Journal Mechanical Science, pp. 1823-1831, 1980.

[22] VECCHIA, D.G, DIAS FILHO, N.L., Pedido de patente junto ao INPI, 2003

[23] VORONKOV, M.G., LAVRENT'YEV, V.I., “Top”, Curr. Chem., v. 102, pp. 199, 1982.

ANEXO I

QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS PELOS TRABALHADORES QUE LIDAM COM

RESINA E OS COMUNICANTES

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ANEXO II

ANÁLISE PROBATÓRIA DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS

RESPONDIDOS

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Questionário apropriado I

Para os trabalhadores que lidam com resina.Resultado da avaliação descrita no texto.

1- Você sente alguma coisa aqui no ambiente de trabalho que você não sente em casa ou em outro local?O que?

75

Sim – 93.75 %Não – 6,25 %

2- Por que você tem isto?100 % Disseram que não tem ou não sabem.

3- Tem muito tempo que você trabalha com resina? Já sentiu alguma coisa que pode ser acometido ou provocado pela resina?

> Tem muito tempo que você trabalha com resina?Tempo médio 3 anos 8 meses e 10 diasTempo mínimo 8 mesesTempo maximo 7 anos e 3 meses37,5 % não importaram o tempo.> Já sentiu alguma coisa que pode ser acometido ou provocado pela resina?12,5 % disseram que sim.25 % não responderamO restante disseram que não

4- Já teve informação de algum problema de saúde provocado pela resina?Sim 56,25 %Não 32,50 %6,25 % não responderam

5- Qual equipamento de proteção você usa para mexer com resina?Mascaras respiratórias 93,75 %Luvas 87,5 %Avental 43,75 %Protetor auricular 37,50 %Blusas de manga comprida 12,5 %Protetor ocular 12,50 %Creme protetor 12,50 %Bota 6,25 %Capacete 6,25 %Não responderam 6,25 %

6- A máscara que você usa, protege contra a resina? Por quê?> Sim 93,75 %Não responderam 6,25 %> Porque?Não sinto o cheiro 56,25 %Não sinto vapor ou quenturas 18,75 %Filtro de carvão 12,5 %Não responderam 12,5 %

7- Você acha que para trabalhar com resina precisa de mais alguns cuidados? Quais?Sim – 43,75 %Não – 56,25 %> Quais?Não deixar cair na pele 12,5 % do totalMelhorar hidratação e alimentação 12,5 % do total

76

Mais ventilação 6,25 % do totalMelhor condições de trabalho 6,25 % do totalExames médicos mais freqüentes 6,25% do total

8- Você tem mais alguma observação ou reclamação a fazer sobre a resina?Sim 12,5 %Não 87,5 %

9- Você sabe de algum acidente com resina, inalar, engolir, absorver, entornar ou derramar em alguém?

Sim – 31,25 %Não 68,25 %

10- Você sabe o que foi feito ou o que aconteceu com a vítima?Sim 12,50 % (afastado do setor, lavado com água corrente, levado para o pronto socorro)Não 87,50 %

11- Quais exames você precisou fazer para exercer esta função? Quais exames você fez no período e de quanto em quanto tempo?

Hemograma 100%Urina 100%Fezes 100%Audiometria 93,75%Raio X de tórax 56,25%Espirometria 62,50%

Obs.: Exames de plaquetas não foram citados

Questionário apropriado II

Para os trabalhadores comunicantes que ficam ao redor da área de resina.Resultado da avaliação descrita no texto.

1- Você trabalha ou manipula resina?

77

Sim 41,67 %Não 58,33 %

2- A quantos metros de distância da resina você trabalha? 50 % dos trabalhadores analisados ficam em média 8,16 metros de distância da resina25% responderam que trabalha no local16,67 % responderam que trabalham ao lado, sem dizer distância.8,33 % responderam que trabalham em distâncias variadas.

3- O que você acha que a resina pode te causar?Alergias 25%Problemas respiratórios 16,67 %Impotência sexual 8,34 %Irritação da pele 8,34%Muitas coisas, dor de cabeça, manchas, câncer, dor de coluna e nada 8,34 %.

4- O que você sente ou observa no ambiente que você trabalha em relação ao ambiente da resina?

Calor devido ao forno 33,34 %Vapor de resina 16,67 %Fumaça 16,67 %Odor ou cheiro forte 25 %Falta de ventilação 8,34 %Nada R$ 25%

5- Ao redor do seu local observa-se alguma diferença no ambiente que possa ter sido causada pela resina?

Não se observa nada 50 %Odor característico 16,67 %Resina no chão e falta de ventilação 16,67 %Calor 8,34 %

6- Você conhece alguém, ou sabe de alguém, que possa ter problemas respiratórios devido à resina?

Sim – 50%Não 50%

7- Você acha que a resina possa causar algum problema respiratório?Sim 91,67 %Não 8,33 %

8- Você conhece alguém que tenha problema de pele devido à resina?Sim 58,34 %Não 41,66 %

9- Quais exames você precisou fazer para exercer sua função? Quais exames você fez no período e de quanto em quanto tempo.

Hemograma 91,67%Urina 91,67%

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Fezes 91,67%Audiometria 91,67%Raio x de tórax 58,34 %Espirometria 25%Todos 8,34%Obs.: não foram respondidos sobre plaquetas. O tempo do periódicos foram respondidos conforme o estabelecido no PCMSO de cada empresa.

ANEXO III

ANÁLISES DE VAPORES ORGÂNICOS

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