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SUMÁRIO INTRODUÇÃO PARTE I – A CARREIRA MÉDICA E O ESPECIALISTA CAPÍTULO 1. A CARREIRA MÉDICA CAPÍTULO 2. O ESPECIALISTA CAPÍTULO 3. COMO ESCOLHER UMA ESPECIALIDADE? CAPÍTULO 4. RESIDÊNCIA MÉDICA NOS EUA CAPÍTULO 5. RESIDÊNCIA MÉDICA NA EUROPA PARTE II – AS ESPECIALIDADES ESPECIALIDADES DE ACESSO DIRETO CAPÍTALO 6. ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE CAPÍTULO 7. ANESTESIOLOGIA CAPÍTULO 8. DERMATOLOGIA CAPÍTULO 9. GENÉTICA MÉDICA CAPÍTULO 10. GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA CAPÍTULO 11. INFECTOLOGIA CAPÍTULO 12. MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE CAPÍTULO 13. MEDICINA DE TRÁFEGO 27 31 33 41 51 57 69 77 79 81 91 101 111 117 125 137 147 RESIDENCIA_pantone.indd 23 08/07/2014 01:26:32

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SUMÁRIOINTRODUÇÃO

PARTE I – A CARREIRA MÉDICA E O ESPECIALISTA

CAPÍTULO 1. A CARREIRA MÉDICA

CAPÍTULO 2. O ESPECIALISTA

CAPÍTULO 3. COMO ESCOLHER UMA ESPECIALIDADE?

CAPÍTULO 4. RESIDÊNCIA MÉDICA NOS EUA

CAPÍTULO 5. RESIDÊNCIA MÉDICA NA EUROPA

PARTE II – AS ESPECIALIDADES

ESPECIALIDADES DE ACESSO DIRETO

CAPÍTALO 6. ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE

CAPÍTULO 7. ANESTESIOLOGIA

CAPÍTULO 8. DERMATOLOGIA

CAPÍTULO 9. GENÉTICA MÉDICA

CAPÍTULO 10. GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

CAPÍTULO 11. INFECTOLOGIA

CAPÍTULO 12. MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

CAPÍTULO 13. MEDICINA DE TRÁFEGO

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CAPÍTULO 14. MEDICINA DO TRABALHO

CAPÍTULO 15. MEDICINA ESPORTIVA

CAPÍTULO 16. MEDICINA LEGAL E PERÍCIAS MÉDICAS

CAPÍTULO 17. MEDICINA NUCLEAR

CAPÍTULO 18. NEUROCIRURGIA

CAPÍTULO 19. NEUROLOGIA

CAPÍTULO 20. OFTALMOLOGIA

CAPÍTULO 21. ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

CAPÍTULO 22. OTORRINOLARINGOLOGIA

CAPÍTULO 23. PATOLOGIA

CAPÍTULO 24. PEDIATRIA

CAPÍTULO 25. PSIQUIATRIA

CAPÍTULO 26. RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

CAPÍTULO 27. RADIOTERAPIA

ESPECIALIDADES CLÍNICAS

CAPÍTULO 28. CLÍNICA MÉDICA

CAPÍTULO 29. CARDIOLOGIA

CAPÍTULO 30. ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA

CAPÍTULO 31. GASTROENTEROLOGIA

CAPÍTULO 32. GERIATRIA

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CAPÍTULO 33. HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA

CAPÍTULO 34. MEDICINA INTENSIVA*

CAPÍTULO 35. NEFROLOGIA

CAPÍTULO 36. NUTROLOGIA**

CAPÍTULO 37. ONCOLOGIA

CAPÍTULO 38. PNEUMOLOGIA

CAPÍTULO 39. REUMATOLOGIA

ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

CAPÍTULO 40. CIRURGIA GERAL

CAPÍTULO 41. CIRURGIA CARDIOVASCULAR

CAPÍTULO 42. CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

CAPÍTULO 43. CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO

CAPÍTULO 44. CIRURGIA PEDIÁTRICA

CAPÍTULO 45. CIRURGIA PLÁSTICA

CAPÍTULO 46. CIRURGIA TORÁCICA

CAPÍTULO 47. CIRURGIA VASCULAR

CAPÍTULO 48. COLOPROCTOLOGIA

CAPÍTULO 49. MASTOLOGIA***

CAPÍTULO 50. UROLOGIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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NOTA:Classificamos dessa forma, pois acreditamos ser a maneira mais prática, já que

no caso das especialidades de acesso direto, a opção já se faz no processo seletivo (concurso de residência geral), enquanto nas especialidades aqui caracterizadas como clínicas (pré-requisito de residência em clínica médica) e cirúrgicas (pré-re-quisito em cirurgia-geral), o médico terá maior tempo para decidir, afinal, passará por 02 anos no programa de residência básico, antes de entrar na especialidade propriamente dita.

* Medicina intensiva admite como pré-requisito clínica médica, cirurgia geral ou anestesiologia.

** Nutrologia admite como pré-requisito clínica médica ou cirurgia geral.***Mastologia admite como pré-requisito cirurgia geral ou ginecologia e obste-

trícia.

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O processo de escolha da faculdade e da profissão que se pretende seguir ocorre, para maioria das pessoas, de forma bem precoce, por volta dos de-zesseis e vinte anos de idade. É consen-so que não temos, nessa tenra idade, a maturidade e vivência necessárias para entender a complexidade desta decisão.

Você escolheu ser médico. Carreira das mais disputadas em todo o mundo. Enfrentou uma prova e processo seleti-vo concorrido e competitivo, estudou vertiginosamente por alguns anos para conseguir esta disputada colocação. Desvendou nas matérias mais básicas a complexidade do funcionamento do corpo humano no seu estado fisiológi-co e as suas adaptações nos processos patológicos. Passou pela infinidade de conhecimentos que vão da biologia molecular até a cirurgia do trauma. Teve contato com o sofrimento dos pacientes e toda a dimensão humana que torna essa profissão ainda mais interessante e complexa.

O que talvez você ainda não tenha

INTRODUÇÃO

DO DESAFIO DE SE TORNAR MÉDICO À ESPECIALIDADE

Dr. Caio NunesDr. Marco Antonio Santana

descoberto (ou que já descobriu e por isso procura se aprofundar sobre esta temática) é que, ao contrário do que pensa o leigo, há uma distância enor-me entre os médicos no seu cotidiano profissional. De fato, existem médicos e médicos. O processo de especialização e a ampliação do campo de atuação da medicina tornou a carreira cheia de pos-sibilidades de atuação (professor, cien-tista, internista, cirurgião, executivo). Há tantas diferenças na rotina dos espe-cialistas que, mesmo entre aqueles que prestam assistência direta ao paciente, é possível se falar que exista um espectro de profissões diferentes. Exemplo disso é você imaginar a diferença da rotina de um neurocirurgião, e de um patologista.

Esqueça definitivamente o clichê de que ser médico significa somente ser o senhor de jaleco branco que trata doen-tes com um receituário e estetoscópio, ou alguém que, com um roupão cirúr-gico, passa horas a fio operando. Hoje o médico tem um papel ainda mais am-plo, participando efetivamente da parte

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técnica e ainda auxiliando na gestão dos serviços, auditorias, perícias, negocian-do com planos de saúde, interagindo com equipes multidisciplinares, reali-zando grande parte da burocracia asso-ciada aos procedimentos, desenvolven-do projetos, compra de equipamentos, bem como ensinando e supervisionan-do outros residentes.

É importante que o leitor tenha em mente que a medicina é, provavelmen-te, a única profissão em que há um nicho de mercado para cada tipo de personali-dade. Há bastante variedade em termos de prática médica, assim como as ha-bilidades necessárias para a realização de cada uma delas. É possível trabalhar em hospital, consultório, laboratório, além de ser médico de um time espor-tivo, de um navio transatlântico, de uma plataforma de petróleo, de um asilo de idosos, de uma construção de represa ou de missões militares. É possível fazer pesquisa ou atividades administrativas em órgãos ou empresas de saúde, assim como há a possibilidade de trabalhar em ambientes urbanos, rurais, nacionais ou internacionais.

Abra sua mente para perceber quan-tas são as possibilidades de carreiras dentro da medicina e que isso torna a profissão ainda mais fantástica.

A etapa do internato traz uma vivên-cia mais próxima da realidade profis-sional e mostra a imensidão de conhe-cimentos e habilidades que se precisa para ser um bom médico. É nesta etapa que se tem contato mais próximo com as especialidades médicas. Infelizmente, não haverá tempo para “provar” e apren-

A ESCOLHA

Escolher a residência e a especiali-dade que se quer seguir é praticamente equivalente à escolha de qual faculdade para cursar, com a diferença de que nes-te momento, temos mais maturidade (pelo menos um pouco mais) para nos encontrar com nossas diversas necessi-dades de realização profissional, finan-ceira e de qualidade de vida, dentre

der o suficiente sobre cada uma delas, e, muito menos, de perceber que há uma realidade discrepante no exercício da medicina fora do ambiente acadêmico. O breve contato com as especialidades torna ainda mais angustiante a escolha de qual delas seguir.

A formatura chegou e se foram pelo menos seis longos anos de graduação e muitas horas sem dormir. Calma! Já foi uma grande vitória. Agora é mais uma etapa de dedicação aos estudos para ser aprovado numa boa instituição onde começa um novo período de desafio, de aprendizado, de conquistas e ama-durecimento profissional: a residência médica.

Há quem diga que foram os melho-res anos da vida e há quem diga o extre-mo oposto. O inegável é que é uma eta-pa fundamental na formação médica, principalmente para aqueles que que-rem estar entre os melhores num mer-cado cada vez mais competitivo, que não deixa espaço para perda de tempo. É justamente por isso que não devemos ter muitas dúvidas das nossas escolhas daqui para frente.

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outras. Realizar esta escolha sem ter o conhecimento das possibilidades dis-poníveis e sem refletir sobre as variáveis em jogo, bem como o peso que se quer atribuir a cada uma delas, é dar chance ao acaso escolher por você (com sérios riscos envolvidos nisso). Nossa preten-são é dar mais elementos para a toma-da dessa decisão, esclarecer um pouco mais sobre o dia-a-dia real de cada uma das especialidades e também ajudar na reflexão de que variáveis se deve anali-sar nesse processo de seleção, tornan-do menos passional e mais objetivo, o processo de escolha com sua verdadeira profissão daqui para frente.

O LIVRO

A idéia para formulação desta obra surgiu após intensas discussões duran-te a faculdade, festas, bares, cursinhos e plantões, onde amigos, em sua maioria, médicos, discutiam com frequência qual seria a melhor especialidade médica a exercer. Critérios como qualidade de vida, reconhecimento profissional, salá-rio, satisfação pessoal, número de horas trabalhadas, sempre surgiam durante essas conversas. Estudante de medicina em grupo tem uma conversa que nun-ca muda: Fala de medicina, caso clínico, situações do ambulatório, plantões o tempo todo. Não há nesses encontros que não puxe o debate para a escolha da residência. As frases são sempre pa-recidas:

“tem que fazer especialidade com pro-cedimento”

Não é incomum, entre os médicos jovens, escutar durante estas conver-sas, casos anedóticos daquele primo que fez tal especialidade e hoje está bem de vida, ou daquele amigo que fez outra especialidade, e hoje, não tem tempo pra nada, só vive em plantão e quase não tem vida pessoal. O tempo vai passando e vamos percebendo que alguns desses bordões são verdadeiros e outros não tem a menor relevância. Percebemos também quanta gente do nosso convívio escolheu a residência baseada em idéias concebidas de forma totalmente aleatória ou se apegou em uma idéia fixa que não tinha, no final, o menor fundamento. Observamos, neste processo, colegas que passaram na tão sonhada (e difícil) prova de residência e largar no meio do R2, pois percebeu que

“pediatra vai morrer de fome”

“cirugia para mim não dá porque não tenho habilidade manual”

“radiologia nem pensar, pois adoro contato com paciente”

“meu pai é oftalmo, não tem como es-capar”

“Adoro e.c.g, adoro cardio!”

“Professor Fulano é igual ao Dr. House, quero ser igual a ele por isso então vou fazer reumato”

“Fazer residência no exterior é muito melhor”

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aquele caminho não tinha “nada a ver” com aquela especialidade. Perdemos as contas dos inúmeros colegas sobrecar-regados e frustrados profissionalmente, modelos que adornam o nosso painel de convívio diário.

Desta forma, percebemos que não havia nenhum material na literatura brasileira especializada que trouxesse informações sobre as especialidades, seus campos de atuação e seu dia-a-dia numa perspectiva mais real. Algumas especialidades são praticamente desco-nhecidas na graduação. Desenvolvemos a proposta de escrever um guia que fos-se como uma conversa com o profissio-nal inserido no mercado, método que você nem sempre teve oportunidade de ter. Não tivemos, em nenhum momento, a pretensão de ser um texto científico, embora, nos utilizamos de muita coisa disponível na literatura específica. Con-cebemos o livro em duas partes. A parte I, na qual falaremos um pouco da carrei-ra médica, da diversidade de possibili-dades de trabalho e de como o processo de especialização da medicina se deu, trazendo também algumas metodolo-gias para ajudar na sua formação de opi-nião para a escolha de como seguir com a sua carreira. Trouxemos ainda informa-ções sobre a experiência e o caminho para se realizar residência no exterior (principalmente nos EUA e Europa).

A parte II exibe um pequeno pano-rama de cada especialidade, com um texto escrito por colaboradores de di-ferentes regiões do país, trazendo um pouco da prática diária, perfil, tipo de

atuação e informações de como é a re-sidência na sua área, fechando assim, nestas duas etapas, um panorama geral para que você, leitor, fundamente me-lhor a sua escolha.

Tentar passar um pouco das nossas experiências, bem como das experi-ências dos nossos colaboradores, para fomentar as ideias e tentar tornar “a es-colha” o mais próximo de uma decisão embasada e amadurecida são os princí-pios que nos motivaram a reunir um gru-po para escrever este livro.

Trouxemos profissionais bem alo-cados no mercado e provenientes dos maiores programas de residência do país, para dar uma idéia ampla e mais próxima das diversas realidades existen-tes no Brasil.

Sinceramente, esperamos ajudar no debate e no amadurecimento das suas concepções.

Contamos ainda com a colaboração de vocês leitores para aprimoramento deste livro, nos enviado suas opiniões, dúvidas, críticas, sugestões, para que possamos auxiliá-los ainda mais neste processo decisório, e, quem sabe, torná--lo menos angustiante.

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Dr. Pedro Dantas Oliveira

ÀS VEZES EU QUERIA DESCASCAR TODA A MINHA PELE E ME ENCON-TRAR UM DIFERENTE POR BAIXO.

“FRANCESCA LIA BLOCK

A

DERMATOLOGIA

A Dermatologia é a especialidade responsável pelo cuidado da pele, maior órgão do corpo humano, com cerca de nove quilogramas e dois metros qua-drados de área em um adulto mediano. Cabem ao especialista o diagnóstico e o tratamento clínico/cirúrgico das doen-ças que acometem não somente a pele, mas também a mucosa e os fâneros (ca-belos e unhas).1

Há menção às moléstias cutâneas e aos cuidados cosméticos ainda na An-tiguidade, em papiros egípcios, com descrições em Roma, Grécia e na Arábia. Mas foi na Europa, no fim do século XVI, que clínicos começaram a definir e ca-tegorizar os problemas cutâneos.2 Hoje, pelo menos 2.000 condições dermatoló-gicas já foram descritas, e esse número continua em crescente aumento.1

No Brasil, foi fundada, em 1912, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), sendo hoje composta por mais de 6 mil associados, representando a se-gunda maior sociedade dermatológica

do mundo, apenas superada pela Aca-demia Americana de Dermatologia.3

Segundo informações do censo der-matológico 2011, realizado pela SBD, o Brasil tem a densidade de um derma-tologista para cada 32.000 habitantes. Entretanto, sua distribuição é bastante irregular no país e entre os Estados, as-sumindo características metropolitanas.

Além disso, a SBD vem crescendo en-tre 400 e 500 sócios por ano (6% a 8%), taxa mais acelerada do que a da popu-lação brasileira (1% a 1,5%), na última década.4

Para ter o registro da especialidade perante o Conselho Federal de Medici-na, são necessários:

• Três anos de residência médica com acesso direto em institui-ção credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM/MEC)5, ou;

• Título de especialista, emitido

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Como Escolher a Sua Residëncia MédicaCAPITULO 8

pela SBD, após aprovação em exame te-órico-prático elaborado pela instituição. Para se submeter a essa prova, por sua vez, é necessário que o médico tenha feito sua formação (residência ou es-tágio) em uma instituição credenciada pela SBD ou tenha 06 anos de atividade comprovada na dermatologia, confor-me edital do exame.6, 7

O ESPECIALISTA E A SUA ROTINA

Na escolha da especialidade, é im-portante que sejam considerados os interesses e as habilidades pessoais. A Dermatologia é uma especialidade emi-nentemente visual, e assim, esse tipo de memória pode auxiliar sobremaneira o profissional de tal área.

Curiosidade para fazer uma investi-gação minuciosa e atenção a pequenos detalhes podem determinar um diag-nóstico muitas vezes difícil. Minúcia e perfeccionismo são de igual necessi-dade na realização de procedimentos cirúrgicos delicados. Essas habilidades podem ser aperfeiçoadas ou adquiridas durante um treinamento adequado.

Outra característica importante do dermatologista é sua atitude perante o paciente. No caso das doenças derma-tológicas, as lesões expostas têm um impacto social e na qualidade de vida, levando à alteração de humor e do es-tado emocional. Compreendê-los, nesse contexto, e colaborar para a sua melhora biopsicossocial diferenciam considera-velmente um bom profissional.

Outro perfil frequentemente obser-vado nos consultórios é dos pacientes/

clientes, sem doenças dermatológicas, que buscam tratamentos estéticos e uma juventude duradoura.

Ter sensibilidade para reconhecer transtornos psiquiátricos incipientes (dismorfofobia), contra indicar procedi-mentos “impostos” pelos pacientes e en-caminhar para um tratamento específico requerem habilidades que não são facil-mente apreendidas em salas de aula.

ROTINA DO DERMATOLOGISTA

O atendimento ambulatorial é a ro-tina do dermatologista. Em um estudo baseado em 57 mil consultas ambulato-riais dermatológicas, o motivo principal foi acne, com 14% dos atendimentos, se-guida pelas micoses superficiais (8,7%), transtornos da pigmentação (8,4%) e ce-ratose actínica (5,1%). A ceratose actínica foi a causa de consulta mais frequente no grupo de 65 anos e mais (17,2%), segui-da pelo carcinoma basocelular (9,8%). A hanseníase foi a vigésima causa em todo o país, mas a quarta na região Centro-O-este.9

O tratamento destas dermatoses mais frequentes faz parte do cotidiano. No entanto, a abordagem da prevenção é obrigatória nas consultas dermatológi-cas. Não somente uma avaliação minu-ciosa a fim de flagrar lesões iniciais com risco neoplásico, mas também a educa-ção sobre o uso de fotoprotetores e ris-cos da exposição solar excessiva.

Procedimentos cirúrgicos ambulato-riais de pequena complexidade, como biópsias cutâneas, cauterizações, crio-terapias (congelamento com nitrogênio

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